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8/11/2019 Allegra Gray - Sombra de Um Escndalo (CH 441)
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Sombra de um Escndalo
tra!al o 'ue eu encontre, deve ser em um local onde meu tion$o pense em procurar por mim. /u poderia ser umaovernanta.
+ / cuidar da casa e dos 6l os de outra pessoa9 / seforem mimados ou mal-educados9
+ A , ea. /u amo crianas+ Mas Liz, voc1 ac a 'ue tem %eito para ser overnanta9
>oc1 ) um tanto ca!ea-dura, ainda 'ue eu a ame por isso...7reio 'ue esse tipo de caracterstica se%a malvisto emovernantas.
+ Ten o certeza de 'ue posso superar esse meu defeito.2$o posso mais me dar o lu o de escol er muito. Masprovavelmente terei o mesmo pro!lema para arran%arrefer1ncias.
+ Muito provavelmente. #e uma costureira precisa derefer1ncias, ima ine o 'ue... /spere /u con eo a pessoaperfeita para acol 1-la. /la pode recon ecer voc1, mas ) umaalma caridosa. Andei ouvindo, em um c &, outro dia, 'ue elaestava ansiosa por contratar uma !oa overnanta. /la vive nocampo, ent$o ) menos prov&vel 'ue voc1 se%a vista.
+
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Sombra de um Escndalo
'uase o tempo todo, o 'ue deve prote 1-la dos ol os maisperi osos.
+ Mas e se Ale tiver contado a ela so!re mim9+ 0ouco prov&vel. #e ele n$o 'uer ter o nome envolvido
com o seu em um escBndalo, por 'ue faria isso9 /leprovavelmente %& se es'ueceu disso tudo.
Liz n$o estava t$o certa so!re a'uilo, mas, como n$opodia pensar em op$o mel or, e como a ideia de dei ar acidade por um tempo tin a um forte apelo, concordou com oplano.
/m 'uest$o de oras, eatrice enviava uma mensa ema, lad" Drums!" atestando sua total idoneidade para o postode overnanta.
/, como era possvel 'ue lad" Drums!" a recon ecessede 'ual'uer maneira, Liz concordou 'ue ea revelasse seuverdadeiro nome. Apenas rezava para 'ue a m$e n$odesco!risse tudo, pois lad" Medford tomava o status deno!reza com !astante seriedade.
0assou os dias se uintes na e pectativa por umaresposta. 7omo mal podia passear pelas ruas de Londres semser vista, Liz se manteve na casa. ea tin a mais li!erdade e,com a a%uda de 7 arit", conse uira trazer mais dois de seusvestidos, em!ora am!os tivessem sidos tin idos de cinzaaps a morte do pai dela.
+ #e vai tra!al ar como overnanta, precisa se parecercom uma + disse ea en'uanto a a%udava a remover os laos'ue devam aos tra%es sua (nica apar1ncia mais moderna. + Anotcia so!re seu desaparecimento ainda n$o c e ou 3cidade. #ua irm$ diz 'ue a famlia mant)m o fato em se redo,esperando encontr&-la lo o e pEr 6m 3 situa$o. * escBndaloseria enorme. /u, ) claro, %urei 'ue n$o sa!ia de nada. MasLiz, ac a 'ue est& fazendo a coisa certa9+ 2$o ten o d(vida disso.
+ #e ) assim... + ea deu-l e um tapin a no !rao.0or 6m, as !oas notcias c e aram: lad" Drums!" estava
interessada em entrevist&-la=mediatamente, ea a a%udou a fazer as malas, e Liz
comprou uma passa em na carrua em de alu uel 'uepartiria na man $ se uinte.
#uspirou conformada. 2$o via mais coc es lu uosos emseu futuro.
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Sombra de um Escndalo
A despeito de ter sado cedo da casa de ea, era 'uasenoite 'uando a carrua em se apro imou de Darden Home, apropriedade pertencente 3 irm$ do du'ue de eaufort e seumarido. 4ado o nome simples, Liz esperava um terrenoa rad&vel, por)m modesto. /m vez disso, o coc e passou porvastas relvas !em aparadas e, por 6m, avizin ou-se a umamans$o espal ada 'ue parecia um con lomerado de todos osestilos ar'uitetEnicos 'ue a =n laterra con ecera nos (ltimos'uatro s)culos.
ateu 3 porta, na entrada traseira da casa, tr1mula.Cma criada veio atend1-la e a analisou de cima a!ai o.+ #im9+ /stou a'ui para uma entrevista de empre o.A moa modi6cou a e press$o para outra de maior
respeito.+ #im, madame. Lad" Drums!" ima ina 'ue este%a
cansada da via em. 4evo mostrar-l e um 'uarto e suaentrevista ser& pela man $, !em cedo. 0or a'ui.
Liz mordeu o l&!io, desacostumada a ser tratada comtanta casualidade pela criada em, mas se uiu a criada aolon o de um corredor. /ra mel or 'ue se adaptasse lo o, %&'ue a posi$o de overnanta estava acima da dosempre ados...
Ainda 'ue !em a!ai o da 'ue con ecera por tantosanos.
Liz acordou cedo e %& estava totalmente vestida, paran$o mencionar ansiosa, 'uando a criada !ateu 3 portatrazendo-l e uma !ande%a com o caf) da man $. Aps or&pido des%e%um, ela foi levada at) o sal$o principal.
A moa indicou um pe'ueno !anco, recostado numa dasparedes, pr imo a uma porta 'ue levava, na certa, a outrocEmodo.+ /spere a'ui, por favor.
Liz sentou-se, ima inando como mel or apresentar suaslimitadas 'uali6ca?es.
A criada reapareceu momentos depois.+ Lad" Drums!" vai rece!1-la a ora.Liz dei ou escapar o ar 'ue, n$o avia se dado conta,
estava se urando, e adentrou o sal$o, um recinto a rad&vel,decorado em tons de mar6m e azul-claro. Cma ador&velmorena, al uns anos, mais vel a do 'ue ela, sentava-se 3!orda de uma delicada cadeira, diante de uma escrivanin a.
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#ua apar1ncia tornava a rela$o com o irm$o do du'uerecon ecvel.
7iente de seu novo status social, Liz se curvou numarever1ncia.
+ Milad"... 2$o ima inei 'ue fosse ser entrevistada pelasen ora.
+ Min as crianas s$o muito importantes para mim,'uerida. /ncontrar uma overnanta para elas n$o ) umatarefa 'ue eu %ul ue apropriado con6ar a mais nin u)m.
Liz sorriu, aprovando os sentimentos da mul er.+ /nt$o voc1 ) a #rta. Medford.Liz esitou, rezando para 'ue o nome Medford fosse
comum o su6ciente para 'ue a viscondessa n$o pensasse emassoci&-la 3 6l a do !ar$o de mesmo nome.
+ #im, milad".+ 7erto. em, #rta. Medford, eu normalmente n$o
entrevistaria al u)m sem refer1ncias, mas lad" 0ullin tonsu eriu 'ue convers&ssemos, de modo 'ue encaro isso comouma refer1ncia. Min a (ltima overnanta partiu para cuidarde um parente adoecido. 0ode sentar-se... + A viscondessaesticulou em dire$o a uma pe'uena cadeira, acolc oadaem amarelo p&lido. + 0or favor, conte-me so!re suas'uali6ca?es.
Liz se preparava para !lefar, 'uando a viscondessafranziu a testa.
+ /spere um momento. >oc1 disse 'ue seu nome eraMedford9 >oc1 n$o tem al uma rela$o com... 2$o, n$o podeser. Meu vizin o esteve me contando so!re tudo o 'ueaconteceu nesta temporada, e o nome Medford veio 3 tona,ent$o pensei...
Liz se moveu desconfortavelmente na cadeira.+ #im, milad". #ou a 6l a de lorde Medford.+ 2$o me di a 7omo pode se candidatar a um
empre o de overnanta9 + *s ol os de lad" Drums!"reGetiam seu constran imento.
+ @ uma istria !em lon a. 0or favor, milad", asse uro'ue esse tra!al o me ) necess&rio. Min as condi?es n$o s$omais as mesmas... 0reciso dessa posi$o e amo crianas./stou disposta a tra!al ar duro, a cuidar delas e a ensinar-l es tudo o 'ue sei.
A viscondessa cruzou os !raos e lanou-l e um lon ool ar.
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+ /st& comprometida9+ 2$o, sen ora. Mas min a famlia n$o pode mais
sustentar duas 6l as solteiras, e n$o ten o o dese%o detornar-me um peso 'uando nem ao menos tive aoportunidade de me casar.
Liz esperava 'ue a viscondessa n$o fosse adiante aoassunto, pois e plicar 'ue avia recusado a escol a da famliapor um pretendente n$o se reGetiria !em em seu car&ter, n$oimportando o 'uanto a!usivo este fosse. /ra mel or dei ar'ue lad" Drums!" pensasse 'ue era um tremendo 6asco naseara do casamento.
+ 7ompreendo. Lamento sa!er so!re o infort(nio de suafamlia. >oc1 con ece as responsa!ilidades de umaovernanta9 0ouco se comparam 3s da vida 'ue voc1costumava levar.
+ #im, milad". /u con eo.+ em, se voc1 foi criada na sociedade, n$o posso
censurar sua educa$o. Meus 6l os s$o ainda muitope'uenos, mas 'uero dei &-los e postos 3 !oa moral e aoaprendizado.
+ 2o meu caso, tive tudo do mais apropriado, milad".+ >ou dar-l e o empre o em re ime de e peri1ncia. #e,
aps um perodo de tr1s meses, as crianas e eu ac armos'ue serve... >oc1 6ca.
Liz sorriu enuinamente.+ *!ri ada, milad". 2$o vou desapont&-la.+ Ktimo. icarei muito feliz com a sua a%uda 3s crianas,
pois estou esperando convidados para uma noite pr ima.Cma pe'uena festa na casa durante a visita de meu irm$o.
* estEma o de Liz revirou, mas ela conse uiu manterum sorriso. Ale ain!rid e estaria vindo * omem diante do'ual ela avia se umil ado. A'uele 'ue poderia faz1-la serdespedida com apenas uma palavra.
Ale deu com as esporas no cavalo, atravessando ocampo a!erto. * aran $o !alanou a ca!ea e Ge ionou osm(sculos como resposta ao comando, e ele se deliciou com oar pesado passando-l e pelos ca!elos. #eus ol os soltaraml& rimas pelos cantos 'uando o animal an ou velocidade, eele sorriu. 2$o podia pensar em nada 'ue preferisse estarfazendo na'uela perfeita man $ de maio. Havia ad'uirido oanimal no est&!ulo de 4errin Iort , em nome do cun ado,rian Drums!". 2ormalmente, teria e aminado mel or o
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animal antes de fazer uma oferta, mas avia se irritadodemais com o tal Wet er!" para se ater a ne ocia?es.
2o 6m, o esforo fsico despendido na caval adamatutina o a%udou a afastar da mente os sofrimentos dopassado.
4ei ou o pensamento va ar, en'uanto o solodesaparecia so! os cascos faiscantes. /m Londres, era caadopor omens de ne cios, no!res falidos, mul eresesperanosas. 4os ne cios, ele ostava, e %& avia muito seacostumara 3s outras coisas. Mas, 3s vezes, um omemprecisava 6car sozin o.
* pro!lema era 'ue vin a se sentindo assim com muitafre'u1ncia.
A casa da viscondessa, com seus %ardins aparados,sur iram diante dele. aria uma !oa visita 3 irm$ e sedivertiria com as crianas antes 'ue os outros convidadosc e assem. 2$o 6cara empol ado ao ouvir so!re a festa, masMarian raramente as fazia e a ora contava com sua presena.2$o poderia decepcion&-la, voltando a Londres.
/ncontrou os so!rin os do lado de fora, aproveitando aman $ com sua overnanta, cada um pu ando-l e uma dasm$os en'uanto apontavam empol ados, para Gores, insetose outras curiosidades. * pe'ueno Henr" lutava para a arrar acoleira de um e u!erante 6l ote de la!rador.
A overnanta era uma mul er simples, de c ap)u cinzae vestido da mesma cor, mas a aten$o 'ue dedicava 3scrianas era admir&vel. /la !alanou a ca!ea e riu 'uandosua so!rin a, 7lara, e i!iu um pe'ueno nin o de p&ssaros.
T$o entretida estava a moa 'ue n$o notou suac e ada. * 6l ote de la!rador, ao contr&rio, 6cou louco dee cita$o, desvencil ou-se de Henr" e correu desa%eitado,pelo %ardim.* menino tentou a arrar a coleira 'ue raste%ou comoco!ra so!re a rama, e pu ou consi o a po!re overnanta,'ue perdeu o c ap)u.
Cma massa de ca!elos vermel os caiu em cascata so!reos om!ros pe'uenos, e Ale se urou a respira$o. 7on eceraapenas uma mul er com ca!elos como a'ueles. Mas, 'uedia!o ela estava fazendo ali9
Liz espanou a poeira en'uanto Henr" ral ava com ocac orrin o.
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+ 2$o !ri ue demais com ele, Henr". /le ) s um!e!ezin o, a6nal. / o 'ue faria um !e!ezin o ao ver umcavalo rande e assustador9
Liz ol ou para cima, e Ale pEde ver seus ol os se arre-alando ao avist&-lo. As faces preenc eram-se de cor e ela!alanou a ca!ea levemente.
Ale fez 'ue sim, entendendo a s(plica silenciosa. Tin amuitas per untas para a donzela da alta sociedade convertidaem overnanta, mas n$o a constran eria diante das crianas.
+ Tio Ale + =nconsciente da tens$o entre os dois adul-tos, Henr" saltou para cima e para !ai o, tentando merecer aaten$o do tio.
+ #ua overnanta est& certa, Henr" + ele falou,curvando-se para a!raar o menino. + A'ui, dei e-memostrar uma maneira mel or de se urar a coleira.
Ale sentiu os ol os de Liz 6 os nele en'uanto sedetin a nos cuidados com o 6l ote. 0elo canto dos ol os,pEde v1-la endireitar o c ap)u e retirar-se para um pe'ueno!anco de %ardim en'uanto ele !rincava com as crianas.
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+ H& al o mais 'ue eu deva sa!er so!re ela9+ 2$o. + A despeito da proposta ultra%ante de Liz, so!re
a 'ual ele n$o parava de pensar, nada avia realmenteacontecido. Al)m disso, avia concordado em n$o mencionara'uela conversa, de modo 'ue n$o averia mais nada a dizer.
A e press$o de Marian suavizou.+ /la ) um amor com as crianas, Ale . Apenas 'uer se
es'uecer do passado e fazer seu servio. =sso ) tudo o 'ue eupeo tam!)m. =ma ino como deve estar sendo difcil para ela.4ei e-a em paz.
Ale tomou um assento. Liz era uma farsante. /stavacerto disso. Cma !ela farsante, claro, mas nen uma moa dacidade iria trocar uma vida de privil) ios pelo tra!al o deovernanta.
+ /nt$o, 'uem voc1 convidou para essa sua festa9 +per untou, tentando mudar de assunto. + @ um eventope'ueno, certo9 A6nal, a temporada continua.
+ em pe'ueno. 7erca de vinte convidados. + Cm ol arde cupido 'ue Ale con ecia !astante !em iluminou os ol osda irm$. + #rta. LandoI e #rta. #"min ton estar$o presentes,
%unto com uma prima rec)m-c e ada da rana. 2$o consi olem!rar-me do nome a ora, mas ela ) solteira...
+ 0or favor, n$o me di a 'ue esta festa foi arran%adacom o propsito de encontrar para mim uma compan ia.
+ Cma noiva. Mas n$o ) s por isso 'ue estou dando afesta. 4e 'ual'uer maneira, 'uando ) 'ue vai sosse ar, Ale 9
5& faz tempo 'ue n$o corte%a al u)m seriamente.+ 2$o estou interessado.+ >oc1 precisa de um erdeiro, es'ueceu9+ ala como se eu tivesse um p) na cova+ / claro 'ue n$o. # 'uero 'ue se%a feliz. / n$o importa
o 'ue ale ue esses seus casos n$o o dei am assim.+ >eremos + ele falou taciturno.* plano de Ale para desco!rir os reais motivos de Liz
n$o pro redia !em. Havia sa!ido pou'ussimo pela irm$, econfrontar a moa era difcil, %& 'ue a tentadora overnantamantin a-se a distBncia.
2a tarde de s&!ado, assistiu, en'uanto Liz camin avacom os pe'uenos pelo %ardim, apontando as v&rias plantas ear!ustos, uma verdadeira aula so!re a natureza. *s outrosspedes estavam fora, visitando a cidade pr ima, mas ele
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+ 0or 'ue a ironia9 #ua irm$ foi !astante entil ao mecontratar e sou rata pela posi$o.
Ale admirava a'uela com!ina$o (nica de presena eumildade. Liz n$o tin a ver on a de admitir 'ue fosse ratapor ter um tra!al o, e era forte o su6ciente para defender suaescol a.
/ a ora 'ue ele avia con ecido Harold Wet er!", tin aum palpite so!re o por'u1 da'uela decis$o.
Mesmo assim, 'ueria ouvir a verdade dos l&!ios dela. 0or'ue tin a fu ido, 'uando tantas outras mul eres em seuestado teriam, de forma su!missa, desposado o des raado9
+ Tive o prazer de con ecer o seu noivo.+ Meu noivo9+ Wet er!" a6rma 'ue voc1s dois devem se casar.2em mesmo o luar pEde esconder o profundo ru!or de
Liz. A'uilo era constran imento ou raiva9+ A , sim... /stamos muito apai onados.+ @ o 'ue diz Wet er!" + mentiu Ale . + /le )
mesmo... #in ular. 7omo conse uiu con'uist&-lo9Cma risada estran ulada escapou-l e da ar anta.+ 0ura sorte, eu supon o.+ *ra, vamos. Cma moa !onita como voc19 Wet er!"
deve ter afastado todos os pretendentes para 'ue pudesseter uma c ance.
+ Al o assim + Liz concordou, esmaecida, pu andomais o ale so!re os om!ros.
/nt$o ela n$o avia tido outros pretendentes. Ao menos,nen um 'ue o pai aceitasse antes de sua morte. Liz eraatraente, mas sua falta de dote era de con ecimento p(!lico.
A culpa o al6netou, e ele resistiu 3 tenta$o de pu &-lapara perto e prote 1-la. /m vez disso, decidiu manter o %o over!al.+ 7onte-me. 7omo se sente Wet er!" com sua noivatra!al ando como overnanta9
Cma emo$o impossvel de identi6car danou nos ol osde Liz, 'ue manteve a postura.
+ i'uei !astante arrasada 'uando papai faleceu, e deforma al uma me sinto pronta a me casar. Haroldcompreende isso. 7ompreende tam!)m a necessidade de 'ueeu tra!al e, %& 'ue sempre precisou fazer o mesmo.
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tomada tanto pela timidez 'uanto pela vontade. ora ele orespons&vel pelo mais umil ante momento de sua vida.
Ao mesmo tempo, uma ol adela para seu !elo rosto, ummomento asto o!servando seu !vio carin o pelosso!rin os, e ela estava mais uma vez perdida.
A diferena era 'ue, desta vez, n$o poderia suportarumil ar-se de novo. #eu empre o dependia de umcomportamento modelo.
4e responsa!ilidade e decoro. Havia violado am!os emsua proposta a Ale , e, mais uma vez, ao dei ar sua prpriacasa.
Cma terceira indiscri$o seria sua runa.Aps a conversa no %ardim, na noite anterior, Liz
preocupava-se, ac ando 'ue indiscri$o era precisamente o'ue o du'ue tin a na ca!ea. #e apenas a ideia n$o fosse t$otentadora
#e a viscondessa Drums!" tivesse al uma no$o dospensamentos 'ue ela nutria por seu irm$o, ela seriadespedida sem 'ual'uer recomenda$o.
/ ainda 'ue, ser uma overnanta n$o l e proporcionasseuma vida de lu os, estava contente. Ao menos por en'uanto.As crianas eram doces e tin am Bnsia por aprender ee plorar. * sen or e a sen ora da casa a tratavam comentileza. /ventualmente, pensou, poderia at) encontrar umasolu$o mais de6nitiva para o futuro. Mas, nesse meio-tempo,a'uele tra!al o l e proveria o 'ue era necess&rio.
#uspirou e fec ou a porta. Havia levado as crianas paradentro, a 6m de 'ue comessem e descansassem. *sconvidados dos Drums!" estavam fora, em um passeio pelatarde. 0oderia ent$o rela ar.
+ 0ensei 'ue nunca fosse encontr&-la sozin a.Liz virou-se, o cora$o !atendo forte. Ali, no v$o dasescadas, estava o omem a 'uem tentava es'uecer.+ >ossa Draa.+ A sen orita pode ser !em evasiva 'uando 'uer.../la manteve o ol ar al uns centmetros a!ai o do 'uei o
do du'ue, tentando evitar a e press$o de!oc ada 'ue sa!iaaver ali.
+ 2$o sei o 'ue 'uer dizer, milord. Meu empre o a'uime mant)m !astante ocupada.
+ 2$o est& me evitando9
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0ara responder, precisaria mentir ou revelar demais, demodo 'ue se manteve 'uieta. *usou uma ol adela para cima.* !ril o nos ol os escuros contou-l e 'ue ele sa!ia.
+ * 'ue aconteceu a sua promessa9 /la er ueu o'uei o.
+ 2$o creio ter realmente feito al uma promessa.+ >oc1 me decepciona, Liz./la desapontava a si mesma tam!)m pelo %(!ilo secreto
'ue sentia em sua presena. 4ecoro, pensou de novo, mas olem!rete mental era a!afado pelo palpitar de seu cora$o,'ue do!rou o passo 3 medida 'ue o du'ue se apro imava.
+ em, parece 'ue voc1 tem um pe'ueno descanso desuas atividades. Talvez possa me conceder um passeio pelos
%ardins9+ Aca!o de vir dos %ardins.+ 7ompreendo. em, talvez me permita mostrar-l e a
!i!lioteca9+ * 'ue milord est& fazendo a'ui9+ 0osso fazer a mesma per unta.* tim!re profundo enviou-l e um arrepio pela espin a.+ Milord n$o contou a nin u)m o 'ue eu 6z9+ 2$o. Ainda 'ue eu merea al umas respostas.
7onfesso 'ue estou preocupado depois de tudo o 'ue ouvi. A!i!lioteca ent$o9
Liz en oliu em seco. Havia prometido n$o evit&-lo, e odu'ue sa!ia de seus se redos. /la precisava manter o aliado./m todos a'ueles anos em 'ue ima inara Ale ain!rid eprocurando por ela, no entanto, %amais pensara 'ue seriada'uela maneira.
* lado !om, disse a si mesma, era 'ue estava realmentepensando em con ecer a !i!lioteca.
+ #eria um prazer + concordou, tentando n$o pensar de'ual resposta Ale sentia-se merecedor.* du'ue a!riu um sorriso satisfeito e ofereceu-l e o
!rao, como se ela fosse ainda a #rta. Medford, 6l a do!ar$o, e n$o a #rta. Medford overnanta da no!reza.
#entindo 'ue seria rude n$o aceitar o esto, pousou am$o so!re o !rao forte e se permitiu ser acompan adaescadaria a!ai o. 5& sa!ia onde 6cava a !i!lioteca, era claro,e era !em capaz de se transferir para l& sozin a mas, apenaspor um momento, decidiu es'uecer os (ltimos meses, o tomva amente ameaador do du'ue, ou mesmo o fato de 'ue ele
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*l ou-o, tmida, e surpreendeu-se ao v1-lo piscar paraela.
#orriu sem poder evitar.+ /u adoro um !om poema.+ em, n$o compartil o do talento de meu primo para
recitar, mas posso l e mostrar a cole$o de min a irm$ derandes poetas.
+ #em performance9 + Liz comentou, desapontada,en'uanto Ale se diri ia a uma prateleira c eia de volumesencadernados em couro. + A , ser& mel or assim. #e !emme lem!ro, 6'uei t$o comovida com a (ltima a 'ue assisti'ue perdi o rumo e 'uase o derru!ei... + ela comentou emtom suave, en'uanto se virava para o!servar os livros.
+ @ verdade. /s'ueci-me. Talvez eu deva se ur&-la,ent$o, en'uanto analisa as p& inas, a 6m de evitar um novoc o'ue...
Liz pu ou o ar, 'uando um par de m$os 'uentes seapossou de am!os os lados de sua cintura. A tenta$o depesar so!re ele, a!sorver seu c eiro e sua fora, foi 'uaseirrecus&vel. Mordeu o l&!io com fora, esperando 'ue a dor adistrasse.
+ /u n$o deveria permitir isso.+ #e !em me lem!ro, voc1 estava disposta a oferecer
muito mais.+ =sso foi antes. + Liz fec ou os ol os, 'uando os
pole ares dele l e acariciaram os 'uadris. + Aca!ei de dizer'ue...
+ # . >oc1 ) uma mul er incomum, Liz Medford +murmurou Ale , a ca!ea curvada, de modo 'ue ela podiasentir sua respira$o por tr&s das orel as. + 7onfesso 'uecapturou meu interesse.
/stavam deslizando para territrio peri oso. Liz seesticou para alcanar um livro de poesias, em!ora n$osou!esse 'ual era o poeta.
+ Milord !rinca comi o.+ 5amais.+ #ei !em 'ue me %ul a menos do 'ue tentadora.+ 0ois est& errada. >e%o-a como a tenta$o do tipo mais
peri oso.* fEle o 'uente roava-l e as orel as, despertando uma
vontade de 'ue ele !ei%asse a'uele mesmo ponto. 2ervosa,
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ela tentou se concentrar no 'uanto se sentira mal ao serre%eitada no par'ue, na'uela man $. >irou-se para encar&-lo.
+ 0erdoe meu ceticismo, >ossa Draa. Mas ac o difcilcrer aps ter sido dispensada 'uando eu era um mem!rorespeit&vel da sociedade e praticamente me ofereci a milord.A ora 'ue a'ui estou, como uma mera overnanta, seuinteresse ) capturado9
Ale deu de om!ros.+ 2$o osto de mul eres da sociedade.* tom frou o fez Liz estud&-lo mais de perto.+ Milord !rinca comi o.+ Asse uro-l e: n$o ) o caso. Mul eres da sociedade
s$o frias e calculistas. Analisam tudo, desde o mais simplescoment&rio so!re a cor das luvas de al u)m, em sua Bnsia deascens$o social.
Liz pendeu a ca!ea de leve. /le tin a raz$o. #ua prpriam$e era uma mul er assim.
+ >oc1, por outro lado, me fascina, %& 'ue decidiu a!an-donar a'uilo tudo + ele prosse uiu com voz rouca. + /u a vicom as crianas. @ t$o mais natural com eles. >i 'ue demons-tra real afei$o, ainda 'ue eles n$o se%am seus 6l os. e%a, a'ui estamos,lon e da sociedade, tendo uma conversa de verdade.
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para depois tocar-l e os ca!elos 'ue ela avia prendido emum 6rme co'ue.
Liz n$o teve tempo para se ofender com o insultoimplcito, pois ele continuou pensativo:
+ /stran o, n$o ), como as mul eres das altas-rodas seesforam para parecer suaves e convidativas, 'uando, nofundo, s$o duras e amar as. Ainda assim, voc1, umaovernanta carin osa e de !om cora$o, deve parecer at)opaca de t$o s!ria.
+ /stou certa de 'ue isso ) apropriado para umaovernanta + ela respondeu tensa, ainda 'ue o to'ue leveso!re seus ca!elos l e enviasse arrepios por todo o corpo.
+ Talvez. + A m$o de Ale co!riu as dela novamente. +Mas isso me faz pensar. * 'ue aconteceria caso eu pu asseesses rampos de seu ca!elo9 Teria diante de mim umamul er suave e 'uente, tanto por fora 'uanto por dentro9
+ 2$o sei.* !om-senso ditava 'ue ela se afastasse e corresse para
o ref( io do 'uarto. * futuro, no entanto, se apresentavadiante dela, repleto de pai $o. #eria t$o errado aproveitarapenas um momento de prazer9
2$o fez 'ual'uer movimento para deter Ale , en'uantoele pu ava um rampo, ent$o outro, e mais outro. As mec asforam se soltando, at) 'ue a massa de 6os vermel os seli!ertou.
+ A est& a !eleza de 'ue me lem!ro. 7omo umacac oeira posta em c amas. + * tom dele tornou-se rouco elanou arrepios pelas costas de Liz. + /st& com frio9Acariciou-l e o !rao, e o calor de suas m$os es'uentou osan ue de Liz.
/la devolveu um sorriso de lado.+ 7reio 'ue milord ten a um pouco de poeta em si, %&'ue esse foi o elo io mais !onito 'ue %& rece!i na vida.* sorriso de Liz sumiu 'uando Ale curvou a ca!ea em
dire$o 3 dela. *s l&!ios se encontraram por um !revemomento e os ol ares se cruzaram, enevoados, pouco antes'ue ele a pu asse para perto e a comprimisse contra oprprio corpo.
#ua !oca se moveu contra a dela com pai $o incontida,tocando, de ustando, testando.
Liz se afo ou nas sensa?es. Ale a se urava, uma dasm$os mer ul ada em seus ca!elos, 3 altura da nuca, a outra
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l e pu ando as costas. A ln ua partia-l e os l&!iosentilmente, mer ul ando em seu osto, at) 'ue uma
ur 1ncia a uda comeou a pulsar em seu ventre./la ar'ueou o corpo, ent$o, as m$os a arrando os
om!ros 6rmes como se !uscando uma Bncora em meio3'uela tempestade de emo?es. 4e al uma forma, %& n$oestava mais sentada, mas apoiada contra a poltrona so! odelicioso peso de Ale .
/nlevada, devolveu o !ei%o t$o !em 'uanto foi capaz.
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0ara seu orror, l& rimas enc eram-l e os ol os, e ela sevirou para escond1-las. Mas n$o antes 'ue o du'ue asnotasse.
7om um suspiro, ele apan ou-l e o 'uei o e virou seurosto, acariciando-l e a face com os dedos.
Liz fec ou os ol os e se manteve imvel, dese%ando maisdo 'ue tudo 6car com Ale , 'ue ele a tomasse nos !raos e aconfortasse. Mas a'uilo n$o fazia sentido. /le era a causa deseu desconforto.
4e 'ual'uer maneira, suas emo?es estavam me idasdemais para 'ue se importasse.
+ 0reciso ir + conse uiu sussurrar.+ 7omo 'uiser. + 0ara seu alvio e decep$o, Ale deu
um passo atr&s. + Mas & mais em voc1 do 'ue euima inava. @ mesmo muito intri ante #rta. Medford.
4esesperada para recuperar al uma normalidade, Lizvoltou ao seu papel formal e fez uma rever1ncia.
Ale a o!servou com divers$o, al o evidente no torcerdos l&!ios e nas ru as nos cantos dos ol os. 7urvou-setam!)m.
+ 0ode partir a ora, Liz. Mas n$o pense nem por ummomento 'ue eu n$o a procurarei novamente.
Harold Wet er!" mirou a carta so!re a mesa epra ue%ou.
+ Maldito Medford+ M&s notcias9 +- 5im 7utter, refestelado so!re uma
cadeira do outro lado da sala, e aminava, entediado, o %ornal./ra rude e aminar as correspond1ncias diante de um
convidado, mas ele e 7utter dividiam as mesmas opini?es arespeito dos modos em sociedade. Al)m disso, 7utter era umami o, ao menos o mais pr imo 'ue possua o 'ue 'ueriadizer 'ue compartil avam am!i?es e, por isso, toleravam apresena um do outro. Am!os tin am alu ado casas nodistrito n$o t$o ele ante, e am!os sentiam 'ue mereciamuma vida mel or.
+ /mprestei ao lorde Medford uma !oa soma al unsanos atr&s + respondeu Harold. + Mal podia arcar coma'uilo, na )poca, mas precisava do apoio do omem e deseus contatos.
+ / ele %amais o pa ou de volta9+ 2$o. Morreu no (ltimo outono. Acidente decarrua em. 7utter moveu a ca!ea num lamento.
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Harold tomou a carta, uma educada nota do procuradordas terras de Medford. * din eiro tin a aca!ado.Aparentemente, n$o e istiam mais c ances de ele recuperarseu pre%uzo.
ateu com o pun o so!re a mesa.+ Maldi$o2$o importava 'ue a ora pudesse arcar com a perda. *
!ar$o o avia usado. / mesmo 'ue ele n$o fu isse 3 re ra,n$o ostava de ver o %o o invertido.
Harold trincou os dentes.+ * 'ue me irrita ) como al u)m como ele )
considerado da alta sociedade, en'uanto, n$o importando o'uanto eu estude, o 'uanto eu invista, o 'uanto eu avance,continuo sendo um e cludo. 4e 'ual'uer forma, aposto 'ue a6l a de Medford n$o est& sorrindo a ora + completou,6nalmente a arrando-se a um pensamento 'ue o a radava.+ Atormentou-me por anos com sua aceita$o indiferente,
%ul ando-se !oa demais para mim. A piran a teve a aud&ciade me estapear + revelou Harold com os dentes cerrados. +7omo se tivesse op$o mel or
A raiva o inundou 'uando se lem!rou de seu (ltimoencontro.
7utter %o ou o %ornal na lareira e l e dispensou al umaaten$o.
+ 2$o vi nen um an(ncio de casamento so!re ela no T e Times. Todos na cidade sa!em 'ue a moa est& semnada.
/nt$o Liz avia fal ado. /m !reve, aprenderia 'ual asensa$o de ter de a radar e se curvar por 'ual'uer pun adode aprova$o. /m !reve, compreenderia a sensa$o de ter asportas fec adas diante dela por'ue n$o era rica o su6ciente,ou, como no caso dele, por n$o aver nascido de umalin a em no!re.
Harold sorriu. A ideia do desconforto de Liz dava-l eprazer.
7utter pEs-se de p).+ 0reciso partir. Ten o um compromisso com meu
alfaiate. Lamento por suas perdas, Wet er!".Harold concordou em sil1ncio, acenando para o ami o e
escol endo i norar o tmido des osto 'ue Ga rara na voz doomem.
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2$o importava. Liz Medford ainda poderia l e ser (til. *pai n$o pa aria suas dvidas... Mas ela poderia faz1-lo.
* du'ue mantin a a palavra. Mesmo aps a partida paraLondres dos convidados dos Drums!", permaneceu na casa.*nde 'uer 'ue Liz fosse ele estava l&.
/la se per untava por 'uanto mais ele poderia prolon ara visita. 0oderia despist&-lo na'uele %o o de ato e rato antes'ue sucum!isse 3'ueles ol ares c eios de dese%o esi ni6cado 'ue Ale l e lanava 'uando n$o avia nin u)mmais por perto9
A'uilo estava errado. /ra peri oso sentir-se assim.Al u)m na festa contara uma piada e, a %ul ar pela
ar al ada do du'ue e pela e press$o c ocada de v&rias das %ovens donzelas, a anedota n$o era leve. /la, todavia, n$oacreditara nem por um minuto no c o'ue das mooilas. Cmadelas, inclusive, usara a oportunidade para 6n ir um delicadodesmaio, mirando os !raos do du'ue.
#uspirou. A cada ano, cada m$e casadoira dese%ava 'uesua 6l a fosse a'uela a 6s &-lo.
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+ >ossa Draa. + Levantou-se e fez a cortesia. *omem era um mestre dos alanteios, mas ela sa!ia o
su6ciente para 'ue n$o os levasse, ou a ele, a s)rio demais.Ale %& avia encantado le i?es de mul eres. /la era apenasa mais recente na 6la das 'ue tin am capturado sua aten$o.
Mas, a , como 'ueria acreditar 'ue fosse diferente+ 0or favor, sente-se + ele convidou.Liz sentou-se, e ele se pEs a seu lado. #e al u)m
compun a uma !ela ima em com o 'ue avia ao redor,na'uela man $, esse al u)m era ele. Ale era t$o !onito'uanto am&vel, o!servou em pensamento. >estia calas euma !ela camisa de l$, al)m de uma casaca de uma p(rpuraprofundo. * vento !rincava com seus ca!elos, e ela resistiu 3tenta$o de a%eit&-los com os dedos.
+ Dostaria de acompan ar-me em um passeio, aman $3 tarde9 7reio 'ue nossa conversa na !i!lioteca foiinterrompida, e estou ansioso por continu&-la.
+ Milord ) muito entil, mas eu n$o poderia.+ 0or 'ue n$o9 Aman $ ) domin o, e sei 'ue min a
irm$ osta de passar os domin os com as crianas. 0arece-me 'ue estar& livre... A n$o ser ) claro, 'ue 'ueira me evitar.
+ 2$o, >ossa Draa, ) claro 'ue n$o. + A respostaescorre ou antes 'ue ela pudesse pensar em al o mel or.
+ /nt$o vai vir9/la deveria dizer 'ue %& avia feito planos. Mas 'ue
planos9 Ale pEs as m$os so!re as dela, o pole ar perfazendocrculos por sua palma.
+ 7on eo um camin o a rad&vel 'ue podemos tomar.As Gores aca!aram de nascer. Assim como voc1... Cm !elo!ot$o desa!roc ando diante de meus ol os.
Liz sentiu-se 'uente.+ #eus alanteios s$o ultra%antes, >ossa Draa. 2$ocreio 'ue se%am apropriados.+ @ essa sua preocupa$o, ent$o9 #er apropriada9 +
Tocou-l e a parte interna do pulso.+ @ claro + conse uiu dizer, mas a voz saiu como um
sussurro.Ale sorriu mais. #a!ia muito !em o 'ue estava fazendo.
Liz virou-se, por)m ele tomou-l e am!as as m$os.+ 2$o & raz$o para timidez. #ei 'ue n$o ) avessa 3s
min as aten?es. 4e outra forma, %amais teria vindo a mim
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com a'uela proposta fascinante. 4ei e-me ver... 7omo foi 'uevoc1 colocou9 A , sim. 0ediu-me 'ue a arruinasse.
Liz levantou-se, indi nada.+ @ muito pouco alante de sua parte, milord, trazer
isso 3 tona outra vez + ral ou, ainda 'ue, pela divers$ovisvel nos ol os do omem, a !ronca tivesse surtido poucoefeito.
Ale deu-l e um pu $o no !rao 'ue a fez cair sentadade novo desta vez, !em mais perto.
+ Al)m do mais, a'uilo ocorreu 'uando pensei 'ue seuenvolvimento seria !en)6co + ela continuou nervosa, tentan-do i norar o fato de 'ue suas co as roavam. 4eus fosse lou-vado pela 'uantidade de tecidos 'ue os separava. + A ora'ue conse ui evitar meu pretendente indese%ado e 'uearran%ei um empre o por conta prpria, n$o & nem mesmo anecessidade de 'ue pense em mim.
+ 4iscordo. + /le deslizou para ainda mais perto, e o!ril o intenso em seus ol os denunciou 'ue pretendia !ei%&-la. + /stou !em certo de aver essa necessidade.
/la se inclinou para tr&s, o calor su!indo-l e pelas faces.+ Haveria vanta ens para voc1./la inclinou a ca!ea, incerta so!re como responder.+ 4ei e-me ser ousado...
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+ /u estava um tanto desesperada 'uando sucum!i3'uela ideia insana. 0or sorte, voltei a meu %uzo e encontreial o mais est&vel. #e eu fosse sua amante, estaria emconstante risco de perder min a posi$o, pois seu interesseem mim aca!aria desaparecendo, como desapareceu comtantas outras... / ent$o, como eu 6caria9
Ale afastou o ar umento com um a!anar da m$o.+ >oc1 se su!estima.+ 2$o posso sa!er ao certo, >ossa Draa. @ mel or 'ue
eu cuide da min a reputa$o.+ 4e 'ual'uer modo, sente-se atrada por mim.A con6ana na voz a fez 'uerer estape&-lo. /ra verdade,
claro, e ele sa!ia disso.+ /sse n$o ) o ponto.+ /nt$o por 'ue me !ei%ou na !i!lioteca9A ora ele a tin a apan ado. 0oderia ar umentar 'ue
fora ele 'uem iniciara o !ei%o, mas am!os sa!iam 'ue elaavia correspondido.
+ 2$o precisa decidir a ora. +Ale se levantou. +Apan o-a aman $, por volta das duas oras. >amos at) ocampo. + As fei?es !enfeitas suavizaram-se por uminstante. + Min a carrua em estar& sem a ins nia. 2$oprecisa temer ser vista.
+ Milord vai perder seu tempo. /u n$o irei. * du'uelanou-l e um sorriso tolerante.
+ Ac o 'ue vai, sim.Liz estudou o c $o. /le a con ecia !em demais. Ale
deu-l e um !ei%o nas costas da m$o e comeou a se afastar.+ /starei contando as oras.
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ap!t"lo II
Ale esfre ou as t1mporas e encarou a carta so!re amesa. 2a volta do %ardim, encontrara uma pil a decorrespond1ncias 3 sua espera. #eu secret&rio aviasa!iamente reunido todas e feito com 'ue fossem entre uesna casa dos Drums!", sa!endo 'ue seu patr$o n$o era dotipo 'ue dei ava os ne cios para tr&s.
0or um momento, ele dese%ou 'ue o assistente fossemenos e6ciente, %& 'ue n$o tin a 'ual'uer dese%o de lera'uela carta em particular.
Mesmo aps sua morte, o !ar$o Medford continuava aser uma pedra em seus sapatos.
/stava !em ciente de 'ue o omem avia falecido aindal e devendo uma 'uantia consider&vel, mas 6cou um tantosurpreso ao ver 'ue o salafr&rio tin a mantido o controleso!re a dvida. A ora, o procurador de Medford enviava umacarta e plicando o status de seus !ens aps a morte.
/, resumindo a 'uest$o: n$o avia mais !ens.Ale ras ou a carta ao meio. Fevoltante. Homens na
situa$o de Medford n$o tin am por 'ue %o ar. * infelizdestrura uma respeit&vel fortuna na mesa de apostas. Tentar recuperar a 'uantia seria em v$o. 'uele ponto,6caria contente em %amais ser lem!rado de sua li a$o com o!ar$o.
A 6l a de Medford, por outro lado, era um assuntocompletamente diferente. Liz o desconcertava.
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Tin a, no entanto, feito 3 promessa de dissociar-se de'ual'uer novo envolvimento com al u)m 'ue carre asse onome Medford. / fora essa a'uela promessa 'ue o 6zeradeclinar da proposta de Liz, na'uela man $, no H"de 0ar8.
A ora 'ue a con ecia mel or, s podia lamentar suadecis$o.
#erviu-se de !rand". 0ensando !em, o 'ue seria maisuma promessa 'ue!rada em uma vida de pecados9
7omeou a pensar 'ue lorde Medford, de maneira!astante estran a, talvez tivesse tramado al o 'uandotentara apro im&-lo de Liz.
7orreu as m$os pelos ca!elos. 4evia estar louco secomeava a con6ar no %ul amento do vel o !ar$o.
/ntornou o copo, sa!oreando o malte en'uanto este l edescia pela ar anta. / pensar 'ue, em outros tempos,considerara Medford como um ami o
A'uilo, no entanto, fora antes 'ue ele aprendesse so!resua verdadeira natureza. Tin am %o ado, com ele presumindo'ue o !ar$o pudesse, mais cedo ou mais tarde, co!rir suasperdas.
A certa altura, ele, Ale , mencionara al o so!re opa amento da dvida, mas Medford protelara o assunto, o 'uel e dera a su est$o de 'ue as coisas n$o eram comopareciam.
inalmente, o omem se apro imara com desculpas ecom uma proposta t$o vil 'ue ele ainda tin a di6culdade paraconce!er.
Medford o encontrara no W ite s, na'uela noite./sperara at) 'ue seus parceiros ouvessem a!andonado amesa e 'ue os criados estivessem afastados.
+ @ al o difcil para um omem dizer + murmurara semencontrar-l e os ol os +, mas, por ora, eu n$o posso co!riressas dvidas. @ um momento ruim.
Ale !alanou a ca!ea ao se lem!rar da cena. #entira-se pesaroso so!re o vel o. =rritado, sim, mas tam!)mcompassivo, ima inando 'ue o pro!lema seria tempor&rio.
+ 4e 'uanto tempo precisa9+ /sse ) o pro!lema. 2$o posso dizer... Mas pensei 'ue
talvez ouvesse uma maneira de 6carmos 'uites.+ /stou ouvindo.+ >oc1 pode tomar min a 6l a mais vel a emcasamento.
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+ 7omo9+ 0ensei 'ue, se %unt&ssemos nossas famlias, min as
dvidas n$o mais importariam. Liz ) uma menina atraente.+ #ua ideia ) uma a!erra$o, Medford. + /le rosnara
por entre os dentes. + /m primeiro lu ar, os dias em 'ueomens pa avam dvidas usando mul eres se encerrarams)culos atr&s. / ) essencialmente isso o 'ue voc1 me prop?e.Al)m do mais, em eral a coisa funciona ao contr&rio:mul eres v1m com um dote, o 'ue as torna mais atraentespara os omens.
/ ele n$o precisaria do dote de mul er al uma. Masa'uilo n$o mudava o princpio por tr&s da ideia.
+ Liz ) especial + insistira Medford, e ele detestara odesespero 'ue ouvira na voz do omem.
+ 2em con eo a menina2$o apenas n$o a con ecia, mas n$o tin a a inten$o de
se casar com nin u)m t$o cedo.+ / isso importa em um casamento da cidade9+ Medford, voc1 me eno%a. /st& tentando transformar
suas perdas em lucro. Apenas pense: voc1 6caria livre dasdvidas, teria uma 6l a solteira li!erada de suas m$os, e,acima de tudo, teria uma aliana com uma das famlias maisanti as da =n laterra. / atamente como voc1 v1 isso tudocomo uma maneira de, como voc1 diz, ;6carmos 'uites;9
* !ar$o torcera uma carta nas m$os e se mantivera emsil1ncio.
+ A ora, se ela 'uiser sanar suas dvidas de outramaneira... + ele falara com crueldade deli!erada, dese%andover o omem, traioeiro como era, revolver-se um tanto.
4e 'ual'uer modo, por mais familiarizado 'ue estivessecom o de!oc e, ele n$o tivera a inten$o de arrastar umamenina inocente para dentro do assunto.+ /scute a'ui + respondera Medford, o rosto p&lido. +Liz ) uma menina respeit&vel 'ue precisa se casar. / >ossaDraa deve pensar em um erdeiro.
=nacredit&vel o 'ue o omem pensara ser capaz deconse uir. 4e maneira al uma, ele teria se casado com umamul er a 'uem %amais ouvesse visto.
+ =sso n$o ) assunto seu.+ 2$o. + admitira o !ar$o. + Lamento.Ale apertou os ol os ao se lem!rar da cena. #a!ia 'ueal umas famlias en er avam suas 6l as como uma arantia,
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raas 3 ascens$o social 'ue estas conse uiam ao se casar.Ainda assim, revoltara-o ouvir a'uele omem dizendo a'uiloem voz alta.
+ #upon o 'ue consideremos essa op$o + insistiraMedford. + #e Liz a aceitar, e se conse uirmos fazer com 'uea m$e n$o sai!a...
+ 2$o + ele dissera cate rico. + /s'uea o 'ue faleiomem de 4eus. =sso seria vil demais. Apenas pa ue 'uandotiver recursos.
/m se uida, ele partira rapidamente, ansioso por n$over mais o !ar$o pela frente. * omem era um %o ador, umtratante e, a %ul ar pelo 'ue estava prestes a aceitar, umcafet$o.
* 'ue mais irritava Ale era como avia %ul ado mal opai de Liz. Ainda mais ele, 'ue sempre se or ul ara de suaa!ilidade para desco!rir o car&ter das pessoas. 2a'uele
caso, tin a errado de forma retum!ante. 5amais %o ava com um omem incapaz de arcar com
suas perdas. A'uilo mantin a as coisas civilizadas. Mas ocomportamento f&cil do !ar$o, diferente das faces e ol aresvazios dos outros desesperados, o avia en anado a ponto deele ac ar 'ue n$o precisaria investi ar mais fundo.
Ao menos at) a'uela (ltima noite.4epois disso, ele se transferira para um clu!e mais
e clusivo, e tratara de es'uecer a dvida de Medford. 0ac6cosoito meses tin am transcorrido desde ent$o, e, em!ora elen$o ouvesse sido pa o nesse meio tempo, acreditara-se livredo trapaceiro.
At) uma fatdica noite de outu!ro. 5o ou a carta do procurador na li eira e se levantou,
notando 'ue o sol pousava um tanto mais !ai o no c)u do'ue 'uando comeara a ler a correspond1ncia. 7ansado,esfre ou a nuca.
0or 'ue, de todas as famlias na =n laterra, a !ru in a deca!elos vermel os tin a de ter sado da'uela.
A carrua em 3 espera, no 6nal da estrada, n$o era oveculo usual de Ale , mas sim al o simples, ne ro e discreto.7omo ele tin a prometido, n$o avia nen um !ras$o de seuducado nos lados, e o condutor n$o usava nada 'ue o 6zesseser recon ecido.
/la sorriu ao se apro imar. Mesmo 'ue al u)m a visseentrar no coc e, n$o sa!eria a 'uem este pertencia.
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* condutor a a%udou a su!ir, depois fec ou a porta.Ale a assistiu entrar, sentindo-se !astante feliz por n$o
ter sido evitado. A'uilo, por si s, dizia-l e tudo o 'ueprecisava sa!er.
Liz sentou-se 3 sua frente, e Ale pensou em remediara'uilo, visualizando-a em seu colo.
+ /stou feliz por ter vindo + cumprimentou-a, educado,em vez disso. /la podia ser uma fora ida da no!reza, mas eraainda uma mul er de !ero.
* pensamento o fez pausar e se dar conta de 'ue, serealmente se importasse com a'uele tipo de coisa, n$o ateria convidado para o passeio em primeiro lu ar.
/, se ela fosse r ida so!re tais pap)is, n$o o teriaaceitado.
+ oi entil de sua parte me convidar, >ossa Draa.A carrua em deu um pe'ueno tranco 'uando o condutor
pu ou as r)deas. Ale o avia instrudo para 'ue se uisse emdire$o ao campo, sem 'ual'uer destino, e o coc eiro, umcriado !em treinado 'ue sa!ia 'uem l e pa ava o sal&rio,n$o 6zera 'ual'uer per unta.
+ 7omo v$o meus so!rin os9+ Muito !em. #$o crianas ador&veis. Henr" comeou os
estudos de Matem&tica e est& pro redindo muito.+ om.Mer ul ou no sil1ncio. Liz fez o mesmo, ainda 'ue a
tens$o parecesse ocupar todo o espao entre os dois./la ol ou para o lado de fora, mas, um instante aps,
Ale a Ga rou o!servando-o pelo canto dos ol os.+ @ um timo dia para visitar os campos + ela
murmurou, esticando uma ru a ine istente no vestido.Ale inclinou-se para frente e pu ou as cortinas. #eus
%oel os roaram, arrancando da moa uma !reve e clama$o.+ Ac o a vis$o do interior da carrua em mais fascinante+ ele murmurou com voz rouca.
0ara sua surpresa, Liz encontrou-l e os ol os, en'uantorespondia.
+ 7onfesso 'ue eu tam!)m estou enamorada pela vis$oda'ui.
/ra pouco mais do 'ue um sussurro, mas ela n$odesviou o ol ar.
Ale admirara sua ousadia e onestidade desde aprimeira vez em 'ue aviam danado, no !aile dos 0easle".
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A ora, admirava ainda mais. /la estava evidentementenervosa, mas n$o era nen uma covarde. #a!ia por 'ueestava ali, e ele a respeitava por isso.
+ /st& escuro a'ui. Talvez, caso eu me sente mais perto,possa aliviar seus ol os + provocou, en'uanto se acomodavaao lado dela.
0Ede v1-la en olir em seco, mas n$o a dei aria escapart$o facilmente. /m vez disso, curvou a ca!ea, de modo atraar uma lin a de !ei%os pelo pescoo alvo. Liz continuoumuito ereta, ainda incerta so!re at) onde prosse uir no %o ontimo 'ue disputavam.
Traou outra vez a lin a do pescoo com os l&!ios,notando, com prazer, 'ue Liz inclinava a ca!ea de leve,arantindo-l e acesso total. Lam!eu-l e o l!ulo da orel a eent$o mer ul ou a ln ua para e plorar seus sensveisrecEnditos.
As m$os delicadas se a arraram ao vestido e ele pEdeouvir um mnimo som escapar-l e do fundo da ar anta.
#eus l&!ios comearam um tra%eto 'ue mirava o cantoda !oca rosada. Liz virou o rosto e o encontrou na metade docamin o, arrancando-l e um emido de pura satisfa$oen'uanto capturava-l e os l&!ios em um !ei%o faminto.
4e s(!ito, Liz interrompeu o lon o !ei%o e traou outros,menores, ao lon o de sua mand!ula, assim como ele aviafeito com ela antes. Ale dei ou a ca!ea pender, tomandoprazer na constata$o de 'ue ela 'ueria toc&-lo. #entiu ocorpo late%ar de dese%o, insatisfeito com os !ei%os inocentesem seu 'uei o.
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+ Tem min a palavra. Henr" e 7lara s$o encantadores, eten o a inten$o de montar o cavalo de rian de novo, umavez 'ue este%a mais !em treinado.
Liz estava confusa. Havia estado a!solutamente certa de'ue, depois do a!ortado passeio de carrua em, Ale redo!ra-ria seus esforos para seduzi-la, mas, em vez disso, ele tin adesaparecido.
4izer a si mesma 'ue era mel or assim n$o adiantava./stivera 3 !eira da completa rendi$o, apenas para acordarna se unda-feira e desco!rir 'ue o du'ue tin a partido.
Assim, ela passara a man $ dando aulas para Henr" e7lara, mas entre ara as crianas 3 outra criada de !om radona ora do almoo. A ora camin ava pelo pe'ueno 'uarto,ima inando o 'ue sara errado.
4evia estar aliviada pela partida de Ale . 7ada momentoa ss ao lado do du'ue era uma ameaa 3 sua reputa$o.
#eu cora$o, no entanto, recusava-se a ouvir a l ica.Aps o 'ue tin a ocorrido na carrua em, por 'ue ele n$o
avia 6cado para concluir a sedu$o97orou, c eia de culpa. >erdade 'ue tin a son ado com o
du'ue por anos, mas, recentemente, seus son os tin amtomado um rumo perverso: 'ueria muito sa!er como seria sedeitar-se com um omem. eatrice l e descrevera o ato, masn$o podia ima inar como os !ei%os 'ue ela e Ale tin amtrocado poderiam levar at) o processo doloroso e impessoal'ue a ami a suportara. A ora, talvez, %amais desco!risse.
Ale avia partido sem nem mesmo se despedir dela.#i ni6caria t$o pouco para ele9 #eria Ale realmente comodiziam9 Cm desaver on ado sedutor de mul eres9
0or sorte, na tera-feira, ela rece!eu uma carta 'ue l edesviou o pensamento do sensual, por)m imprevisvel du'ue.A escrita familiar no envelope trou e-l e um sorriso ao rosto,'ue sumiu, entretanto, en'uanto ela lia o conte(do damissiva de 7 arit".
Querida Liz,
No a mesma coisa sem voc em casa. Mame noala com ningum, e!ce"o, "alvez, com nosso "io# e a$enas%uando ele "ermina seus serm&es sobre bons
com$or"amen"os. Eles sus$ei"am de %ue sei onde voc es"',mas eu no disse uma s( $alavra, o %ue a$enas aumen"a sua
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ira. No %ue eu a cul$e $or "er $ar"ido. Lady )ulling"on disse*me $ara onde escrever, e es"ou mui"o eliz %ue "en+aencon"rado um em$rego.
E a des$ei"o de "udo, es"ou bem. E!ce"o $ela coisa maiscons"rangedora. Es"a man+ es"ava eu re"ornando do $ar%uecom Mary Su"+erby e a me dela. Sub amos os degraus%uando um mensageiro $arou dian"e da casa. Eu disse %uelevaria a mensagem, $ou$ando*o do "rabal+o de en"reg'*laormalmen"e, e claro, voc sabe o %uan"o sou curiosa... Euno $oderia a$enas en"reg'*la - mame, embora es"ivesseendere ada a, lady Med ord. /e$ois %ue Mary $ar"iu, lanceimo da%uele "ru%ue %ue voc me ensinou0 usar o va$or $araa rou!ar o selo.
No 1m, a car"a era de mais um dos cobradores de $a$ai.2oc se lembra de um broc+e %ue $a$ai l+e deu %uando
voc ez %uinze anos3 Sin"o*me $ssima ao dizer isso, mas alo4a onde ele o com$rou vendeu a 4oia a crdi"o. E ele nunca
$agou $or ela. A car"a diz %ue es$eraram res$ei"osamen"een%uan"o a am lia sa a do lu"o, mas %ue agora $recisam
$edir o $agamen"o.5 %ue $odemos azer3 E claro %ue no $odemos cobrir
essa d vida.2oc ainda "em o broc+e3 Ac+a %ue a lo4a o acei"aria de
vol"a3 Lamen"o "an"o $edir isso a voc, Liz, mas no "en+oa%ui nen+uma ou"ra coisa de valor $ara usar como
$agamen"o. )or avor, avise*me assim %ue $uder.6uide*se, min+a irm. 2ou arrumar um modo de visi"'*
la./a irm %ue a ama,6+ari"y.
Liz leu a carta duas vezes, do!rou-a com cuidado e auardou no pe'ueno !a(. >ascul ou o fundo da arca,e traindo uma !olsin a de veludo. #entou-se e entornou oconte(do so!re as m$os.
* !roc e piscou para ela, uma pea de pe'uenas edelicadas esmeraldas. 0ara com!inar com seus ol os, o paiavia dito. icara t$o or ul osa 'uando o rece!era de
presente Min a pe'uena menina %& crescida, dissera o pai.#entiu a ar anta se apertar. 0or pior 'ue ouvesse sido,
o pai ostava dela. /la se recusava a pensar de outra forma.
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A ora sa!ia 'ue ele n$o devia t1-la presenteado comtais coisas, claro. Mas, talvez ele realmente pretendessepa ar por a'uele !roc e al um dia.
Ainda assim, mais de um ano avia se passado entre acompra e a morte do !ar$o, o 'ue si ni6cava 'ue os fundosde lorde Medford andavam em !ai a desde muito antes 'ueal u)m sou!esse. / ela fora criada para acreditar 'ue tomarsem pa ar era rou!o.
7)us 4oa-l e pensar no pai como um trapaceiro..Duardou a %oia dentro da !olsin a, notando o nome da
lo%a !ordado em trama dourada so!re o veludo: Dertman s.2$o avia maneira de o sal&rio de overnanta permitir
%oias como a'uelas. 0or mais 'ue doesse, precisava rezarpara 'ue a lo%a aceitasse o !roc e em vez do pa amento.
Levantou-se para apan ar papel. /screveu um recado ao %oal eiro, re'uisitando um encontro, e outro a 7 arit",avisando 'ue a irm$ n$o se preocupasse.
+ Milord vai 'uerer mais al uma coisa9 Temos uma salade %antar particular, se preferir.
+ 2$o, o!ri ado. + Ale !alanou a ca!eaimpacientemente. 2$o pretendia parar no W ite Hart. /stavaa camin o de uma visita surpresa 3 irm$, !em ciente de 'ueera domin o e 'ue Liz teria a tarde livre.
Ao passar pela estala em, contudo, tin a visto nin u)mmenos do 'ue a prpria Liz Medford, !ela como sempre, cami-n ando em dire$o 3 entrada.
7urioso, se uira-a at) o lado de dentro, certo de 'ue n$ofora visto.
/la analisara o recinto. Cm omem descon ecido, deca!elos ralos e usando pe'uenos culos de rau levantara-separa rece!1-la. Liz avia tomado uma cadeira, tensa.
As entran as de Ale se revolveram 'uando ele seapro imou.Liz er ueu a ca!ea e seus ol os cintilaram de surpresa.
*u seria medo9+ * 'ue est& fazendo a'ui9+ /stava prestes a per untar o mesmo./la endireitou os om!ros.+ 2$o ) da sua conta, >ossa Draa.+ Tudo seu ) da min a conta.
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+ 2isso, teremos de discordar. + /la lanou um ol arnervoso ao omem. + >ossa Draa ten o assuntos a tratar.0osso pedir 'ue me a uardasse em outro lu ar9
+ #em d(vida. Ac o 'ue vou %antar. /stou faminto.4ito isso, ele tomou um assento a tr1s mesas de distBn-
cia. Cma ova 'ue partiria antes de desco!rir o 'ue Liz estavatramando.
0ediu um uisado, no 'ual n$o tin a 'ual'uer interesse,e continuou a o!serv&-la en'uanto o ta!erneiro semovimentava a seu redor, ansioso por a radar.
* ta!erneiro 6nalmente se afastou para atender outrosclientes. Ale mirou a prpria caneca, repensando a atitudede perse uir a deleit&vel #rta. Medford. Moveu a cadeira deleve, tentando o!ter mel or vis$o do omem diante de Liz.
oi ent$o 'ue a viu tirar um pe'ueno saco de veludo da!olsa e e i!ir seu conte(do para o su%eito. #uas vozes eram!ai as demais para 'ue as ouvisse. / isso, sem d(vida, porcausa de sua presena. Mas era claro 'ue ne ociavam.
* omem apan ou uma rossa lente e pEs o !roc e por!ai o.
Liz estava vendendo uma %oia, concluiu, e sentiu umaponta de compai $o.
=sso at) se dar conta de 'ue ela preferia vender suasposses a se tornar sua amante. / 'ue estava at) arriscandoum encontro clandestino com um estran o, em um lu arp(!lico, a 6m de faz1-lo.
+ =mpossvel + e clamou Liz.Ale apertou os ol os. * omem diante dela deu de
om!ros, como se pedindo desculpas.+ /stou dizendo a verdade, #rta. Medford. + Ale pEde
ouvir a conversa claramente a ora. + #e a sen orita con e-cer o paradeiro do verdadeiro !roc e, min a lo%a o aceitar&de volta. Mas n$o ) este a'ui. + 4evolveu-l e a pea.
* rosto de Liz se tin iu de vermel o, e ela fec ou a m$oem volta da %oia. /la n$o estava ali para vender %oias, massim para devolver uma
+ 2$o pode ser + Liz emeu, arrasada. /nt$o escondeuo rosto nas m$os. + Tem de ser verdadeiro... oi umpresente
>1-la na'uele estado pareceu tocar o su%eito.2um impulso, Ale se levantou e apro imou-se da mesa.+ 0osso ser de serventia a'ui9 + per untou, decidido.
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Liz sacudiu a ca!ea, sem nem mesmo er uer o rostodas m$os. /nt$o, parecendo lem!rar-se dos !ons modos,ol ou para cima e levantou-se, fazendo uma rever1ncia.
+ 0erdoe-me, >ossa Draa, eu...+ ossa Draa.+ /nt$o creio estarmos conversados.+ #em d(vida. *!ri ado. + * vendedor curvou-se e par-
tiu a ilmente, na certa pensando em como astaria aenerosa 'uantia 'ue aca!ara de an ar.
Ale virou-se para Liz, cu%as faces e i!iam dois crculosrosados en'uanto ela se mantin a com os ol os 6 os namesa.
+ /stou t$o enver on ada + sussurrou com voztr1mula.+
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+ *!ri ada pelo 'ue fez. >ossa Draa me salvou de umasitua$o desesperadora. 2$o posso compens&-lo a ora, comodeve sa!er. Mas prometo 'ue vou economizar meu sal&rio e...
+ # . + Ale pEs um dedo so!re os l&!ios rosados. +>oc1 n$o me deve nada.
+ Mas...+ Liz, voc1 me atormenta. 2as (ltimas duas semanas
pensei em muito pouco al)m de voc1. + /le manteve o tomalante, ainda 'ue as palavras carre assem mais verdade do'ue estava pronto a admitir. Acariciou-l e os !raos e tomou-l e as m$os, notando 'ue o ta!erneiro se encontravadistrado, nos fundos da casa. /nt$o se inclinou para um !ei%or&pido.
Mas um movimento pr imo 3 porta o distraiu. Cmomem se encontrava na soleira, o rosto virado de per6l,
parecendo dar uma (ltima palavra ao rapaz do est&!ulo antesde adentrar o recinto.
Al u)m 'ue Ale esperava %amais ver de novo.
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+ =nferno + e clamou, t$o lo o conse uiu fec ar aporta. Liz arre alou os ol os, confusa.
+ 0erdoe-me + Ale murmurou, inspirando pesadamen-te, em!ora surpreso com a intensidade da rea$o de seucorpo diante de um !ei%o 'ue n$o podia ter durado mais do'ue trinta se undos.
/la sorriu tr1mula+ ico onrada, milord, 'ue ten a sentido tanto a min a
falta.+ >oc1 n$o faz ideia + ele sussurrou, suavizando o
a!rao. /u simplesmente n$o estava disposto a dei &-la ir./m!ora a'uilo n$o fosse mentira, Liz n$o podia sa!er do
outro motivo 'ue o 6zera adotar atitude t$o impetuosa.4e 'ual'uer forma, avia poucas c ances de 'ue uston
os tivesse ol ado o su6ciente para recon ec1-los. / aindamenos c ance de 'ue os se uisse.
* 'ue si ni6cava 'ue a ora s precisariam passar otempo at) 'ue o su%eito partisse e ele e Liz pudessem sairdali.
>endo-se ainda presa ao corpo forte, ela sucum!iu 3pai $o e passou a contempl&-lo com pe'uenos !ei%os aolon o do 'uei o. Tmida, deslizou as m$os para dentro dacasaca, seu calor ultrapassando o tecido da camisa.
* dese%o o consumiu. 7urvou a ca!ea e encontrou osl&!ios carnudos com Bnsia. Liz se dei ou !ei%ar sorrindo, eAle aca!ou fazendo o mesmo, pu ando-a mais contra si. /laera t$o 'uente e macia... 0or mais de duas semanas ele aviapensado em pouco mais al)m do 'ue a'uilo.
#entiu o corpo enri%ecer com a necessidade de torn&-lasua. * sorriso de Liz evaporou, e seus ol os se arre alarampara 6t&-lo diante da volumosa evid1ncia.
+ A , Liz + ele murmurou aGito. + >oc1 deveria mepedir para parar. + 7om pesar, afastou-a de si./la piscou o fEle o arfante, o corpo inundado com a
necessidade de tocar e ser tocada. A maior parte de sua vidatin a sido ditada pelo 'ue ela devia fazer, e a'uilo %amais adei ara feliz.
/ncarou-o. *s ol os do omem prometiam um calorindizvel.
Mas continuar por a'uele camin o seria sua runa.
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0or outro lado, ela %& era uma e cluda... 2$o podiasuportar a ideia de afastar-se do (nico omem 'ue a faziasentir-se !ela, dese%&vel.
+ 2$o posso pedir 'ue parasse. + decidiu com vozrouca. + 2$o 'uero 'ue pare.
Ale respirou pesado. >in a se urando o fEle o, Liznotou com uma ponta de or ul o. /le a dese%ava tanto'uanto ela a ele.
4eu um passo para perto, ousada, e ele er ueu a m$o.+ Liz.../la corou, mas 6tou-o, faminta por mais um !ei%o.Ale estreitou os ol os escuros, c eio de pai $o, e,
deva ar, correu um dedo por seu pescoo e colo. * to'ue eradelicado em contraste com a intensidade de sua e press$o.
Cm arrepio desceu-l e pela espin a. /ra um %o o desedu$o, perce!eu. /la n$o con ecia as re ras, mas 'ueria
%o ar.#eus l&!ios se encontraram outra vez para um !ei%o
leve, e Liz a!andonou os pensamentos, contente em sa!orearo osto de Ale , em sentir sua ln ua e plorando eacariciando-l e o c)u da !oca.
/le a tocou num seio, e Liz, dominada pelo prazer,afastou o tecido 'ue l e separava a pele do to'ue.
Ale foi al)m. uscou os ca!elos fartos, mantendo-a cati-va, en'uanto a outra m$o desfazia os laos e fec os docorpete com destreza. Liz o envolveu pelo pelas costas,pu ando-o para perto, atrapal ando-o em sua Bnsia por maiscarcias.
Alisou a amplid$o dos om!ros fortes, perdida empecaminosos devaneios diante das coisas deliciosas 'ue Alefazia com ela. #eus 'uadris se encai avam com perfei$o e,ousada, ela roou o corpo ao dele.+ Liz + emeu Ale . /la parou assustada.
+ 2$o osta9+ Ao contr&rio, 'uerida. Dosto demais #e continuar
com isso, vamos aca!ar fazendo al o !em diferente do 'ueeu tin a em mente.
A'uilo a fez pensar... * 'ue ele tin a em mente9Mas n$o ouve tempo para ponderar mais. * corpete
avia cedido so! os pu ?es de Ale , e ele curvara a ca!eapara dei ar uma tril a de !ei%os por seu pescoo, colo, e por
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6m ao lon o dos seios. ei%ou-a ali e, como ela n$o seafastasse muito pelo contr&rio, su ou-a com vol(pia.
* prazer a olpeou, fazendo-a pender a ca!ea para tr&sen'uanto seus %oel os ameaavam ceder. Ale a arrastou at)uma das cadeiras e a fez sentar-se antes de continuar otra!al o.
* dese%o a percorria por inteiro, centrando-se a!ai o doventre. Ale a arrou a !arra do vestido e a pu ou para cima,at) pousar as m$os nas co as nuas.
+ 7on6e em mim + sussurrou, en'uanto seus dedostravavam contato com o centro de sua feminilidade.
Liz resistiu 3 ur 1ncia de fec ar as pernas e foirecompensada por um to'ue 'ue intensi6cou seu prazerainda mais. 7om um emido, pressionou os 'uadris contra am$o 'uente, 'uerendo mais.
Ale riu !ai in o e !ai ou a ca!ea dos seios at) seuse o.
+ Ale , n$o... + /la en as ou por um momento, ent$osilenciou ao sentir 'ue os l&!ios dele assumiam o tra!al o deseus dedos. Demeu, deliciada, a ca!ea tom!ando para tr&s.=ria morrer se o omem continuasse com a'uilo
Mas n$o seria uma maneira ruim de partir, decidiu asm$os mer ul adas nos ca!elos fartos de Ale , a 6m demant1-lo no lu ar.
4e repente, foi como se ela se despedaasse em umatorrente de sensa?es, o corpo se contorcendo. /le a pu ouainda mais para si, e Liz 'uase desfaleceu de prazer.
>oltou a Terra deva ar, e se deu conta de 'ue todas asaten?es de Ale tin am estado so!re ela. 2$o era inocente aponto de crer 'ue o 'ue tin am feito o dei ara feliz. 2averdade, a'uilo deveria ter sido tudo o 'ue ela n$o ostariade viver, dadas as descri?es sussurradas de rela?escon%u ais 'ue ouvira.
/ Ale certamente n$o avia e perimentado as mesmassensa?es, tampouco o mesmo alvio 'ue ela.
/, 4eus, ela 'ueria 'ue ele sentisse Tr1mula, estendeu o !rao para tocar a ere$o por cima
das calas.Ale prendeu o ar e fec ou os ol os por um instante
para depois se concentrar na tenta$o 'ue tin a diante de si.Liz estava linda aps ter sentido prazer. As faces irradiavamcor e o l&!io inferior continuava (mido e inc ado aps seus
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!ei%os. Tin a o vestido !ai ado at) a cintura e as saias emdesarran%o.
/ era perfeita./la o tocou, tmida, a princpio. Acariciou-o, como ele
avia feito ent$o se atrapal ou com o fec o das calas.Ale ofe ou. /le n$o tin a plane%ado a'uilo, mas, se ela
n$o parasseA pai $o apossou-se dele 'uando Liz fec ou a m$o em
torno de seu mem!ro. Demeu de prazer. 0ara o dia!o com araz$o 0recisava estar dentro dela... A ora
5& sa!ia o 'uanto ela estava pronta para ele. Afoito,er ueu-a e a pEs so!re a mesa, separou-l e as pernas e a fezenla&-lo com elas aps !ai ar as calas.
+ Ale , eu... + Liz sussurrava num misto de medo eansiedade.
#anto 4eus... * san ue o a'uecia at) as orel as,a!afando o restante do pedido. Mas n$o importava. #a!ia o'ue 'ueria o 'ue am!os dese%avam.
ei%ou-a em c eio na !oca, posicionando-se 3 entrada.0recisava ir deva ar, mas ela apro imou os 'uadris porinstinto, e ele n$o pEde mais esperar.
#u!indo mais as saias ata!al oadamente, ele a invadiucentmetro por torturante centmetro.
Mas, 4eus, ela estava t$o apertada #eu corpo tremiacom o dese%o de mer ul ar fundo e investir se uidas vezesat) tom!ar, e austo, mas n$o podia mac uc&-la.
Fespirando fundo ele a pu ou de cima da mesa paradeit&-la no c $o e se colocou por cima.
+ Lamento + sussurrou, e investiu, penetrando-a porinteiro.
Liz su ou o ar, desta vez de dor, e ent$o se fez r ida.Ale se o!ri ou a fazer o mesmo.+ @ sempre assim na primeira vez, eu sinto muito.
/la tomou outro fEle o e sorriu, depois comeou aondular so! ele, fazendo pe'uenos, incertos e dese%ososmovimentos.
/le se uiu a dei a e a penetrou mais um tanto, fazendo-a ofe ar. /nt$o se retirou deva ar e a penetrou mais umavez, e mais outra, acelerando o ritmo e notando, com prazer,'ue Liz acompan ava-l e os movimentos. A arrou-a pelos'uadris com mais fora 'uando sentiu o corpo clamar poralvio. As costas dela se ar'uearam involuntariamente.
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+ Ale ... + ela c amou, enlevada. + /u preciso.../le sa!ia 0recisava da mesma coisa. /stavam muito
perto, muito perto... Aumentou o ritmo e pousou o pole arso!re a feminilidade intumescida.
Liz sucum!iu a uma torrente de tremores, ao mesmotempo em 'ue ele encontrava o prprio alvio. Al o t$opoderoso 'ue l e rou!ou o fEle o... / ameaou todas ascrenas 'ue sempre tivera so!re o ato.
4emorou at) 'ue retomasse a consci1ncia so!re osarredores. /le e Liz se encontravam deitados no c $o:di6cilmente uma posi$o di na de um du'ue e de umamenina !em-criada...
Ainda 'ue n$o sentisse 'ual'uer remorso pelo 'ueaviam feito, n$o conse uia atinar como tin am c e ado ali.
Maldi$o. Liz merecia t$o maisem deva ar, desvencil ou-se e se levantou, a%udando-a
a fazer o mesmo. *s l&!ios dela ainda estavam inc ados, osol os repletos de dese%o saciado e con ecimento rec)m-ad'uirido.
4eus, o 'ue avia feito9 Mesmo uma cortes$ esperariatratamento mel or. Liz na certa n$o era uma moa detaverna, acostumada a encontros r&pidos no v$o da es'uina.At) ali, era uma inocente.
/le correu as m$os pelo rosto, morti6cado.+ Liz, eu lamento tanto. 2$o sei o 'ue se apossou de
mim + disse pesaroso./la o 6tou de volta, incerta so!re como rea ir. Ale esta-
ria arrependido do 'ue tin am feito9 Talvez ela o ouvessedecepcionado.
2$o pEde suportar a ideia. /le tin a anos de e peri1nciacom se o, en'uanto ela era uma vir em. Mas 'ueria tantoa rad&-lo+ 0or favor, n$o se desculpe + implorou, tocando-o no'uei o. + /u posso aprender. >ou mel orar.
Ale franziu o cen o.+ 5esus, n$o foi isso o 'ue eu 'uis dizer.+ /nt$o o 'u19 4i a, para 'ue eu possa a rad&-lo.+ A , Liz... + Cma risada irrompeu de dentro dele. +
>oc1 me a rada mais do 'ue deveria. /u 'uis dizer 'uelamento por min a falta de controle, por a ir como um !ruto,s isso.
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Cm novo prazer a inundou diante da ideia de t1-loafetado t$o fortemente.
+ Milord perdeu o controle9 + *s ol os dela cintilaram.Ale pEde notar o tom provocativo e soltou uma risadin aseca, reticente.
+ 2$o pressione um omem al)m do 'ue deve moa.0retendo ainda l e demonstrar min as a!ilidades em outrolocal.
/la prendeu a respira$o, certa do 'ue a'uilo 'ueriadizer, e sentiu o corpo rea ir, 'uente, diante da su est$o.Ale es!oou um sorriso de lo!o.
+ Mel or a%eitar os ca!elos antes 'ue saiamos da'ui. +/stendeu-l e um rampo 'ue apan ou no c $o.
As faces de Liz se a'ueceram en'uanto tentava, sem umespel o, reor anizar as lindas madei as avermel adas. Alel e foi de al uma a%uda ao reatar, sorrindo, os cord?es docorpete.
0or 6m, 'uando tin am se recomposto o mel or 'uepodiam, ele a!riu a porta, espiou ent$o l e tomou o !rao.
+ #orria 'uerida. 7omo se nada tivesse acontecido...#e uindo o prprio consel o, camin ou ao lado dela,en'uanto dizia a si mesmo 'ue a situa$o n$o estivera assim,t$o evidente.
Mas, a , #en or, e se tivessem sido vistos9As amplas rami6ca?es da'uele ato olpearam Liz com
a fora de um navio a vapor. #eu cora$o palpitou como setentasse escapar-l e ao peito.
/ncontraram o ta!erneiro a um canto do sal$o.elizmente, ele era a (nica pessoa ali.
Ale o se urou pelo pun o sem rodeios e sussurrou:+ #e d& valor ao seu esta!elecimento, vai es'uecer 'ue
estivemos a'ui... ui claro9* omem concordou depressa, esfre ando as marcasdos dedos 'ue o du'ue l e dei ara no !rao com uma careta.
+ astante claro, >ossa Draa.* du'ue saiu 3 frente, pedindo 'ue seu cavalo fosse
aprontado.+ icarei feliz em acompan &-la de volta 3 casa de
min a irm$. /u estava a camin o de l& 'uando passei pelataverna e a vi entrar.
+ Mas voc1 tem apenas um cavalo9+ /le a uenta duas pessoas.
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/la precisava odi&-lo, mas n$o conse uia. Mantin a-selem!rando da maneira alante com 'ue Ale pa ara pelo!roc e de seu pai, do modo como insistira em acompan &-lade volta para casa.
Mas nada da'uilo se comparava ao 'ue sentira coma'uelas carcias t$o ntimas. Ter tomado con ecimento delasa mantin a desperta 3 noite, fazendo um calor sur ir empontos 'ue n$o ousava tocar.
#uspirou, per untando-se 'uando o veria outra vez.A'uela podia n$o ser a vida 'ue avia ima inado para si, masestava 'uase feliz.
A6nal de contas, n$o esperava 'ue Ale 6casselevantando suspeitas na casa. Todos ali sa!iam 'ue o du'ueera uma visita rara, na mel or das ipteses.
Mesmo assim, teria sido t$o mel or se ele ouvessedei ado ao menos um !il ete
2a man $ de tera, no entanto, Ale o fez.A carta c e ou como de costume e, t$o lo o ela dei ou
Henr" e 7lara para o almoo, correu para o 'uarto. * cEmodon$o era lu uoso, mas acol edor o su6ciente, e pa o com seuprprio esforo, lem!rou a si mesma, or ul osa. A luz 6ltravapela pe'uena %anela, fazendo com 'ue os pontos de poeiradanassem pelo ar. /n6ada por !ai o do travesseiro, a carta aesperava.
Liz a a!riu com dedos tr1mulos. * envelope estava em!ranco, mas, por dentro, a cali ra6a espaosa do du'uepreenc ia o papel.
Querida Liz,Es$ero %ue es"a car"a a encon"re bem. 2oc $ovoa meus
$ensamen"os, e es"ou ansioso $or v*la novamen"e. )enseiem l+e enviar 7ores e 4oias, a$enas uma $e%uena medida demin+a a ei o, mas receio %ue os $resen"es no $assariamdes$ercebidos $ela criadagem de min+a irm. Sua $osi o a com$licada, $ois encon"ro*me %uerendo mais de voc do%ue Marian $oderia su$or"ar.
Ainda assim, no vou $ression'*la com es"e assun"o $or ora. Es$ero %ue no "en+a $lanos $ara sua $r(!ima "arde deolga, $ois enviarei uma carruagem %ue a "raga a" mim.
)or avor, $erdoe*me a $resun o, mas es"ou ansioso $or v*la.
Ale!
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Liz apertou a carta contra os seios, c eia de ansiedade./le realmente 'ueria v1-la
4eu um iro pelo 'uarto e a!riu a carta para ol &-lamais uma vez.
0erdoe-me a presun$o.7)us * omem era um du'ue, um dos mais co!iados
da =n laterra. A presun$o e a e pectativa do perd$o eramal o secund&rio. /le devia sa!er 'ue ela su!iria em 'ual'uercarrua em 'ue enviasse.
/la %& n$o se ocupava mais de en anar a si mesma. 2$opoderia resistir 3 tenta$o de outra tarde nos !raos de Ale .Muito menos a ora, 'uando sa!ia o 'ue esperar...
4eva ar, ela do!rou a missiva e a en6ou no fundo damala 'ue trou era consi o da casa de eatrice. As crianasdos Drums!" eram ador&veis. Mas seria a'uilo, cuidar dos6l os dos outros, o 'ue o futuro l e reservava9
4eitou-se so!re a cama estreita e alon ou os om!rosal umas vezes. 7aar Henr" e 7lara pelos %ardins a dei avae austa. As li?es so!re a natureza eram as favoritas dosdois, ainda mais por'ue, uma vez co!erto o conte(dopretendido, ela normalmente cedia aos apelos por uma!rincadeira de pe a-pe a ou de esconde-esconde. 2$o tin ado 'ue reclamar, no entanto eles eram crianas doces,apesar de muito ativas.
em como ima inava seus prprios 6l os.A solid$o a feriu, de modo 'ue fec ou os ol os. #empre
son ara possuir uma famlia. A'uilo n$o parecia prestes aacontecer, mas ao menos tin a a compan ia ale re de Henr"e 7lara. 0assava mais tempo com eles, como overnanta, do'ue a maioria das mul eres da cidade fazia com seuspe'uenos.
2$o era o mesmo, claro, e a'uilo %amais apa aria suavontade de ser m$e, mas %& era al uma coisa. / uma coisa!oa.
A%eitou a ca!ea so!re o travesseiro, sem 'uerer pensarso!re sua vida. 0oderia ser pior, disse a si mesma. Muito pior.'uela altura, ela poderia estar casada com Harold.
/m tr1s dias, veria o du'ue novamente. Cm s instantenos !raos de Ale apa aria suas preocupa?es.
#im, disse a si mesma outra vez. A vida era !oa. Tr1s domin os se passaram e, em cada um deles, Lizencontrou Ale por !reves oras.
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/ aprendeu 'ue, apesar do c arme, o omem eradeveras distante.
Mesmo assim, n$o 'ueria nada al)m de estar com elenesses momentos. Ale ostava dela, disso estava certa. Masavia mais nele do 'ue %amais ima inara, e cada momento aseu lado a fazia 'uerer sa!er mais.
/, 4eus, como sentia falta de seu to'ueAle l e avia dito 'ue ac ava seu esprito ale re
refrescante, de modo 'ue, 'uando c e ou o domin o, n$oesitou em vestir o tra%e mais leve 'ue trou era consi o: umvestido de musselina verde 'ue, se undo ea, trazia-l e luzaos ol os. 2$o era moderno, mas, 'uando amarrou os ca!elosno alto da ca!ea com uma 6ta, considerou o efeito !astantea rad&vel.
A carrua em sem ins nia esperava 3 mar em dapropriedade como de costume. /la ostava de tal precau$o,ainda 'ue se preocupasse 'ue al u)m, eventualmente,perce!esse um padr$o em suas sadas e comeasse a fazerper untas.
2a'uele dia, o coc e a levou 3 ca!ana de caa do primode Ale . A casa era confort&vel, mas nem o primo ou acriada em se encontravam ali. /ra o local perfeito para umencontro.
/ 'ue encontro. 2o momento em 'ue o coc e se afastou,os l&!ios de Ale encontraram os dela, as m$os !uscando oslaos e os fec os das roupas, en'uanto ele !atia a porta atr&sdeles. #eus ca!elos cuidadosamente arrumados soltaram-seem 'uest$o de se undos e a 6ta se desfez vtima da pai $o.
Liz o pu ou para perto, !uscando-l e o to'ue, a sensa-$o da pele. #eria seu dese%o insaci&vel9 0arecia 'ue estavamseparados avia eras, e n$o apenas uma semana.
#u!iram as escadas, tropeando, rindo, !ei%ando-se edei ando as roupas pelo camin o.Liz respirou fundo ante a ur 1ncia 'ue sentia por Ale .
/ra uma intensidade 'ue ela n$o compreendia.
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um do outro, o estran o sil1ncio de Ale os envolveu maisuma vez. /le a a!raou, mas seu ol ar se manteve no teto.
Liz esticou-se para passar os dedos pelos vastos ca!elosne ros.
+ Ale 9 + per untou com voz suave. + iz al o errado9+ @ claro 'ue n$o + ele murmurou, capturando-l e a
m$o para dar-l e !ei%in os nos dedos.Liz sorriu, mas continuou a analis&-lo. Ainda 'ue se
sentisse lBn uida, e austa, perce!ia ainda uma tens$o nocorpo do amante. Ale estava estran o, distrado.
0ermaneceu em sil1ncio por um instante, alisando opeito lar o, a 6rmeza dos !raos, e torceu para 'ue elerela asse, ou 'ue ao menos dividisse com ela suaspreocupa?es.
oc1 com!inou com sua irm$ uma visita mais
demorada9 + per untou esperanosa, tentando aliviar odesconforto 'ue sentira.
+ =nfelizmente n$o.+ * 'ue )9+ 0reciso via%ar a ne cios.+ >oc1 vai partir9+ Cm investimento 'ue 6z no mercado naval re'uer
min a supervis$o + ele con6rmou. + A em!arca$o retornouda ndia avariada por uma tempestade. *s reparos n$o v$o!em, a tripula$o est& preocupada, e meu parceiro est&tentando arran%ar su!stitutos para as mercadorias e ticas'ue foram perdidas. Al)m de tudo, & d(vidas so!re ainte ridade do capit$o. Havia pensado em dei ar 'ue meusomens na costa cuidassem disso, mas a 'uest$o ) maiscomplicada do 'ue eu previ. H& fundos consider&veis so!
ameaa.Liz ostou de ser informada com tantos detal es so!re
os ne cios dele. Al o l e dizia 'ue Ale n$o dividia a'ueletipo de coisa com muitas mul eres.
+ 0or 'uanto tempo vai 6car fora9+ Tr1s semanas. 2$o mais./la concordou tmida. 7ompreendia claro, mas a
aus1ncia dele tornaria as semanas mais p&lidas. Ale tomou-l e am!as as m$os.
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+ Liz, se voc1 dei asse essa istria de ser overnantae se tornasse min a amante em tempo inte ral, eu poderialev&-la comi o.
+ 2$o ) uma istria + ela replicou, ma oada. *l oupara o outro lado com um n na ar anta.
+ /u sei meu an%o. >oc1 realmente osta dos meusso!rin os e eu %amais a criticaria por isso. 2a verdade, ) umadas coisas 'ue mais aprecio em voc1. Ainda assim, )estran o demais 'ue um omem em min a posi$o 6'ue emse undo plano.
Liz es!oou um leve sorriso. 2o fundo, Ale estava eracom ci(me.
+ 7oncordamos 'ue esses seriam nossos termos +lem!rou s)ria.
/le e peliu o ar com fora, a frustra$o evidente.+ Liz, seus termos n$o fazem sentido. 0osso mant1-la
com muito mais lu o do 'ue voc1 tem a ora.+ Mas n$o pode me oferecer respeita!ilidade.+ * 'ue estamos fazendo a ora, es ueirando-nos pelas
costas de todos, ) mais respeit&vel9/la desviou o ol ar outra vez. Ale tin a raz$o.+ 4e 'ual'uer modo, n$o posso.#e a'uela rela$o se mantivesse em se redo, a
ver on a seria apenas dela. #e virasse uma amante, a notciase espal aria, e sua famlia perderia a (ltima ota de respeitode 'ue ainda dispun am.
2$o poderia fazer isso com 7 arit". Ainda aviaesperanas pelo futuro da irm$.
Tin a dese%ado Ale desde o momento em 'ue o virapela primeira vez. / n$o estava disposta a perd1-lo.
Mesmo assim, a escol a 'ue ele l e propun a n$o seriapossvel. /ntre as atitudes do pai dela e as suas prprias, suafamlia %& passara ver on a demais.
+ #e esta ) a sua decis$o, Liz, ei de aceit&-la. /u averei 'uando retornar.
/la concordou e fez a (nica coisa em 'ue poderiapensar: !ei%ou-o com pai $o su6ciente para tr1s semanas.
Marian Drums!" adorava a vida no campo, a maior partedo tempo. * marido e os 6l os preenc iam seu mundo comamor e ale ria, e estavam felizes lon e de Londres.
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Al)m disso, verdade fosse dita, ela n$o 'ueria fazercomo tantas m$es durante a temporada: a!andonar ascrianas por semanas a 6o.
Mas, ocasionalmente, perdia as festas e os c &sapreciados pelas outras damas 'ue con ecia.
Assim, 'uando lad" Alicia Wil!ourne, uma ami a deinfBncia, convidou-a a ir a Londres para o feriado, aceitou semesitar. /ra uma !1n$o, pensou sa!er 'ue poderia se divertirpor al uns dias en'uanto os 6l os estariam !em cuidados,em casa. 7ontratar Liz avia sido pouco convencional, mas,at) ali, provara-se a solu$o perfeita. A moa era !oa comcrianas.
* 'ue si ni6cava 'ue ela poderia fre'uentar al umasfestas e se atualizar so!re as fofocas das ami as, semprecisar se preocupar com nada.
Tin a optado por 6car na casa da m$e, na cidade, comofazia ao visitar Londres, o 'ue era prefervel a se impor aami os 'ue 'uase nunca via. A du'uesa vi(va raramenteestava l&, %& 'ue passava a maior parte dos dias no !alne&riode at .
A casa, no entanto, tin a uma pe'uena criada em 'ue6cava sempre satisfeita ao v1-la. Al)m do mais, teria pazentre os eventos sociais.
A pro rama$o da'uela tarde trazia uma festa no %ardimda casa de Alicia. * tempo avia cooperado e, 'uando Marianc e ou, o %ardim dos Wil!ourne estava decorado com tendas!rancas e Gores.
Lorde Wil!ourne, um omem de meia-idade com ca!elosrareando, camin ava so!re a rama com um prato decanap)s na m$o. *!servou a esposa en'uantocumprimentavam os convidados.
>endo a c e ada de Marian, am!os se uiram em suadire$o.+ Lad" Drums!" 4e volta da vida r(stica, en6m +
e clamou Lad" Wil!ourne./las aviam se apresentado 3 sociedade na mesma
temporada e, em!ora Marian ouvesse sentido pena daami a pela decis$o dos pais de cas&-la com Fo!ert Wil!ourne,Alicia n$o parecera nem um pouco infeliz.
+ #im, por pouco tempo + respondeu Marian.+ /nt$o deve estar desesperada por uma !oa conversa.2$o posso ima inar como conse ue passar a vida inteira no
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se%a ador&vel, est& lon e de ser um pal&cio indiano... Mas, de'ual'uer modo, valeu por ser um rumor muito divertido. +7om isso, ela pediu licena e se afastou do trio.
Apro imou-se de lad" Wil!ourne.+ Alicia, ) uma !ela festa. Mesmo 'ue eu n$o ten a
vindo de t$o lon e para ouvir notcias so!re min a prpriafamlia...
+ @ um dia realmente lindo + concordou a an6tri$,ol ando para o c)u com um suspiro. +
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+ /u %& ima inava 'ue a car a tin a sido avariada. +4eu de om!ros. + 2in u)m pode conter a M$e 2atureza emf(ria.
+ 2$o ) apenas isso. >e%a... + Tom pu ou uma e tens$ode tecido de dentro de um cai ote intacto. + #inta.
Ale passou a m$o pelo tecido, e ent$o franziu o cen o.+ * 'ue ) isto9 /st& a!ai o do padr$o 'ue e i i de Deor e.
Deor e Mar8s tra!al ara como seu comprador por anos.* omem era via%ado e sa!ia como distin uir seda de !oa'ualidade de seus similares inferiores t$o !em 'uanto'ual'uer um diferenciava uma p& de um martelo.
Tom tomou de volta a seda e a atirou dentro do cai ote.+ Deor e se demitiu no dia se uinte 3 c e ada do
navio.+ Maldi$o. 0or 'u19+ 4isse 'ue avia c e ado a ora de se tornar um
omem de famlia, mas n$o acreditei. * capit$o estava l&'uando conversamos, e Mar8s n$o travou contato visual comele em momento al um.
+ =nferno + pra ue%ou Ale . + *nde est& o capit$o9 +/ra para isso 'ue tin a vindo ori inalmente. A carta de Tomso!re o navio estar avariado era preocupante, mas o fato de ocapit$o n$o 'uerer supervisionar os consertos era muito ruim.
+ /m 4orset.+ 7omo9 + /le franziu a testa diante da frustra$o.+ /m casa, parece. eaufort & um pro!lema a'ui, e
receio 'ue se%a !em mais complicado do 'ue um naviopre%udicado pela tempestade. #ei como voc1 conduz seusinvestimentos, e ac ei 'ue ostaria de ver por si mesmo.
+ 7om certeza + ele concordou. + ez a coisa certa, Tom. 2$o ) com voc1 'ue estou zan ado.
0ausou por um instante, forando-se a pensar. 4orsetestava & v&rios dias de via em do porto, e mandar ummensa eiro iria apenas prolon ar o processo. Al)m disso,avia certas mensa ens 'ue ele preferia entre arpessoalmente.
+ >oc1 cuida dos reparos. /u cuido do capit$o +decidiu, e !alanou a ca!ea, frustrado, en'uanto camin avapara fora das docas.
+ #rta. Medford est& dispensada de seus servios.As palavras rever!eraram na ca!ea de Liz como o!adalo de um sino. /stava demitida9
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+ Lamento + continuou a viscondessa Drums!", o tomentil, por)m 6rme. + >oc1 ) uma !oa overnanta, e as
crianas a adoram. Mas sua rela$o com meu irm$o se tornoup(!lica, e toda a cidade est& comentando. /u estava dispostaa mant1-la conosco, apesar de seu passado, contanto 'uetra!al asse discretamente. Mas n$o posso arriscar areputa$o de min a famlia. /stou certa de 'ue compreende.
As entran as de Liz se revolveram de tristeza econstran imento. /la a!riu a !oca para falar, mas aviscondessa er ueu a m$o, interrompendo-a.
+ 2$o importa se ) verdade ou n$o, Liz, %& 'ue asociedade pensa 'ue ). + Lanou-l e um ol ar de avalia$o.+ /m!ora eu ten a visto a maneira como meu irm$o a ol a,e ouse dizer 'ue os rumores n$o s$o sem fundamento. Liz!ai ou os ol os. 2$o tin a defesa.
+ Lamento ter causado