Aerodinamica Experimental P1

Post on 07-Feb-2016

15 views 0 download

description

Aerodinamica

Transcript of Aerodinamica Experimental P1

Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia

Aerodinâmica Experimental Engenharia Aeroespacial

Aula Prática 01

Eficiência do Difusor

Prof. Guilherme de Souza Papini

Alunos: Arthur Izumi

Guido Marioza

Paulo Ramos

Renato Mendes

Rogério Guahy

Belo Horizonte

Agosto de 20141.0. Introdução

A atividade experimental 01, realizada no dia 12 de agosto, teve como objetivo introduzir a técnica de medição da eficiência do difusor utilizando-se a recuperação da pressão estática como parâmetro de eficiência.

2.0. TeoriaO propósito do difusor é reduzir a velocidade do escoamento enquanto aumenta a pressão estática. Um difusor converte pressão dinâmica em estática. O principal difusor em um túnel está localizado imediatamente a jusante da seção de teste e a sua capacidade para executar eficientemente a conversão é importante para minimizar a potência requerida para se atingir a velocidade de ensaio especificada. Para manter o comprimento físico num mínimo, as paredes do difusor devem divergir com o maior ângulo admissível. O risco neste processo é o de ocorrer separação da camada limite nas paredes do difusor, cujo efeito é caracterizado por uma severa queda de pressão no processo de conversão. Este mesmo problema é encontrado no projeto de motores a jato, onde um difusor é requerido entre o compressor e a câmara de combustão, e por ser curto, torna-se determinante na concepção do motor quanto ao tamanho e peso. Um difusor curto e bem angulado pode ser utilizado se um separador ou divisor é instalado no seu interior, cada um tendo um ângulo de divergência menor. A recuperação da pressão estática, ou o aumento da pressão estática entre a entrada e a saída do difusor, é um parâmetro de desempenho comumente utilizado. A recuperação de pressão estática ideal é uma função apenas da razão das áreas da saída pela entrada. Este é o padrão de comparação para se determinar a eficiência do difusor.

3.0. Infraestrutura

Tabela 1- Material utilizado

Equipamentos Túnel de vento de circuito de fechado de baixa velocidade;

Medidores Banco de manômetros e/ou scanvalves;

Sensores Tubo de Pitot instalado na seção de maior velocidade do difusor

4.0. Procedimento experimental

No presente ensaio, executaram-se as seguintes sequências de operação, com o túnel em funcionamento:

(i) Gravação da pressão total (Pt7) e pressão estática (Ps6) na seção de maior velocidade do difusor, para cada operação do túnel;

(ii) Gravação das pressões estáticas médias (04 tomadas por seção transversal, interligadas) para as cinco localizações, conforme desenho esquemático (Figura 1); e

(iii) Verificação da instabilidade nas leituras de pressão estática, a fim de identificar algum sinal de afluência.

Observa-se que a tomada de pressão estática do tubo de Pitot deverá permanecer alinhada às tomadas de pressão estática instaladas na parede da seção transversal 1.

Figura 1 – Desenho esquemático das seções 1 a 5 do túnel fechado da UFMG

4.1. Lista de Equações

Tabela 2- Material utilizadoParâmetr

o Descrição Modelo

Cpr Coeficiente de recuperação de pressãoPSentrada−PSsaida

qentrada

Cpr,idealCoeficiente de recuperação de pressão ideal

1−( A entradaA saida )2

ηp Eficiência do difusorC pr

Cpr , ideal

Aoct Área da seção reta octogonal Calculado graficamente

Aret Área da seção reta retangular blAquad Área da seção reta quadrada l2

5.0. Dados Coletados

Tabela 3 – Condições ambientesCondições Ambientes

Umidade Relativa 33%Temperatura 23,9 °CPressão Barométrica 935 hPa

Tabela 4 – Pressões estática e totalSeções P. Estática P. Total

0 -17 -3071 -15 -3072 -76 -3063 -131 -2824 -160 -3015 -186 -256

Tabela 5 – Geometria das seções verificadasSeçõe

sGeometri

a L1 L2 L3 L4 L5 L6 L7 L80 octogonal 0,74 0,32 0,55 0,32 0,74 0,32 0,55 0,321 octogonal 0,89 0,23 0,70 0,23 0,89 0,23 0,70 0,232 retangular 1,28 1,13 1,28 1,13 X X X X3 retangular 1,38 1,27 1,38 1,27 X X X X4 retangular 1,49 1,43 1,49 1,43 X X X X5 quadrada 1,59 1,59 1,59 1,59 X X X X

L1 L1

Figura 2 – Seções 0 e 1 Figura 3 – Seções 2, 3 e 4 Figura 4 – Seção 5

6.0. Resultados

L2

L3

L4

L5L6

L7

L8 L1

L2

L3

L4 L2

L3

L4

Tabela 6 – Pressões dinâmicas calculadasSeções P. Estática P. Total P. Dinâmica

0 -17 -307 -2901 -15 -307 -2922 -76 -306 -2303 -131 -282 -1514 -160 -301 -1415 -186 -256 -70

Tabela 7– Áreas calculadasSeçõe

s Áreas (m²) H/W 0 1,106 8,4/101 1,093 8,4/102 1,446 8,8/103 1,753 9,2/104 2,131 9,6/105 2,528 10/10

0 1 2 3 4 5

1.106 1.093

1.4461.753

2.131

2.528

Seção X Área

Seção

Área

Gráfico 1 – Seção X Área

Tabela 8 – Coeficientes de recuperação e eficiências calculados

Trechos Cpr

Cpr_ideal Cpr/Cpr_i

1-2 -0,209 0,428 48,77%2-3 -0,239 0,320 74,82%3-4 -0,192 0,323 59,40%4-5 -0,184 0,289 63,71%1-5 -0,586 0,813 72,03%

1-2 2-3 3-4 4-5 1-5

48.77%

74.82%

59.40%63.71%

72.03%

Trecho X Eficiência do Difusor

Trecho

ηp

Gráfico 2 – Trecho X Eficiência do Difusor (ηp)

7.0. Conclusões

Observamos que somente o trecho 2-3 apresentou uma eficiência do difusor satisfatória (>70 %), embora a eficiência de todo difusor (trecho total 1-5) esteja apresentando um valor considerado bom.Tal fato denotaria, caso possível, uma revisão no projeto do túnel, de modo a modificar algumas de suas seções retas. Nota-se que foi tomada apenas uma tomada por seção e não foram utilizadas as Scanvalves. Pode-se verificar os resultados realizando esses procedimentos em uma análise posterior.

8.0. Bibliografia

ANDERSON Jr., John D. Fundamentals of Aerodynamics, 5th Edition, McGraw-Hill, Boston, 2005. 71 p.

FOX, Robert W. Introdução a Mecânica dos Fluidos, 7ªed, LTC, Rio de Janeiro, 2011. 397 p.

PAPINI, Guilherme de Souza. Notas de aula – Concepção e Construção de Túnel de Vento, UFMG, 2014.