Post on 02-Jul-2015
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1. A Terra antes do Aparecimento do Homem. Paleoclimas e o Impacto da Dinâmica.
2. Mudanças Ambientais na História da Terra e Evolução da Espécie Humana.
3. O Homem como Agente de Mudanças.
4. Que Cenários para o Século XXI? Mudanças Ambientais Regionais e Globais.
2Profª Isabel Henriques
Que problemas locais e regionais podemos apontar como
modificadores do ambiente?
Na região onde a escola está inserida será possível conciliar o
desenvolvimento económico e a preservação e defesa dos
recursos ambientais?
Profª Isabel Henriques 3
A Terra antes do aparecimento do Homem. Paleoclimas e
dinâmica litosférica.
As variações climáticas que têm ocorrido ao longo da História
da Terra tem marcado profundamente a sua geomorfologia.
A dinâmica do planeta tem influência nessas variações
climáticas.Profª Isabel Henriques 4
Profª Isabel Henriques 5
Profª Isabel Henriques 6
“Evolução do Planeta Terra até o Surgimento do Homem” ± 10 min
Profª Isabel Henriques 7
A Terra tem sofrido variações climáticas
significativas desde a sua génese até à
actualidade.
Muitas destas modificações resultam de
uma lenta, mas constante, alteração
geográfica que se deve, essencialmente,
à estreita relação entre a geodinâmica
interna e a geodinâmica externa do
planeta.
O Sol, o relevo e a distribuição dos glaciares
influenciam o clima.
Profª Isabel Henriques 8
Mudanças climáticas ao longo da História da Terra
Podem
Contribuir para conhecer a dinâmica climática do
nosso Planeta
9Profª Isabel Henriques
Profª Isabel Henriques 10
Variação da temperatura média nos últimos 80 M.a. da História da Terra e as
projecções para os próximos 500 anos. Adaptado de Barret (2003), Nature 421.
O estudo das rochas e dos
seres vivos que habitaram a
Terra permite reconstituir
os paleoambientes e estudar
as variações climáticas ao
longo do tempo geológico.
Estas investigações são
muito importantes, pois o
passado é a "chave" do
futuro da Terra.
Actividade 1 pag 164
É possível dividir a História da Terra em função das
temperaturas registadas e da influência destas na
distribuição dos glaciares e do nível médio dos oceanos.
Essa divisão integra períodos glaciares e interglaciários.
11Profª Isabel Henriques
A divisão integra:
12Profª Isabel Henriques
Períodos glaciários (glaciações):
caracterizam-se por serem
períodos frios, que permitem a
expansão dos glaciares;
Períodos interglaciários: o
aumento da temperatura à
superfície provoca um maior
degelo, reduzindo a área
ocupada pelos glaciares.
Glaciações ou Períodos Glaciários
São fenómenos climáticos que ocorrem ao longo da
história do nosso planeta.
Durante um período glaciário as temperaturas médias
da Terra baixam o que implica o aumento das massas
polares
13Profª Isabel Henriques
Períodos Inter-glaciários
Período entre duas glaciações e a temperatura média
da Terra aumenta podendo causar fusão dos gelos.
14Profª Isabel Henriques
1837 - Louis Agassiz propôs pela
primeira vez a existência das
glaciações.
Este cientista descobriu que as
glaciações dos Alpes se tinham
expandido sobre terrenos de
baixa altitude.
Sugeriu que num tempo
geológico não muito distante, o
clima tinha sido mais rigoroso
do que actual.
15Profª Isabel Henriques
Clima da Terra tinham flutuado entre épocas mais
frias e mais quentes.
Glaciações do quaternário foram as primeiras a
serem descobertas.
16Profª Isabel Henriques
Profª Isabel Henriques 17
São massas de gelo que se originam à superfície
terreste devido à acumulação, compactação e
recristalização da neve, que se movimentam, ou
que possuem indícios de já se terem movimentado.
18Profª Isabel Henriques
Neve e gelo cobrem
cerca de 10% da área da
superfície terrestre e
cuja temperatura é
inferior a 0ºC.
Localizam-se nos pólos e
em zonas montanhosas
de elevada altitude.
19Profª Isabel Henriques
Principais Tipos de Glaciares
Glaciares de vale (Alpino)
Glaciar Piedmont
Glaciares Continentais
20Profª Isabel Henriques
Formam-se nas regiões
montanhosas e ocupam os vales
preexistentes.
Podem possuir espessuras na ordem
das centenas de metros.
Nas latitudes baixas (próximas do
equador) ocupam apenas as
secções mais altas dos vales.
Nas regiões mais frias e próximas
dos pólos podem iniciar-se nas
montanhas e espalharem-se ao
longo de dezenas de quilómetros
para as regiões mais planas e por
vezes próximas dos oceanos.
21Profª Isabel Henriques
Resultam de glaciares alpinos
que, ao abandonarem os vales,
deixam de estar confinados e
espalham-se por vastas áreas em
forma de leque.
Também podem resultar da fusão
de vários glaciares alpinos.
Possuem dimensões elevadas,
podendo atingir dezenas de
milhares de quilómetros
quadrados. Estes glaciares são
raros.
22Profª Isabel Henriques
Possuem dimensões muito
superiores aos glaciares de vale, e
deslocam-se lentamente, por vezes
de forma imperceptível.
Na actualidade, os principais
glaciares continentais encontram-se
na Gronelândia e na Antárctida.
Na Gronelândia, 80% da área
encontra-se coberta por glaciares.
Ali, o gelo atinge em média uma
espessura de 1,5 km.
Na Antárctida 90% da área está
coberta por glaciares com
espessuras médias de 3 km e
máximas de 4,3 km.
23Profª Isabel Henriques
Profª Isabel Henriques 24
A formação de um glaciar ocorre em
regiões com baixas temperaturas
devido a um fenómeno
Precipitação de
neve no
Inverno
Quantidade
de neve que
funde no
Verão
Actividade 2 pag. 166
http://www.classzone.com/books/earth_science/terc/content/visualizations/
es1501/es1501page01.cfm?chapter_no=visualization
Profª Isabel Henriques 25
Precipitação prolongada de neve
Acumulação de neve
Fenómenos de compressão e compactação
A neve transforma-se em gelo glaciário
Formação de Gelo Glaciário
http://www.pbs.org/wgbh/nova/vinson/glac-flash.html
Glacial variáveis do
movimento
Temperatura da área,
A inclinação da glaciar,
O tamanho da cama de
sedimentos,
A quantidade de água de
degelo do glaciar,
Tamanho da glaciar.
Profª Isabel Henriques 26
A velocidade de deslocação dos glaciares é maior
à superfície do que no fundo (100m/ano).
Profª Isabel Henriques 27
O aumento da pressão
confere ao glaciar um
comportamento dúctil
(plástico) facilitando o
seu movimento – Fluxo
plástico.
O gelo pode fundir na
base do glaciar
formando uma película
de água que lhe confere
um deslizamento basal.
Crevasses:
Devido às diferenças de velocidade, a
massa de gelo pode quebrar,
apresentando fendas transversais
designadas por Crevasses e fendas
longitudinais que podem ter algumas
dezenas de metros de profundidade.
28Profª Isabel Henriques
Profª Isabel Henriques 29
http://highered.mcgraw-
hill.com/olcweb/cgi/pluginpop.cgi?it=swf::640::480::/sites/dl/free/0072402466/30425/12_09.sw
f::Fig.%2012.9%20-%20Crevasses%20on%20a%20Glacier
Ablação: Processo que leva à perda de
neve ou gelo do glaciar.
Fusão
Evaporação
Erosão
Separação de icebergs
(oceano ou lago)
30Profª Isabel Henriques
Quando a taxa de
acumulação de gelo é
equivalente à ablação
o glaciar encontra-se
em equilíbrio.
Se a taxa de
acumulação for
superior à da
ablação o glaciar
avança.
Se a taxa de
acumulação for
inferior à da
ablação o glaciar
recua.
31Profª Isabel Henriques
http://highered.mcgraw-
hill.com/olcweb/cgi/pluginpop.cgi?it=swf::640::480::/sites/dl/free/0072402466/30425/12_06.swf::
Fig.%2012.6%20-20Glacier%20Basics
32Profª Isabel Henriques
“Los Glaciares se muevem” ± 3 min
Profª Isabel Henriques 33
http://phet.colorado.edu/sims/glaciers/glaciers_en.jar
http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo/flash/18_1.swf
Explorar em casa
Zona de Acumulação
34Profª Isabel Henriques
Crevasses
35Profª Isabel Henriques
Blocos
36Profª Isabel Henriques
Moreia lateral
37Profª Isabel Henriques
Moreia terminal
38Profª Isabel Henriques
Os glaciares são importantes agentes erosivos,
transportando elevadas quantidades de sedimentos de
diferentes granulometrias.
A erosão provocada pelos glaciares depende de diversos
factores:
Profª Isabel Henriques 39
velocidade de deslocação do
glaciar;
espessura do glaciar;
composição;
forma e abundância do material
rochoso transportado;
resistência das rochas que
constituem o fundo do vale.
A erosão glaciar pode ocorrer pela:
Remoção de blocos das paredes dos vales, alguns de
elevadas dimensões, que são triturados e
transportados, por vezes, para longas distâncias,
podendo originar blocos erráticos.
Os blocos são consequência da água que se infiltra nas
fendas e, sofrendo ciclos de gelo e degelo, fragmenta
as rochas.
Profª Isabel Henriques 40
A erosão glaciar pode ocorrer pela:
Abrasão das rochas, causada pela fricção do gelo e de fragmentos de rochas transportados pelo gelo, responsáveis pelo polimento e formação de estrias e sulcos no substrato.
As rochas estriadas fornecem indícios sobre o movimento e são uma das principais evidências da presença de glaciares no passado.
A abrasão e o polimento pelo glaciar podem formar rochas aborregadas.
Profª Isabel Henriques 41
Rochas estriadas
Profª Isabel Henriques 42
A erosão glaciar pode ocorrer pela:
O material rochoso triturado, formam sedimentos de
grão fino que são transportados em suspensão pela
água do degelo, conferindo-lhe tom leitoso.
Profª Isabel Henriques 43
Abração: A abração é uma espécie de lixamento das
rochas do leito sobre o qual o gelo passa,
produzido pelo atrito de fragmento de rochas de
vários tamanhos.Causada
Torrente Sub-Glaciar
Rochas Estriadas
Farinha Glaciária Águas do degelo
um aspecto leitosoConfere
44Profª Isabel Henriques
O material transportado pelos glaciares pode ser
depositado sob a forma de moreias.
Existem diversos tipos de moreias que, dependendo
da sua localização, podem ser:
Profª Isabel Henriques 45
Tipos de Moreias
Fundo Lateral Frontal Medianas Terminal
Tipos de Moreias
Fundo
Lateral
Frontal
Medianas
Terminal
46Profª Isabel Henriques
Formada pela deposição de material debaixo do
gelo do glaciar, em contacto com o substrato;
Tipos de Moreias
Fundo
Lateral
Frontal
Medianas
Terminal
47Profª Isabel Henriques
forma-se nos lados do glaciar, na proximidade das
vertentes, por incorporação do material que sofreu
abrasão ou que foi fragmentado pelos ciclos de gelo
e degelo da água.
Tipos de Moreias
Fundo
Lateral
Frontal
Medianas
Terminal
48Profª Isabel Henriques
O material transportado na frente glaciar é
desviado para jusante, formando um depósito
proeminente.
Tipos de Moreias
Fundo
Lateral
Frontal
Medianas
Terminal
49Profª Isabel Henriques
Forma-se quando as moreias laterais de dois
glaciares alpinos se fundem, passando a localizar-se
no centro do glaciar.
Tipos de Moreias
Fundo
Lateral
Frontal
Medianas
Terminal
50Profª Isabel Henriques
Ocorre quando o glaciar recua, deixa uma moreia
que marca o maior avanço do glaciar.
Pode originar-se uma barragem e formar um lago
onde se acumula a água do degelo.
O material, transportado pelos
glaciares, não consolidado, mal
calibrado (composto por materiais de
diferente granulometria) e muito
anguloso, designado por till.
Quando aquele material consolida
forma os tilitos, que constituem uma
das principais evidências da ocorrência
de glaciações num passado remoto.
Profª Isabel Henriques 51
Till
Tilitos
Relevo Glaciar Alpino
52Profª Isabel Henriques
Relevo Glaciar Alpino
53Profª Isabel Henriques
Arestas - Também são designadas por arêtes (origem francesa).
Resultam da intensa erosão dos glaciares e formam cristas agudas entre
os circos ou vales glaciares.
Relevo Glaciar Alpino
54Profª Isabel Henriques
Circos - Depressões que se formam na cabeceira de muitos vales
glaciários, em resultado da acumulação de espessos mantos de neve e
gelo. Possuem frequentemente uma forma circular, em cone invertido.
Relevo Glaciar Alpino
55Profª Isabel Henriques
Horns- A combinação de três ou mais circos pode formar picos
piramidais.
Relevo Glaciar Alpino
56Profª Isabel Henriques
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
57Profª Isabel Henriques
Aquando do degelo, os circos glaciares podem ser
ocupados por lagos de circo que preenchem a depressão
cónica.
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
58Profª Isabel Henriques
Quando o glaciar recua, deixa a descoberto uma série de vales
tributários elevados vale suspenso.
A base destes vales possui uma cota superior ao vale principal,
sendo frequente identificar-se quedas de água.
Vale da Candeeira, suspenso na
margem direita do rio Zêzere.
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
59Profª Isabel Henriques
O glaciar escava um vale em U, erodindo a base e as paredes
abruptas do vale como, por exemplo, o vale glaciário do rio
Zêzere.
Distingue-se dos vales em V, cavados pelos cursos de água.
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
60Profª Isabel Henriques
O recuo dos glaciares deixa moreias, formada pela junção de
moreias laterais dos glaciares.
Moreia mediana do Espinhaço de Cão – Algarve (Faro)
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
61Profª Isabel Henriques
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
62Profª Isabel Henriques
Vestígios do Relevo Glaciar Alpino
63Profª Isabel Henriques
Profª Isabel Henriques 64
Materiais resultantes da
erosão glaciar
Blocos erráticos
Rochas estriadas
Tilitos Moreias
Frontais Terminais De fundo Laterais Medianas
65Profª Isabel Henriques
66Profª Isabel Henriques
“Que pasaria si los Glacires se siguem derritiendo”
Não existe nenhum glaciar actual em
Portugal, mas é possível encontrar vestígios
da sua presença.
Em Portugal são conhecidos apenas
vestígios da glaciação Würm, havendo
duas explicações possíveis para este facto:
a glaciação de Würm apagou os vestígios de
glaciações anteriores;
as glaciações anteriores do Quaternário não
afectaram o nosso território.
Glaciação de Würm - Teve lugar durante a última parte
do Pleistoceno, de aproximadamente 110 000 a 10 000
antes do presente e é a mais conhecida das glaciações
antropológicas.
Profª Isabel Henriques 67
Os principais vestígios da
glaciação Würm, que teve o pico
máximo em Portugal há cerca de
18 000 a 20 000 anos, encontram-
se na Serra da Estrela.
Estes vestígios constituem um
importante marco da paisagem,
e caracterizam-se pela presença:
de vales em U,
moreias,
blocos erráticos,
rochas com polimento e estrias.
Profª Isabel Henriques 68
Para além da Serra da
Estrela, é possível
encontrar vestígios
glaciares em diversas
serras, nomeadamente:
Serra do Gerês,
Serra da Peneda,
Serra da Cabreira.
Profª Isabel Henriques 69
Estes vestígios também resultaram da última glaciação do Quaternário, com destaque para:
Alto Vale do Vez (Serra da Peneda), que possui uma forma próxima do U, com blocos erráticos, rochas polidas e estrias;
O circo glaciário de Covões de Concelinho;
A Lagoa do Marinho com depósitos glaciários, ambos na Serra do Gerês.
Profª Isabel Henriques 70
Foram descritas diversas glaciações no Pré-Câmbrico entre 2000 e 600 M.a., baseadas no estudo dos tilitos.
Durante o Quaternárioocorreram quatro glaciações: Gunz, Mindel, Riss e Würm.
A alternância entre glaciações e períodos interglaciares foi relativamente rápida à escala geológica, e provocou profundas modificações no relevo da Terra.
Actividade 3, página 176
Profª Isabel Henriques 71
Durante as glaciações pode ocorrer:
diminuição da temperatura média;
descida do limite da neve permanente, principalmente nas regiões montanhosas, com desenvolvimento dos glaciares alpinos e consequente descida do limite da floresta;
formação ou reforço dos glaciares continentais, principalmente nas latitudes mais próximas dos pólos;
descida significativa do nível médio do e arrefecimento geral da água, com impactes importantes nos seres vivos;
modificações no relevo e ambiente que obrigaram à migração/selecção dos seres vivos.
Profª Isabel Henriques 72
Encontramo-nos actualmenteno fim de um período interglaciário, o que significa que uma nova glaciação poderá surgir nos próximos milhares de anos.
Esta alternância faz parte de um ciclo natural.
Mas os cientistas ainda não compreendem totalmente a influência da intensificação do efeito de estufa, causado pela acção humana, e o padrão climático previsto para a Terra.
Profª Isabel Henriques 73
Profª Isabel Henriques 74
Variaçõesclimáticas
Paleoclimas
Testemunhos de paleoclimas
Biológicos(Tema II)
Geológicos
Mecanismos
Astronómicos GeoquímicosDinâmica Terrestre
Geometria dos continentes e
oceanos
Actividade Vulcânica (10º Ano)
75Profª Isabel Henriques
A Terra tem sofrido variações climáticas desde a sua
génese até à actualidade.
Muitas dessas modificações são o resultado de
alterações geográficas ligadas a mecanismos da
geodinâmica interna e externa.
Variaçõesclimáticas
Paleoclimas Mecanismos
76Profª Isabel Henriques
Causas da variação climática
Mecanismos Astronómicos
Ciclos de actividade
solar
Variações da órbita terrestre
MecanismosGeoquímicos
Dinâmica Terrestre
77Profª Isabel Henriques
Mecanismos AstronómicosOs ciclos de Actividade Solar
A temperatura da Terra depende das radiações solares.
As radiações têm origem nas manchas solares que são zonas escuras sobre a superfície do Sol.
O tamanho das manchas solares pode ser várias vezes superior ao diâmetro da Terra, podem cobrir uma área de 700 vezes a área da superfície da Terra.
78Profª Isabel Henriques
Qual a relação das manchas solares e a temperatura da Terra?
1908, George Hale demonstrou que as manchas solares estão associadas a fortes campos magnéticos.
O aumento das manchas solares
Aumento da quantidade de luz sol a ser absorvida pela atmosfera e
pela superfície terrestre
Aumento da Temperatura.
79Profª Isabel Henriques
Actividade CTS&A 1 (página 179)
Mecanismos Astronómicos
Ciclos de Milankovitch / variações da órbita terrestre:
Seculo XX Milutin Milankovitchcalculou as variações de insolação da Terra, resultantes dos movimentos de translação e rotação do nosso planeta.
Milankovitch propôs três factores:
1. Inclinação do Eixo de Rotação da Terra (Obliquidade).
2. Forma da Órbita Terrestre (Excentricidade).
3. Precessão.
80Profª Isabel Henriques
Mecanismos Astronómicos
1. Obliquidade - Inclinação
do Eixo de Rotação Terrestre:
Varia desde 21,5º e 24,5º num
ciclo de 41 000 anos.
Com o aumento da inclinação
as estações ficam mais
rigorosas em ambos os
hemisférios.
81Profª Isabel Henriques
http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo/flash/18_2.swf
Mecanismos Astronómicos
2. Excentricidade – Variação na Forma da Órbita da Terra:
Afecta o rigor das estações do ano.
Em cada 100 000/ 400 000 anos a órbita do nosso planeta sofre variações.
Excentricidade varia desde 0,5% (órbita circular) até 6%.
Com excentricidade máxima intensificam-se as estações de um hemisfério e modera-se no outro.
Excentricidade 5 %
Excentricidade 0 %
82Profª Isabel Henriques
http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo/flash/18_2.swf
Mecanismos Astronómicos
3. Precessão:
Durante a rotação, a Terra oscila ligeiramente no seu eixo de rotação, em ciclos de aproximadamente 23 000 anos.
As estações do ano ficam mais rigorosas quando a máxima inclinação do eixo terrestre coincide com a máxima distância do Sol.
83Profª Isabel Henriques
http://www.wwnorton.com/college/geo/ege
o/flash/18_2.swf
Precessão
84Profª Isabel Henriques
Mecanismos Astronómicos
Ciclos de Milankovitch / variações da órbita terrestre:
Profª Isabel Henriques 85
http://www.botanicasp.org.br/educacao/mil
ankovitch.html
http://highered.mcgraw-
hill.com/sites/0073369365/student_view0/c
hapter16/milankovitch_cycles.html
Mecanismos Astronómicos
Impactos Cósmicos:
Impactos sobre continentes
Levantamento de nuvens de poeira e cinzas
Luz solar não atravesse a atmosfera
Regiões da Terra ficam na escuridade
Diminuição da temperatura
Exemplo: Há 66 M.a. Entre o Cretácico para o
Terciário provocou a extinção de dinossáurios e
amonites.
Cratera de Impacto - EUA
86Profª Isabel Henriques
http://natgeo.clix.pt/pt/o-universo-que-
conhecemos/videos/episdios-na-web-impactos-csmicos
Factores de Natureza Geoquímica
Os dados geológicos e biológicos apontam para a influência da composição química da atmosfera nas variações climáticas.
Estudos a partir de perfurações na Antárctida e na Gronelândia permitiram obter amostras de gelo com bolhas de ar aprisionadas. O estudo destas bolhas permite obter dados acerca da composição da atmosfera no momento em que o gelo se formou.
Profª Isabel Henriques 87
As prospecções no gelo decorrem desde
1960. Para datarem o gelo, é necessário
contar cuidadosamente as suas finas
camadas.
Em 1990 atingiu-se os 2755 m de
profundidade, correspondente a
160 000 anos.
Actividade 4 página 182
Factores de Natureza Geoquímica
O dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) são
dois gases que contribuem para o efeito de estufa,
pois retêm a radiação infravermelho na atmosfera,
reduzindo as perdas para o espaço.
Quando o teor destes gases é alta / baixa
verifica-se um aumento /diminuição da temperatura
Período interglaciário / Período glaciário
Profª Isabel Henriques 88
Actividade página 179
Factores de Natureza Geoquímica
Nos primórdios da Terra, a concentração de CO2 atmosférico
era superior, sendo responsável pelo clima quente.
A formação de vastos depósitos de carvão e hidrocarbonetos,
bem como rochas carbonatadas, permitiu a remoção de parte
do CO2 atmosférico, impedindo que a Terra aquecesse.
Profª Isabel Henriques 89
Factores de Natureza Geoquímica
Os cálculos indicam que os gases com efeito de estufa
possuem um papel importante no controlo da temperatura da
Terra, podendo contribuir para metade da variação da
temperatura.
Ainda não são bem conhecidas as principais causas do aumento
ou da diminuição cíclica da concentração dos gases com efeito
de estufa.
90Profª Isabel Henriques
http://earthguide.ucsd.edu/earthguide/diagrams/greenhouse/
Factores de Natureza
Geoquímica
A dinâmica terrestre, resultado
da interacção entre a
geodinâmica interna e externa,
é um dos principais factores de
controlo do clima terrestre.
Esta interacção afecta a
absorção/reflexão da radiação
solar e o fluxo de calor no
planeta.
Profª Isabel Henriques 91
Factores de Natureza Geoquímica
Factores que podem determinar os teores de dióxido de
carbono na atmosfera:
A geometria dos continentes e oceanos (alteração na
circulação das correntes oceânicas),
A tectónica de placas - a actividade vulcânica, os fenómenos
de destruição de cadeias montanhosas, os fenómenos de
expansão das dorsais oceânicas.
Os fenómenos de alteração das rochas…
92Profª Isabel Henriques
Factores de Natureza Geoquímica
A actividade tectónica é responsável pela criação do relevo,
que por sua vez influencia o clima, numa relação complexa de
feedback.
Profª Isabel Henriques 93
Factores de Natureza
Geoquímica
A actividade tectónica é
também é parcialmente
responsável pela concentração
de CO2 na atmosfera, pois este
gás é libertado pela actividade
vulcânica e pode ser reciclado
nas regiões de subducção.
Profª Isabel Henriques 94
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/geografia-dinamica/formacao-
dos-continentes.php
http://vodpod.com/watch/4515263-tectnica-
de-placas-animao
Factores de Natureza Geoquímica
Distribuição dos Continentes, dos Oceanos e massa
de gelo
Estes afectam a quantidade de radiação reflectida para o
espaço (albeto).
Profª Isabel Henriques 95
Muitos cientistas sugerem que as
glaciações mais importantes ocorreram
quando as massas continentais se
encontravam próximas dos pólos.
Pelo contrário, quando os
continentes se localizavam próximo do
equador, a formação de glaciares era
inferior.
Factores de Natureza Geoquímica
Geometria dos Continentes
A geometria dos continentes influencia a circulação oceânica.
Nos oceanos existem correntes marítimas que condicionam o clima em algumas regiões.
Ex: corrente quente do Golfo
Por vezes, estas correntes sofrem alterações na sua temperatura ou percurso.
Ex. ENSO (El niño) que aumenta a temperaturas das água do Oceano Pacífico entre 5º a 10º C.
Profª Isabel Henriques 96
Factores de Natureza Geoquímica
Geometria dos ContinentesO clima na Europa é influenciado pela corrente quente do
Golfo. Esta circulação oceânica é fundamental para tornar o
clima mais ameno na Europa.
Num período glaciar, a evaporação é reduzida, diminuindo a
salinidade e bloqueando a circulação. Nesta situação, a calote
polar expande-se no Norte.
Profª Isabel Henriques 97
Profª Isabel Henriques 98
RESUMO As variações climáticas são um tópico de investigação
complexo que tem sido intensamente estudado nas últimas décadas.
Se a temperatura do planeta for baixa pode permitir a acumulação de gelo nos continentes e formar glaciares.
Os glaciares são massas de gelo que se deslocam em resultado da acumulação de gelo, sob o efeito da gravidade.
O estudo dos glaciares e dos vestígios deixados pela actividade glaciar (morfologia, depósitos sedimentares, rochas estriadas e polidas, etc.) permite reconstituir os paleoambientes e assim reconstituir as variações climáticas ao longo do tempo geológico.
Existem diversos mecanismos associados às variações climáticas, nomeadamente os mecanismos astronómicos, geoquímicos e os que estão directamente ligados à dinâmica terrestre.
Profª Isabel Henriques 99
A Terra antes do Aparecimento do Homem.
Paleoclimas e o Impacto da Dinâmica Litosféricanas Mudanças Climática.
Profª Isabel Henriques 100