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7/23/2019 01 teologia
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A DOUTRINA DE DEUS— O DEUS ÚNICO E VERDADEIRO (1/57)
Dentro das fronteiras do universo que a humanidade habita, existem dois tipos de
seres. Existem aqueles seres que são dependentes uns dos outros. Esta categoria abarca
tudo, de elefantes a lesmas, de anjos a demônios, de seres humanos a vírus. Contudo,
existe um ser do qual todos os outros dependem. Somente ele é auto-existente – o
grande Yahweh (“Jehovah” ou Jeová), que disse a Moisés que o Seu nome é “EU SOU
O QUE SOU” (Êxodo 3:14; ver também Apocalipse 1:4). Todos os outros seres extraem
o seu sustento e existência a partir Dele. Ele é absolutamente único, de tal forma que
Ele não depende (não precisa) de nada fora de Si mesmo. Apenas Ele possui o que os
estudantes de teologia chamam de asseidade, o atributo da auto-existência (João 1:4;
5:26). Como ele concede a vida para toda a criação, desde o maior objeto até a menor
das partículas, Ele deve ser confessado como o único Criador e Deus (1Coríntios 8:6).
A confissão da Bíblia sobre a singularidade de Deus também pode ser encontrada na
declaração de que Ele é santo (Isaías 6:3; Apocalipse 4:8). A santidade de Deus significa
primeiramente que Ele é completamente diferente da Sua criação. Ele é o Criador,
único e em controle completo de tudo o que Ele fez. Nós, seres humanos, somos
limitados no que podemos fazer. Nosso conhecimento é finito, e nunca exaustivo.
Nossas vidas nesta terra são relativamente curtas em duração e frequentemente
perseguidas por experiências dolorosas - “desagradável, brutal e curta”, como o
filósofo Thomas Hobbes uma vez descreveu. Deus não é assim. Ele é imortal, pode
fazer tudo o que a sua boa vontade decide, e não tem absolutamente nenhumalimitação. Dizer que Deus é santo significa falar da Sua singularidade, da Sua
diversidade (ou alteridade) diante da Sua criação.
Homens e mulheres adoram a vários deuses. Tendo sido feitos à imagem do Deus
verdadeiro, os seres humanos têm um insaciável desejo de adoração (ou prestar culto).
Contudo, sendo seres caídos (pelo pecado), os seres humanos inevitavelmente adoram
deuses fabricados por eles mesmos. João Calvino, o Reformador Francês, apontou
precisamente que a mente humana é “uma perpétua fábrica de ídolos”. (Institutas da
Religião Cristã, 1.11.8; cf. Romanos 1:18-25). O único remédio é a dádiva da visão
espiritual, por parte de Deus, onde é concedido como que um raio de luz do céu, e as
pessoas são despertadas para conhecerem ao Deus verdadeiro, e para conhecerem a si
mesmas como Suas criaturas.
Deus é, portanto, soberano sobre a Sua criação. Ele concede vida e tira a vida, levanta
nações e montanhas, e também as rebaixa, trás sóis para a luz, e os estingue. Nada
pode detê-Lo. O que Ele decide, certamente acontece, e neste exercício de soberania
está a Sua glória.
Os seres humanos têm o privilégio e a responsabilidade de reconhecer esta soberaniade Deus. Contudo, eles só podem fazer isto quando Deus inclina os seus corações. Por
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natureza, eles são rebeldes, desprezando a Sua autoridade, e agindo contra o que eles
instintivamente sabem, e também declarando que Deus não existe.
Contudo, Ele existe sim! O Cristão tem mais certeza disto do que qualquer outra coisa
que ele ou ela saiba. Assim, o “doce deleite” (emprestando uma frase de Jonathan
Edwards, o pregador evangélico do século XVIII) do Cristão é submeter-se a estes
grande Deus, reconhecendo a sua total dependência Dele, e vivendo para Ele e para a
Sua glória. Portanto, o discurso Cristão sobre Deus é muito mais do que uma discussão
filosófica sobre a Sua existência. É o próprio deleite, para o Cristão, vir a conhecer o
único e verdadeiro Deus, e conhecendo-O, encontrar significado para a vida e,
certamente, a vida eterna (1João 5:20) – na qual o Cristão vai desfrutar eternamente o
conhecimento, o amor e a comunhão com o Deus triuno, tendo gozo no Seu sorriso e
banqueteando na Sua presença.