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AGRONEGÓCIO: SUPERANDO
OBSTÁCULOS PARA O
ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO
José Vicente Caixeta Filho Professor Titular
Dep. de Economia, Administ. e Sociologia ESALQ - Universidade de São Paulo
jose.caixeta@usp.br
São Paulo, 07 de maio de 2013
Agenda
conceitos básicos de logística
armazenagem de cargas
transporte de cargas
expectativas do mercado
O termo logística é derivado do grego “λόγος” = logos (“razão”, “arte de calcular”) e do francês loger (“acomodar”, “alojar”).
LOGÍSTICA...
A LOGÍSTICA MUNDO AFORA...
“ ... planejamento e operação dos sistemas físicos, informacionais e gerenciais necessários para que
insumos e produtos vençam condicionantes espaciais e
temporais de forma econômica”
Fonte: Daskin (1985)
LOGÍSTICA...
PRINCIPAL IMPACTO ESPERADO A
PARTIR DE UMA “BOA” LOGÍSTICA:
PRINCIPAL ESTRATÉGIA ASSOCIADA À
“BOA” LOGÍSTICA:
diluição do valor dos custos fixos (CF)…
Fonte: Lean Institute Brasil
o economias de escala;
o eficiência de processos / baixa ociosidade;
o organização;
o sincronia / integração das atividades.
CAMINHOS POSSÍVEIS QUE FACILITAM
A DILUIÇÃO DE CUSTOS FIXOS:
PECULIARIDADES DAS CARGAS
AGRÍCOLAS:
o perecibilidade x altos riscos (devido a fatores de natureza biológica, climática etc.)
o sazonalidade da produção (e do consumo, em alguns casos)
o longas distâncias separando pontos de produção e de consumo
o baixo valor agregado
o mercados (altamente) concorrenciais
ARMAZENAGEM
DE CARGAS
Cenário Atual de Comercialização
Escoamento Concentrado
Benefícios de infra-estrutura adicional à disposição do
agronegócio
Preço
Colheita
Custos Logísticos
Alongamento do Escoamento
Preço
Colheita
Custos Logísticos
ARMAZÉNS
BENEFÍCIOS DA ARMAZENAGEM
Fonte: NovaAgri
NOVAS ESTRUTURAS DE
ARMAZENAGEM
TRANSPORTE
DE CARGAS
DIMENSÃO (EM KM) DO SISTEMA VIÁRIO
BRASILEIRO
13.00020.00030.000
200.000
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
Rodoviaspavimentadas
Ferrovias
Dutovias
Hidrovias
km
Fontes: ANTT; Ministério dos Transportes ; ANTAQ; Transpetro
Fonte: CNT
COMPARAÇÃO COM AS MATRIZES DE
TRANSPORTES DE DIFERENTES PAÍSES
CARACTERÍSTICAS DOS MODAIS DE TRANSPORTE
mais flexível (porta-a-porta); custo variável alto e custo fixo baixo; não é “dono” nem responsável pela manutenção da rodovia
custo fixo alto e custo variável baixo; grandes volumes e longas distâncias; baixa flexibilidade; é normalmente “dono” e responsável pela manutenção da ferrovia
cargas volumosas de baixo valor agregado; baixas velocidades; longas distâncias; menor consumo de combustível; custo fixo alto; baixa flexibilidade
cargas fracionadas de alto valor agregado; altas velocidades; longas distâncias; maior consumo de combustível; custos fixo e variável altos; média flexibilidade
cargas líquidas, gasosas ou minerais; grandes volumes e médias distâncias; custo fixo alto e custo variável baixo; baixa flexibilidade; responsável pela manutenção da dutovia
Produto Origem Destino Distância (km)
soja Campo Novo (RS) Porto Velho (RO) 3.283
milho Nova Mutum (MT) Maraú (RS) 2.037
açúcar Barra do Bugres (MT) Santos (SP) 1.801
arroz Bagé (RS) Ilhéus (BA) 3.017
carne Itaporã (MS) Recife (PE) 3.595
algodão Diamantino (MT) Natal (RN) 3.616
fertilizante Paranaguá (PR) Nova Olímpia (MT) 2.013
LONGAS DISTÂNCIAS SENDO VENCIDAS PELO
TRANSPORTE RODOVIÁRIO…
Fonte:
Fonte: Pesquisa CNT de Rodovias 2011 (92.747 km)
CONDIÇÕES DAS VIAS...
PEDÁGIOS…
CONGESTIONAMENTO NAS
ÉPOCAS DE SAFRA...
MUDANÇAS ESTRUTURAIS
RECENTES
o privatização de rodovias;
o concessão da Rede Ferroviária Federal;
o expansão da navegabilidade de hidrovias;
o modernização do sistema portuário nacional.
NOVOS
CORREDORES DE
TRANSPORTE
R. Amazonas
Rio Branco
Porto Velho
Caracas
Georgetown
Paramaribo
Manaus Santarém
Guri
BR-163
BR-364/070
Itaituba
Belém
Estreito
Miracema
Aruanã
Itaqui
Marabá
Tucuruí
Caiena
Boa Vista
BR-174
Alta Floresta
EUA Europa
Hidrovia do Madeira
Vilhena
Cuiabá
Uberlândia
Sepetiba
Rio Branco Rio Branco
Campos Rio Grande
Natal João Pessoa
Pecém
Maceió
Recife Suape
Fortaleza
Petrolina
Aracaju
XINGÓ
Salvador
Belo Horizonte Tietê
Osório
Santos
ARGENTINA URUGUAI
PARAGUAI
BOLÍVIA
Itaipú
Corumbá
Paranaguá
Porto Alegre
São Paulo Hidrovia
Tietê-Paraná
Campo Grande
Florianópolis
Macapá
PORTOS
FERROVIAS
HIDROVIAS
RODOVIAS
ACESSOS
o dono da carga = dono da logística;
o maior poder de barganha dos embarcadores, em relação aos transportadores;
o operações de frete de retorno.
NOVOS PARADIGMAS…
Area potential
Area plantada
Soja
Fluxo de fertilizantes
Fluxo da soja
RR
MG
AC
PA
AP
MS
MT
AM
BA
MA
TO
ES
RJ
SP
SC
PR
RS
AL
SE
CE RN
PE
PB
GO
PI
L.E.Magalhães
Rondonópolis
Cuiabá
Luziânia
Santarém
RO
Rio Grande
Paranaguá
São Luis
Santos
São Francisco do Sul
Vitória
Novos silos
Silos atuais Ilhéus
Misturadoras
Minas de fosfatos
Fonte: Bunge
POTENCIAL PARA FRETES DE RETORNO (BACK-HAULING OPERATIONS)
Fonte:
Ótimo de Pareto: é uma situação onde se consegue a melhoria em uma situação em detrimento de outra.
SITUAÇÃO
INICIAL
NOVA
SITUAÇÃO
Frete = R$ 55,00/t
Frete = R$ 50,00/t
Frete = R$ 55,00/t
Frete = 50 + 15 = R$ 65,00/t
Frete = R$ 55,00/t
Frete = R$ 15,00/t
EXPECTATIVAS DO MERCADO
o incremento do nível (qualidade) do serviço de transporte rodoviário;
o resgate da credibilidade das ferrovias (perdida durante o período de monopólio público);
o expansão das atividades hidroviárias; o expansão das atividades dutoviárias (para o álcool,
particularmente); o aumento da capacidade e da eficiência dos terminais
portuários; o consolidação do modelo intermodal de transporte em áreas
mais remotas (Norte e Centro-Oeste); o expansão do sistema de armazenamento (inclusive para fins
de regulação de estoque); o organização administrativa das empresas do agronegócio
abrangendo um número cada vez maior e diversificado de cargas (matérias primas e produtos);
o maior seriedade/profissionalismo/conscientização quando da avaliação dos impactos ambientais decorrentes de intervenções logísticas.
Referência citada: Daskin, M.S. “Logistics: an overview of the state of the art and perspectives on future research”, Transportation Research - A, v.19A, n.5/6, p.383-393, 1985. Fontes de dados utilizadas: ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários (antaq.gov.br) ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres (antt.gov.br) CNT – Confederação Nacional do Transporte (cnt.org.br) CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento (conab.gov.br) COPERSUCAR - Cooperativa de Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (www.copersucar.com.br) EPE – Empresa de Pesquisa Energética (epe.gov.br) ESALQ-LOG – Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (log.esalq.usp.br) LEAN INSTITUTE BRASIL (lean.org.br) Ministério dos Transportes (transportes.gov.br) NovaAgri Infra-Estrutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola (novaagri.com.br) SIFRECA – Sistema de Informações de Fretes (sifreca.esalq.usp.br) Transpetro – Petrobras Transporte (www.transpetro.com.br) Bibliografia de apoio:
José Vicente Caixeta Filho Depto. de Economia, Administração e Sociologia - ESALQ/USP
Av. Pádua Dias, 11
13418-900 - Piracicaba - SP
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