Post on 21-Feb-2017
Biologia 12º Ano
Fábio Miguel Pinto Soares , nº 1212ºB
As mudanças no corpo da Mulher Grávida
Escola Secundária de Santa Maria da Feira
Fecundação
Dá-se a reação acrossómica
Fusão entre as membranas dos dois gâmetas
seguida da
Maior resistência da Zona Pelúcida à penetração de outros espermatozóides;
Incorporação progressiva do espermatozóide no oócito II;
Finalização da meiose II do oócito II com a formação do pronúcleo feminino e do segundo glóbulo polar;
Formação do pronúcleo masculino a partir da descondensação do núcleo do espermatozóide;
Migração dos dois pronúcleos para o centro do oócito II, terminando com a fusão dos dois pronúcleos num só diploide com cromossomas paternos e maternos.
que provoca a:
Os primeiros 7 dias
Blastocisto
Três dias após o momento da fecundação o ovo tem ainda apenas 8 células. Com o aumento do número células resultante das constantes divisões mitóticas forma-se a mórula (semelhante a uma amora), e entre o quinto e o 6 dia o blastocisto. No sétimo dia, após se completar a descida do ovo das trompas até ao útero, e caso este esteja preparado para receber o ovo ocorre a nidação.
A nidação corresponde à implantação do embrião no endométrio (que fornecerá os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento numa fase inicial). Segundo muitos autores a nidação marca o início da gestação.
GestaçãoProcessos Biológicos
Diferenciação CelularMorfogéneseCrescimento
Dá-se o crescimento devido às numerosas divisões mitóticas e aumento do volume das células.
Conjunto de movimentos de territórios celulares que tomam posições uns em relação aos outros, de acordo com as estruturas que vão formar. Formam-se três camadas celulares embrionárias.
Especialização das camadas embrionárias no sentido de desempenharem funções específicas. Os diferentes tecidos inter-relacionam-se, formando órgãos e sistemas de órgãos.
Ectoderme
Mesoderme
Endoderme
Sistema nervosoÓrgãos dos sentidosEpiderme
Sistema respiratórioRevestimento do tubo digestivoFígadoPâncreas
EsqueletoMúsculosSistemas circulatório, excretor e reprodutor
Anexos Embrionários O desenvolvimento embrionário é acompanhado pela formação dos anexos embrionários, originados pela extensão das três camadas germinativas e do trofoblasto.
Córion
Âmnio
Cavidade Amniótica
Cordão Umbilical
Alantoide
Embrião
Vilosidades Coriónicas
Vesícula Vitelina
Âmnio
Vesícula Vitelina
Alantoide
Córion
Rodeia a cavidade amniótica (preenchida pelo líquido amniótico). Protege o embrião de choques mecânicos e mantém a temperatura constante no seu interior.
De dimensões reduzidas mas muito vascularizada. Contem uma parte incorporada no cordão umbilical, representando o primeiro local de produção de células sanguíneas e germinativas.
Membrana extraembrionária mais exterior que, juntamente com o âmnio, rodeia o embrião e intervém na formação da placenta.
Contribui para a formação do cordão umbilical.
A Placenta
A Placenta
A placenta permite trocas seletivas entre a mãe e o filho, fundamentais ao desenvolvimento deste. Além das trocas de nutrientes e de oxigénio, permite ainda a passagem de anticorpos do sangue da mãe que protegem o recém-nascido nos instantes iniciais da sua existência. Apesar de essencial à maturação e proteção do feto, a placenta apresenta permeabilidade a substâncias e materiais tóxicos, como álcool ou drogas, permitindo assim uma fácil difusão destas substâncias a partir do sangue da mãe. Podem ainda passar para o sangue do feto certos microorganismos que podem estar na origem de malformações congénitas.
Controlo do desenvolvimento embrionário
Apesar de a adaptação morfológica ser a mais visível durante a gestação, o corpo da mulher sofre também diversas alterações a nível hormonal. Desde o início da nidação do embrião, é produzida a HCG (hormona gonadotrofina coriónica humana) pelo trofoblasto.
A HGC impede, numa fase inicial, que ocorra a degeneração do corpo lúteo. Assim, este continua a produzir estrogénios e progesterona, essenciais à manutenção do endométrio, permitindo que a nidação do embrião se mantenha.
Controlo do desenvolvimento embrionário
Após as 8-10 semanas verifica-se a degeneração do corpo lúteo devido ao declínio da concentração de HCG no sangue, ficando a produção de estrogénios e progesterona inteiramente assegurada pela placenta.
Os estrogénios são responsáveis pela expansão do útero.
A progesterona é responsável pela inexistência de contrações uterinas durante os nove meses de gestação.
Ambas as hormonas intervêm no desenvolvimento e maturação das glândulas mamárias.
No final da gestação, o facto de o teor de estrogénios ser dominante em relação ao de progesterona induz a contração dos músculos uterinos. Os estrogénios induzem ainda a formação de numerosos receptores de oxitocina (produzida no hipotálamo e libertada pela neuro-hipófise) no útero.
Alterações nas glândulas mamárias
Durante a gestação ocorrem também mudanças reguladas pela intervenção do complexo hipotálamo-hipófise. Neste período de gestação, os estrogénios e a progesterona induzem a ramificação intensiva dos diversos canais do tecido adiposo, o desenvolvimento dos alvéolos que contêm as células secretoras de leite e, paralelamente, o desenvolvimento de uma vasta rede de vasos sanguíneos e linfáticos.
Elevados teores de estrogénios e progesterona
Hipotálamo Hipófise anterior
Prolactina
Inibem Inibe
Não se produz
Com a expulsão da placenta após o nascimento de bebé, a concentração de estrogénios e progesterona no sangue sofre uma queda acentuada, sendo esta queda responsável pelo início de produção de prolactina. Numa fase inicial, de 1 a 4 dias, as glândulas mamárias segregam um líquido chamado colostro, dando-se depois início à produção de leite.
Lactação
O colostro é menos rico em glícidos e lípidos mas mais rico em proteínas, água e anticorpos que protegerão o bebé nas primeiras semanas de vida.
O leite maduro é mais rico em gorduras e em lactose e muito menos rico em água e anticorpos que o colostro.
Bibliografia
• Sílvia, Amparo; Santos, Maria; Mesquita, Almira; Baldaia, Ludovina; Félix José; “Terra, Universo de Vida”; 2014, Porto Editora