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Avaliação da Aprendizagem em Processo
Caderno do Professor
9º Ano do Ensino Fundamental
Língua Portuguesa
São Paulo
Agosto de 2015
9ª Edição
Avaliação da Aprendizagem em Processo Língua Portuguesa – Folha de Resposta 9º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais
QUESTÕES A B C D
1 X
2 X
3 X
4 X
5 X
6 X
7 X
8 X
9 X
10 X
11 X
12 X
13 X
14 X
15 X
16 X
17 X
18 X
19 X
20 X
21 X
22 X
23 X
24 X
No Caderno do Professor há dois itens comentados com o objetivo de subsidiar o professor na análise reflexiva, no Ensino Fundamental dos Anos Finais e Ensino Médio.
Questões Comentadas – Ensino Fundamental – Anos Finais
Série/Ano Habilidade Questões
5ª Série/6º Ano
Reconhecer os elementos da narrativa (personagem, enredo, tempo, espaço ou foco narrativo).
Identificar o uso adequado dos modos verbais em funcionamento no texto (modos indicativo, subjuntivo e imperativo).
07 e 24
6ª Série/7º Ano
Identificar relações lógico-discursivas
decorrentes do uso de elementos de
referenciação (pronome relativo,
indefinido ou interrogativo) em notícias,
relatos de experiência, crônicas ou
contos.
Identificar tema/assunto principal em
um texto (relato de experiência
07 e 05
7ª Série/8º Ano
Identificar marcas de variação
linguística em textos do ponto de vista
do léxico, da morfologia ou da sintaxe
Reconhecer diferentes formas de
tratar uma informação na comparação
de textos que se referem ao mesmo
tema.
05 e 19
8ª Série/9º Ano
Identificar recursos semânticos
expressivos (figuras de linguagem:
metáfora ou comparação).
13 e 20
Estabelecer relações entre textos
verbais e não verbais.
No Caderno do Professor há dois itens comentados com o objetivo de subsidiar o professor na análise reflexiva, no Ensino Fundamental dos Anos Finais e Ensino Médio.
Questões Comentadas – Ensino Médio
Série/Ano Habilidade Questões
1ª Série
Reconhecer os elementos constitutivos da organização de um gênero textual (textos informativos: o convite de casamento e o folheto de divulgação).
Inferir informações implícitas em um texto
(tema/assunto principal).
06 e 20
2ª Série
Identificar recursos semânticos expressivos em um texto – figuras de linguagem: metáfora/metonímia/personificação/gradação/antítese.
Estabelecer relações entre a tese e os argumentos
para sustentá-la.
05 e 17
3ª Série
Identificar os argumentos em um texto.
Reconhecer o efeito de sentido produzido pela
exploração de recursos morfossintáticos (advérbios e
diminutivos).
06 e 20
Matriz de Referência para Avaliação de Língua Portuguesa - 2º bimestre
9º Ano do Ensino Fundamental
Questões
Descrição da Habilidade
03 e 06
Reconhecer os elementos constitutivos da organização de um texto (artigo de opinião ou carta do leitor)
02 e 08 Identificar a finalidade de um texto.
01 e 09 Identificar o público-alvo de um texto.
04 e 07 Reconhecer um argumento utilizado para a defesa de um ponto de vista em um texto (artigo de opinião ou carta do leitor).
18 e 23 Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
17 e 22 Estabelecer relações de causa e consequência entre partes e/ou elementos de um texto.
15 e 20 Estabelecer relações entre textos verbais e não-verbais.
10 e 12 Inferir uma informação implícita em um texto.
05 e 13 Identificar recursos semânticos expressivos (figuras de linguagem: metáfora ou comparação).
16 e 21 Identificar recursos semânticos expressivos (figuras de linguagem: metonímia ou antítese).
14 e 19 Reconhecer efeito de sentido decorrente do uso de recursos morfossintáticos (conectivos/pronome relativo).
11 e 24 Reconhecer efeito de sentido decorrente do uso de recursos gráficos (pontuação; vírgula).
Leia o texto e responda às questões de 1 a 4.
Quando o assunto é cigarro, é preciso ser radical e dizer não
"Tenho 13 anos e quero comprar meu primeiro maço de cigarros. Já peguei algumas vezes cigarro dos meus amigos e achei legal. Na escola, fumo escondido. Meus pais também não me deixam fumar, mas os dois são fumantes há um tempão. Por que essa falsidade em relação ao cigarro?"
Jairo Bouer Colunista da Folha
Se você acompanha esta coluna, já percebeu que, em geral, temos respostas bastante ponderadas para nossos leitores. Incentivamos sempre a autonomia de cada um, desde que administrada com responsabilidade, e evitamos o tradicional "faça isso ou não faça aquilo". Mas, desta vez, vamos ser categóricos: caia fora dessa e não compre seu primeiro maço de cigarros.
Por quê? O cigarro é composto por uma droga (nicotina) que tem o poder de tornar as pessoas dependentes com muita facilidade. Além dela, o cigarro tem centenas de compostos químicos que, com o passar dos anos, vão atacando seu corpo. Só para citar algumas das consequências do hábito de fumar: enfisema pulmonar, câncer de pulmão e bexiga, alteração dos vasos sanguíneos, infartos, derrames e impotência sexual.
As pesquisas mostram que, quanto mais nova a pessoa é quando começa a fumar, mais chances ela tem de se tornar dependente. A nicotina faz com que o corpo sinta falta do cigarro. Quando passa uma ou duas horas sem dar uma tragada, a pessoa começa a passar mal: sua, sente dor de cabeça, ansiedade, nervosismo, dificuldade de concentração etc. Esses são sinais de abstinência. É como se o seu corpo desse sinais de que precisa de mais nicotina. Daí a vontade incontrolável de acender mais um.
A moçada começa a fumar porque acha que pega bem. O garoto que fuma acha que parece mais maduro. Pode até se sentir mais controlado e mais seguro (efeito da nicotina). Na verdade, ele está fazendo uma grande bobagem. Está entrando em uma história que, para ser superada, pode levar, em média, uma década – tempo suficiente para produzir belos estragos em sua saúde.
E seus pais são falsos? Provavelmente não! Eles querem evitar que você entre em uma situação de que vai ser difícil sair. Por experiência própria, eles já devem ter sentido o quanto é duro largar o cigarro. O que complica é que eles, fumantes, tentam impor a você uma proibição ao cigarro. Filhos de pais que fumam têm maior probabilidade de se tornarem dependentes de cigarro.
Que tal inverter o jogo e pedir que eles também deixem o cigarro? Hoje, novos métodos (remédios que controlam a vontade de fumar), terapia breve de apoio e reposição de nicotina são alternativas para facilitar a vida do fumante que quer largar o cigarro. Sugira a eles que procurem um médico.
Só para terminar: em raras ocasiões a gente diz aqui o que a pessoa deve ou não fazer. Se a gente disse isso hoje para você, é por convicção absoluta de que você não precisa comprar seu primeiro maço de cigarro para se sentir mais legal. Muito pelo contrário, esse é um passo para anos de muita dor de cabeça. É isso!
Fonte: BOUER, Jairo. Quando o assunto é cigarro, é preciso ser radical e dizer não. Folha de São Paulo. Folhateen. Sexo e Saúde. São Paulo: 14/10/2002.
Habilidade Identificar o público-alvo de um texto.
Questões 01 e 09
Questão 01
Este artigo é destinado a
(A) leitores de jornais.
(B) pais de jovens leitores.
(C) adultos fumantes.
(D) jovens leitores do colunista.
Habilidade Identificar a finalidade de um texto.
Questões 02 e 08
Questão 02
Em seu artigo, o colunista Jairo Bouer pretende
(A) convencer os pais de seus leitores a deixar o vício de fumar cigarros.
(B) convencer seus leitores a não fumar, demonstrando os riscos desse
vício.
(C) responder às dúvidas de seus leitores sobre o tabagismo.
(D) informar aos pais dos jovens leitores sobre os riscos do tabagismo.
Habilidade Reconhecer os elementos constitutivos da organização de um texto (artigo de opinião ou carta do leitor).
Questões 03 e 06
Questão 03
O trecho do texto que apresenta um fato (em vez de uma opinião do autor) é
(A) “Na verdade, ele está fazendo uma grande bobagem.”
(B) “E seus pais são falsos? Provavelmente não! Eles querem evitar que você
entre em uma situação de que vai ser difícil sair.”
(C) “Que tal inverter o jogo e pedir que eles também deixem o cigarro?”
(D) “... o cigarro tem centenas de compostos químicos que, com o passar
dos anos, vão atacando seu corpo."
Habilidade Reconhecer um argumento utilizado para a defesa de um ponto de vista em um texto (artigo de opinião ou carta do leitor).
Questões 04 e 07
Questão 04
O trecho do artigo que apresenta uma oposição entre ideias para reforçar a argumentação utilizada é A) Só para terminar: em raras ocasiões a gente diz aqui o que a pessoa deve
ou não fazer.
(B) “...evitamos o tradicional "faça isso ou não faça aquilo". Mas, desta
vez, vamos ser categóricos...”
(C) “Se você acompanha esta coluna, já percebeu que, em geral, temos
respostas bastante ponderadas para nossos leitores.”
(D) “E seus pais são falsos? Provavelmente não!
Leia o texto e responda à questão 5.
A Felicidade Vinicius de Moraes
Tristeza não tem fim Felicidade sim... A felicidade é como a pluma Que o vento vai levando pelo ar Voa tão leve Mas tem a vida breve Precisa que haja vento sem parar.
A felicidade do pobre parece A grande ilusão do carnaval A gente trabalha o ano inteiro Por um momento de sonho Pra fazer a fantasia De rei, ou de pirata, ou da jardineira E tudo se acabar na quarta-feira. Tristeza não tem fim Felicidade sim... A felicidade é como a gota De orvalho numa pétala de flor Brilha tranquila Depois de leve oscila E cai como uma lágrima de amor. A felicidade é uma coisa louca Mas tão delicada, também Tem flores e amores de todas as cores Tem ninhos de passarinhos Tudo isso ela tem E é por ela ser assim tão delicada Que eu trato sempre dela muito bem. Tristeza não tem fim Felicidade sim...
Disponível em: <http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/musica/cancoes/felicidade>. Acesso em: 09 de junho de 2015.
Habilidade Identificar recursos semânticos expressivos (figuras de linguagem: metáfora ou comparação).
Questões 05 e 13
Questão 05
Na letra de canção há um uso reiterado de uma figura de linguagem específica. Trata-se de
(A) comparação. Ex: A felicidade é como a gota / De orvalho numa pétala
de flor...
(B) metonímia. Ex: A felicidade do pobre parece / A grande ilusão do carnaval...
(C) personificação. Ex: A felicidade é como a pluma / Que o vento vai levando
pelo ar...
(D) metáfora. Ex: A felicidade é uma coisa louca / Mas tão delicada, também...
Leia o texto e responda às questões 6 e 7.
O PORTUGUÊS.COM
A comunicação expressa das salas de bate-papo e dos blogs está mexendo com o idioma em casa e nas escolas. Isso é bom?
A vida linguística do futuro está por um fio? Há quem suspeite que sim e culpe o pragmatismo1 dos usuários da internet por sua agonia. Na ânsia de se comunicarem num curto espaço de tempo, eles abreviam palavras ao limite do irreconhecível, traduzem sentimentos por ícones e renunciam às mais elementares regras da gramática. O resultado dessa anarquia comunicativa divide opiniões. Linguista respeitado, o inglês David Crystal, autor do livro A Linguagem e a Internet, chama esses defensores da sintaxe de alarmistas e não prevê um futuro desastroso para a gramática por causa da rede. Lembra que a invenção do telefone provocou a mesma desconfiança dos estudiosos, preocupados com o risco de uma afasia epidêmica entre os usuários. Por incorporarem uma linguagem cheia de 'hã, hã' e 'alôs', eles corriam o risco de perder a capacidade de expressão e a sociabilidade. Não foi o que ocorreu, lembra Crystal. Ele faz uma previsão otimista: o jargão dos chats (salas de bate-papo) e dos blogs (diários que se tornam públicos) pode estimular outras formas de literatura e desenvolver o autoconhecimento do jovem, como percebeu ao analisar o conteúdo de blogs ingleses.
[...]
Ana Paula Franzoia e Antonio Gonçalves Filho
Denise Adams/ÉPOCA
NAVEGADORES Rafael, Pedro, Victor e Gustavo não usam a língua da rede na escola.
1 Pragmatismo, no texto, está relacionado à praticidade do uso.
[...] Educadores não identificam perigo nessa linguagem eletrônica. 'Costumamos ver com desconfiança aquilo que foge ao nosso controle, mas não acho que a rede empobrece a língua', afirma a orientadora pedagógica Elione Andrade Câmara. Com ela concorda David Crystal, que costuma rir quando alguém diz que a nova tecnologia está sufocando a gramática e matando a cultura: 'Sinceramente, acho até que a literatura possa ficar mais rica ao incorporar expressões de blogueiros do meio rural, produzindo outros gêneros e abrindo uma dimensão diversa para a escrita'. Assim seja.
Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT384160-1664,00.html>
Acesso em: 10 de junho de 2015. (adaptado)
Habilidade Reconhecer os elementos constitutivos da organização de um texto (artigo de opinião ou carta do leitor).
Questões 03 e 06
Questão 06
O tema principal do texto é: (A) a anarquia comunicativa que divide opiniões.
(B) o fato de que a vida linguística da internet está por um fio.
(C) a influência da utilização da linguagem eletrônica.
(D) as novas tecnologias estarem sufocando a gramática.
Habilidade Reconhecer um argumento utilizado para a defesa de um ponto de vista em um texto (artigo de opinião ou carta do leitor).
Questões 04 e 07
Questão 07
O inglês David Crystal defende a ideia de que:
(A) a renúncia das mais elementares regras gramaticais prevê um futuro
desastroso para linguagem.
(B) o jargão dos chats e dos blogs pode estimular outras formas de
literatura e desenvolver o autoconhecimento do jovem.
(C) a vida linguística do futuro está por um fio, o internetês foge ao controle e
empobrece a língua.
(D) na ânsia de se comunicarem num curto espaço de tempo, os
adolescentes abreviam palavras ao limite do irreconhecível.
Leia o texto e responda à questão 08.
Campanha da ACACCI alerta sobre Câncer Infantil Publicado fevereiro 15, 2013 r Notícias - Qualidade de Vida
O câncer é hoje a doença que mais mata crianças e adolescentes de 1 até 19
anos no Brasil. De acordo com as estimativas do INCA, cerca de 11 mil novos
casos são registrados por ano. Porém, muitas mortes podem ser evitadas com
o diagnóstico.
Para ajudar a identificar os primeiros sintomas do câncer infantil, uma
campanha está sendo disponibilizada gratuitamente pela agência MP para
instituições, ONGs, órgãos governamentais e empresas privadas que queiram
ajudar no controle à doença.
Os vídeos, spots de rádio, artes para outdoor e anúncios em jornais
apresentam de forma fácil algumas indicações de que os pais devem prestar
atenção na saúde dos filhos, como manchas roxas sem relação com traumas,
palidez, febre e infecções oportunistas, pupila esbranquiçada quando exposta à
luz, dor abdominal recorrente e urina com sangue.
Fique de olho no seu filho e nesses sintomas: • Dores nos ossos, juntas, costas e fraturas fáceis. • Perda
de peso, palidez e cansaço inexplicados ou sangramentos sem machucado. • Manchas roxas ao redor dos olhos ou pelo corpo. • Alteração no andar ou perda de equilíbrio e da fala. • Reflexo esbranquiçado nos olhos, estrabismo recente, perda de visão ou crescimento do olho. • Caroço em qualquer parte do corpo, principalmente na barriga. • Dor de cabeça por mais de 2 semanas com ou sem vômitos ou aumento do tamanho da cabeça. • Febre prolongada e inexplicada. Se observar a persistência de qualquer um deles, de forma progressiva, procure um pediatra. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura são maiores que 80%.
Acesso acacci.org.br e entenda melhor todos os
sintomas.
“É uma campanha educativa mostrando os sintomas da doença da forma mais
explícita possível e ao mesmo tempo sem agredir, pois o assunto é delicado e
precisa tocar no coração das pessoas, fazer com que prestem atenção à
mensagem e não que a evitem. Por isso, usamos rosto de crianças com
pinturas faciais semelhantes às usadas em festas infantis. O título, Fique atento
aos sintomas do câncer infantil, resume o objetivo”, explica a diretora de
criação da MP, Mônica Debbané.
[...]
Disponível em:< http://vivamelhoronline.com/2013/02/15/campanha-da-acacci-alerta-sobre-cancer-infantil/>. Acesso em: 10 de junho de 2015.
Habilidade Identificar a finalidade de um texto. Questões 02 e 08
Questão 08 Uma das finalidades do texto é
(A) instruir o leitor de que toda campanha publicitária “precisa tocar no coração
das pessoas, fazer com que prestem atenção à mensagem e não que a
evitem”.
(B) convidar o leitor a divulgar a campanha intitulada “Fique atento aos
sintomas do câncer infantil”, a partir de vídeos, de outdoors e de anúncios
em jornais e rádios.
(C) alertar os pais sobre o fato de que o “câncer é hoje a doença que
mais mata crianças e adolescentes de 1 até 19 anos no Brasil”.
(D) enfatizar que órgãos governamentais e empresas privadas são
responsáveis em ajudar no controle do câncer infantil.
Leia o texto e responda à questão 9.
Você! Que tal soltar a imaginação e escrever um conto para ser publicado na CHC Online?
Eu adoro escrever histórias. Opa! Você também? Então tenho um convite irrecusável: participar de um concurso de contos promovido pela CHC em parceria com as editoras Biruta e Gaivota. O vencedor vai publicar seu texto aqui na CHC Online!
A brincadeira tem participação mais do que especial do autor Cesar Cardoso, que escreveu livros como Você não vai abrir? e O que é que não é?, publicados pela Biruta. Ele preparou o início da história abaixo e terminá-la é tarefa sua!
DO TAMANHO DO MARACANÃ Nem era meu aniversário, mas o pai trouxe uns panos todos coloridos e disse pra mãe fazer uma camisa, um calção e uma bandeira pra mim. Tinha verde, amarelo, azul e branco, e eu perguntei se não podia ser tudo azul. O pai berrou pra eu largar de ser besta, azul era a cor da Argentina, que era o inimigo. Eu não sabia e até perguntei pro pai por que a Argentina era o inimigo, mas o pai não ouviu. Ele não gosta muito de ouvir, prefere é falar. E falou: te prepara porque você vai na final, na final. Lá no Maracanã. No Maracanã! A mãe foi logo pra máquina de costura e depois me chamou pra experimentar a roupa nova com aquelas cores todas. Eu perguntei pra ela como é que a gente se prepara para ir na final, mas a mãe só disse que o Maracanã era enorme e que eu não podia largar a mão do pai de jeito nenhum. E passou o tempo todo repetindo: de jeito nenhum, de jeito nenhum. [...] Foi uma dificuldade pra eu dormir. Só ficava tentando adivinhar qual seria o tamanho do Maracanã, onde o pai ia me levar. O pai já me levou no cinema, na lanchonete e na praia, mas nunca nesse Maracanã, que era enorme. Antes de ir pra cama, eu me escondi atrás da porta do quarto do pai e ouvi a mãe perguntando pra ele se não era perigoso porque era final. E repetia “final, final”. Eu ainda pensei – será que o Maracanã ia acabar? O pai falou que não tinha perigo nenhum, mas a mãe achou que eu podia me perder. E se eu me perdesse, será que o dono do Maracanã me trazia de volta?
Para participar, você precisa: - Criar uma continuação para a história (o tamanho deve ser entre 2000 e 2500 caracteres, com espaços); - Enviar seu texto para o endereço eletrônico blog@blogbirutagaivota.com.br; - Colocar, no assunto do email, “Autor da Vez – Cesar Cardoso”. Só é permitido enviar um texto por pessoa e as inscrições estão abertas até o dia 21 de abril. Em seguida, as equipes das editoras e da CHC vão escolher a melhor história. Os vencedores, além de ganharem o livro Você não vai abrir?, do Cesar Cardoso, e uma assinatura digital da CHC, terão seus textos publicados na CHC Online e no blogue Biruta Gaivota. Participe!
Disponível em:<http://chc.cienciahoje.uol.com.br/o-autor-da-vez-e/>. Acesso em: 10 de junho
de 2015.
Rex , Ciência Hoje das Crianças
Sou o mascote da CHC. Troquei a pré-história pelo mundo virtual para mostrar a você o lado curioso e divertido da ciência.
Habilidade Identificar o público-alvo de um texto.
Questões 01 e 09
Questão 09
O texto é direcionado:
(A) ao público jovem.
(B) a criadores de blogs.
(C) a escritores profissionais.
(D) a professores de Português.
Leia o texto para responder à questão 10.
Siglas2
Luis Fernando Veríssimo
- Bota aí: “P” - “P”? - De “Partido”. - Ah. - Nossa proposta qual é? De união, certo? Acho que a palavra “União” deve constar do nome. - Certo. Partido de União... - Mobilizadora! - Boa! Dá a ideia de ação, de congraçamento dinâmico. Partido da União Mobilizadora. Como é que fica a sigla? - PUM. - Não sei não... [...] - Quem sabe a gente esquece o “P”? - É. O “P” atrapalha. Bota “A”, de Aliança. Aliança Inovadora... - AI. - Que foi? - Não. A sigla. Fica AI. - Espera. Eu ainda não terminei. Aliança Inovadora... de Arregimentação Institucional. - AIAI... Sei não. - É. Pode ser mal interpretado. - Vanguarda Conservadora? - Você enlouqueceu? Fica VC. - Aliança Republicana de Renovação do Estado. - ARRE! - O quê? - Calma.
2 Sigla é um processo de formação de palavras empregado para abreviar expressões extensas. Forma-se pela junção
das letras iniciais ou das sílabas iniciais de cada uma das palavras que compõem a expressão.
- Espera aí, pessoal. Quem sabe a gente define a posição ideológica do partido antes de pensar na sigla? Qual é, exatamente, a nossa posição? - Bom, eu diria que estamos entre a centro-esquerda e a centro-direita. - Então é no centro. - Também não vamos ser radicais... [...] - Partido Ecumênico Republicano Unido. - PERU? - Movimento Institucionalista Alerta e Unido. - MIAU?! - Que tal KIM? - O que significa? - Nada, eu só acho o nome bonito. - MUMU. Movimento Ufanista Mobilização e União. - MMM... Movimento Moderador Monarquista. - Mas nós somos republicanos. - Eu sei. Mas por uma boa sigla a gente muda. - TCHAU. - Hum, boa. Trabalho e Capital em Harmonia com Amor e União? - Não, é tchau mesmo. - Aonde você vai? - Abrir uma dissidência3. VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 135 -137.
Habilidade Inferir uma informação implícita em um texto.
Questões 10 e 12
Questão 10
As personagens em diálogo no texto constroem e reconstroem palavras que
nomearão um partido político, no entanto,
(A) a demora em escolher a sigla faz com que uma das personagens desista
de nomear e divulgar um novo partido.
(B) revelam ao leitor que não sabem o significado da palavra “siglas”, por isso
utilizam uma linguagem direta, sem atropelos.
(C) chegam à conclusão de que a ideia não é interessante e passam a
procurar um nome para uma nova empresa de marketing político.
(D) uma das personagens começa a compreender a falta de seriedade
política do companheiro e se afasta da conversa.
3 Dissidência: s.f. Dissensão; discordância, divergência.
Leia o texto e responda à questão 11.
Disponível em: <http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira31.htm>. Acesso em: 16 de
junho de 2015.
Habilidade Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de recursos gráficos (pontuação; vírgula).
Questões 11 e 24
Questão 11
Nos três primeiros quadrinhos, o uso do ponto de exclamação indica que
Cebolinha
(A) entristeceu-se por ter que falar com a Mônica pessoalmente.
(B) irritou-se, porque sabia que Mônica estava falando ao telefone.
(C) ficou indignado, por não conseguir falar com a Mônica.
(D) ficou decepcionado, pois o telefone estava com problemas.
Leia o texto e responda à questão 12.
A visita dos avós esticava, sempre, os aniversários por outros dias. Eles
nunca ficavam pouco tempo. A viagem era longa. Um pedaço do caminho
fazia-se por trem de ferro, entre apitos, fumaça e erva-cidreira cheirando à
beira dos trilhos. O outro pedaço era de jardineira, com as malas sobre o teto,
amarradas com cordas de bacalhau e cobertas por lona. Cada passageiro
mastigava seus palitos de fósforo para não enjoar.
O avô chegava de guarda-pó sobre o terno preto. A avó, com lenço na
cabeça, queixava-se da poeira e da distância. Dizia sempre ser a última
viagem. Não tinha mais saúde. Depois de criar 11 filhos, já era tempo de
descansar.
[...] Nessa visita prolongada, avó [...] contava histórias de mulas sem
cabeça, almas de outro mundo e lobisomem.
Os netos escutavam cheios de medo e mais o desejo de conhecer uma
alma penada [...].
As noites ficavam mais curtas com a visita dos avós. Os meninos
dormiam mais tarde, depois das histórias, das notícias e do leite com farinha de
milho tomado na tigela. Sempre algum menino perguntava se amanhã ia ter
mais aniversário ou quantos dias eles ainda iam ficar. O pai entrava na
conversa e mandava os meninos deixar os avós sossegados [...].
QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Indez. 12. ed. São Paulo: Global, 2004, pp. 24, 25.
Habilidade Inferir uma informação implícita em um texto.
Questões 10 e 12
Questão 12
Pela leitura do texto, a visita dos avós
(A) trazia muitos transtornos à família e aos meninos.
(B) era agradável e os netos nem percebiam o tempo passar.
(C) era frequente e de pouca importância para as crianças.
(D) deixava os netos cansados de ouvir os contos de horror.
Leia o texto e responda à questão 13.
Canto triste Vinicius de Moraes e Edu Lobo
Porque sempre foste A primavera em minha vida Volta pra mim Desponta novamente no meu canto Eu te amo tanto mais Te quero tanto mais
Ah, quanto tempo faz
Partiste como a primavera Que te viu partir Sem um adeus sequer E nada existe mais em minha vida Como um carinho teu Como um silêncio teu Lembro um sorriso teu Tão triste Ah, luar sem compaixão Sempre a vagar no céu Onde se esconde a minha bem-amada Onde a minha namorada Vai, diz a ela minhas penas E que eu peço, peço apenas Que ela lembre nossas horas de poesia As noites de paixão E diz-lhe da saudade em que me viste Que estou sozinho Que só existe meu canto triste Na solidão
Disponível em http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/article.php3?id_article=1110 Acesso em: 13 de junho de 2015.
Habilidade Identificar recursos semânticos expressivos (figuras de linguagem: metáfora ou comparação).
Questões 05 e 13
Questão 13
Metáfora é um “recurso linguístico que consiste em transferir o sentido de uma
palavra para outra, como resultado de uma associação por causa de algum tipo
de semelhança; por exemplo, quando se diz que uma pessoa é uma cobra,
quer-se dizer que o comportamento dela é semelhante ao da cobra, ou seja, ela
é traiçoeira, ou perigosa ou venenosa”4.
4 Conforme BORBA, Francisco S. e colaboradores. Dicionário UNESP do português contemporâneo. São Paulo: UNESP, 2004.
No texto, esse recurso estilístico encontra-se presente em:
(A) “ Ah, luar sem compaixão / Sempre a vagar no céu”
(B) “Partiste como a primavera / Que te viu partir”
(C) “Porque sempre foste / A primavera em minha vida”
(D) “Lembro um sorriso teu / Tão triste”
Comentários e Recomendações Pedagógicas
O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno identifica recursos
semânticos expressivos (metáfora), a partir de uma dada definição, em
segmentos de uma canção popular. O enunciado apresenta uma definição
que deve ser lida, compreendida e aplicada: “Metáfora é um ‘recurso
linguístico que consiste em transferir o sentido de uma palavra para outra,
como resultado de uma associação por causa de algum tipo de semelhança;
por exemplo, quando se diz que uma pessoa é uma cobra, quer-se dizer que o
comportamento dela é semelhante ao da cobra, ou seja, ela é traiçoeira, ou
perigosa ou venenosa’. As alternativas apresentam versos retirados do texto
e a tarefa a ser realizada consiste em assinalar a alternativa em que ocorre
a metáfora. Por meio da leitura dos versos e da aplicação da definição, a
resposta correta está na alternativa (C) “Porque sempre foste / A
primavera em minha vida”.
O emprego de recursos semânticos expressivos (figuras de linguagem)
torna a mensagem poética muito mais emotiva. O mesmo acontece quando
são utilizados em textos de outros gêneros. É importante que o professor
chame a atenção para o fato de que as figuras de linguagem não são privilégio
único dos textos poéticos, pois estão presentes em textos de outros gêneros,
como os informativos, os publicitários, os narrativos, os visuais e outros,
constituindo, dessa forma,um recurso corriqueiro no uso da língua. É
importante, ainda, que o professor promova momentos em que, além de
reconhecer os recursos semânticos, o aluno também analise o efeito de
sentido desses recursos na construção do texto.
Mais informações e exercícios sobre esse assunto podem ser
encontrados em:
BORBA, Francisco S. e colaboradores. Dicionário UNESP do português
contemporâneo. São Paulo: UNESP, 2004.
MARTINS, Nilce Sant’Anna. Introdução à estilística. 2 ed. São Paulo:T. A .
Queiroz, 1997, p. 216-218.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19893 Acesso
em 27 de julho de 2015.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=12953
Acesso em 27 de julho de 2015.
Leia o texto e responda à questão 14.
O que é o trem da morte?
por Yuri Vasconcelos
É como é chamado o trem que faz a rota entre as cidades bolivianas de
Puerto Quijarro, na fronteira com o Brasil e Santa Cruz de la Sierra. Espécie de
rito de iniciação de todo mochileiro que se preze, o comboio cobre parte do
trajeto que vai do Brasil à cidade inca de Machu Picchu, no Peru.
Porém, seu nome não vem do fato de ele fazer um percurso cheio de
perigos, como desfiladeiros, pontes prestes a cair e bandoleiros mal-
encarados. O apelido nasceu no século passado, quando a composição foi
usada para transportar leprosos, doentes e corpos das vítimas de uma grave
epidemia de febre amarela que se abateu sobre a região de Santa Cruz.
Além disso, naquela época, a ferrovia não estava em suas melhores
condições e descarrilamentos eram comuns, o que contribuiu para reforçar a
má fama do trem. Bom, mas chega de falatório. Prepare a mochila e bem-vindo
a bordo!
Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-o-trem-da-morte>. Acesso em: 10 de junho de 2015. (adaptado).
Habilidade Reconhecer efeito de sentido decorrente do uso de recursos morfossintáticos (conectivos/pronome relativo).
Questões 14 e 19
Questão 14
Em “Além disso, naquela época, a ferrovia não estava em suas melhores
condições e descarrilamentos eram comuns [...]”, o termo em destaque
(A) retoma e complementa as informações citadas anteriormente no
texto.
(B) acrescenta nova informação, negando as citadas no texto.
(C) apresenta informações incoerentes em relação às citadas no texto.
(D) retoma e depois refuta as informações citadas anteriormente no texto.
Leia os textos e responda à questão 15.
Texto I
O que fazer para evitar o bullying?
A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e
Adolescência (Abrapia) sugere as seguintes atitudes para um ambiente
saudável na escola:
- Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou
sugestões;
- Estimular os estudantes a informar os casos;
- Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao
problema;
- Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em
coerência com o regimento escolar;
- Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros
casos;
- Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a
dinâmica do bullying.
Todo ambiente escolar pode apresentar esse problema. "A escola que
afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência",
diz o pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira
Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). O primeiro
passo é admitir que a escola é um local passível de bullying. Deve-se também
informar professores e alunos sobre o que é o problema e deixar claro que o
estabelecimento não admitirá a prática.
"A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também
de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e
solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir
a violência entre estudantes e na sociedade", afirma o pediatra.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-dolescente/comportamento/bullying-escola-como-evitar-610519.shtml>. Acesso em: 16 de junho de 2015.
Texto II
Disponível em: <http://www.mp.ba.gov.br/eventos/2009/abril/dia_23.asp>. Acesso em: 16 de junho de 2015.
Habilidade Estabelecer relações entre textos verbais e não verbais.
Questões 15 e 20
Questão 15
Os textos I e II
(A) tratam de temas muito diferentes, apesar de parecerem semelhantes.
(B) tratam do mesmo tema, porém as ideias são divergentes.
(C) se contradizem apesar de tratarem do mesmo tema.
(D) complementam um ao outro tratando do mesmo tema.
Leia os textos e responda à questão 16.
Texto I
A antítese diferencia-se do paradoxo, por apresentar elementos contrários /
pares opositores de maneira explícita e, frequentemente, pertencentes a um
mesmo grupo de classes de palavras: alegre e triste, rápido e lento, etc. Para
Platão e Fiorin5 (2006), antítese é, pois, um recurso de construção textual que
consiste em estabelecer, ao longo do texto, oposições entre temas e figuras.
Texto II
Certas Coisas
Lulu Santos
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
5 FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 16.ed. São
Paulo: Ática, 2006, p. 130.
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
Disponível em: <http://letras.mus.br/lulu-santos/35063/>. Acesso em: 10 de junho de 2015.
Habilidade Identificar recursos semânticos expressivos (figuras de linguagem: metonímia ou antítese).
Questões 16 e 21
Questão 16
Ocorre antítese em:
(A) “De silêncios e de luz.”
(B) “Eu te amo calado”
(C) “A vida é mesmo assim.”
(D) “Dia e noite, não e sim.”
Leia o texto e responda às questões 17 e 18.
Geração Ctrl+c, Ctrl +V: quando copiar é uma necessidade
Leonardo Sakamoto
Não sou saudosista. Detesto aqueles discursos de que “no meu tempo,
as coisas eram melhores”, porque não eram. Mas, é fato, passamos por
mudanças tecnológicas que, se por um lado, propiciaram a livre circulação de
informação, que estão mudando a própria consciência da sociedade, por outro
facilitaram a picaretagem deslavada.
Uma das coisas que mais me irrita é perceber que um aluno baixou um
texto pronto, trocou Jesus por Eduardo, ou nem isso, e o entregou. Já peguei
frases como “por isso, pretendo abordar nesta pesquisa de doutorado…” ou
“em nossa participação no evento de Caxambu…” perdidas no meio do texto.
Ou seja, o gênio nem leu o conteúdo que estava copiando. Ctrl+C, Ctrl+V,
botou uma capa ridícula do ClipArt e mandou por e-mail.
OK, atire a primeira pedra quem nunca fez um trabalho de escola
copiando a mão no papel almaço ou datilografando no sulfite um trecho da
Barsa, Mirador ou Conhecer (#trash80s).
Defendo que conhecimento seja livremente reproduzido e ideias e
trabalhos acadêmicos, artísticos, culturais, jornalísticos compartilhados sem
restrições. Os produtores de informação vão ter que se aprofundar nas formas
de obter recursos para garanti-la (e esse talvez seja o grande desafio de nossa
era). O conteúdo vai circular, quer o seu “dono” queira ou não. Mas minha
reclamação não é essa, mas sim a ausência de citação de fonte e de autor ao
reproduzir informação.
[...] “Por exemplo, uma das sensações mais deprimentes é receber uma
reportagem produzida por alunos de jornalismo que, quando processada por
programas que apuram plágio, não se sustenta como coisa inédita. [...] No
limite, profissionais de imprensa são instados diariamente a “cozinhar” material
de terceiros sem citar fontes ou o responsável pelo esforço de reportagem. Há
um amigo que, inclusive, ouviu de seu chefe a ordem para que o horário de
publicação de uma notícia plagiada fosse ajustado para antes do horário da
notícia original do concorrente. O horror, o horror!
Como muitos professores nem se preocupam em ler ou corrigir um texto,
desde o ensino fundamental até a faculdade, a omissão de docentes é visto
como um passe-livre . Como diria o filósofo Al Bundy, de “Married with
Children”, só é crime se te pegam. [...]
Isso, aliado às necessidades e limitações de determinadas profissões e
empresas, produz um contexto em que a cópia sem reflexão e citação de
origem não apenas é tolerada, mas incentivada. Dessa forma, a
responsabilidade por erros também é diluída. Se ninguém os produziu,
ninguém é culpado.
Disponível em: <http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/07/14/geracao-ctrlc-ctrlv-quando-copiar-e-uma-necessidade/>. Acesso em: 15 de junho de 2015. (adaptado)
Habilidade Estabelecer relações de causa e consequência entre partes e/ou elementos de um texto.
Questões 17 e 22
Questão 17
Uma relação de causa e consequência está presente no trecho:
(A) “[...] ‘no meu tempo, as coisas eram melhores’, porque não eram.”
(B)) “Limitar, portanto, o seu alcance uma vez que entra na rede é risível.”
(C) “Se ninguém os produziu, ninguém é culpado.”
(D) “Mas minha reclamação não é essa,[...]”
Habilidade Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
Questões 18 e 23
Questão 18
As mudanças tecnológicas proporcionam a livre circulação de informação, por
outro lado,
(A) confirmam a ideia de que no passado as coisas eram melhores.
(B) facilitam a existência de fraudes, como o plágio de forma deslavada.
(C) dificultam a cópia de textos sem a devida citação dos autores.
(D) não auxiliam os alunos na elaboração de trabalhos escolares.
Leia o texto e responda à questão 19.
Travessia
Milton Nascimento
Quando você foi embora fez-se noite em meu viver Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar Estou só e não resisto, muito tenho pra falar Solto a voz nas estradas, já não quero parar Meu caminho é de pedras, como posso sonhar Sonho feito de brisa, vento vem terminar Vou fechar o meu canto, vou querer me matar Vou seguindo pela vida me esquecendo de você Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver Solto a voz nas estradas, já não quero parar Meu caminho é de pedras, como posso sonhar Sonho feito de brisa, vento vem terminar Vou fechar o meu canto, vou querer me matar Disponível em: <http://letras.mus.br/milton-nascimento/47456/>. Acesso em: 10 de junho de
2015.
Habilidade Reconhecer efeito de sentido decorrente do uso de recursos morfossintáticos (conectivos/pronome relativo).
Questões 14 e 19
Questão 19
Em “Quando você foi embora fez-se noite em meu viver [...]”, o termo em
destaque
(A) apresenta informações incoerentes em relação às citadas no texto.
(B) acrescenta nova informação, reportando-se à uma ação futura.
(C) indica uma relação de temporalidade, reportando-se a uma ação
passada.
(D) retoma e depois desconsidera as informações citadas anteriormente no
texto.
Leia os textos e responda à questão 20.
Texto I
Novos dados, velhos problemas
Por Thaís Fernandes
[...]
No ano em que o Rio de Janeiro sediou a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável – a Rio+20 –, as questões ambientais estiveram, mais
do que nunca, em evidência no nosso país. Mas o brasileiro, que, segundo pesquisa
feita pelo Ibope e pela Confederação Nacional da Indústria, está agora mais
preocupado com as questões ambientais, deve ter tido a impressão de ver no
noticiário mais do mesmo: mudanças climáticas, perda de biodiversidade, polêmicas
acaloradas, descompasso na elaboração de acordos para frear o aquecimento global
e promover o desenvolvimento sustentável.
Em 2012, eventos climáticos extremos novamente bateram á nossa porta. Enquanto
na região amazônica os rios tiveram cheia recorde, no Nordeste foi a seca que
preocupou. Já os Estados Unidos passaram por uma das piores tempestades de sua
história, a Sandy, que atingiu a costa leste do país e deixou mais de 100 mortos.
No fim do ano, um amplo levantamento realizado a partir de imagens de satélites
apontou a aceleração do degelo nas calotas polares. Segundo o estudo, 4.260 bilhões
de toneladas de gelo derreteram na Antártida e na Groenlândia de 1992 a 2011, o que
fez o nível do mar se elevar em 11 milímetros.
Se, de um lado, os fenômenos climáticos não deram trégua, de outro, chegou ao fim
este ano a primeira fase do Protocolo de Kyoto, acordo por meio do qual países se
comprometeram a reduzir pelo menos 5,2% de suas emissões de gases-estufa em
relação aos níveis de 1990 no período de 2008 a 2012.
[...]
Disponível em:<http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/retrospectiva-2012/novos-dados-velhos-
problemas>. Acesso em: 10 de junho de 2015. (adaptado)
Texto II
Disponível em: <http://orion-oblog.blogspot.com.br/>. Acesso em: 10 de junho de 2015.
Habilidade Estabelecer relações entre textos verbais e não verbais.
Questões 15 e 20
Questão 20
Os textos I e II
(A) complementam um ao outro tratando do mesmo tema.
(B) tratam de temas muito diferentes, apesar de semelhantes.
(C) se contradizem apesar de tratarem do mesmo tema.
(D) tratam do mesmo tema, porém as ideias são divergentes.
Comentários e Recomendações Pedagógicas
Para responder corretamente à questão, assinalando a alternativa (A), o
aluno deve recorrer a estratégias para construção de sentido de um texto com
elementos verbais e outro, com elementos não verbais (um artigo de
divulgação científica e um cartaz). Ao estabelecer relações entre o texto escrito
e o texto visual, o leitor identifica um ponto em comum entre eles, pois ambos
tratam da mesma temática: o aquecimento global. Uma análise minuciosa das
informações subentendidas nas imagens visuais do cartaz (a gota de água que
contém o globo terrestre, desenhados em uma superfície de cor azul, aliada ao
texto escrito: “Eu derreto, Tu derretes, Você derrete ... você tem certeza que
quer conjugar esse verbo?” ) com o artigo de Fernandes, “Novos dados, velhos
problemas”, o leitor conclui que a resposta correta é (A) complementam um
ao outro tratando do mesmo tema.
Ao analisar os demais distratores, o aluno conclui que a opção (B) não é
correta, uma vez que os textos tratam de um mesmo tema, alertando o leitor
sobre as alterações climáticas e suas consequências nefastas à humanidade.
Já as alternativas (C) e (D), se assemelham porque afirmam que os temas são
os mesmos, mas suas ideias são contraditórias, o que não pode ser constatado
tanto no texto escrito quanto no cartaz.
Conforme dito anteriormente, o cartaz é um gênero textual multimodal,
pois articula a linguagem visual (desenho) à escrita. Para proceder à leitura
com compreensão para buscar informações explícitas ou implícitas de um texto
multimodal, o leitor deve recorrer a alguns procedimentos, que precisam ser
ensinados.
Uma primeira estratégia a ser praticada com os alunos é a observação
das informações contidas no texto verbal. Essa é apenas uma parte do
processo para compreender o cartaz como um todo. Em seguida, deve-se
voltar a atenção para os elementos imagéticos a fim de selecionar e organizar
as informações relevantes para apreender o significado e construir sentido.
Após essas duas etapas, é chegado o momento de integrar as
informações verbais e não verbais, relacionando-as de forma a construir o
sentido global do texto multimodal. Essa percepção é resultado da mobilização
de capacidades linguístico-discursivas, que podem ser desenvolvidas pelos
alunos, por meio de repetidas práticas de leitura de textos multimodais,
mediadas pelo professor.
Para saber mais e ter contato com atividades que favoreçam o
desenvolvimento da habilidade em questão, sugerimos a leitura do artigo
“Capacidades de leitura de textos multimodais”, de Cláudia Graziano Paes de
Barros.6
Há outros materiais em que se mesclam as linguagens verbal e não
verbal, com os quais o professor pode elaborar atividades de interpretação do
significado e construção de sentido como mapas, gráficos, tabelas, roteiros,
histórias em quadrinhos. Todos presentes em nosso dia a dia.
Outras informações podem ser consultadas em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23921 Acesso
em 28 de julho de 2015.
6 Disponível em: <http://cpd1.ufmt.br/meel/arquivos/artigos/341.pdf> Acesso em 27 de julho de 2015.
Leia os textos a seguir e responda à questão 21.
Texto I
Metonímia é a figura de linguagem que consiste na substituição de uma
palavra por outra em razão de haver entre elas uma relação de
interdependência, de inclusão, de implicação. Exemplos:
Nas horas vagas ouvimos Mozart. (a música composta por ele)
O menino comeu dois pratos. (o alimento que estava no prato)
Mil olhos apreensivos seguiam a partida de futebol. (os olhos das
pessoas, dos torcedores)
CEREJA, William Roberto; MAGALHAES, Thereza Cochar. Português: linguagens, volume 1.
7. ed. Reform. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 58.
Texto II
Disponível em: <http://www.placasdetransito.net.br/>. Acesso em: 20 de janeiro de 2014.
Habilidade Identificar recursos semânticos expressivos (figuras de linguagem: metonímia ou antítese).
Questões 16 e 21
Questão 21
No texto II, as placas utilizam um recurso metonímico porque
(A) não estabelecem relação direta com o local que sinalizam ou simbolizam.
(B) utilizam imagens que representam fielmente a totalidade do local indicado.
(C) necessitam utilizar texto verbal para indicar o local que sinalizam ou
simbolizam.
(D) utilizam ilustrações de elementos que fazem parte ou simbolizam o
local indicado.
Leia o texto e responda às questões 22 e 23.
Imagem disponível em:
<https://play.google.com/store/apps/details?id=com.king.candycrushsaga>. Acesso em: 10 de
junho de 2015.
Por que podemos considerar Candy Crush um problema de saúde
pública?
Por Pedro Burgos
Depois que você termina um “episódio” de Candy Crush Saga, aparece uma
animação meio tosca vagamente conectada ao tema “doçuras”, que fica
congelada com a mensagem QUE DIAS BONS. A primeira vez que eu a vi,
achei engraçada a falha de localização e a bizarrice geral da cena. Mas na
quarta, eu quase respondi, em voz alta: “Dias bons pra quem?” Eu não o fiz
porque, bem, era duas e meia da manhã e não faria sentido acordar minha
namorada. Mas aquilo ficou na minha cabeça. Aquilo, e o jogo. No dia seguinte,
estava assistindo a um espetáculo teatral e no meio do monólogo, que tinha
projeções abstratas no fundo, eu vi doces vermelhos, laranjas, amarelos,
verdes e roxos. Eles se encaixavam e explodiam. Havia alguma coisa errada,
obviamente.
Pesquiso a nossa relação obsessiva com tecnologias digitais – joguinhos
sendo uma delas – e pensei imediatamente em reler algumas coisas para
escrever um artigo sobre o assunto. E não consegui achar tempo. Porque,
apesar de ter me tocado de quão bizarra era a minha queda por Candy Crush,
ainda considerava meu autocontrole mais forte. Fui descobrir, como qualquer
viciado, que superestimo meu poder sobre o objeto da compulsão. “Nah, eu
posso parar quando quiser. Só mais uma vida aqui na fase 70.” Logo, todos os
pequenos intervalos, de ir ao banheiro aos minutos anteriores ao sono, são
consumidos pelo jogo. Se você não se cuidar, todo o resto das coisas que você
faz durante o dia viram intervalos.
Mas achei que valeria escrever especificamente sobre Candy Crush porque ele
não escolhe suas vítimas. O perfil comumente associado ao “viciado em jogos
eletrônicos” não se aplica aos “jogadores” do puzzle colorido. Psicólogos que
estudam o assunto dizem que quem está mais propenso a perder a noção de
tempo jogando são “jovens, homens, mais impulsivos, com dificuldade de
convívio social, baixo nível de empatia e pior capacidade de lidar com as
emoções”. Mas na minha lista de amigos que “jogam”, há gamers veteranos,
advogadas, adolescentes, jornalistas de 30 anos de carreira, gente que vai pra
balada, gente reclusa. Não há um padrão.
Por que diabos este jogo em particular é tão viciante para tanta gente cair no
seu feitiço e, mais importante, por que achamos graça do vício e não levamos
isso a sério a maior parte do tempo?
[...]
Disponível em: <http://www.oene.com.br/podemos-considerar-candy-crush-um-problema-de-saude-publica >. Acesso em: 10 de junho de 2015. (fragmento)
Habilidade Estabelecer relações de causa e consequência entre partes e/ou elementos de um texto.
Questões 17 e 22
Questão 22
Uma relação de causa e consequência é estabelecida no trecho:
(A) “Eles se encaixavam e explodiam. Havia alguma coisa errada, obviamente.”
(B) “Mas na quarta, eu quase respondi, em voz alta: “Dias bons pra quem?”
(C) “[...]valeria escrever especificamente sobre Candy Crush porque ele
não escolhe suas vítimas.”
(D) “[...] por que achamos graça do vício e não levamos isso a sério a maior
parte do tempo?”
Habilidade Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
Questões 18 e 23
Questão 23 No título do texto, o autor pergunta se o jogo Candy Crush pode ser
considerado um problema de saúde pública. Isso se deve ao fato
(A) do jogo ser o preferido por profissionais de hospitais públicos.
(B) dele constatar que o jogo possui características viciantes.
(C) dos jogadores serem em sua maioria homens solteiros.
(D) da maioria dos seus amigos serem viciados em jogos.
Leia o texto e responda à questão 24.
Revista Ciência Hoje das Crianças (on-line). Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/multimidia/revistas/reduzidas/224/#/10/zoomed>. Acesso em: 10 de junho de 2015.
Habilidade Reconhecer efeito de sentido decorrente do uso de recursos gráficos (pontuação; vírgula).
Questões 11 e 24
Questão 24
No texto, as várias reticências (...) utilizadas pelo autor para escrever a palavra
“lagartixa” sugerem
(A) a continuidade da palavra ou seu espichar objetivando atingir o
tamanho do jacaré.
(B) a continuidade da palavra objetivando atingir o tamanho da lagartixa.
(C) a construção de uma escada em forma de letras para a lagartixa descer.
(D) a transformação da palavra jacaré em lagartixa, após a lagartixa descer as
escadas.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional
Coordenador: Olavo Nogueira Batista Filho
Departamento de Avaliação Educacional
Diretor: William Massei
Assistente Técnica: Maria Julia Filgueira Ferreira
Centro de Aplicação de Avaliações
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Equipe Técnica DAVED participante da AAP
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de Almeida, Soraia Calderoni Statonato
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Coordenadora: Ghisleine Trigo Silveira
Departamento de Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação Básica
Diretora: Regina Aparecida Resek Santiago
Centro do Ensino Fundamental dos Anos Finais e Ensino Médio - CEFAF
Diretora: Valéria Tarantello de Georgel
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Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, Katia Regina Pessoa, Mara Lucia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli
Cordeiro Cardoso, Rozeli Frasca Bueno Alves