” “Porque o Brasil parou de crescer ?” Paulo Sandroni São Paulo, Abril 2015.

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“TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA”

“Porque o Brasil parou de crescer ?”

Paulo Sandroni São Paulo, Abril 2015

CRESCIMENTO DO PIB

Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 Anos 2000

Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14-1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

6.5

5.1

7.2

1.32.2

3.2

7.5

2.7

12.3

-0.1

Taxa de Crescimento do PIB, Anos 1950 - 2012

O que aconteceu na passagem dos anos 70 para os 80?

Por que esta queda tão brusca no crescimento do PIB?

Se tivessemos continuado a crescer no mesmo ritmo das tres decadas anteriores seriamos hoje certamente a segunda ou terceira potencia economica mundial.

Vários fatores contribuiram para esta queda.

A) A crise internacional provocada pela desvalorizacão do dolar e a crise do petroleo

B) O aumento intenso de nossa divida externa, e,

C) O crescimento intenso da inflacão.

Dolar ate 1971 ( Bretton Woods) U$ 35 = 1 oz. ouro fino

Dolar em 1978 U$ 500 = 1 oz. ouro fino Dolar em 1979 ( invasão Afeganistão

URSS) U$ 800 = 1 oz. ouro fino

Divida externa brasileira: 1972 U$ 9,2 bilhões Reservas - U$ 4,5 bilhões 1982 U$ 67,0 Bilhões Reservas – U$ (4,3) Bilhões

Inflacão anual: 1972 - 15% 1982 - 100%

1983 – Brasil em Default por não conseguir pagar seus compromissos externos.

Terapias para o Ajuste: A) Desvalorizar o cambio ( gera inflacão) B) Aumentar a taxa de juros ( gera recessão) C) Cortar salarios ( reduz consumo) D) Aumentar impostos ( reduz o investimento)

Estas quatro politicas provocaram uma queda nos investimentos e consequente reducão do crescimento;

Na decada de 1980 crescemos apenas 1,3% como media annual e na decada seguinte (anos 90) o crecimento não passou de 2,2% como media anual.

A inflacão impulsionada pelas desvalorizacões cambiais iniciou um forte galope.

Um pouco antes do Plano Real em 1994 havia atingido a marca estratosferica de cerca de 45% ao mes!

A queda nos investimentos pode ser avaliada pelos dados da formacão bruta de capital fixo abaixo:

Castelo Branco 8,5 Costa e Silva 11,9 Garrastazu Médici 14,7 Geisel 6,6 Figueiredo (3,5) Sarney 4,8

As desvalorizaões cambiais a partir de 1982 (em 1983 houve inclusive uma maxi) e a retracão intensa do PIB provocaram uma elevacão das exportacões e uma retracão nas importacões.

Comparando a situacão de 1980 e 1984 podemos observar uma alteracão substancial: as exportacões aumentam e as importacões despencam.

TRANSAÇÕES CORRENTES

-1689

-17972-23136

-32425 -33611

-40000-35000-30000

-25000-20000

-15000-10000

-50000

Dola

res

1994 1995 1996 1997 1998

Anos

Transações Correntes Em Milhões de Dolares

TransaçõesCorrentes

DÉFICIT PÚBLICO

5,1

-23,2 -21,0 -21,9

-33,1

-45

-35

-25

-15

-5

5

15

Dol

ares

1994 1995 1996 1997 1998Anos

Contas do Governo Superávit / Déficit em Bilhões de Dolares

RELAÇÃO DÍVIDA INTERNA/PIB Getúlio Vargas 2,5 JK 0,7 Janio/Jango 0,3 Castelo Branco 0,3 Costa e Silva 1,7 Garrastazu Médici 4,8 Geisel 6,4 Figueiredo 6,0 Sarney 10,7 FHC 29,3 Lula 42,3

METAS DE INFLAÇÃO Meta Lim Sup/Inf. IPCA 1999 - 8,0 6,0 – 10,0 8,94 2000 - 6,0 4,0 - 8,0 5,97 2001 - 4,0 2,0 - 6,0 7,67 2002 - 3,5 1,5 - 5,5 12,53 2003 - 4,0 1,5 - 6,5 9,30 2004 - 5,5 3,0 - 8,0 7,60 2005 - 4,5 3,0 – 8,0 5,69 2006 - 4,5 2,5 - 6,5 3,14 2007 - 4,5 2,5 – 6,5 4,46 2008 - 4,5 2,5 - 6,5 5,90 2009 - 4,5 2,5 - 6,5 4,31 2010 - 4,5 2,5 - 6,5 5,91 2011 - 4,5 2,5 - 6,5 6,50 2012 - 4,5 2,5 - 6,5 5,80 2013 - 4,5 2,5 - 6,5 5,90 2014 - 4,5 2,5 - 6,5 6,40

JUROS NOMINAIS / PIB%

2001 8,9 2002 8,5 2003 9,5 2004 7,2 2005 8,3 2006 6,8 2007 6,2 2008 5,6 2009 4,6 2010 5,3 2011 5,7 2012 4,9 2013 5,2

TELA 5 MODULO III SUPERÁVIT PRIMÁRIO

0,4 -0,1

-0,9

0,2

3,2 3,23,7 4,0

4,4 4,6 4,8

3,9 4,0 4,1

2,12,7

3,2

2,1 1,9

-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

%Superavit / Déficit Primário do Setor Público Federal

em % PIB, 1995-2013

TELA 5 MODULO III SUPERÁVIT PRIMÁRIO

3,7 4,0 4,4 4,6 4,83,9 4,0 4,1

2,12,7

3,2

2,1 1,9

8,98,5

9,5

7,38,1

6,96,2

5,6

4,65,3

5,74,9 5,2

5,2 4,6 5,2 2,7 3,3 3,0 2,3 1,5 2,5 2,6 2,5 2,8 3,30,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

%Superavit Primário(SP), Juros Nominais(JN) e

Resultado Nominal (RN) do Setor Público Federal em % PIB, 2001-2013

BALANÇA COMERCIAL

-20.0

-10.0

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

10.4

-3.4

-5.6 -8.1 -6.5

-1.2-0.5

0.7

11.2

25.4

34.8

44.347.8

40.1

24.8 24.6

20.2

29.7

19.4

2.5

-3.9

Saldos da Balança Comercial Brasileira, 1994- 2010

* Até outubro de 2010

Superávit Primário em 2013 R$ 99 bilhões Juros R$ 269 bilhões Diferença R$ 170 bilhões

CARGA TRIBUTÁRIA TOTAL /PIB%

1996 24 1997 25 1998 27 1999 29 2000 31 2001 31 2002 32 2003 33 2004 33 2005 34 2006 34 2007 35 2008 36 2009 35

INVESTIMENTO- FBKF VAR.% Getúlio Vargas 8,3 JK 9,6 Janio/Jango (14,2) 11,5 Castelo Branco 8,5 Costa e Silva 11,9 Garrastazu Médici 14,7 Geisel 6,6 Figueiredo (3,5) Sarney 4,8 FHC 1,0 Lula 4,7

O Crescimento do PIB depende do nível de investimento.

O estímulo ao investimento está vinculado à existência de demanda e de financiamento de médio e longo prazo com taxas de juros moderadas.

A demanda tem crescido no Brasil nos últimos anos de forma robusta.

O financiamento do investimento não tem acontecido à taxas de juros e prazos viáveis.

O desequilíbrio entre oferta e demanda cria pressões inflacionárias ameaçadoras.

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