Post on 16-Apr-2015
10 ANOS – 11 DE SETEMBRO
Introdução
• O ATENTADO
Fim da história?
Em 1992, o sociólogo Francis Fukuyama declara o fim da história com a vitória do capitalismo liberal. A política se converteria em atividade monótona e repetitiva, em solução profissional, científica, de problemas técnicos cotidianos. Um dos seus erros maiores foi o de transpor a todo o planeta o que seria plausível para o espaço da cultura de algumas sociedades mais evoluídas do Ocidente e das áreas profundamente ocidentalizadasO 11 de setembro é a primeira derrocada do capitalismo liberal.
Fim da História e Hegel• Introduziu um sistema para compreender a história do mundo,
chamado geralmente dialética: uma progressão na qual cada movimento sucessivo surge como solução das contradições inerentes ao movimento anterior.
• Primeiramente ocorreria a a revolução, que , por conseguinte, já não pode voltar-se para nada além de seu resultado: a liberdade conquistada é consumida por um brutal Reinado do Terror. A história, progride aprendendo com seus erros: somente depois desta experiência, e precisamente por causa dela, pode-se postular a existência de um Estado constitucional de cidadãos livres, que consagra tanto o poder organizador benévolo do governo racional e os ideais revolucionários da liberdade e da igualdade.
Fim da História e Hegel
tese (em nosso exemplo, a revolução Russa)
antítese (o terror stalinista)
síntese (o estado constitucional de cidadãos livres = neoliberalismo)
Origens do Conflito • Criação de Israel:1948 (1947- ONU: povo palestino & judeu)• Primeiros Conflitos• 1a guerra: Israel x Egito, Síria e Jordania (1949)• 2a guerra (seis dias): Israel x Árabes (1967)• Yom Kippur: Israel (apoio EUA) x Árabes• Sucessivas anexações: Gaza; Golã; Cisjordânia; Sinai• Questão hídrica: nascente rios & territórios religiosos• Acordos de paz e reconhecimento Israel (Egito- Penins.Sinai)• OLP (Organização para a Libertação da Palestina)• Ariel Sharon x Yasser Arafat (correntes moderadas e radicais)• OPEP: 2/3 do petróleo mundial – pressão petróleo e geopolítica • Revolução dos Aiatolás (1979) – Derrubada da ditadura ocidental
no Irã
O mundo árabe e islâmico
• Os árabes se encontram em 21 países, mais a Palestina (ocupada por Israel).
• São 08 monarquias e 13 repúblicas, localizadas no Oriente Médio ou no Norte da África.
• É importante ressaltar que nem todos os árabes são mulçumanos, e vice-versa.
• Os países árabes, mais o Irã, são responsáveis pela venda de 20,641 milhões de b/d de petróleo.
O mundo árabe e islâmico
O islã
• Religião fundada por Maomé, profeta que teria recebido revelações de Alá e do Anjo Gabriel (transcritas no Corão)
• A sucessão de Maomé:- Sunitas (suna = caminho; o povo do caminho, da
tradição) Maomé não deixou sucessor- Xiitas (partidários de Ali) Maomé deixou o primo Ali como
sucessor• Sharia – Lei civil moldada nos preceitos religiosos do
Corão e da Suna (texto sobre os costumes do profeta)• Poderíamos falar de um extremismo de alguns grupos,
evitando generalizações.
Organizações islâmicas e a Jihad
• Jihad – guerra santa contra os inimigos do Islã
• Jihad islâmica – Egito 1970 • Hamas – Palestina (1988) é também
um partido político.• Hezbollah – Movimento de resistência
com ações assistencialistas, Líbano (1985)
• Al qaeda – teria se formado no Afeganistão com a invasão da URSS (1980) – rede internacional.
Antiamericanismo
• posição hostil em relação à política, à cultura e à sociedade dos EUA. (ANTIESTADUNIDENSE)
• resultante da agressiva política externa, no que diz respeito a imposições econômicas e políticas realizadas pelos os Estados Unidos.
• referência às Guerras do IRAQUE E GOLFO PÉRSICO, ataques vinculados à dominação do petróleo do Oriente Médio e condenados pela ONU e parte significativa da opinião pública internacional.
• é uma aversão aos Estados Unidos, a partir de uma crítica ao modo de vida do cidadão americano, interferindo negativamente na cultura e na sociedade, através, do CONSUMISMO e do estilo de vida baseado em interesses econômicos, em detrimento dos valores humanos e éticos. O antiamericanismo seria uma reação de outros Estados que se sentem ameaçados e coagidos pela dominação política, econômica e militar norte-americana.
Antiamericanismo• Hostilidade à política estadunidense, a partir das gestões Bush,
Guerras do IRAQUE E GOLFO PÉRSICO, dominação do petróleo do Oriente Médio e condenados pela ONU e parte significativa da opinião pública internacional.
• ESTEREÓTIPOS=> “comunistas” – Macarthismo (Joseph MacCarthy)
• “norte-americanos” – visão oriental• “islâmicos” – visão ocidental
(neomakarhismo)• Da bipolarização ao combate ideológico contemporâneo- “Eixo do
mal”
• Os Estados Unidos também devem avaliar a sua responsabilidade na criação de um "terrorismo" que se voltou contra eles.
• Foram eles que incentivaram esse "terrorismo", criando redes para seus próprios fins e apoiando regimes repressivos que aterrorizam seus próprios povos.
Desdobramentos do Atentado
• Guerra do Afeganistão (2001) – Queda do Talebã.
• Invasão do Iraque (2003) – Prisão e Morte de Saddam Hussein.
Desdobramentos do Atentado
• Política do terror
Surgimento de um novo “inimigo” externo que embala ações bélicas do governo dos EUA (Afeganistão e Iraque) e a própria campanha presidencial seguinte.
O EIXO DO MAL
Desdobramentos do Atentado
• Xenofobia
- Morte de Jean Charles em Londres, 2005.
- Proibição do véu islâmico na França em 2011.
- Proibição, por referendo, de minaretes na Suíça em 2009.
- Atentados na Noruega, em 2011.
A primavera árabe
• Em todos os 21 países árabes temos a presença de governos “duradouros”. Ou são monarquias absolutistas, ou ditaduras disfarçadas de democracia.
• Reivindicações:- Fim do Estado de emergência, libertação dos
presos políticos, liberdade de organização partidária, liberdade sindical de imprensa e de expressão, eleições livres e convocação de assembléia constituinte.
O mundo atual
• Choque de civilizações?Alguns teóricos argumentavam que a democracia liberal e a economia capitalista de livre mercado seriam a única alternativa ideológica após o fim da Guerra Fria.O cientista político Samuel Huntington, em 1995, defendeu que os novos confrontos seriam entre a civilização judaico-cristã e a civilização árabe. Dando enfoque a questões étnicas e culturais. Os levantes recentes (no mundo árabe e na Europa) apresentam o que os conflitos são de fato: políticos e econômicos.
• POLÍTICA DO CHOQUE