2016 3 TRI LIÇÃO 8 - PRIMEIRAS PROFECIAS MESSIÂNICAS

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TEXTO DO DIA

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos

deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o

seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus

Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."

(Is 9.6)

SÍNTESE

O profeta Isaías fala do Messias como uma grande

luz que dissiparia as trevas.

TEXTO BÍBLICO Isaías 9.2-4,6; 10.12,15

2. O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte resplandeceu a luz.

3. Tu multiplicaste este povo e a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos.

4. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas.

6. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

12. Por isso, acontecerá que, havendo o Senhor acabado toda a sua obra no monte Sião e em Jerusalém, então, visitarei o fruto do arrogante coração do rei da Assíria e a pompa da altivez dos seus olhos.

15. Porventura, gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele? Ou presumirá a serra contra o que puxa por ela? Como se o bordão movesse aos que o levantam ou a vara levantasse o que não é um pedaço de madeira!

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

• Contrapondo a ameaça a Sião o profeta apresenta uma esperança messiânica.

• É o Messias que dá vida ao seu conteúdo profético e traz uma esperança que suplanta qualquer ameaça ou desobediência.

• A justiça de Deus recai sobre o opressor e injusto: seja de Israel ou da Assíria.

• No NT a figura do messias é relida em Jesus: o Filho de Deus enviado para salvar não somente de Israel, mas toda a humanidade.

I - CONSOLO AO POVO SOFREDOR

Deus não toleraria a desobediência de seu povo, que após várias

advertências preferiu continuar no erro. Ele enviou reis e nações

poderosas para corrigi-los. Eles foram quase que dizimados, mas

Deus teve misericórdia do remanescente (Is 1.9; 6.13; 10.19;

11.1) e destruiu as nações opressoras, trazendo, mais tarde, uma

pequena parte de Israel novamente para Jerusalém

prometendo-lhes o Messias. Assim, trouxe consolo ao seu povo

sofredor, embora profeticamente o escape final de Israel ainda

está para acontecer.

Lições Bíblicas Jovens - CPAD

1. O instrumento de Deus para corrigir o seu povo

• A forma que Deus se utilizou para corrigir o seu povo desobediente foi a Assíria.

• Mais tarde, as profecias de Isaías indicarão que a Babilônia também fará parte desses castigos.

• Eles tinham exércitos poderosos e cruéis, que esmagaram o povo de Deus.

• Pela rejeição da tranquilidade do rio de Deus, eles seriam invadidos pela enchente de um rio caudaloso e devastador, a Assíria (Is 8.6,7).

2. A arrogância do instrumento de Deus

• Os Assírios eram um povo arrogante.

• Embora nesse momento estivessem sendo instrumento de Deus não reconheceram essa verdade e diziam:

• que tinham muita força própria, sabedoria, inteligência;

• que tinham o poder de mover as nações e remover seus limites, de roubar riquezas e destronar reis (Is 10.13,14).

• O profeta afirma que jamais um instrumento poderá se gloriar contra aquele que o utiliza (Is 10.15).

3. Deus destruirá o inimigo cruel. Isaías diz que Deus fará definhar a Assíria

• Parte da destruição: 185 mil soldados dizimados por uma peste, quando esse exército estava acampado ao redor de Jerusalém para a destruir, depois de já ter destruído todas as cidades em volta (2 Rs 19.35).

• Mas a destruição final da Assíria viria com a invasão dos medos e dos babilônios em 612 a.C..

• A magnífica civilização de ilimitada ambição e conquistas violentas e cruéis terminaria, conforme descrito em Is 10.24,25.

PENSE

Às vezes, algumas perdas e derrotas nos

ajudam a relembrar os nossos erros e nossas

decisões equivocadas. Esse processo de

lembrança nos revela o lugar em que

devemos retornar, a vontade de Deus.

PONTO IMPORTANTE

A teologia do Messias é de conforto,

esperança e restauração. O menino que

nascerá é apresentado por Isaías como o

novo rebento de Davi, o verdadeiro Rei e

Senhor da história.

II - O PODER DO MESSIAS

Considerações iniciais ao tópico

O menino (nascimento citado), é um personagem da casa

real. Provavelmente Ezequias, uma figura messiânica que

dava esperança ao povo sofrido, com a mudança de

governo.

1. A grande luz do menino que nasceu

• Luz na Bíblia = vida e felicidade.

• Por isso Deus é comparado à luz, pois dEle emana a vida e a felicidade (Tg 1.17).

• O Messias viria para irradiar uma grande luz, iluminando os que andavam na escuridão (Is 9.2).

• O autor e seus destinatários tinham em mente um libertador político. No NT Jesus reinterpreta o texto, aplicando para si.

• Importante ressaltar que o autor do AT não tinha em mente Jesus.

2. A imensa alegria (Is 9.3)

• Em Isaías a alegria que o Messias traria = alegria na época das colheitas (dia de pagamento com aumento de salário) ou como num despojo de guerra (riquezas).

• A vinda de Cristo: "[...]vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo" (Lc 2.10).

• Cristo nos dá a alegria permanente, como parte do fruto do espírito. Alegria mesmo em meio a tribulações e angústias.

3. A quebra do jugo (Is 9.4).

• Jugo designa na Bíblia uma peça de ferro ou madeira que era colocada no pescoço do boi para controlá-lo, ou seja, um instrumento de opressão e submissão.

• O entendimento dos destinatários de Isaias era que o Messias iria libertar do jugo de seus inimigos imperiais.

• Jesus veio para libertar do pior jugo, o jugo espiritual.

PENSE

Fomos feitos para ser pessoas livres, e não

escravas. Por isso, o evangelho do Messias é

para libertar, transformar e livrar os homens

do jugo do Maligno.

PONTO IMPORTANTE

O profeta Isaías leva o povo a fixar sua

esperança somente em Deus. Aceitar que

somente Ele tem o verdadeiro poder de

trazer a alegria, o consolo e conduzir o povo a

um novo momento de sua história.

III - OS NOMES DO MESSIAS

Considerações iniciais ao tópico

• (9:5) – ápice do poema. O menino e os quatro títulos que lhe são atribuídos.

• Títulos atribuídos ao reis na época:

• a sabedoria do rei na administração aparece no título de Conselheiro,

• sua capacidade militar em Deus-forte,

• enquanto que o zelo pela prosperidade do povo o caracteriza como Pai,

• expressando Príncipe-da-paz sua preocupação com a felicidade do povo.

Considerações iniciais ao tópico

• “Para o título de conselheiro podem ver-se 2Sm 17; 1Rs 12, e os planos inimigos (7:5) opostos aos de Deus (14:27); para o de guerreiro, 1Sm 2:4; 2Sm 1:21; Ez 32:27, e como título divino Sl 24:8; para o título de “pai” (chefe, ministro), Is 22:21; o título e príncipe é muito frequente” (SCHOKEL; SICRE, 2004, p. 159).

• “[...] Deus mesmo faz nascer o menino e lhe impõe nome sobre-humano. Somente dito de Cristo é que este oráculo adquire seu pleno sentido; até então tinha sido antes esperança e anseio, ideal não realizado, no entanto, ideal crido e desejado, e desta forma tensão para o futuro, como anúncio e preparação” (SCHOKEL; SICRE, 2004, p. 160).

1. Maravilhoso Conselheiro

• Contrapondo a confusão do povo que não sabia o que deveria fazer e preferiram conselhos errados (Is 3.4,12).

• O messias seria alguém justo e sensato para dar bons conselhos.

• Nem sempre sabemos tomar as melhores escolhas.

• As principais escolhas da sua vida precisam ser priorizadas e que bênção quando você pode receber os melhores conselhos.

AP – Lembra, nos seus passos o que faria Jesus?

2. Deus Forte

• Contrapondo a fraqueza dos governantes e dominadores estrangeiros que oprimiram os fracos e desvalidos, acreditavam que Deus tomaria o poder por meio do messias.

• A crença era de que na força de Deus o Messias estabeleceria a justiça e o direito.

3. Pai da Eternidade (Na leitura do NT)

• Ele contrapõe a efemeridade de tudo que é humano, "e ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17).

• Ele não tem começo nem fim, controla e mantém todas as coisas em seu devido lugar, com todas as leis da natureza por Ele criadas e sustentadas.

• Antes que houvessem sido criados céus e terra Ele já existia (Jo 1.1), pois Ele criou a própria eternidade.

• Ele existirá para todo o sempre, numa perpetuidade de poder, glória e majestade.

4. Príncipe da Paz

• Shalom em hebraico é mais do que estado de tranquilidade, sugere prosperidade, espaço, riqueza, saúde, bem-estar, felicidade e contentamento.

• Contrapondo o ambiente de guerra, desolação, violência e injustiça, o Messias traria uma paz perpétua.

• A paz do Príncipe seria muito mais do que ausência de guerras e violência, mas também provisão inesgotável de salvação e bênçãos para o povo de Deus.

• O mundo inteiro anseia por paz, mas a verdadeira paz somente Deus, em Jesus, pode dar.

Não existe nada pior para o ser humano do que ser

aprisionado por algum jugo. Existem muitas pessoas

aprisionadas pelo pecado, por outras pessoas ou mesmo

por situações da vida que as oprimem e subjugam, mas

Cristo, o Messias, veio para estraçalhar qualquer jugo e

tornar todos os que o reconhecem como Cristo

completamente livres.

Lições Bíblicas Jovens - CPAD

PENSE

As principais escolhas da sua vida precisam

ser estabelecidas a partir dos maravilhosos

conselhos daquEle que foi chamado de Deus

Forte.

PONTO IMPORTANTE

Os nomes atribuídos ao Messias são o contraponto de toda a situação histórica que

o povo estava vivendo nos dias do profeta Isaías. No entanto, esses nomes de Deus ainda podem ser considerados nos dias

atuais da Igreja.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta lição nos aprendemos que:

1. Os inimigos opressores do povo de Deus seria derrotado.

2. O nascimento do menino (Ezequias na época de Isaias) trouxe esperança de um nova vida de alegria com a quebra do jugo do inimigo estrangeiro e opressor.

3. A verdadeira libertação é apresentada somente por Cristo, pois ele traz a libertação espiritual.

Subsídios bibliográficos

"Maravilhoso Conselheiro deveria ser hifenizado. [...] Jesus foi uma maravilha pessoal. Ele foi alguém Maravilhoso que deu conselhos Maravilhosos. Isaías está expressando o atributo divino do Onisciente, mas exprimindo-o em forma verdadeiramente hebraica.

Deus Forte sugere o guerreiro divino ou o herói divino. Ele tem valor sobre-humano, não simplesmente porque o Espírito do Deus Todo-Poderoso está sobre Ele com unção, mas porque a natureza da deidade essencial habita nEle.

Pai da Eternidade é melhor entendido como Pai Eterno, ou Pai perpetuamente. Designar alguém como 'o Pai de' é uma maneira hebraica e arábica de dizer que Ele é propriamente a fonte da coisa designada como seu atributo.

Príncipe da Paz é um nome que indica um governo bem-sucedido com prosperidade abençoada e verdadeira. Paz pertence ao reino ideal. Mas R.B.Y. Scott está correto em sugerir 'Príncipe Beneficente' como um significado mais correto. O termo hebraico Shalom indica não somente uma ausência de guerra, mas uma condição de bem-estar rica, harmoniosa e positiva" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 4: Isaías e Daniel. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.p. 51).

"Emanuel (7.14)

O nome significa 'Deus conosco". Mas a comum e enfática posição das palavras compondo o nome mostra que devia ser entendido como 'Conosco está Deus!' Assim, o nome Emanuel capta a admiração e maravilha da encarnação e o inimaginável fato de que o Deus do Universo entrou na corrente do tempo para tornar-se um conosco.

Nascimento virginal (7.14). A palavra hebraica traduzida por virgem significa 'jovem mulher em idade casadora'. O ideal hebraico de casamento faz uma tradução como 'virgem' igualmente. Entretanto, a intenção é absolutamente clara em Mateus 1.23 que cita Isaías e usa palavra grega, parthenos que inequivocadamente significa 'virgem'. De fato, o conceito de nascimento viriginal é um fundamento básico do cristianismo bíblico" (RICHARS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 415).

HORA DA REVISÃO

1. Qual foi o instrumento que Deus usou para repreender seu povo? R) A Assíria. 2. Que metáfora Isaías utiliza para se referir à arrogância da Assíria? R) De que jamais um instrumento poderá se gloriar contra aquele que o utiliza. 3. Qual o símbolo que a luz tem na Bíblia? R) Simboliza a vida e a felicidade, por isso Deus é comparado à luz. 4. O que significa Pai da Eternidade? R) Que Jesus é eterno, sem começo nem fim. 5. Por que Isaías chama de Jesus de o Príncipe da Paz? R) Porque estabelece sua paz àqueles que hoje se entregam ao seu governo e num futuro próximo dará paz completa para toda a sociedade e todos os povos e nações da terra.

Referências

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

ARAUJO, Israel de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Comentário Bíblico Beacon. Vol 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

CROATTO, J. S. Isaías. Vol I: 1-39. O profeta da justiça e da fidelidade. Petrópolis: Vozes, 1989.

FEINBERG, Charles L. Os profetas menores. São Paulo: Vida, 1988.

LIÇÕES BÍBLICAS JOVENS. Isaias: eis-me aqui, envia-me a mim. 3º Trim, Edição Professor, Rio de Janeiro, 2016.

REFERÊNCIAS

MERRILL, H. Eugene. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

NAKANOSE, Shigeyuki; PEDRO, Enilda de Paula. Como ler o Primeiro Isaías (Is 1-39). São Paulo: Paulus, 2002.

RENDTORFF, Rolf. Antigo Testamento: uma introdução. Santo André-SP: Academia Cristã, 2009.

SCHOKEL, Alonso Luís; SICRE. José Luís. Os profetas. São Paulo: Paulus, 2004.

SICRE, José Luís. Profetismo em Israel. Petrópolis: Vozes, 1996.

SILVA, Airton José. A voz necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. São Paulo: Paulus, 1998.

Pr. Natalino das Neves

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