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A Relação entre as Comunidades
Locais e os Artistas
Project RUcaS - FCT [PTDC/CS-GEO/115603/2009
Pedro QuintelaUniversidade de Lisboa, IGOT-CEG
Daniela FerreiraUniversidade de Lisboa, IGOT-CEG
Francisco AzevedoUniversidade de Lisboa, IGOT-CEG
IX Congresso da Geografia Portuguesa
28, 29 e 30 Nov.2013
Estrutura
1. Objectivo do Estudo
2. Perspectiva e Conceitos
• RUcaS
• A Cultura e as Artes nas Políticas Urbanas
3. Metodologia
4. Resultados
5. Considerações Finais
Bibliografia
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
Objectivo do estudo
Políticas urbanas das sociedades contemporâneas: aposta na cultura e nas artes
Dois lugares à partida considerados socialmente criativos:
• Montemor-o-Novo (meio rural)
• Bairro da Mouraria (meio urbano)
Questão de Partida:
O que dão os lugares aos artistas e o que recebem em troca?
As artes e os artistas, nestes dois casos, parecem ter um papel importante natransformação dos lugares, e na produção de dinâmicas urbanas inovadoras.
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
Montemor-o-Novo (meio rural)
Bairro da Mouraria (meio urbano)
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
RUcaS
Argumentos:
As artes e os artistas têm um contributo muito significativo na alteração dosvalores da sociedade e das instituições
contribuem para a construção de lugares…
…que podem ser interpretados à luz das utopias urbanas e, em particular, na óptica das utopias reais (Friedman, 2000; Moulaert et al., 2005; Santos, 2012)
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
Presença de artistas
Produção artística
Recursos cruciais na realização de utopias reais em determinados lugares
(André et al., 2009; Lacoste, 2010)
A Cultura e as Artes nas Políticas
Urbanas
Desenvolvimento urbano: competitividade entre cidades (Keating eFrantz, 2004 )
Políticas urbanas têm considerado a cultura e artes como instrumentospara combater as várias adversidades
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
Regeneração de cidades (urbanas) (Henriques, 2002; Wojan et al.,
2007; André e Abreu, no prelo)….sobretudo nos centros históricos(Moulaert et al., 2004)
Revitalização de lugares e de espaços em declínio nas cidades rurais (André e Abreu, no prelo)
Metodologia
• Inquérito à população residente: MoN e Mouraria
• Cerca de 400 inquiridos em cada lugar correspondentes a uma amostraestratificada, estatisticamente significativa
• Revela respostas interessantes para a questão que colocámos:
O que dão os lugares aos artistas e o que recebem em troca?
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
0,0 20,0 40,0 60,0
Política Cultural
Qualidade de vida
Localização Geografica
População acolhedora/simpática
Artistas trazem artistas
Paisagem
54,8
28,0
17,8
11,0
10,8
6,8
O que dá Montemor-o-Novo aos Artistas (%)?
%
Resultados
Resultados
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
%0 20 40 60 80
Bairro típico/histórico
Centralidade
Baixo preço habitação
Bairro Multicultural
Tradição do Fado
Espírito comunidade
60,5
36,5
13,5
5,5
5
2,5
%
O que dá a Mouraria aos Artistas (%)?
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0
Desenvolvimento cultural
Visitantes
Reconhecimento MoN
Animação/Convívio
Desenvolvimento cidade
39,5
23,5
20,0
18,8
13,8
O que dão os Artistas a Montemor-o-Novo (%)?
%
Resultados
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
0 10 20 30 40 50
Visitantes/Turistas
Animação / Convívio
Desenvolvimento cultural
Participação população
Novos residentes jovens
Promoção do Fado
45,25
16,5
13,5
3
1,75
1,5
O que dão os Artistas À Mouraria (%)?
%
Resultados
Considerações Finais
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces
O que dão os lugares aos artistas?
-Baixo preço da habitação
O que dão os artistas aos lugares?
-Novos residentes jovens
O que dão os lugares aos artistas?
-Política cultural
O que dão os artistas aos lugares?
-Reconhecimento da cidade
O que dão os lugares aos artistas?
-Características do território
-Características população
-Localização geográfica
-Presença das artes/artistas
O que dão os artistas aos lugares?
-Desenvolvimento cultural
-Visitantes
-Animação/Convívio
Principais diferenças e semelhanças das comunidades locais, MoN e Mouraria, e os artistas. Elaboração própria
Bibliografia
• André I, Abreu A (no prelo) “Social creativity and post-rural places: the case of Montemor-o-Novo, Portugal” in Canadian Journal ofRegional Science/Revue Canadienne des Sciences Régionales
• André I, Henriques E and Malheiros, J (2009) “Inclusive Places, Arts and Socially Creative Milieux”, in MacCallum, D., Moulaert, F.,Hillier, J. and Vicari, S. (eds.) Social Innovation andTerritorial Development, London: Ashgate.
• FriedmanY (2000) Utopies Réalisables, (nouvelle edition). L'éclat, Paris.
• Henriques H B (2002) “Novos desafios e orientações das políticas culturais: tendências nas democracias desenvolvidas eespecificidades do caso português”, Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia, 73, p.61-80
• Keating M e Frantz M (2004) Culture-Led Strategies for Urban Regeneration: A Comparative Perspective on Bilbao, in InternationalJournal of Iberian Studies, 16 (3), pp. 187–194
• Lacoste J (2010) La Philosophie De L'Art, 10e Édition,Paris: PUF ‘Que Sais-Je’.
• Moulaert F, Demuynck H, Nussbaumer J (2004) “Urban renaissance: from physical beautification to social empowerment. Lessonsfrom Bruges-Cultural Capital of Europe 2002”, City, vol. 8, N. 2, 229-235
• Moulaert F, Martinelli F, Swyngedouw E and Gonzalez S (2005) “Towards Alternative Model(s) of Local Innovation”, Urban Studies,42 (11):1969–1990.
• Santos B S (2012) Utopia. In Santos A C, Martins B S, Dias J P, Rodrigues J, Gomes M (coord.) Dicionário das Crises e das Alternativas.Edições Almedina, Coimbra: 212.
• Strom E (2003) Cultural Policy as Development Policy: Evidence From The United States, in International Journal of Wojan T R,Lambert D. M, McGranahan D A (2007) “The Emergence of Rural Artistic Havens: A First Look,”, Agricultural and Resource EconomicsReview 36/1 (April 2007), p.53–70
RUcaS . Real Utopias in Socially Creative Spaces