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1. Aula 5: Jovens em diferentes épocas – O que é ser jovem
Data: 16/maio/2006 – Aula 5
Objetivos Fundamentar a compreensão de que a idéia de ser jovem é uma síntese entre
desenvolvimento biológico e construção social e histórica;
Apresentar múltiplos momentos históricos em que são construídas idéias do que é ser jovem e, como nestes momentos, são as práticas cotidianas dos jovens;
Iniciar o debate sobre a historicidade da condição juvenil
Propor a capacidade de interpretação de texto a partir de roteiro orientador de perguntas;
Incitar a cooperação em grupo na elaboração de um painel com as principais idéias do texto e respostas do roteiro.
ConteúdosReflexão sobre épocas históricas em que são configuradas idéias do que é ser jovem: Jovens alemães e nazismo, povos indígenas no Brasil, jovens na Grécia Antiga, jovens dos EUA nos anos 50, jovens estudantes brasileiros e ditadura militar nos anos 60 e jovens do Movimento SemTerra.
Possibilidades Pedagógicasa) Introduzir pela exposição como as aulas serão organizadas, apresentando principais idéias
no quadro;b) Divisão dos grupos e dos materiais a serem trabalhados pelos mesmos, orientando a
leitura do texto, do roteiro de interpretação e a elaboração de cartazes;
RecursosDiferentes textos de apoio produzidos pela professoraestagiária (Anexo 4), papel pardo e
canetas, cópia do roteiro para a interpretação de texto (Anexo 5).
AvaliaçãoSerá avaliada a disposição de participação em grupo e construção de debate coletivo a fim
da elaboração do cartaz.
Referencial teórico e de apoio
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1986.Bibliografias dos textos de apoio (em anexo).
2. Memórias da aula 5
A aula é iniciada com a coleta dos exercícios sobre atitude sociológica dos alunos que não
entregaram na aula passada. Poucos entregaram e refaço a possibilidade deles entregarem na aula que vêm. Apresento o que será na trabalhado na aula que segue. Inicio a problematização do que é ser jovem, construindo exposição e esquema no quadro que toca nas seguintes idéias:
de que existem muitas formas de ser jovem, dependendo do momento histórico e da sociedade em que se vive;
que geralmente quando somos jovens nos ensinam que há um modelo a seguir, tanto no sentido dos comportamentos, quando das idéias a acreditar (valores);
explicando como é disseminado estes modelos de comportamento e de valores aos jovens (meios de comunicação de massa, indústria cultural e por outros instrumentos);
mesmo sendo influenciados por este modelos, os jovens criam novas maneiras de ser, assumindo uma postura de resistência frente ao modelo hegemônico;
esta resistência cria novas possibilidades de vida aos jovens que podemos chamar de conquistas (exemplo movimento juvenil).
Concluída a exposição, passo para a explicação de como vai funcionar a atividade em grupo a ser realizada na aula: os cinco grupos receberam material diferente um do outro que trata do cotidiano de diferentes jovens, distribui e expliquei o fundamento do roteiro e expliquei que eles deviam construir um cartaz a ser apresentando na aula seguinte. Como sempre aconteceu, foi difícil envolver para a atividade em grupo e fazer com que se concentrassem na atividade proposta. Um grupo começou a fazer, enquanto os outros quatro não iniciaram. Alguns começam a ler o texto, outros não e começam a brincar e “inticarse”. Sem contar, que a aula neste momento foi interrompida por uma briga no pátio da escola, em que muitos alunos saíram da sala para ver. Findada a briga e com o meu esforço de retomar a aula, muitas pessoas que não estavam na primeira metade da aula, entraram na sala. Foi difícil colocar essas novas pessoas nos grupos e explicar o que se tratava o trabalho em grupo. Já chegava perto do fim do horário, e só um grupo tinha avançado na atividade, pelo esforço individual de um dos componentes. Orientei que eles dividissem tarefas e construíssem o cartaz para apresentar na aula seguinte.
3. Aula 6: Percebendo as múltiplas formas da cultura nos modos de ser dos jovens
Data: 23/maio/2006 – Aula 6
Objetivos Apresentar as múltiplas formas de ser jovem, a partir de contextos históricos
diferenciados sobre a vida dos jovens em diferentes épocas.
Conteúdos
Categoria de historicidade de ser jovem.
Possibilidades Pedagógicasa) Retomar a aula anterior, com a comunicação pelos grupos dos cartazes confeccionados;b) Ao tempo, que a professora irá construindo uma tabela e linha do tempo no quadro das
principais idéias sobre o que é ser jovem apresentadas no texto trabalhado pelos grupos;c) Construir fechamento expositivo apresentando o que se pode entender por historicidade e
como se dá a construção da condição juvenil.
RecursosQuadronegro, giz, cartazes confeccionados.
AvaliaçãoSerá avaliada a disposição em comunicar as principais idéias debatidas no grupo a partir do
cartaz elaborado.
Referencial teórico e de apoio
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1986.
Bibliografias dos textos de apoio (ver).
4. Memória da aula 6
Esta aula teve a presença da professora Kaituci, supervisora da minha prática docente. Assim, logo que orientei sobre que a atividade da aula seria a apresentação dos grupos, apresentei a professora. Verificando a confecção dos cartazes pelos grupos, identifiquei que somente dois grupos tinham construído os cartazes. Daqueles que não fizeram o cartaz, somente um grupo tinha trazido o material entregue na aula passada para confeccionar. Assim, orientei que a comunicação dos grupos iria acontecer e que eles teriam 10 minutos para organizar a apresentação e os grupos que não fizeram o cartaz, poderiam fazêlo. A turma ficou dispersa, somente alguns grupos começaram a se organizar para a apresentação. Nisso, passei de grupo em grupo para ver como eles estavam preparando a comunicação. E escrevi no quadro uma linha do tempo para tentar marcar, de acordo com cada apresentação, de que época histórica eles falavam. Vendo que os grupos não se concentrariam o suficiente para planejar a sua apresentação, comecei a chamar os grupos para
apresentar, pelo mais organizado. Este trataria do texto de apoio “Jovens do MST” e tinham o cartaz. Foi bem difícil concentrar a turma para ouvir os colegas que estavam na frente da sala. Os componentes do grupo falavam baixo, liam o cartaz. Tive que pedir que falassem mais alto. Nisso, marquei de época tratava na linha do tempo. O segundo grupo tratou sobre “Jovens Alemães e Nazismo”. Tentaram afixar o cartaz no quadro, apagando a linha do tempo. Começaram a apresentar da mesma maneira que o outro grupo, em voz baixa e lendo o cartaz feito. Dirigi algumas perguntas ao grupo para ver se eles conseguiam se posicionar, falando de forma mais solta sobre o tema que eles apresentavam. Não deu certo. Já o terceiro grupo, não tinha cartaz, e apresentou sobre “Povos Indígenas do Brasil”. Também leram uma sistematização feita que iriam colocar no cartaz. Da mesma forma, dirigi algumas perguntas, pois o tema deste grupo seria o mais revelador sobre a idéia de que a noção de jovem é construída socialmente e historicamente, dado que nos povos indígenas não se tem a noção de juventude, ou é criança ou é adulto. Esta passagem às vezes demora tempo e são permeadas por ritos de iniciação. Aí assemelhado, digamos assim, ao tempo de formação “civilizado” como é considerada a juventude em sociedades nãoindígenas. Foi o grupo que apresentou maior domínio do que estavam apresentando, mas pela agitação da turma, não se conseguiu evidenciar tal propósito. Já chegando no final da aula, o penúltimo grupo fez “corpo mole” para apresentar, afirmando que já chegava o fim da aula. Insisti e o grupo em parte se compôs na frente da sala, sem cartaz. Só um dos componentes demonstrou interesse em fazer a apresentação. Os outros ou se mostraram tímidos ou sem interesse pela apresentação, já que não sabiam do que tratava o texto de apoio que eles ficaram responsável. Dirigi as perguntas do roteiro para o componente interessado, e se construiu um diálogo sobre o tema do texto de apoio. Já chegado o fim do período, terminou a aula, sem que o último grupo apresentasse. A aula como um todo foi muito agitada e sem concentração dos colegas frente às apresentações que estavam sendo realizadas.
5. Aula 7: O que é cultura – Dia 30/05/2006
Objetivos
Fazer com que os educandos compreendam que a cultura se modifica no tempo histórico e que apresentam formas históricas determinadas.
Conteúdos Categoria de cultura.
Possibilidades Pedagógicasa) A professora irá construindo uma tabela no quadro das principais idéias sobre o que é ser
jovem apresentadas no texto trabalhado pelos grupos;b) Construir fechamento expositivo apresentando o que se pode entender por cultura.
RecursosQuadronegro, giz, cartazes confeccionados.
Referencial teórico e de apoio
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1986.
Bibliografias dos textos de apoio (ver).
6. Memória da Aula 7
Nesta aula, senti a necessidade de ser mais concentrada que a aula anterior, tendo em vista a explicação mais consistente sobre os conceitos que a gente estava trabalhando, quando estudava as diferentes maneiras de ser jovem. Ela ainda contou com a presença do colega Israel, responsável em me observar, conforme acordo nas aulas da Prática Docente. Percebi que, de alguma forma, os alunos ficavam mais concentrados, quando o início da aula se dava centralidade ao quadro e a exposição. Antes de iniciar propriamente a aula, informeios dos instrumentos de avaliação para o primeiro trimestre que estavam findando (trabalho da troca de perguntas sobre atitude sociológica, exercício sobre atitude sociológica e a apresentação em grupo sobre jovens). Comuniquei que eu não tinha idéia de fazer prova, contanto, eu faria na data do dia 20 de junho. Então, a aula foi fundamentalmente exposição no quadro, retomando algumas idéias de ser jovem apresentadas pelos grupos, ao tempo, que se colocava no quadro formulações sobre a categoria cultura (esquema de conteúdo Anexo 6). Foi uma aula tradicional, mas a turma ficou menos agitada e respeitou a minha fala, inclusive consegui estabelecer mais diálogo com a turma, incitando a se posicionar em relação ao que eu falava. Ficou evidente, nesta aula, que muitas vezes o ritmo que eu tento impor a eles, não corresponde a capacidade de aprendizado da turma, ou ainda a transposição didática que eu faço não os toca, ou não proporciona a reflexão das idéias que estou expondo. Mas, uma coisa é certa: eles ficam mais concentrados quando me proponho a fazer uma aula “tradicional”, ou do jeito que eles normalmente estão costumados a participar nas outras disciplinas. Outra coisa que percebi foi a minha desorganização em relação à construção de esquemas no quadro, confundindo muitas vezes a ordem das idéias que estou apresentando. Mais, enquanto eu estava escrevendo no quadro, a turma estava copiando, muito pouco prestavam atenção ao que eu estava falando. O tempo de passar no quadro e copiar deve ser levado em conta.
Anexo 3: Textos de apoio sobre as práticas cotidianas dos jovens em diferentes momentos históricos
Texto de apoio 1:O cotidiano da juventude do MST
no assentamento da Fazenda Ipanema – SP
O Movimento Sem Terra (MST) é um movimento social, iniciado em meados dos anos 70, que reúne pessoas em situação de exclusão social, dispostas a organizar atos de ocupação de terras ou latifúndios improdutivos e luta por assentamentos nestas terras. O MST quer que o Estado brasileiro pense uma política de reforma agrária para o campo: reforma agrária pode ser entendida como uma redistribuição das terras, que hoje estão nas mãos de poucos donos, para uma grande quantidade de famílias que não tem terra para produzir e sobreviver.
Muitos jovens participam do MST. Um exemplo é o grupo juvenil ‘Jovens Unidos de Mobilização da Fazenda Ipanema – JUMAFI’, que estão assentados nesta fazenda e que buscam alternativas de desenvolvimento rural para o espaço de terra que conquistaram. O grupo se reunia uma vez por semana para reflexões, avaliações e planejamento de atividades. Realizavam várias atividades: passeios, participação no Conselho da Fazenda, jogo de futebol e vôlei e ‘Encontros’ de vários dias fora do assentamento, além de visitas e cursos para a implementação dos projetos que fazem. “O cotidiano dos jovens é recortado e composto por várias regiões que são a família, a comunidade, o JUMAFI, a igreja evangélica e a escola. As caminhadas, reuniões, atos públicos e outras atividades programadas pelo MST também têm importância para os jovens”.
“A Fazenda Ipanema está próxima a pequenas e médias cidades paulistas e a poucos quilômetros da capital. O acesso via rodovias é fácil e dentro da Fazenda passa a estrada de ferro que leva a São Paulo. Esta situação facilita o escoamento da produção de diversos produtos bem aceitos nestes mercados, com a possibilidade de desenvolverem atividades de trabalho na própria Fazenda que não sejam em culturas tradicionais (feijão, milho, arroz e mandioca), como é o caso de cogumelos comestíveis, mel, plantas ornamentais e medicinais, frutas, pequenos animais etc. Além disso, fora do trabalho agrícola, há um campo aberto para os empreendimentos ligados ao lazer ('pesque e pague', por exemplo), articulandose com o IBAMA na educação ambiental. Alguns jovens fizeram curso de guiaparque para acompanhar os turistas nas visitas à Flona. Já havia assentados trabalhando com tecelagem (inscritos como artesãos na feira de Sorocaba) e com música (dupla que toca e canta em festas em Sorocaba e Iperó). Havia várias mulheres interessadas em constituir grupo de produção de doces, conservas etc. Muitos jovens mostraramse motivados a trabalhar na constituição de um horto e aprender sobre jardinagem. Alguns se interessavam em cursos de administração, secretariado, cooperativismo. Havia, ainda, outros que se interessavam por eletricidade, mecânica, magistério, literatura e uma gama de atividades profissionais que hoje
Exemplo de acampamento do MST
são necessárias e possíveis no meio rural, diversificando as tarefas dentro da unidade familiar e da comunidade sem desmantelálas”.
“Os jovens que participam do JUMAFI acreditavam na necessidade de ‘mudar a sociedade’ e na legitimidade da luta dos semterra; e acreditavam que só com a organização e a solidariedade poderiam fazer a transformação social. Porém, a dificuldade do trabalho coletivo no assentamento e as divergências no período do acampamento consolidaram os projetos individuais e afastaram as lideranças das ações de educação e formação política do MST, ao qual se vinculavam apenas nas ações emergenciais. Com isso, não havia muitos espaços de participação e reflexão conjunta para o jovem no assentamento”.
Os jovens da Fazenda Ipanema compartilhavam uma identidade camponesa nova. “Esta não se referia nem ao camponês isolado que trabalha ‘na ponta da enxada’, nem ao coletivo apoiado nas técnicas modernas predatórias do meio ambiente. Demonstraram interesse em práticas comunitárias de conservação, em um desenvolvimento rural sustentável e na luta pelo respeito à natureza”.
Como acontecia a educação destes jovens? As práticas cotidianas e nas lutas do assentamento são um espaço de comunicação dentro da comunidade, com a vizinhança e com o mundo. Desta maneira, eles aprendem muito neste compartilhamento de idéias e ações. Entretanto, há uma luta dos assentados com o Estado pela construção de uma escola pública de qualidade. Além da escola, existem outros espaços educativos em que a comunidade e o MST apreendem a planejar, a se organizar e a se capacitarem para os planos de ação coletivos, como as Universidades, os órgãos de assistência técnica e extensão rural, o INCRA, o IBAMA, etc.
Contanto, os jovens do assentamento sofrem com a negação do ‘reconhecimento social’ por parte da sociedade como um todo, muitos escondem que moram em assentamentos. Muitas são as atitudes que eles têm frente a isso: alguns jovens se fecham no espaço do assentamento, outros continuam a luta para a transformação das condições do assentamento e para que a sociedade entenda como legítima a ação do MST.
Texto adaptado do artigo disponível na Internet “Identidade e educação dos jovens semterra” de Maria Teresa Castelo Branco. As fotos foram tiradas da página do MST www.mst.org.br.
Exemplo de Escola do MST
Texto de apoio 2 Anos 60: a luta dos jovens estudantes
contra a ditadura brasileira
“O tiro partiu da direita. Desta vez, os soldados do pelotão de choque da Polícia Militar da Guanabara responderam com fogo às pedras e vaias dos secundaristas. Em frente ao restaurante estudantil do Calabouço, caiu morto o jovem Edson Luís Lima Souto, aluno do curso de madureza, que viera de Belém do Pará para tentar uma faculdade no Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, o estudante tentou correr, mas seus joelhos se dobraram, no rosto um olhar mais de espanto que de dor. A bala veio da direita, da entrada da galeria que dava para uma transversal da avenida General Justo, perto do centro da excapital do país. O rapaz foi atingido no peito. O estudantes carregaramno em passeata até o prédio da Assembléia Legislativa, onde entraram à força. No caminho, romperam a pedradas os vidros da Embaixada dos Estados Unidos, na avenida Presidente Wilson. Até chegar o caixão, o corpo ficou exposto sobre uma mesa. Sem camisa, coberto até a cintura por uma bandeira, um cartaz improvisado pendendo para a frente, permaneceu protegido por um grupo de militantes que impedia a aproximação de estranhos. O crime ocorreu ao final da tarde. Mais precisamente, às 18h20 do dia 28 de março. Corria o ano de 1968”.
Em nenhuma outra década do século 20, a juventude demonstrou tanta força como na década de 1960. Aconteceu um levante mundial simultâneo no ano de 1968, na Fraca, no México, no Brasil. O crescimento da educação em massa levou ao aumento da demanda no ensino superior, que passou por um período de expansão no mundo todo. Houve uma explosão no número de matrículas, mas existia uma insatisfação com as universidades, que não estavam preparadas para as mudanças. Não surpreende, portanto, que a década de 1960 se tenha tornado a década da agitação estudantil.
A morte do secundarista Édson Luís Lima Souto, que é relatado acima, no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro, em 28 de março de 1968, é um marco na história do movimento estudantil brasileiro. A partir de então, as lutas regionais passaram a ser nacionais, constituindose em um movimento de massa. Com apoio de outros segmentos sociais, os(as) estudantes ocuparam as ruas para protestar contra a morte de Édson e a falta de liberdade, como demonstrou a passeata dos cem mil, no Rio de Janeiro.
Além de lutar contra o golpe militar, o movimento estudantil brasileiro de 1968 teve como uma de suas principais motivações a luta pela reforma universitária e a oposição à política educacional da ditadura. Ainda, naquele momento o mundo passava pela Guerra Fria, em que modelos de sociedade estavam em confronto, ou capitalismo, ou socialismo.
“Em todos esses movimentos, os(as) jovens foram protagonistas. Eram movidos(as) por uma paixão por um mundo melhor e, para isso, contavam, com sua própria condição social, descomprometimento relativo com as tarefas produtivas, disponibilidade psicológica e social para o exercício da liberdade. A juventude queria construir uma nova sociedade, de preferência socialista. Sinceramente, não parecia medir a relação de forças sociais. Estava disposta a dar a vida por seus ideais. O ano de 1968 não admitiu neutralidade. O estilo de vida e o modo de pensar expressavam o comportamento jovem contra o conformismo e a tradição”.
Texto adaptado do livro “A rebelião estudantil”, de João Roberto Martins Filho, e do texto “Movimento estudantil marca a era dos extremos”, de Maria Francisca Pinheiro Coelho.
Texto de apoio 3 : Estados Unidos, década de 1950:
o nascimento da idade teen
Uma idéia muito comum sobre o que é ser jovem nasce nos Estados Unidos na década de 1950: a idéia da juventude como problema. Surgem diversos livros, artigos nos jornais e estudos científicos se referindo a esta fase da vida, associandoa a desordem e a delinqüência. Em conjunto, intervenções governamentais são pensadas para disciplinar a adolescência ou teenager, como se diz em inglês (o interessante é que hoje no Brasil usamos a expressão teen para designar os jovens). Institutos para tratar e reabilitar os transgressores ou delinqüentes com idade inferior a 22 anos são criados. Psicólogos, educadores, sociólogos e outros profissionais são chamados a discutir esta fase da vida. Essas ações do governo refletiam um modo de perceber os jovens como indivíduos perigosos para a sociedade, necessitando de proteção e ajuda.
Geralmente, associavam a figura do adolescente a um modo de vida urbana e ao espaço da escola secundária, bem como aos clubes, os bailes, as fraternidades, ao automóvel, ao bar para jovens, à Cocacola, à goma de mascar, balas, discos, roupas, comésticos. Falavase que os teenagers tinham uma subcultura própria dentro da sociedade americana, que tinha como marca a permissividade, o consumo e o conformismo. Os adolescentes estavam cada vez mais criando uma sociedade adolescente dentro da sociedade norteamericana.
Ainda, a idéia de problema estava ligada à adolescência pelo fato de que os jovens cada vez andavam mais em tribos marcadas por “aberrações”, cultuavam as líderes de torcida de forma “obscena” e que gostavam de rock’n’roll. A idéia de problema era atribuída também pelo fato de que os/as adolescentes cultuavam cada vez mais o sexo e aumentavam os casos de gravidez entre as adolescentes da classe média branca.
Consideravam que os/as jovens daquela época estavam propensos à delinqüência juvenil. A subcultura adolescente “que era considerada agressiva incluía o rock’n’roll, o uso de carros cujo motor fora envenenado e a carroceria modificada de modo a personalizála, o corte de cabelo à Elvis Presley ou os cabelos longos, a roupa retomando os estilos afroamericanos. Associavam cada vez mais a idéia de teenager às gangues, como bandos de vândalos que se dedicavam a violências e furtos.
Estes “problemas” aconteciam, de acordo com os estudos e opiniões da época, pois a família estava se desintegrando, fazendo com que os pais já não soubessem como os filhos passavam o tempo. A opinião pública e os especialistas atribuíam a responsabilidade da ampliação da delinqüência aos meios de comunicação de massa preferidos pelos jovens, isto é, as histórias em quadrinhos, rádio, cinema, que exibiam obscenidade e vulgaridade. O cinema na época teve muitas produções que tratavam de temas juvenis, como Juventude Transviada, com James Dean.
Desta maneira, os/as jovens dos anos 50 nos Estados Unidos foram considerados um obstáculo à modernização daquele país, pois transgrediam a ordem estabelecida, devendo ser tratados como problema a ser resolvido pela sociedade americana.
Texto adaptado do livro “História dos Jovens”, organizado por Giovani Levi e JeanClaude Schmitt.
Texto de apoio 4O jovem na Grécia antiga
Como seriam os comportamentos juvenis na Grécia Antiga, época entre o século XV a.C. ao I a.C.? Antes de procuramos entender quem eram os jovens gregos das cidadesestado da Grécia Antiga, é preciso entender como se vivia nestas cidades. Entre elas, duas cidades se destacavam: Esparta e Atenas.
Esparta era uma cidadeestado que se preocupava com a guerra, assim, os membros das classes dominantes tinham que pertencer ao exército espartano. O espartano aprendia apenas o que era absolutamente necessário (ler, escrever e contar), para, então, ser educado para ser obediente ao comando militar, suportar trabalhos pesados, lutar e conquistar.
Já a cidade de Atenas, por não ter solo tão fértil para plantar e ser muito próxima do mar, levou os atenienses a serem excelentes marinheiros, dominando o comércio marítimo do Mediterrâneo.
De uma maneira geral, os aspectos econômicos destas duas principais cidades gregas era a agricultura (principalmente, o cultivo de oliveiras – azeitona e videira uva); a indústria manufatureira, pela qual se produzia mercadorias como o vidro, ferramentas, móveis, mármores, etc; e o comércio. Do ponto de vista da herança cultural, a Grécia antiga deixou realizações culturais que até hoje são importantes, tanto em relação à filosofia, às ciências, às artes, ao teatro, à arquitetura, etc.
Uma herança cultural muito importante foi o regime educativo, fundado nas cidades gregas, constituído de práticas educativas que demarcavam a passagem de criança à condição de jovem.
Sendo Esparta uma cidade com vocação militar, com certa idade, as crianças eram levadas a viver em um ambiente coletivo em que aprendiam as letras, a música e, principalmente, a arte da guerra. Faziam refeições juntas, mas separadas em grupos por idade, “sentadas no chão, vestidos por um manto em mau estado que não tiravam no inverno nem no verão, e executavam o serviço para os adultos e para si mesmos”. Ainda, simulavam combates de guerra entre os grupos. Quando as crianças cresciam, elas eram divididas em novos grupos, devendo ser obedientes a um chefe que estava autorizado a conduzilas à caça, à equitação, a punir quem desobedecesse. A entrada neste segundo grupo marcava a sua iniciação à adolescência. A formação do jovem espartano era guiada pelos ideais de coragem e obediência e no treinamento para a guerra.
Já em Atenas, eram valorizadas outras práticas de educação para os jovens, além da formação para a guerra. Além do treinamento militar dado aos jovens, a preocupação era formar o jovem para ser apto a condição de cidadão, ou seja, ele precisava conhecer as leis e o funcionamento da cidade para participar da vida política. Os atenienses consideravam os jovens como um momento da vida que se exigia formação na busca da maturidade e da beleza física.
Como princípio geral, nas cidades gregas da Antiguidade prevalecia a idéia de que os jovens são destinados a obedecer, enquanto os homens maduros e anciãos eram para comandar e tomar as decisões políticas.
Outra característica vista na Grécia Antiga era a importância dada à caça, como exercício reservado aos jovens homens. Os gregos entendiam que as outras atividades educativas, como a ginástica, a dança, as letras, a matemática, serviam como base para os jovens quando caçavam. Mas eles definiam duas formas de caça: a boa, em que o caçador enfrenta diretamente o animal (ou outro homem em situação de guerra) pela corrida, golpes, arremessos de lanças, caçadas com as próprias mãos; e má, em que na caça são usadas armadilhas para a perseguição da presa. A boa caça era a que os jovens deveriam empreender na busca de destreza, bravura e corpo atlético.
Nas pinturas gregas em vasos e cerâmicas, podemos perceber como as atividades educativas e a caça eram valorizadas na educação dos jovens.
Texto adaptado do livro “História dos jovens”, organizado por Giovani Levie e JeanClaude Schmitt, e do livro “História geral”, de Gilberto Cotrim.
Texto de apoio 5Os jovens alemães e o nazismo
Passada a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha enfrentava sérias dificuldades para superar os problemas sociais e econômicos gerados pela guerra. O país sofria com elevado índice de desemprego e altas taxas de inflação, o que faziam multiplicar o protesto contra o governo e as greves de trabalhadores. Até que em 1933, Adolf Hitler chega ao poder, ocupando o cargo de chanceler do Estado alemão.
A partir desde momento, Hitler empenhouse em fortalecer por todos os meios o poder alcançado, implantando a ditadura nazista que teve como marca a violência brutal e opressiva contra seus opositores, bem como a maciça propaganda junto às massas populares.
Passase a divulgar a idéia de que “só o que é eternamente jovem deve ter seu lugar na Alemanha”, ou seja, o nazismo quis passar a idéia de que “a juventude é atitude” na defesa do que é novo. Ser “jovem” naquele momento não remetia a um grupo social ou a um momento do desenvolvimento biológico do indivíduo, mas sim a uma idéia. Desta maneira, o sistema de Hitler disseminava esta idéia nova: a defesa da raça ariana (germânica) pela pureza do seu sangue. A vida cotidiana dos jovens daquela época era marcada por esta idéia de racismo.
Era pela família, pela escola e pelas organizações paramilitares da Juventude Hitlerista, que o nazismo difundia a idéia da grandeza da raça ariana acima de todas as outras, formando os jovens alemães como “soldado político”, ou seja, aquele jovem que aprende para obedecer e para lutar pela defesa do regime nazista.
Na escola, os jovens alemães eram ensinados a reconhecer as pessoas “racialmente estranhas”, ou seja, a identificar no seu diaadia os judeus, os ciganos, etc, considerados seres humanos inferiores.
Ainda, “o jovem alemão fazia a saudação hitlerista cinqüenta a 150 vezes por dia: ao deixar a casa familiar de manhã, saudava “Heil Hitler!” o chefe da célula da juventude que cruzava na escada, seus companheiros encontrados na rua e o fiscal do bonde; repetia essa mesma saudação transformada em lei com seus professores, no começo e no fim de cada aula, com o padeiro ou com o dono da papelaria, com seus pais quando voltava do almoço. Quem não respondia com o mesmo “Heil Hitler” era culpado de um delito”. Ensinavam aos jovens que Hitler devia ser saudado, pois ele era o médico salvador do povo alemão.
Assim, todo jovem queria ou era coagido a participar das organizações paramilitares, em que realizavam atividades que exaltavam a competição e a concorrência. Sem contar, que pouco a pouco, foram sendo criadas atividades periódicas para educar a juventude aos ideais do nazismo, como por exemplo, o sábado foi declarado “dia nacional da juventude”, em que os jovens deveriam colocar seus uniformes e cumprir serviço cívico. Embora não tivessem a adesão de todos os jovens alemães, estar na Juventude Hitlerista era uma exigência para entrar na universidade ou para conseguir um serviço público.
Quando a criança fazia 10 anos de idade, ela tinha que se alistar na Juventude Hitlerista. Passavam até 18 anos, no caso de meninos, e 21 anos, no caso das meninas, nesta organização, em que faziam atividades esportivas e eram educados para defender o projeto implantado por Hitler e exaltar a pureza e a grandeza do povo alemão. Enquanto os homens eram formados para o Exército e para postos do Estado, as mulheres eram educadas para as tarefas domésticas e preparadas para serem mães.
Além da violência brutal a quem se negasse a compartilhar os valores racistas de exaltação da raça ariana, Hitler conseguia consolidar o nazismo pela educação permanente de milhares de jovens ao ideais que defendia.
Veja em anexo algumas imagens e ilustrações que retratam a vida dos/as jovens alemães durante o nazismo.
Texto adaptado do livro “História dos jovens”, organizado por Giovani Levie e JeanClaude Schmitt, e do livro “História geral”, de Gilberto Cotrim.
Texto de apoio 6Ritos de passagem entre os povos indígenas no Brasil:
da infância ao amadurecimento
Entre os povos indígenas que vivem em território brasileiro, as etapas etárias infância, maturidade e velhice equivalem a posições sociais bem definidas. As categorias de homens e mulheres maduros podem ser identificadas pelas funções e status mais importantes que assumem: casamento, procriação e produção. É possível afirmar que a maior parte do trabalho social realizado cabe a essa categoria de indivíduos maduros: caça, pesca, agricultura, coleta, construções, fabricação de instrumentos e utensílios, objetos de adorno e cerimoniais, preparação de alimentos. Crianças e idosos também trabalham, mas em intensidade diferenciada, de acordo com sua capacidade. Isso quer dizer que o esforço despendido pelos adultos permite que os mais velhos não trabalhem e, ao mesmo tempo, formem as crianças que irão assumir a carga mais intensa no futuro. Aos mais velhos, reservase as práticas dos ritos, mitos, dos valores e das crenças, ou seja, as opiniões dos mais velhos é referência de respeito por todos os membros de uma comunidade, cabendo a eles também a educação das crianças contando histórias de aventura e mitos, que chamamos de tradição oral.
A passagem das crianças para a vida adulta é marcada por ritos de passagem de de puberdade que se desenvolvem geralmente em três fases: a separação, a transição e a incorporação. Nos ritos de puberdade, onde o índio ou a índia deixa de ser considerado uma "criança" por seu grupo, e passa a ser visto como um adulto, é possível observar essas três fases de forma mais clara. A criança é retirada do vida normal da aldeia, passa por um período em que aprende o comportamento adulto, e por fim volta à aldeia, agora com um novo status.
“Nesses ritos de passagem, a criança é separada do convívio social com a aldeia, quando atinge determinada idade. Esse momento é considerado a primeira fase do rito (a separação). A idade em que a criança é "retirada" da sociedade varia conforme as diversas etnias.
No caso das meninas, na maioria das vezes essa fase acontece na época da primeira menstruação. As índias Tikuna; que vivem na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia; quando percebem a primeira menstruação, entram na mata, não sem antes deixarem um adorno marcando o local onde se esconderam. De lá passam a bater dois pedaços de madeira, um contra o outro, até que suas mães percebam o que está acontecendo e vão ao encontro de suas filhas, para leválas para casa onde passarão longas semanas até que saiam de lá novamente.
Para os homens, não há uma idade tão clara. Por exemplo: os índios Xavante,
Ritos de passagem entre os índios Nambiquara
que vivem no cerrado do Mato Grosso, realizam seus ritos de puberdade uma vez a cada cinco anos. Os meninos saem da casa de seus pais e passam a viver todos juntos em uma casa comunitária por todo esse tempo, até serem considerados adultos. Portanto no início da reclusão há desde meninos de 7 a 8 anos, que estarão muito velhos para esperarem o próximo ritual; até adolescentes de 12 a 13 anos, considerados muito novos no início do ritual anterior. Entre os índios Apinajé, do norte do Tocantins, a separação é feita quando o índio atinge 15 anos, mais ou menos. Já entre os Tupinambás, que habitavam a costa do Brasil na época em que os europeus chegaram aqui, os rituais aconteciam quando o índio contava mais ou menos com 25 anos.
A segunda fase dos ritos de passagem, chamada "transição", corresponde ao período em que o adolescente permanece afastado da sociedade aprendendo com os mais velhos, o comportamento adequado aos adultos de seu grupo. Entre as meninas das etnias do Alto Xingu Mato Grosso por exemplo, esse período é próximo a um ano. A menina não sai de um compartimento separado da casa, longe das vistas dos outros. As meninas Tikuna permanecem "escondidas" em suas casas por três meses, mas na maior parte do tempo em silêncio. Normalmente, para todos os grupos indígenas, essa fase é cercada por cuidados especiais e tabus alimentares. Acreditase que as meninas encontramse fragilizadas e expostas a ataques de espíritos maus.
Entre os homens esse período de transição é muito variado. Como já dito, ele dura até cinco anos para os Xavante. Já entre os índios Karajá, que habitam as margens do rio Araguaia, os preparativos para a festa de puberdade masculina duram cinco meses. Em todos os casos, durante esse período, os homens aprendem os ritos de sua comunidade, as responsabilidades para com suas futuras famílias, as atividades de caça, pesca e da guerra.
Por fim, terminado esse aprendizado da fase de transição, há um ritual de incorporação. O menino ou a menina já são considerados aptos a assumirem o papel de adultos. Eles são recebidos de volta à sociedade, mas agora é como se entrassem num outro "quarto da casa".
O ritual de incorporação é geralmente bastante festivo, mas cada etnia tem sua própria forma de comemorar. Em alguns desses ritos, os "novos" adultos são obrigados a passar por momentos de dor. Os índios SateréMawé que habitam a região entre os rios Madeira e Tapajós, na floresta amazônica preparam uma luva cheia de grandes formigas chamadas tocandiras. Os jovens SateréMawé vestem essas luvas e são picados pelas formigas, mas não podem demonstrar dor, ou serão considerados homens fracos.
Já as índias Tikuna são recebidas com uma grande festa, chamada "Festa da Moça Nova", onde homens vestidos com fantasias representando diversos espíritos da floresta, dançam e cantam por dias a fio. Ao fim da festa porém, as mulheres mais velhas arrancam os cabelos das mais novas.”
Nas sociedades indígenas, a adolescência ou juventude não é uma fase nem social nem psicológica, porque não é necessária. O corpo dos jovens está apto para a procriação e em seu processo educativo já treinou a aquisição das habilidades práticas pertinentes ao seu gênero sexual; portanto, cabe sociedade promover sua transformação em adulto. Os rituais de passagem dos jovens podem durar de um a cinco anos, dependendo de como cada sociedade elabora o processo. Ao completar o ciclo ritual, a criança ser∙ adulta, pronta para casar, procriar e realizar a reprodução social.
Acompanhados por vários garotos da mesma idade, estes rapazes xavante estão presos numa oca típica e enfrentando uma das etapas do rito de passagem para a idade adulta que culmina com a cerimônia de furação das orelhas.
Texto adaptado do artigo “Da infância ao amadurecimento: uma reflexão sobre os rituais de iniciação”, de Lúcia Helena Rangel, publicado na revista Interfaces, em agosto de 1999, e do artigo “Ritos de puberdade: passagem para a vida adulta”, disponível na página www.arara.fr.
Anexo 4: Roteiro de perguntas para a interpretação dos textos de apoio acima descritos
Roteiro para estudo do texto e confecção do painel:
1) De que lugar são os jovens que trata o texto?2) De que época são os jovens de que trata o texto?3) Quem são os jovens que trata o texto?
Como é o cotidiano destes jovens?Eles estudam? Eles trabalham?O que gostam de fazer como atividade de lazer? Eles participam de algum movimento social?No que eles acreditam?O que a sociedade/comunidade em que eles vivem esperam deles? Como são reconhecidos pelos adultos?O que diferencia estes jovens das crianças da época?
Disciplina: Sociologia – EE Agrônomo Pedro Pereira – Professora: Brenda Espindula
Anexo 5: Esquema de conteúdos da aula sobre cultura
Como podemos entender as diferenças culturais entre os jovens nas diferentes épocas? O que afinal é cultura?
Diferentes momentos históricos revelam a diversidade cultural da humanidade; Diferentes contextos e maneiras de ser jovem (práticas, costumes, hábitos, idéias) revelam
as transformações por quais passam as CULTURAS dos diferentes povos e sociedades;
realidades dos agrupamentos humanos variam conforme o espaço (local) e o tempo (época)
Esses modos, práticas, costumes, hábitos, idéias fazem sentido para os agrupamentos humanos que os vivem, são resultados de sua história, relacionamse com as condições materiais de existência;
Cultura ≠ pessoa culta, pessoa estudada Cultura ≠ manifestação artística Cultura diz respeito a tudo aquilo que caracteriza a existência social de um grupo social,
povo ou nação Cultura é o conjunto de características que marca a realidade social de um povo ou grupo (idéias, práticas, comportamentos, instrumentos, coisas produzidas, crenças que marcam os modos de vida)
Cultura não é uma coisa parada, ela é dinâmica e está em movimento Cultura é produto coletivo da vida humana; produto da história de cada sociedade.