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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
DEPARTAMENTO DE JORNALISMO
Arrastapé: As danças brasileiras Vanerão e Funk Passinho
em seus contextos culturais
Nicolas Mendonça de Quadro Renato Giordani Botteon
Florianópolis Maio de 2016
Nicolas Mendonça de Quadro Renato Giordani Botteon
Arrastapé: As danças brasileiras Vanerão e Funk Passinho
em seus contextos culturais Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Jornalismo, do Centro de Comunicação e Expressão, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para a aprovação na disciplina Técnicas de Projetos em Comunicação, ministrada pela Profa. Daiane Bertasso, no primeiro semestre de 2016. Orientador indicado: Fernando Antônio Crocomo
Florianópolis Maio de 2016
FICHA DO TCC – Trabalho de Conclusão de Curso – JORNALISMO UFSC ANO 2016.1 ALUNO Nicolas Mendonça de Quadro e Renato Giordani Botteon TÍTULO Arrastapé: As danças e seus contextos culturais ORIENTADOR Fernando Antônio Crocomo MÍDIA
Impresso Rádio X TV/Vídeo Foto Web site Multimídia
CATEGORIA
Pesquisa Científica Produto Comunicacional Produto Institucional (assessoria de imprensa) X Produto Jornalístico (inteiro) Local da apuração: Reportagem
livro-reportagem ( ) ( ) Florianópolis ( X ) Brasil ( ) Santa Catarina ( ) Internacional ( ) Região Sul País: ____________
ÁREAS Dança; Cultura; Brasil; Jornalismo; Videoreportagem RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso é uma proposta de uma série produzida para televisão que aborde diferentes gêneros de dança e suas relações com a cultura brasileira. O objetivo é mostrar, em dois episódios, gêneros de danças distintos inseridos no contexto cultural brasileiro. Cada episódio é dividido em dois blocos de 10 minutos de duração cada. Nestes dois primeiros episódios, optamos por mostrar danças com características diferentes entre si. O episódio um é dedicado ao Vanerão, um dos gêneros de dança mais populares do Rio Grande Sul e que tem origem alemã e influência da habanera, música cubana trazida pelos escravos negros no século XIX. No segundo episódio, trataremos do Funk Passinho, variação do funk carioca que surgiu em 2008 e se popularizou pelo país através de vídeos de batalhas de dança veiculados na internet.
EMENTA DO PROJETO a. Título do projeto: Arrastapé: A dança e suas características culturais
b. Natureza do projeto: programa piloto para série de televisão
c. Aluno(s) responsável(is): Nicolas Mendonça de Quadro e Renato Giordani Botteon
d. Suporte do projeto: vídeo
e. Instituições envolvidas e equipe: UFSC
f. Semestre programado para realização: 2017.1
g. Custos e fontes de financiamento: Aproximadamente R$ 30.630,00, divididos em
recursos próprios, empréstimos de equipamentos , bolsas e editais.
h. Indicação do professor-orientador: Fernando Antônio Crocomo
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso é uma proposta de uma série produzida para televisão que aborde diferentes gêneros de dança e suas relações com a cultura brasileira. O objetivo é mostrar, em dois episódios, gêneros de danças distintos inseridos no contexto cultural brasileiro. Cada episódio é dividido em dois blocos de 10 minutos de duração cada. Nestes dois primeiros episódios, optamos por mostrar danças com características diferentes entre si. O episódio um é dedicado ao Vanerão, um dos gêneros de dança mais populares do Rio Grande Sul e que tem origem alemã e influência da habanera, música cubana trazida pelos escravos negros no século XIX. No segundo episódio, trataremos do Funk Passinho, variação do funk carioca que surgiu em 2008 e se popularizou pelo país através de vídeos de batalhas de dança veiculados na internet.
Palavras-chave: Dança; Cultura; Brasil; Jornalismo; Videoreportagem.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 07
1.1 Justificativa ................................................................................................ 12
1.2 Objetivos..................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo Geral............................................................................... 14
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................... 14
2. DESCRIÇÃO ........................................................................................................... 15
3. DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 16
4. CRONOGRAMA...................................................................................................... 18
5. ORÇAMENTO......................................................................................................... 19
6. FINALIDADES......................................................................................................... 21
7. REFERÊNCIAS........................................................................................................ 22
7.1 Referências Bibliográficas............................................................................ 23
7.2 Referências Filmográficas............................................................................ 24
8. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................... 25
APÊNDICE A - Modelo de Espelho do episódio um .................................................... 25
ANEXO A – Termo de Aceite do orientador..................................................................
27
ANEXO B – Termo de Autorização de Uso do Laboratório.......................................... 28
1. INTRODUÇÃO
A dança como manifestação artística e cultural é parte integrante de
milhares de sociedades desde os primórdios da humanidade. Existem registros da
prática da dança que datam de mais de 14 mil anos atrás. Através de pinturas rupestres
deixadas durante o período Paleolítico, acredita-se que o homem pré-histórico dançava
como ritual para caça. Animais, vestimentas e máscaras faziam parte desse ritual que os
colocava em estado de transe. “A dança leva e eleva os homens a um plano superior a si
mesmos. Através de giros em torno de si entram em êxtase e acreditam se comunicar
com os espíritos” (CLAUS, 2005). (CLAUS, 2005, p. 25)
Antes vista como ritual, com o desenvolvimento das sociedades antigas a
dança passa a ter um ato mais cerimonialístico, ainda sim sem perder o caráter sagrado.
Na Grécia antiga, berço do pensamento político e filosófico do ocidente, a dança passa a
ser culto de relação, passa a fazer parte do cotidiano dos homens, estando presente em
ritos religiosos, cerimônias cívicas, festas, fazia parte da educação das crianças e do
treinamento militar.
Diferentes sociedades ao redor do mundo criaram formas distintas de dança
relacionadas à suas próprias origens, tradições, costumes, religião, mitologia e arte.
Com o passar dos anos e o desenvolvimento humano das sociedades, a dança foi
adquirindo outras características e assumindo funções sociais distintas. Passou de ato
sagrado e cerimonialístico, durante os períodos que compreendem a Pré-história e Idade
Clássica, à atividade considerada profana, perseguida pela Igreja Católica durante a
Idade Média. Já na Idade Moderna assumiu tons artísticos, conceituada como atividade
lúdica e experiência estética, com o surgimento do Ballet nas cortes da Itália
renascentista do século XV e apogeu na França, durante o reinado de Luís XIV, e o
surgimentos das danças de salão também praticadas na corte real de Luís XIV.
No Brasil, país gigante territorialmente e rico culturalmente, a história da
dança é ampla e complexa. Nosso país, através dos milhões de imigrantes que aqui
chegaram e se estabeleceram a fim de conquistar o novo mundo, trouxeram consigo
seus hábitos e culturas vindos das mais dispersas partes do globo, que aqui se
mesclaram ou foram incorporadas, transformando nosso país nesse imenso caldeirão
cultural. As danças de salão europeias que aqui chegaram foram absorvidas às danças
autóctones dos povos ameríndios e às danças negras africanas trazidas pelos escravos
durante o período de colonização do país e resultaram em um produto novo, de caráter
próprio e identidade nacional que reflete a miscigenação racial e cultural do nosso povo
-- fruto da união do índio, negro e imigrante, na sua grande maioria europeu. Cada
região do país apresenta sua dança típica. Esses diferentes gêneros têm forte ligação
com a migração local que acaba por influenciar todos os aspectos culturais de
determinada região -- arte, religiosidade, culinária, hábitos, costumes, o uso da língua,
crenças, vestimentas.
A escolha do projeto no formato videoreportagem se deve a característica
plástica e visual que a dança apresenta, a riqueza dos detalhes dos ambientes e dos
personagens que podem ser abordados nas entrevistas. Nosso projeto pretende retratar a
dança brasileira em seus mais diferentes gêneros -- sejam eles criados ou incorporados
ao nossos costumes -- como parte essencial da cultura brasileira e fator característico na
determinação da identidade do nosso povo. Para tanto desenvolvemos um programa de
dez episódios iniciais, cada um tratando de uma dança específica.
Os gêneros de danças brasileiros serão selecionadas a partir de aspectos
variados que possam demarcar semelhanças e contradições entre cada um deles,
reafirmando a riqueza cultural das danças populares. A seleção dos diferentes gêneros
foi feita com base numa pesquisa preliminar e uma listagem (lista pode ser conferida no
apêndice) contendo a) nome, b) origem, c) abrangência (nacional, regional, estadual,
local), d) característica principal (o que a distingue dos outros estilos) e) se é uma dança
folclórica ou não e) se a dança se baila solo, em dupla ou em grupo. A partir da lista
inicial selecionaremos dez gêneros diferentes, levando em conta as diferentes
características de cada um.
Lista de episódios
EP. 1 Vanerão
1. Origem: Rio Grande do Sul 2. Surgimento: Século XIX 3. Abrangência: Estados com influência da cultura gaúcha (RS, SC, PR, MS) 4. Tipo: Casal 5. Características mais relevantes: Dança de origem alemã influenciada pela habanera trazida pelos escravos negros vindos de cuba em 1866. Uma das danças mais populares dos bailes gaúchos. Ritmo mais tradicional da Vaneira gaúcha, destacado pela rapidez dos seus passos. EP. 2 Funk Passinho 1. Origem: favelas do Rio de Janeiro (RJ) 2. Surgimento: 2008 3. Abrangência: nacional 4. Tipo: Solo 5. Características mais relevantes: variação do funk carioca, impulsionado pela internet e redes sociais, realizada através de “batalhas”. Dança ágil semelhante ao frevo, influência do hip hop e break dance estadounidense EP. 3 Forró 1. Origem: Nordeste 2. Surgimento: Séc XIX 3. Abrangência: nacional 4. Tipo: casal 5. Características mais relevantes: Uma das danças mais populares do Brasil, se espalhou pelo país através das migrações nordestinas. Possui diferentes estilos Xote, xaxado, baião, pé-de-serra, universitário EP. 4 Maxixe 1. Origem: Rio de Janeiro (RJ) 2. Surgimento: Séc XIX 3. Abrangência: nacional 4. Tipo: casal 5. Características mais relevantes: Primeira dança urbana do país, tem origem na fusão da polca europeia com o Lundu de origem africana. Considerada como o tango brasileiro, esse gênero foi perseguido por atentar contra a moral e os bons costumes da época, seus passos eram considerados escandalosos e pecaminosos por enlaçar braços e pernas e por as testas estarem coladas no momento da dança EP. 5 Samba de Gafieira 1. Origem: Rio de Janeiro (RJ) 2. Surgimento: Séc XX 3. Abrangência: nacional 4. Tipo: casal 5. Características mais relevantes: Originário do Maxixe, é o gênero de dança brasileiro mais difundido no exterior. Esteriótipo do malandro carioca: elegância,
destreza, ritmo, agilidade. EP. 6 Frevo 1. Origem: Pernambuco 2. Surgimento: Séc XIX 3. Abrangência: regional 4. Tipo: Solo 5. Características mais relevantes: Gênero de dança folclórico que está quase sempre relacionada ao carnaval. Surgiu da fusão de elementos da marcha, maxixe e elementos da capoeira. Foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO. O passista faz uso de uma sombrinha que auxilia em suas acrobacias e remete a estilização de armas usadas pelos capoeiristas, símbolo de luta, resistência e camuflagem, como substituição a porretes e uso de cabos de guarda-chuva. EP. 7 Lambada 1. Origem: Pará 2. Surgimento: 1980 3. Abrangência: nacional origem carimbó (dança indígena) influência caribenha 4. Tipo: casal 5. Características mais relevantes: A Lambada surgiu da mescla entre o Carimbó , dança típica de origem indígena, pertencente ao folclore amazônico do Norte do Brasil, com ritmos caribenhos como a cumbia, o merengue e o zouk. A lambada tem como característica a sensualidade e os giros rápidos e movimentos de cabeça e quadril. EP. 8 Catira 1. Origem: Interior de SP, berço da cultura caipira 2. Surgimento: Não se sabe ao certo, período colonial 3. Abrangência: Regional, estados de SP, PR, MG, GO, MT 4. Tipo: Grupo 5. Características mais relevantes: Dança folclórica rural originada da fusão de ritmos europeus, negros e indígenas. Se espalhou para outros estados através das Bandeiras vicentinas, expedições de apresamento aos indígenas e busca por ouro. Trata-se de uma espécie de sapateado em grupo. EP. 9 Bumba meu boi 1. Origem: Nordeste 2. Surgimento: Séc XIV (Brasil Colonial) 3. Abrangência: Regional (NE) 4. Tipo: Festival 5. Características mais relevantes: Tombada como patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o bumba meu boi é dança folclórica que representa a lenda da morte e ressurreição de um boi. Surgiu da mistura de elementos da cultura negra, indígena e europeia. Tem sua maior celebração
no Festival Folclórico de Parintins EP. 10 Arrocha 1. Origem: Bahia 2. Surgimento: Anos 2000 3. Abrangência: Nacional 4. Tipo: Casal 5. Características mais relevantes: Dança relativamente nova que nasceu da mescla da seresta, música brega, tecnobrega e que se popularizou através da fusão com o sertanejo universitário Dentre esses dez episódios iniciais, produziremos apenas dois pilotos para
apresentar como trabalho de conclusão de curso. A seleção dos gêneros de danças que
foram abordados no pilotos se baseou em critérios como a) características opostas entre
os gêneros (uma de abrangência nacional e outra restrita a uma determinada região, por
exemplo) b) disponibilidade de tempo e recurso financeiro para viagens c) proximidade
com os locais de apuração d) facilidade com a pesquisa e) relevância cultural f)
interesse pessoal.
O primeiro gênero escolhido foi o Vanerão, um dos gêneros de dança mais
populares do Rio Grande Sul e que tem origem alemã e influência da habanera, música
cubana trazida pelos escravos negros no século XIX. No segundo episódio, trataremos
do Funk Passinho, variação do funk carioca que surgiu em 2008 e se popularizou pelo
país através de vídeos de batalhas de dança veiculados na internet como uma alternativa
de autopromoção para os jovens em ambientes dominados pela violência e tráfico de
drogas.
Para traçar o perfil histórico, cultural e social de cada gênero de dança
pretendemos falar com pesquisadores e estudiosos, dançarinos, professores, alunos,
músicos e pessoas que de alguma forma tenham alguma relação de proximidade e/ou
afeto com o ritmo retratado no programa. A ideia inicial do programa é retratar o
surgimento, as influências, o ritmo, os passos, a evolução da dança conforme o passar
do tempo, a expansão, a forma como é tratada pela mídia e pela população, a maneira
como é reconhecida como forma de expressão e resistência cultural e que, assim como
as outras artes -- cinema, literatura, pintura, música -- compõem um traço marcante da
nossa identidade nacional. Também pretendemos contar histórias e relatos pessoais
relacionadas a cada estilo, que caracterizem o personagem entrevistado como
pertencente/integrante de um determinado nicho, com suas peculiaridades e
particularidades próprias.
1.1. Justificativa
Consideramos a dança como uma das manifestações artística e culturais de
maior importância e impacto na sociedade. Seu passado é riquíssimo e sua história faz
parte da miscigenação brasileiras. A dança não só tem caráter artístico e cultural mas
também tem um grande impacto econômico em muitas comunidades. Do baile funk ao
bolshoi, a dança também é importante economicamente. Shows e espetáculos de dança
movimentam o turismo de uma região e a esfera financeira de uma determinada
cidade/estado/país e altera a vida de muitas pessoas que vivem da dança, sejam eles
bailarinos profissionais, professores de dança, alunos, figurinistas etc...
Um dos principais motivos pela escolha do tema foi a proximidade dos autores.
Além de já termos praticado diversos tipos de dança, e consequentemente termos
afinidade com o tema, conhecemos amigos e familiares que dançam, ou já fizeram aulas
de dança em algum momento.
A escolha pela área temática se deve ao nosso interesse pelas pesquisas
relacionadas ao estudo da cultura brasileira e ao surgimento e influência da dança no
Brasil. Outras questões que nos parecem pertinentes apontar é a falta de registro mais
amplo e aprofundado sobre o tema que seja de fácil compreensão pelo público em geral,
cabe ressaltarmos que não temos o interesse de aprofundarmos na pesquisa, já que não
temos gabarito técnico e teórico para desenvolver tal trabalho, também não
consideramos que essa pesquisa seja função da área de conhecimento na qual nos
formaremos (Jornalismo) e sim de outras áreas que estão muitos mais aptas a
desenvolver esse trabalho (História, Antropologia, Ciências Sociais...). Nosso objetivo é
produzir um produto que consiga informar, mostrar a cultura regional que possibilitou o
florescimento de determinado gênero e apresentá-lo em suas mais diferentes
perspectivas e características, aproximá-lo ou diferenciá-lo de outros gêneros, mostrar
sua importância social, cultural e econômica.
Outro ponto a ser levantado é a forma como a dança é retratada pela mídia,
especialmente pela televisão. Acreditamos que a dança e a cultura são relegadas a um
segundo escalão pelos produtos jornalísticos em detrimento de outras editorias
consideradas mais importantes ou de maior apelo pela audiência -- policial, esporte,
economia, por exemplo. A dança dificilmente é pauta em jornais, revistas, programas de
rádio e televisão brasileiros, a não ser em determinadas épocas do ano (Carnaval, Festa
Junina) e ainda sim excluindo as danças mais populares -- samba e forró, por exemplo.
É interessante ressaltar também que dos poucos produtos relacionados, costuma haver
um predomínio da importância do gênero musical sobre a dança: quando se fala de
samba, se fala da roda, do grupo ou da bateria, dificilmente do samba a dois (samba de
gafieira).
1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo Geral
O programa Arrastapé visa documentar e analisar a história e a importância
de dois gêneros de dança - Vaneira e Funk Passinho - para a sociedade brasileira. De
maneira clara e com linguagem simples, o projeto apresentará ao telespectador nossa
conclusão a respeito da dimensão e da popularidade desses gêneros para determinados
grupos da sociedade.
1.2.2. Objetivos Específicos
Relacionar o contexto histórico de determinado gênero musical com a classe
social de seus praticantes. Abordar influências da Vaneira e do Funk passinho na cultura
regional; por exemplo: tradições culturais, de colonização, sociais, econômicas. Mostrar
a participação da dança na economia da regional. Explicar o papel da dança como
prática de atividade física, necessária para o bem estar do corpo humano. Incentivar a
prática da dança, mostrando seus benefícios e suas vantagens. Expor realidades culturais
diferentes a cada programa veiculado. Mostrar que a dança além de ser uma importante
forma de comunicação e expressão também é uma forma de resistência cultural.
2. DESCRIÇÃO
A videoreportagem será composta por sonoras de dançarinos, alunos e
professores de escolas de dança ou pessoas que de alguma forma têm suas vidas
impactadas pela dança na Grande Florianópolis, Rio de Janeiro e do interior de Santa
Catarina e do Rio Grande do Sul. O Arrastapé contará também com depoimentos de
historiadores e especialistas sobre o tema, que darão suporte aos contextos históricos
apresentados.
A princípio a ideia é utilizar poucos textos em off e as passagens devem ocorrer
nos salões de dança, salas que retratem a história e a expressividade dos movimentos. A
intenção inicial é realizar entrevistas nestes locais, demonstrando visualmente os
gêneros de dança abordados nas entrevistas. Esta parte deve envolver mais os
especialistas e bailarinos profissionais. Também serão feitas entrevistas com os alunos
das escolas de dança para identificar a faixa etária do público que frequenta essas aulas,
a quanto tempo se pratica essa atividade e os motivos pessoais que levam a frequentar
essas aulas. Pretende-se também, se possível, gravar alguns passos de dança aplicados
nas aulas e passá-los de forma resumida ao telespectador.
A série de programas para televisão Arrastapé será exibida em dez episódios,
tendo dois episódios-piloto como teste. Os dois episódios-piloto exibirão a Vaneira
(episódio 1) e o Funk Passinho (episódio 2). Os demais episódios são: Forró (episódio
3), Maxixe (episódio 4), Samba de Gafieira (episódio 5), Frevo (episódio 6), Lambada
(episódio 7), Catira (episódio 8), Bumba meu Boi (episódio 9) e Arrocha (episódio 10).
Cada episódio será dividido em dois blocos de 10 minutos, totalizando 20 minutos por
programa.
A princípio, cada programa apresentará o tema em uma ordem sequencial de
entrevistas, embora cada gênero de dança tenha, obviamente, entrevistados distintos. A
captação de imagens se dará, a princípio, em três momentos: dentro das salas de dança:
arredores e fachada dos locais, camarins, e no cotidiano dos personagens entrevistados.
Os momentos do roteiro serão recortados e colocados em uma ordem que fique mais
atraente ao telespectador, que será identificada no momento da edição. Por exemplo:
enquanto o grupo dança Vanerão no Centro de Tradições Gaúchas (CTG), rodamos a
entrevista com o especialista contando do histórico do figurino usado na Vaneira. A
ligação entre os momentos dos roteiros será feita tanto pelo texto em off quanto pelas
passagens.
A edição será dinâmica, predominantemente com cortes secos e deverá também
trabalhar com imagens de boa qualidade para cobrir as entrevistas. Pretende-se
desenvolver um trabalho de identidade visual que valorize as cores e as imagens
captadas nos ambiente, transmitindo a expressividade da dança e o contexto social na
qual está inserida.
3. DESENVOLVIMENTO
A partir da correção do pré-projeto começaremos a fase inicial do TCC, que
consistirá: a) na revisão do projeto de trabalho de conclusão de curso através dos
apontamentos e ideias sugeridas pela professora da disciplina e pelo professor
orientador do TCC, b) pesquisa e revisão bibliográfica a cerca da dança e seus
principais aspectos (daremos ênfase nos estudos sobre a história da dança no Brasil e no
Ocidente, a dança como manifestação cultural, forma de expressão e comunicação
não-verbal) e o estudo dos gêneros selecionados e o contextos histórico, político e
sociais ao qual se inserem c) buscar referências filmográficas para chegarmos em um
formato de programa que se adeque ao nosso tema. Não planejamos nenhum gasto para
essa fase. O prazo que estipulamos para a realização de todas essas atividades vai até
Setembro.
Depois de finalizado toda essa etapa daremos início a produção do projeto
que poderá ser divido em 3 etapas: 1. Pré-apuração 2. Apuração 3. Pós-produção. Na
fase de pré-apuração: a) daremos sequência na pesquisa do projeto, b) faremos o
desenvolvimento do formato dos programa piloto, c) iniciaremos o desenvolvimento da
parte empírica do projeto e a redação do espelho de cada episódio d) buscaremos
entrevistados via contato por telefone e internet e e) planejaremos as viagens de
apuração. Pretendemos terminar todas essas atividades até Dezembro. Na fase de
apuração, realizaremos as viagens para o interior de Santa Catarina, Rio Grande do Sul
e Rio de Janeiro, onde faremos as entrevistas e a gravação de cada episódio. Logo que
feitas, as entrevistas serão decupadas, transcritas e editadas a fim de facilitar a
elaboração do roteiro/espelho do programa. Condicionaremos o maior número de
entrevistas para a época em que marcarmos as viagem, entre os meses de janeiro e abril,
para facilitar o nosso deslocamento e reduzir os gastos. Durante essa etapa pretendemos
gastar ao todo R$ 4.110,00 entre gastos com compra de equipamentos, deslocamento,
alimentação e hospedagem.
Na fase final, fase de pós-produção, faremos a montagem dos episódios a
partir da estrutura narrativa definida nas fases anteriores. Trilha sonora, mixagem de
som e a finalização e o tratamento de cor também serão feitas durante essa etapa. Como
não temos conhecimento técnico para realizar nenhuma essas funções, contrataremos o
serviço específico de amigos/ conhecidos para realização de cada uma dessas atividades.
Pretendemos gastar em torno de R$400,00. Os dois autores do projeto se
responsabilizarão por todas as tarefas em todas as fases planejadas para a execução do
TCC. A entrega do trabalho final e defesa está planejada para os meses de junho e julho,
respectivamente.
4. CRONOGRAMA
2016
MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Entrega versão
preliminar do projeto
de TCC
Entrega final do
projeto de TCC
Revisão do projeto de
TCC
Pesquisa e revisão
bibliográfica
Pré-apuração do tema
e busca pelos
entrevistados
Desenvolvimento do
formato do programa
Desenvolvimento
parte empírica
Redação do espelho
dos episódios
2017
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
Desenvolvimento
parte empírica
Viagem e gravação
Edição
Pós- produção
(finalização e
tratamento de cor)
Entrega da trilha
sonora e arte de
abertura
Depósito das cópias
do TCC para banca
Defesa final
5. ORÇAMENTO
Com o objetivo de retratar o gênero Vanerão em suas mais diversas nuances
e o Funk Passinho, no contexto de sua origem e principal centro difusor, planejamos
viajar pelos estados do Rio Grande do Sul, interior de Santa Catarina e a cidade do Rio
de Janeiro.
Ao todo, listamos para a realização dos dois primeiros episódios um
orçamento de R$4.110,00, envolvendo gasto com viagens, hospedagem, alimentação
compra de equipamentos. A maior parte do financiamento do trabalho será custeado por
recursos dos próprios estudantes, auxiliado pelo empréstimo de equipamentos e
materiais via amigos, familiares e laboratórios do Departamento de Jornalismo da
UFSC. Os equipamentos que serão adquiridos exclusivamente para o documentário
somados às despesas com a apuração e produção do programa estão descritos na tabela
1. Nela também foram acrescidos os gastos com horas de trabalho (apuração, saída para
reportagem cinematográfica com equipamento e edição de reportagem na pós-produção)
conforme os valores cobrados na tabela de frilas do Sindicato dos Jornalistas de Santa
Catarina, esses gastos correspondem a R$26.520,00, totalizando R$30630,00. Os itens
que já possuímos e os equipamentos que serão emprestados por amigos ou locados pela
Universidade estão detalhados na tabela 2.
a) Tabela 1
Item Qtde. Valor unitário
Qtde. Serviço
Serviço Valor Total
Pré - produção
Gasto com ligações telefônicas 1 - - verba 300,00
HD Externo 1 TB 2 200,00 - verba 400,00
Mic. Direcional 1 600,00 - verba 200,00
Produção
Passagem aérea (Fln -Rio) 2 250,00 2 trecho 1000,00
Hospedagem (Rio) 2 50,00 4 diária 400,00
Alimentação (Rio) 2 15,00 4 diária 120,00
Transporte (Rio) 2 50,00 4 diária 400,00
Gastos com viagem (SC, RS) 2 500,00 - verba 1000,00
Alimentação (SC, RS) 2 15,00 4 diária 120,00
Hospedagem (SC, RS) 2 50,00 4 diária 400,00
Reportagem cinematográfica com equipamento (saída 3h)
2 450,00 4 hora 3600,00
Reportagem cinematográfica com equipamento (saída 5h)
2 600,00 6 hora 7200,00
Report. cinematográfica com equip. (saída 8h)
2 1000,00 2 hora 4000,00
Report. cinematográfica (hora extra)
2 250 4 hora 2000,00
Pós-produção
Trilha Sonora 1 100,00 - serviço 100,00
Identidade visual/ arte 100,00 - serviço 100,00
DVD 100 0,90 - verba 90,00
Edição de reportagem. (não linear)
2 300,00 14 hora 8400,00
Edição de reportagem. (linear) 2 200,00 2 hora 800,00
TOTAL 30.630,00
b) Tabela 2
Item Qtde. Recurso
Tripé de fotografia 2 Labfoto/ Labtele
Câmera GoPro Hero 3+ Black Edition 1 NTDI/Labfoto/Labtele/ G. Longo
Refletor 1000kW + tripé de luz 2 Labtele
Luminária Fresnel 1 Labtele
Microfone lapela sem fio Sony 3 Labetele/ G. Longo
Transporte (carro disponível) - Próprio
Notebook LG 1 Próprio
Câmera fotográfica Nikon D5100 1 Próprio
Câmera fotográfica Nikon D5100 1 Gabriel Coelho
Bateria para as câmeras fotográficas 3 Próprio/ Gabriel Coelho
Objetiva 50 mm f.8 2 Próprio/ Gabriel Coelho
Pilhas recarregáveis 12 Próprio
Monopé 1 Próprio
Gravador Zoom H4n 1 Próprio
Painel de LED 2 Próprio
Cartão de memória 32gb 4 Próprio
Cartão de memória 16gb 1 Próprio
Cartão de memória 1 Próprio
Slider Alvha 1 Próprio
Kit acessório Go Pro 1 Próprio
Pilhas recarregáveis 12 Próprio
6. FINALIDADES
A execução deste projeto é uma oportunidade para praticar a técnica da
reportagem em vídeo em todas as suas etapas: pré-produção, apuração, gravação,
apresentação, locução, edição e pós-produção. Possibilita-se, assim, uma boa forma de
preparo para o mercado de trabalho do jornalismo. Acreditamos também que a execução
desse projeto não seja apenas uma importante forma de incrementar nossos currículos e
aprimorar nossa técnica jornalística, desenvolvida ao longo da graduação, mas também
seja uma grande oportunidade pessoal através da experimentação de novas culturas,
especialmente da cultura gaúcha e das favelas cariocas, tão alheias e diferentes a nós.
Outro ponto que deve ser destacado é a satisfação pessoal em poder trabalhar com o
tema dança e cultura, que na maioria das vezes são tratadas de forma pouco expressiva e
até certo ponto preconceituosa pela mídia tradicional ou relegadas a segundo plano em
função de coberturas/ editorias consideradas “mais importantes” pelo jornalismo.
Depois de feitas as devidas correções sugeridas pela banca, os episódios
serão gravado em DVD e as cópias serão distribuídas gratuitamente para projetos
sociais, universidades, escolas, centros de cultura, comunidades e pessoas que de
alguma forma fizeram parte do projeto, seja como colaboradoras ou entrevistadas.
Usaremos o piloto do programa para buscar financiamento através de órgãos
públicos, na forma de editais de incentivo à cultura promovidos pelo governo federal ou
estado de Santa Catarina, ou na iniciativa privada -- patrocinadores, parceiros e/ou
canais que tenham interesse na aquisição da proposta do programa -- para a execução do
projeto em sua totalidade, com a produção dos 10 programas inicialmente propostos e
que possam contemplar o Brasil em sua mais diversas nuances, de norte a sul,
abarcando seus mais variados ritmos, danças e representatividades culturais. .
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Antonio Teixeira; JUNQUEIRA, Rogério Diniz. A elaboração do projeto de pesquisa. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (Orgs.). Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003. OLIVEIRA NETTO, Alvim Antônio de. Metodologia da pesquisa científica: guia prático para a apresentação de trabalhos acadêmicos. 2.ed. Florianópolis: Visual Books, 2006. PUCCINI, Sérgio. Roteiro de documentário: da pré-produção à pós-produção. 3. ed. São Paulo: Papirus, 2012. 141 p. (Coleção campo imagético) SANTAELLA, Lucia. O projeto de pesquisa e seus passos. In: SANTAELLA, Lucia. Comunicação e Pesquisa. São Paulo: Hacker Editores, 2001. WATTS, Harris. On camera: o curso de produção de filme e video da BBC. São Paulo: Summus, 1990. 276p.
8. REFERÊNCIAS FILMOGRÁFICAS
A BATALHA DO PASSINHO. Direção: Emílio Domingos. Produção: Emílio Domingos e Julia Mariano (Osmose Filmes). Rio de Janeiro, 2013, 75min. A BOLA. Direção: Estevão Ciavatta e Fernando Acquarone.Fotografia: Gustavo Habda Produção: Susana Campos. Pindorama Filmes, 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yuBEfTxrUWY&list=PLFi_4S2Ue18JdS2EbEVyqD6zBGcI4ZFVV> Acessado em 27 de junho de 2016 AMAZÔNIA SOCIEDADE ANÔNIMA. Direção: Estevão Ciavatta e Fernando Acquarone.Fotografia: Dudu Miranda.Produção: Susana Campos. 2015. Pindorama Filmes, 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=b9Tko_q_QGM&list=PLFi_4S2Ue18Ji5W6NGhPgsgjDsxm9g_SP> Acessado em 27 de junho de 2016 AO SOM DO CHAMAMÉ. Direção: Lucas de Barros. Fotografia: Marx Varmelatti. Montagem: Alessandro Danielli. Produção Ana Paula Mendes e Carol Gusser: Novelo
Filmes, 2015. DVD (111 min)
BATALHA. Direção e Produção: Dayane Ros, Giulia Gava. Florianópolis, 2015
CARDÁPIO DE BOTECO. Direção e produção: Victor Hugo Bittencourt.
Florianópolis, [2014?]
FILABÓIA. TV UFSC. Florianópolis, [2014?]
9. BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA. Manual prático dos direitos autorais. São Paulo, 2012 BERNARD, Sheila Curran. Documentário: técnicas para uma produção de alto impacto. Rio de Janeiro: Campus, 2008. x, 387p. BETIM, F. Rio de Janeiro, a origem do samba como gênero musical brasileiro: O samba carioca começou a ser forjado na Pedra do Sal, no centro do Rio. Gênero musical conheceu uma revolução definitiva no final da década de 20. El país, Salvador, 6 de fev de 2016. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/05/cultura/1454677768_746679.html BOURCIER, Paul. História da Dança no Ocidente. In: Opus 86. Marina Appenzeller (Trad.). São Paulo: Martins Fontes, 1987. 340 p. BRASIL. Ministério da Cultura. Plano Nacional de Cultura: diretrizes gerais. Brasília, 2007. 88p. CAMINADA, Eliana. História da dança: evolução cultural. Rio de Janeiro, Sprint, 1999. CAVASIN, Cátia R. A dança na aprendizagem [S : s. . l.n.] DA-RIN, Silvio. Espelho partido: tradição e transformação do documentário. 4. ed. Rio de Janeiro: Azougue, 2008. 247 p.
HANNA, Judith L. To dance is human: a theory of nonverbal communication. [S : s. . l.n.], 1979 IDANÇA. Televisão - Dança que agrada, mas pouco esclarece. Disponível em: <http://idanca.net/televisao-danca-que-agrada-mas-pouco-esclarece/> Acesso 27 de junho de 2016. EMPRESA BRASIL DE COMUNICAÇÃO. Somente a verdade: Manual de jornalismo da EBC. Brasília, 2013. FARO, Antonio José. Pequena História da Dança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1986. 150 p. MAGALHÃES, Marta C. A dança e sua característica Sagrada [S : s. . l.n.], 2005 MORAES, C. “Pra ser sambista, não precisa ser do morro”: SP, ‘onde tudo o que se planta dá’, semeou o samba no interior e viu o ritmo florescer na capital. El país, São Paulo, 26 fev. 2016. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/19/cultura/1455913257_700456.html ___________ . Samba, o sangue que corre nas veias da Bahia: Negro na origem, o samba mesclou música, comida e religião e ensinou o Brasil a sorrir. El país, Salvador, 7 de fev de 2016. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/06/cultura/1454753237_951814.html NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. 5. ed. Campinas: Papirus, 2012. 270p. PERNA, Marco Antonio. Samba de Gafieira: a história da Dança de Salão Brasileira. 2ed. Marcos Antonio Perna, 2002. RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal ... o que é mesmo documentário?. São Paulo: SENAC, 2008. 447p SANTOS, Rodrigo de C. A. A história da dança de rua e sua inserção na cultura Brasileira. Florianópolis, 2006