3. tomate hidropônico em vaso

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Victor de Souza Almeida

MSc. Fitotecnia

Universidade Federal de Viçosa - UFV

Tomate Hidropônico em Vaso

Sumário

• Introdução

• Variedades (Grupos)

• Estruturas para Cultivo

• Cultivo em Vaso

• Solução Nutritiva

• Tratos Culturais

• Comercialização

• Considerações Finais

Introdução

Desafios na Tomaticultura

Custo de Insumos

Número de pragas e doenças que atacam a cultura

Disponibilidade de Mão de Obra

Preço do Produto

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais Estruturas para o Cultivo Colheita e Embalagem

Introdução

Oportunidades no Cultivo em Vaso

Produtividade

Qualidade do Produto

Uso de Defensivos

Valor Agregado

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais Estruturas para o Cultivo Colheita e Embalagem

Produto Diferenciado

Introdução

Produtividade

• Média Nacional (campo aberto)

= 6,5 kg m-2 (5 a 6 meses)

= 65 kg m-2 (10 a 12 meses)

= 15 kg m-2 (5 a 7 meses)

• Média EUA (ambiente protegido)

• Média Brasil (ambiente protegido)

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais Estruturas para o Cultivo Colheita e Embalagem

• Média Brasil (mini tomates) = 10 kg m-2 (7 a 9 meses)

Variedades (grupos)

Salada

Peso médio: 150 a 500 gramas

Formato achatado

Maioria dos híbridos do tipo “longa vida”, maior duração pós colheita, porém

sabor inferior

Principais híbridos: Dominador, Serato, Paron, Forty, Compack

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita e Embalagem

Variedades (grupos)

Santa Cruz

Peso médio: 80 a 220 gramas

Diâmetro transversal menor que o diâmetro longitudinal

Principais híbridos: Santyno, Caryna, Cienaga

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita e Embalagem

Variedades (grupos)

Italiano ou Saladete

Peso médio: 80 a 220 gramas

Frutos compridos e com diâmetro reduzido

Padrão de qualidade em tomate de mesa

Principais híbridos: Pioneiro, Grazziani, Giuliana, Pizzadoro

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita e Embalagem

Variedades (grupos)

Cereja

Frutos pequenos (< 30g)

Pencas com 12 a 18 ou mais frutos

Principais híbridos: Dellycia, Piccolo

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita e Embalagem

Variedades (grupos)

Especialidades

Frutos mais doces (ºBrix acima de 8)

Principais híbridos: Sweet Grape, Sweet Heaven, Mascot, Tomini

Tomate Grape

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita e Embalagem

Variedades (grupos)

Tomate grape

amarelo

Tomatoberry

(formato de

coração) Tomate de

penca

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita e Embalagem

INTRODUÇÃO

Exigências Climáticas do Tomateiro

Estruturas para Cultivo

Temperatura (18 a 24 °C)

T alta (↑ 35 °C)

• Queda de Flores • Abortamento e Queima

de Frutos • Clorose nas Folhas • Baixa taxa de polinização

T baixa (↓ 10 °C) • Redução de Crescimento • Arroxeamento das hastes • Abortamento de Flores • Baixa taxa de polinização

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita

INTRODUÇÃO Estruturas para Cultivo

Umidade Relativa (50 a 70%)

UR alta

• Formação de Orvalho • Aumento da Incidência de

Doenças • Deficiência na Polinização

UR baixa • Aumento na Transpiração • Incidência de “Fundo Preto” • Fechamento dos Estômatos • Redução na Polinização

Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita

Ambiente Protegido

Estruturas para Cultivo Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita

Pé Direito - 4 a 6 metros

Estruturas para Cultivo Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita

Lanternim Nebulizador

Limpeza do Filme Agrícola Telas Refletoras

Sistema de Cultivo em Vaso (semi hidropônico)

Cultivo em Vaso Introdução Solução Nutritiva

Variedades Tratos Culturais

Estruturas para o Cultivo Colheita

Desvantagens • Custo elevado • Demanda de mão de obra qualificada

Cultivo em Vaso

Vantagens • Melhor controle da nutrição (solução nutritiva

sempre balanceada) • Produto de maior qualidade • Menor uso de defensivos • Possibilidade de produzir em solos inaptos à

produção

Cultivo em Vaso

Características Ideais de um Substrato

• Alta capacidade de retenção de água facilmente disponível para as plantas

• Boa aeração • Inerte • Decomposição lenta • Baixa Salinidade • Ausência de patógenos • Facilmente disponível e a baixo custo

Cultivo em Vaso

Tipos de Substrato

Areia

Cultivo em Vaso

Desvantagens

• Pode vir contaminado • Maior mão de obra (substrato pesado) • Baixa retenção de água (requer irrigações mais

frequentes) • Aquece facilmente

Vantagens

• Baixo custo • Possibilidade de reutilizar várias vezes • Substrato Inerte

Murchadeira (Ralstonia solanacearum)

Tratamento Térmico

Cultivo em Vaso

Fibra de Coco

Cultivo em Vaso

Desvantagens

• Alto custo • Difícil desinfecção

Vantagens

• Material Leve • Opções de diversos tipos de granulometria • Substrato praticamente inerte e livre de

patógenos

Cultivo em Vaso

Mistura (substratos comerciais) (turfa, vermiculita, casca de arroz, casca de pinus, fibra de coco, etc)

Cultivo em Vaso

Desvantagens

• Alto custo • Pode conter e/ou reter nutrientes, dificultando o

manejo da adubação

Vantagens

• Possibilidade de pedir a mistura de acordo com a necessidade

• Livre de patógenos

Cultivo em Vaso

Recipientes para a Produção do Tomateiro

Vaso de plástico Sacolas Plásticas Slabs (travesseiros)

Cultivo em Vaso

Tamanho do Vaso para Produção do Tomateiro

9

9,5

10

10,5

11

11,5

12

13 Litros 8.6 Litros

Kg

m-2

Adaptado de Medeiros, 2010

A

A

Solução Nutritiva

Fase Vegetativa Fase de Frutificação

Sol 1 Sol 2 Sol 3 Sol 1 Sol 2 Sol 3

EC 2.02 1.48 1.70 2.39 2.34 2.11

N 130 102 147 138 165 114

P2O5 96 114 56 114 104 114

K2O 276 181 305 480 437 408

Ca 114 105 124 118 114 114

Mg 36 41 41 44 47 41

S 52 77 110 129 83 131

Fe 1.74 1.50 1.83 1.98 1.81 1.88

B 0.44 0.44 0.25 0.49 0.45 0.47

Mn 0.44 0.80 0.88 0.80 0.45 1.00

Zn 0.18 0.20 0.38 0.20 0.18 0.33

Mo 0.09 0.04 2.07 0.04 0.09 0.05

Cu 0.44 0.06 0.06 0.06 0.45 0.08

K/N 1.76 1.48 1.72 2.89 2.20 2.98

Solução Nutritiva

Condutividade Elétrica

Produtividade Qualidade dos Frutos

Condutividade Elétrica

Produtividade Qualidade dos Frutos

Efeito diluição: Frutos ficam menores por absorverem menos água

EC entre 2,3 a 5,1 pode reduzir a produtividade EC entre 3,5 a 9,0 aumenta a qualidade dos frutos (Dorai et al., 2001)

Solução Nutritiva

Fonte: Adaptado de Melo, 2015

Massa Média e Qualidade de Frutos em função da Concentração da Solução Nutritiva

Solução Nutritiva

Manejo da Irrigação

Sensor de Umidade do Substrato

Dados Climáticos (estimativa da

evapotranspiração da cultura)

Solução Nutritiva

“Olhômetro”

Volume Aplicado x Volume Drenado

Solução Nutritiva

Salinização

Acúmulo de sais (adubo) no substrato

Solução Nutritiva

Monitoramento da Condutividade Elétrica

Volume Drenado

Extrator de Solução

Entrada Saída % Dreno Entrada Saída

1 750 110 14.7% 2.25 2.15

2 800 130 16.3% 2.22 2.17

1 1056 280 26.5% 2.39 2.32

2 1130 328 29.0% 2.22 2.40

1 1115 60 5.4% 2.20 2.44

2 1015 75 7.4% 2.38 2.25

1 845 80 9.5% 2.42 2.65

2 880 50 5.7% 2.47 2.82

1 640 110 17.2% 2.22 3.12

2 600 95 15.8% 2.25 3.22

1 1330 510 38.3% 1.05 2.85

2 1390 600 43.2% 1.10 2.82

1 1410 620 44.0% 1.02 2.12

2 1450 700 48.3% 1.07 2.08

3 950 110 11.6% 2.25 2.15

4 890 140 15.7% 2.30 2.21

VasoSolução (mL) CE

107 17/05/16 Frutificação

106 16/05/16 Frutificação

Idade da

Planta Data Fase

104 14/05/16 Frutificação

105 15/05/16 Frutificação

102 12/05/16 Frutificação

103 13/05/16 Frutificação

100 10/05/16 Frutificação

101 11/05/16 Frutificação

Tratos Culturais

Produção de Mudas

Mudão (recipiente de 220 a 450 mL)

Mudas Convencionais (bandeja de 128 células)

Tratos Culturais

Produção de Mudas

Muda Enxertada

Mudas com 2 ou 3 hastes

Tratos Culturais

Podas de Condução

1 Haste 2 Hastes Adaptado de Alvarenga, 2004

Tratos Culturais

Podas de Condução

3 Hastes 4 Hastes

Nº Hastes Massa Média dos Frutos

Tratos Culturais

Raleio de Frutos

Nº Frutos Massa Média

Tratos Culturais

Poda Apical

Nº Cachos Massa Média dos Frutos

Tratos Culturais

Retirada de Folhas Baixeiras

Incidência de Luz e Ventilação

Problemas com Pragas e Doenças

Tratos Culturais

Sistemas de Condução

Vertical

Tratos Culturais

Horizontal

Tratos Culturais

Holandês ou Carrosel

Tratos Culturais

Densidade de Plantio

Cultivo Protegido Maximizar a Produção por Área

Densidade de Plantio

Massa Média dos Frutos

Produtividade

Disponibilidade de Luz

Densidade de Plantio

Densidade de Plantio

Problemas Fitossanitários

Tratos Culturais

Qual o Mercado? Achar o Ponto de Equilíbrio

Campo Aberto 1 a 2 plantas/hastes por m²

Cultivo Protegido 2 a 4 plantas/hastes por m²

Tratos Culturais

Sistema Viçosa de Cultivo do Tomateiro

Introdução Sistema Viçosa Sistema Viçosa Adensado

Tratos Culturais

Sistema Viçosa de Cultivo do Tomateiro

Plantio Inclinado e condução com

1 haste

Espaçamento: • 2 x 0,2 (Sistema Viçosa) • 1,6 x 0,1 (Sistema Viçosa Adensado)

1 m

1,8

m

Fitilho

Retirada de Inflorescências

Raleio de Frutos Retirada de

Folhas Baixeiras

Tratos Culturais

Produtividade e Massa Média em Diferentes Densidades de Plantio no Sistema Viçosa de Cultivo do Tomateiro

130

135

140

145

150

155

160

2

4

6

8

10

12

1 1,25 1,5 1,75 2 2,25 2,5

g

kg m

-2

Nº Plantas m-2

Produção Comercial Massa Média de Frutos

Fonte: Adaptado de Almeida, 2015

Tratos Culturais

Produtividade e Massa Média do Fruto em Diferentes Densidades de Plantio no Sistema Viçosa de Cultivo do

Tomateiro

110

120

130

140

150

160

8

10

12

14

16

18

20

1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7

g

kg m

-2

Nº Plantas m-2

Produção Comercial Massa Média de Fruto

Fonte: Adaptado de Almeida, 2016

Tratos Culturais

Polinização

Campo Aberto

Polinização realizada por ação do vento e insetos polinizadores

Ambiente Protegido

Ação do vento e insetos polinizadores praticamente inexistente, necessidade de realizar a polinização manual

Tratos Culturais

Frutos bem polinizados Frutos não polinizados

Tratos Culturais

Abelhas

Métodos mais comuns de polinização em ambiente protegido

Vibração Manual Soprador

Comercialização

• Produto diferenciado

• Embalagem diferenciada

• Valor Agregado

Embalagem e Comercialização

Produto Hidropônico = Produto mais saudável, melhor

aspecto visual, menor uso de defensivos e uso de

produtos biológicos

MARKETING!!!

Comercialização

Considerações Finais

Cultivo em Vaso Investimento Elevado

Produto Diferenciado Marketing

Alta Tecnologia Capacitação Técnica

QUAL O MERCADO QUE QUERO ATINGIR?

OBRIGADO! victor.almeida@ufv.br

(67) 9 96773197