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Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
ANAIS DA IX JORNADA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Rio de Janeiro
2016
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
ANAIS DA IX JORNADA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia
na Zona Oeste
1ª edição ISBN: 978-85-65120-05-0
Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Rio de Janeiro
2016
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Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
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Apresentação
A Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO) convida a
comunidade Ueziana a IX Jornada de Ciência & Tecnologia. Nesta edição teremos o tema
UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia na Zona Oeste.
A Interação entre a universidade e a comunidade proporcionam relacionamentos
mutuamente benéficos, nos quais tanto as instituições de ensino superior quanto à população
podem expressar os seus desejos e necessidades, e todos aprendem e evoluem. A
comunidade pode ser representada por escolas de ensino básico, médio, ONGs, associações
de moradores e outros grupos que representam os cidadãos.
Tais parcerias podem gerar diversos benefícios educacionais e de inovação dentro e
fora da universidade. Os resultados do envolvimento incluem melhorar relações com a
comunidade e minimizar lacunas no sucesso dos alunos do ensino fundamental e médio de
baixo desempenho, por meio do estimulo a novas perceptivas de vida profissional. Essas
parcerias oferecem aos universitários a oportunidade de adquirir habilidades de pesquisa, de
ensino, de comunicação e de gestão, contribuindo para a definição de objetivos de carreira e
introduzindo novas opções de atuação profissional. Promovem uma compreensão mais
profunda e uma maior conexão com o mundo real. Docentes ganham novos meios para
divulgar suas pesquisas e recrutar jovens talentos enquanto a nossa UEZO é apresentada a
comunidade da Zona Oeste ouvindo suas necessidades e anseios.
Profª Drª Maria Cristina de Assis
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FUNDAÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTADUAL DA ZONA OESTE -
UEZO
Alex da Silva Sirqueira
Reitor
João Bosco de Salles
Vice-Reitor
Vania Lucia Muniz de Pádua
Pró-Reitor de Graduação
Maria Cristina de Assis
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação
Dario Nepomuceno
Pró-Reitor de Extensão
Cristiane Pimentel Victório
Coordenadora de Iniciação Científica e Tecnológica
Alexander Machado Cardoso
Coordenador de Pesquisa
Ana Isabel Carvalho
Coordenador de Pós-graduação
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Equipe Técnica
Coordenação Geral Vania L. Muniz de Pádua
Pró-reitoria de Graduação
Dario Nepomucemo da Silva Neto
Pró-reitoria de Extensão
Coordenação de trabalhos de Iniciação
Científica Tecnológica e de Pós-
graduação
Cristiane Pimentel Victório
Alexander Machado Cardoso
Ana Isabel Carvalho de Santana
Aline Fonseca da Silva Soares
I Workshop dos Programas de Pós-
Graduação
Alexander Machado Cardoso
Ana Isabel Carvalho de Santana
Cristiane Pimentel Victório
Maria Cristina de Assis
Ronaldo Figueiró
Comunicação e Divulgação
Marcela Stingen
Elieu Santiago
Responsáveis pela página eletrônica da
Jornada de Ciência& Tecnologia
Luiz Bruno Vianna
Maria Cristina de Assis
Sistema emissão certificados
http://ixjornada.esy.es/certificados
• Luiz Bruno Vianna (LEMA/UEZO)
II Feira de Estagios e Oportunidades
• Edmilson de Souza Monteiro
• Luciana Cunha
Oficinas Interativas de Ciência e
Tecnologia
• Catharina Eccard Fingolo
Organização geral da Semana Nacional
de Ciência e Tecnologia na Zona Oeste
• Ida Carolina Neves Direito
Catharina Eccard Fingolo
Oficinas de Gestão para Associação de
Moradores
UEZO JR Consultoria
Dario Nepomucemo da Silva Neto
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Comitê Científico
Interno: Albert L. Suhett, Alexander Cardoso Machado, Alessandro Kappel Jordão, Aline
Fonseca da S. Soares, • Ana Isabel C. de Santana, Ana Beatriz Santoro, Carlos Vitor Carvalho,
Catharina Eccard Fingolo, Cristiane Pimentel Victório, Daniele Cruz Bastos, Eidy de Oliveira
Santos, Maria Francisca do N. Oliveira, Erika Dias Cabral, Fabio da S. de Azevedo Fortes,
Francisco José Rocha de Sousa, Jamila A. Perini Machado, Jessica Manya B. Dias Vieira, João
Victor Rego Ferreira, Luanda S. de Moraes, Luanda Silva de Moraes, Marise Costa de Mello,
Marco Antônio Mota da Silva, Maurício Q. Antolin, Maria Iaponeide F. Macêdo, Neyda de La
C. Om Tapanes, Patrícia Reis, Patrícia dos S. Matta, Renata Couto Vista, Renata Angeli,
Roberta Gaidzinski, Rogério Pinto Espíndola, Ronaldo Figueiró, Rosana da Paz Ferreira, Valdir
Melo, Vânia Lúcia Muniz de Pádua.
Externo: Fabiano S. Gomes de Oliveira (UERJ), Maria Goretti Freitas (FIOCRUZ)
Diagramação e organização: Cristiane Pimentel Victório , Aline Fonseca da S. Soares e Alexandre Pimenta Esperanço
Editora: Editado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pó-sgraduação–2016, Fundação Centro
Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO
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FICHA CATALOGRÁFICA
______________________________________________________________________
Jornada de Ciência e Tecnologia da UEZO (IX:2016- Rio de Janeiro, RJ) Anais da IX
Jornada de Ciência e Tecnologia da UEZO; Autores: Cristiane Pimentel Victório, ,
Alexander Machado Cardoso, Ana Isabel Carvalho de Santana, Aline Fonseca da Silva
Soares
— Rio de Janeiro: UEZO, 2016, 145p., il. ISBN 978-85-65120-05-0
Tema: “UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia na Zona Oeste”
1. Centro Universitário Estadual da Zona Oeste- UEZO — Pesquisa. 2. Ciência — Rio
de Janeiro — Congressos. 3. Ciência e tecnologia — Produção científica. I. Victório,
Cristiane Pimentel. II. Cardoso, Alexander Machado. III. Santana, Ana Isabel Carvalho.
V. Soares, Aline Fonseca da Silva. VI. IX Jornada de Ciência e Tecnologia – “UEZO
Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia na Zona Oeste”
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO End.: Avenida Manuel
Caldeira de Alvarenga 1203, Campo Grande, Rio de Janeiro, CEP: 23070-200 Tel.: (21)
2332-7535 Fax: (21) 2332-7530 www.uezo.rj.gov.br
Nota: Os resumos impressos não sofreram revisão por parte da equipe de diagramação, sendo,
portanto, reprodução fiel do texto preparado pelos autores
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Sumário
1. Apresentação 3
2. Equipe Técnica 5
3. Comitê Científico 5
4. Ficha Catalográfica 7
5. Sumário 8
6. Programação: I Workshop dos Programas de Pós-Graduação
7. Sessão Oral
8. Menção honrosa e premiação
9
11
12
9. Resumos dos \Programas de Pós-graduação UEZO
9.1- Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia Ambiental
9.2- Mestrado e Doutorado em Biomedicina translacional e outros
13
30
9.3- Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais 42
10. Resumo de Iniciação Cientifica e Tecnológica
10.1- Unidade Universitária de Tecnologia em Polímeros, Construção Naval,
Processos Metalúrgicos e Engenharia de Produção
10.2- Unidade Universitára de Computação
10.3-Unidade Universitária de Biologia e Farmácia
62
79
83
11. Abstracts (Bolsistas CNPq 2015-2016) 127
12. Resumos Oficinas Interativas 132
13. II Feira de Estágio e Empregabilidade
14. Oficinas de Gestão para Associação de Moradores
143
144
15. Patrocinadores e apoiadores 145
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I WORKSHOP DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO UEZO
O I Workshop da Pós-graduação da UEZO nasce como um evento
interdisciplinar para congregar os três programas de pós-graduação hoje
existente na instituição em um espaço único de debate através das
apresentações de trabalhos acadêmicos e de palestras voltadas para o
público diversificado que compõe os três programas. A primeira edição do
evento ocorrerá nos dias 18 e 19 de outubro nas dependências da Fundação
Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO) e contará com a
presença de palestrantes de outras instituições.
Publico alvo: Alunos de graduação e dos Programas de Pós-graduação
Ciência e Tecnologia Ambiental, Ciência e Tecnologia de Materiais e
Biomedicina Translacional (BIOTRANS)
Comissão Organizadora: Prof. Dr. Alexander Machado Cardoso, Profa
Dra. Ana Isabel Carvalho, Profa. Dra. Cristiane Pimentel Victório, Prof
a.
Dra. Maria Cristina de Assis, Prof. Dr. Ronaldo Figueiró
PROGRAMAÇÃO
TERÇA –FEIRA -18/10/2016
Mini curso “Microbiologia: Onde se aplica?” Ministrantes: Prof Dra. Jéssica Manya Bittencourt (UEZO) e Profa.
MSc. Aline Lorete (UEZO)
Horário: 13:00 – 15:00 e 16:00 – 19:00
Programação do Mini curso
Palestra – “Desafios e oportunidades do estudo de alterações genéticas e
do estabelecimento de modelos experimentais na pesquisa básica” Palestrante: Prof Dra. Jamila Perini (UEZO)
Horário: 15:00- 15:45
Local: Auditório Daniel
Exposição trabalhos do Programa de Pós-graduação em Ciência e
Tecnologia Ambiental e Biomedicina Translacional
Horário: 19:00-21:00
QUARTA-FEIRA -19/10/2016
Mini-Curso “Microbiologia: onde se aplica?”
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Ministrantes: Prof Dra. Jéssica Manya Bittencourt (UEZO) e Profa.
MSc. Aline Lorete (UEZO)
Horário: 13:00- 16:00
Palestra- “Metagenoma na Vigilância Epidemiológica e Ambiental”
Palestrante: Prof Dr Alexander Machado Cardoso (UEZO)
Horário:16:00 às 16:45
Local: Auditório Daniel
Palestra- “Aproveitamento de resíduos agroindustriais: Soluções
tecnológicas para as áreas de energia e materiais”.
Palestrantes: Prof. Dr. Pedro Beaton Soler(Universidade de
Oriente/Cuba) e a Profa. Dra. Neyda de la Caridad Om Tapanes
(Uezo).
Horário: 17:00 às 18:00
Local: Auditório Daniel
Palestra: “Aedes pet shop, felicidades e agruras de um mosquito
sinantrópico” Palestrante: Profa. Dra. Maria Goretti Freitas (Fundação Oswaldo
Cruz)
Horário:19:00 -20:00
Local: Auditório Daniel
Exposição trabalhos do Programa de Pós-graduação em Ciência e
Tecnologia de Materiais
Horário: 19:00-21:00
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Sessão Oral
Aluno/Centro Setorial Bolsa
CNPq Título
Lucas Sant’Anna Garcez (CCMAT) PIBITI Banco de dados de redes complexas: modelagem,
administração e visualização
Igor Ramos Pestana (CCMAT) PIBIC Criação e implementação de métricas em redes
complexas fuzzy
Hilmar R. de C. Júnior (CCMAT) PIBIC Cidades Inteligentes: Segurança Pública
Nicolas Gomes Teixeira (CSPI)
PIBITI
Membranas poliméricas modificadas com espumas
cerâmica para uso em célula a combustível:
influência do grau de sulfonação do SPEEK
Francielly Moura de Souza (CSPI)
PIBITI
Aplicação de extratos vegetais como inibidor de
corrosão de ligas ferrosas: um estudo eletroquímico
Rayane Campos Luiz (CSPI)
PIBITI
Obtenção de Nanocompósitos de SAN e Argila
Sulfonados para Aplicação em Células a
Combustível do Tipo PEM
Kariny Gomes Pereira (CCBS)
PIBIC
Estudo do potencial anti-inflamatório do extrato de
Euterpe oleraceae em modelo experimental de
endometriose
Felipe Figueirôa Moreira (CCBS)
Efeitos in vitro de novos compostos
metalocomplexos de ferro no crescimento de
epimastigotas de Trypanosoma cruzi
Amanda Sanae M. Oliveira (CSPI)
Avaliação de aço microligado como material nos
depósitos de Diesel Marítimo (DMA) e Diesel S-10
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Menção Honrosa e Premiação (Sessão pôster e oral)
CSPI Amanda Sanae M. Oliveira Francielly M. de Souza Raphael de S.dos Reis Silva Rayane Campos Luiz Tamara da Silva Tavares Nicolas Gomes Teixeira
CCBS Bruna Mendonça da Silva Christina A. Ferreira Fernanda Pereira Bortolami Felipe Figueirôa Moreira Gabriele Marques Pinto Kariny Gomes Pereira Tathiane Maria Sales Martins Yago Moreira Rodrigues
CCMAT Hilmar R. de C. Júnior Igor Ramos Pestana Lucas Sant’Anna Garcez
Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia em Materiais
Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental e Biotrans
Alan Sala Bourguignon Sidney Martins Francis Euzébio Pereira Isamara Araujo Rosa Barbosa Wanderson Almenara Leonardo Moreira Lima Thaís Magdalena
Edson de Jesus da Silva Jéssica Alessandra-Perini Tauana de Freitas Pereira
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
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PÓS-GRADUAÇÃO EM
CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL
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Análise Quantitativa e Qualitativa de Bactérias Associadas à
Contaminação das Águas Potável e Purificada de uma Indústria
Farmacêutica Situada no Município do Rio de Janeiro Santos, J.M. (PG)¹*, Oliveira C.E.A. (IC)
1, Cardoso, A.M. (PQ)², Vieira, J.M. (PQ)
1
1 Setor de Microbiologia do Laboratório de Tecnologia em Cultura de Células – LTCC, UEZO ²Laboratório de
Biotecnologia Ambiental – LBA, UEZO.
*jessicabittencourt@uezo.rj.gov.br
Palavras-chaves: Água, Microrganismos, Biofilme, Indústria farmacêutica.
Introdução
A água é um elemento indispensável a todos os
seres vivos1. A estrutura química da água é
peculiar, com um momento dipolo e grande
facilidade em formar ligações de hidrogênio2. A
água é normalmente habitada por vários tipos de
microrganismos. Contudo, ocasionalmente são
introduzidos organismos parasitários e/ou
patogênicos na mesma3. A produção de água
purificada para a indústria farmacêutica é de
extrema relevância por ser o componente
principal na preparação de diversas formas
farmacêuticas, sendo obtida a partir da água
potável que percorre uma combinação de
sistemas de purificação4. Os microrganismos
encontrados na água podem levar à formação de
biofilme, um sistema biológico formado por
comunidades microbianas e que possibilita a
aderência irreversível de microrganismos a
superfícies, o que pode causar prejuízos para o
setor industrial5. Este estudo propõe a análise
quantitativa e qualitativa da microbiota da água
potável e purificada de um sistema de água de
uma indústria farmacêutica a fim de associar
futuramente os microrganismos presentes à
formação de biofilme.
Materiais e Métodos
Após a coleta, as amostras foram filtradas pela
técnica da membrana filtrante e incubadas no
ágar R2A e ágar Cetrimide. Os microrganismos
encontrados foram quantificados pela técnica de
Spread Plate e as bactérias classificadas pelo
método de Gram como Gram negativas
futuramente serão identificadas através do
sistema VITEK® 2 Compact.
Resultados e Discussão
Foram observados diferentes tipos de colônias
durante as monitorações diárias da água potável
e da água purificada produzida pelo sistema de
purificação através da técnica da filtração em
membrana. Como esperado, a análise
quantitativa demonstrou redução no número de
microrganismos nas amostras de água purificada
produzida pelo sistema de osmose reversa
quando comparadas as amostras de água potável
de entrada no sistema.
Figura 1. Colônias de amostras de água potável (A e B) e
água purificada (C) com diferentes características
macróscópicas detectadas pela técnica de filtração em
membrana.
As análises microscópicas demonstraram maior
incidência de bactérias gram negativas nas
amostras de ambas as origens. As bactérias
gram negativas são normalmente as mais
encontradas em meio aquoso. Além disso, são
geralmente aquelas associadas à formação de
biofilme.
Conclusões
Os resultados dos ensaios macroscópicos
indicam a diversidade de microrganismos
presentes nas amostras de água potável e
purificada, com redução numérica nesta última.
Já os resultados microscópicos apontam maior
incidência de bactérias gram negativas nas
amostras analisadas. Agradecimentos: CNPq e FAPERJ.
Referências
1. Krueger T.; Maynard C.; Carr G.; Bruns A.; Mueller N.;
Lane S. A transdisciplinary account of water research.
WIREs Water 2016, 3:369–389. Humboldt-Universität zu
Berlin, Berlin, Germany, 2016.
2. Soares, A.; Clavico, E. Propriedades Físico químicas da
Água. Universidade Federal Fluminense (UFF), 2005.
3. Rehan A. Deshmukh, Kopal Joshi, Sunil Bhand & Utpal
Roy. Recent developments in detection and enumeration
of waterborne bacteria: a retrospective minireview.
Microbiology Open. Birla Goa Campus, NH17B Bypass,
Zuari Nagar, Goa 403726, India, 2016.
4. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
(ANVISA). Guia de Qualidade para Sistemas de
Purificação de Água para Uso Farmacêutico. Brasília-DF,
2013.
5. Macedo, J.A.B. Milknet. Biofilmes Bacterianos: Uma
Preocupação Para a Indústria de Alimentos, 2006.
Disponível em<www.milknet.com.br>. Acesso em 27 de
agosto de 2016.
A B C
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Preparação de Catalisadores Ambientalmente Amigáveis Via
Imobilização de Lipases em Copolímeros Sty-DVB com Estrutura de
PoliHIPEs Ezaine Cristina Corrêa Torquato (PG)¹*, Ana P.N. Brito (PG)
1, Jhennifer de Souza (IC)¹, Maria
Cristina de Assis (PQ), Luciana da Cunha Costa (PQ)1
1 Laboratório Analítico de Síntese Orgânica - LASO, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste.
* ezaine_correa@hotmail.com
Palavras-chaves: Catalisadores heterogêneos, Lipases, Polímeros de estireno e divinilbenzeno
Introdução
A imobilização de lipases em suportes sólidos
objetiva torná-las menos frágeis, viabilizando o
aumento da estabilidade e da atividade destas.
Elas atuam em numerosas reações e são
empregadas em tratamento de rejeitos
industriais gordurosos e diversos processos
industriais: produção de fármacos
estereosseletivos, agroquímicos, cosméticos,
biodiesel1. As lipases (triacilglicerol acil
hidrolases) são biocatalisadores que propiciam a
hidrólise de ligações éster-carboxílicas,
presentes em acilgliceróis2. A elevada área
superficial e as características de porosidade
tornam os polímeros de Estireno e
Divinilbenzemo (Sty-DVB) com estrutura
poliHIPEs suportes promissores para
imobilização de lipases3. O reuso dos
catalisadores heterogêneos e retorno ao processo
torna econômica e ambientalmente relevante, a
imobilização da lipase em suportes. Apesar das
potenciais vantagens, o assunto não tem sido
adequadamente explorado na literatura. Desta
forma, o objetivo principal deste trabalho é
desenvolver novas metodologias de
imobilização química de lipases em copolímeros
Materiais e Métodos
. ETAPA 1: Síntese dos PoliHIPEs
Posteriormente, será realizada a imobilização
química das lipases aos poliHIPEs por meio de:
imobilização direta de cadeias de
poliglutaraldeído às perolas Sty-DVB,
substituição do monômero Sty por metacrilato
de glicidila, reação de aminação e reação com
glutaraldeído, substituição do monômero Sty
por ácido metacrílico e reação com 1-etil-3-(3-
dimetilaminopropil)carbodiimida (EDC). As
pérolas modificadas quimicamente serão
submetidas ao contato com diferentes
concentrações de lipases. A atividade catalítica
dos produtos será avaliada por colorimetria
usando p-nitrofenol.
Resultados e Discussão
Resultados preliminares sugerem a produção
parcial e/ou total de poliHIPEs esféricos. Pois
foi possível visualizar, em imagens de MEV,
além de estruturas esféricas bem definidas,
microesferas e fragmentos.
Os testes de densidade aparente indicam uma
resina potencialmente porosa. Tabela 1: Síntese dos poliHIPEs Sty-DVB
Figura 1: MEVs dos poliHIPEs Sty-DVB
Conclusões
Análises realizadas até o momento sugerem
condições favoráveis a síntese de poliHIPEs
potencialmente esféricos e com elevada
porosidade. Salvo a velocidade de agitação da
reação e o volume de monômeros iniciais,
posteriormente ajustados. E, o tempo de duração
da reação que parece tem interferido no
rendimento, na formação parcial de poliHIPEs
com formato esférico e no aspecto da resinas
sintetizadas. Agradecimentos: FAPERJ, UEZO
Referências
1. Mendes, A. A., Giordano, R. C., Giordano, R. L. C.,
Castro, H. F. Journal of Molecular Catalysis B: Enzymatic
68, 109–1, 2011.
2. JAEGER, K. E., REETZ, M. T. Tibtech, v. 16, p. 396-
403, 1998.
3. Silverstein, M. S.. Progress in Polymer Science 39, 199-
234, 2014.
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Estudo Teórico de Blocos Moleculares para o Desenvolvimento de
Agentes Quelantes do cátion Ni2+
Visando a Despoluição de Recursos
Hídricos
Edson de Jesus da Silva (PG)¹*, Leonardo Moreira da Costa (PQ)1
1 Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-
UEZO, Unidade de Farmácia, Rio de Janeiro, RJ.
edson.jsc@hotmail.com ; leonardocosta@uezo.rj.gov.br
Palavras-chaves: molécula quelante, recursos hídricos, poluição com níquel, DFT.
Introdução
Nas últimas décadas a contaminação
antropogênica dos recursos hídricos tem atraído
grande interesse nos campos das Ciências
Ambientais e Tecnológicas1. O descarte não
regulado de metais pesados nos ambientes
aquáticos é uma grande preocupação devido à
sua natureza tóxica e a tendência de
bioacumulação ao longo da cadeia trófica. Uma
vez que o cátion Ni2+
se dissolve na água e pode
ser absorvido nos diversos ecossistemas,
chegando dos níveis mais baixos aos mais
elevados da cadeia alimentar2. Isso causa sérios
problemas toxicológicos ao meio ambiente aos
organismos e a saúde humana3. No presente
estudo, analisou-se o bloco molecular (16
ligantes monodentados com diferentes grupos
funcionais) com maior afinidade pelo cátion
Ni2+
a fim de compreender as principais
características correlacionadas com a força de
interação para o desenvolvimento de um agente
quelante.
Materiais e Métodos
Foi utilizado o programa Gaussiam 09W para
cálculos de otimização de geometria e de
energias com o funcional B3LYP e a base 6-
311++G(d,p). O pseudopotencial SDD foi
utilizado para representar os elétrons mais
internos do cátio metálico.
Resultados e Discussão
Ligantes ∆H298
∆G298
O=P(OCH3)3 -31.78 -30.68
O=PH(CH3)2 -29.50 -28.79
N≡CCH3 -18.25 -15.52
N=CHCH3 -16.18 -14.94
S=C(CH3)2 -11.81 -11.60
S=CHCH3 -11.04 -9.18
O=CCH3NH2 -8.69 -8.21
O=C(OH)CH3 -8.45 -8.00
O=CH(OH) -8.24 -7.42
O=C(CH3)2 -7.58 -6.72
O=CHCH3 -7.50 -6.59
NH2-CH2CH3 -7.05 -6.14
S(CH3)2 -5.76 -5.49
HS-CH3 -5.46 -5.24
O(CH3)2 -2.74 -1.91
HO-CH2CH3 -2.43 -1.53
Conclusões
Entalpias e Energia Livre Gibbs para
substituição de uma molécula de água no
complexo [Ni(H2O)6]2+
de um ligante são
negativas, mostrando que a troca de uma
molécula de água por um ligante é um processo
espontâneo e exotérmico. O fosfato apresenta a
interação mais forte com o cátion metálico,
seguido por grupos funcionais com um átomo
de interação por ligação dupla e, em seguida,
por interação com grupos de átomos com
ligações simples. A ordem de afinidade
encontrada é: P=O (fosfato e óxido fosfínico) >
C=N (nitrila e imina) > C=S (tiocetona e
tioaldeido) > C=O (amida, éster, ácido
carboxílico, cetona e aldeído) > C-N (amina) >
C-S (tioéter e tioálcool) > C-O (éter e álcool). À
distância do metal ligante e cargas atômicas
estão correlacionados com a ordem de
afinidade. Agradecimentos: Dr. Leonardo Moreira da Costa e
ao Dr. José Walkimar de M. Carneiro. A FAPERJ
(Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), CNPq (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico), ao
Computational Canada West Grid Cluster. S. R. S e
ao Dr. John M. Villegas pelos comentários.
Referências
1. Ladewig SM, Bao S, Chow AT (2015) Natural fibers: A
missing link to chemical pollution dispersion in aquatic
environments. Environ Sci Technol 49(21): 12609-12610.
2. Bhatnagara A, Minocha AK (2010) Biosorption
optimization of nickel removal from water using Punica
granatum peel waste. Colloids Surf B: Biointerfaces 76:
544–548.
3. Gupta VK, Mangla R, Agarwal S (2002) Pb(II) selective
potentiometric sensor based on 4-tert-butylcalix[4]arene in
PVC matrix. Electroanalysis 14(15-16): 1127–1132.
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Combate a Incêndio Florestal: Utilização e Eficiência de Retardantes
Químicos Visando a Economia de Recursos Hídricos
1Fernando Coelho(PG);
2Gilberto J. C. Araújo (PQ);
1Alexander M. Cardoso (PQ)
Laboratório de Biotecnologia Ambiental - 1Unidade de Biologia e 2Unidade de Engenharia de Produção, Centro
Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.
Palavras-chaves: Incêndio Florestal, Recursos Hídricos, Retardantes.
Introdução
Os incêndios florestais representam hoje um dos
principais problemas ambientais enfrentados em
todo mundo, consumindo milhares de hectares
de florestas a cada ano, influenciando
diretamente o aquecimento global em virtude do
gás carbônico (CO2) liberado em enormes
quantidades por estes incêndios e de acordo
com Rodrigues (2008), os incêndios em
vegetações são um dos maiores responsáveis
pela destruição de habitats naturais dos animais
em todo o mundo e, consequentemente, uma das
maiores causas da extinção de espécies.
Em virtude do exposto, ao longo do tempo, têm
sido pesquisadas novas tecnologias, visando o
controle dos incêndios florestais e um combate
com mais eficiência, com o menor desgaste dos
combatentes e menor consumo de água tendo
em vista a escassez cada vez maior deste
recurso. À medida que aumenta a dificuldadeem
se obterágua e aumenta a intensidade do
incêndio, surge à importância do uso de
produtos químicos que melhorem a eficiência da
água na extinção do fogo ou que possam
substituí-la.
O objetivo deste projeto é criar um novo
Procedimento Operacional Padrão (POP) para
combate a fogo em vegetação, utilizando
retardantes químicos, visando a economia de
recursos hídricos.
Materiais e Métodos
Consiste em levantar um referencial teórico
sobre combate a incêndio florestal,
comportamento do fogo e a eficiência dos
retardantes químicos de combate a incêndio
florestal, verificando através de ensaios sua
eficiência na redução da velocidade de
propagação do fogo, na diminuição do
comprimento das chamas e na preservação da
massa da vegetação através da comparação dos
valores de intensidade obtidos nas queimas
realizadas sem a aplicação dos produtos
químicos, com os respectivos valores obtidos
nas queimas com aplicação dos mesmos.
Resultados e Discussão
As queimas nas linhas 1 e 2 para análise da
eficiência do retardante de curta duração foram
realizadas simultaneamente, visando a menor
interferência possível do vento e das demais
variações climáticas, como mostra a figura
abaixo.
Conclusões
Os retardantes foram capazes de diminuir o
tamanho das chamas porporcionando uma
efetiva economia de água, permitindo uma
completa eliminação do incêndio.
Agradecimentos: CNPq e Faperj.
Referências
REFERÊNCIA: Soares, Ronaldo Viana. Queimas controladas: prós e
contras. In: FÓRUM NACIONAL SOBRE INCENDIOS
Florestais, 1, 1995, Piracicaba - SP. Anais eletrônicos, abril,
1995. p. 6-10. Disponível em: < http://www.ipef.br
/publicacoes/forum_incendios/>. Acesso em: 28 maio 2015.
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Estudo de um Modelo Matemático Aplicado ao Controle Biológico da
Ceratitis capitata pelo Diachasmimorpha longicaudata na Fruticultura
Brasileira
Viviane de Lima Noronha (PG)¹*, Rosana da Paz Ferreira
(PQ)¹
1 Laboratório multidisciplinar de estatística e matemática aplicada, Universidade UEZO
* vivi_lima_noronha@hotmail.com.
Palavras-chaves: Ceratitis capitata, Diachasmimorpha longicaudata, controle biologico, modelo de Lokta-Volterra.
Introdução
Modelos matemáticos computacionais que
simulam a dinâmica da praga e do seu
parasitoide, auxiliam na adoção de soluções
para o controle biológico da praga. Dentre esses
modelos destacamos o de Lokta-Volterra
clássico, que também é conhecido como o
modelo “presa-predador”. Este modelo possui
uma interface bem didática, sendo bastante
recomendado em pesquisas interdisciplinares.
Deste modo, o presente trabalho tem como
objetivo estudar uma representação do modelo
Lokta-Volterra clássico a fim de analisar as
interações populacionais de um sistema
composto pela mosca-das-frutas do gênero
Ceratitis capitata, pelo seu parasitoide exótico,
Diachasmimorpha longicaudata e a fruticultura
nacional; partindo de uma pesquisa sobre os
principais dados biológicos e ecológicos dessas
espécies e, que são fundamentais para a
formulação do modelo proposto. Para isso, está
sendo apresentado neste trabalho, o
levantamento bibliográfico realizado da
literatura sobre a Ceratitis capitata, o
parasitoide Diachasmimorpha longicaudata e
controle biológico dessa mosca pelo parasitoide
na fruticultura do Brasil, com ênfase nas
informações encontradas para o sudeste
brasileiro.
Materiais e Métodos
A metodologia da primeira parte da pesquisa foi
composta pelo seguinte procedimento:
Os dados biológicos necessários para a
formulação e resultados do modelo foram
consultados na literatura de controle biológico
da mosca-das-frutas Ceratitis capitata pelo seu
parasitóide exótico, Diachasmimorpha
longicaudata na fruticultura nacional, com
ênfase nos dados encontrados para o Sudeste do
Brasil. A consulta aos dados iniciou-se em
setembro de 2015. Em novembro de 2015 foi
realizada uma visita à Embrapa Semiárido
(https://www.embrapa.br/semiarido) , em
Petrolina, Pernambuco, onde mais informações
pertinentes sobre os fatores biológicos e
ecológicos desse sistema foram obtidas por
meio de especialistas em controle biológico da
Ceratitis capitata por Diachasmimorpha
Longicaudata.
Resultados e Discussão
Para à obtenção dos coeficientes do modelo é
necessário alguns dados importantes sobre à
biologia e à ecologia das espécies Ceratitis
capitata e Diachasmimorpha longicaudata. A
maioria desses dados foram retirados das
seguintes pesquisas:
Paranhos (2008), Nakano (2011), Laboratório
Embrapa Semiárido, Walder et al. (2009).
Conclusões
Foram realizadas inúmeras pesquisas referentes
a literatura dos fatores biológicos e ecológicos
das duas espécies citadas neste trabalho e, foi
notado, que mesmo com toda a importância da
Ceratitis Capitata para a economia nacional e,
ainda, por se encontrar hoje difundida por todo
o Brasil, apenas algumas informações relevantes
foram encontradas. Este fato, também foi
observado pelo autor, Zucchi (2000), em pelo
menos para uma das espécies.
Referências
Nakano, O. Entomologia econômica. Piracicaba, SP:
Octavio Nakano/ESALQ/USP. 2011.
Paranhos, B. J. Moscas-das-frutas que oferecem riscos à
fruticultura brasileira. 2008. Disponível em:
<http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPATSA-
2009-09/39789/1/OPB2070.pdf>. Acesso em 06 de set. 06
set. 2016.
Walder, J. M. M.; Costa, M. L. Z.; Mastrangelo, T. A.
Produção massal do parasitoide Diachasmimorpha
Longicaudata para o controle biológico dede moscas-das-
frutas. In: BUENO, V. H. P (Eds.). Controle biológico de
pragas: produção massal e controle de qualidade. Lavras,
UFLA, 2009, p.221-234.
Zucchi, R.A. (Eds.). Moscas-das-frutas de importância
econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado.
Ribeirão Preto: Holos, 2000. p.119-126.
Site:
https://www.embrapa.br/semiarido. Acesso em 20 nov.
2015.
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Avaliação da Superfície do Eletrodo de Carbono Vítreo
Osvaldo B. Souza Júnior¹ (PG); Rômulo dos S.B. de Souza¹ (IC), Priscila Tamiasso-Matinhon2
(PQ), Célia Sousa2 (PQ), Maria Rita Guinancio Coelho¹ (PQ)
1Laboratório de Biotecnologia Ambiental – Unidade Analítica. Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
2Laboratório de Fisico-Química de Materiais e Eletroquímica, DFQ. Universidade Federal do Rio de Janeiro * e-
mail address: mariarita@uezo.rj.gov.br
Palavras-chaves: Eletroanálise, Carbono Vítreo. Ativação
Introdução
O problema de pesquisa maior em que esse
trabalho se insere visa preencher uma lacuna
negligenciada pelo do Ministério do Meio
Ambiente no que concerne à água de lastro. A
documentação apresentada pelas embarcações
que atracam em portos brasileiros aos órgãos
fiscalizadores preocupam-se com a salinidade,
descuidando-se da presença outros poluentes
tais como metais pesados entre outros1, não
conforme com o preconizado pela Organização
Marítima Internacional (IMO). A avaliação
de metais pesados em diferentes matrizes
utilizando o eletrodo de carbono vítreo (ECV) é
relatado na literatura2,3.quando sobre a
superfície ativa é formado um filme de bismuto
ex sito, que permite uma boa detecção de Cd+2
e Pb+2 em condições quantitativas. O
objetivo do presente trabalho é avaliar a
superfície do eletrodo de ECV para melhor
entendimento da modificação do mesmo por
filme de bismuto ex situ em condições
eletroquímicas controladas.
Materiais e Métodos
A superfície ativa do ECV comercial: ELS foi
investigada antes e após o tratamento com pasta
de diamante de 25 µm seguido de lavagem em
ultrassom e de ativação catódica em ácido
sulfúrico 0,5 molL-1. A superfície foi observada
em microscópio eletrônico de varredura JEOL
JSM-6490JLV, sem qualquer metalização. O
desempenho do eletrodo foi avaliado em um
sistema composto de solução a 0,5 molL-1 de
hexacianoferrato de potássio II/hexacianoferrato
de potássio II, em KCl 1,0 molL-1 em diferentes
velocidades de varredura pela técnica de
voltametria cíclica, em um
potenciostato/galvanostato AUTOLAB
Metrohm®, em uma célula eletroquímica
composta pelo ECV como eletrodo de trabalho,
contra eletrodo de rede da platina e o eletrodo
de calomelano saturado com KCl como eletrodo
de referência.
Resultados e Discussão
Figura 1. Micrografias da superfície do ECV
(A) antes (B) após tratamento.
Figura 2. Voltamogramas cíclicos do sistema
de KFe(CN)III/KFe(CN)II, a 0,5 molL-1, em
KCl, em diferentes velocidades de varredura
após tratamento da superfície.
Conclusões
Os resultados mostram que o pré-tratamento do
ECV permite a obtenção de uma superfície mais
homogênea, mas parece apontar para uma
possível diminuição da área ativa do eletrodo.
Agradecimentos: Os autores agradecem ao
Prof. Sérgio Seabra (UEZO) pelas micrografias
e a FAPERJ pelo auxílio financeiro.
Referências
1. Medina AC. et al. A Água de Lastro e os seus riscos
ambientais. São Paulo: Associação Água de Lastro Brasil,
2009. 83 p. 2. Wang J, Hocevar, LS, Farias P, Ogorevc B
(2000) Bismuth-Coated Carbon Electrodes for Anodic
Stripping Voltammetry. Anal. Chem. 72, 3218-3222. 3.
Santos MS, Bianchin JN, Spinelli A (2011)
Desenvolvimento de metodologia analítica. Eclética Quím.
36, 158-181.
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Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Fitorremediação in vitro de 2,4-D em Meios de Cultura
Dora dos Santos Costa (PG)¹*, Andressa Sbano da Silva (PG)1,2
, Carla Caroline Amaral da Silva
(IC)1, Ida Carolina Neves Direito (PQ)
1, Cristiane Pimentel Victório
(PQ)¹
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
2 Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
* dora.cost@hotmail.com
Palavras-chaves: 2,4-D. Fitorremediação. Descarte de meio de cultura. Propagação vegetal in vitro.
Introdução
Uma das auxinas sintéticas mais utilizadas em
meios de cultura na propagação vegetal in vitro
é o ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D),
principalmente para a calogênese1. Contudo a
substância também atua como herbicida, que já
foi associado a danos ambientais e é suspeito de
ser responsável por alguns tipos de câncer1. Na
literatura não são encontradas alternativas de
descarte de meios de cultura além de
confinamento em aterro ou incineração, ambos
podendo causar prejuízos ambientais e a saúde.
Já no âmbito das pesquisas biotecnológicas
sobre tratamento de solos e águas contaminados
com o 2,4-D, destaca-se a biodegradação
bacteriana e a fitorremediação, esta inclusive
com leguminosas usadas para adubação verde2,
como alternativas mais baratas do que métodos
químicos e físicos de remoção. Este projeto tem
como objetivo desenvolver um processo para
descontaminação de meio de cultura MS com
2,4-D residual oriundo da propagação vegetal in
vitro utilizando fitorremediação para viabilizar o
adequado descarte desses meios.
Materiais e Métodos
Inicialmente foi preparada uma curva de
calibração para detecção de 2,4-D em meio MS
de cultivo vegetal cedido de cultura de calos de
Cleome rosea, cujas concentrações de 2,4-D
variaram de 0,0009 a 0,125 mg.ml-1
, para
análise por CLAE (Cromatografia Líquida de
Alta Eficiência). Paralelamente foi introduzido
o cultivo in vitro de leguminosa Crotalaria
juncea no meio MS, seguindo o seguinte
protocolo de desinfestação das sementes:
imersão em água destilada com detergente por
15 minutos; Imersão em água sanitária (2,5% de
cloro ativo) por 10 minutos; Lavagem com
etanol 70% por 1 minuto e enxágue 3 vezes com
água destilada estéril e introduzidas em meio
MS sem 2,4-D. Trinta dias após a germinação,
foram realizados subcultivos dos segmentos
nodais em quadruplicata para frascos contendo
diferentes concentrações de 2,4-D (0,2; 0,5 e 1
mg.L-1
). Este experimento foi realizado com o
meio sem material vegetal, nas mesmas
condições físicas, sob luz ou na condição de
escuro, para avaliar se há degradação do 2,4-D
sob a luz.
Resultados e Discussão
As injeções da fase móvel da CLAE foram
ajustadas para 99,5 µL, onde foi possível
detectar a molécula de 2,4-D no meio para calo
no tempo de retenção de 12,627 minutos, o qual
entra em concordância com o tempo de retenção
estabelecido para o padrão de 2,4-D pelo
método Direito 2009 modificado3. A espécie C.
juncea germinou no 2º dia de cultivo das
sementes. As plântulas mostraram enraizamento
de 100%, desenvolvimento de caule e folhas.
Nos frascos que receberam os segmentos da
planta já é possível observar desenvolvimento
de calos.
Conclusões
Inicialmente, foi observado que o 2,4-D não foi
consumido completamente no desenvolvimento
de calos de C. rosea, indicando que novos
estudos devem ser avaliados para
descontaminação de 2,4-D do meio. Já em
relação ao comportamento da C. juncea na
presença do 2,4-D, e do meio sem a planta na
presença e ausência de luz, será preciso
continuar acompanhando seu desenvolvimento
para análises posteriores. Agradecimentos: FAPERJ. A Prof. Norma Albarello do Labplan (UERJ) por ceder o meio de cultura.
Referências
1.Sinski, I.; Dal Bosco, D.; Quecini, V. Resíduo de ácido
2,4-diclorofenóxi-acético em vidrarias de cultura de tecidos:
efeitos sobre o cultivo de plantas in vitro e desenvolvimento
de um protocolo para descontaminação. Embrapa Uva e
Vinho, 2012. 21p.
2.Ferreira, I. D.; Morita, D. M. Biorremediação de solo
isobutanol, Bis-2-etil-hexilftalato e Di-isodecilftalato.
Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 36, n. 2, p. 643-
652, 2012.
3.Sbano, A. S.; Ferreira, J. V. R.; Peckle, B. A.; MACRAE,
A.; Direito, I.C.N. Otimização de método cromatográfico
para quantificação do herbicida ácido 2,4-
Diclorofenoxiacético (2,4-D). Acta Scientia & Technicae.
v.1, n.2, p. 37-46, 2013.
21
“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
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Identificação Taxonômica e Caracterização Morfológica de Isolados
Bacterianos com Capacidade de Degradação do Herbicida 2,4-D
Juliana Succar (PG)1,2*
, Edson M. da Costa Moura (IC)1, Vinicius Ribeiro Flores (PG)
1,3, Alexander
Machado Cardoso (PQ)1, Ida Carolina Neves Direito (PQ)
1
1Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental – LPBA, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de
Janeiro, RJ; 2Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental – PPGCTA, Centro Universitário
Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 3Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, Duque de Caxias, RJ.
<idacarolina@uezo.rj.gov.br> <julisuccar@hotmail.com>
Palavras-chaves: Ácido 2,4-diclorofenoxiacético, Biodegradação, Herbicida, taxonomia.
Introdução
Na última década, o Brasil alcançou a posição
de maior consumidor mundial de pesticidas na
agricultura, atingindo no ano de 2008, cerca de
R$ 7 bilhões com a comercialização destes
compostos.1 Dentre os pesticidas, os herbicidas
representam o segundo maior grupo mais
utilizado no Brasil.2 Um dos herbicidas mais
utilizados na agricultura brasileira é o ácido 2,4-
diclorofenoxiácetico (2,4-D) principalmente na
cultura de cana de açúcar.3 Sabemos que na
microbiota do solo existem microrganismos
capazes de degradarem pesticidas e, dentre eles,
o herbicida 2,4-D.4 Este trabalho teve como
objetivo realizar a identificação taxonômica e
caracterização morfológica dos isolados
bacterianos CH 07, CH15 e CH20 com
capacidade de degradação do herbicida 2,4-D.
Materiais e Métodos
A identificação das colônias foi realizada com o
auxílio de um microscópio estereoscópio e
fotografadas com câmera Moticam, facilitando a
comparação entre as colônias do isolados. As
características morfológicas das células foram
analisadas ao microscópio óptico após a
coloração de gram. A identificação taxonômica
foi feita pelo sistema VITEK®2 Compact.
Resultados e Discussão
As colônias do isolado CH07 são grandes,
esbranquiçadas com centro definido. As dos
isolados CH15 e CH20 são arredondadas com
bordas irregulares, apresentam a parte central
bem definida e um pouco mais escura. Todos
são cocos gram positivo. Apesar das
características morfológicas dos isolados CH07
e CH20 serem diferentes o Sistema VITEK®2
Compact identificou os isolados como sendo
Staphylococcos sciuri com 89% e 86% de
confiabilidade respectivamente. Já o isolado
CH15, apesar de ser morfologicamente igual ao
CH20, não houve identificação segundo o
Sistema VITEK®2 Compact.
Conclusões
Considerando a taxa de confiabilidade no
resultado gerado pelo sistema VITEK®2
Compact ser abaixo de 90%, a identificação
microbiana dos dois isolados pelo sistema é
questionável. A identificação taxonômica para
os três isolados deverá ser baseada no uso das
técnicas de biologia molecular associadas à
bioinformática.
Agradecimentos: CNPq e FAPERJ
Referências
1.ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Brasil). Sistema de Informações sobre Agrotóxicos (SIA).
Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/
wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Agrotoxicos+e+T
oxicologia/Publicacao+Agotoxico+Toxicologia/Sistema+de
+Informacao+sobre+Agrotoxicos+SIA>. Acesso em 12 jul.
2016.
2.IBGE. 2008. Indicadores de desenvolvimento sustentável.
Estudos e Pesquisa – Informação Geográfi ca, n. 7, Rio de
Janeiro. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais
/ ids/>. Acesso em 01 jul. 2016.
3.Caires, S. M.; Castro, J. G. D. Levantamento dos
agrotóxicos usados por produtores rurais do município de
Alta Floresta. Revista Biologia e Ciência da Terra. v. 2, p.
35-42, 2002.
4.Direito, I. C. N. Bioprospecção e interações de populações
bacterianas degradadoras do herbicida 2,4-D em solos
agrícolas. 2009. 190f. Tese (Doutorado em Ciências
Biológicas), Biotecnologia Vegetal - Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
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Avaliação do Efeito Radiomodificador de Extratos Etanólicos de
Espécies Vegetais
Adriana de A. Sacramento (PG)1*
, Fernanda M. Peixoto (PQ)2; Edson R. Andrade (PQ)
3; João
Bosco de Salles (PQ)4;
1Maria Cristina de Assis (PQ)
1
1Laboratório de Biotecnologia Ambiental - LBA, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ. 2Laboratório de Farmacotécnica, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.
3Laboratório de Radiobiologia Militar do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), Rio de Janeiro, RJ; 4Laboratório de Bioquímica, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.
* dricca_araujo@hotmail.com
Palavras-chaves: radiação ionizante, radiobiologia, radiomodificadores, extratos vegetais.
Introdução
A exposição à radiação e seus efeitos tem sido
descritos como a Síndrome Aguda da Radiação
(SAR)1. Porém, os avanços em radiobiologia
visam não só uma melhor compreensão da
resposta celular radioinduzida, como também o
desenvolvimento de medidas prognósticas,
diagnósticas e terapêuticas modernas em
radioproteção e radio-oncologia. Sendo assim,
existem muitos derivados de extratos vegetais
ou de fontes vegetais geneticamente
modificados que são utilizados contra os efeitos
deletérios da radiação ionizante e são
administrados antes da irradiação. O interesse
por novas fontes de produtos para tratamento
após a irradiação tem sido alvo de estudos2. Os
radiomodificadores, que são agentes que
modificam as respostas biológicas, incluem
compostos naturais e químicos3. No entanto, os
compostos químicos possuem uma alta
toxicidade, o que contribuiu para que fossem
realizadas pesquisas relacionadas a novas
alternativas de produtos com baixa toxicidade,
gerando então os produtos ou compostos
isolados de fontes naturais, que tem mostrado
bons resultados. Avaliar o efeito
radiomodificador de fitocompostos extraídos
das espécies vegetais como Punica granatum
(romã), Aloe vera (babosa), Malpighia glabra
(acerola) e Morinda citrifolia (noni) sobre
linfócitos de ratos Wistar irradiados com altas
doses de raios-X pelo método da determinação
do número de micronúcleos.
Materiais e Métodos
1-Preparação dos extratos: As cascas dos
frutos da romã, os frutos de acerola e noni e o
gel das folhas da Aloe vera foram liofilizados.
Após serem desidratadas, realizou-se o processo
de maceração estática em solução etanólica por
10 dias. Após esses 10 dias, o extrato foi
filtrado, recolhido e transferido para o
rotaevaporador a 45ºC, até a completa secagem.
Foi realizada então, a varredura
espectrofotométrica. Para tal, os extratos foram
diluídos em tampão fosfato e analisadas na faixa
de comprimento de onda de 200 a 800nm, em
espectrofotômetro em intervalos de 2nm.
2-Determinação do número de micronúcleos:
a determinação dos micronúcleos será realizada
por microscopia ótica.
Resultados e Discussão
Curva absortiva dos extratos etanólicos de
200nm a 800nm.
Conclusões
Observamos que houve absorção máxima entre
220 e 300 nm. Através do espectro de absorção
podemos sugerir a presença de compostos
fenólicos que geralmente absorvem entre 200nm
e 280nm. Agradecimentos: FAPERJ, CTEx
Referências
1- Anno GH, Young RW, Bloom RM, Mercier JR. Dose
response relationships for acute ionizing -radiation
lethality. Health Phys.2003;84:565–575.
2- Arora, R. Botanicals as Potential Radioprotective and
Radiorecovery Agents: Current Status and Emerging
Directions for Clinical Applications. Proceedings of the
World Ayurveda Conference, Pune, India. 2007a:
November 5–12.
3-Jagetia GC et al. Radioprotective potential of plants and
herbs against the effects of ionizing radiation. 2007. J Clin
Biochem Nutr. Vol. 40(2). Pp. 74-81
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
.Imobilização de Lipases em Copolímeros de Estireno-Divinilbenzeno
para a Transesterificação de Óleos Vegetais Visando a Produção de
Biodiesel
Ana P.N. Brito (PG)¹*, Ezaine C. Torquato (PG)¹, Liliana S. Santos (IC)
1, Luciana C. Costa (PQ)¹
1 Laboratório de Análise e Síntese Orgânica, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
* apaulla91@gmail.com
Palavras-chaves: Lipase, Polímeros, PoliHipes
Introdução
A busca por combustíveis alternativos está
aumentando a cada dia devido a diminuição das
reservas fósseis¹. Atualmente o processo mais
aplicado para a produção de biodiesel baseia-se
na transesterificação de gorduras e óleos, ésteres
de ácidos graxos²,³. As lipases são enzimas
largamente usadas em biocatálise porque
possuem elevada seletividade e especificidade5.
Os poliHIPEs são materiais altamente porosos,
obtidos por polimerização em emulsão de
elevada fase interna (HIPE)6.
Temos assim como objetivo desenvolver uma
estratégia sintética para a funcionalização de
copolímeros Sty-DVB com estrutura poliHIPE
com lipases originárias de Thermomyces
lanuginosus e avaliação do produto obtido em
reações de transesterificação de óleos vegetais
visando a produção de biodiesel.
Materiais e Métodos
Para a síntese do polímero poliHIPE (emulsão
de elevada fase interna) foi sintetizado um
HIPE, que em seguida foi utilizado como fase
orgânica na produção do PoliHIPE. A resina
sintetizada foi lavada e caracterizada por MEV e
TGA, além disso foi calculado o rendimento da
resina e calculado a densidade aparente de cada
uma.
Resultados e Discussão
A tabela a seguir mostra os resultados dos
rendimentos e densidade aparente dos
PoliHIPES sintetizados.
Tabela: Sty-Estireno; DVB-Divinilbenzeno; Dap.-densidade
aparente; V-velocidade de agitação
Conclusões
Podemos concluir que a resina sintetizada
aumenta seu rendimento conforme aumentamos
a quantidade de monômero usado na reação.
Também observamos que em todas as resinas a
densidade aparente é bem baixa, o que nos
indica ela é bem porosa, característica essa que
buscamos.
Agradecimentos: FAPERJ, CNPq
Referências
1-Bharathiraja B., Chakravarthy M., RanjithKumar R.,
Yuvaraj D., Jayamuthunagai J., Praveen Kumar R., Palani S.
Biodiesel production using chemical and biological methods
– A review of process, catalyst, acyl acceptor, source and
process variables; Renewable and Sustainable Energy
Reviews 38 (2014) 368–382;
2-Suarez, P. A. Z.; Pinto, A. C. Journal Brazilian Chemical
Society, 22 (2011) 2023-2026
3-Pinto, A. C.; Guarieiro, L. L. N.; Rezende, M. J. C.;
Ribeiro, N. M.; Torres, E. A.; Lopes, W. A.; Pereira, P. A.
P.; Andrade, J. B. Jornal Brazilian Chemical Society 16
(2005) 1313-1330.
4-Karel Hernandez, Cristina Garcia-Galan, Roberto
Fernandez-Lafuente; Simple and efficient immobilization of
lipase B from Candida antarctica on porous styrene–
divinylbenzene beads; Enzyme and Microbial Technology
49 (2011) 72–78
5-Cetinkaya S.; Khosravi E.; Thompson R.; Supporting
ruthenium initiator on PolyHIPE;Journal of Molecular
Catalysis A: Chemical 254 (2006) 138–144
24
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Potencial Radiomodificador de Compostos de Origem Vegetal
Juliana L. Chal (PG)1*
, Maria C. de Assis (PQ)2, João B. de Salles (PQ)
1.
1 Laboratório de Bioquímica, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste.
2 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste.
* E-mail de contato: ju_chal@hotmail.com
Palavras-chaves: radiação ionizante, compostos de plantas, substâncias radiomodificadoras.
Introdução
A radiação é um fenômeno natural do nosso
planeta e é aplicada em várias áreas da ciência e
tecnologia nos dias atuais. A medicina, os
setores diversos da indústria e a agricultura são
as áreas que mais se beneficiam do uso da
radiação. Um exemplo da aplicação da energia
nuclear é a conversão de energia nuclear em
energia elétrica, nos reatores nucleares de
potência1. Substâncias radiomodificadoras são
aquelas com a propriedade de diminuir os
efeitos químicos decorrentes da interação da
radiação ionizante com o tecido biológico. Estas
substâncias atuam como compostos
antioxidantes exógenos, minimizando o estresse
oxidativo causado pela exposição à radiação2.
Compostos de plantas já foram utilizados como
agente terapêutico dos efeitos causados pela
radiação. Dentre estes, podemos citar o uso da
rutina para tratar trabalhadores de Chernobyl19
,
uso do beta-caroteno para tratar habitantes próximos à central de Chernobyl
2 e o uso de
legumes e frutas verdes e amarelos pelos sobreviventes da bomba atômica no Japão, o
que resultou na proteção contra o câncer de
bexiga3.
Com base nestes achados, o objetivo deste é
realizar um levantamento da bibliografia
existente acerca dos efeitos radiomodificadores
de fitoquímicos contra os danos biológicos
causados pelas radiações ionizantes.
Materiais e Métodos
O levantamento bibliográfico será feito em
diferentes bases de dados (Scielo, Web of
Science, PubMed, Science Direct, Lilac,
Bireme, National Library of Medicine, Digital
Library USP-Theses and Dissertations) em um
intervalo entre 2000-2016, além da consulta em
livros e sítios na internet relevantes ao tema.
Resultados Preliminares
Produtos naturais que apresentam características
como atividade antitumoral, atividade
antiinflamatória, antioxidante, antimicrobiana,
imunomoduladora, anti-estresse e capacidade de
capturar radicais livres devem ser estudados
como substâncias radiomodificadoras em
potencial4. Como exemplo de planta com
potenciais efeitos radioprotetores temos a
Centella asiática (pata de cavalo). Um estudo
realizado com o extrato aquoso deste vegetal
revelou sua capacidade de reduzir a perda de
peso radio-induzida em camundongos expostos
à radiação gama5. Outra planta já descrita com
potencial radioprotetor foi o Hippophae
rhamnoides (espinheiro marítimo). Seu extrato
hidroalcóolico mostrou-se capaz de evitar a
mortalidade celular radio-induzida e reduzir a
formação de micronúcleos em camundongos6.
Perspectiva
Continuar a pesquisar compostos naturais
oriundos de plantas com efeito
radiomodificador, descritos na literatura. Assim
como, os compostos que apresentam atividade
antioxidante e que, consequentemente, merecem
atenção por apresentarem um possível efeito
radiomodificador.
Referências
1.Noualhetas, Y. Radiações Ionizantes e a vida. Comissão
Nacional de Energia Nuclear – CNEN, Material Educativo.
2. Weiss, J. F. & Landauer, M. R. Protection against
ionizing radiation by antioxidant nutrients and
phytochemicals. Toxicology, v. 189, p.1 – 20, 2003.
3. Nagano, J., Kono, S., Preston, D. L., Moriwaki, H., Sharp,
G. B., Koyama, K. & Mabuchi, K. Bladder-cancer incidence
in relation to vegetable and fruit consumption: a prospective
study of atomic-bomb survivors. Int. J. Câncer, v.86, p.132
–138, 2000.
4. Jagetia, G. C. Radioprotective potential of plants and
herbs against the effects of ionizing radiation. J. Clin.
Biochem. Nutr., v.40, p.74-81, 2007.
5. Sharma, J.; Sharma, R. Radioprotection of Swinss albino
mouse by Centella asiática extract. Phytother. Res., v. 16, p.
785-786, 2002.
6. Goel, H. C.; Prasad, J.; Singh, S.; Sagar, R. K.; Kumar, I.
P.; Sinha, A. K. Radioprotection by a herbal preparation of
Hippophae rhamnoides,RH-3, against wholw body tethal
irradiation in mice. Pythomedicine, v. 9, p. 15-25, 2002.
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Avaliação da Atividade Bactericida do Extrato Etanólico da Casca de
Punica granatum e Óleos Essenciais de Espécies de Myrtaceae Contra
Bactérias Associadas à Mastite Bovina
Tauana de F. Pereira (PG)1, 3*
, Ludmila A.A. Ferreira (IC)3, Cristiane P. Victório(PQ)
1,3, Fernanda
P. Marques (PQ)1,2
, Maria Cristina de Assis (PQ)1,3
1 Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste.
2 Unidade de Farmácia da Universidade Estácio de Sá 3 Laboratório de Pesquisa em biotecnologia Ambiental da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
tauanafreitas@icloud.com, mcassis@ig.com.br
Palavras-chaves: mastite bovina, atividade bactericida, óleos essenciais, Myrtaceae, Punica granatum
Introdução
A mastite caracteriza-se por um processo de
inflamação da glândula mamária promovida por
diferentes fatores, sendo os principais causadores
as bactérias, com uma frequência de cerca de
90%1,2
. A enfermidade mastite infecciosa bovina
está associada à redução e alterações na
composição de leite, assim como o descarte do
animal. Os antibióticos usados para o tratamento
da mastite é uma preocupação importante para a
indústria e para a saúde pública. A existência de
resíduo de antibióticos no leite interfere com o
processo de produção de muitos produtos lácteos.
Os microrganismos causadores de mastite são
classicamente divididos em espécies contagiosas
ou ambientais. A distinção entre estes dois tipos
de microrganismos depende, principalmente, de
sua forma de transmissão3. O perfil de bactérias
contagiosas é caracterizado pela transmissão de
vaca para vaca, enquanto o perfil de transmissão
ambiental é caracterizado pela infecção da vaca
por bactérias de origem do ambiente4. O objetivo
desse trabalho é avaliar as propriedades
biológicas do extrato etanólico da casca de Punica
granatum e óleos essenciais obtidos a partir de
espécies da família Myrtaceae para o saneamento
e tratamento da mastite bovina ambiental.
Materiais e Métodos
A metodologia utilizada foi a difusão do disco em
Agar conforme as normas do Comitê Europeu
(EUCAST). A extração dos óleos essenciais das
espécies Myrrhinium atropurpureum, Eugenia
astringens foi realizada utilizando aparelho de
Clevenger e extração etanólica da casca de Punica
granatum. Foram realizadas diluições seriadas
(90%, 50%,12%, 6% e 3%) dos óleos em
presença de 0,5% Tween 80 e do extrato da P.
granatum (75mg/mL, 37,5mg/mL, 18,7mg/mL,
9,4mg/mL, 4,7mg/mL, 2,3mg/mL e 1,2mg/mL).
Foram utilizadas as amostras de bactérias ATCC:
Staphylococcus aureus (ATCC 6538);
Escherichia coli (ATCC 8739); Streptococcus
agalactiae (ATCC 12386).
Resultados e Discussão
M. atropurpureum não teve atividade bactericida
contra nenhuma das espécies bacterianas testadas.
Óleo da espécie Eugenia astringens apresentou
atividade antibacteriana contra E. coli nas
concentrações de 90% (2,7mm2,6), 50%
(2,7mm2,6), nas concentrações de 90%
(11,3mm 0,8) e 50% (9,3mm 0,6) para
S.aureus e para S. agalactiae 90%(8,9mm 0,6) e
50% (9mm1,0). A concentração mínima
inibitória do extrato da casca de P. granatum foi
de 75mg para E. coli (15,7mm 0,8), para S.
agalactiae (14,5mm 3,5) e S aureus (16,3mm
1,4). Os resultados representam médiaserro da
média de três experimentos.
Conclusões
Foi possível observar que o extrato de P.
granatum na concentração de 75mg/mL teve
atividade bactericida para as três cepas testadas.
Embora estes resultados ainda sejam preliminares,
nos estimula avaliar aplicação do óleo da espécie
E. astringens e extrato de P. granatum no
tratamento da mastite bovina. Agradecimentos: FAPERJ. Ao Prof. Marcelo da Costa
Souza (Herbário RBR, UFRRJ)
Referências
1: Peixoto, M. R. M. et al. Acção dos desinfetantes sobre a
adesão e biofilme consolidado de Staphylococcus spp.
Pesquisa Veterinária Brasileira. v. 35, n. 2, p. 105-109, 2015.
2: Silva. L, C, A. et al. Avaliação in vitro da sensibilidade de
estirpes de Staphylococcus spp. isoladas de mastite caprina
frente adesinfetantes comerciais. Arquivos do Instituto
Biológico. v. 82, p. 1-4, 2015.
3: Prestes. D, S. et al. Susceptibilidade á mastite: fatores que a
influenciam. Revista da FZVA. v. 9, n. 1, p. 118-132, 2002.
4: Silva. L, C, A. et al. Avaliação in vitro da sensibilidade de
estirpes de Staphylococcus spp. isoladas de mastite caprina
frente a desinfetantes comerciais. Arquivos do Instituto
Biológico. v. 82, p. 1-4, 2015.
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Avaliação da Capacidade Biocida de Nanocompósitos de Prata Obtidos a
partir de Copolímeros Estireno-divinilbenzeno poliHIPEs
Roberta T. Santos (PG)¹*, Nathalia S. Santos (IC)¹, Luciana C. Costa (PQ)1
1 Laboratório de Síntese Orgânica, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
* beta.santos87@gmail.com
Palavras-chaves: Copolímeros de estireno-divinilbenzeno, poliHIPEs, nanocompósito de prata, polímeros antimicrobiano
Introdução
A contaminação por microrganismos pode
causar sérias complicações em diversas áreas
sendo necessário um controle rigoroso. Existem
pesquisas relacionadas a resinas poliméricas a
base de estireno-divinilbenzeno Sty-DVB que
funcionam como suporte para íons metálicos1 e a
prata têm sido muito empregada como agente
antimicrobiano2. O objetivo deste trabalho é
desenvolver uma resina Sty-DVB de elevada
área superficial, empregando a técnica de
polimerização de elevada fase interna HIPE,
imobilizar nanopartículas de prata a esta resina e
avaliar a ação biocida do nanocompósito
produzido contra bactérias gram-negativas
(Escherichia coli) e bactérias gram-positivas
(Staphylococcus aureus).
Materiais e Métodos
A metodologia foi dividida em 4 etapas: Síntese
dos copolímeros Sty-DVB com estruturas
poliHIPE, sulfonação, impregnação de
nanopartículas de prata e avaliação da atividade
antimicrobiana dos nanocompósitos de prata. A
síntese dos copolímeros Sty-DVB com estruturas
poliHIPE utilizando uma fase orgânica contendo
Span 80, Sty e DVB e uma fase aquosa contendo
persulfato de potássio, NaCl e água. Foram feitos
10 experimentos variando velocidade de agitação,
tempo de adição e surfactante Span80 (Tabela 1).
Serão testados 3 tipos de sulfonação (via ácido
sulfúrico, via sulfato de acetila e via sulfato de
lauroila). Na impregnação de nanopartículas de
prata serão testadas duas metodologias utilizando-
se nitrato de prata e borohidreto de sódio ou
hidróxi-etil-celulose. Por fim será testado a
capacidade antimicrobiana do nanocompósito de
prata obtido contra E. coli e S. aureus em testes de
halo de inibição, estudo em batelada e em coluna.
Resultados e Discussão
O maior rendimento foi obtido a partir da
amostra HIPER2 com 42% demonstrando que a
melhor combinação foi de 20% de Span80,
velocidade de agitação de 250rpm e tempo de
adição de 30 minutos.
Tabela I - Rendimento das reações de polimerização
Foi possível observar que o aumento da velocidade
de agitação e o aumento do teor de Span na
preparação dos HIPEs contribuiu para a geração de
estruturas poliméricas mais frágeis.
Conclusão
É possível observar que a melhor combinação foi
da amostra HIPER2 sendo necessárias mais
avaliações posteriores.
Referências
1: Costa et al. Resinas poliméricas reticuladas com ação
biocida: atual estado da arte.Polímeros , 25(4), 414-423, (2015).
2: Pal et al. Does the antibacterial activity of silver
nanoparticles depend on the shape of the nanoparticles? A study
of the gram-negative bacterium Escherichia coli. Applied and
Environmental Microbiology. 73, p. 1712 (2007).
HIPES
Agente de
suspensão
Span 80
(g)
Velocidade
(rpm)
Tempo de
adição
(min)
Rendimento
(%)
HIPE R1 0,84 150 30 29,44
HIPE R2 0,84 250 30 42,00
HIPE R3 0,84 350 30 24,16
HIPE R4 0,84 450 30 28,24
HIPE R5 0,84 250 60 16,61
HIPE R6 0,84 250 90 21,90
HIPE R7 1,25 250 30 24,15
HIPE R8 1,68 250 30 24,15
HIPE R9 2,09 250 30 22,70
HIPE R10 0,42 250 30 17,34
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Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE): Políticas Públicas, Risco Ambiental e Biotecnologia na recuperação
de metais da Placa de Circuito Impresso (PCI)
Marcelo Luis L. da Silva (PG)*1,2
; Rosana da Paz Ferreira (PQ)3; Alexander Machado Cardoso (PQ)
1
1 Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
(UEZO), Rio de Janeiro, RJ; 2 Fundação de Apoio a Escola Técnica (FAETEC); 3Laboratório de Estatística e
Matemática Aplicada. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO)
<mluis.meioambiente@gmail.com><rosanapaz@uezo.rj.gov.br><alexandercardoso.uezo.rj.gov.br>
Palavras-chaves: REEE, Políticas Públicas, Risco Ambiental e Biotecnologia.
Introdução
Informática e Meio Ambiente aparentemente
territórios distintos possuem mais afinidades do que
se imagina. Além da cor verde presente nas Placas de
Circuito Impresso (PCI) e na preferência dos
ambientalistas, são setores que interagem desde o
simples racionamento de papel no surgimento dos
documentos eletrônicos (e-mails) até a
contemporânea existência de áreas afins como a
Bioinformática, Biotecnologia e a Informática
Ambiental.
O presente estudo visa analisar as políticas públicas
que norteiam os Resíduos de Equipamentos Elétrico e
Eletrônicos (REEE), seus riscos ao meio ambiente
com análise por detecção em espectrômetro de
fluorescência de raios X por energia dispersiva e a
recuperação dos metais das placas de circuito
impresso (PCI) com o auxílio da biotecnologia3,
buscando não só a conscientização dos eminentes
perigos do “Lixo da Evolução”, mas também as
oportunidades que ele oferece, principalmente no
caso das referidas placas por serem os componentes
atualmente mais tóxicos, mais valiosos e mais
exportados por nosso país, em virtude de ainda não
possuirmos tecnologia em larga escala para o seu
tratamento2.
Materiais e Métodos
Pesquisa bibliográfica sobre o assunto incluindo
legislação recente1, livros e artigos da área;
Análise no espectrômetro de fluorescência de Raios X
de diferentes partes da placa de circuito impresso bem
como de outros componentes de hardware;
Análise da viabilidade de microorganismos ou
consórcios selecionarem os resíduos de ouro presente
nas placas de circuito impresso. O método de
extração do metal produzido pelas bactérias
“Alquimistas” trocaria o garimpo tradicional pela
biomineração e evitaria um novo impacto ambiental
da extração valorizando também um descarte
consciente.
Resultados e Discussão
Devem ser inseridas aqui a apresentação e discussão
dos resultados obtidos neste trabalho. Podem ser
incluídos nesse tópico Tabelas, Grá ficos, Figuras e
Fórmulas Estruturais. (Times New Roman 10)
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Conclusões
O risco é eminente e com o aumento crescente dos
produtos e não aplicação da lei pode causar danos
irreversíveis a todas as formas de vida em pouco
tempo.Pesquisas apontam que os microorganismos
são capazes de oferecer uma alternativa, porém as
análises ainda encontram-se em fase final de estudo.
Agradecimentos: CNPq e FAPERJ.
Referências
1. BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12
de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em: <ht-
tp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato 007-
2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 15 set. 2016.
2. Ossamu, C. Revista Veja Especial Tecnologia – 08/2007. O ouro
está no lixo. Disponível em:
planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_248323.shtm
l3. PORTAL G1, Ciência e Saúde. Cientistas canadenses
descobrem bactéria que 'produz' ouro. Disponível em:
g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/02/ cientistas-
canadenses-descobrem-bacteria-que-produz-ouro.htm.
Fonte: The Statistics Portal, 2014 Fonte: Relatório GIA – Global Inteligence Alliance - 2011
Delftia Acidovorans - Fonte: The Nature Chemical Biology, 2013
Cupriavidus mettalidurans é uma bactéria que
foi modificada geneticamente de forma a fixar
na sua membrana inúmeros metais tóxicos e
auxiliar na descontaminação de efluentes
industriais. Após pesquisa bibliográfica
concluiu-se que, quando colocada em um meio
aquoso rico em cloreto de ouro, reduz o
complexo e precipita nanopartículas de ouro
dentro e fora da célula.
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Avaliação da Atividade Larvicida de Extratos Vegetais contra Aedes aegypti e
Simullium pertinax
1Luana B Lucena (PG), Vanessa C Carneiro (PG),
1Cristiane P Victório (PQ),
1,2Ronaldo Figueiró (PQ)
1Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ;
2Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ. luana.braz.lucena@gmail.com / vanessacarneiro1186@hotmail.com
Palavras-chaves: atividade larvicida, Myrtaceae,vetores
Introdução
A família Myrtaceae compreende aproximadamente
132 gêneros e 5760 espécies de árvores e arbustos,
amplamente distribuídas nas florestas brasileiras e
distribuídas em regiões tropicais e subtropicais 1,2
.
Sua distribuição no território Brasileiro é
constituída por 23 gêneros e 1.025 espécies3. Ela é
uma das famílias mais importantes da Flora
Brasileira, podendo ser utilizada em suas diferentes
formas vegetacionais. Muitas de suas espécies são
cultivadas, com diversas finalidades, como por
exemplo: o comercio de seus frutos; com fins
ornamentais ou buscando a extração de óleos
essências e extratos de valor comercial1,4
. A larva é
o estágio mais frágil no ciclo de vida do A. aegypti
e do S. pertinax, de forma que os esforços para o
controle destes organismos geralmente são
direcionados para este estágio, a fim de interromper
seu ciclo através de métodos de controle biológico.
O presente estudo tem como objetivo avaliar a
atividade larvicida dos extratos vegetais de folhas
de Myrrhinium atropurpureum, Eugenia astringens
e Neomitranthes obscura, no intuito de obter
alternativas de larvicidas com menor impacto aos
ambientes lóticos.
Materiais e Métodos
Espécies da família Myrtaceae foram coletadas na
"Restinga de Grumari", localizada na Zona Oeste
do Rio de Janeiro. Para preparação dos extratos
brutos: aquoso e hidroalcóolico, folhas secas 40 g
foram picadas e colocadas em potes de 500 ml,
adicionado 400 ml de água destilada e submetidas a
banho de ultrassom por 1h. A extração foi realizada
em temperatura de aproximadamente 10ºC e
protegida da iluminação, sob repouso por 30 dias.
Os extratos foram filtrados e congelados em balões
de 250 ml para posterior liofilização. Para o extrato
hidroalcóolico, 58g folhas secas foram mantidas
sob maceração estática em uma solução de 500 ml
de metanol:água (90:10). O material ficou em
temperatura ambiente e protegida da iluminação,
sob repouso por 10 dias. Em seguida, os extratos
foram filtrados e concentrados no evaporador
rotativo (50ºC).
Resultados e Discussão
Conclusões
Espera-se que as espécies vegetais estudadas sejam
promissora no combate as larvas tanto do A.
aegypti, quanto do S. pertinax.
Agradecimentos: CAPES, FAPERJ. Ao Prof.
Marcelo da Costa Souza (Herbário RBR, UFRRJ)
Referências
1. Vieira TR, Barbosa LCA, Maltha CRA, Paula VF,
Nascimento, EA 2004. Constituintes químicos de Malaleuca
alternifolia (Myrtaceae). Quim Nova 27: 536-539.
2. De Oliveira RN, Dias IJM, Câmara CAG 2005. Estudo
comparativo do óleo essencial de Eugenia punicifolia (HBK)
DC. de diferentes localidades de Pernambuco. Rev Bras
Farmacogn 15: 39-43
3. Myrtaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim
Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB171>.
Acesso em: Set. 2016
4. Silva CV, Bilia DAC, Barbedo CJ 2005a. Fracionamento e
germinação de sementes de Eugenia. Rev Bras Semen 27: 86-92.
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Identificação da População de Imaturos de Simulídeos do Parque Nacional
da Serra dos Órgãos
Lidiane Coelho Berbert (PG)1,2
, Camila Gois Ferreira Couta (IC)¹, Melissa Barbosa Ferreira (IC)¹,
Vinícius Ribeiro Flores (PG)1,³
, Ronaldo Figueiró (PQ)1,4
, Ida Carolina Neves Direito (PQ)¹
1 Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental, UEZO; ² Programa de Pós Graduação em Ciência e
Tecnologia Ambiental - PPGCTA, UEZO; ³ Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, INMETRO; 4
Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, Volta Redonda, RJ lidy_berbert@hotmail.com
idacarolina@uezo.rj.gov.br
Palavras-chaves:Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Simulídeos, vetores, PARNASO
Introdução
Os Simulídeos são dípteros cosmopolitas pertencentes
a família Simullidae, que compreende 2189 espécies
descritas, incluindo 12 espécies fósseis.1 São
transmissores de doenças como a Oncocercose
humana, a Mansonelose e causadores de perdas
econômicas em setores como turismo devido ao
grande desconforto causado por suas picadas e na
agropecuária por causar perda de peso no rebanho,
diminuição da produção leiteira, etc.2 O Parque
Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) é uma
Unidade de Conservação na região serrana do Estado
do Rio que protege importantes remanescentes de
Mata Atlântica. O presente estudo teve como objetivo
investigar a composição da população de simulídeos
no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
Materiais e Métodos
A coleta foi realizada em 5 sítios diferentes no leito
de rios do PARNASO. Foi realizada captura manual
das larvas juntamente com o substrato em que
estavam aderidas. Em cada um dos sítios foram
definidos 15 pontos de coleta diferentes e as larvas
armazenadas em álcool absoluto. Os imaturos
seguiram então para triagem e morfotipagem, onde
foram divididos em grupos com base no padrão das
manchas cefálicas. Foi realizada uma análise
comparativa entre os indivíduos coletados e
fotografias de larvas de simulídeos previamente
identificadas.
Resultados e Discussão
Foram coletados um total de 2409 indivíduos, sendo:
482 no sítio 1; 191 no sítio 2; 191 no sítio 3; 222 no
sítio 4; e 1323 do sítio 5. Estes foram divididos entre
39 padrões encefálicos. Foram encontradas 7 espécies
diferentes: Simullium pertinax com 993 indivíduos, S.
incrustatum com 118, S. inequalium spp. com 594, S.
subpalidum com 92, S. brunnescens com 26, S.
perflavum com 45 e S. brachycladum com apenas 5
indivíduos. A diversidade de espécies encontradas
nesse trabalho se mostrou similar à diversidade já
relatada em outros trabalhos.
Conclusões
Foi possível verificar a presença de sete espécies de
simulídeos presentes no Parque Nacional da Serra dos
Órgãos. A presença de substrato artificial no sítio 5
foi um fator determinante para o quantitativo de
larvas coletadas nesse sítio.
Agradecimentos: FAPERJ
Referências
1Adler, P. H. & Crosskey, R. W. World blackflies (diptera:
simuliidae): a comprehensive revision of the taxonomic and
geographical inventory. 2013. p. 120.
2 Carvalho, B.M.C. Variação morfológica em larvas de Diptera:
Simuliidae do gradiente de altitude do Parque Nacional do Itatiaia,
RJ, 2014. 31f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Ciências Biológicas com ênfase em Biotecnologia) - Fundação
Oswaldo Aranha - Centro Universitário de Volta Redonda, Volta
Redonda.
3 Medeiros, J. F.; PY-Daniel, V.; Barbosa, U. C.; Ogawa, G. M.
Ocorrência da Mansonellaozzardi(Nematoda, Onchocercidae) em
comunidades ribeirinhas do rio Purus, Município de Boca do Acre,
Amazonas, Brasil. Cadernos de Saúde Pública (ENSP. Impresso),
v. 25, p. 1421-1426, 2009.
4 Buffolo, A.R.A. Souza,T.M.M. Snatos, S.S. Rodrigues, T.
Berbert, L.C. Docile,T.N. Figueiro,R. Desvendando os padrões de
preferencia de habitat de larvas de Simuliidae (Diptera)
neotropicais e suas implicações para o controle do vetor. Acta
Biomedica Brasiliensia, v.7.n.1 p.109-123, 2016.
.
30
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PÓS-GRADUAÇÃO EM
BIOMEDICINA TRANSLACIONAL
31
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Análise do Perfil de Expressão de MGMT no Câncer Oral e dos
Mecanismos Epigenéticos Envolvidos em sua Regulação
Lima ABM1*, Moleri AB1, Lima FRS2, Moura-Neto V1,3, Pereira CM1
1- Universidade do Grande Rio (Unigranrio); 2- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 3-Instituto
Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
* Ana.lima@unigranrio.com.br
Palavras-chaves: MGMT, Carcinoma de Células Escamosas, miRNA, Metilação
Introdução
O gene O6-metilguanina-DNA metiltransferase
(MGMT) é um supressor tumoral que codifica
uma proteína de reparo do DNA com o mesmo
nome. A perda de expressão de MGMT no
câncer de cabeça e pescoço está associada com a
recidiva e diminuição da sobrevida1.Alterações
epigenéticas (metilação aberrante e a ação de
miRNAs) podem ser responsáveis pelo
silenciamento deste gene no câncer2,3. Não
existem relatos na literatura sobre a avaliação de
metilação e do nível de expressão da família
miR-181 (regulador de MGMT) em carcinoma
de células escamosas oral (CCEO). O objetivo
deste trabalho é analisar o perfil de expressão de
MGMT e de mecanismos epigenéticos
envolvidos na regulação deste gene em CCEO.
Esta avaliação poderá ser útil na identificação
de biomarcadores preditivos para recidivas e
metástases em CCEO.
Materiais e Métodos
Fluxograma de trabalho:
CAAE:59423416.2.0000.5283
Resultados e Discussão
A avaliação da expressão de MGMT em 4
amostras de CCEO demonstrou hipoexpressão
em 2 amostras de CCEO em relação à mucosa
oral normal
Gráfico 1: Expressão de MGMT no CCEO.
Foi observado que miR-181a/b/c apresentaram-
se com a expressão reduzida em 46,7% dos
CCEOs. A hiperexpressão de pelo menos 1
miRNA foi observada em 53,3% das amostras
(Gráfico 2):
Gráfico 2: Expressão de miR-181a/b/c no CCEO
As análises de metilação em 10 amostras não
detectaram presença de metilação em MGMT
(Figura 1):
Figura 1: MSP para MGMT em CCEO.
Conclusões
As análises de expressão de MGMT
demonstraram hipoexpressão em 2 amostras
analisadas. A hiperexpressão de pelo menos 1
miRNA da família miR-181 foi observada em
53,3% das amostras. Não foi a verificada
presença de metilação nas amostras que
apresentaram hipoexpressão em MGMT.
Também não se observou hiperexpressão dos
miRNAs avaliados em tais amostras. Análises
para avaliar a expressão de MGMT e de
metilação em um maior número de amostras e a
avaliação de miR-181d são necessárias para
determinar se existe relação destes mecanismos
com a expressão deste gene no CCEO. Agradecimentos: FAPERJ e PROPESQ
Referências Bibliográficas
1- Sawhney, M., Rohatgi, N., Kaur, J., Gupta, S. D., Deo, S.
V., Shukla, N. K., & Ralhan, R. (2007). MGMT expression
in oral precancerous and cancerous lesions: correlation with
progression, nodal metastasis and poor prognosis. Oral
oncology, 43(5), 515-522.
2-Kato, K., Hara, A., Kuno, T., Mori, H., Yamashita, T.,
Toida, M., & Shibata, T. (2006). Aberrant promoter
hypermethylation of p16 and MGMT genes in oral
squamous cell carcinomas and the surrounding normal
mucosa. Journal of cancer research and clinical oncology,
132(11), 735-743.
3-Zhang W, Zhang J, Hoadley K, Kushwaha D,
Ramakrishnan V, Li S, Kang C, You Y, Jiang C, Song SW,
Jiang T, Chen CC. miR-181d: a predictive glioblastoma
biomarker that downregulates MGMT expression. Neuro
Oncol. 2012 Jun;14(6):712-9.
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Análise Molecular dos Principais Genes (APOE, CLU, CR1 e PICALM)
Relacionados à Doença de Alzheimer em uma Amostra de Pacientes do
Rio de Janeiro Silva T
1*, Voigt DD
1, Ramos VG
1, Laks J
2, Cabello PH
1
1 Laboratório de Genética – Unigranrio/Laboratório de Genética Humana IOC/Fiocruz / Prof. do Biotrans 2 Instituto de Psiquiatria, Ambulatório de Psiquiatria Geriátrica –UFRJ/ Prof. do Biotrans
* bio.tamarasilva@gmail.com
Palavras-chaves: Doença neurodegenerativa, Alzheimer, PCR em Tempo Real
Introdução
A expectativa de vida vem aumentando em todo o
mundo, o que acarreta um incremento da
prevalência de doenças neurodegenerativas2.
Neste projeto, pretende-se estudar fatores
genéticos envolvidos no desenvolvimento de
umas das principais doenças da população idosa:
a Doença de Alzheimer (DA). Esta doença pode
se apresentar na forma precoce e na tardia3. Em
relação à DA de início precoce, existem três genes
causais - APP, PSEN1 e PSEN24. Por outro lado,
na DA de início tardio somente o gene da
Apolipoproteina E (APOE) tem sido
irrefutavelmente reconhecido como fator de risco
para a mesma, mas tem sido sugeridos outros
genes como envolvidos no desenvolvimento da
doença, CLU, CR1 e PICALM1. Uma vez que a
população brasileira é miscigenada, torna-se
relevante o estudo de genes que se apresentam
como os mais prováveis candidatos ou
moduladores da doença.
Materiais e Métodos
Resultados Preliminares
Conclusões
No momento, não podemos estimar os
efeitos/riscos relativosdos polimorfismos dos
genes APOE, CLU, CR1 e PICALM nestes
indivíduos pois não possuímos resultados
suficientes para realizar uma análise estatística.
Todavia, vale ressaltar que o presente projeto
teve início em Maio/2015 e que os resultados
obtidos na padronização são satisfatórios. Ao
final deste projeto, almejamos ampliar o
conhecimento acerca dos polimorfismos dos
genes já citados. Além disso, objetivamos
analisar estatisticamente as possíveis relações
entre o genótipo-fenótipo da população
estudada, contribuindo assim com novos
estudos e perspectivas científicas nessa área.
Referências Bibliográficas
1-Altmann, A., Tian, L., Henderson, V. W., &Greicius, M.
D. (2014). Sex modifies the APOE‐related risk of
developing Alzheimer disease. Annalsofneurology, 75(4),
563-573.
2-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
2011. Disponível em: www.ibge.gov.br.
3-Sleegers, K., Brouwers, N., Gijselinck, I., Theuns, J.,
Goossens, D., Wauters, J., & Van Broeckhoven, C. (2006).
APP duplication is sufficient to cause early onset
Alzheimer's dementia with cerebral amyloid
angiopathy.Brain, 129(11), 2977-2983.
4-Slooter, A. J., Cruts, M., Kalmijn, S., Hofman, A.,
Breteler, M. M., Van Broeckhoven, C., & van Duijn, C. M.
(1998). Risk estimates of dementia by apolipoprotein E
genotypes from a population-based incidence study: the
Rotterdam Study. Archives of neurology, 55(7), 964-968.
Gráfico de
padronização do gene
APOE (rs429358)
evidenciando um
Descriminação
alélica do gene APOE
(rs429358)
evidenciando
indivíduos
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Avaliação do Perfil Microbiano do Biofilme Subgengival e Saúde Dental
em Adultos Jovens e sua Associação com Sobrepeso e Obesidade
Danielle Rodrigues de Andrade (PG)¹*, Paulo André da Silva (PQ)¹, Carina Silva-Boghossian (PQ)
1
1 Laboratório de Genética Humana, Unigranrio* danielle.r.andrade@hotmail.com
Palavras-chaves: microbiota oral, doença periodontal, obesidade, inflamação.
Introdução
A obesidade é uma doença inflamatória crônica, que
em conjunto com suas comorbidades representam,
atualmente, uma grande preocupação para a saúde
pública mundial. As consequências atreladas ao
excesso de peso e a obesidade incluem o
desenvolvimento de condições patológicas
intimamente associadas a elevados índices de
mortalidade e à perda da qualidade de vida nas
diferentes populações1. Além disto, tem sido
demonstrado, que a obesidade é capaz de desencadear
disfunções do sistema imunológico, tornando os
indivíduos mais susceptíveis a infecções, como, por
exemplo, a doença periodontal2. Neste contexto,
evidências têm demonstrado que a colonização da
microbiota oral pode ser modulada pela obesidade,
que por sua vez, desempenha um papel importante no
equilíbrio saúde-doença bucal3,4
. Desta forma, o
objetivo deste projeto é avaliar os níveis de bactérias
no biofilme subgengival e a saúde odontológica em
adultos jovens e sua associação com sobrepeso e
obesidade.
Materiais e Métodos
Fluxograma do desenho do estudo (nº parecer do
CEP-Unigranrio: 1.500.927):
Os dados obtidos até o momento foram analisados
para diferenças significativas através dos testes
Mann-Whitney e Kruskal-Wallis ao nível de 5%.
Resultados preliminares
Conclusões
Nestes resultados preliminares foi observado que
indivíduos com excesso de peso podem apresentar
uma quantidade maior de patógenos periodontais,
assim como de espécies bacterianas consideradas
extra-orais. Agradecimentos: Faperj, CAPES.
Referências Bibliográficas
1. World Health Organization. (2000). Obesity: preventing and
managing the global epidemic (No. 894). World Health
Organization.
2. Ylöstalo, P., Suominen‐Taipale, L., Reunanen, A., & Knuuttila,
M. (2008). Association between body weight and periodontal
infection. Journal of Clinical Periodontology, 35(4), 297-304.
3. Zeigler, C. C., Persson, G. R., Wondimu, B., Marcus, C., Sobko,
T., & Modéer, T. (2012). Microbiota in the oral subgingival biofilm
is associated with obesity in adolescence. Obesity, 20(1), 157-164.
4. Haffajee, A. D., & Socransky, S. S. (2009). Relation of body
mass index, periodontitis and Tannerella forsythia. Journal of
Clinical Periodontology, 36(2), 89-99.
0,0E+00 2,0E+06 4,0E+06 6,0E+06
Actinomyces spp.
V. parvula
Streptococcus spp. 1
Streptococcus spp. 2
Aa
C. sputigena
E. corrodens
C. rectus
E. nodatum
F. periodonticum
Fusobacterium spp.
P. micra
Prevotella spp.
P. gingivalis
T. denticola
T. forsythia
L. buccalis
N. mucosa
P. acnes I e II
S. noxia
T. socranskii
Lactobacillus spp.
R. dentocariosa
S. salivarius
S. mutans e S. sobrinus
Sobrepeso/Obeso (n = 11)
Eutrófico (n = 10)
*
*
*
*
*
Número de células bacterianas
0,E+00 2,E+06 4,E+06 6,E+06 8,E+06
Actinomyces spp.
V. parvula
Streptococcus spp. 1
Streptococcus spp. 2
Aa
C. sputigena
E. corrodens
C. rectus
E. nodatum
F. periodonticum
Fusobacterium spp.
P. micra
Prevotella spp.
P. gingivalis
T. denticola
T. forsythia
L. buccalis
N. mucosa
P. acnes I e II
S. noxia
T. socranskii
Lactobacillus spp.
R. dentocariosa
S. salivarius
S. mutans e S. sobrinus
Obeso (n = 5)
Sobrepeso (n = 6)
Eutrófico (n = 10)
Número de células bacterianas
Figura 1. Níveis de
bactérias-orais
detectados nos três grupos estudados
(eutróficos, com
sobrepeso e obesos).
*teste Kruskal-Wallis,
p< 0,05.
Figura 2. Níveis de
bactérias orais
detectadas em eutróficos
e sobrepeso/obesos. *Teste Mann-Whitney,
p< 0,05.
*
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Comunicação Juncional em Macrófagos: Modulação da Conexina 43
na Infecção com Trypanosoma cruzi e no Tratamento com Fatores Pró-
Imune Inflamatórios
Da Silva, C.M; Macedo, J.V.
1; Moreira de Carvalho, G.O.A
1,3; Kiffer, M.R.N.
1; Souza, O.M.J
1;
Ramada, R.S.1; Manchester, T.
1; Coutinho-Silva, R.
4; Goldenberg, R.C.S.
4 & Fortes, F.S.A.
1,2,3
1. Laboratório de Fisiologia e Terapia Celular e Molecular Prof. Antônio Carlos Campos de Carvalho; UEZO
2. Programa de Pós Graduação em Biomedicina Translacional - BioTrans; UEZO, UNIGRANRIO & Inmetro
3. Programa de Pós Graduação em Ciências fisiológicas, Departamento de Ciências Fisiológicas, Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ
4. Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho; Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
Palavras-chaves: Junções comunicantes, Macrófagos e Trypanosoma Cruzi
Introdução
O Trypanosoma cruzi é o agente causador da
Doença de Chagas que acomete 6 milhões de
pessoas no território brasileiro. Quando
observada a América Latina, os números saltam
para os 14 milhões de possuidores da doença,
com a possibilidade de contaminação de 100
milhões de pessoas1. Na infecção chagásica,
diversos sistemas fisiológicos sofrem alterações2
e parte destas complicações está associada à
alteração funcional das Junções Comunicantes.
Porém, estas junções não estão inteiramente
caracterizadas em alguns sistemas3. Dentre
estes, podemos destacar o sistema Imunológico,
particularmente os macrófagos que participam
do processo de resposta inata deste sistema. A
caracterização morfológica e funcional das
junções comunicantes em macrófagos tem sido
alvo de estudo de diversos grupos4, no entanto
seus mecanismos regulatórios ainda merecem
esclarecimentos, principalmente diante de
alterações patológicas, como nos processos
infecto-inflamatórios causados pelo
Trypanosoma cruzi na Doença de Chagas. O
objetivo deste estudo será avaliar a modulação
estrutural e funcional das junções comunicantes,
formadas pela Conexina 43 em linhagens
macrofágicas e macrófagos peritoneais, após a
ativação com fatores pró-imune inflamatórios e
na infecção com o Trypanosoma cruzi.
Materiais e Métodos
Estão sendo realizados Cultura de células de
linhagem macrofágica J774-G8 e Cultura
primária de macrófagos peritoneais de
camundongos da raça swiss; Ensaios
imunoeletroforéticos, Ensaios de
imunofluorescência e Ensaios de microinjeção
intracelular de corantes, em células normais,
ativadas ou infectadas com o parasita.
Resultados e Discussão
Células de linhagem macrofágica J774-G8
apresentaram alterações significativas em seu
perfil de comunicação intercelular por junções
comunicantes, quando submetidas a
microambientes em que havia o estimulo com
fatores pró-imune inflamatórios. Experimentos
de injeções intracelulares de corante em culturas
previamente tratadas com Lipopolissacarídeo
(LPS), Interferon Gama (IFN-) e Fator de
Necrose Tumoral do tipo (TNF-) de forma
combinada, e em incubações de até 48 horas,
aumentaram significativamente o perfil de
acoplamento celular, ou seja, aumentaram a
comunicação mediada por junções
comunicantes nos tratamentos combinados de
LPS+IFN- e IFN- + TNF-.
Agradecimentos: FAPERJ, CAPES, CNPq
Referências Bibliográficas
1. Dias JCP 2007. Southern Cone Initiative for the
elimination of domestic populations ofTriatoma infestans
and the interruption of transfusional Chagas disease.
Historical aspects, present situation and perspectives.
Mem Inst Oswaldo Cruz.
2. Adesse, D et al. (2011). Advances in Parasitology. 76: 63
– 81.
3. Goldenberg RCS; Gonçalves A & Campos-de-Carvalho
AC. (2000) – Current Topics in Membranes 49, Chapter
28, 625-634.
4. Fortes FSA, Pecora IL, Persechini PM, Hurtado S, Costa
V, Coutinho-Silva R, Braga MB, Silva-Filho FC, Bisaggio
RC, De Farias FP, Scemes E, De Carvalho AC &
Goldenberg RC (2004). J Cell Sci. 117(Pt 20): 4717-26.
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Avaliação da Saúde Bucal em Adutos Jovens com Sobrepeso ou Obesidade
e sua Relação com Polimorfismo Genético de Fator de Necrose Tumoral-
alfa (TNF-α)
Da Silva, C.M; Macedo, J.V.1; Moreira de Carvalho
1,2, G.O.A
1,3; Kiffer, M.R.N.
1; Souza, O.M.J
1;
Ramada, R.S.1; Manchester, T.
1.; Coutinho-Silva, R.
4; Goldenberg, R.C.S.
4 & Fortes, F.S.A.
1,2,3
1. Laboratório de Fisiologia e Terapia Celular e Molecular Prof. Antônio Carlos Campos de Carvalho;UEZO 2. Programa de Pós Graduação em Biomedicina Translacional - BioTrans; UEZO, UNIGRANRIO & Inmetro
3. Programa de Pós Graduação em Ciências fisiológicas, Departamento de Ciências Fisiológicas, Instituto de Biologia,
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ
4. Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho; Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
Palavras-chaves: Junções comunicantes, Macrófagos e Trypanosoma Cruzi
Introdução
A resposta inflamatória crônica gerada pela
periodontite pode estar associada com o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares,
principalmente em indivíduos com outros fatores de
risco associados1. Dentre estas condições clínicas
com risco alto para doença cardiovascular, inclui-se a
obesidade1. Considera-se que existe atualmente uma
epidemia em torno de 1,9 bilhões de pessoas com
sobrepeso no mundo3. Dentre os medidores
inflamatórios envolvidos nas doenças periodontais,
pode-se destacar o TNF-a, que é produzido e
secretado principalmente por monócitos e
macrófagos. Esta citocina é um indutor de destruição
tecidual e de reabsorção óssea que atua de diferentes
formas de doença periodontal4. Desta foram o
objetivo deste estudo é investigar a relação entre
saúde bucal, sobrepeso / obsesidade e se variantes de
polimorfismo genético do TNF-a podem modular esta
relação.
Materiais e Métodos
Fluxograma do desenho do estudo (CEP-Unigranrio
1.463.850).
Resultados Preliminares
Resultados Preliminares
Os dados parciais somente demonstram diferenças
significativas para peso, circunferência de cintura e de
quadril entre os grupos eutrófico, sobrepeso e obeso,
como já era esperado.
Agradecimentos: Faperj, Capes.
Referências Bibliográficas
1.Dias JCP 2007. Southern Cone Initiative for the elimination of
domestic populations ofTriatoma infestans and the interruption of
transfusional Chagas disease. Historical aspects, present situation
and perspectives. Mem Inst Oswaldo Cruz.
2. Adesse, D et al. (2011). Advances in Parasitology. 76: 63 – 81.
Goldenberg RCS; Gonçalves A & Campos-
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DEMAIS PÓS-GRADUAÇÕES
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Avaliação do Efeito Antigenotóxico de Euterpe oleracea em Modelo
Experimental de Câncer de Mama
Jéssica Alessandra-Perini (PG) 1,2*
, Daniel E. Machado (PQ)1, Karina C. Rodrigues-Baptista (PG)
1,2, Thiago
A. T. Santos (PG)1, Roberto S. de Moura (PQ)
3, Jamila A. Perini (PQ)
1,2
1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Unidade de Farmácia, UEZO. 2Programa de Pós-Graduação em Saúde
Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ.3Departamento de Farmacologia e Psicobiologia, UERJ.
*jessicaperini@yahoo.com.br
Palavras-chaves: Câncer de Mama; Tratamento; Euterpe oleracea.
Introdução O câncer de mama é um problema de saúde
pública no Brasil e no mundo, acometendo 25%
das mulheres1,2
. A taxa de incidência e mortalidade
para o câncer de mama no Brasil são elevadas2,
muito provavelmente porque ainda é diagnosticado
em estágios avançados da doença. Como o câncer
de mama é uma doença heterogênea, o tratamento
torna-se muitas vezes ineficaz porque depende das
características do tumor e também da resposta
individual das pacientes ao tratamento3. Além
disso, a quimioterapia e a radioterapia apresentam
efeitos adversos graves4, interferindo na adesão ao
tratamento. Considerando que Euterpe oleracea
(açaí) apresenta atividade anti-inflamatória,
antioxidante e antiangiogênica, o objetivo deste
estudo é o estabelecimento de um modelo
experimental de câncer de mama para avaliar o
efeito antigenotóxico do extrato de açaí, após o
tratamento com a quimioterapia antineoplásica
citotóxica.
Materiais e Métodos Este modelo foi aprovado pela CEUA da UEZO
(008/2014) e estabelecido em ratas Wistar, após a
administração subcutânea, na região mamária, de
25mg/kg de DMBA (7,12-dimetil benzo
antraceno). A confirmação macro e microscópica
foi realizada 16 semanas após a indução. Os
animais foram divididos em: controle (n=10),
tratado (n=10) com 40 mg de extrato via gavagem
por 30 dias e prevenção (n=10), com o mesmo
tratamento iniciado 1 dia antes da indução tumoral.
Em seguida, as amostras do coração, fígado e rins
foram coletadas para as análises toxicológicas;
amostras do tumor para as análises macroscópica,
histológicas e imunohistoquímica (VEGF, FLK,
MMP-9 e CD-34); sangue e lavado peritoneal para
as análises hematológicas, bioquímica (função
hepática, renal, glicemia e óxido nítrico),
citometria de fluxo (F4-80/MAC-2+) e ELISA
(VEGF).
Resultados e Discussão O câncer de mama foi confirmado, detectando-se
aderências, exsudato inflamatório e nódulos
endurecidos na mama. Histologicamente, foram
observadas lesões constituídas de células tumorais,
agrupadas com hipercromasia e atipia nuclear,
separadas por tecido conjuntivo fibrovascular,
invadindo o estroma mamário e o tecido adiposo
adjacente. A taxa de indução tumoral do modelo
foi de 73% e de morte, 35%. Comparados aos
animais não-induzidos, foram observadas nos
animais com carcinoma mamário, marcações de
VEGF no estroma ao redor das células neoplásicas
e escamosas, próximas aos depósitos de queratina,
bem como altos níveis de VEGF na análise por
ELISA. A elevada presença de macrófagos ativos
no lavado peritoneal indicou um aumento na
resposta inflamatória no microambiente tumoral.
Com o tratamento de açaí, houve diminuição da
quantidade de macrófagos ativos no lavado
peritoneal quando comparado ao controle e
também diminuição das células inflamatórias ao
redor do tumor na análise histológica. O fígado e
rim dos animais controles apresentaram efeitos de
toxicidade elevados, com presença de fibrose,
atipia celular e microambiente hemorrágico. Já os
animais tratados com açaí, o fígado e rim estavam
histologicamente normais.
Conclusões O estabelecimento de um modelo de câncer de
mama torna-se uma ferramenta para o estudo dos
mecanismos envolvidos e também para avaliar os
efeitos in vivo de agentes que possam atuar no
crescimento tumoral. Sabidamente, o açaí possui
atividade anti-inflamatória, antioxidantes e
antiangiogênica. Nosso grupo demonstrou que o
açaí reduz o microambiente inflamatório ao redor
do tumor sem causar toxicidade nos órgãos
examinados (coração, fígado e rins), indicando que
o açaí poderia ser eficaz no tratamento do câncer
de mama, em virtude da sua atividade anti-
inflamatória e antigenotóxica. Agradecimentos: FAPERJ.
Referências 1. Iarc. Globocan 2012: Estimated Cancer Incidence, Mortality
and Prevalence Worldwide in 2012. International Agency for
Research on Cancer, 2012.
2. INCA. Estimativa 2014: Incidência de Câncer no Brasil.
Coordenação- Geral de Prevenção e Vigilância, 2014. 3. Polyak, K. Heterogeneity in breast cancer. J Clinical
Investigation, v. 121, n. 10, p. 3786–8, 2011.
4. BRASIL. Manual de bases técnicas da oncologia – SIA -
Sistema de Informações Ambulatoriais. 21 ed. 2015.
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Efeito Combinado dos Polimorfismos PGR +331C>T, CYP17A1 -34A>G e
CYP19A1 1531G>A no Risco de Desenvolvimento da Endometriose em
Mulheres Brasileiras
*Jéssica Vilarinho Cardoso (PG)1,2
; Daniel Escorsim Machado (PQ1; Renato Ferrari (PQ)
3; Mayara
Calixto da Silva (IC)1; Plínio Tostes Berardo (PQ)
4; Jamila Alessandra Perini (PQ)
1,2
1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste; 2Programa de Pós-
Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Osvaldo Cruz; 3Instituto de
Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Hospital Moncorvo Filho; 4Serviço de Ginecologia, Hospital
Federal dos Servidores do Estado.* jessica_vilarinho@yahoo.com.br
Palavras-chaves: Polimorfismo; Estrogênio; Endometriose
Introdução
A endometriose é uma doença complexa e
multifatorial, podendo causar dismenorreia, dor
pélvica, dispareunia, infertilidade, alterações
intestinais e urinárias1. Muitos estudos têm
demostrado que mulheres com endometriose
apresentam um risco aumentado de desenvolver
câncer de ovário2,3
. Os mecanismos moleculares
envolvidos na endometriose ainda não estão claros,
e a susceptibilidade hereditária tem sido uma área
de investigação crescente no desenvolvimento da
doença4. Por ser uma doença estrogênio-
dependente, polimorfismos genéticos envolvidos
na biossíntese e na regulação dos estrógenos são
candidatos a serem biomarcadores da
endometriose. Assim, este trabalho teve por
finalidade investigar a influência dos
polimorfismos dos genes PGR, CYP17A1 e
CYP19A1 na susceptibilidade da endometriose.
Materiais e Métodos
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa em Humanos do HFSE (Protocolo:
414/2011) e Hospital Moncorvo Filho (Protocolo:
1.244.294 / 2015). A população do estudo foi
composta de 161 mulheres com endometriose
(casos) e 179 controles. Os polimorfismos foram
genotipados pela técnica de reação em cadeia da
polimerase em tempo real utilizando o sistema
TaqMan. A associação dos polimorfismos
estudados com a endometriose foi avaliada pela
regressão logística binária.
Resultados e Discussão
Os casos de endometriose foram
significativamente mais jovens que os controles
(36,0 ± 7,3 versus 38,0 ± 8,5, respectivamente, p =
0,023), tiveram um índice de massa corporal
menor (26,3 ± 4,8 versus 27,9 ± 5,7,
respectivamente, p = 0,006), maior tempo médio
de duração do fluxo menstrual (7,4 ± 4,9 versus
6,1 ± 4,4 dias, respectivamente, p = 0,03) e menor
tempo médio do intervalo entre as menstruações
(25,2 ± 9,6 versus 27,5 ± 11,1 dias,
respectivamente, p = 0,05). Foi observada uma
maior prevalência dos sintomas de dismenorreia,
dispareunia, dor pélvica crônica, infertilidade,
alterações intestinais e urinárias no grupo casos,
com um tempo médio entre o início dos sintomas
até o diagnóstico definitivo de endometriose de 5,2
± 6,9 anos. Comparando os dois grupos, não foram
observadas diferenças significativas nas
frequências alélicas e genotípicas dos
polimorfismos PGR +331C>T, CYP17A1 -34A>G
e CYP19A1 1531G>A, e nem considerando os
sintomas da endometriose. Foi observado que o
genótipo combinado PGR +331TT / CYP17A1 -
34AA / CYP19A1 1531AA está associado
positivamente à endometriose (OR = 1,72; IC 95%
= 1,09 – 2,72).
Conclusões
A análise combinada dos polimorfismos PGR-
CYP17A1-CYP19A1 sugere uma interação gene-
gene na susceptibilidade genética da endometriose,
podendo contribuir para a identificação de
biomarcadores para o diagnóstico e/ou prognóstico
da doença. Agradecimentos: CNPq, FAPERJ e FAF
(Oncobiologia).
Referências
1. Acién P & Velasco I. Endometriosis: A Disease That
Remains Enigmatic. ISRN Obstet Gynecol. 2013 Jul
17;2013:242149.
2. Wang KC, Chang WH, Lee WL, et al. An increased risk of
epithelial ovarian cancer in Taiwanese women with a new
surgico-pathological diagnosis of endometriosis. BMC Cancer.
2014 Nov 18;14:831.
3. Yang B, Wang D, Chen H, et al. The association between
endometriosis and survival outcomes of ovarian cancer:
Evidence-based on a meta-analysis. Niger J Clin Pract. 2015
Sep-Oct;18(5):577-83.
4. Perini JA, Cardoso JV, Berardo PT, et al. Role of vascular
endothelial growth factor polymorphisms (-2578C>A, -460
T>C, -1154G>A, +405G>C and +936C>T) in endometriosis: a
case-control study with Brazilians. BMC Womens Health. 2014
Sep 26;14:117.
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Interação entre as Células de Mastócito, VEGF -FLK-1 e Stem Cell Factor
na Fisiopatologia da Endometriose
Karina C. Rodrigues-Baptista (PG)1,2*
; Jamila A. Perini (PQ)1,2
; Lucas R. Lopes (IC)1; Mauricio S. Abrão
(PQ)3; Luis E. Nasciutti (PQ)
4; Daniel E. Machado (PQ)
1
1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Unidade de Farmácia, UEZO, RJ, Brasil; 2Programa de Pós-
Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ, RJ, Brasil; 3Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Rio de Janeiro, SP, Brasil; 4Instituto de Ciências Biomédicas,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Palavras-chave: endometriose; mastócitos; angiogênese; Stem Cell Factor.
Introdução
A endometriose é considerada uma doença benigna,
no entanto, possui características malignas devido a
proliferação celular e a formação de novos vasos
sanguíneos1. Numerosos estudos têm indicado que
as mulheres com endometriose apresentam um risco
aumentado de desenvolvimento de câncer epitelial
de ovário2. Embora exista essa correlação
epidemiológica entre endometriose e câncer, os
mecanismos moleculares e os fatores envolvidos
com a progressão maligna da doença não são bem
compreendidos3. Nesse contexto, o aumento do
Stem Cell Factor (SCF) pode promover o
crescimento de lesões endometrióticas pela ativação
de mastócitos4. Os mastócitos ativados estimulam
um aumento da atividade da COX, que por sua vez
induz a síntese de Prostaglandina E2 (PGE2). Esse
mecanismo irá aumentar a produção de VEGF
pelos mastócito, tendo um efeito mitogênico em
células endoteliais e contribuindo para a
neovascularização, que é um processo crucial para a
endometriose5. Portanto, o objetivo deste estudo é
avaliar a interação entre mastócitos, VEGF e Stem
Cell Factor na fisiopatologia da endometriose.
Materiais e Métodos
Este estudo foi aprovado pelo Conselho de Revisão
Interna do Hospital Universitário Clementino Fraga
Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(N°051/01). Trinta mulheres com endometriose (10
ovário, 10 bexiga, 10 retal) e 32 mulheres controle
(10 endométrio proliferativo, 10 endométrio
secretor, 4 ovário normal, 4 normal da bexiga, 4
reto normal) foram incluídas no estudo. A
distribuição de mastócitos, VEGF, Flk-1 e SCF foi
avaliada por imunohistoquímica. Os vasos
sanguíneos foram quantificados de acordo com o
número de células endoteliais do fator de von
Willebrand-positivo.
Resultados e Discussão
Um aumento na densidade vascular e na
distribuição de mastócitos e do SCF foi observado
nos casos de endometriose, especialmente em
lesões de reto, em comparação com as respectivas
amostras de controle e com o endométrio eutópico.
As marcações foram localizadas no estroma
endometrial ao redor das glândulas. Da mesma
forma, as imunomarcações de VEGF e Flk-1
também foram elevadas em casos de endometriose,
particularmente na endometriose retal.
Conclusões
Nossos resultados sugerem que a ativação dos
mastócitos pelo SCF pode estimular a liberação de
VEGF favorecendo o processo de angiogênese, que
é crucial para estabelecimento e desenvolvimento
das lesões endometrióticas (Figura 1)
Agradecimentos: FAPERJ
Referências
1. Jiang Q.Y. and Wu R.J. (2012). Growth mechanisms of
endometriotic cells in implanted places: A review. Gynecol.
Endocrinol. 28, 562-567
2. Vlahos N.F., Kalampokas T. and Fotiou S. (2010).
Endometriosis and ovarian cancer: A review. Gynecol.
Endocrinol. 26, 213-219.
3. Becker C.M., Beaudry P., Funakoshi T., Benny O., Zaslavsky
A., Zurakowski D., Folkman J., D'Amato R.J. and Ryeom S.
(2011). Circulating endothelial progenitor cells are up-regulated
in a mouse model of endometriosis. Am. J. Pathol. 178, 1782-
1791.
4. Lin K.Q., Zhu L.B., Xhang X.M., Lin J (2015). Role of mast
cells in estrogen-mediated experimental endometriosis in rats.
Zhejiang Da Xue Xue Bao Yi Xue Ban. 44(3):269-77.5. Ryan
J.J., Morales J.K., Falanga Y.T., Fernando J.F., Macey M.R (2009). Mast cell regulation of the immune response. World
Allergy Organ J. 2(10):224-32
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Identificação de Isolados Bacterianos da Rizosfera de Cichorium endivia
pelo Sistema VITEK®2 Compact
Andressa Sbano da Silva (PG)¹ ², Juliana Barbosa Succar (PG)¹, *Nivaldo José dos Santos Júnior (IC)¹,
Alexander Machado Cardoso(PQ)¹ ², Ida Carolina Neves Direito (PQ)¹
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, UEZO; 2 Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, INMETRO.
< idacarolina@uezo.rj.gov.br>
Palavras-chaves: bactéria; testes bioquímicos, taxonomia.
Introdução
Com o aumento da população mundial a busca por
alternativas que elevassem a produção alimentícia
foi de extrema importância. Dentre essas
alternativas estão os pesticidas, produtos químicos
utilizados no controle de pragas, doenças e plantas
daninhas. Porém muitos possuem ação cancerígena
e mutagênica, além de apresentarem grande
persistência no meio ambiente1. Dentre os
pesticidas temos o herbicida ácido 2,4-
Diclorofenóxiacético (2,4D) que é um herbicida
sistêmico, análogo ao hormônio vegetal auxina,
usado no controle de eudicotiledôneas, que é
extremamente tóxico 2
. Uma alternativa empregada
para remoção desses contaminantes é a
biodegradação realizada pelos microrganismos do
solo, que pode muitas vezes mineraliza-los por
completo3. Os isolados bacterianos utilizados nesse
estudo foram originados da bioprospecção do solo
da rizosfera de chicória (Cichorium endivia L.)
realizada por Ferreira4. Os isolados bacterianos
identificados sob os códigos CH02, CH04, CH05,
CH06 e CH09 foram caracterizados por Succar
como capazes de biodegradarem o herbicida 2,4-D.
Desse modo esse trabalho teve como objetivo
identificar esses isolados pelo sistema VITEK®2
Compact.
Materiais e Métodos
Os isolados bacterianos CH02, CH04, CH05,
CH06, CH09 foram isoladas da rizosfera de
Cichorium endivia e Ralstonia eutropha JMP 135 é
utilizada como bactéria modelo de degradação.
Esses isolados foram ativados meio LB contendo
2,4-D e identificados pelo sistema VITEK® 2
Compact.
Resultados e Discussão
As estirpes codificadas como CH05, CH09, CH04,
CH02 e CH06 foram identificadas,
respectivamente, como Delftia acidovorans (99%);
Enterobacter cloacae complex; Staphylococcus
lentus (92%); Serratia marcescens (95%) e
Rhizobium radiobacter (99%). Os isolados CH05,
CH06, CH02 e CH09 já haviam sido descritos na
literatura como capazes de biodegradar /
biotransformar o 2,4-D, confirmando o que Succar
observou em seus estudos. O isolado CH04
identificado como Staphylococcus lentus (92%) e o
isolado CH02 identificado como Serratia
marcescens (95%), uma vez que apresentaram uma
porcentagem mais baixa, assim como o isolado
CH09 que não teve um resultado específico,
deverão ser submetidos a identificação empregando
sequenciamento.
Conclusões
O sistema VITEK®2 Compact conseguiu
identificar de forma específica os isolados CH05
(Delftia acidovorans (99%)) e o isolado CH06
(Rhizobium radiobacter (99%)).
Agradecimentos: FAPERJ e CNPq.
Referências
1. Cantos, C.; Miranda, Z. A. I.; Licco, E. A. Contribuições para
a gestão das embalagens vazias de agrotóxicos. Interfacehs –
Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio
Ambiente, V.3, nº.2, Seção, 2008.
2. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Sistema de Informações sobre Agrotóxicos (SIA). Disponível
em:<http://www4.anvisa.goV.br/agrosia/asp/defa ult.asp>
Acesso em: 14 Jun. 2013.
3. Cycon, M.; Mijowska, A. Z.; Wojcik, M.; Piotrowska, Z. S.;
Biodegradation and bioremediation potential of diazinon
degrading Serratia marcescens to remove other
organophosphorus pesticides from soils. Department of
Microbiology and Virology, Medical University of Silesia,
Jagiellonska.Journalof Environmental Management, V.4, p. 7-
21, 2013.
4. Ferreira, J. V. R. Bioprospecção e identificação de
microrganismos compotencial biotecnológico para
biorremediação na interface solo-plantamicrorganismos. 2012.
31p. Trabalho de Conclusão de Curso (GraduaçãodeTecnologia
em Biotecnologia) — Fundação Centro Universitário Estadual
da ZonaOeste, Rio de Janeiro. Orientadora Ida Carolina Neves
Direito e Co-orientador Andrew Macrae.
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Diversidade Microbiana do Solo sob Influência das Atividades
Antrópicas em Santa Cruz
Vinicius Ribeiro Flores (PG)¹,2, Leticia Cristina Barros de Andrade (IC)¹*, Larissa Soares de
Almeida Borba(IC)¹, Ida Carolina Neves Direito (PQ)¹, Alexander Machado Cardoso (PQ)1
1Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste 2Programa de Pós-
Graduação em Biotecnologia, INMETRO E-mail de contato. eleticia91@hotmail.com
Palavras-chaves: bactéria, metais pesados, pesticidas, DGGE.
Introdução
Na década passada a Zona Oeste foi uma área
de intensa produção agrícola, com o aumento da
urbanização ocorreu a diminuição da produção¹,
porém teve o aumento de indústrias na região.
Atualmente, encontra-se na Zona Oeste o
Distrito Industrial de Santa Cruz, com indústrias
produtoras de resíduos com metais pesados,
onde pode ocorrer a degradação deste ambiente.
Pesquisadores já identificaram níveis de metais
pesados na Bacia de Sepetiba e nos rios e solos
da região2,3
. Por ser uma área subtropical o uso
de agroquímicos como os pesticidas é maior,
uma vez que as condições climáticas propiciam
a proliferação de pragas e doenças que afetam as
plantações4. Com isso, a contaminação dos
solos pode ser decorrente tanto pela agricultura
como pelas atividades das indústrias. Pensando
nisso, este projeto tem como objetivo o estudo
da diversidade microbiana visando a
identificação de bioindicadores bacterianos que
determinem o quadro de poluição do ambiente.
Materiais e Métodos
A metodologia será dividida em três partes: i)
coleta e caracterização das amostras de solo,
onde serão analisadas as características fisico-
químicas das amostras (textura, pH, %C, etc);
ii) a análise e quantificação de pesticidas e
metais pesados da amostra; iii) análise da
diversidade microbiana através da associação
das técnicas de DGGE e Sequenciamento.
Resultados e Discussão
O resultado esperado neste projeto é evidenciar
a diversidade microbiana presente nos pontos de
coleta amostrados para que possamos identificar
uma população bacteriana que possa ser
utilizada como um bioindicador de
contaminação do solo, desta maneira auxiliando
na identificação de poluição do ecossistema.
Esta poderia ser uma ferramenta útil para
correlacionar a contaminação ambiental com os
poluentes presentes no solo.
Agradecimentos: FAPERJ
Referências
¹Vieira, W. S.. Memória, identidade, cultura e movimentos
sociais na Zona Oeste. XI Congresso Luso Afro Brasileiro
de Ciências Sociais, UNIRIO, 2011.
2. Herms, F.W., Lanzillota, H. A. A., Influência de
atividades industriais na poluição por metais no Rio
Guandu, Baía de Sepetiba-RJ, Bacia hidrográfica dos Rios
Guandu, da Guarda e Guarda-Mirim Experienciaa para
gestão do recursos hídricos, p. 181-214, 2012
4. Direito, I. C. N., Flores, V. R., Figueiró, R. Impactos dos
Pesticidas na Saúde Ambiental e na Saúde Humana, Saúde
& Ambiente: Da Educação Ambiental à Ecologia de
Doenças, Cap. 7, p. 39-49, 2011.
5. Silva, A. P.; Consoli, M. A. F, Oliveira, E. F.,
Monitoramento da concentração de metais pesados solúveis
e parâmetros físico-químicos na bacia do Guandu: avaliação
comparativa com dados da década de 1980 e dados atuais
Bacia hidrográfica dos Rios Guandu, da Guarda e Guarda-
Mirim Experienciaa para gestão do recursos hídricos, p.
239-, 2012
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PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE MATERIAIS
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Caracterização do concreto com adição de borracha de pneu inservível
Maurício Lamego Pinho (PG)I*, Florêncio Gomes Ramos Filho (PQ)
II.
IAluno de Mestrado em Ciência e Tecnologia de Materiais, Universidade Estadual da Zona Oeste - UEZO
* E-mail de contato: engseglamego@gmail.com IIProfessor Doutor em Ciência e Tecnologia de Polímeros, Universidade Estadual da Zona Oeste - UEZO
Palavras-chaves: Concreto, borracha, materiais, sustentabilidade.
Introdução
O concreto sustentável produzido à base de
borracha de pneu inservível triturado, em
substituição a parte da areia na sua formulação,
já é uma realidade e garante destinação
ecologicamente correta a este passivo ambiental
que resulta em sério risco ao meio ambiente e à
saúde pública[1]
.
Neste contexto, a caracterização do concreto
com adição de borracha se faz necessária, para
contribuir com o avanço nas pesquisas de
materiais alternativos empregados na construção
civil.
Assim, o pneu que seria descartável entra na
produção de concreto, contribuindo na gestão da
geração de resíduos sólidos, bem como na
racionalização do uso de recursos naturais,
questões de grande impacto da sociedade
moderna.
Materiais e Métodos
Propõe-se produzir matrizes de concreto de
cimento Portland de alta resistência inicial CPV
ARI PLUS, areia média agregado graúdo com
diâmetro máximo de 19 mm, água potável e
borracha granulada de pneus inservíveis em
diferentes proporções, substituindo 50%, 25% e
12,5% do agregado miúdo por borracha
triturada.
A partir do desenvolvimento deste material
compósito, caracterizar suas propriedades de
resistência à compressão, resistência à tração
por compressão diametral, resistência à tração
na flexão, absorção de água por imersão,
realizar ensaio de abatimento (SlumpTest), bem
como estudar sua microestrutura através da
microscopia de varredura eletrônica.
Resultados e Discussão
Pesquisas apontam para resultados de redução
nos valores referentes às propriedades
mecânicas e perda da trabalhabilidade após a
adição do resíduo[2]
.
Todavia, outras pesquisas obtiveram resultados
positivos em determinadas porcentagens
estudadas de incorporação do resíduo de
borracha ao concreto, confirmando sua
aplicabilidade, considerando que valores de
resistências à compressão foram superiores a 20
MPa[3]
.
Face aos resultados encontrados, espera-se com
adição de aditivo plastificante, produzir
matrizes de concreto com adição de borracha
tritura de pneus maiores valores quanto à
resistência mecânica.
Conclusões
É possível concluir que, segundo as pesquisas, o
resultado positivo ou negativo de suas
propriedades mecânicas está diretamente
relacionado à porcentagem de adição de
borracha de pneu na matriz de concreto.
Claramente que a aplicabilidade do material será
determinada pela quantidade de adição do
resíduo. Entretanto, é possível também, quando
da não obtenção dos resultados esperados,
incorporar aditivos químicos plastificantes para
conferir aos materiais maiores índices de
propriedades de físicas e mecânicas.
Outrossim, é correto afirmar que a
aplicabilidade do material compósito é viável,
pois apresentam índices satisfatórios para o
mercado, além de ser ecologicamente correto.
Por fim, do ponto de vista econômico, existe a
necessidade de subsídios financeiros para
obtenção e o processamento da matéria-prima[4]
.
Referências
1. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE –
CONAMA. Resolução n°. 416, de 30 de setembro de 2009.
Disponível em: http://www.mma.gov.br> Acesso em: 18 de agosto de 2016. 2. Marques, A.C.; Nirschl, G.C.; Akasaki, J.L. (2006).
Propriedades mecânicas do concreto adicionado com
borracha de pneus. HOLOS Environment, v.6 n.1 – P. 31. 3. Akasaki, J. L.; Fioriti, C. F.; Nirschl, G.C. Análise
experimental da resistência à compressão do concreto com adição de fibras de borracha vulcanizada. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO. (2001), Foz do Iguaçu - PR. 4. Gomes Filho, C.V. Levantamento do potencial de resíduos de borracha no Brasil e avaliação de sua utilização na
indústria da construção civil. Dissertação de Mestrado. LATEC/PRODETEC. (2007), P. 112. Curituba – PR.
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Estudo Comparativo das Propriedades de Adesivos à Base de Epóxi
Alan Sala Bourguignon1* (PG); Silvana De Abreu Martins (PQ)
2
¹Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de
Janeiro, RJ;
< gaturamo@gmail.com> <silvanaamartins@yahoo.com.br>
Palavras-chaves: Adesivos, Juntas coladas, resina epóxi.
Introdução
Os adesivos têm sido amplamente utilizados em
muitas áreas da engenharia, substituindo
componentes unidos por soldagem e outros
métodos convencionais utilizados na união de
metais. Este trabalho apresenta um estudo
comparativo das propriedades de materiais
adesivos a base de resinas epoxílicas. Os
resultados mostraram que, todos os adesivos
apresentaram comportamento semelhante até
aproximadamente 4,0 kN.
Materiais e Métodos
Os adesivos para o ensaio de DMA foram
preparados com as resinas vertidas no interior
de um molde de borracha de silicone. E depois
da cura, as amostras foram desmoldadas para
posteriormente serem ensaiadas.
Amostras de Teflon® foram conformadas
seguindo-se norma ASTM D 638.
As juntas de cisalhamento foram conformadas
seguindo-se a norma ASTM D 1002.
Resultados e Discussão
Ensaios de DMA e identificação da Tg: :
Ensaios de fluência e relaxação:
Ensaios de tração do adesivos e das juntas:
Conclusões
O EC (adesivo chumbador) apresentou melhor
desempenho em relação aos outros dois
adesivos, em termos de resistência na adesão,
em termos de limite de resistência e módulo de
elasticidade, o resultado também foi superior,
assim como teve menor efeito de fluência e de
relaxação ao se analisar as propriedades
viscoelásticas, dependentes do tempo, no
ensaio de fluência e relaxação. Entretanto,
pode-se dizer que todos os adesivos
apresentaram pouco efeito de fluência no nível
de carga e tempo de ensaio, utilizados neste
trabalho, a relaxação também foi relativamente
baixa. Esses resultados são importantes para a
utilização da colagem de resinas epóxis comuns
como processo de união de metais. Agradecimentos: Ao Programa de Pós-graduação
em Ciência e Tecnologia de Materiais – UEZO, aos
professores Lavinia Borges, Daniel Castello, Neyda
Tapanes e aos estudanes de Pós-graduação Luana
Orlandini e William Hernandez – LAVI/UFRJ, ao
professor Silvio Romero de Barros – CEFET/RJ.
Referências
1. ASTM Standard 1002 – 01D: “Standard Test Method for
Apparent Shear Strengh of Single-Lap-Joints Adhesively
Bonded Metal Specimens by Tension Load (Metal-to-
Metal)”.
2. ASTM. 638 D, AMERICAN SOCIETY FOR TESTING
AND MATERIAL STANDARDS. Standard Test Method
for Tensile Properties of Plastics. EUA: ASTM, 2002.
3. Kinloch AJ. Adhesion and adhesives: Science and
technology, Chapman & Hall, New York, 1987.
4. Wineman, A. S L, Rajagopal, K.R. Mechanical Response
of Polymers an Introduction. New York: Cambridge
University Press, 2000
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Influência da deformação nas propriedades mecânicas do aço ASTM A
131 Grau AH36
Aristoclê Aguiar Filho (PG), Silvana de Abreu Martins (PQ)
1 Programa de Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia dos Materiais, Universidade UEZO
aristoclefilho@gmail.com
Palavras-chaves: Deformação mecânica; Estaca torpedo; ASTM A-131; Efeito Bauschinger
Introdução
Nas operações de calandragem de chapas de
aço convencionou-se que a deformação deve
ocorrer perpendicular a direção de laminação.
Esta prática limita o comprimento das seções, a
dimensão da largura da chapa. A convenção é
relevante para fabricação de componentes
sujeitos a pressão internas. No entanto, mesmo
para elementos estruturais cujo corpo possui
forma cilíndrica, como é o caso da Estaca
Torpedo, durante o processo de fabricação é
seguido esta convenção. Esta pesquisa visa
investigar o comportamento do aço ASTM A-
131 Grau AH36, quando conformado
paralelamente a direção de laminação e
comparar os resultados com os obtidos pelo
método convencional.
Materiais e Métodos
Duas amostras do aço ASTM A-131 Grau
AH36, medindo 50 x 500 x 500mm com
propriedades mecânicas conhecidas, serão
calandradas com raio interno de 560mm, uma
com deformação perpendicular a direção de
laminação (método convencional) e a outra
com deformação paralela a direção de
laminação. Corpos de prova de: Ensaio de
Tração, Ensaio de Impacto (charpy), Ensaio
Metalográfico e Ensaio de dobramento serão
retirados nas duas amostras, próximo do raio
interno, na linha neutra e próximo ao raio
externo. Os resultados serão compilados e
comparados
Resultados e Discussão
Ainda não há resultados para análise, a
expectativa é que a direção de laminação não
influencie significativa nos resultados. Devido
ao efeito Bauschinger, Fig. 1, a tensão de
escoamento e a tensão máxima próximo ao raio
externo deverá aumentar, na linha neutra não
deverá alterar e próximo ao raio interno deverá
reduzir. Poderão surgir trincas na superfície
externa da conformação.
Figura 1 Gráfico representativo do efeito
Bauschinger
Conclusões
A pesquisa não foi concluída.
Agradecimentos: Arsenal de Marinha do Rio de
Janeiro, doação da chapa de aço ASTM A-131 Grau
AH36.
Referências
1: Dieter, George – Metalurgia Mecânica, 2ª edição.
2: Meyers, Marc André, Princípios da Metalurgia Mecânica
- São Paulo EDGARD BLUCHER, C1982.
3: Standard Specification for Structural Steel for Ship;
ASTM A131/A131M- Edition 08.
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Resíduo da Fabricação de Catalisadores de FCC Utilizado Como
Retardante de Chamas em Compósitos com PEAD Reciclado
Sidney Martins (PG)
1*, Patrícia S. da Costa Pereira(PQ)
1 e Daniele Cruz Bastos(PQ)
1
1 Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais, UEZO.
* martins-sidney@uol.com.br
Palavras-chaves: retardantes de chamas, compósitos poliméricos, alumina, PEAD
Introdução
Polímeros são amplamente utilizados pelo
mercado por sua versatilidade de propriedades
e baixo custo. Dois dos principais impactos
negativos relacionados ao seu uso decorrem do
descarte inadequado e do fato de serem
combustíveis. A reciclagem é uma das soluções
para minimizar o impacto causado pelos
polímeros no meio ambiente. O uso retardantes
de chama na preparação de compósitos
poliméricos reduz os impactos causados pela
queima de polímeros na ocorrência de
incêndios, salvando vidas. 1,2,3,4
A fabricação de
catalisadores de FCC gera resíduos inorgânicos
que precisam ser descartados. Estes resíduos
contem aluminas, caulim, zeólitas e outros
materiais com potencial aplicação no
retardamento de chamas.2,4,5
O objetivo geral
do presente trabalho é testar resíduo da
fabricação de catalisadores de FCC como
retardante de chamas em compósitos com
PEAD reciclado.
Materiais e Métodos
O PEAD reciclado foi fornecido gentilmente
pela empresa de Reciclagem Peterlu
(Seropédica/Rio de Janeiro). O resíduo
inorgânico foi fornecido pela Fábrica Carioca
de Catalisadores SA (Santa Cruz/Rio de
Janeiro). A Amostragem deste resíduo (úmido)
foi realizada ao longo de 12 meses de forma a
eliminar fatores sazonais. O resíduo foi seco
em estufa a 120+10ºC para eliminar água livre,
desaglomerado manualmente e peneirado em
peneira calibrada de 100 mesh (150 m).
Amostra assim obtida está sendo caracterizada:
composição química (FRX + LECO),
granulometria (Malvern), área superficial
(BET), densidade aparente, LOI (Loss on
Ignition), umidade, TGA e MEV. Amostra de
PEAD também será caracterizada (TGA/MEV).
Compósitos poliméricos contendo 0, 40, 50 e
60% de resíduo serão preparados em extrusora
dupla-rosca e posteriormente caracterizados
(TGA, MEV, ULV-94, calorímetro de cone e
LOI-Limiting Oxygen Index).4
Resultados e Discussão
Com base na revisão bibliográfica já executada
e em dados históricos, espera-se que a alumina,
a zeólita e o caulim presentes no resíduo atuem
reduzindo inflamabilidade do material, fato a
ser identificado a partir do resultado dos testes.
A alumina decompõe-se endotermicamente ao
redor de 200 ºC resfriando o substrato, libera
água na fase vapor que dilui os gases
inflamáveis e cria uma camada inorgânica
isolante sobre o substrato. A zeólita
potencialmente catalisa a decomposição de
gases de pirólise formando uma camada
carbonácea isolante e a microestrutura lamelar
do caulim é uma barreira física para difusão de
gases de pirólise. Estes materiais presentes nos
compósitos reduzem, ainda, a quantidade total
de matéria orgânica combustível.2,4
Conclusões
A conclusão esperada é que compósitos
testados mostrem algum resultado que possa
ser considerado uma redução de sua
inflamabilidade, ou seja, melhor
comportamento em condições de incêndio que
o PEAD reciclado isoladamente.
Referências
1. LI, J., Gong, J., Stoliarov S.I. Development of pyrolysis
models for charring polymers. Polymer Degradation and
Stability. Vol. 115, Amsterdam, p. 138-152, 2015.
Disponível em: <http:\\ sciencedirect.com>. Acesso em: 24
jul. 2016.
2. Dasari, A. et all. Recent developments in the fire
retardancy of polymeric materials . Progress in Polymer
Science. Vol. 38, Pittsburg, p. 1357-1387, 2013. Disponível
em: <http:\\ sciencedirect.com>. Acesso em: 24 jul. 2016.
3.Spinacé, Márcia Aparecida da Silva; de Paoli, Marco
Aurélio. A tecnologia da reciclagem de polímeros. Química
Nova. Vol. 8, nº. 1, São Paulo, p. 65-72, 2005. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v28n1/23041 .pdf>.
Acesso em: 30 nov. 2015.
4. Lauotid, F. et al. New prospects in flame retardant
polymer materials: From fundamentals to nanocomposites.
Materials Science and Engineering R. Vol. 63, Amsterdam,
p.100–125, 2009. Disponível em: <http:\\
sciencedirect.com>. Acesso em: 24 jul.16.
5.Vogt, E.T.C., Weckhuysen, B.M. Fluid catalyst cracking:
recent developments on the grand old lady of zeolite
catalysis. Chemical Society Reviews. Vol. 44, Londres, p.
1-60, 2015.
.
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Análise de tensões residuais por difração de raios X em chapas de aço
duplex após soldagem. Welison D. Badaró (PG)*
1, Mauro Carlos Lopez Souza (PQ)
1
1* Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais, Fundação Centro Universitário da Zona Oeste
* E-mail de contato: welison-badaro@hotmail.com
Palavras-chaves: tensões, difração, duplex, soldagem
Introdução
Durante o os processos de fabricação,
conformação ou tratamentos de peças de
matérias metálicos, geralmente surgem tensões
residuais. Essas tensões podem contribuir para
o comportamento mecânico dos materiais e na
formação de microtrincas nos processos de
fratura. Na soldagem surgem os gradientes de
temperatura em torno das partes soldadas
devido ao aquecimento e resfriamento
heterogêneo, gerando deformação plástica no
material que resultará na introdução de tensões
residuais. Para medir as tensões residuais que
surgem após a soldagem utilizaremos uma
técnica tridimensional por difração de raio X
para medir as tensões tanto na ferrita como na
austenita dos aços duplex.
Materiais e Métodos
Para confecção dos corpos de provas será
utilizado chapas de Duplex ASTM A240 UNS
S31803 com espessura de 35 mm soldados
através do processo com eletrodo revestido
(SMAW). Para analise das tensões residuais
originadas do processo de soldagem
utilizaremos a técnica de difração de raios X
aplicada com o objetivo de mediar às distâncias
interplanares.
Resultados e Discussão
Quando um material cristalino é irradiado por
um feixe de raios-X monocromático com
comprimento de onda λ, ocorre o espalhamento
deste feixe pelos átomos que compõem o
material. Um feixe difratado pode ser definido
como um feixe composto de um grande número
de raios espalhados reforçando-se mutuamente.
Devido à distribuição regular dos átomos no
material, as ondas espalhadas tendem a
interferir entre si de modo similar à difração de
luz visível (CALLISTER1, 2007). O método de
medição e de cálculo mais conhecido é
chamado de método do seno²ψ. Tal método usa
alguns pressupostos em relação à condição do
material, e utiliza baixa energia de 2,4
. radiação,
o que significa baixa penetração, de forma a
reduzir os esforços necessários para se obter
uma determinação precisa das tensões
residuais. O pressuposto básico é que em um
metal policristalino os cristais estão
desordenados (PAGEL-NITSCHKE2, 2009).
Em tal material, com granulometria fina e
isento de tensões, o espaço entre os planos
cristalinos não varia com a orientação destes
planos, entretanto quando tensionado, sendo
esta tensão aplicada ou residual, o espaçamento
interplanar se altera do seu valor livre de
tensões para um novo, correspondente à
magnitude dessas tensões.
Figura 1: a) Distância interplanar em um
material não tensionado. b) Distâncias
interplanares de grãos com diferentes
orientações, de um corpo tensionado.
Conclusões
Segundos experimentos realizados por
Turibus3, a técnica de difração de raios X para a
analise de tensões em aços inoxidáveis, após
soldagem MIG, apresentou resultados das
tensões nas fases austenita e ferrita. Baseado
neste experimento podemos afirmar que a
técnica de difração por raio X apresentara
resultados satisfatórios para a analise das
tensões residuais nas chapas de Duplex ASTM
A240 UNS S31803 soldados pelo processo
SMAW
1: Callister, William D, Jr. Materials Science and
Engineering: An introduction. 7 ed. Nova York: John Wiley
& Sons, 2007. 2: Pagel-Nitschke, Thomas. Application of Diffraction
Methods for the Residual Stress Determination in Welded
joints. In: PRESSURE VESSELS AND PIPING
CONFERENCE. 2009. Praga 3: TuribusS, Sergio Nolêto – Análise de tensões pela
difração de raios X em processo de soldagem MIG.
Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de
Materiais) – Instituto Politécnico, Universidade do Estado
do Rio de Janeiro, 2011.
Referências
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Estudo das Tecnologias de Reciclagem e Reutilização de Pneus
Inservíveis Felipe Gomes Macedo (PG)
1*, Florêncio Gomes de Ramos Filho (PQ)
1
1* Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais, Fundação Centro Universitário da Zona Oeste
*felipe.macedo@michelin.com
Palavras-chaves: Pneus Inservíveis, Reciclagem de Pneus, Reutilização e Desvulcanização.
Introdução
O pneu é considerado inservível quando após o
seu uso apresente danos irreparáveis em sua
estrutura não se prestando mais à rodagem ou
reforma. Os pneus descartados de forma
incorreta resultam na geração de passivos
ambientais importantes, que geram reflexos
diretos nos gastos com a saúde pública e outros
oriundos de poluição ambiental, como
assoreamento e enchentes. O acúmulo desses
resíduos, que demoram, em média, 600 anos
para decompor, representa uma verdadeira
ameaça à saúde pública, além de apresentar
risco de contaminação do solo, do ar e do
lençol freático. Este trabalho pretende
identificar através de levantamento
bibliográfico as alternativas possíveis de
reciclagem (recuperação, regeneração) e
reutilização de pneus inservíveis nos mercados
mundial e nacional.
Materiais e Métodos
A fundamentação teórica para a realização
deste trabalho será buscada em artigos
científicos, periódicos, patentes, livros,
monografias, dissertações e sites confiáveis a
respeito da disposição dos resíduos sólidos, em
especial os pneus inservíveis.
Resultados e Discussão
No quadro 1, de forma sintética estão
relacionados os processos de reciclagem
possíveis para dar destinação correta aos pneus
descartados:
Quadro 6 – Estratégias de minimização de
pneumáticos inservíveis e respectivas opções
tecnológicas de tratamento. Fonte: (Gomes &
Medina; Reschner, Almeida et al. apud Cimino,
2004).
Conclusões
O objetivo principal deste trabalho foi estudar e
levantar possíveis alternativas de pneus
inservíveis. Dos processos tecnológicos mais
complexos para a reciclagem de pneus,
atualmente estas são as opções mais utilizadas
no Brasil. Pesquisando sobre estas alternativas,
o que se concluiu é que os maiores
investimentos em tecnologia ficam por conta
das cimenteiras na adaptação de seus fornos
para a queima de pneus inservíveis, uma vez
que ao receber este material estas fábricas têm
duas vantagens - diminuem custos com energia
e são remuneradas pelos fabricantes de pneus
para destruir este material em seus fornos. As
demais opções de reutilização de pneus
inservíveis, como as obras de drenagem,
construção de muros de arrimo, barreiras de
contenção, aterros, surgem de iniciativas
municipais, de pesquisadores e associações
não-governamentais buscando formas
alternativas de reciclagem deste material. Estas
opções não são consideradas a melhor
destinação para os pneus descartados, além de
contribuir paliativamente para a solução do
problema.
Referências
1. Santos, S S dos; Agostinho, T C F A Reciclagem de
Pneus Inservíveis / Sabrina Silva dos Santos; Tatiane
Cristina Fernandes de Agostinho; orientador: Márcio
Antonio Teixeira. Marília, SP: [s.n.], 2010.
2. Andrade, HS Pneus inservíveis: alternativas possíveis de
reutilização. Monografia submetida ao Departamento de
Ciências Econômicas para aprovação na disciplina CNM
5420. Meio-Ambiente, Florianópolis, Julho de 2007.
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Aplicação do Delineamento de Composto Central na Avaliação da Propriedades
Mecânicas de um Aço DP600 (Dual Phase) no Efeito Bake Hardening
Francis Euzébio Pereira (PG)1, Ana Isabel C. Santana (PQ)
1, Neyda de la C. Om Tapanes (PQ)
1
1 Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Estadual da Zona Oeste, RJ
francisep2000@yahoo.com.br
Palavras-chaves: Efeito Bake hardening, Aços DP 600, Conformação dos Aços
Introdução
Novos conceitos de microestrutura têm
proporcionado características inéditas de
resistência mecânica e conformabilidade as
chapas de aço destinadas à área automotiva,
mas em muitos casos não é preciso desistir da
convencional microestrutura ferrítica para obter
chapas com essas propriedades1. Nesse
trabalho, avaliou-se o desempenho na
conformação dos aços DP (Dual Phase)
utilizando o Planejamento de Experimentos
aplicando o método de Delineamento de
Composto Central (DCC).
Materiais e Métodos
O material utilizado no trabalho foram amostras
do aço DP600 que passou por todos os
processos siderúrgicos. Foram feitas 2 amostras
embutidas em baquelite para os aços DP600,
com seção de 42x42mm foram lixadas com
óxido de alumínio em granulometria de 40
mesh. A análise dos elementos C, Mn, Si, P, Al,
Nb, S e N, foi obtida por espectrometria de
emissão ótica em equipamento, marca
Spectromaxx. O ensaio de tração foi realizado
segundo a norma ASTM A370-13 (2013) em
corpos de prova retirados na direção
longitudinal (0º), à direção de laminação em
máquina de ensaio servo/hidráulica, marca
Instron, dotada de extensômetro na largura e
espessura. Foi utilizada a metodologia de DCC
e o Sofware Statistica’12 3.
Resultados e Discussão
A Tabela 1 expõe os níveis de todos os fatores
investigados no DCC e a Tabela 3 mostra a
matriz do planejamento com a combinação
deles que formam todos os experimentos a
realizar.
Tabela 1.Níveis e fatores considerados no DCC
Na avaliação da cinética do envelhecimento do
aço foi obtida a equação de regressão linear
múltipla ajustada, através dos valores dos
coeficientes de regressão calculados.
O Gráfico de Pareto confirma de forma gráfica
os efeitos mais relevantes, assim como os
resultados das superfícies de resposta.
Figura 1. Superficie de resposta
Conclusões Concluiu-se que com a aplicação do
Delineamento de Composto Central (DCC)
associada à Metodologia da Superfície de
Resposta (MSR) foi possível verificar que o
fator deformação (D) é o mais importante para
o ganho de resistência mecânica do aço DP600,
e, que os fatores tempo e temperatura exercem
pouca influência. Porém, observou-se também
que a deformação deve ser controlada variando
entre 2 a 5 %, pois, após esse valor, os
resultados incrementados podem não serem
satisfatórios, nem do ponto de vista tecnológico
quanto econômico. Agradecimentos: UEZO, FCA Automóveis,
ThyssenKrupp CSA.
Referências
1 Chiang, L.-J.; Yang, K.-C.; Hsiao, I.-C. Effects of
annealing conditions on bake hardenability for ulc steels.
Iron and Steel Research & Development Department China
Steel Corporation. [S.l.], p. 1-6. 2011.
2 Montgomery, D. C., Design and Analysis of Experiments,
John Wiley and Sons: New York, 1997
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Avaliação de esquema de pintura anticorrosiva sobre aço 1020 para
aplicação em equipamentos da indústria de minério de ferro
1Ilton Silva da Guia (PG)¹*;
1,2Isamara A.R. Barbosa (PG);
2Francielly M. de Souza (IC),
1,2Ana
Isabel de C. Santana (PQ); 1Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais, UEZO, RJ; ²Laboratório de Microscopia e
Eletroquímica de Materiais – LABEMM, UEZO, RJ; ilton.guia@gmail.com
Palavras-chaves: Corrosão, revestimentos orgânicos, tintas
Introdução
A corrosão metálica é o fenômeno responsável
por provocar a deterioração dos materiais,
especialmente os metálicos. Os fenômenos
corrosivos podem ocorrer pela ação
eletroquímica ou química do meio. A indústria
de mineração está entre as que mais sofrem
devido à ocorrência de corrosão em virtude da
elevada agressividade do meio, da abrasividade
do minério de ferro entre outros fatores. Uma
das formas de proteger os metais e as ligas
metálicas dos fenômenos corrosivos é através
da aplicação dos revestimentos orgânicos. As
tintas se constituem no principal exemplo de
revestimentos orgânicos anticorrosivos. São
formadas por uma combinação de veículos,
aditivos e pigmentos responsáveis pela
formação da película, secagem, proteção
anticorrosiva, cor e melhorias mecânicas da
película1,2
. Os equipamentos de mineração são
fabricados a partir de materiais metálicos
expostos a condições agressivas onde se faz
indispensável a aplicação de métodos que
aumentem a resistência à corrosão desses
materiais, prologando a vida útil e reduzindo os
custos decorrentes da corrosão. O objetivo
desse estudo é realizar uma avaliação de
diferentes esquemas de pintura usualmente
utilizadas na indústria de minério de ferro.
Materiais e Métodos
Inicialmente foram escolhidos dois esquemas
de pintura, que seriam aplicados sobre amostras
de aço carbono 1020. As chapas de aço carbono
foram cortadas nas dimensões 150 x 100 x 3,05
mm. Foram escolhidos dois diferentes
esquemas de pintura, que foram realizados de
acordo com a sequência:
Esquema de pintura 1
Limpeza físico-química das amostras,
Tratamento mecânico St3; Aplicação de primer
a base de epóxi. Aplicação de demão de
revestimento epóxi poliamida. Aplicação de
revestimento poliuretano.
Esquema de pintura 2
Limpeza físico-química das amostras.
Jateamento abrasivo Grau As 2 1/2; Aplicação
de primer epóxi. Aplicação de demão de
revestimento poliuretano. A avaliação
resistência a corrosão dos diferentes esquemas
foi inicialmente realizada através do ensaio de
permeabilidade. Para esse ensaio foram obtidos
filmes livres de ambos os esquemas de pintura.
Os filmes foram obtidos sobre película de
acetato. Após secagem dos filmes, foram
selecionadas as melhores amostras, sem a
presença de poros e defeitos aparentes à
inspeção visual.
Resultados e Discussão
Os resultados obtidos a partir dos ensaios de
permeabilidade mostraram que os filmes
obtidos a partir do esquema de pintura 1,
apresentam uma permeabilidade ao vapor de
água mais significativa em comparação com os
filmes obtidos com base no esquema de pintura
2. Esse comportamento pode ser observado
com base na maior perda de massa observada
no sistema composto com o esquema de pintura
1. No entanto a diferença de permeabilidade
entre as duas amostras não é significativa até o
presente momento. É necessário um maior
tempo de ensaio a fim de verificar qual dos
esquemas apresenta melhor propriedade de
barreira.
Conclusões
Considerando os resultados preliminares pode-
se concluir que a amostra B, apresentou melhor
propriedade de barreira que a amostra A. No
momento estão sendo realizados ensaios
acelerados nas chapas de aço pintadas com os
dois diferentes tipos de esquema de pintura. Agradecimentos: Vale do Rio Doce, FAPERJ e
CNPq
Referências
1. Laert, P. N. 2014 - “Pintura Industrial na proteção
Anticorrosiva”
2. V. Gentil, Corrosão 5 ed, LTC, Rio de Janeiro, 2007
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Avaliação de Aminas Heterocíclicas como Inibidores de Corrosão de
Aço em Meio Marinho
Isamara Araujo Rosa Barbosa (PG)
1,2, Francielly Moura de Souza (IC)
2,3,
Ana Isabel C. Santana (PQ)1,2,3
. 1Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais – UEZO, 2Laboratório de Microscopia e
Eletroquímica de Materiais – LABEMM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 3Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ;
<anasantana@uezo.rj.gov.br> isamararosab@gmail.com
Palavras-chaves:aminas, corrosão, aço
Introdução
A corrosão é um processo de deteriorização que
ocorre comumente nos metais/ligas metálicas.
Os processos corrosivos podem provocar
prejuízos de ordem econômica, tecnológica e
ambiental. Dentre as alternativas encontradas,
os inibidores de corrosão se destacam por
serem economicamente os mais viáveis.
O inibidor é uma substância ou mistura de
substâncias, que quando presentes em
concentrações adequadas, no meio corrosivo,
reduz ou elimina a corrosão.[1-3]
O objetivo desta trabalho é estudar o
mecanismo de inibição do imidazol em
diferentes concentrações , sobre a corrosão do
aço carbono 1008:1010 em meio de NaCl
3,5%. Neste sentido, procuramos correlacionar
a eficiência de diferentes concentrações deste
inibidor, obtidas experimentalmente com as
suas estruturas e propriedades moleculares.
Materiais e Métodos
O aço carbono utilizado para os ensaios foi
cortado em chapas quadradas de dimensões 3x3
cm. A superfície foi lixada em uma politriz de
bancada AROPOL W (Arotec), utilizando lixas
d’agua com granulometria variando de 80 a 600
mesch. Foram avaliados como inibidores de
corrosão as substâncias imidazol e tolutriazol,
ambos testados em meio de NaCl 3,5% . As
soluções de NaCl com e sem os inibidores
foram preparadas com reagentes de grau
analítico e água destilada. O tolutriazol e o
imidazol foram avaliados nas seguintes
concentrações: 10-5
, 10-4
, 10-3
, 3x10-3
e 5x10-3 .
Os ensaios eletroquímicos (medida de potencial
de circuito aberto e curvas de polarização
potenciodinâmicas) foram realizados em um
potenciostato/galvanostato da AUTOLAB,
modelo PGSTAT 302N, em meio de NaCl
3,5% com e sem a presença das substâncias
avaliadas como inibidores, em condições
aeradas e a temperatura ambiente. As curvas de
polarização foram obtidas após a estabilização
do potencial de circuito aberto durante 3600s,
utilizando uma velocidade de varredura de
1mV/s.
Resultados e Discussão
Observou-se através dos resultados obtidos que
ambas as substancias apresentam propriedades
inibidoras de corrosão nas condições
experimentais investigadas. Foi possivel
verificar que a adição de imidazol em todas a
concentrações avaliadas provocou um
deslocamento do potencial de corrosão para
valores mais negativos. O imidazol provocou
uma redução da corrente no ramo catódico das
curvas de polarização, no entanto não foi
verificado um efeito inibidor dessa substância
na região anódica das curvas. Por sua vez
verificou-se que o tolutriazol provocou uma
redução nas correntes anódicas e catódicas.
Observou-se também um deslocamento do
potencial de corrosão para valores mais
positivos, na maior parte das concentrações de
tolutriazol avaliadas.
Conclusões
Mediante os resultados observados é possível
concluir que ambas as substâncias avaliadas
apresentam potencial para serem utilizadas
como inibidor de corrosão em meio de cloreto.
O imidazol aparenta ser um inibidor do tipo
catódico, uma vez que nas condições avaliadas
provocou redução das correntes no ramo
catódico das curvas. Por sua vez o tolutriazol
apresenta características de inibidor misto, pois
provoca uma redução das correntes em ambos
os ramos (anódico e catódico) das curvas de
polarização. Agradecimentos: QUACKER CHEMICAL,
FAPERJ, CNPq e PROPESQ
Referências
1. V. Gentil, Corrosão 5 ed, LTC, Rio de Janeiro, 2007.
2. Guo, L., et al, Corrosion Science, v.87, pp. 366–375,
2014.
3. Obot, I.B., Journal of Industrial and Engineering
Chemistry, v. 21, pp. 1328–1339, 2015.
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Comparativo entre um Modelo Matemático de Elementos Finitos e
Distorções Causadas em Fabricações Soldadas a Arco, na Construção
Naval
Wanderson Almenara (PG)1*
, Monica Costa Rezende (PQ)2, Ana Isabel de Carvalho Santana (PG)
1
Valdir Agustinho de Melo (PG)1
1Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO 2Centro de Tecnologia SENAI/RJ - Solda
Palavras-chaves: SMAW, FCAW, juntas soldadas, Construção Naval
Introdução
Uma das tecnologias envolvidas na indústria
naval é a tecnologia da soldagem. A correção e
o ajuste de elementos estruturais com altos
níveis de distorções são processos que mais
consomem o tempo de produção. Os tipos de
distorção foram classificados por Masubuchi1.
Estima-se que o processo de correção
envolvido com as distorções de fabricação
consuma 30% do trabalho total, Andersen2. O
objetivo deste trabalho é quantificar o grau de
distorções entre os dois diferentes processos de
soldagem (arame tubular e eletrodo revestido),
estabelecer um comparativo entre os dois
processos de soldagem com um modelo
matemático de elementos finitos utilizado e
identificar a qual processo o modelo mais se
aproxima para sua validação.
Materiais e Métodos
O material utilizado nos testes foi o A–
36Gr60.Cada processo de soldagem utilizado
no estudo de caso, utilizou quatro Corpos de
Prova (CPs) distintos. Todos usaram os
mesmos parâmetros, cujo o objetivo era
ratificar os resultados laboratoriais. Em cada
um dos CPs foram tomadas temperaturas em 7
a 9 pontos preferenciais ao longo dos CPs
totalizando entre 70 a 90 tomadas de
temperaturas de 1400 ºC.
Resultados e Discussão
A Tabela 1, apresenta os resultados obtidos
com os ensaios de soldagem com os processos
de eletrodo revestido (SMAW), arame tubular
(FCAW) e o modelo numérico.
A observação realizada foi que, para o processo
em chapas de 9,5 mm de espessura a contração
e consequentemente a distorção angular,
apresentou amplitude de 9 mm e de 5º 9’
máximo. Este resultado se deve as maiores
energias de soldagem empregadas no processo
SMAW, em comparação com o processo
FCAW. Enquanto que no processo FCAW,
apesar do desvio apresentado na região do
cordão de solda dos corpos de prova, este ainda
sim, em sua totalidade não apresenta maiores
distorções na sua forma final, sendo até mesmo
difícil de quantificar com uma amplitude
máxima apresentada de 1,10 mm de distorção e
1º 45’. Tabela 1 – Resultados das distorções
Fonte: Os autores (2016)
Levando em consideração os resultados
experimentais, o modelo de elementos finitos
utilizado apresentou uma maior proximidade
para o processo FCAW. Sendo possível sua
utilização preditiva dentro do processo de
soldagem para as condições aqui apresentadas
com acurácia de 87,5%.
Conclusões
Para os dois processos de soldagem utilizados
neste estudo, verificou-se devido aos altos
níveis de energia, que o processo por eletrodo
revestido é o que apresenta maior distorção.
O modelo matemático de elementos finitos
utilizado neste trabalho validou tais resultados
de laboratório. Isto é, que há uma maior
distorção para o processo de soldagem por
eletrodo revestido. Uma explicação para isso,
pode ser atribuída ao fato de que este processo
utiliza menor energia de soldagem e,
consequentemente, acarreta menor distorção.
Sendo assim, o modelo numérico poderá ser
aplicado, e com os devidos ajustes, ser utilizado
com maior eficiência, como ferramenta
preditiva em futuras distorções angulares.
Referências
1. Masubuchi K., Analysis of Welded Structures. Residual
Stress, Distortion, and their Consequences. First Edition,
New York, Pergamon Press Ltd., 1980.
2. Andersen F.L., Residual Stresses and Deformations in
Steel Structures. Technical University of Denmark -
Department of Naval Architecture and Offshore
Engineering, Phd Thesis (2000).
ÂNGULAR MILÍMETRICA ÂNGULAR MILÍMETRICA
MODELO NUMÉRICO 1º 3’ 1,84 mm 1º 11’ 2,09 mm
SMAW 4º 34’ 7,96 mm 5º 9’ 9 mm
FCAW 0º 37’ 1,10 mm 1° 45’ 2,53 mm
MÉTODO
DISTORÇÃO
MÍNIMA MÁXIMA
53
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Estudo das adições de escória no cimento por calorimetria isotérmica e
suas aplicações Lima,L.M.¹*, Sirqueira, A. S. ², Ferraz, Danila F³, Bessornia, G
4.
1UEZO, Rio de Janeiro, leonard.ml@hotmail.com; 2UEZO, Rio de Janeiro, alexsirqueira@uezo.rj.gov.br 3 GCP, Sorocaba, Brasil, Danila.F.Ferraz@gcpat.com; 4 GCP, Sorocaba, Brasil, Guilherme.Bessornia@gcpat.com
Palavras-chaves: Aditivo; Calorimetria; Concreto; Escória;.
Introdução
Um dos principais parâmetros mensurados na
indústria do cimento é a hidratação. A
hidratação do cimento do tipo Portland
normalmente é acompanhada pela libertação de
energia na forma de calor. Então, utilizar a
técnica de calorimetria será de grande valia na
quantificação da energia térmica ao longo do
tempo no processo de hidratação.
Figura 1: Curva típica de evolução de calor de hidratação
de Cimento Portland (Fonte: adaptado de ASTM C1679-
092).
Materiais e Métodos
Neste estudo foram analisadas amostras de
cimento com diferentes teores de adição de
escória, apresentado na Tabela 1, realizado na
temperatura de 23 °C. Tabela 1 - Parâmetros de composição das pastas
Definidas as massas, adiciona-se o cimento,
aditivo e água em recipiente para
homogeneização, utiliza-se um dispersor
mecânico, nas seguintes condições: velocidade
de 1000rpm e tempo de 1 minuto.
Resultados e Discussão
Pode-se avaliar diversos parâmetros do
processo, período de pré-indução e de indução,
energia liberada em um determinado tempo de
hidratação, início e fim de pega desses
materiais, taxa máxima de energia gerada no
processo. Através dos dados encontrados na
Figura 2, podemos observar que a energia de
hidratação para o cimento CP V sugere que as
adições de escória, alteraram a velocidade de
hidratação do cimento.
Figura 2: Curva calorimétricos da taxa de calor liberado
pelo cimento CPIII 40 RS & CP V
Conclusões
A calorimetria isotérmica é uma técnica
simples e eficaz para avaliar hidratação de
cimento com grandes ou baixas adições de
escória, monitorando em tempo real todas as
etapas de hidratação.
A taxa de calor gerado pelo cimento com
maior adição de escória diminui devido a
substituição dos compostos de hidratação de
cimento.
O consumo de aditivo está inversamente
ligado ao teor de adição de escória, sendo
necessário uma adição menor para o cimento
CPIII quando comparado ao CP V.
Referências
1. Quarcioni, V A. Influência da cal hidratada nas idades
iniciais da hidratação do cimento portland : estudo em pasta
/ V.A. Quarcioni. -- ed.rev. São Paulo, 2008. 172 p.Tese
(Doutorado) - Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo. Departamento de Engenharia de Construção Civil.
2. ASTM C1679-09, Standard Practice for Measuring
Hydration Kinetics of Hydraulic Cementitious Mixtures
Using Isothermal Calorimetry, ASTM International, West
Conshohocken, PA, 2009, http://www.astm.org/cgi-
bin/resolver.cgi?C1679-09
3. M. W. Esper, P. Helene, Características do Cimento
Portland de Alto-Forno, Bol. Técnico da EPUSP, Dep. Eng.
Constr. Civil, S. Paulo, SP (1993).
4. Dron, R. Structure et réactivité des laitiers vitreux, Paris
LCPC, 1984.
5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS. NBR 5735: Cimento Portland
de alto-forno. Rio de Janeiro, 1991
Massa de
cimentoMassa de água Total
100 40 140
Canal Identificação Massa de pasta
1 1 - SCZ 16 1185 0,45% EXP CR 3472 CP III 17,8682
2 2 - SCZ 16 1185 0,45% EXP CR 3455 CP III 18,2994
3 3 - SCZ 16 1185 1,7% EXP CR 3473 CP III 17,092
4 4 - SHE 16 1185 2,7% EXP CR 3472 CP V 18,6786
5 5 - SHE 16 1185 3,4% EXP CR 3455 CP V 17,8238
6 6 - SHE 16 1185 2,7% EXP CR 3473 CP V 17,4794
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Caracterização do Aço USI SAR 80T para Avalição da Influência do
Preaquecimento e Pós-aquecimento no Processo de Soldagem Obtido
por Eletrodo Revestido
Marcos Vinicius Boaventura Corrêa (PG)1*, Mauro Carlos Lopes de Souza (PQ)
1
Mestrado em Ciência e Tecnologia dos Materiais - Centro Universitário da Zona Oeste – UEZO – Rio de Janeiro-RJ
Mboaventura9@gmail.com
Palavras-chaves: caracterização, preaquecimento, pós-aquecimento, soldagem.
Introdução
O desenvolvimento tecnológico tem
possibilitado uma evolução na área de
materiais, levando à comercialização de aços
com novas composições químicas, maiores
limites de resistência e melhor tenacidade.1 A
utilização adequada destes novos aços passa
inevitavelmente por sua soldabilidade, ou seja,
a capacidade de o metal ser soldado em
condições de fabricação e ter corno resultado
uma junta com qualidade exigida e para
aplicação específica. Esta soldabilidade deve
atender aos requisitos mecânicos e químicos,
mas sem nunca esquecer os outros grandes
problemas da junta soldada, ou seja, a
deformação e os defeitos. 2 De acordo com
Alexandre3 as propriedades mecânicas de juntas
soldadas são determinadas em primeiro lugar,
pela composição química do aço e do metal de
adição, e pelos ciclos de temperatura que
ocorrem durante o processo de soldagem. Este
projeto de pesquisa pretende verificar a
influência dos tratamentos térmicos de
preaquecimento de pós-aquecimento no
material (aço USI SAR 80T) e da junta de solda
quando estes forem submetidos ao processo de
soldagem por eletrodo revestido.
Materiais e Métodos
Para a realização e observação de resultados o
presente trabalho pretende utilizar algumas
amostras de chapas de aço do material objeto
do estudo (USI SAR 80T) submete-los ao
processo de soldagem com eletrodo revestido e
realizar ensaios, antes e depois da soldagem
com o tratamento térmico de preaquecimento e
pós-aquecimento , para avaliar as propriedades
químicas e mecânicas do material. Ensaios para
avaliação da natureza Química do material:
macrografa e micrografia. Ensaios para
avaliação da natureza Mecânica do material:
charpy e tração.
Conclusões
O presente trabalho poderá ser estendido para
verificações semelhantes com outros tipos de
aços de alta resistência. Também podendo ser
verificado o custo dos processos de soldagem
que envolve tratamentos térmicos antes e
depois da soldagem, visando reduzir
significativamente o tempo e recursos materiais
envolvidos nestes processos.
Agradecimentos: Nuclebrás Equipamentos pesados
S/A
Referências
1. Maciel, M.T.; Alcantara, N.G.; Kiminami, C.S.
Influência da taxa de resfriamento e do nível de tensão
sobre trincas a frio em metais de solda de aços ARBL. In:
Anais do 21°Encontro nacional de tecnologia de soldagem,
2005. Caxias do Sul - RS, p. 37-53.
2. Kou, S. Welding metallurgy. 2. ed. New Jersey: John
Wiley & Sons, 2002.
3. Alexandre, J.A.S.; Soldabilidade dos aços de Extra
Elevada Resistência do Tipo 690 Mpa; Dissertação de
Mestrado, Faculdade de Ciências e Tecnologia,
Universidade Nova Lisboa, Portugal, 2010
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Avaliação de Resitência a Corrosão em Juntas Soldadas de Aços
Superduplex em Unidades de Remoção de Sulfatos
Marcelo Lopes Ferraz (PG) ¹* Carlos Alberto Martins Ferreira (PQ)
1 Mestrado em Ciências e Tecnologia dos Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
* E-mail de contato. mlopesf@gmail.com
Palavras-chaves: superduplex, resistência a corrosão, corrosão puntiforme, corrosão localizada
Introdução
Os aços inoxidáveis da família superduplex são
utilizados em missões críticas na indústria em
equipamentos que operam com pressão e
temperaturas elevadas ou com produtos
químicos agressivos. Esta área requer materiais
que combinem alta resistência mecânica com
elevada capacidade de resistir aos fenômenos
corrosivos. Esta proposta de pesquisa
investigará a microestrutura da zona de fusão e
ZTA da solda uma vez que durante o processo
de soldagem o efeito da temperatura altera
significativamente o balanço da composição
ferrita/austenita, propicia a precipitação de
fases intermetálicas nocivas à resistência à
corrosão comprometendo o desempenho e a
segurança operacional das instalações.
Materiais e Métodos
Para avaliar os procedimentos de soldagem
iremos caracterizar as juntas conforme se
segue:
Materiais Utilizados
O material será tubo sem costura da liga UNS
S32750
Preparação dos Corpos de Prova
Os corpos de prova serão obtidos a partir de
tubos de 6¨sch10S com junta de topo
O processo de soldagem o TIG com metal de
adição seguindo procedimento usual da
indústria que consiste no uso do argônio a
100% como gás de proteção, aporte térmico de
1,0 kJ/mm, velocidade de soldagem de 5
cm/min e pós tratamento de solubilização.
Serão retiradas amostras nas posições 0, 90,
180 e 270º, sendo polidos e atacados para
posterior análise por microscopia ótica e
posterior ensaio de corrosão para determinar o
potencial de pite. Avaliaremos qual a influência
da velocidade de resfriamento na
microestrutura final e o consequente
surgimento de fases intermetálicas indesejáveis.
Análise Química Via Espectrometria de
Emissão Ótica
Caracterização por Microscopia Ótica e/ou
Microscopia Eletrônica de Varredura
Material Como Recebido
Identificar o percentual austenita/ferrita, onde a
fração volumétrica de ferrita deve estar na faixa
de 35 a 65% conforme ASTM E562
Material Soldado
Para caracterização microestrutural projeta-se
retirar amostras na seção longitudinal dos tubos
na posição 0, 90, 180 e 270º. Avaliaremos a
concentração de ferrita/austenita e a presença
de fases intermetálicas.
Ensaios de Corrosão Eletroquímica por
Polarização Cíclica
Mediremos o potencial de pite utilizando uma
solução que reproduza a água do mar.
Objetivo Geral e Específico
GERAL
Identificar fatores que influenciam no
comportamento mecânico e na resistência a
corrosão em aços inoxidável superduplex.
ESPECÍFICOS
- Identificar, separar e classificar os fatores de
que afetam o desempenho dos materiais;
- Determinar a interdependência destes fatores;
- Identificar, definir e desenvolver os processos
de fabricação que preservem as características
com melhor desempenho;
- Registrar e padronizar estes processos.
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Avaliação da Microestrutura e Microdureza de uma Junta Soldada de
Inconel 718.
Robson A. Santos (PG) ¹* Mauro Carlos Lopes de Souza (PQ). 1 Mestrado em Ciências e Tecnologia dos Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
araujo@metalmat.ufrj.br
Palavras-chaves: Microdureza, microestrutura, inconel 718, junta soldada.
Introdução
O Inconel 718 é uma superliga a base de níquel
desenvolvida na década de 50, utilizada em
diversas áreas de aplicação, por suas ótimas
propriedades mecânicas.A microestrutura típica
do inconel 718 consiste na matriz γ,
precipitados γ’ (Ni3,Al,Ti), γ’’ (Ni3Nb,Ta) e
fase δ (Ni3Nb). A superliga também apresenta
fase laves que fragiliza a superliga1 Durante o
processo de soldagem, a temperatura elevada
sem controle e sem uniformidade produz
alterações micro estruturais e metalúrgicas que
podem comprometer a integridade da estrutura2.
O objetivo deste trabalho é caracterizara
microestrutura e avaliar a microdureza da junta
soldada de Inconel 718.
Materiais e Métodos
O material foi cedido pelo laboratório de
propriedades mecânicas PEMM/COPPE/UFRJ,
na condição comercial em forma de placas
cortadas de 52mm x 110mm x 10mm. Em segui
da o material passou por tratamento térmico. A
soldagem do Inconel 718 foi realizada pelo
processo TIG, usando como atmosfera de
proteção o argônio. Como metal de adição
utilizou-se tiras de Inconel 718 na condição
recozida com10mm largura, por 0,35mm de
espessura dobradas ao meio. A carcterização da
microestrutura foi realizada em MO, segundo a
proposta metalúrgica clássica. Perfis de
microdureza foram traçados ao longo de toda
junta soldada.
Resultados e Discussão
Figura 1: Macro da junta soldada do Inconel 718
A figura 1 mostra a macrografia da junta
soldada de Inconel 718. Observa se uma solda
sem presença de trincas, falta de fusão ou
macro-defeitos.
Figura 2: microscopia ótica: (a) junta soldada.
(b) metal base. (c) metal da solda.
Pode-se observar na figura 2(a) duas zonas das
juntas soldadas, ZTA, e metal de solda. Na
figura 2 (b) grãos regulares, equiaxiais com
carbetos dispersos na matriz. A imagem da
Figura 2(c) mostra a estrutura dendrítica do
metal de solda.
Figura 3: Perfil de Micro Dureza Vickers.
A figura 3 mostra o perfil de dureza, no MB a
média foi 416HV, na ZTA foi 284HV e no MS
256HV.
Conclusões
A soldagem na chapa de Inconel 718 na
condição envelhecida, não apresentou
trincamento. A presença de vazios, falta de
fusão ocorreu devida ao formato não usual do
metal de adição, fornecido em tiras de Inconel
718.
Agradecimentos: COPPE/UFRJ/ pelo material fornecido para o presente estudo. Ao Senai Solda
(CTS) pela realização da solda.
Referências
1.Valle . Lena de Castro . (2010) Efeitos da solubilização e
do envelhecimento na microestrutura e nas propriedades
mecânicas da superliga Inconel 718.Tese de doutorado.
2. Rodrigues, T.V. (2011) Tratamento térmico pós-soldagem
soldagem para alívio de tensões em chapas de aço soldadas:
modelagem e análise experimental. Centro federal de
educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca.
Dissertação de mestrado.
ZTA ZTA METAL DE SOLDA METAL DE BASE METAL DE BASE
Perfil 1
Perfil 2
Perfil 3
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Efeito dos Combustíveis nos Materiais dos Componentes dos
Motores Flex
Rogério da Silva Nunes (PG)¹*, Mauro C. Lopes de Souza (PQ)¹, Neyda de la C. Om Tapanes (PQ)
1.
1 Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais Universidade Estadual da Zona Oeste, RJ
* rogerio-sn@hotmail.com
Palavras-chaves: flex-fuel, componentes tribólogicos, desgaste.
Introdução
Apesar do grande know-how adquirido durante
anos na construção de motores a etanol, muitas
dificuldades técnicas ainda persistem quando se
trata de motores flex-fuel1, sendo o desgaste
acentuado e prematuro nos materiais dos
componentes e a partida a frio, os dois fatores
onde hoje mais se investe em pesquisa2. O
assunto é de tamanha proporção e importância
que levou montadoras, universidades e
pesquisadores a criarem um consórcio chamado
TRIBOFLEX3, cujo objetivo é ampliar o
entendimento sobre os fenômenos referentes ao
desgaste e ao atrito nos componentes mecânicos
dos motores flex-fuel através dos
conhecimentos da engenharia de superfície.
Essa pesquisa tem por objetivo investigar e
analisar o efeito dos combustíveis no desgaste
dos componentes tribológicos.
Revisão Bibliográfica
MOTORES FLEX: COMPONENTES Os componentes tribólogicos que serão
avaliados são: pistão, pino do pistão, anel de
segmento, cilindro e bronzinas de biela. Pistão
ou êmbolo: Varia a pressão no interior do
cilindro gerando a potência e torque na árvore
de manivelas. Fabricados em ferro fundido ou
liga de alumínio por fundição ou forjamento.
Pino de pistão: Conecta o pistão à biela. O pino
de pistão é fabricado em aço de baixa liga com
baixo teor de carbono e tratado termicamente. É
confeccionado a partir de barra trefilada. Anéis
de segmento: São montados nas canaletas dos
pistões. Funções - a) vedar a compressão na
câmara de combustão; b) vedar os vapores de
gases da combustão para não atingirem o cárter
e contaminar o óleo; c) controlar o filme de óleo
na parede do cilindro e; d) ajudar a transferir
calor para o sistema de arrefecimento. São
fabricados em liga de aço-carbono com alto teor
de carbono e camada superficial de cromo e
molibdênio na face de contato com o cilindro.
Cilindro: Furos no bloco do motor onde os
pistões trabalham subindo e descendo para
efetuar a mudança de volume do gás e
proporcionar a combustão e geração de trabalho.
São usinados no próprio bloco, podendo ser de
ferro fundido cinzento ou alumínio. Se
removíveis são de ferro fundido ou aço.
Bronzinas de biela: São elemento de apoio e
anti-fricção em peças giratórias no motor. São
bipartidas e geralmente é tri metálico.
COMBUSTIVEIS NOS MOTORES FLEX
Os motores flex podem usar gasolina, álcool ou
mistura em qualquer proporção. Porém, a
fórmula não é tão simples quanto parece. Até
porque o etanol possui menor poder calorífico
(23,62MJ/ℓ) em relação à gasolina (34,84 MJ/ℓ), Muitas são as dificuldades de uma boa
combustão nos motores flex, tais como: emissão
de álcool não queimado e aldeídos; tempo
disponível para a combustão; propriedades
mecânicas e químicas dos materiais aplicados à
construção do motor; Calibração; Vibrações;
Criação de goma; Miscibilidade da gasolina
com o etanol; Lavagem e diluição do
lubrificante durante partida a frio; Ambiente
mais corrosivo; Baixo índice de lubricidade.
EFEITO DO ÁLCOOL NOS
COMPONENTES. O etanol é um composto
oxigenado e higroscópico, por isso é reativo
com alguns metais. Devido seu nível de acidez
ser muito elevado causa oxidação e deterioração
e ainda pode ocorrer a separação de fases com a
gasolina e com o óleo quando permanece em
repouso por um período de tempo.
Materiais e Métodos
Os materiais utilizados serão obtidos em
retíficas de motores, devidamente catalogados e
armazenados separadamente em invólucros
plásticos contendo: modelo, ano,
quilometragem, informação sobre o motor ser
flex ou apenas gasolina.
Posteriormente esses materiais serão analisados
em microscópio para avaliação de suas
superfícies e posterior comparação com
simulação 3D através de software específico.
Referências
1. Pugliesi M, Manual Completo do Automóvel, Hemus,
1991.
2. BOSCH, Manual de Tecnologia Automotiva, Editora
Edgard Blücher, 25° Edição, 2005.
3. SAE BRASIL, Engenharia Automotiva e Aeroespacial,
ano 16 – n° 70 – abril/maio/junho-2016.
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Análise Ruptura Câmara de Vulvanização de Pneus
Thaís Magdalena (PG)¹*, Alex da Silva Sirqueira (PQ)
1 Laboratório de Engenharia de Polímeros e de Aplicações Industriais, UEZO
* E-mail de contato: thais.magdalena.paula@gmail.com
Palavras-chaves: Polímeros, elastômeros, pneumáticos.
Introdução Os elastômeros são polímeros que podem ser
deformados, em níveis de deformações muito
grandes e em seguida, retornarem elasticamente
às suas formas originais.[1]
Esta propriedade
favorece a várias aplicações industriais,
inclusive na fabricação de pneumáticos[2]
. Os
pneus são vulcanizados em câmaras fechadas
em elevadas temperatura e pressões. A câmara
utilizada na vulcanização de pneumáticos é uma
ferramenta flexível que se deforma de forma
progressiva e uniforme quando ela é submetida
aos esforços mecânicos[3]
. Este trabalho tem a
finalidade de estudar o motivo da falha
prematura deste material. Através da
comparação entre o material com vida útil
desejável e o que sofreu fratura
antecipadamente.
Materiais e Método Foram separadas três tipos de amostras: câmara
com saída prematura do processo de produção,
que atendeu uma vida útil e câmara nova.
A termogravimetria foi realizada em
equipamento do fabricante TA Instruments -
modelo Q600. A taxa de aquecimento aplicada
foi 4°C/min.
As morfologias das amostras vulcanizadas
foram obtidas pelo microscópio eletrônico de
varredura modelo JSN-6490-LV.Para o teor de
cinzas foram realizadas amostras de tamanho
aproximado 2 x 2 x 3 mm, coletadas 5
exemplares. Foi utilizado um forno do modelo
F-MUFLA 1800 3P Inox do fabricante FDG
Equipamentos. As condições estabelecidas para
o ensaio foram: aquecimento até 900°C,
temperatura constante de 900°C por 10 minutos
e retorno a temperatura ambiente com taxa de
resfriamento de 10 °/min.
Resultados e Discussão A Figura 1 apresenta aos resultados de
termogravimetria realizada nas amostras com
ciclos de, 0 154 e 380. As curvas
termogravimétricas sugerem a decomposição
térmica em uma única etapa, porém ao analisar
a derivada, evidencia inflexões da curva TG que
são discretas nas amostras 0 e 154. Fenômeno
não encontrado na curva 380, amostra já
envelhecida.
Figura 1: Resultado Termogravimetria
A Figura 2 apresenta as morfologias das
amostras vulcanizadas. Observa-se uma
homogeneidade do material na amostra 0 e 154,
fora do ponto de ruptura. Porém analisando a
imagem da amostra 154 no ponto da fratura,
pode-se identificar concentração de material
inorgânico, que pode representar fragilidade
para o material. A amostra 380 possui aspecto
envelhecido, como era esperado.
Figura 2: Análise morfológica
Pode-se observar na Figura 3 que a amostra 154
obteve o maior valor.
Figura 3: Teor de Cinzas
Conclusões Pode-se inferir com os resultados obtidos que a
amostra apresentou defeito durante o uso devido
a má dispersão dos componentes da formulação
estudada.
Referências 1. Callister, W.D. J. Ciência e engenharia de materiais: uma
introdução. Ed. LTC. 2002. Rio de Janeiro.
2. Paula, T. M., Sirqueira, A.S, Avaliação físico-química e
morfológica de defeitos em material vulcanizado da
indústria de pneumáticos. Acta Scientiae et Technicae, v. 3,
p. 49-51, 2015;
3. Paula, T. M, dissertação de mestrado, Análise de falha de
um elastômero utilizado como material auxiliar na produção
de pneus. Centro Universitário da Zona Oeste, 2016.
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Materiais Utilizados nos Vasos de Pressão: Influência na Estimativa
de Custos
Mauricio Monteiro Machado (PG)1,2
. Rodrigo Ribeiro Soares (PQ)2, Neyda de la Caridad Om
Tapanes (PQ)1
1 Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais - PPCTM, Universidade Estadual da Zona Oeste 2 Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A - NUCLEP
* mauriciommachado@poli.ufrj.br
Palavras-chaves: vaso de pressão, precificação, custo, planejamento de experimentos
Introdução
Vaso de pressão é definido como recipiente
estanque projetado para conter um fluido
pressurizado e resistir com segurança a uma
pressão manométrica superior a 15 psig. Essa
projeção inclui além do dimensionamento para
resistir as elevadas pressões, uma adequada
seleção técnica e econômica do material 1. O
conhecimento dos materiais utilizados na
fabricação dos vasos de pressão é fundamental
para a formação do custo dos mesmos. O
objetivo deste trabalho é realizar um estudo
sobre o processo de fabricação de vasos de
pressão com foco em custo. O estudo engloba
uma revisão bibliográfica sobre o assunto e
também a aplicação do planejamento de
experimentos, baseado em dados reais de
contratos de fornecimento de vaso de pressão,
firmados entre a Petrobras e diversas indústrias
brasileiras 2. Uma ferramenta para determinar o
preço de mercado de equipamentos como vaso
de pressão é de grande interesse para o
desenvolvimento comercial dos fabricantes,
além de levar às universidades temas de
demandas reais das indústrias.
Materiais e Métodos
A Lei 12527 de 18/09/2011, conhecida como a
“Lei da Transparência”, regula o acesso a
informações de órgãos públicos e economias
mistas ao cidadão 3. Através do portal da
Petrobras, aba transparência, foi criada uma
planilha com 634 contratos. Após análise
detalhada, foram solicitados documentos de 136
contratos selecionados dentre os 634 contratos
iniciais. Os contratos variam de R$ 22.231,25
até R$ 12.853.829,92. Os contratos
selecionados têm início da vigência entre agosto
de 2011 e junho de 2016 3. Para realizar
aplicação do planejamento de experimentos faz-
se necessária a disponibilização dos dados por
parte da Petrobras e posteriormente de uma
análise detalhada do mesmo, para que seja
gerada uma planilha de banco de dados a ser
tratada no software “statistica” 2. A Aplicação
do planejamento de experimentos será utilizada
para a determinação de um modelo estatístico
do custo do vaso como variável resposta (y). Os
fatores avaliados são: tipo de material,
espessuras, comprimentos entre tangentes,
diâmetro, quantidade de bocais, trabalho ou não
com H2S, presença ou não de elementos interno
e o peso vazio. Mediante uma metodologia de
fatorial completo será proposto um modelo de
segunda ordem: y β0 β1x1 β2x2 β3 x3 β4x1x2 β5
x1x3 β5 x2x3 ε Onde: y é a variável resposta, os ’s
são os parâmetros a serem estimados, xn são as
variáveis que representam os fatores e é o
termo do erro aleatório.
Análise Preliminar
Cada um dos contratos pesquisados, está sendo
analisado no sentido de correlacionar a cada um:
quantidade de vasos, espessuras, materiais,
comprimentos entre tangentes, diâmetros,
quantidade de bocais, trabalho ou não com H2S
presença ou não de elementos interno e o peso
vazio. A tabela a seguir aponta o andamento das
solicitações feitas à Petrobras.
Tabela: Resumo de Solicitações realizadas
Aguardando Resposta 2
Não aplicável ao escopo do
trabalho
3
Resposta Negada 4
Documentos Disponibilizados 136
Total Geral 127
Agradecimentos: Petrobras
Referências
1. Silva Telles, Pedro Carlos da (2007) Vasos de Pressão; LTC
2. Montgomery, Douglas; Calado Verônica – Planejamento
de Experimentos usando o Statistica, 1ª Ed, E-papers – Serviços Editoriais.
3. www.petrobras.com.br. Acesso em: 20 setembro de
2016.
4. M.M.A. Khan, L.Romoli, M.Fiaschi, G.Dini, F.Sarri
(2010) Experimental design approach to the process
parameter optimization for laser welding of martensitic
stainless steels in a constrained overlap configuration.
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Influência do Índice de Atrito do Catalisador de FCC na emissão de
particulados nas UFCC.
Manuela Beatriz R. Barreto (PG)1,2
* Neyda de la C. Om Tapanes (PQ)1
1 Programa de Pós-Graduação Profissional em Ciência e Tecnologia em Materiais, UEZO 2 Fábrica Carioca de Catalisadores S.A., FCC S.A.
* manuelabarreto@fccsa.com.br, maberibarreto@gmail.com
Palavras-chaves: índice de atrito, catalisador de FCC, emissão de particulados.
Introdução Com a crescente atenção para questões
ambientais com refinarias de petróleo, as
emissões de particulados oriundos das UFCC
tem recebido um maior controle ao longo dos
anos1. No Brasil, em 2021, entrará em vigor a
resolução do CONAMA Nº436, cujo novo
limite máximo de emissão de poluentes
atmosféricos por fontes fixas é menor que o
valor usual praticado nas UFCC.
Júnior 2010 cita que há quatro pontos de perdas
de catalisador gasto, são elas: rotina de descarte,
pelos ciclones do regenerador, pelas emissões
fugitivas e pelas chaminés, fornos e caldeiras.
As perdas pelos ciclones estão diretamente
relacionadas a sua eficiência de
coleta/separação, a qual correlaciona-se com
suas características de projeto e da partícula dos
sólidos, neste caso, do catalisador 2.
Costa e colaboradores (2004) propõem
mudanças na formulação do catalisador em
função de melhorar a resistência mecânica da
partícula e, com isso, reduzir as perdas de
catalisador pelos ciclones, as quais
consequentemente reduzirão as perdas pelas
chaminés, fornos e caldeiras 3.
A resistência mecânica dos catalisadores de
FCC é medida através do Teste de Atrito,
ASTM 5757. É um ensaio que tenta reproduzir
as condições de serviço do material particulado
e medir a resistência de uma amostra deste
material em termos de geração de finos. Quanto
menor o índice de atrito de um material
particulado, maior é sua resistência ao atrito,
isto é, menor é a geração de finos deste material
quando submetido a condições de atrito.
Este trabalho tem o objetivo estudar as variáveis
que influem no índice de atrito do catalisador de
FCC, produzido a partir de diferentes
tecnologias, assim como possíveis influências
na geração de finos.
Materiais e Métodos Serão utilizadas amostras de catalisadores
comerciais de FCC, de diferentes tecnologias e
misturadas entre elas. O teste ocorrerá no
Laboratório de Propriedades Físicas da Fábrica
Carioca de Catalisadores S.A., seguindo os
parâmetros determinados pela ATMS 5757.
Resultados e Discussão A disposição dos experimentos deste estudo
ocorrerá seguindo o conceito de Planejamento
Fatorial Fracionário com 5 fatores iniciais (16
experimentos) e, posteriormente, com os 3
fatores de maior significância estatística, seguirá
para o Planejamento Fatorial Completo (11
experimentos). Assim o total de experimentos
será igual a 27. Os fatores envolvidos no estudo
serão: Tabela 1 – Fatores e faixas do estudo de Atrito.
FATORES SIGL
A
MÍN MÁ
X
ASTM
D5757
-1 +1
Caulim (%) CAU 13 35
Vazão de ar (L/min) VAR 7,1 10 10
Qnt de água na mistura (g) H2O 5 10
T. de calcinação (ºC) TE 400 565 565
Tempo de calcinação (min) TO 30 60 60
As variáveis de resposta serão aquelas medidas
após as variações das variáveis de entrada. Para
este estudo, as variáveis de resposta são o IA –
Índice de Atrito e o PSD – Distribuição de
Tamanhos de Partículas (medirá os finos).
Conclusões A necessidade mundial de catalisadores de FCC
ainda é crescente, fomentando seus produtores a
desenvolver tecnologias cada vez mais
eficientes e ecologicamente corretas.
Logo, este estudo pretende correlacionar e
indicar quais variáveis são as de maior
significância para a geração de finos numa
unidade de FCC. Agradecimentos: à Fábrica Carioca de Catalisadores
S.A. por disponibilizar amostras de catalisadores
comerciais e seu laboratório de análises de Atrito.
Referências 1 McClung, R. Effect of FCC Catalyst Physical Properties
on Particulate Emissions. Disponível em
http://www.refiningonline.com/engelhardkb/. Acesso em: 20
de setembro de 2015.
2 Junior, W. Avaliação da gestão ambiental de uma
Refinaria de Petróleo para as perdas de catalisador de
craqueamento. Programa de Pós-Graduação em Saúde,
Ambiente e Trabalho. UFBA. Salvador, BA. 2010,
3 Costa, A.F. Preparo de catalisadores de FCC modificados
com siloxanos para redução de índice de atrito e aumento da
acessibilidade. Bol. Téc. Petrobras, Rio de Janeiro. 2004.
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Caracterização dos Consumíveis Nacionais no Emprego do Processo de
Soldagem na Construção de Submarino
Luiz Antônio da Silva (PG) ¹* Mauro Carlos Lopes de Souza (PQ).
1 Aluno de Mestrado em Ciências e Tecnologia dos Materiais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
* E-mail de contato: luiz.antonio@icnavais.com
Palavras-chaves: consumíveis, pré-aquecimento, tempo de ressecagem, trinca a frio.
Introdução
Com o advento de novos materiais e novas
tecnologias, os processos de fabricação vêm
buscado a combinação perfeita entre os
consumíveis e os processos de soldagem,
características específicas à área de fabricação[1]. Os consumíveis e os aços empregados na área
da construção naval vêm sendo muito utilizados
em situações onde suas propriedades mecânicas,
são bastante exigidas[1]
. Neste caso, o processo
de soldagem aplicado é o eletrodo revestido. O
trabalho visa a caracterização de consumível
nacional através da verificação de suas
propriedades físico-mecânicas e metalúrgicas, a
fim de comparar o comportamento dos eletrodos
de fabricação européia utilizados atualmente no
projeto de construção de submarinos para a
Marinha do Brasil.
Materiais e Métodos
Neste trabalho, será utilizado eletrodos de
fabricação nacional, soldados em chapas de aço
importado (Casco), reproduzindo o mesmo
processo de soldagem por eletrodo importado [2]
:
1 – Utilização de WPS (Welding Procedure
Specification) EPS – Especificação do
Procedimento de Soldagem do projeto.
2 – Preparação para os ensaios destrutíveis e
não destrutíveis (visual, partícula magnética,
radiografia e ultrassom);
3 – Preparação e marcação na chapa para cortes
e usinagens dos corpos de provas;
4 – Execução dos ensaios de macrografia,
dureza, dobramento, tração e Charpy;
5 - Analise dos dados e resultados;
6 - Elaboração do relatório final com resultados
para discussão.
Preparação dos Corpos de Prova
Os corpos de prova serão usinados com
chanfros em V”, de acordo com as normas
especificas. A análise química do metal de base
(chapa de aço 80 HLES) e do consumível
nacional será apresentada em forma de
certificado do fabricante.
Resultados e Discussão
Os resultados apresentados nas pesquisas
mostram que, a fim de evitar trincas por
hidrogênio, independente do tipo de eletrodo,
deve ter um cuidado, com o tempo de
ressecagem, bem como o pré-aquecimento tem
grande influência durante o processo de
soldagem, pois evita a formação de trincas a frio
que poderão se formar caso o procedimento não
seja obedecido. [3]
Conclusão
É possível conclui-se que, as condições para a
isenção total de trincas para todas as
combinações de metal de base e de adição
(consumíveis) atingiram parâmetros de
soldagens com temperatura de pré-
aquecimentos superiores a 150 °C com tempo
de ressecagem do eletrodo acima de 2 h[3]
.
Logo, independente do consumível nacional ou
importado o que vai contribuir para a formação
de trincas a frio é o tempo de ressecamento e o
tempo de pré-aquecimento. Por fim a utilização
do consumível nacional na produção do
processo de soldagem dos submarinos se mostra
economicamente viável e atendem os mesmos
requisitos técnicos dos consumiveis importados.
Referências
1. Corrêa de Sá, André Luiz.Análise Microestrutural e de
Propriedades Mecânicas Resultantes da Soldagem de um
Aço do tipo HY 80 com os Processos Eletrodos Revestidos
e Arame Tubular Rio de Janeiro 1999.VIII, 86 p. 29,7 cm
(COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia Metalurgica; 1999).
2. Riblett W.R, Ship Systems Engineering and Design Dept.
U.S. Naval Ship, Fabrication, Welding, and Inspections of
Ship Hulls.– NAVSHIPS 0900-00-1000 - Edição 01
Outubro 1968.
3. Freire Júnior, R.C.; Maciel, T.M.; Silva, P.G. Avaliação
da Susceptibilidade à formação de trincas a Frio em juntas
soldadas de aços ARBL. Departamento de Engenharia
Mecânica – CCT – UFCG 2011
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Unidade Universitária de Tecnologia em Polímeros, Construção Naval
Processos Metalúrgicos e Engenharia de Produção
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Membranas poliméricas modificadas com espumas cerâmica para uso
em célula a combustível: influência do grau de sulfonação do SPEEK
Nicolas G. Teixeira(IC)¹*, Damouche, K.(PQ)2, Ramos Filho, F. G. (PQ)
1
1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, RJ; 2 Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano(IMA), Universidade Federal do Rio de Janeiro, , RJ*
nigote773@gmail.com florenciogr@yahoo.com
Palavras-chave: SPEEK, espuma cerâmica, zircônia, permeabilidade seletiva
Introdução
A membrana mais utilizada em células
combustível (FC) é o Nafion®. Contudo,
Nafion® não é apropriado para o uso em FC
com alimentação de direta de álcool (DAFC)
devido a sua alta permeabilidade a álcoois.
Outra desvantagem crucial dessas membranas é
o alto custo, que impede sua utilização em larga
escala [1]. O objetivo é o desenvolvimento de
membranas híbridas do polímero SPEEK com
espuma cerâmica a base de zircônia para uso em
DAFC, bem como estudar a influência do grau
de sulfonação do SPEEK nas propriedades da
membrana.
Materiais e Métodos
Foram utilizados SPEEKs com três graus de
sulfonação (GS): 45, 55 e 65%. A espuma foi
incorporada aos SPEEKs em teor constante de
2%. A sorção de água e etanol através de teste
de inchamento. A permeabilidade seletiva foi
avaliada através do teste de pervaporação e
estabilidade térmica através de TGA.
Resultados e Discussão
No teste de inchamento em água, de forma
geral, não houve a influência do aumento da
temperatura, com exceção das membranas
híbridas de SPEEK com o maior GS (65%). Isso
acontece devido a maior presença de grupos
sulfônicos hidrofílicos, aliado ao fato de que em
altas temperaturas as cadeias adquirem mais
mobilidade, possibilitam maior entrada de água
na membrana, atingindo rapidamente o
equilíbrio. As membranas demonstraram maior
sorção em solução de etanol do que em água,
apresentando valores elevados em temperaturas
a partir de 60°C. A estabilidade térmica das
membranas foi avaliada por TGA. De forma
geral, as membranas apresentaram três eventos
de perda de massa. No teste de pervaporação
pode-se observar que o fluxo permeado tendeu a
diminuir com aumento da temperatura quando o
teste foi realizado com água, com exceção da
membrana SPEEK com GS=55% e 2% de
espuma. O contrário ocorreu utilizando-se
solução de etanol (Ver Tabelas 1 e 2).
Tabela 1. Resultados do teste de pervaporação
em água e solução de etanol
Amostra
Fluxo permeado em água
(kg.m-2
.h-1
)
30°C 50°C
SPEEK45 0,12 0,11
SPEEK55 0,09 0,08
SPEEK65 0,10 0,07
SPEEK45Z 0,12 0,06
SPEEK55Z 0,17 0,23
SPEEK65Z 0,24 0,24
Tabela 2. Resultados do teste de pervaporação
em solução de etanol a 20%
Amostra
Fluxo permeado em solução
de etanol (kg.m-2
.h-1
)
30°C 50°C
SPEEK45 0,88 1,17
SPEEK55 1,12 1,05
SPEEK65 1,35 1,43
SPEEK45Z 0,21 0,27
SPEEK55Z 0,31 0,34
SPEEK65Z 0,52 0,58
Conclusões
As membranas híbridas foram obtidas com bom
nível de dispersão das espumas. A sorção de
água e solução de etanol alterou
consideravelmente com a temperatura e o teor
de espuma mantido constante. As sorções
mostram ser influenciadas pelos canais criados e
o teor de SO4. As membranas híbridas
mostraram maior teor de sorção em solução de
etanol. A incorporação da espuma contribuiu
para melhorar a estabilidade térmica da
membrana, principalmente a partir de 55% de
SPEEK. Agradecimentos: CNPq
Referências
1- Karthikeyan, C.S.; Nunes, S.P.; Prado, L.A.S.A.; Ponce,
M.L.; Silva, H.; Ruffmann B.; Schulte K.; Journal of
Membrane Science 254, 139–146, 2005.
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Estudo Estrtural da Fibra do Caroço de Açai por Difração de Raios-x
e NMR de Baixo Campo
Rafael O. S. R. Correia (IC)1*, Luciana A. Fraga (PQ)
2, Maria Inês B. Tavares (PQ)
3 e
Daniele C. Bastos (PQ)1
1 Laboratório Didático de Polímeros/UEZO; 2IFAM – Instituto Federal do Amazonas; 3IMA - Instituto de
Macromoléculas/UFRJ * daniele_cruz@yahoo.com.br
Palavras-chaves: fibra natural, fibra açaí, difração raio-x, NRM baixo campo.
Introdução
As vantagens do uso de fibras naturais sobre as
sintéticas incluem aspectos ecológicos e sociais,
em razão da melhor reciclabilidade,
biodegradabilidade e do aumento da qualidade
de vida dos habitantes de regiões onde é
realizado o cultivo1,2
. Resultados experimentais
sugerem que, fibras naturais, são uma
alternativa viável às fibras inorgânicas, como
reforço de materiais termoplásticos3. O açai
(Euterpe oleracea Mart.) é uma palma da região
norte do Brasil. Estima-se hoje que somente na
cidade de Belém são comercializados de 100.00
a 120.00 toneladas de frutos de açaí por ano4.
Algumas pesquisas indicam a possibilidade de
utilização das fibras de seu caroço como reforço
em poliolefinas4. Deste modo a utilização das
fibras do caroço de açaí, como reforço para
polímeros reciclados mostram-se bastante
promissores, necessitando de pesquisas mais
apuradas para aumentar a sua compatibilidade
com matrizes poliméricas. Este trabalho tem
como objetivo o estudo estrutural das fibras de
açaí tendo em vista sua posterior utilização
como material de reforço em compósitos de
matriz polimérica.
Materiais e Métodos
- Obtenção do caroço de açaí como subproduto
da produção de polpa da fruta, na região
amazônica do Médio Solimões; lavagem e
secagem ao ar livre do caroço; extração manual
das fibras provenientes do caroço;
peneiramento.
- Mercerização da fibra com NaOH 20%, à 60º
C, por 3h.
- Análise por difração de raio-x e NMR baixo
campo (NMR) e difração de raio-x (DR-X) da
fibra de açai in natura e mercerizada.
Resultados e Discussão
As análises estão sendo realizadas e pretendem
caracterizar a amostra tanto em relação à
estrutura quanto à cristalinidade. De acordo com
dados da literatura, na análise de DR-X, espera-
se observar regiões referentes a lignina, celulose
e hemicelulose. A fração cristalina corresponde
à celulose, enquanto a lignina e a hemicelulose
encontram-se na fração amorfa da amostra. Na
análise de DR-X, os difratogramas apresentam
picos atribuídos à fase cristalina em torno de
27º. A intensidade desses picos mostram o grau
de cristalinidade da amostra que devem
aumentar com o tratamento com NaOH,
responsável pela remoção parcial da
hemicelulose. Com relação à análise de RMN, a
fibra deve apresentar tempos de relaxação com
três domínios principais. Um primeiro domínio
largo e sem definição, relativo à umidade e um
segundo domínio, sem boa definição, referente
aos componentes da celulose e hemicelulose.
Um terceiro domínio bem definido e separado,
com maior tempo de relaxação, relativo à
lignina.
Conclusões
Espera-se que as fibras do caroço de açaí, após
o tratamento de mercerização, apresentem maior
com matrizes poliméricas, devido à maior
cristalinidade.
Referências
1- Bledziki, A.K.; Gassan, J. Composites reinforced with
cellulose based fibers, Prog. Polym. Sci. No 24, pag.221,
1999.
2- Martins, M.A.; Joekes, I. Tire rubber-sisal composites:
effect of mercerization and acetylation on reinforcement.
Journal of Applied Polymer Science, v.89, n.9, p.2507-
2515, 2003.)
3- Sanadi, A.R., et al, Reinforced polypropylene with
agricultural fibers. Proceedings: International Jute and
Allied Fibre Symposium on Biocomposites and Blends,
New Deli, India, 163. 4- Mesquita, Antônio Lima. Estudo de Processos de
extração e caracterização de fibras do fruto do açaí (Euterpe
oleracea MART.) da Amazônia para produção de ecopainel
de partículas homogêneas de média densidade. Dissertação
(Doutorado em engenharia de recursos naturais da
Amazônia), Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.
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Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Síntese de biodiesel provenientes de diferentes óleos
Tamara da Silva Tavares (IC)¹*, Roberta Gaidzinski (PQ), Neyda De La Caridad
Om Tapanes (PQ)¹², Donato A. G. Aranda(PQ)¹. 1 Laboratório de Processos Inorgânicos e Nanomateriais – LPIN, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio
de Janeiro, RJ; ²Escola de Química, Universidade Federal de Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.
* tamara.s.tavares@hotmail.com, robertagaidzinski@uezo.rj.gov.br, neydaom@yahoo.com
Palavras-chaves: Biodiesel, síntese, transesterificação
Introdução
O crescente interesse mundial pela produção e
emprego de biodiesel como substituto do diesel
de petróleo parece indicar um caminho em
direção a uma substituição progressiva do
petróleo como combustível. A resolução nº
6/2009 do Conselho Nacional de Política
Energética estabeleceu o uso do percentual
mínimo de 5% de adição de biodiesel ao óleo
diesel comercializado. A busca por tecnologias
que maximizem a conversão dos óleos vegetais
em biodiesel, por meio de tecnologias limpas,
com a utilização de diferentes matérias-primas
oleaginosas, em substituição ao óleo de soja,
tem sido objeto de pesquisas em todo o mundo.
O objetivo deste trabalho consiste na síntese de
amostras de biodiesel provenientes de quatro
diferentes óleos de acordo com as normas da
ANP.
Materiais e Métodos
A metodologia utilizada para a síntese do
biodiesel consistiu na transesterificação de
diferentes óleos, utilizando hidróxido de
potássio como catalisador com razão molar de 6
(metanol/óleo) a uma temperatura 60ºC, para a
produção do biodiesel de girassol, canola e soja.
Para a esterificação do óleo de andiroba foi
utilizado acido sulfúrico como catalisador em
uma razão molar de 6 (metanol/óleo) a uma
temperatura de 60ºC. Após a reação de
transesterificação, fez-se a separação da
glicerina do biodiesel por decantação (24 horas),
seguidas de lavagem para a retirada de
impurezas, e secagem para a remoção do
excesso de água proveniente da solução de
acido cítrico utilizado na lavagem. Foram
realizados com as amostras de biodiesel
sintetizadas os ensaios de acidez, condutividade,
oxidação e teor de umidade de acordo com
norma da ANP.
Resultados e Discussão
A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos para
a caracterização das amostras de biodiesel
sintetizadas. Índice de acidez: De acordo com a
Portaria Nº 255, de 15 de setembro de 2003 na
ANP, o biodiesel não pode ultrapassar 3% de
Ácido Oleico. Das amostras analisadas somente
o biodiesel de andiroba apresentou acidez
superior ao permitido pela norma.
Condutividade: Óleos de soja e girassol dentro
da norma já que as amostras de biodiesel não
tiveram contato com material contaminante.
Teor de umidade: Ambas as amostras de
biodiesel apresentaram teor de umidade acima
da legislação permitida pela ANP, ou seja,
0,020%. Taxa de Oxidação: Ambas as
amostras analisadas de acordo com a norma
ANP, que estabelece um tempo mínimo de 6
horas de oxidação do biodiesel.
Análises de condutividade, teor de umidade e
taxa de oxidação encontra-se em andamento
para as amostras de biodiesel de andiroba e
canola.
Tabela 1: caracterização das amostras
Análises Índice de
acidez
Condutivi
dade
Teor de
umidade
Taxa de
oxidação
Soja 1,3661% g de
A.O.
0,0µs/cm 0,113% 7,38h
Girassol 1,3661% g de
A.O.
0,0µs/cm 0,120% 6,64h
Canola 2,351% g de
A.O.
-- -- --
Andiroba 11,92% g de
A.O.
-- -- --
Conclusões
Os resultados das análises de índice de acidez,
taxa de oxidação e condutividade mostraram-se
de acordo com as exigências da ANP. Para o
teor de umidade, os resultados revelaram
valores acima do permitido pela legislação. Os
resultados revelaram um elevado índice de
acidez para o biodiesel de andiroba. Isto pode
ser explicado pelo alto teor de ácido oleico em
sua composição química. Futuramente serão
feitas alterações na metodologia para a redução
do elevado teor de umidade das amostras e para
a neutralização do óleo de andiroba.
Referências
1. ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustível.
2. Ramiro C.A.F. (2013). Produção e caracterização do
biodiesel: Estudo e comportamento de antioxidantes, TCC,
Universidade Federal do Paraná.
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
IX Jornada de Ciência e Tecnologia da UEZO Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Efeito do (PE-g-MA) em compósitos de Bagaço de cana-de-açúcar
(BCA) e matriz de polietileno de alta densidade pós-consumo
(PEADpc)
Karolina Vieira de Souza Coelho (IC)¹*, Patricia Soares da Costa Pereira (PQ)1
* 1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste,
Rio de Janeiro, RJ;
* patriciapereira@uezo.rj.gov.br
Palavras-chaves: compósito, PEAD, compatibilizante, fibra no máximo quatro
Introdução
Sendo o Brasil um país caracterizado pela
economia e com potencialidades de se tornar um
dos maiores produtores de fibras vegetais, o
desenvolvimento de compósitos reforçados com
essas fibras pode resultar em notável
crescimento econômico, além de contribuir para
o desenvolvimento sustentável1,2. De uma
forma geral, estudos buscam aplicar cargas
vegetais como reforçadoras em compósitos de
polietileno de alta densidade (PEAD) virgem ou
pós-consumo. Os compósitos poliméricos têm
demonstrado características que atendem às
crescentes exigências de melhor desempenho,
segurança, economia e durabilidade. O PEAD é
um material extremamente resistente levando
anos para se degradar na natureza e
consequentemente gera um grande volume de
material a ser descartado em aterro sanitário. O
Brasil é um grande produtor de cana-de-açúcar e
gera milhares de toneladas de resíduos
lignocelulósicos de bagaço de cana-de-açúcar.
A natureza apolar (hidrofóbico) do PEAD o
torna incompatível com as fibras de bagaço de
cana-de-açúcar que por sua vez apresentam
caráter polar (hidrofílica) sendo necessária então
a adição de um terceiro componente, o agente
compatibilizante que age na interface, reduzindo
as tensões interfaciais entre a fibra natural e o
polímero e consequentemente melhorando a
adesão da matriz/fibra3,4. O Objetivo do
trabalho será avaliar o efeito feito do teor de
polietileno graftizado com anidrido maleico
(PE-g-MA) em compósitos de Bagaço de Cana-
de-açúcar (BCA) e matriz de polietileno de alta
densidade pós-consumo (PEADpc).
Materiais e Métodos
Os compósitos de PEADpc/BCA serão
processados em Extrusora Dupla-rosca, com
temperatura das zonas variando de 70 à 190ºC da
alimentação até a saída da matriz, e rotação de
300 rpm. Serão utilizados 3 teores de
compatibilizante: 3,6 e 9%. A Tabela 1 apresenta
a composição dos compósitos.
Tabela1: Composição dos compósitos
PEADpc BCA PEAD-g-MA (%)
48,5 48,5 3
47 47 6
45,5 45,5 9
Os compósitos obtidos serão caracterizados por
Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC),
Análise termogravimétrica (TGA), Ensaios de
Densidade, Dureza e Índice de Fluidez (MFI) e
Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).
Resultados e Discussão
Com base na revisão bibliográfica já realizada
espera-se que o PEAD-g-MA Melhore a
interface entre o BCA e a matriz de polietileno
pós-consumo.
Conclusões
Espera-se que o compatibilizante desempenhe
um papel importante na compatibilização dos
compósitos proporcionando a melhoria das
propriedades avaliadas. O PEADpc com fibras
de bagaço de cana podem ser uma boa
alternativa para produzir produtos
ecologicamente corretos, com reaproveitamento
tanto de resíduos sólidos urbanos quanto de
resíduos agroindustriais. Agradecimentos: Peterlu
Referências
1. Bledzki, A.K.;Gassan, J. Composites reinforced with cellulose based fibres. Progress in Polymer Science, Elmsford, v.24,p.221-274, 1999. 2. Guimarães Jr.. Caracterização de polpas de bambu modificadas quimicamente visando melhorias em suas interações interfaciais para aplicações em compósitos. Revista Iberoamericana de Polímeros, Bilbao, v.13, p.89-102, 2012. 3. Lu,J.Z;Wu,Q.; McNabb,H.S. Chemical coupling inwood fiber and polymer composites: A review of coupling agents and treatments. Wood and fiber science. V.32, p.88104,2000. 4. Correa, C.A. et al. Compósitos termoplásticos com madeira. Polímeros: Ciência e Tecnologia, v.13, p.154-165, 2003.
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Obtenção de Nanocompósitos de SAN e Argila Sulfonados para
Aplicação em Células a Combustível do Tipo PEM
Rayane de C. Luiz (IC)1*
, Luanda S. de Moraes (PQ)
1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, UEZO, Rio de Janeiro, RJ
*rayaneclb@hotmail.com, luandamoraes@uezo.rj.gov.br
Palavras-chaves: Copolímero, Estireno-Acrilonitrila, SAN, Montmorilonita, PEMFC
Introdução
O copolímero de estireno e acrilonitrila (SAN) é
um polímero comercial que alia resistência
mecânica e química, oferecida pelas sequências
de acrilonitrila presentes na estrutura à boa
processabilidade oferecida pela presença de
sequências de estireno na cadeia1.
A incorporação de cargas inorgânicas à matriz
polimérica, possibilita a obtenção de materiais
com propriedades superiores às comumente
apresentadas. Esta incorporação se mostra mais
eficaz nos casos em que a carga incorporada
apresenta dimensões nanométricas, devido à
maior região superficial das mesmas2.
Como os argilo-silicatos são materiais
hidrofílicos e não possuem afinidade com os
polímeros, devido ao seu caráter hidrofóbico, se
faz necessária a realização de uma modificação
orgânica na superfície da argila, visando
potencializar a sua capacidade de
compatibilidade com materiais poliméricos3.
Materiais e Métodos
Foram sintetizados compósitos de SAN/argila.
A modificação da argila foi realizada em 4
etapas: tratamento com ácido sulfúrico 0,5 M,
agente organofilizador (3- mercaptopropil)
trimetoxi silano (3MPTMS), H2O2 3 % e
finalmente a solução de H2SO4 0,5 M para
complementação da sulfonação. As reações de
polimerização foram realizadas empregando
proporções de 0, 1,1, 3,5, 5,7 e 10,3 % de argila
no meio reacional; o qual consistiu de
monômeros (estireno e acrilonitrila), iniciador -
AIBN (azobisisobutironitrila), agente de
suspensão - PVA (poliálcool vinílico),
estabilizador da suspensão – NaCl, dissolvidos
em água. A reação ocorreu a 90 °C, por 2 horas,
sob agitação constante a 334 rpm. Após as
polimerizações, cada polímero foi submetido à
sulfonação orgânica com sulfato de acetila
(diclorometano (DCM), anidrido acético
(C4H6O3) e ácido sulfúrico (H2SO4)), por 5
horas, a 50 ºC, lavado e seco. As membranas
foram preparadas solubilizando os compósitos
de SAN/argila em DCM e para conformação foi
feito casting. Os materiais obtidos foram
caracterizados por análise térmica (DSC e
TGA), Grau de Inchamento (GI), DRX e MEV.
Resultados e Discussão
O sistema de polimerização em suspensão gerou
partículas de polímeros em forma de pérolas
com dimensões em torno de 90 a 120 nm, tanto
para o sSAN puro quanto para os compósitos.
As modificações nas estruturas da argila foram
comprovadas pela técnica de difração de raios X
(DRX). Sobre as propriedades das membranas,
foi possível observar que houve aumento do GI
com o tempo, indicando que não ocorreu a
saturação das amostras, na temperatura
analisada, sendo necessário continuar a
avaliação em tempos maiores. Isso sugere que
houve boa inserção dos grupos sulfônicos e em
consequente, alta capacidade de troca iônica. As
amostras de sSAN puro apresentaram GI
maiores que as amostras dos compósitos de
argila (sSAN1,1%, sSAN3,5%, sSAN5,7% e
sSAN10,3%), o que também é esperado. As
temperaturas de transição vítrea (Tg) ficaram
em torno de 100 ºC e as de fusão (Tm) 245 ºC,
como relatado na literatura.
Conclusões
A polimerização em suspensão promoveu a
formação de pérolas de polímeros com
dimensões manométricas.
No geral todas amostras apresentaram alto GI,
sugerindo alto grau de sulfonação e alta
capacidade de troca iônica.
Agradecimentos: Ao CNPq – bolsa PIBITI, e
à Unigel
Referências
1. Silva AL, Takase I, Pereira RP, & Rocco AM (2008) Poly
(styrene-co-acrylonitrile) based proton conductive
membranes. European Polymer Journal 44(5): 1462-1474.
2. Waschburger, MR (2006). Compósito de polipropileno
com nanocarga. Dissertação de Mestrado, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
3. De Paiva, LB, Morales, AR, DÍAZ, FV (2008) Argilas
organofílicas: características, metodologias de preparação,
compostos de intercalação e técnicas de caracterização.
Cerâmica 54: 213-226.
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Aplicação dos íons permanganato na obtenção de camadas de
conversão sobre aço galvanizado
Gabrielle Laut L. Marinho (IC)¹*, Ana Isabel de C. Santana (PQ)1,2
. 1Laboratório de Eletroquímica e Microscopia de Materiais, UEZO, 2Laboratório de Tecnologia em Materiais, UEZO
* gabriellelaut12@gmail.com
Palavras-chaves: galvanização, corrosão, camadas de conversão, aço galvanizado.
Introdução
A corrosão consiste em um processo
químico ou eletroquímico de degradação dos
materiais metálicos. Os processos corrosivos
podem provocar altos custos para a indústria,
bem como para o meio ambiente. Dessa forma,
se faz necessário a aplicação de métodos e
estratégias que possam inibir ou minimizar a
corrosão. Os revestimentos metálicos apresentam
características interessantes que os tornam
atrativos para aplicação como revestimentos
protetores, sozinhos ou combinados com outros
tipos de revestimento. Um dos principais
exemplos é a aplicação do aço galvanizado, onde
se emprega um revestimento metálico de zinco
para proteger a superfície dos aços carbono [1-3]. A aplicação de métodos combinados é uma das
alternativas de aumentar a resistência à corrosão
dos aços galvanizados. A cromatização é um dos
tratamentos mais utilizados para aumentar a vida
útil dos revestimentos de zinco [4]. Entretanto, a
utilização dos íons cromo (VI) é bastante nociva
ao meio ambiente e ao homem por ser
considerada carcinogênica. Por esse motivo, fez-
se necessário a busca de substitutos que
combinem resistência a corrosão, baixa
toxicidade e boa relação custo-benefício. Pesquisas vem sendo realizadas no intuito de
encontrar substitutos ao cromo (VI), que possam
ser utilizados como agentes passivantes não
apenas do aço galvanizado, mas também das
ligas de alumínio e magnésio. (4-5). Nesse
sentido, o objetivo desse trabalho foi estudar a
atuação do íon permanganato na formação das
camadas de conversão sobre o aço galvanizado.
Materiais e Métodos
As amostras utilizadas consistiram de chapas de
aço galvanizado comercial, usinadas em forma de
placas nas dimensões 3 x 3 cm. Após a usinagem,
as amostras foram desengorduradas em meio
alcalino, lavadas com água destilada, secas e
armazenadas em dessecador. Os banhos utilizados
foram preparados partindo de reagentes de grau
analítico contendo os íons permanganato em
diferentes concentrações (15 g/l, 30 g/l e 100 g/l).
A acidificação do banho foi obtida mediante a
adição de ácido fosfórico, em meio aerado e
temperatura ambiente. Para a obtenção das
camadas de conversão as amostras de aço foram
ativadas em HNO3 1%, durante 5 segundos. Em
seguida as amostras foram imersas nos banhos de
conversão durante um período de 360 s. Após a
imersão as amostras foram secas em estufa numa
temperatura de 80oC por 30 minutos. Para fins de
comparação camadas de conversão partindo de
banho contendo íons cromato (nas mesmas
condições experimentais) também foram obtidas.
Resultados e Discussão
A avaliação das camadas obtidas foi realizada
através de ensaios eletroquímicos em solução
NaCl 3,5%. Os ensaios foram realizados numa
célula de três eletrodos, utilizando um
potenciostato (AUTOLAB PGSTAT 302N).
Partindo dos resultados encontrados verificou-se
que as camadas obtidas em meio de permanganato
apresentaram resultados equivalentes aos obtidos
em meio de íons cromo (VI), sobretudo para as
concentrações mais elevadas.
Conclusões
Considerando os ensaios preliminares obtidos até
o presente momento, é possível sugerir que o
permanganato apresenta boas possibilidades de
ser aplicado em substituição aos íons cromo (VI)
na obtenção das camadas de conversão.
Agradecimentos: A FAPERJ, ao CNPq, a PROPESQ
Referências
1: Chaverini, V., Aços e Ferros Fundidos: Características
Gerais, Tratamentos Térmicos, principais tipos, 7ª Ed.,
Associação Brasileira de Materiais, São 2: GENTIL, V.
Corrosão 5ª ed., LTC, Rio de janeiro, 2007
3: Nunes, L.P., Fundamentos de Resistência à Corrosão,
Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2007.
4: Di Sarli, A.R., Culcasi, J.D., Tomachuk, C.R., Elsner, C.I.,
Ferreira-Jr., J.M., Costa, I., Surface and Coating Tecnology
258, 426-436, 2014. Paulo, 2008.
5: Zou, Z., Li, N., Li, D., Liu, H., Mu, S., Journal of alloys and
compounds 509, 503-507, 2011
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Aplicação de extratos vegetais como inibidor de corrosão de ligas
ferrosas: um estudo eletroquímico
Francielly M. de Souza (IC)¹*, Isamara Araujo R. Barbosa
(PG)¹, Maurício Eira (PQ),
Catharina
E. Fingolo (PQ)3, Maria Cristina de Assis (PQ)
3, Cristiane P. Victório (PQ)
3, Fernanda M. Peixoto
(PG)3, Ana Isabel C. Santana (PQ)
1,2.
1Laboratório de Eletroquímica e Microscopia de Materiais (LABEMM), UEZO, 2 Laboratório de Tecnologia em
Materiais(LTM), UEZO, 3Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental (LPBA), UEZO
* mourafrancielly@outlook.com.
Palavras-chaves: Extratos vegetais, corrosão, inibidor verde
Introdução
A corrosão é um processo natural que ocorre em
vários tipos de superfícies, sendo comumente
observada nos materiais metálicos. Nos dias
atuais a corrosão é uma das principais causas de
perdas econômicas no setor industrial. Um dos
principais métodos utilizados para a redução dos
processos corrosivos é a aplicação de compostos
conhecidos como inibidores de corrosão. Os
inibidores podem atuar de modo catódico,
anódico ou misto, e ainda podem ser
classificados em inorgânicos, orgânicos ou de
adsorção. Entretanto muitos inibidores
apresentam elevada toxicidade e são nocivos ao
homem e ao meio ambiente. Uma das principais
alternativas é o uso de inibidores a base de
produtos vegetais, por serem provenientes de
fontes renováveis, serem biodegradáveis, de
fácil aquisição, baixo custo e por apresentarem
um comportamento ambientalmente amigável
(1-5). Este estudo visa o desenvolvimento de
inibidores ecologicamente corretos, utilizando
extratos aquosos obtidos de vegetais da família
Musaceae. Esses extratos foram testados através
de técnicas eletroquímicas em meio de NaCl
3,5% com e sem a presença dos extratos
vegetais em diferentes concentrações.
Materiais e Métodos
Os ensaios eletroquímicos foram realizados em
uma célula convencional contendo três
eletrodos: contra-eletrodo (platina), eletrodo de
referência (calomelano) e eletrodo de trabalho
(ligas ferrosas). Os ensaios foram obtidos em
um potenciostato/galvanostato da marca,
AUTOLAB PGSTAT302N. O eletrólito
utilizado foi NaCl 3,5% com e sem a presença
dos extratos (banana ouro e banana prata) em
diferentes concentrações. Foram realizados
ensaios para avaliar a evolução do potencial de
circuito aberto durante 1800s, curvas de
polarização anódica e catódica e ensaios de
polarização potenciostática em potencial fixo.
Resultados e Discussão
Os resultados obtidos mostram um deslocamento
do potencial de circuito aberto do aço em meio
contendo a presença de ambos os extratos. Esse
comportamento é um indicativo de que o extrato
atua como inibidor dos processos corrosivos nas
condições experimentais testadas. As curvas de
Polarização mostram que a adição do extrato da
obtido da banana prata provoca uma redução das
correntes anódica e catódica, o que indica que o
mesmo atua como inibidor misto. A adição do
extrato da banana ouro provocou reduções mais
significativas na corrente anódica. Verificou-se
que existe uma faixa ótima de concentração na
qual o efeito inibidor da corrosão se manifesta.
Essa faixa é observada em ambos os extratos.
Conclusões
Considerando os resultados obtidos é possível
concluir que os extratos aquosos avaliados
apresentam propriedades inibidoras de corrosão
nas condições experimentais testadas. O efeito
inibidor desses extratos ocorre em uma faixa
ideal de concentração do extrato vegetal no
meio eletrolítico.
Agradecimentos: A FAPERJ, CNPq e PROPESQ
Referências
1. M.Jokar, T.Shahrabi Farahani, B. Ramezanzadeh; Journal of
the Taiwan Institute of Chemical Engineers. p 1-17.2016.
2. Gentil, V. Corrosão 5ª ed., LTC, Rio de janeiro, 2007
3. C. Rahal, M .Masmoudi, R. Abdelhedi, R. Sabot, M. Jeanin,
M. Bouaziz. Journal of Electroanalytical Chemistry. p 53-
61.2016.
4. K.K, Anupama, K. Ramya, Abraham Joseph. Journal of
Molecular Liquids. p 146-155. 2016
5. de Barros, I. B, Moscoso, H. Z. L.; Custodio, D. L, Veiga
Junior, V. F, Bastos, I. N. Revista Virtual de química. p 1743-
1755. 2015.
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Modelagem de Membrana Polimérica do tipo PEMFC
Maurício dos Santos Vasconcellos(IC)1*
; Ramon A.B. Souza(PQ)1; Luanda S. Moraes (PQ)
2.
1Laboratório de Eletroquímica de Materiais e Metalurgia - LEMM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste,
Rio de Janeiro, RJ; 2Laboratório de Tecnologia de Materiais – LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.
*mauriciosvas@hotmail.com, ramonattayde@gmail.com, luandasmoraes@yahoo.com.br
Palavras-chaves: células a combustível, modelagem
Introdução
Células a combustível usam a energia
armazenada nas ligações químicas do
hidrogênio molecular ou certos tipos de
hidrocarbonetos para gerar eletricidade e
alimentar um motor elétrico. Em uma célula a
combustível, a energia da reação química de
oxidação do combustível é convertida
diretamente em energia elétrica. Diferentes tipos
de células estão disponíveis, com tecnologias
que as permitem trabalhar com diversos tipos de
hidrocarbonetos e mais conhecidamente,
hidrogênio, sempre na forma gasosa.
A modelagem matemática consiste na
representação do que ocorre na natureza, por
meio de equações, a partir de um modelo
conceitual, visando uma melhor compreensão
do sistema real, buscando rever, prever e
direcionar ações futuras. Pode ser aplicada à
diferentes fins e áreas, tais como: economia,
biologia, química, física e engenharias. É
possível encontrar na literatura pesquisas
relacionadas à processos físicos e/ou químicos,
que utilizaram a modelagem matemática como
processo de desenvolvimento, tais como:
Coelho1, Cunha
2, Moore
3, Souza
4, dentre outros.
Materiais e Métodos
A metodologia consistiu em analisar e tratar
algumas propriedades físico-químicas de
membranas poliméricas, tais como temperatura
de transição vítrea, capacidade de troca iônica e
inchamento em água, para diferentes índices de
sílica de (0, 1 e 3) % presentes em sua
composição. O processo de tratamento de dados
foi divido em tres etapas:
1- Análise de perfis de inchamento de água em
função do tempo;
2- Obtenção de perfis de inchamento de água
em função do índice de sílica;
3- Obtenção de uma equação modelo
matemático que represente os perfis obtidos.
Resultados e Discussão
A partir dos perfis de inchamento de água, em
função de novos índices de sílica, foi possível
avaliar a possibilidade de sintetização de novas
membranas poliméricas.
Figura 1: Perfis de inchamento
Conclusões
Foi obtido um estudo inicial e preliminar do
comportamento de membranas poliméricas com
índices de sílica diferentes, juntamente com um
modelo matemático, indicando a possibilidade e
necessidade de discussões futuras e novas
pesquisas.
Referências
1. Coelho, L.D.N. et al. Modelagem e simulação da secagem
de partículas de biomassa em temperaturas típicas de
combustão. Unb, 2013;
2. Cunha, F.A. Modelo matemático para estudo de processos
reativos de partícula de carvão e biomassa. Unb, 2010;
3. Moore, M.N. et al. An integrate biomarker-based strategy
for ecotoxicological evaluation of risk in environmental
management. Elsevier. Mutation Research 552, 247-268,
2004;
4. Souza, R.A.B. Análise de destino ambiental e comparação
de pesticidas através do modelo de multimeios CAPA. Puc-
Rio, 2003.
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Polímeros com potencial para o uso em células a combustível do tipo
PEMFC
Felipe Lima Dias (IC)¹*, Luanda S. de Moraes (PQ)
1
1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ
<rayaneclb@hotmail.com> <luandamoraes@uezo.rj.gov.br>
Palavras-chaves: Polímeros, Células a combustível, PEMFC
Introdução
A tecnologia das células a combustível (CaC)
tem demonstrado que é possível gerar energia
de forma eficiente por mecanismos de
conversões eletroquímicas, transformando
hidrogênio e oxigênio em vapor de água, livre
de poluentes, gerando eletricidade e calor.
Existem algumas tecnologias de CaC que
diferem na temperatura operacional, no tipo de
combustível e no eletrólito empregado, são elas:
PEMFC, DMFC, AFC, PAFC, MCFC e SOFC1-
3. A membrana na PEMFC tem função
determinante como eletrólito no transporte dos
prótons do anodo para o catodo da célula e
como barreira para evitar o contato direto entre
os gases reagentes O2 e H2, além de apresentar
resistência mecânica e estabilidade dimensional
na condição hidratada4. O objetivo deste
trabalho é apresentar uma breve revisão do
estado da arte da tecnologia de PEMFC, para
propor um trabalho futuro que será
desenvolvido no Laboratório de Tecnologia de
Materiais – LTM da UEZO.
Materiais e Métodos
Ednardo G. Barreto2 obteve o S-PEEK (Poli-
éter-éter-cetona sulfonado), por reações de
sulfonação, agregando grupos sulfônicos ao
PEEK. Esses grupos conferem canais
condutores de prótons à membrana. O S-PEEK
pode ser um polímero em potencial para
substituir a Nafion® por agregar propriedades
como boa resistência mecânica, estabilidade
térmica elevada e alta condutividade elétrica.
As membranas foram produzidas por prensagem
a Tamb. O material foi purificado e prensado a
150 °C e 15 ton. A Tm das membranas foi 320
ºC. Acácio A. M. F. Filho1 estudou a sulfonação
da Polissulfona Bisfenol A com o agente de
sulfonação [(CH3)3SiSO3Cl] em dicloroetano. A
reação de sulfonação foi confirmada por
titulação ácido-base e análises FTIR. As
membranas híbridas foram obtidas por
vazamento da solução polimérica da
polissulfona bisfenol-A sulfonada (SPSU) e
sílica precipitada Tixosil® 333 em DMAc. A
absorção de água foi avaliada a 40 e 60 °C. A
condutividade protônica foi obtida pela técnica
de impedância. As membranas apresentaram
condutividade protônica próxima de 10-1
S.cm-1
a 100% RH e 80 °C. Mauro André Dresch3 e
colaboradores avaliaram a obtenção in situ de
híbridos de Nafion com sílica pela rota sol-gel.
A SiO2 foi adicionada à matriz polimérica com
o objetivo de aumentar a retenção de água na
membrana em elevadas temperaturas (acima de
100 °C), melhorar as propriedades mecânicas e
favorecer cineticamente as reações eletródicas
da membrana. Os híbridos foram caracterizados
por TGA, MEV-EDX, SAXS e avaliados em
células PEM unitárias de H2 e O2 entre 80 e 130
ºC e a 130 ºC em condições de umidade relativa
reduzida (75 e 50%). Os autores observaram
que os híbridos apresentam maiores percentuais
de absorção de água que o Nafion. Em relação
ao grau de incorporação de sílica, este pode
variar com o tipo de combustível e os dados de
polarização sugeriram que não deve ser superior
a 7,5% no caso de H2.
Resultados e Discussão
Baseado nos resultados dos autores citados foi
possível avaliar algumas condições de síntese e
caracterização das membranas, os quais nos
orientaram para trabalhos futuros.
Conclusões
Pretende-se preparar nanocompósitos de argila
com blendas poliméricas a base de sPS/sPEEK
para avaliar as propriedades por DSC, TGA,
MEV, DRX, inchamento em água e capacidade
de troca iônica das membranas preparadas.
Agradecimentos: FAPERJ, CNPq
Referências
1. Filho, Acácio Antonio M. F.; GOMES, Aílton de S.;
LOPES, Léa and BENZI, Márcia R.. Estudo da formação
de ligações cruzadas por irradiação gama em membranas
híbridas de Polissulfona Bisfenol-A e sílica precipitada
(2011) Polímeros 21, N 2: 137-142.
2. Ednardo G. Barreto, Raildo A. Fiuza, Ronei S. Catão,
Yuri Pepe, Nádia M. José, Jaime S. Boaventura Membranas
poliméricas obtidas a partir do sPEEK para aplicação em
células Combustíveis do tipo PEM (2015) Anais do 9º
Congresso Brasileiro de Polímeros
3. Dresch M.A. (2009) Síntese e caracterização
eletroquímica de membranas híbridas Nafion-SiO2 para
aplicação como eletrólito polimérico em células a
combustível tipo PEM. Dissertação Mestrado, Universidade
de São Paulo.
72
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Influência da aplicação de aminas na corrosão por pite do aço duplex
Francielly M. de Souza (IC)¹,
2*, Tamara S. Tavares
(IC)
3, Thalles Kenji M. Oliveira(IC)
1, Mônica S.
A. Freire (PG)1, Roberta Gaidzinski (PQ)
3, Ana Isabel C. Santana (PQ)
1,2
1Laboratório de Eletroquímica e Microscopia de Materiais (LABEMM), UEZO, 2 Laboratório de Tecnologia em
Materiais(LTM), UEZO, 3Laboratórios de Processos Industriais e Nanotecnologia (LPIN), UEZO. * mourafrancielly@outlook.com
Palavras-chaves: aço inoxidável, corrosão por pite, inibidor de corrosão
Introdução
Os aços dúplex possuem excelentes
propriedades mecânicas que aliadas à uma
elevada resistência à corrosão permitem que
esses aços sejam aplicados em ambientes de
elevada agressividade. Entretanto existem
situações tais como com a presença de íon
cloreto no ambiente, que podem provocar o
surgimento de processos corrosivos no aço
duplex, dentre os quais se pode citar a corrosão
por pite. Atualmente estudos vem sendo
realizados com o intuito de aumentar a
resistência à corrosão pite, através da aplicação
de inibidores de corrosão. Os inibidores de
corrosão são substâncias que, adicionadas em
concentrações adequadas, no meio corrosivo,
minimizam a velocidade de oxidação do metal
exposto a esse meio agressivo, sejam este
gasoso, aquoso ou oleoso (1-6). Neste trabalho,
foram avaliados dois tipos de aminas,
(etilenodiamina e Benzotriazol) como inibidores
da corrosão por pite no aço dúplex. Foram
realizados ensaios eletroquímicos e avaliação da
superfície através de microscopia ótica.
Materiais e Métodos
Os corpos de prova utilizados foram
confeccionados com aço duplex, ao qual foi
soldado um fio de cobre a fim de obter o contato
elétrico, seguido de embutimento em resina
epóxi. Ao final do processo apenas uma face do
metal estava exposta ao meio. A superfície do
corpo de prova foi lixada em uma politriz
Aropol W (Arotec), utilizando lixas d’ agua de
diferentes granulometrias: 80, 100, 300, 400 e
600 mesh. Todas os ensaios eletroquimicos
foram realizadas em uma célula convencional
de três eletrodos: eletrodo de referência
(calomelano), contra-eletrodo (platina) e
eletrodo de trabalho (aço duplex) utilizando um
potenciostato/galvanostato da marca
AUTOLAB, modelo PGSTAT302N. O
eletrólito consistiu de uma solução HCl 0,1
mol/L, em meio desaerado a temperatura
ambiente com e sem a presença das aminas
(etilenodiamina e benzotriazol). Inicialmente
foram realizadas medidas de potencial de
circuito aberto (OCP) durante 1800s em seguida
foram obtidas curvas de polarização anódica e
ensaios de polarização potenciostática em
potencial fixo.
Resultados e Discussão
Os resultados preliminares obtidos mostraram
que a etilenodiamina provocou uma redução da
corrente de corrosão, uma diminuição da
corrente ativo-passiva e um aumento do
potencial de pite do aço duplex. Por sua vez a
adição de benzotriazol provocou o efeito
contrário à etilenodiamina. Verificou-se um
aumento da corrente de corrosão bem como da
corrente de passivação com a adição de
benzotriazol. Não foram verificadas alterações
significativas no potencial de corrosão e no
potencial de pite com a adição de benzotriazol.
Conclusões
Pode-se concluir mediante os resultados obtidos
que dentre as aminas avaliadas apenas a
etilenodiamina provocou um efeito inibidor da
corrosão do aço duplex no meio estudado. Por
sua o benzotriazol não apresentou o efeito
inibidor esperado.
Agradecimentos: FAPERJ, CNPq, PROPESQ
Referências
1 D. W. Kang, H. W. Lee, Journal of eletrochemical
Science. 2014: 5864 – 5876.
2. Senatore, M, Finzetto, L, Perea.E, Escola de Minas, 2007: 175-181.
3. Tussolini, M, Spagnol, Gomes, C, E, Cunha, T, M,
Rodrigues, P,R,P. 2007: 41-44.
4. Albrimi Y.A., Addi, A.A., Douch, J., Souto, R.M.,
Hamdani, M., Corrosion Science, 90, 522-528, 2015.
5. Zakeri, M., Nakhaie, D., Naghizadeh, M., Moayed, M.H.,
Corrosion Science, 93, 234-241, 2015.
6. Naghizadeh, M., Nakhaie, D., Zakeri, M., Moayed, M.H.,
Corrosion Science, 94, 420-427, 2015.
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Modificação Superficial de Fibra de Bananeira por Plasma Frio
Márcio dos Santos (IC)1*, Daniele C. Bastos (PQ)
1 e Renata A. Simão(PQ)
2
1 Laboratório Didático de Polímeros/UEZO; 2Laboratório de Superfícies e Interfaces/PEMM/COPPE/UFRJ
* daniele_cruz@yahoo.com.br
Palavras-chaves: fibra de bananeira, plasma frio, FTIR, SEM.
Introdução
Uma limitação à aplicação tecnológica de fibras
naturais como reforço de matrizes poliméricas
apolares é sua grande susceptibilidade à água.
Uma nova maneira de reverter a grande
hidrofilicidade dessas fibras é protegendo-as das
mudanças de umidade através do tratamento por
plasma. Pela exposição ao plasma frio as fibras
podem apresentar superfícies hidrofóbicas
tornando seu uso possível no setor industrial
sem causar danos à sua biodegradabilidade1.
Este trabalho tem como objeto a modificação
superficial de fibra de bananeira por plasma
frio, com vista à sua posterior utilização como
material de reforço em compósitos de matrizes
polimérica apolares.
Materiais e Métodos
- Etapa 1: Obtenção e beneficiamento da fibra
de bananeira (lavagem, secagem, moagem e
peneiramento).
- Etapa 2: Determinação das condições de
utilização do plasma frio (gás precursor, tempo
de tratamento e potência).
- Etapa 3: Análise química (FTIR) e análise
morfológica (SEM) das fibras antes e após os
tratamentos. A etapa 1 já foi realizada no
laboratório didático de polímeros / UEZO. As
etapas 2 e 3 estão em andamento no Laboratório
de Superfícies e Interfaces do
PEMM/COPPE/UFRJ.
Resultados e Discussão
O pseudocaule da bananeira, planta da família
Musacea, é o principal resíduo na bananicultura,
que deixado na lavoura como lixo orgânico atrai
biodeterioradores. Processos chamados de
funcionalização, reestruturação química,
compatibilização superficial ou simplesmente
ativação têm sido obtidos essencialmente via
química úmida convencional através de reações
com compostos ácidos ou alcalinos que
promovem a quebra de cadeias superficiais ou a
inclusão de novos grupos funcionais a essas
cadeias2. Apesar dos tratamentos via química
úmida serem relativamente simples, e operarem
satisfatoriamente em alguns casos, a
funcionalização nem sempre permite um
controle da intensidade e da eficiência das
reações que ocorrem sobre as superfícies
sólidas. A fim de superar tais limitações, os
tratamentos químicos têm sido substituídos por
técnicas mais aprimoradas de manipulação
como a implantação de radicais ou alterações
superficiais por bombardeamento via plasma
frio3. Suanpoot e colaboradores (2008)
4
analisaram o aumento da hidrofobicidade da
superfície de seda tailandesa após o tratamento
por plasma de SF6. A seda tratada foi
caracterizada por MEV, FTIR, análise de XPS e
cálculo da densidade funcional. Uma rugosidade
característica na superfície foi criada após o
tratamento por plasma. Resultados indicaram
íons F- foram incorporados à superfície da seda
pela reação abaixo, via deposição por plasma.
Praveen e colaboradores investigaram os efeitos
do plasma induzidos nas propriedades de fibras
de coco; plasma de oxigênio fracamente
ionizado foi criado em duas câmaras de
descarga diferentes5.
Referências
1. Bledzki, A.K.; Gassan, J. Composites reinforced with
cellulose based fibers, Prog. Polym. Sci. No 24, pag.221,
1999.
2. Carvalho, T. A., et al. Tratamento de grãos por técnica de
plasma frio, Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, n.
28, 2002.
3. Assis, O. B. G. Funcionalização de superfícies por plasma
frio, Comunicado Técnico 43, Embrapa, IN 1517-4786,
2001.
4. Suanpoot P., et al. Surface Analysis of Hydrophobicity of
Thai Silk Treated by SF6 Plasma, Surface and Coatings
Technology, v. 202, pp. 5543–5549, 2008.
5. Praveen K.M. et al. Investigations of plasma induced
effects on the surface properties of lignocellulosic natural
coir fibres, Applied Surface Science, v.368, pp. 146-156,
2016.
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Avaliação de aço microligado como material nos depósitos de Diesel
Marítimo (DMA) e Diesel S-10
Amanda Sanae Maeno Oliveira (IC) ¹*, Tamara S. Tavares (IC)1, Francielly M. de Souza (IC)²,
Euglacyo L. de Moura (PG)2, Neyda de la Caridad Om Tapanes (PQ)¹, Ana Isabel C. Santana
(PQ)3, Yordanka R. Cruz (PQ)
4, Donato A. G. Aranda (PQ)
4.
1 Laboratório de Processos Industriais e Nanotecnologia (LPIN), UEZO 2 Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais - PPCTM,, UEZO
3 Laboratório de Eletroquímica e Microscopia de. Materiais (LABEMM), UEZO 4 Laboratório GreenTec, Escola de Química, UFRJ
* amanda.sanae.15@gmail.com.
Palavras-chaves: Diesel Marítimo, aço microligado. Diesel S-10, enxofre.
Introdução
O diesel marítimo (DMA), combustível
destinado a embarcações de médio e pequeno
porte e aos motores denominados auxiliares, em
embarcações de grande porte, tem a
característica de possuir elevado teor de
enxofre, além de altas concentrações de ácidos
naftênico. Já o diesel S-10 possui teor de
enxofre máximo de 10 mg/kg. Neste contexto,
sendo este assunto de extrema relevância para
área naval, o presente trabalho teve como
principal objetivo avaliar o aço API X70, de alta
resistência e baixa liga, produzido no Brasil,
para ser utilizado como material na construção
de depósitos expostos à ação do DMA e diesel
S-10. Simultaneamente foi analisada a adição do
biodiesel de soja ao S-10 e DMA nas
quantidades permitidas pela ANP.
Materiais e Métodos
Foi utilizado o aço API X70, amplamente
empregado na indústria de Petróleo e Gás. O
biodiesel de soja foi obtido através da reação de
transesterificação básica do óleo de soja. Foram
realizados ensaios gravimétricos seguindo a
Norma ASTM G31/72 e ensaios macrograficos
e micrográficos durante 60 dias de imersão das
amostras. As amostras avaliadas foram as
misturas e DMA e S10 com adição de 0, 7 e
20% de biodiesel. As amostras liquidas foram
monitoradas mediante os testes de estabilidade a
oxidação (EN14111), acidez (ASTM D664) e
condutividade (ASTM D150A).
Resultados e Discussão
Figura 1. Blendas de DMA +20% de biodiesel:
(a) 30 dias de imersão, (b) 60 dias de imersão
Figura 2. Amostras de DMA +20% de biodiesel:
(a) início, (b) após 30 dias, (c) após 60 dias.
Conclusões
O aço API X70 não é recomendável para
manipular misturas de DMA com biodiesel,
tendo um efeito severo nas amostras com o teor
de 20% de biodiesel. Existe uma tendência que
a concentração de enxofre agrave a corrosão do
material.
Agradecimentos: a FAPERJ, as minhas orientadoras
Neyda Om Tapanes e Ana Isabel Santana, a UEZO e ao Laboratório GreenTec da UFRJ..
Referências
¹Siciliano, F.; Silveira, J. H. D.; Camey, K. Aços para
indústria do petróleo e gás resistentes ao serviço ácido:
desafios e perspectivas. Tecnol. Metal. Mater. Miner., São
Paulo, v.8, n.4, p. 273-278, out.-dez. 2011.
²Cursaru, D.L; Branoiu, G.; Ramadan, I.; Miculscu, F.
Degradation of automotive materials upon exposure to
sunflower, Industrial Crops and Products, v.54, p.149-158,
March 2014.
³Karavalkis, G.; Hilari, D.; Givalou, L.; Karonis, D.;
Stournas, S., Storage stability and ageing effect of biodiesel
blends treated with diferente antioxidants. Energy, v.36,
p.369-374, 2011.
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Ausência da Metodologia Organizacional na Manutenção Industrial
Luiz Pereira Reis (PQ) ¹*, Natália Feitosa de Pinho (PQ) ¹, Marlene Jesus Soares Bezerra (PQ) ¹.
Laboratório de Engenharia de Produção, Universidade Estadual da Zona Oeste
*luizreiseng@gmail.com
Palavras-chaves: Manutenção, Produção e Gestão.
Introdução
Desde sempre a manutenção é uma das
ferramentas e áreas primordiais em uma
indústria, e como em todo processo industrial, a
mesma possui um infinito de fatores
influenciadores para o bom funcionamento da
organização, porém, para ser um influenciador
como tal, o processo deve ser executado
corretamente, e o que vemos no mercado até os
dias de hoje é uma execução desta ferramenta
ineficiente e ineficaz.
Materiais e Métodos
Por meio a visitas técnicas, experiências
fabris, entrevistas com representantes do meio
(gerentes de manutenção, gerente industrial,
líder de manutenção e profissionais da área em
geral), análise de softwares operantes da área e
pesquisas sobre, relato abaixo os matérias e
métodos adotados:
Softwares de manutenção:
o Engeman e SAP: Softwares
organizadores e criadores de
gestão de manutenção,
conectando todas as áreas para
um melhor funcionamento e
armazenamento de
informações;
o Software a base de Java.
Experiência Profissional
Entrevistas com representantes do meio
Resultados e Discussão
Diante todo quadro industrial, vemos uma
grande necessidade de confiabilidade, e que a
necessidade da mesma não vai além de que o
sistema (manutenção) tenha um desempenho
satisfatório diante toda programação e
organização correta. A estrutura da ferramenta
de confiabilidade se tem em base da distribuição
de probabilidades em estudos do tempo de
funcionamento, sobrevivência de um
equipamento, o tempo médio entre a falha e sua
análise de risco de quebra, sendo assim, a
confiabilidade se dá como uma forma de
metodologia, alegando que a manutenção que
agregue confiabilidade é o ponto chave para
alavancar o sucesso de um processo e uma área
na indústria. Os sistemas gestores de
informação, organização e planejamento têm a
função de auxiliar toda a operação de
manutenção, estabelecendo indicadores de
produção da área junto à eficiência dos
equipamentos e colaboradores.
Abaixo, tem-se a relação de fatores
necessários para a eficiência e a eficácia na
manutenção, seguindo o trinômio C.M.D.:
Conclusões
Diante os métodos aqui analisados, conclui-se
que o sucesso de uma fábrica e um processo
produtivo está relacionado ao desenvolvimento
do planejamento e gestão da manutenção, tendo
como contraponto, que a ausência dos mesmos
gera falta de previsão produtiva, falta de
confiabilidade, custos elevados não
programados, segurança precária, má condições
de equipamentos, produção ineficiente e má
qualidade no processo produtivo e no
funcionamento da fábrica.
Agradecimentos: Agradeço à minha professora
Marlene Jesus e minha namorada Natália Feitosa de Pinho pelo apoio e motivação.
Referências
1.Abraman (2005), Associação Brasileira de Manutenção –
www.abraman.org.br, acessado
em 27.09.16.
2.Pinto, Alan Kardec; Xavier, Júlioi Nascif.
Manutenção:Função Estratégica 1ªedição, Qualymanrk, Rio
de Janeiro, 1998.
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Utilizando Técnicas de Modelagem Geométrica Computacional para o
Setor Naval e Offshore: Uma Experiência na Modelagem de um Navio
Tanque
Krishna Alcanatara da Silva (IC)¹*, Raphael de Souza dos Reis Silva (IC)¹, Carlos Vitor de Alencar
Carvalho (PQ)¹ 1 Laboratório Integrado de Gestão Naval, Centro Universitário da Zona Oeste
*krishna_alcantara@hotmail.com
Palavras-chaves: AutoCAD, Navio Tanque, Modelagem.
Introdução
Navios tanques são embarcações mercantes que tem a
finalidade de transportar granéis líquidos. Existem
diversos tipos de Navio Tanque, que são classificados
pelo tipo de granel a ser transportado. A modelagem
geométrica computacional de embarcações é
interessante, pois ela permite visualizar ao longo do
projeto as dimensões e possíveis alterações do mesmo
no decorrer da concepção da embarcação. Este artigo
tem o objetivo de apresentar as possibilidades da
modelagem geométrica de embarcações no AutoCAD,
especialmente os navios tanques.
Materiais e Métodos
Durante todo o projeto serão utilizadas técnicas
exclusivas do AutoCAD para modelagem geométrica
do navio em questão. Comandos como View, Extrude,
3D Move, entre outros.
Resultados e Discussão
Segundo dados atualizados, o AutoCAD é a ferramenta
gráfica mais utilizada por usuários no mundo. Essa
ferramenta permite trabalhar no ambiente
computacional com técnicas de modelagem sólida e,
tem como finalidade o desenvolvimento de desenhos
ou projetos em 2D ou 3D. O navio em questão a ser
projetado utiliza a estrutura da embarcação petroleira
Suezmax. Como resultado do projeto foi obtida a
embarcação representada a seguir.
Conclusões
De acordo com SOUZA, A. C.¹ de et al. “fundamenta a
filosofia de trabalho em um plano (X-Y), sobre o qual
o usuário representa a geometria bidimensional a ser
detalhada, atribui-se a coordenada Z que é normal ao
plano X,Y. Os modelos 3D surgem da aplicação sobre
esta geometria bidimensional básica dos recursos de
modelagem sólida”. Segundo estudos, o AutoCAD é
classificado como um software de CAD low range,
sendo considerado um software genérico. Portanto,
seus recursos de representação são indicados para um
contexto inicial. Observa-se a importância da pesquisa
e estudo de ferramentas de otimização do processo de
ensino de disciplinas ligadas ao setor de Construção
Naval de forma que a aprendizagem seja mais
significativa.
Agradecimentos: Faperj
Referências
1. Souza, A. C. de; Séck, H. J.; Rohleder, E.; Gómez, L. A.
Avaliação comparativa da qualidade ergonômica das interfaces
gráficas do Solidworks 2000 e AutoCAD 2000. XXIII Encontro Nac.
de Eng. de Produção - Ouro Preto; 2003.
2. Cavalcanti, L F. Navio Tanque VLCC. Relatório de Projeto do
Navio, Escola Politécnica-UFRJ; 2011.
3. Oliveira, R S. Elementos de Arquitetura Naval, volume I, 1ª parte.
Serviço de Publicações da Escola Naval, 1964.
Rocheta, J F. Navios de Carga e a sua evolução futura. Centro de
Estudos da Marinha, 1977.
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Análise das Condições de Acessibilidade à PCD no Pier Mauá - RJ
Aline Santos de Oliveira (IC)1*
, 2Luanda Cristine Arruda Correa e
1Edmilson Monteiro de Souza
1Unidade Universitária de Tecnologia em Construção Naval - Centro Universitário da Zona Oeste – UEZO – Rio de
Janeiro-RJ; 2Universidade Cândido Mendes – UCAM – Rio de Janeiro – RJ.
alinesantos006@hotmail.com
Palavras-chaves: PCD, Acessibilidade, TurismoMaritimo
Introdução
A garantia do direito à acessibilidade deve ser
assegurada a todo cidadão, com ou sem deficiência,
para promoção da qualidade de vida de todos. Este
fato ficou mais evidenciado com a promulgação da 1Lei Nº 13.146 de 06 de julho de 2015, que instituiu
a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência, também denominada Estatuto da
Pessoa com Deficiência (PCD). Devido a fama
mundial de “Cidade Maravilhosa”, a Cidade do Rio
de Janeiro tem sido destino de Navios Cruzeiro
oriundos de diferentes regiões do Mundo, bem
como de excursões oriundas do próprio Brasil. Com
a revitalização da região portuária do município,
estima-se que este número aumente. Entretanto,
com relação às pessoas com deficiência, não se
observam informações sobre as condições de
acessibilidade à PCD tanto no interior do Píer
Mauá, assim como no seu entorno. O objetivo deste
trabalho é realizar uma análise da infraestrutura do
Píer Mauá, bem como da região ao seu entorno,
sobre a ótica do turismo para PCD.
Materiais e Métodos
Para a realização deste trabalho, um questionário
redigido em conformidade com as exigências
mínimas de acessibilidade estabelecidas na 2Lei
Federal nº 7.853, de 24 de outubro de 1989 e
regulamentada pelo 3Decreto 3298, de 20/12/1999,
e pela Lei Nº 13.146 de 06 de julho de 2015, foi
encaminhado ao setor de atendimento ao público do
Píer Mauá. Questões como existência de
estacionamento com vaga especifica para PCD,
piso tátil para portadores de deficiência visual bem
como Mapa de acessibilidade, contendo
informações úteis para PCD, e tendo informações
em Braile entre outras foram abordadas.
Resultados e Discussão
As respostas ao questionaram mostraram que, embora
seja observada a existência de rampas para deficientes,
portas e rol com dimensões apropriadas para PCD,
bem como existência de corrimãos dentro das
especificações, não há piso tátil para deficientes
visuais, bem como Mapa tátil na porta de entrada do
Píer, para orientação do deficiente visual. Também
não se observa a existência de estacionamento para
entrada de veículos, sendo a principal via de acesso ao
turista em geral o transporte público (VLT), ou o
serviço de taxi, somente até o portão de entrada do
Pier. Também ficou constatada a ausência de
funcionários com treinamento em linguagem de sinais,
em todos os níveis do Píer. Ainda com relação aos
deficientes auditivos, o questionário mostrou ausência
de telefone adaptados (TDD). Diferentemente dos
aeroportos, não foi constata a existência de esteiras
para transporte de bagagens, ficando este serviço
dependente do auxílio dos funcionários do
estabelecimento. A ausência de outros aspectos
relevantes à população PCD também foi evidenciada.
Conclusões
Embora o turismo seja uma das principais fontes de
renda para a cidade do Rio de Janeiro, observa-se que
ainda há muito que se fazer com relação ao turismo
adaptado para PCD, especialmente no que se refere ao
turismo marítimo. A perspectiva futura para este
trabalho é uma visita às instalações do Pier, visando
identificar de forma presencial a observância às Leis
específicas para os PCD.
Referências
1.Brasil. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência). Lei nº 13.146 de 06 de julho
de 2015.
2. Brasil. Legislação Brasileira de Pessoas com Deficiência. Lei nº
7.853 de 24 de outubro de 1989.
3. Brasil. Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência. Decreto nº 3298 de 20/12/1999.
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Modelagem computacional tridimensional de embarcações:
possibilidades e desafios na modelagem do navio Heavy Lift
Raphael de Souza dos Reis Silva (IC)¹* Carlos Vitor de Alencar Carvalho (PQ)
1 Laboratório de Tecnologia Construção Naval, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
* rapha.reis90@gmail.com
Palavras-chaves: Modelagem. Heavy Lift. Indústria Naval. AutoCAD. Introdução
Com a melhoria da indústria naval surgiu a
necessidade do mercado de procurar por novas
embarcações. Por exemplo, o mercado do
petróleo precisou buscar e explorar a capitação
de seus derivados havendo necessidade de
projetar e estudar os navios e observar quais
melhorias poderiam trazer para o mercado.
Mediante isso, o objetivo desse trabalho é falar
sobre modelagem 3D no autoCAD do navio
Heavy Lift, que é uma embarcação que tem o
intuito de transportar plataformas, navios e
dutos, a principal área de atuação e transportar
plataformas prontas. Além disso vamos
apresentar os passos que levam à uma
modelagem desde o 2D até o 3D evitando a
possibilidade de erro na hora da fabricação e
construção do mesmo. Materiais e Métodos
Para atingir os objetivos do projeto e levando
em conta as questões multi e interdisciplinar a
metodologia adotada para este trabalho será
feita em três grandes eixos: (A) Estudo dos
conceitos teóricos sobre tecnologias da
construção do Heavy Lift, isso envolve o estudo
de tecnologias da embarcação, especificamente
à arquitetura naval. (B) Estudar a parte da
propulsão do navio especificando o
funcionamento das propulsões que o Heavy Lift
possui. (C) Modelagem da embarcação Heavy
Lift que será desenvolvida utilizando técnicas
de modelagem geométrica computacional
estudando as ferramentas disponíveis no
software AutoCAD.
Resultados e Discussão Como resultado obtivemos a modelagem da
embarcação Heavy Lift composta por sua parte
estrutural: convés, popa, proa e superestrutura.
Essa modelagem foi baseada em alguns
desenhos retirados nas figuras presentes no
projeto desenvolvido. E pode-se observar uma
plataforma feita por modelagem em cima do
navio Heavy Lift para mostrar através da visão
tridimensional o quanto esse navio faz jus a sua
criação.
Conclusões O resultado obtido permite tirar as seguintes
conclusões: que uma modelagem é um
incremento tecnológico para a indústria naval,
pois, permite sanar alguns erros que não são
identificados no papel e sim na hora prática. A
modelagem pode mostrar alguns erros que
podem ser resolvidos antes mesmo de
começarem efetivamente as construções. Cabem
aos estaleiros e engenheiros se modernizarem
com as novas tecnologias que estão surgindo,
não deixando de mão as tradicionais, mas
somente renovar, pois o jeito de construir e
projetar uma embarcação tem tendência a ficar
cada vez mais fácil devido ao avanço da
modelagem e da tecnologia com os softwares
que existem na área computacional como por
exemplo o SolidWorks e FreeShip. Agradecimentos: Órgãos de fomento que forneceu
auxílio financeiro, como FAPERJ.
Referências
1.Espindola, D.B. O uso da realidade virtual na manufatura
da indústria de construção naval/offshore. 2007. 101pgs. -
Fundação Universidade do Rio Grande, Rio Grande.
2.Laurino, F.J.B. A importância da tecnologia da
informação na indústria de construção naval: um estudo de
caso. 2007. 14 pgs. – POLI USP, São Paulo.
3.Newton, N.P. A importância da tecnologia da informação
na indústria de construção naval: um estudo de caso. 2007.
14 pgs. – Centro Universitário Monte Serrat, Santos
4.Lacerda, F. e Nunes, F. Relatório I - Heavy-Lift Semi-
submerssível. Disponível em:
www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/2015/
FLacerda+FHNunes/relat1/WEB_QUADROS.htm .
4. Silva, E.T. e Silva, R.B. Relatório I - NAVIO HEAVY -
Lift Semi-submersível. Disponível em: <
http://www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/
2010/estevao_rafael/relat1/relat1.htm >.
5.Silva, E.T. e Silva, R.B. Relatório II - NAVIO HEAVY
Lift Semi-submersível. Disponível em: <
http://www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/
2010/estevao_rafael/relat2/PSO2_Relatorio2_verso3.htm >.
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Banco de dados de redes complexas: modelagem, administração e
visualização
Lucas S. Garcez (IC)1*
, Rogério P. Espíndola (PQ)1
1 Núcleo de Computação Científica, UEZO
* lucasgarcezdev@gmail.com
Palavras-chaves: redes complexas, redes planctônicas, bancos de dados, visualização de dados
Introdução
Atualmente, a pesquisa das interações entre os
organismos1 de um ecossistema por redes
complexas2 está em pleno desenvolvimento na
comunidade acadêmica em virtude da melhor
capacidade de processamento de dados existente
nos laboratórios de pesquisa. Em especial, para
o estudo de ecossistemas marinhos, a
quantidade de dados produzidas a partir de
estudos de plâncton base da cadeia alimentar
desses ecossistemas é muito desafiadora, pois
exigem maiores recursos computacionais para
armazenamento e processamento, além de
oferecerem maior dificuldade de representação e
entendimento dos mesmos. Assim, esse trabalho
propôs a criação de um banco de dados
relacional para armazenar as informações das
redes tróficas encontradas por um software
gerador de relações fuzzy3 – suas características
estruturais e suas métricas funcionais e
topológicas. Além disso, foi proposto um
protótipo de uma ferramenta que permita o fácil
acesso às informações desse banco, com
recursos de visualização da estrutura da rede,
inclusive, permitindo maior fluidez de
desenvolvimento das pesquisas dos
profissionais envolvidos com a compreensão
das relações existentes em comunidades
planctônicas.
Materiais e Métodos
Diversas e variadas estruturas coletivas, naturais
ou artificiais, apresentam comportamentos em
rede, dentre elas a Internet, as redes sociais
entre indivíduos com interesses em comum, as
redes metabólicas e as teias alimentares. Na
biologia, o uso da metáfora de rede para
representar sistemas ecológicos é antigo e elas
passaram a ser amplamente utilizadas,
constituindo-se em uma importante ferramenta
de auxílio à compreensão e à quantificação de
fenômenos ecológicos4.Ao se produzir uma
infraestrutura capaz de armazenar de modo
seguro as informações das redes de maior
interesse e de permitir a visualização das
mesmas, propiciando melhores condições de
inferência ao especialista dos dados, adotou-se o
MySQL como gerenciador de banco de dados
por ser de fácil instalação em todos os sistemas
operacionais e por ser de fácil acoplação com
um software Java por meio da Java Database
Connectivity (JDBC) API.
Resultados e Discussão
Após a prospecção e estudo de diversas
possibilidades, decidiu-se por adotar o MySQL
como gerenciador de banco de dados por ser de
fácil instalação em todos os sistemas
operacionais e por ser de fácil acoplação com
um software Java por meio da Java Database
Connectivity (JDBC) API. A especificação do
banco de dados foi realizada com o MySQL
Workbench. Como o software que utiliza o
banco de dados é separado em dois
componentes principais, o de geração de função
de pertinência e o de geração de redes
complexas, o banco de dados foi modelado em
duas partes correspondentes para facilitar a
compreensão, o desenvolvimento e a
manutenção. Foi necessária a reformulação,
com a consequente integração, de dois softwares
distintos em Java: o que produz funções de
pertinências fuzzy para modelar as relações de
uma rede e o que as aplica, produzindo a rede.
Essa integração era imprescindível para melhor
organizar o futuro dessa pesquisa, produzindo
um ambiente único de desenvolvimento de
software.
Conclusões
A fim de contribuir com o entendimento e a
preservação dos ecossistemas costeiros, este
trabalho propõe a criação de um banco de dados
relacional para armazenar todas as redes
planctônicas estudadas e o desenvolvimento de
uma ferramenta que permita o fácil acesso às
informações desse banco, com recursos de
visualização da estrutura da rede, inclusive. Agradecimentos: CNPq. Bolsista PIBITI-CNPq.
Referências
1. Odum, E. (2001). Fundamentos de Ecologia (6 ed ed.).
Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian.
2. Newman, M. (2010). The structure and function of
complex networks. SIAM Review, 45, 167-256.
3. Ross, T. J. (2010). Fuzzy Logic with Engineering
Applications (3 ed.). Nova Iorque: Wiley.
4. Newman, M. (2010). Networks: An Introduction. New
York, USA: Oxford University Press.
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Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Cidades Inteligentes: Segurança Pública
Hilmar R. De Carvalho Junior (IC)¹*, Karla T. Figueiredo Leite (PQ)1
Laboratório de Inteligência e Robótica Aplicada, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
hilmarrodrigues@gmail.com
Palavras-chaves: redes neurais, mineração de dados, segurança pública, modelos de previsão.
Introdução
Sendo um grande centro urbano, a segurança no
Estado do Rio de Janeiro deve ser tratada com
atenção. Com o objetivo de auxiliar o combate à
criminalidade e dar apoio ao planejamento de
ações corretivas, foi investigado e desenvolvido
modelo para previsão de quantitativo de crimes,
a partir de dados do Instituto de Segurança
Pública do Rio de Janeiro, utilizando técnicas
inteligentes baseadas em Redes Neurais. Os
crimes de maior interesse e considerados nesse
trabalho foram: roubo de rua (roubo em
coletivo, roubo de celular e roubos a
transeuntes) e roubo de veículos.
Materiais e Métodos
Dados obtidos do Instituto de Segurança Pública
do Estado do Rio de Janeiro (de 2003 a 2015) e
Redes Neurais MLP com treinamento do tipo
Backpropagation1,2
.
Resultados e Discussão
Diversas arquiteturas de redes neurais foram
avaliadas considerando os meses codificados de
forma binária (4 ou 12 bits) ou valor inteiro, e
valores históricos da série considerando os
últimos 6 ou 12 valores anteriores (janela de 6
ou 12, com valores anteriores a série. Para a
série Roubo de Rua, o melhor modelo foi
identificado como aquele que apresentou os
menores valores de erro percentual médio
(MAPE) para conjunto de validação igual a
10.14% e 6.07% para conjunto de teste. Esta
arquitetura possuía como entrada o mês
codificado de forma binária com doze (12) bits
e janela de dados histórica equivalente aos seis
últimos meses e, foi a que envolvia 11
neurônios na camada escondida. Os gráficos da
figura 1 mostram as respostas do melhor modelo
de rede neural considerando os conjuntos de
treinamento, validação e teste. A linha azul é o
resultado obtido com o modelo baseado em
Redes Neurais e a linha vermelha é o valor real. Para a Série Roubo de Veículos, a rede neural
que utilizou a codificação de quatro bits para
mês, fez uso de uma janela de dados equivalente
aos seis últimos valores da série histórica e
envolveu dois neurônios na camada escondida
foi a rede neural selecionada como o melhor
modelo considerando o conjunto de validação
(MAPE=13.13%). O MAPE do conjunto de
teste foi 5.87%.
(a) (b) (c) Figura 1 – Erros MAPE para os conjuntos de treinamento
(a), validação (b) e teste (c) para a série Roubos de Rua.
A seguir, pode-se observar os gráficos da figura
2 para o conjunto de treinamento, validação e
teste. A linha azul é o resultado obtido com o
modelo baseado em Redes Neurais e a linha
vermelha é o valor real.
(a) (b) (c) Figura 2 – Erros MAPE para os conjuntos de treinamento
(a), validação (b) e teste (c) para a série Roubos de Veículos.
Conclusões
Prever ocorrências de crimes se torna essencial
nos grandes centros urbanos. Uma boa previsão
para garantir um bom planejamento, aliada a
uma ação policial concreta, pode interferir de
maneira positiva na abordagem de criminosos e
auxiliar na prevenção de crimes contra cidadãos
do Estado do Rio de Janeiro. Conclui-se que os
modelos baseados em redes neurais para a
previsão de roubo de rua e veículos mostraram
resultados promissores, indicando o
prosseguimento da pesquisa. Planeja-se, em
estudos futuros, a inclusão de outras
informações relevantes, tais como o número do
contingente mensal de policiais civis e militares.
Agradecimentos: CNPq pela bolsa PIBIC e Instituto
de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Referências
1. Braga, A.P., Carvalho, A.P.L.F. e Ludermir, T.B., (1998)
Fundamentos de Redes Neurais Artificiais, NCE/UFRJ, Rio
de Janeiro, Brasil, , Escola de Computação.
2. Haykin, S. (2001) Redes neurais : princípios e prática,
Bookman, Porto Alegre.
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Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Criação e implementação de métricas em redes complexas fuzzy
Igor R. Pestana (IC)1*
, Rogério P. Espíndola (PQ)1
1 Núcleo de Computação Científica, UEZO
* igorrpestana@yahoo.com.br
Palavras-chaves: teoria de conjuntos fuzzy, redes complexas, redes tróficas planctônicas, algoritmos de busca
Introdução
A fim de contribuir com o entendimento e a
preservação dos ecossistemas costeiros, este
trabalho propõe aperfeiçoar uma abordagem de
estudo de redes planctônicas por meio de redes
complexas1 com relações fuzzy
2. A partir de
dados de citometria de fluxo3, multigrafos fuzzy
são produzidos para representar as complexas
interações entre os seres vivos observados
(produtores primários, consumidores primários
e secundários). A análise e a interpretação da
rede obtida dependem das métricas que estimam
suas características topológicas e funcionais.
Dessa forma, esse projeto envolve a pesquisa, a
modelagem e a implementação de métricas de
grafos utilizando a teoria de conjuntos fuzzy nas
suas definições, incorporando-as ao já existente
sistema gerador de redes complexas por
evolução diferencial. Espera-se que as métricas
fuzzy permitam ao processo evolutivo produzir
melhores redes com os conjuntos fuzzy
otimizados.
Materiais e Métodos
A citometria é um processo que realiza
medidas de características físicas e químicas de
partículas de elementos biológicos ou não
biológicos. Na citometria de fluxo, são medidas
as partículas que passam em uma corrente de
fluído através de um equipamento de medição, o
que permite a execução de uma grande
quantidade de medidas em sequência. Com a
evolução tecnológica recente, a citometria de
fluxo analítica tornou-se uma alternativa
atraente, pois é capaz de realizar medições em
alta frequência em partículas individuais4.
Diversas e variadas estruturas coletivas,
naturais ou artificiais, apresentam
comportamentos em rede, dentre elas a Internet,
as redes sociais entre indivíduos com interesses
em comum, as redes metabólicas e as teias
alimentares. Na biologia, o uso da metáfora de
rede para representar sistemas ecológicos é
antigo e elas passaram a ser amplamente
utilizadas, constituindo-se em uma importante
ferramenta de auxílio à compreensão e à
quantificação de fenômenos ecológicos5.
Resultados e Discussão
Durante a pesquisa, foram estudadas três das
mais utilizadas bibliotecas de modelagem por
redes complexas: Jung, NodeXL e JGraphT,
optando-se pela primeira A partir desse estudo,
foi possível identificar suas limitações e a
importância de se desenvolver nossas próprias
ferramentas de análise de redes. Os recursos de
visualização, entretanto, são poderosos e
continuarão sendo aproveitados no âmbito dessa
pesquisa. Diversas estatísticas e métricas
tradicionais em teoria de grafos foram
modeladas utilizando-se os conceitos de lógica
fuzzy e implantadas em Java e em Prolog:
medidas de conectividade, de centralidade, de
intermediação e modularidade. Os experimentos
que avaliarão a eficácia dessas métricas estão
em execução no contexto de desenvolvimento
de um gerador de redes por evolução diferencial
segundo as características desejadas.
Conclusões
A fim de contribuir com o entendimento e a
preservação dos ecossistemas costeiros, este
trabalho procurou aperfeiçoar o estudo de redes
planctônicas por meio de redes complexas
fuzzy, que dependem de decisões subjetivas
para as suas definições, ao oferecer um conjunto
de métricas de rede com interpretações mais
naturais do que suas versões apoiadas na teoria
clássica de conjuntos. Resultados dos
experimentos que utilizaram os códigos
desenvolvidos nessa pesquisa ainda estão em
produção. Agradecimentos: CNPq. Bolsista PIBIC-CNPq.
Referências
1. Newman, M. (2010). The structure and function of
complex networks. SIAM Review, 45, 167-256.
2. Ross, T. J. (2010). Fuzzy Logic with Engineering
Applications (3 ed.). Nova Iorque: Wiley.
3. Shapiro, H. (2003). Practical Flow Cytometry (4 ed.).
New Jersey, USA: John Wiley & Sons.
4. Malkassian, A., Nerini, D., M.A., v. D., M., T., C., M., &
G., G. (2011). Functional analysis and classification of
phytoplankton based on data from an automated flow
cytometer. Cytometry A, 79, 263-275.
5. Newman, M. (2010). Networks: An Introduction. New
York, USA: Oxford University Press.
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Unidade Universitária de Biologia e Farmácia
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Caracterização enzimática de bactérias lignocelulolíticas.
Bruna Mendonça da Silva (IC)¹*, Carlos José F. da Silva (IC)¹, Eidy de Oliveira Santos (PQ)
1.
1 Laboratório de Bioquímica,Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
*brunamensi@gmail.com
Palavras-chaves: Bioetanol, celulases, bioprospecção bacteriana
Introdução
A produção de biocombustíveis é uma resposta
encontrada para suprir a maior demanda por
energia, pois se trata de uma fonte renovável¹ e
seu potencial energético provém da fixação
recente do carbono, diminuindo assim o impacto
na atmosfera ². Os biocombustíveis são
classificados de acordo com a matéria utilizada
para sua produção. Os de primeira geração são
aqueles produzidos a partir Quase todo o etanol
produzido hoje é proveniente da fermentação de
açúcares presentes no vegetal, excluindo em sua
grande maioria, a biomassa lignocelulósica que
por sua vez é matéria prima para o etanol de
segunda geração. A biomassa lignocelulósica é
constituída por açúcares como a celulose e
hemicelulose e lignina, basicamente sendo a
porção seca da planta, o bagaço da cana-de-
açúcar, que geralmente é queimado em usinas
para produzir energia ou na maioria dos casos é
descartado. São materiais baratos e abundantes,
por isso há uma crescente busca para torná-los
matéria-prima para produção de bioetanol ³. Um
recente trabalho sobre a biodiversidade
bacteriana do solo da Mata Atlântica gerou uma
coleção de isolados bacterianos, incluindo
alguns com atividade lignocelulolítica, como
por exemplo a Phyllobacterium
myrsinacearum4. O principal objetivo deste
projeto é identificar enzimas lignocelulolíticas
para posterior uso biotecnológico.
Materiais e Métodos
O isolado de P. myrsinacearum foi inoculado
em meio mínimo sólido suplementado com
avicel, lignina ou bagaço, como fontes únicas de
C, para avaliação da capacidade de metabolizar
tais matérias-primas. Após incubação e
crescimento de colônias bacterianas, o material
foi submetido a coloração com Vermelho
Congo. Em paralelo, foi realizado inóculo em
meios mínimos líquidos, com adição de avicel
ou bagaço c para cultivo de 4 dias. Os inóculos
foram centrifugados para separação de célula e
sobrenadante e segui-se o processamento para
extração de proteínas. Os extratos proteicos
foram quantificados e separados em gel de
poliacrilamida. Serão utilizadas ferramentas de
genômica e proteômica para identificação das
enzimas de interesse.
Resultados e Discussão
Os cultivos de Phyllobacterium em meios
mínimos suplementados com bagaço, avicel e
lignina mostraram resultados positivos. A
coloração com vermelho congo mostrou alguns
halos de degradação, comprovando a ação
lignocelulolítica das enzimas bacterianas.
As proteínas intracelulares e secretadas foram
extraídas e separadas em gel de poliacrilamida
para posterior identificação por métodos de
proteômica. O genoma bacteriano foi
completamento sequenciado pelo método de
Illuminasequenciamento.
Conclusões
Neste trabalho, comprovamos que a bactéria
possui capacidade lignocelulolítica,
conseguindo utilizar esse material como fonte
energética. Possívelmente suas enzimas poderão
ser úteis para à industria de bioetanol e ao
ambiente, uma vez que utilizará resíduos
descartados na natureza, além de poder diminuir
ou substituir produtos químicos utilizados na
degradação da lignocelulose para
disponibilização da glicose, que entra no
processo fermentativo.
Agradecimento: Órgão de fomento CNPq e a Plataforma de Espectrometria de Massas do
INMETRO.
Referências
1. Neitzel T., Ienczak J.L., Ruller R. Estudo da Aplicação de
Hemicelulases no Reaproveitamento do Licor de Pentoses
na Produção de Etanol de Segunda Geração.2013
2. Waldow, Vinícius. Os Desafios do Etanol
Lignocelulósico no Brasil: O bagaço de cana-de-açúcar
como uma nova fonte de etanol.2013
3. Souza A G. Produção, extração e estabilidade de enzimas
lignocelulolíticas para uso em degradação de compostos
poluentes.2012
4. Martinez. I.V. Biodiversidade de Bactérias
lignocelulolíticas da Mata Atlântica do Rio de Janeiro.2009
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Análise da produção do biogás gerado pelos microrganismos oriundos
de diversas profundidades do Aterro de Adrianópolis - RJ
João Victor Rego Ferreira (PG)¹ ², Bruna Rodrigues Bisineli Trindade (IC)¹*, Gabrielly Barbosa da
Silva (IC)¹, Silvio Carlos Santos Russo (IC)
1, Alexander Machado Cardoso (PQ)¹.
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, UEZO; 2 INMETRO
< alexandercardoso@uezo.rj.gov.br>
Palavras-chaves: Aterro Sanitário, Biogás,Gb21 e Microrganismos.
Introdução
Existem diversas fontes de energia no mundo.
Dentre as principais fontes de energia, temos:
solar, eólica, nuclear, fóssil, hidráulica,
geotérmica e pela decomposição de resíduos
orgânicos. O Biogás é um biocombustível,
classificado como uma fonte de energia
renovável, sendo produzido através da
decomposição da matéria orgânica por
microrganismos1,2
. Nos aterros sanitários, sua
produção ocorre por meio de unidades de
tratamento de biogás. A primeira licenciada
Central de Tratamento de Resíduos (CTRs), no
estado do Rio de Janeiro é a CTR de Nova
Iguaçu, localizada no bairro de Adrianópolis.
Essa CTR tem capacidade de 5.000 toneladas de
resíduos diárias e ocupa cerca de 1,2 milhões de
m²[3]
. O objetivo geral deste trabalho é analisar a
produção de biogás gerado por amostras de
diferentes profundidades de cinco poços do
aterro de Adrianopolis, com a perspectiva de
conhecer e aumentar a produção do biogás. Materiais e Métodos
Foram coletadas amostras de RSU de 5, 10 e 15
metros de profundidade, utilizando uma
perfuratriz AF-130 da IMT. Após a coleta foi
medida a temperatura, o pH, e os gases através
do LFG 20 Landfill Gas Analyser. As amostras
foram separadas em matéria orgânica fina e
grossa e matéria inorgânica fina e grossa. Foram
armazenadas as amostras orgânicas finas para
análise do GB21 em freezer -80ºC. Para avaliar a
produção de Biogás foi utilizada a metodologia
GB21. Este equipamento é composto de 3 partes:
(A) Eudiômetro com volume de 400 ml, que foi
adicionado uma solução selante ácida de sulfato
de sódio com adição de ácido sulfúrico e
corante amarelo; (B). Frasco de 500 ml que foi
adicionada 50 g da amostra de massa orgânica
do RSU, 50 ml de lodo aditivado e completado
com água até a marca de 300 ml, neste frasco é
onde será realizada a produção de gás; (C)
Recipiente que contém a solução selante ácida
na cor amarela e um tubo flexível de silicone faz
a conexão entre o eudiômetro. Para a análise dos
metais foi utilizado o Espectrômetro de
Fluorescência de Raios X.
Resultados e Discussão
Foram coletadas 12 amostras de poços
diferentes, sendo 5 pontos de 5 metros, 5 pontos
de 10 metros e 2 pontos de 15 metros. Durante a
coleta o pH dessas amostras variou entre 6 e 10.
Já na temperatura houve variações entre 46,5ºC
e 65,5ºC. Com relação aos gases a variação de
dióxido de carbono foi entre 0% e 19,5%; do
oxigênio foi de 7% e 20% e para o metano foi
de 0,1% e 46%. Para a caracterização do
material, dentre as 12 amostras coletadas, os
dois poços com maior quantidade de matéria
orgânica fina, em 5 metros de profundidade, foi
o poço 6 vale 4 e o poço 6 piezômetro, com
72% e 43 % respectivamente. E em 10 metros
foi o poço 9 e o poço 6 piezômetro, com 59% e
42 % respectivamente. Já para 15 metros foi o
poço 6 vale 4 e o poço 8, com 40% e 34 %
respectivamente.
Conclusões
No ensaio GB21 as amostras de 5 metros de
profundidade estão em processo de produção.
Podendo apontar para uma maior produção por
ter mais matéria orgânica e ser um material mais
“novo”. Já os testes físico-químicos estão em
andamento. Agradecimentos: FAPERJ e CNPq.
Referências
1. Roya, B; Freitas, E; Barros, E; Andrade, F.; Pragana.
Biogás – Energia Limpa– 2011. Disponível em
<http://www.castelobranco.br/sistema/novoenfoque/files/13/
artigos/12_BunoRoya_Biogas_Prof_Djalma_VF.pdf>.
Acesso em: abril de 2016.
2. Linhares, D. C. Estudo da comunidade metanotrófica em
amostras do manguezal de Bertioga, Estado de São Paulo,
através da técnica de marcação de ácidos nucléicos com
isótopos estáveis (SIP-DNA). 2012. 112p. Dissertação de
mestrado, Universidade de São Paulo. Instituto de Ciências
biomédicas. Departamento de Microbiologia. São Paulo,
2012.
3. CTR Nova Iguaçu – Informações. Disponível em:
<http://haztec.com.br/solucoes-ambientais-
completas/index.php/solucoes/centrais-de-tratamento-de-
residuos.
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Avaliação de nanoemulsões contendo extrato de Sideroxylon
obtusiloium frente ao fungo dermatófito Fonsecaea pedrosoi
Camila N. S. Silva (IC)¹*, Gabriel S. Morais (IC)¹, Natalia M. Santos (IC)¹,
Anderson J. Franzen (PQ)1.
1 Laboratório de Tecnologia em Bioquímica e Microscopia - LTBM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste,
Rio de Janeiro, RJ.
*camilanepomuceno231@gmail.com, ajfranzen@gmail.com
Palavras-chaves: Cromoblastomicose, Melanina, Fonsecaea pedrosoi, nanoemulsões.
Introdução
A cromoblastomicose é uma infecção
subcutânea, que acomete principalmente os
membros inferiores. Esta tem início com a
inoculação traumática de conídios de fungos ou
fragmentos de hifas, podendo causar lesões
inflamatórias e verrucosas graves1. O principal
patógeno etiológico desta micose é Fonsecaea
pedrosoi, um fungo encontrado nas plantas, solo
ou vegetações rastejantes2,3
. Este é um fungo
demáceo e a melanina é o seu principal fator de
virulência, tendo como função, a proteção do
fungo4. O projeto visa analisar a capacidade
antifúngica das saponinas de Sideroxylon
obtusifolium frente ao Fonsecaea pedrosoi
através de ensaios in vitro.
Materiais e Métodos
Para as culturas de Fonsecaea pedrosoi, são
utilizados o Meio Ágar Sabourand Dextrose e
Meio Líquido Czapeck-Dox, para o crescimento
de hifas e conídios, respectivamente. Os testes
são feitos em placas de 96 poços com diferentes
concentrações de drogas (extrato e
nanoemulsão) e processados para a análise em
ferramentas de visualizações institucionais
como Microscopia óptica e Microscopia
Eletrônica de Varredura.
Resultados e Discussão
As micoses subcutâneas são infecções causadas
por grupo diversificado de fungos que atacam o
homem e os animais. As lesões aparecem
inicialmente a partir de um ponto de inoculação
do fungo, através de traumas. Com o aumento
da incidência desta patologia, alguns estudos
visam a obtenção de fármacos eficazes para o
controle destas infecções e que sejam menos
nocivos ao homem, já que a maioria das drogas
tóxicas para os fungos também são tóxicas para
o hospedeiro. As saponinas também podem ser
associadas a nanoemulsões, que são sistemas
coloidas carreadores de fármacos promissores
para diversas aplicações terapêuticas, onde
demonstraram uma redução das reações
adversas de fármacos potentes e efeitos
prolongados na forma de nanoemulsão.
Conclusões
Os resultados indicam que as nanoemulsões
inibem o crescimento do fungo. A análise por
microscopia óptica e M.E.V, indicam que este
tratamento pode modificar e romper a parede
celular de Fonsecaea pedrosoi. Agradecimentos: Capes e FAPERJ.
Referências
1.Silva JP, de Souza W, Rozental S. 1998.
Chromoblastomycosis: a retrospective study of 325 cases on
Amazonic Region (Brazil). Mycopathologia 143:171–175.
2. Polak A. 1990. Melanin as a virulence factor in
pathogenic fungi. Mycoses 33:215–224.
3. Salgado CG, da Silva JP, Diniz JA, da Silva MB, da
Costa PF, Teixeira C, Salgado UI. 2004. Isolation of
Fonsecaea pedrosoi from thorns of Mimosa pudica, a
probable natural source of chromoblastomycosis. Rev Inst
Med Trop Sao Paulo 46:33–36.
4. Alviano CS, Farbiarz SR, De Souza W, Angluster J,
Travassos LR: Characterization of Fonsecaea pedrosoi
melanin. J Gen Microbiol 1991, 137:837-844.
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Introdução in vitro da Crotalaria spectabilis visando aos ensaios do seu
comportamento na presença do herbicida 2,4-D
Carla Caroline Amaral da Silva (IC)¹*, Dora dos Santos Costa (PG)¹, Ida Carolina Neves Direito
(PQ)1, Cristiane Pimentel Victório(PQ)¹
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental ,Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
* E-mail de contato:carla.carolineas@gmail.com
Palavras-chaves: Crotalaria spectabilis. Adubo Verde. Cultura de tecidos vegetais
Introdução
O uso de leguminosas como adubo verde é uma
alternativa economicamente viável para a
agricultura na recuperação de nutrientes, em
especial o nitrogênio1. Uma das leguminosas
mais utilizadas para esse fim é a Crotalaria
spectabilis, que como tal libera através de suas
raízes substâncias que estimulam a proliferação
de bactérias fixadoras de nitrogênio, de uma
forma natural e ecologicamente sustentável
frente aos adubos químicos. Além do uso
consolidado de leguminosas na adubação verde,
na literatura são encontradas pesquisas que
também as utilizam na remoção de poluentes do
solo, dentre os quais, os herbicidas. O objetivo
deste trabalho é introduzir o cultivo in vitro de
Crotalaria specatabilis a fim de futuramente
realizar estudos sobre a interação dessa
leguminosa in vitro com agrotóxicos, em
especial o herbicida 2,4-D (ácido 2,4-
diclorofenoxiacético), um dos herbicidas mais
utilizados no mundo2, o qual é associado a
danos ambientais e suspeito de ser responsável
por alguns tipos de câncer.
Materiais e Métodos
As sementes passaram pelo seguinte processo
protocolado de desinfestação na câmara de
fluxo laminar: Imersão em água destilada com
detergente por 15 minutos; Imersão em água
sanitária (2,5% de cloro ativo) por 10 minutos;
Lavagem com etanol 70% por 1 minuto e
enxágue 3 vezes com água destilada estéril.
Após isso, foram introduzidas in vitro, em
triplicata, em frascos com 40 ml de meio MS3
sem 2,4-D, contendo 3 sementes cada. As
sementes foram mantidas em temperatura
controlada com um fotoperíodo de 16 horas
claro e 8 horas escuro na sala de crescimento.
Resultados e Discussão
Após processo de desinfestação e introdução in
vitro, as sementes germinaram 100%, e
nenhuma contaminação foi observada (Figura
1). A germinação ocorreu no segundo dia de
cultivo in vitro.
Figura 1. (A) dia da introdução in vitro, (B) 7
dias após, (C) 14 dias após e (D) 21 dias após
Após germinação, o desenvolvimento inicial das
plantgulas de C. spectabilis foi satisfatório em
meio MS.
Conclusões
A espécie C. spectabilis apresentou germinação
e crescimento in vitro em meio MS. Com esses
resultados é possível fazer novos estudos para
observar o comportamento, também in vitro, na
presença de diferentes concentrações de 2,4-D
no intuito de aliar adubação e fitorremeidação
de 2,4D do substrato.
Agradecimentos: FAPERJ
Referências
1.Pereira, N. S.; Soares, I.; Miranda, F. R. Decomposition
and nutrient release of leguminous green manure species in
the Jaguaribe-Apodi region, Cienc. Rural, v. 46, n. 6, p. 970-
975, 2016 .
2. Wang, X.;YU, J.; Wu, X.; Fu, J.; Kang, Q.; Shen, D.; Li,
J.; Chen, L. A molecular imprinting-based turn-on
Ratiometric fluorescence sensor for highly selective and
sensitive detection of 2,4-dichlorophenoxyacetic acid (2,4-
D). Biosensors and Bioelectronics, v. 81, p. 438-444, 2016.
3. Murashige T, Skoog F.A revised médium for growth and
bioassays with tobacco tissue culture Physiol Plantarum
1962;15:473-497 .
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Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Análise da Diversidade Bacteriana Presente na Rizosfera do Feijão
Carioca Comum e Biofortificado
Carlos Vinicius Ferreira da Silva1* (IC), Alexander Machado Cardoso
1,2 (PQ), Vânia Lucia Muniz
de Pádua1 (PQ).
1 Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
2 Inmetro
* cviniciusbio@gmail.com
Palavras-chaves: Biofortificado, rizosfera, DNA
Introdução
A biofortificação surgiu como uma das soluções
para a crescente desnutrição no mundo1. A
Embrapa em parceria com a Harvest Plus criou
o feijão carioca biofortificado com mais teores
de ferro e zinco2. Essas alterações ocorridas nas
sementes podem levar a mudanças nos
exsudatos do cultivar com desdobramentos
importantes na microbiota em associação com a
raiz3. O estudo e análise das comunidades
microbianas da rizosfera entre os feijões
Carioca Comum e Biofortificado permitirá:
obter o DNA metagenômico das amostras;
padronizar métodos envolvidos no PCR; avaliar
a diversidade e estrutura das comunidades
bacterianas;. identificar bactérias de interesse e
ainda não cultivada; identificar genes
funcionais e/ou novas vias metabólicas de
interesse.
Materiais e Métodos
A coleta de ambos feijões foi realizada em
quatro etapas: plântula com 7 dias; com 15 dias;
floração; produção de vagens; além do solo
puro, sem plantas. As raízes e o solo foram
armazenados, sendo depois feita a extração do
DNA da rizosfera das plantas e do solo. Em
seguida foi realizado uma PCR das amostras,
para aferir a qualidade do DNA, e preparar a
amostra para a etapa do DGGE. Em seguida as
sementes de feijão foram analisadas, através de
espectrometria de fluorescência de raio x, para
verificar a dispersão do ferro nas sementes.
Como última etapa, o DNA foi enviado em
parceria para Itália, com o objetivo de
sequenciar as amostras.
Resultados e Discussão
As plantações se mostraram um desafio nesse
projeto, devido a infestações de lagartas e a
doença do mosaico dourado, porém todos foram
devidamente contornados para que se tivesse
um DNA rizosférico sem interferências danosas.
Os DNAs foram amplificados por PCR,
infelizmente não foi possível realizar o DGGE,
devido a dificuldades de padronização. As
amostras de feijão Carioca Comum e
biofortificado de 15 dias, junto com o solo puro,
foram enviados para sequenciamento. Além
disso foi quantificado as concentrações de ferro
em ambas sementes.
Conclusões
Com o projeto conseguimos observar a
diferença de ferro do feijão comum para o
biofortificado, sendo importante para os futuros
projetos de biofortificação. E com o resultado
do sequenciamento poderemos analisar se a
biofortificação trouxe diferenças na comunidade
microbianas, desenvolvendo formas de
maximizar a biofortificação com inóculos
microbianos. Agradecimentos: FAPERJ
Referências
1. Long, J. K.; Banziger, M.; Smith, M. E. Diallel analysis
of grain iron and zinc density in southern African-adapted
maize inbreeds. Crop Science, v. 44, p. 2019-2026, 2004.
2. Embrapa.Resultados. BioFort. 2014. Disponível em:<
http://www.biofort.com.br>. Acesso em 06 Mai. 2015
3. Kamilova, F.; Kravchenko, L.V.; Shaposhnikov, A.I.;
Azarova, T.; Makarova, N.; Lugtengerg, B. Organic acids,
sugars, and L-tryptophane in exsudates of vegetables
growing on stonewool and their effects on activities of
rhizosphere bacteria. Molecular Plant-Microbe Interactions,
v. 19, p. 250-256, 2006.
89
“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
A química verde na produção do nanocatalisador CoFe2O4/TiO2 para
aplicação na agricultura
Christina A. Ferreira (IC)*, Maria I. F. Macêdo (PQ)
Laboratório de Processos Industriais e Nanotecnologia (LPIN), Centro Universitário Estadual da Zona Oeste- RJ
<chris.albuquerqueferreira @gmail.com> <mariamacedo@uezo.rj.gov.br> Palavras-chaves: química verde, nanocatalisador, agricultura
Introdução
A preservação ambiental está diretamente
assentada na sustentabilidade e são enquadradas
na química verde, que engloba todas as
atividades produtivas da Química. Os
protocolos da química verde são indispensáveis
à busca da sustentabilidade dos processos
químicos das diferenciadas reações para as mais
variadas aplicações que são: prevenção de
formação de resíduos, economia de átomos,
seleção de reagentes menos perigosos, produtos
mais seguros, solventes menos agressivos para
métodos de separação seguros, diminuição de
energia em todos os processos químicos,
matérias primas renováveis, catálise, síntese de
produtos degradáveis. O objetivo do trabalho foi
desenvolver um nanocatalisador magnético
(CoFe2O4/TiO2) e aplicar na fotodegradação da
atrazina, minimizando os efluentes decorrentes
deste herbicida usado na agricultura brasileira.
Materiais e Métodos
As nanopartículas de CoFe2O4 foram preparadas
de acordo com a literatura1. O CoFe2O4/TiO2
foi obtido pela dispersão de 10% (m/m) de
CoFe2O4 em pequena quantidade de água
juntamente com o TiO2 e colocadas em um
rotaevaporador até obtenção do material seco. O
material foi tratado a 450oC por 2h e usado na
degradação da atrazina em meio aquoso. Os
ensaios foram feitos num reator fechado
contendo uma lâmpada de He-Xe, 150W.
Alíquotas foram retiradas em tempos
determinados e analisados por UV-vis.
Resultados e Discussão
A imagem de TEM mostra o tamanho das das
nanopartículas de CoFe2O4 com diâmetro de
5,7 nm e a imagem de MEV mostra a
morfologia do CoFe2O4/TiO2 que é constituído
de nanopartículas finas e muito reativas, o que
promove a formação de aglomerados moles.
(a) TEM de CoFe2O4
(b) MEV CoFe2O4/TiO2
A tabela 1 mostra a degradação da atrazina em
função do tempo em =223 nm.
Tabela 1. Degradação da atrazina em função do tempo
Tempo (min) Razão da
conc.
(Ct/Co)
Tempo (min) Razão da
conc.
(Ct/Co)
10 0,80 40 0,05
20 0,52 50 0,00
30 0,25 - -
No tempo de 50 min a razão Ct/Co foi de 0,00
de atrazina, podendo ser descartado sem causar
danos ao meio ambiente.
Conclusões
O tamanho nanométrico do catalisador pode ser
oneroso a separação deste do meio aquoso. Esta
metodologia possibilita uma forma simples de
separação, pois a fase com atividade magnética
pode sofrer a ação de um campo imposto ao
sistema, possibilitando a separação e a reutiliza-
ção do nanocatalisador, diminuindo os custos do
processo e de comum acordo a química verde. Agradecimentos: FAPERJ, CNPq
Referências
1Macêdo, M.I.F., et al., Preparação de nanopartículas superpara-
magnéticas para aplicações inovadoras em diversas áreas Anais do
CBCat. Campos do Jordão-SP, 2010.
90
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Avaliação do tratamento biológico com bactérias isoladas do solo na
integridade físico-química de embalagens de PEAD com resíduos do
herbicida 2,4-D
Daniel Ramos da Costa (IT)¹, Andressa Sbano da Silva (PG)¹ ², Ida Carolina Neves Direito (PQ)¹.
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, UEZO; 2 Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, INMETRO
< idacarolina@uezo.rj.gov.br> Palavras-chaves: Ácido 2,4-Diclorofenoxiacético; Biorremediação; Polietileno de alta densidade; Tratamento
biológico.
Introdução
O Brasil é um dos maiores consumidores de
pesticidas, destacando-se o herbicida ácido 2,4-
diclorofenoxiacético (2,4-D)1. O uso
indiscriminado de pesticida pode acarretar
danos ao meio ambiente e aos seres humanos, já
que alguns possuem ação cancerígena e
mutagênica. O que pode agravar essa situação é
o descarte em larga escala de embalagens vazias
de produtos ainda contaminados por resíduos de
pesticidas2. Como muitas embalagens de
pesticidas são de Polietileno de Alta Densidade
(PEAD), a reciclagem é uma alternativa
economicamente viável para a destinação deste
material 3. A limitação para uso desta tecnologia
seria a permanência de resíduos de pesticidas
nas embalagens. Uma vez que alguns
microrganismos possuem a capacidade de
degradação de pesticidas4, a aplicação de
bactérias seria uma alternativa viável para a
remoção de resíduos de 2,4-D das embalagens
de PEAD. Para o uso comercial de um
tratamento biológico para remediação de
resíduos de 2,4-D é preciso analisar a
integridade físico-química da embalagem após
os testes de biodegradação.
Materiais e Métodos
O estudo será realizado utilizando o herbicida
padrão Sigma-Aldrich com pureza > 98% para a
construção da curva de calibração
cromatográfica e enriquecimento de meios de
cultura. Os ensaios para quantificação do 2,4-D
residual em embalagens de PEAD serão
realizados empregando o produto comercial
DMA® 806BR (Dow AgroSciences Industrial
Ltda), que apresenta o 2,4-D na forma do Sal
Dimetilamina na concentração de 806 g.L-1
. O
experimento será realizado em seis repetições,
tendo como modelo a bactéria Ralstonia
eutropha JMP134 e bactérias isoladas do solo
que também degradam 2,4-D. A biodegradação
do 2,4-D residual na embalagem será
quantificada por cromatografia líquida de alta
eficiência (HPLC). O cromatógrafo utilizado na
quantificação será o da Merck equipado com
detector Diode Array. O protocolo utilizado será
o descrito por Sbano e colaboradores5. A
aquisição e tratamento dos dados será feita com
o software EZchrom. Após ensaios será feita a
avaliação das propriedades físico-químicas das
embalagens.
Resultados Esperados
É esperado que com os testes de biodegradação
se observe a biodegradação do 2,4-D presente
nas embalagens, sem que a ação bacteriana faça
alteração na integridade físico-química do
PEAD. Dessa forma será possível utilizar os
isolados bacterianos no tratamento biológico de
embalagens de PEAD contaminadas com 2,4-D
para viabilizar, de forma segura, a reciclagem
do material. Agradecimentos: FAPERJ
Referências
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Sistema de Informações sobre Agrotóxicos (SIA).
Disponível
em:www4.anvisa.goV.br/agrosia/asp/default.asp>
Ledo, R. M. D. Indústrias de Agrotóxicos no Modelo de
Negócios Sustentável: Sistema Nacional de Recolhimento e
Reciclagem de Embalagens Vazias. 2011, 63p.
Universidade de Brasília, Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade. Departamento.
INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE
EMBALAGENS VAZIAS (INPEV). Evolução do volume
de embalagens vazias de agrotóxicos entregues nas unidades
de recebimento do país para destinação final (kg).
Disponível em:
www.inpeV.org.br/destino_embalagens/estatisticas/br/teEsta
tisticas.asp
Gan, E.V. Lau, H.K. Remediation of soils contaminated
with polycyclic aromatic hydrocarbons. Department of
Chemical and Environmental Engineering, The University
of Nottingham Malaysia Campus, JalanBroga.
JournalofHazardousMaterials, Ed. 172, p. 532-549, 2009.
Sbano, A. S.; Fereira, J. V. R.; Peckle, B. A.; Macrae, A.;
Direito, I. C. N.; Otimização de método cromatográfico para
quantificação do herbicida ácido 2,4-diclorofenoxiacético
(2,4-D). AS&T, Vol1, nº 2, 2013.
91
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Efeitos de inibidores de histonas acetiltransferases na proliferação,
viabilidade e ciclo celular do Trypanossoma cruzi Fernanda Pereira Bortolami (IC)*, Aline Araujo Zuma (PQ) , Maria Cristina M. Motta (PQ)
1 Laboratório de Ultraestrutura Celular Hertha Meyer, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho,
UFRJ. febortolami@gmail.com
Palavras-chaves: Trypanossoma cruzi, acetiltransferase, inibidor.
Introdução
Os tratamentos usados na doença de Chagas,
causada pelo Trypanosoma cruzi, são
geralmente capazes de curar a infecção aguda,
mas não são tão eficientes na fase crônica. A
maioria dos fármacos utilizados provoca efeitos
secundários nos pacientes e por isso existe uma
busca permanente por novos agentes
quimioterápicos contra a doença. Os
tripanossomatídeos apresentam estruturas com
características especiais, como o núcleo, que
sofre mitose fechada e não apresenta a formação
de cromossomos. A cromatina se apresenta mais
compactada ao redor do nucléolo e junto ao
envoltório nuclear, sendo formada por DNA,
histonas e proteínas do tipo não-histonas. A
cromatina se encontra condensada por
nucleossomos, que são formados por um
fragmento de DNA e um octâmero de histonas,
que inclui duas moléculas das histonas H2A,
H2B, H3 e H4. A conformação da cromatina
desempenha um papel importante na
transcrição, na replicação, no reparo e na
recombinação do DNA. O grau de compactação
do DNA é modulado por modificações pós-
traducionais como a acetilação e a metilação das
histonas, que representam fatores epigenéticos.
Em tripanosomatídeos a raridade de fatores de
transcrição canônicos e de sequências de DNA
reguladoras aponta para o controle da expressão
gênica através de modulações destes fatores,
que podem influenciar processos importantes,
como a variação antigênica, a virulência e a
diferenciação celular. No presente estudo
investigamos o efeito do ácido anacárdico e da
curcumina nas formas epimastigotas do T. cruzi.
Estes são dois compostos que têm como alvo
histonas acetiltransferases e que têm atividade
anti-inflamatória, antioxidante, antimicrobiana e
anticarcinogênica em diferentes modelos
animais.
Materiais e Métodos
Para os testes de proliferação, foram realizadas
curvas de crescimento com diferentes
concentrações dos inibidores e ensaios de
viabilidade foram feitos com a técnica do
MTS/PMS. Ambos foram realizados em
triplicata e as respectivas análises estatísticas
feitas através do programa Graphpad prism. Já
os efeitos dos compostos na estrutura e no ciclo
celular foram avaliados por diferentes métodos
de microscopia e por citometria de fluxo,
respectivamente.
Resultados e Discussão
Os resultados obtidos mostraram que ambos
inibidores diminuem o crescimento e a
viabilidade celular, sendo a curcumina mais
eficiente, mesmo quando aplicada em
concentrações mais baixas e tempos menores.
Após 72 horas de tratamento, a curcumina
apresentou um valor de IC50 de apenas 7 µM e o
ácido anacardico apresentou IC50 maior que 100
µM. Estudos por microscopia óptica de
fluorescência revelaram o aparecimento de
padrões celulares atípicos, como protozoários
contendo 2 ou 3 núcleos e apenas um cinetoplasto
(região especializada da mitocôndria que contém
DNA). Os dados obtidos por microscopia
eletrônica de transmissão mostraram alterações
apenas nas células tratadas com curcumina, que
apresentaram descompactação da cromatina
nuclear. Associado a este fato, a citometria de
fluxo indicou parada do ciclo cellular.
Conclusões
Juntos, estes dados sugerem que inibidores de
histonas acetiltransferases podem ser usados em
tratamento contra tripanossomíases e também no
estudo da biologia celular destes parasitas. Agradecimentos: FAPERJ e CNPq.
Referências
1-Alsford S, Horn D. Trypanosomatid histones. Mol Microbiol, 2: 365-
72, 2004. COURA, J.R. & CASTRO, S.L. A critical review on Chagas’
Disease chemotherapy. Mem Inst Oswaldo Cruz, 97: 3-24, 2002.
2-Azad, GK, Singh V, Golla U, Tomar RS. Depletion of Cellular Iron
by Curcumin Leads to Alteration in Histone Acetylation and
Degradation of Sml1p in Saccharomyces cerevisiae.March 2013 |
Volume 8 | Issue 3 | e59003, 2013.
3-De Souza, W. Basic cell biology of Trypanosoma cruzi. Curr Pharm
Des, 8: 269- 285, 2002.
4- Do Campo, R.; De Souza, W.; Miranda, K.; Rohloff, P.; Moreno,
S.N.J. Acidocalcisomes – conserved from bactéria to man. Nat Rev
Microbiol, 3: 251-261, 2005.
5- Jansen CJ, Fernandez JP, Deng H, Diaz R, Hake SB, Cross GA.
Unusual histone modifications in Trypanosoma brucei. FEBS Lett.
580:2306-10, 2006.
Joe B, Vijaykumar M, Lokesh BR. Biological properties of
curcumincellular and molecular mechanisms of action. Crit Rev Food
Sci Nutr 44: 97–111, 2004.
6- Liu HL, Chen Y, Cui Gh, Zhou JF. Curcumin, a potent anti-tumor
reagent, is a novel histone deacetylase inhibitor regulating B-NHL cell
line Raji proliferation. Acta Pharmacol Sin 26: 603–609, 2005.
7- Legartova S, Stixova L, Strnad H, Kozubek S, Martinet N, Dekker
FJ, Franek M, Bartova E. Basic nuclear processes affected by histone
acetyltransferases and histone deacetylase inhibitors. Epigenomics.
5:379-396, 2013.
92
“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Avaliação da Qualidade da Água da Baía de Sepetiba Próximo aos
Canais Dom Pedro-Guandu, do Itá e do São Francisco Fernanda Souza da Silva (IC)¹* e Marise Costa de Mello (PQ)
1
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, UEZO – Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
marise.cm@gmail.com
Palavras-chaves: Baía de Sepetiba, água, qualidade, poluição.
Introdução
A Baía de Sepetiba, localizada na região
metropolitana do Rio de Janeiro/Brasil, é uma
baía de águas salinas e salobras que sofre
impactos em decorrência do desenvolvimento
econômico/industrial e o crescimento demo-
gráfico. Portos e indústrias próximas contribu-
em com os impactos causados sobre o
ecossistema deste local¹. Além disso, os rios que
desembocam nesta baía já chegam com uma
carga de poluentes significante². Tendo em vista
levantar dados sobre os danos sofridos pela
baía, o presente trabalho tem como proposta
analisar a qualidade da água em três pontos da
Baía de Sepetiba próximos ao Canal do São
Francisco (Ponto 1), Canal Dom Pedro-Guandu
(Ponto 2) e Canal do Itá (Ponto 3).
Materiais e Métodos
As análises de pH, salinidade, oxigênio
dissolvido, temperatura e turbidez da água da
Baía de Sepetiba, nos três pontos citados
anteriormente, foram realizadas in loco. Para as
análises de DQO e condutividade, as amostras
da água foram coletadas com garrafas de vidro
âmbar e conservadas em gelo até serem
realizadas no Laboratório de Biotecnologia
Ambiental da UEZO. Análise de metais pesados
serão realizadas em parceria com Companhia de
Recursos Minerais (CPRM) usando a técnica de
espectrometria de emissão atômica. As coletas
foram realizadas nos meses de Junho, Julho e
Setembro de 2016 e outras estão previstas para
Outubro, novembro e Dezembro do mesmo ano.
Resultados e Discussão
A Tabela 1 mostra os resultados das análises de
pH,salinidade, oxigênio dissolvido, temperatura,
turbidez, DQO e condutividade. Dentre esses
parâmetros, apenas o pH e oxigênio dissolvido
apresentam valores de referência de acordo com
Resolução No 357/2005 do CONAMA³
(Conselho Nacional do Meio Ambiente) para
águas salinas classe 3. Esses valores são de 6,5 a
8,5 para pH e de igual ou acima de 4mgO2/L
para oxigênio dissolvido. Os demais parâmetro
foram realizados, pois contribuem também na
avaliação da qualidade da água. Tabela 1: Parâmetros físico-químicos obtidos para
águas da Baía de Sepetiba
Parâmetros Jun.
2016
Jul.
2016
Set.
2016
Temperatura Ponto 1
(ºC) Ponto 2
Ponto 3
21,2
20,8
20,6
19,8
19,8
19,2
22,0
22,2
22,3
pH Ponto 1
Ponto 2
Ponto 3
6,5
6,5
7,0
7,8
6,5
5,8
7,1
7,4
7,4
Salinidade Ponto 1
(‰ ) Ponto 2
Ponto 3
17
23
30
14
25
25
26
20
5
Turbidez Ponto 1
(NTU) Ponto 2
Ponto 3
6,58
8,27
11,35
11,40
15,10
18,54
4,90
5,15
9,80
O2 dissolvido Ponto 1
(mg/L) Ponto 2
Ponto 3
6,86
7,55
8,90
7,08
6,45
7,00
7,24
8,24
5,19
Condutividade Ponto 1
(mS/cm ) Ponto 2
Ponto 3
18,14
25,00
32,70
10,03
18,90
18,40
28,00
25,80
14,60
DQO Ponto 1
(mg O2/L) Ponto 2
Ponto 3
26,8
152,5
85,3
17,7
69,3
76,8
-
-
-
Conclusões
Os resultados obtidos para pH e oxigênio
dissolvido encontram-se dentro dos valores esta-
belecidos pela Resolução citada do CONAMA.
As variações observadas para os demais
parâmetros podem estar associadas a fatores
como nível da maré durante a coleta e períodos
chuvosos próximo a esta. Agradecimentos: Ao Instituto Boto Cinza e CPRM
pela parceria na presente pesquisa.
Referências
1. SILVA FILHO, L. C. R. Análise da gestão costeira em baías: o
caso da Baía de Sepetiba. Tese, Programa de Pós-graduação em
Planejamento Energético, COPPE, da Universidade Federal do Rio
de Janeiro. 2015.
2. MOREIRA, V. H. Monitoramento da qualidade das águas dos
Rios Guandu do Sena, Prata do Mendanha e Guandu-Mirim.
Monografia, Centro Universitário da Zona Oeste, 2015.
3. RESOLUÇÃO No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 Publicada
no DOU nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63 Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>
Acesso em 29/09/2016.
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Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Evidência Sorológica e Molecular de Infecção por Hepadnavírus
em Cavalos do Rio de Janeiro
1Flávia Freitas de Oliveira (IC);
1Yasmine Rangel Vieira (PG);
2Débora Regina Lopes dos
Santos (PQ); 3Luana Ávila Giorgia Dimache (PG);
3Fernando Queiroz de Almeida (PQ);
1Marcelo Alves Pinto (PQ);
1Vanessa Salete de Paula (PQ).
1Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia, Instituto Oswaldo Cruz - IOC, FIOCRUZ, Rio de
Janeiro - RJ. 2Laboratório de Viroses Veterinárias, Departamento de Microbiologia Veterinária e Imunologia, Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ, Seropédica - RJ. 3Departamento de Medicina e Cirurgia, Instituto de Veterinária - UFRRJ, Seropédica – RJ.
Email: flavia.oliveira@ioc.fiocruz.br
Palavras-chaves: Infecção, Hepadnavírus, Cavalos.
Introdução
Animais silvestres estão envolvidos na
circulação de zoonoses, atuando como
reservatórios para transmissão de agentes
patogênicos para animais domésticos e para o
homem (VIEIRA et al., 2015) Dentre os agentes
zoonóticos estudados, podemos citar um dos
membros da família Hepadnaviridae, o vírus da
Hepatite B (HBV) (GRIMM et al., 2011;
PATIENT et al., 2009).. O objetivo desse
projeto é avaliar a circulação de um vírus
similar ao vírus da hepatite B em cavalos da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
(UFRRJ).
Materiais e Métodos
No presente trabalho, foram coletadas amostras
de sangue total de 125 animais. Após a obtenção
do soro, análises foram realizadas usando kits
comerciais de ELISA (Biokit®) para os
marcadores sorológicos de hepatite B (anti-HBc
total, HBsAg e anti-HBC IgM), teste rápido
cromatográfico para HBsAg (VIKIA®) e PCR
para as regiões ORF S e ORF C do genoma.
Resultados e Discussão
Os resultados sorológicos foram determinados
através do valor de absorbância (DO) a 450 nm
de acordo com o protocolo do fabricante. Dentre
as amostras analisadas, 5/125 (4%) foram
positivas para o marcador anti-HBc total, e
5/125 (4%) foram positivas para o marcador
HBsAg. Nenhuma amostra apresentou resultado
positivo no teste rápido de HBsAg e na
sorologia para o marcador anti-HBc IgM. Na
análise molecular, nenhuma amostra foi positiva
para as regiões ORF S ou ORF C. Os resultados
sorológicos para anti-HBc total e HBsAg
sugerem a circulação de um vírus similar ao
vírus da hepatite B em cavalos. Na figura 1,
apresenta o fluxograma do projeto. Na figura 2,
apresenta os resultados sorológicos.
Figura 1
Figura 2
Conclusões
Os resultados sorológicos para anti-HBc total e
HBsAg sugerem a circulação de um vírus
similar ao vírus da hepatite B em cavalos.
Agradecimentos: Ao Centro Universitário Estadual
da Zona Oeste (UEZO), à Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e à Fundação Carlos Chagas Filho de
Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
(FAPERJ).
Referências
Vieira YR et al. Serological and molecular evidence of
hepadnavirus infection in swine. Ann Agric Environ Med
2015.
Grimm D, Thimme R, BLUM HE. HBV life cycle and novel
drug targets. Hepatol Int. 5(2): 644–653, 2011.
Patient R, Hourioux C, RoingeardD P. Morphogenesis of
hepatitis B virus and its subviral envelope particles. Cell
Microbiol. 11(11): 1561–1570, 2009.
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Bioprospecção de Plantas da Família Myrtaceae Produtoras de Óleos
Essenciais com Atividade Bactericida contra Pseudomonas aeruginosa
e Burkholderia cenocepacia.
Gabriele Marques (IC)¹*, Juliana Succar (PG)
1,2, Cristiane P. Victório (PQ)
1,2, Maria Cristina de
Assis (PQ)1,2
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
2 Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
* gabi.mp@live.com; mcassis@ig.com.br
Palavras-chaves: Óleos essenciais. Atividade bactericida. Pseudomonas aeruginosa. Burkholderia cenocepacia.
Introdução
A fitoterapia e uso de plantas medicinais
contribuem de forma significativa no tratamento
de diversas enfermidades. Acredita-se que os
benefícios gerados por tais plantas estejam
relacionados aos óleos essenciais, que têm sido
reconhecidos por sua atividade antibacteriana,
antifúngica, antiviral, inseticida e por suas
propriedades antioxidantes1. O interesse nestas
substâncias naturais alternativas aumenta a cada
dia a fim de se desenvolver novas terapias e
tratamentos de doenças infecciosas causadas por
microrganismos multirresistentes, como
Burkholderia cenocepacia e Pseudomonas
aeruginosas, responsáveis por altas taxas de
mortalidade em pacientes imunossuprimidos2.
No presente trabalho, avaliou-se a capacidade
bactericida dos óleos essenciais de Eugenia
arenaria, Eugenia selloi, Eugenia astingens,
Neomithanthes obscura e Myrrhinium
atropurpureum contra as cepas de ET-12 de B.
cenocepacia e PAO-1 de P. aeruginosa, cepas
padrões de virulência e resistência a
antimicrobianos.
Materiais e Métodos
A extração dos óleos essenciais foi realizada
utilizando aparelho de Clevenger. Para os
ensaios com as cepas, foram utilizadas a
metodologia da difusão do disco em Agar,
segundo normas do Comitê Europeu para Testes
de Susceptibilidade e Antimicrobianos
(EUCAST). Para o ensaio foram utilizadas as
seguintes concentrações (v/v): 3%, 6% 12%,
25%, 50% e 90% em meio Miller Hinton Broth
(MHB) na presença de 0,5% de Tween 80.
Resultados e Discussão
Os resultados quantitativos demonstraram que o
óleo de E. aerenaria teve atividade bactericida
na concentração de 25%, e os óleos de E.
astringens e M. artropurpureum tiveram
atividade bactericida nas concentração de 50%
para as cepas testadas, enquanto que N. obscura
e E. selloi não apresentaram nenhuma atividade.
Estes resultados nos levam especular que os
óleos essenciais das espécies E. aerenaria,
E.astringens e M. atropurpureum possuem
propriedades bactericidas podendo serem
utilizados como coadjuvantes nas infecções
multiresistentes de P.aeruginosa e B
cenocepacia.
Agradecimentos: Ao Prof. Marcelo da Costa Souza
(Herbário RBR, UFRRJ)
Referências
1. Bakkali, F; Averbeck, S; Averbeck D; Idaomar, M.
Biological effects of essential oils - A review. Food and
Chemical Toxicology, Amsterdam, v. 46, p. 446-475, 2008.
2. Gibson, R.L.; Burns, J.L.; Ramsey, B.W.
Pathophysiology and management of pulmonary infections
in cystic fibrosis. American Journal of Respiratory and
Critical Care Medicine, Nova York, v.168, n.8, p.918–951,
2003.
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Funcionalização com grupos ditiocarbamato em copolímeros de
metacrilato de glicidila e dimetacrilato de etileno glicol e avaliação de
sua atividade antimicrobiana
Albuquerque, H.M.B. (IC) 1*
; Silva, L. A. (PG) 2, Melo, C. F. (PQ)
2, Marques, M. R. C. (PQ)
2, Costa,
L.C. (PQ)
1 Laboratório de Síntese Orgânica Aplicada a Ciências da Saúde- LASOASC, Centro Universitário Estadual da Zona
Oeste, Rio de Janeiro, RJ
2 Laboratório de Tecnologia Ambiental – Labtam, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ
lucianaccunha@yahoo.com.br
Palavras-chaves: copolímeros de metacrilato de glicidila-dimetacrilato de etileno glicol, polímeros antimicrobianos, ditiocarbamato
Introdução
Agentes antimicrobianos de baixa massa
molecular apresentam como principal limitação
a toxicidade residual em água e solo. A
imobilização de agentes antimicrobianos em
matrizes poliméricas vem sendo realizada com a
intenção de superar esse problema. 1 Costa et al.
(2011) 2 ressaltam que, resinas contendo grupos
ditiocarbamato tem sido extensamente avaliadas
como complexantes para íons metálicos,
entretanto a capacidade biocida destas resinas
não tem sido devidamente explorada.
O
presente trabalho tem como objetivo o
desenvolvimento um suporte polimérico a base
de metacrilato de glicidila (MG) e dimetacrilato
de etileno glicol (DEG) funcionalizado com
grupos ditiocarbamato e avaliação da
capacidade biocida deste produto contra
Escherichia coli (bactéria gram-negativa) e
Staphylococcus aureus (bactéria gram-positiva).
Materiais e Métodos
Síntese dos copolímeros MG-DEG
Parâmetros das sínteses:
Resultados e Discussão
Conclusões
Foi possível a obtenção de pérolas de
copolímero MG-DEG de formato esférico e a
introdução de grupos ditiocarbamato a este
suporte.
Foi possível detectar capacidade antimicrobiana
em umas das resinas através do teste de halo.
Agradecimentos: FAPERJ, UEZO
Referências
1 Valle, A.S.S; Costa, L.C.; Marques, M.R.C.; Silva,C.L.P.;
Santa Maria,L.C. Quimica Nova, 2011, 34, 577-583.
2 Costa,L.C.; Marques, M.R.C.; Tiosso.R.B;Cantarim, J. P.;
Merçon, F. Macromolecular Symposia, 2012. 119, 121-128
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Preparação de uma resina de impressão iônica à base de acrilonitrila-
estireno-divinilbenzeno seletiva ao Cádmio
Débora da C. Brito¹*, Ariana Carolina S. Alcovias (PG)¹, Luciana C. da Costa (PQ)1, Mônica Regina da
C. Marques (PQ)2 .
1 Laboratório de Síntese Orgânica - LASO, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO 2Laboratório de Tecnologia Ambiental - LABTAM, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.
* E-mail de contato: deboracosta_95@yahoo.com
Palavras-chaves: Polímero de impressão iônica, Acrilonitrila, Amidoxima e Cádmio.
Introdução
Yang e colaboradores (2009) apontam que a
extração em fase sólida é uma ótima técnica
para pré-concentração de metais pesados em
tratamentos residuais. Algumas vantagens são
destacadas como importantes: simplicidade da
técnica, flexibilidade econômica, tempo de
análise, ótimos fatores de enriquecimento,
ausência de emulsão, baixo custo (por conta
consumo reduzido de reagentes). Segundo
Anirudhan e colaboradores (2014) Polímeros de
Impressão Iônica IIPs são materiais sintéticos
com sítios de reconhecimento gerados
artificialmente capazes de religar
especificamente um íon metálico. A elevada
seletividade de polímeros de impressão iônica
deve-se ao efeito memória do polímero para os
íons de impressão (ZHAI et al., 2007). Os IIPs
podem contribuir para promover a pré-
concentração de metais em ambientes onde
estão pouco concentrados. O cádmio (Cd) é um
metal tóxico que pode ser encontrado em
ecossistemas aquáticos quando é descartado
incorretamente. Em consequência disso, pode-se
haver a bioacumulação desse metal na cadeia
alimentar, causando graves danos á saúde
humana. Nesta perspectiva, o presente trabalho
busca a síntese de uma resina impressa com o
íon Cd2+
, tendo a finalidade de proporcionar a
quantificação desse íon metálico em sistemas
aquáticos.
Materiais e Métodos
O desenvolvimento da resina de impressão
iônica se deu através da formação do complexo
amidoxima/Cd2+
, e posterior reação de
polimerização. A modificação da acrilonitrila
ocorreu pela reação desse monômero com o
cloridrato de hidroxilamina, formando grupos:
amidoxima. A complexação da amidoxima
acontece com a adição de íons Cd2+
,
propiciando a síntese do complexo
amidoxima/Cd2+
. O complexo amidoxima/Cd2+
foi polimerizado com estireno e divinilbenzeno
por polimerização em suspensão aquosa.
Resultados e Discussão
OH Figura 1: Representação esquemática da produção do grupo amidoxima.
Figura 2: Espectro FTIR do produto de reação entre acrilonitrila e cloridrato de hidroxilamina.
A principal observação é a presença da banda
em 1665 cm-1, presente no complexo e ausente
no espectro de FTIR do monômero, atribuída a
δ -C=N, indicando a presença dos grupos
amidoxima.
MEV:
Conclusões
Foi possível preparar o complexo amidoxima/Cd2+ e
polimerizá-lo com os monômeros estireno e
divinilbenzeno para a produção de um Polímero de
Impressão Iônica. As caracterizações físico-quimicas deste IIP e seletividade frente ao íon Cd2+ estão
sendo realizadas.
Agradecimentos: UEZO, FAPERJ.
Referências
1. Yang, G. et al. Study on solid phase extraction and
graphite furnace atomic absorption spectrometry for the
determination of nickel, silver, cobalt, copper, cadmium and
lead with MCI GEL CHP 20Y as sorbent. Journal of
Hazardous Materials, n. 162, p 44–49, 2009.
2. Anrudhan, T. S. et al. Adsorption and separation
behavior of uranium(VI) by 2 4-vinylpyridine-grafted-
vinyltriethoxysilane-cellulose ion imprinted polymer Journal
of Envi-ronmental Chemical Engineering, n. 465, p 1-10,
2014.
3. Zhai, Y. et al. Selective solid-phase extraction of trace
cadmium(II) with an ionic imprinted polymer prepared from
a dual-ligand monomer. Analytica Chimica Acta, n. 593, p.
123–128, 2007.
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Efeitos in vitro de novos compostos metalocomplexos de ferro no
crescimento de epimastigotas de Trypanosoma cruzi
Felipe F. Moreira(IC)¹*; Juliana A. Portes(PQ)²; Nathália F. Azeredo(PQ)³; Christiane
Fernandes(PQ)³; Adolfo Horn Jr(PQ)³; Renato Augusto DaMatta(PQ)³; Wanderley de Souza(PQ)²;
Sérgio H. Seabra(PQ)¹.
¹Laboratório de Tecnologia em Bioquímica e Microscopia - LTBM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste;
²Laboratório de Ultraestrutura Celular Hertha Meyer, Universidade Federal do Rio de Janeiro; ³Laboratório de
Biologia Celular e Tecidual - LBCT, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.
* felipefmoreira91@gmail.com
Palavras-chaves: Doença de Chagas; Metalocomplexos; Trypanosoma cruzi.
Introdução
A doença de Chagas é uma doença tropical
negligenciada causada pelo protozoário parasita
Trypanosoma cruzi, e é um problema de saúde
pública importante na América Latina afetando
cerca de 8 milhões de indivíduos e 60 milhões
vivem sob o risco de contaminação¹. A terapia
disponível para esta doença é baseada em dois
nitro-heterocíclicos, Nifurtimox e Benznidazol,
que apresentam efeitos colaterais graves,
incluindo a resistência, a ineficiência na fase
crônica da doença, efeitos citotóxicos graves e
eficácia variável². Portanto, são urgentemente
necessários novos medicamentos. Alguns
relatos na literatura demonstram que compostos
de coordenação podem ser uma alternativa
interessante para a terapia antiparasitária contra
Leishmania spp., Toxoplasma gondii e
Trypanosoma cruzi³. Aqui testamos o efeito in
vitro dos compostos de ferro I e II sobre o
crescimento de epimastigota de Trypanosoma
cruzi (cepa Y).
Materiais e Métodos
Epimastigotas de Trypanosoma cruzi da cepa Y
foram tratados com os compostos em
concentrações que variam de 1 a 100 nM e
quantificados. A quantificação foi feita em
câmara de Neubauer e observada em
microscópio óptico convencional. Para análise
ultraestrutural do parasita foi utilizado o
microscópio eletrônico de transmissão FEI
SPIRIT 120 Kvolts. O potencial de membrana
mitocondrial dos parasitas foi investigado
usando o marcador fluorescente JC-1, que é um
marcador mitocondrial catiônico lipofílico e sua
concentração indica a viabilidade nas
mitocôndrias em resposta ao potencial de
membrana e em seguida foram analisados
utilizando o microscópio confocal de varredura
a laser Zeiss LSM-710.
Resultados e Discussão
O composto I apresentou um valor de IC50 de
4,14 nM e 4,81 nM, após 72 e 120 h de
tratamento, respectivamente. O composto II
apresentou o valor de IC50 de 4,71 nM e 7,82
nM para os mesmos tempos de tratamento.
Análise ultraestrutural dos parasitas após o
tratamento com o composto II, mostrou que a
mitocôndria do parasita apresentou alterações
nas cristas, com inchaço e disposição anormal
em torno do cinetoplasto. Imagens confocais
com o marcador JC-1 mostraram que após o
tratamento com ambos os compostos o parasita
perde o potencial de membrana mitocondrial. O
próximo passo será analisar ainda mais o efeito
destes compostos, especialmente do composto I,
sobre a ultraestrutura do parasita a fim de
investigar mais a fundo o tipo de morte celular e
o mecanismo de ação dos compostos.
Conclusões
Estes resultados mostraram que os compostos
metalocomplexos estudados são ativos contra
epimastigotas de Trypanosoma cruzi e
apresentam valores de IC50 baixos em ambas as
drogas, afetando a mitocôndria do parasita, uma
organela essencial para a sua sobrevivência.
Evidenciamos neste trabalho que estes
compostos apresentam chances reias para se
tornarem possíveis alternativas para o
tratamento contra a doença de Chagas. Agradecimentos: FAPERJ, CNPq e CAPES.
Referências
1. WHO (2015) Chagas disease (American
trypanosomiasis). Fact Sheet Nº: 340: 1-4.
2. Coura JR, Borges-Pereira, J (2011) Memórias do Instituto
Oswaldo Cruz 106: 641.
3. Portes JA, Netto CD, Da Silva AJM, Costa PRR, Damatta
RA, Dos Santos TAT, De Souza W, Seabra SH (2012) A
new type of pterocarpanquinone that affects Toxoplasma
gondii tachyzoites in vitro. Veterinary Parasitology, 186:
261-269.
98
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Identificação taxonômica e caracterização morfológica de isolados
bacterianos oriundos do solo de rizosfera de chicória
(Cichorium endivia L.)
Edson M. da Costa Moura (IC)1*, Juliana Succar (PG)
1,2, Vinicius Ribeiro Flores (PG)
1,3, Ida
Carolina Neves Direito (PQ)1.
1Laboratório de Pesquisa em Biotecnologia Ambiental – LPBA, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de
Janeiro, RJ; 2Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental – PPGCTA, Centro Universitário
Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 3Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, Duque de Caxias, RJ.
<idacarolina@uezo.rj.gov.br>
Palavras-chaves:Taxonomia, Teste bioquímico, análise morfo-tintorial.
Introdução
A intensificação do cultivo em terras férteis e a
expansão das fronteiras agrícolas para áreas
pouco produtivas, são resultado da alta demanda
de alimentos que acompanhou a explosão
demográfica1. Historicamente, a produção
agrícola no Brasil está baseada no uso de
pesticidas com o intuito de controlar problemas
na produção, estando associado o aumento da
produção ao uso desses compostos1. Dentre as
culturas de hortaliças pode-se destacar a cultura
da chicória cultivada na região sul e
comercializada nas regiões sul e sudeste do
pais2. O controle das pragas, das doenças e das
plantas daninhas nas plantações são asseguradas
pelo uso dos pesticidas, promovendo a
produtividade e a qualidade aos produtos. Nas
lavouras do Brasil, o herbicida mais utilizado é
o ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D)3.
Todavia, o uso indiscriminado de pesticidas
pode levar a contaminação do solo e das águas
subterrâneas. Formas de remediar os resíduos
desses compostos tem sido bastante estudadas,
uma vez que se tem conhecimento de
microrganismos capazes de degradarem
pesticidas, entre eles o ácido 2,4-D. Com base
nisso, foi realizada a bioprospecção de bactérias
com capacidade de degradação do herbicida 2,4-
D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético) do solo da
rizosfera de chicória (Cichorium endivia L.). O
objetivo deste trabalho foi realizar a
identificação taxonômica e a caracterização
morfológica dos isolados bacterianos CH11 e
CH12 oriundos da rizosfera de chicória.
Materiais e Métodos
A identificação das colônias foi realizada com o
auxílio de um microscópio estereoscópio e
fotografadas com câmera Moticam (Motic),
facilitando a comparação entre as colônias do
isolados. As características morfológicas das
células foram analisadas ao microscópio óptico
após a coloração de gram. A identificação
taxonômica foi feita pelo sistema VITEK®2
Compact.
Resultados e Discussão
Os isolados CH11 e CH12 são cocos gram
positivos. Suas colônias são arredondadas,
esparramadas e com bordas irregulares. Embora
ambos tenham apresentado características
morfológicas semelhantes, o Sistema VITEK®2
Compact não os identificou como sendo da
mesma espécie. O isolado CH12 foi identificado
como Kocuria kristinae (89%), enquanto que o
isolado CH11 não obteve identificação frente ao
banco de dados do sistema.
Conclusões
Apesar dos dados morfológicos terem
apresentado resultados semelhantes, os isolados
bacterianos estudados apresentam metabolismo
diferenciado.
Agradecimentos: FAPERJ.
Referências
1.Veiga, M. M. Agrotóxicos: Eficiência econômica e injustiça socioambiental, 2007. Disponível em < redalyc.uaemex.mx/pdf/630/63012113.pdf>. Acesso em Setembro de 2016. 2.Steiner, F.; Zoz, T.; Ruppenthal, V.; Echer, M. M. Acúmulo de nitrato e produção de chicória (Cichorium endivia L.)
submetida à adubação nitrogenada sob cultivo protegido. Revista Acadêmica, Ciência Agrária Ambiental. v. 9, n. 1, p. 19-26, 2011 3.IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF): Aquisição domiciliar de hortaliças e distribuição por região geográfica, 2002-2003.
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em Setembro de 2016.
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Desenvolvimento de Compostos Ionóforos para complexação específica
com o cátion Na+
Jean Matheus P. Lourinho (IC)1;Leonardo M. Costa (PQ)
1,2
1Unidade de Farmácia, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-UEZO, Rio de Janeiro, RJ
2Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-
UEZO, Unidade de Farmácia, Rio de Janeiro, RJ
Palavras-chaves: Cátion Na+, Compostos Ionóforos, Afinidade Química
Introdução
Interações químicas entre metais alcalinos e
ligantes monodentados possuem importante
aplicação nos campos da bioquímica e
química de coordenação. O elemento químico
sódio está intrinsecamente relacionado a uma
série de processos endógenos que corroboram
com a manutenção da homeostasia do
organismo. O cátion Na+ é vital na
despolarização das membranas plasmáticas
celulares para ocorrência do potencial de
ação de impulsos nervosos, adequada ação
enzimática, no tratamento de hipotensão
arterial, no equilíbrio hidroeletrolítico e
ácido-base do organismo. As principais vias
de contato com o sódio são por meio da
ingestão de água e alimentos. O
desbalanceamento de sódio no organismo
pode gerar diversas disfunções metabólicas
devidas a inadequada concentração
hidroeletrolítica. O excesso de sódio está
diretamente correlacionado com hipertensão,
inchaço dos nervos e edema cerebral.
Fármacos denominados ionóforos possuem
alta taxa de ligação a determinados cátions
metálicos facilitando seu transporte intra e
extra celular. Esses medicamentos possuem
uma estrutura lipídica apolar com grupos
funcionais polares voltados para um espaço
interior onde os cátions metálicos
são armazenados. A interação dessas
moléculas com o cátion metálico aumenta a
hidrossolubilidade do aduto formado,
facilitando a sua eliminação do organismo.
Com base nessa metodologia o objetivo do
presente estudo é desenvolver moléculas
capazes de complexar especificamente com o
cátion Na+, de fluidos biológicos, visando sua
posterior eliminação do organismo para
tratamento de distúrbios do excesso de sódio.
Materiais e Métodos
Os cálculos de otimização de geometria e de
energias serão realizados com o funcional
B3LYP e a base 6-311++G(d,p).
Resultados e Discussão
A pesquisa ainda está sendo realizada,
sendo assim os resultados ainda não foram
obtidos.
Conclusões
A pesquisa ainda está em curso.
Referências
Dutra, M. J., 2002, Influência das AnticoccidIanos
Ionóforos Sobre o Grau de Umidade no Músculo
Peitoral de Frangos de Corte. Dissertação de M. Sc., UFPR, Curitiba, PR, Brasil
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Biorremediação de Zinco Utilizando Fungos Filamentosos
Jennifer Fernandes Rocha (IC)1*
, Judith Liliana Solórzano Lemos (PQ)1.
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
* Rochajf93@gmail.com
Palavras-chaves: Biorremediação; Zinco; Fungos; Efluentes.
Introdução
As atividades antropogênicas são os principais
meios de contaminação ambiental por metais
pesados.1 O zinco está na lista dos metais
poluentes. Em sua forma metálica ele não
apresenta nenhum risco biológico, porém, ele
pode reagir com outras substâncias químicas,
como ácidos e oxigênio, e formar compostos
potencialmente tóxicos. Os métodos clássicos
utilizados para remoção de metais acabam
sendo falhos por deixarem rejeitos de
tratamento oneroso.2 A biossorção é uma nova
tecnologia que utiliza organismos capazes de
transformar e/ou bioacumular compostos
químicos, tem baixo custo e permite recuperar a
espécie metálica, vem sendo utilizada no lugar
dos métodos clássicos ou complementa-os.3
Estudos foram feitos a partir da utilização de
bactérias, microalgas, vegetais microscópicos,
gramíneas, plantas aquáticas, cascas, bagaços e
sementes,4 porém este trabalho visou a
utilização de quatro linhagens de fungos
filamentosos que possuem um bom potencial
metabólico.
Materiais e Métodos
Foram utilizadas quatro linhagens fúngicas
(Aspergillus niger, Aspergillus versicolor,
Penicillium chrysogenum e Penicillium
corylophillum) que foram cultivadas em tubos
inclinados com meio BDA e seus conídeos, que
haviam sido suspensos, foram inoculados em
meio para sorção de zinco com pH = 4,0
juntamente com um dos três açúcares diferentes
(maltose, xilose e galactose). Testes foram
realizados tanto em biomassa ativa quanto
inativa.
Resultados e Discussão
Todos eles tiveram seu valor Q calculado. O
valor q representa quantos miligramas de metal
foram removidos por grama de biomassa
fúngica, para isso foi medido o peso seco do
fungo. O Aspergillus versicolor foi o que se
mostrou mais eficiente no uso de sua biomassa
inativa utilizando o açúcar xilose como fonte de
carbono. Ele apresentou um valor Q maior do
que o esperado (seu valor Q foi equivalente a
370,34). Além disso, ele tem apresentado
resultados positivos na tentativa de recuperação
da espécie metálica, ainda em andamento.
Conclusões
Conclui-se, com os resultados obtidos até agora,
que o Aspergillus versicolor quando cultivado
em xilose como fonte de carbono é o melhor
biossorvente (biomassa inativa), dentre os
outros fungos utilizados no experimento. Os
resultados referentes ao experimento feito com
ele, indicam valor Q equivalente a 370,34 com
biomassa inativa contra 217,28 mg de metal/g
de biomassa fúngica utilizando a biomassa
ativa. Estudos para recuperação metálica estão
sendo feitos e foi notado que é possível a
recuperação de Zn quando utilizamos valores
referentes ao pH ácido.
Agradecimentos: Gostaria de agradecer ao CNPq
por ter financiado nossa pesquisa por dois anos seguidos e ajudado-nos a chegar a esses resultados.
Agradeço também à minha orientadora Judith Liliana
Solórzano Lemos por toda assistência e
aprendizagem. E finalmente, à UEZO, minha instituição de ensino, pelo espaço cedido à nós para
tal feito que nos é tão importante.
Referências
1. Akar, T.; Tunali, S. Biosorption characteristics of
Aspergillus flavus biomass for removal of Pb(II) and Cu(II)
ions from an aqueous solution. Bioresource Technology, v.
97, n. 15, p. 1780–1787, 2006.
2. Cañizares-Villanueva, R. O. (2000). Biosorción de
metales pesados mediante el uso de biomasa
microbiana. REVISTA LATINOAMERICANA DE
MICROBIOLOGIA-MEXICO-, 42(3), 131-143.
3. Gomes, L. M. B. (2000). Remoção do cádmio de soluções
aquosas utilizando fibra de coco da baia visando o
tratamento de efluentes (Doctoral dissertation, tese de
doutorado UFRJ).
4. Esposito, A., Pagnanelli, F., Lodi, A., Solisio, C., &
Veglio, F. (2001). Biosorption of heavy metals by
Sphaerotilus natans: an equilibrium study at different pH
and biomass concentrations. Hydrometallurgy, 60(2), 129-
141.
101
“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
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Avaliação Farmacológica e Toxicológica do Efeito do Clotrimazol em
Modelo de Endometriose *Erika Menezes de Mendonça
1; Jamila Perini (PhD)
1,2; Karina Baptista(Ms)
1,2; Jessica
Alessandra-Perini (Ms) 1,2
; Patrícia Zancan (PhD)3 Daniel Escorsim Machado (PhD)
1.
1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste; 2Programa de
Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Osvaldo Cruz; 3Laboratório de Oncobiologia Molecular, Universidade Federal do Rio de Janeiro
*menezesserika@gmail.com
Palavras-chaves: Endometriose;clotrimazol; angiogênese
Introdução
A endometriose se caracteriza pela presença de
tecido endometrial fora da cavidade uterina e
pode ser associada com diferentes doenças
malignas. Uma das alterações no microambiente
dessa doença é o surgimento de novos vasos
sanguíneos ao redor das lesões, o que é
necessário para o estabelecimento e
desenvolvimento da doença. Até o presente
momento, não existe um medicamento que cure
a endometriose. Portanto, a utilização de
substâncias antiangiogênicas pode ser uma nova
opção terapêutica para a endometriose. O
clotrimazol (CTZ) é um derivado imidazol que
possui ação fungistática e tem sido utilizado na
inibição da proliferação de células endoteliais
vasculares. O objetivo deste estudo é avaliar o
efeito farmacológico e a toxicidade do
clotrimazol em modelo experimental de
endometriose.
Materiais e Métodos
Este projeto foi aprovado pelo CEUA de UEZO
(09/2014). A endometriose foi induzida e
implantada em doze ratas Wistar. Após o
estabelecimento do implante de endométrio
autólogo na cavidade peritoneal, as ratas foram
divididas aleatoriamente em grupos controle e
tratado com CTZ (0,02 g / ml / dia) por 15 dias.
Após o tratamento foram realizadas as análises
macroscópica, histológica, imunohistoquímica
(VEGF e FLK), citometria de fluxo (macrófagos
ativos F4-80 / MAC2+), análise hematológica e
bioquímica, dosagem de NO e ELISA (VEGF e
PGE2).
Resultados e Discussão
Após 15 dias de indução as lesões
endometrióticas foram observadas em 100% dos
animais. Após o tratamento, a análise
histológica indicou principalmente atrofia e
regressão da lesão nos grupos tratados com
CTZ, assim como uma diminuição na
distribuição do VEGF, VEGFR2 e no número
de macrófagos ativos. Além disso, o grupo
tratado com CTZ apresentou uma baixa
concentração nos níveis de prostaglandina E2 e
de VEGF. Observamos também uma redução na
porcentagem de linfócitos no grupo tratado com
CTZ. Nas análises toxicológicas não foi
observada diferença macroscópica (peso dos
animais, peso/tamanho do fígado), bioquímica
(glicemia, insulina, função hepática TGO/TGP)
e hematológica entre os grupos controle e
tratado com CTZ.
Conclusões
Em virtude da ausência de um tratamento
farmacológico eficaz no tratamento da
endometriose, nosso grupo trabalha testando
diversas substâncias que possam erradicar as
lesões endometrióticas. Nesse contexto, nossos
resultados sugerem que o CTZ é uma promessa
de tratamento farmacológico para endometriose,
já que foi efetivo na redução das lesões, sem
provocar efeitos adversos. Nossos resultados
sugerem que este medicamento seja testado em
estudos clínicos com pacientes portadoras de
endometriose.
Agradecimentos: FAPERJ
Referências
1. Abrao MS, Neme RM, Carvalho FM, Aldrighi JM, Pinotti
JA. Histological classification of endometriosis as a
predictor of response to treatment. Int J Gynecol Obstet.
2003 Jul; 82(1):31-40.
2.Machado DE, et al., A selective cyclooxygenase-2
inhibitor suppresses the growth of endometriosis with an
antiangiogenic effect in a rat model. Fertil Steril, v.93,
p.2674-2679, 2010.
3.Crowley, PD; Gallagher, HC, et al. Clotrimazole as a
pharmaceutical: past, present and future. Journal of Applied
Microbiology, v. 117, p. 611-617, 2014.
4. Machado DE, Palumbo-Junior A, Santos JM, et al. A
GFP endometriosis model reveals important morphological
characteristics of the angiogenic process that govern benign
and malignant diseases. Histol Histopathol, v. 29, n. 7, p.
903-912, 2014.
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Análise Microbiológica dos Rios Guandu do Sena, Rio Prata do
Mendanha e Guandu Mirium
Jessica F.S. Lourenço (IC) 1*
, Marise C Mello (PQ) 1.
1Laboratório de Biotecnologia Ambiental –LBA , Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ. *Jessicafelizarda@gmail.com > <marise.cm@uezo;rj.jov.br>
Palavras-chave: Água, Sub-bacia do Guandu Mirim, Monitoramento, Análises Microbiológicas
Introdução
Segundo relatório do SEMAD (atual INEA) de
2001, a sub-bacia do Rio Guandu Mirim
apresenta suas águas poluídas devido ao
lançamento de resíduos domésticos e
industriais. Além disso, existem populações que
vivem a margem desse rio e que podem estar
sujeitas à riscos de saúde tanto por entrar em
contato com os resíduos lançados pelas
indústrias quanto pela falta perceptível de um
saneamento básico adequado. Dessa forma, o
presente trabalho teve como objetivo analisar a
qualidade microbiológica das águas dos
principais rios que compõem a sub-bacia do Rio
Guandu Mirim
Materiais e Métodos
As amostras foram coletadas durante 9 meses,
em quatros pontos:
- Ponto 1: no Parque Natural Municipal da
Serra do Mendanha (PNM) - no município do
Rio de Janeiro;
- Ponto 2: no Distrito Industrial de Campo
Grande- no município do Rio de Janeiro;
- Ponto 3: na rodovia BR 465 (Antiga Estrada
Rio- São Paulo) - município Nova Iguaçu ;
- Ponto 4: Na avenida João XXIII em Santa
Cruz- município do Rio de Janeiro;
A metodologia utilizado na análise microbio-
lógica da água foi a técnica do Número mais
provável (NMP), Figura 1.
Resultados e Discussão
A Figura 2, mostra os resultados obtidos para
as análises microbiológicas das águas dos 4
pontos avaliados nesse trabalho.
Figura 2: Resultado do teste confirmativo e
caldo verde brilhante bile 2%.
Conclusões
Os resultados obtidos quando comparados aos
valores permitidos pela legislação vigente
(CONAMA 357/05), indicam que as águas dos
4 pontos estudados apresentam valores para
coliforme totais e fecais acima do recomendado
e portanto com um padrão microbiológico
inadequado.
Agradecimentos: Ao gerente do PNM João
Galdino e ao pescador Antônio Carlos Pacheco
de Jezus, por colaborarem com a presente
pesquisa.
Referências
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional
do Meio Ambiente - CONAMA. Resolução 357.
Brasília,2005. 23 p. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/
conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em : 02 outubro de
2015.
SEMADS - Secretaria do Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável do Estado do Rio de
Janeiro.2001. Bacias Hidrográficas e Recursos Hídricos da
Macroregião Ambiental 2 - Bacia da baía de Sepetiba. Rio
de Janeiro.
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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Estudo do potencial anti-inflamatório do extrato de Euterpe oleraceae
em modelo experimental de endometriose
Kariny G.Pereira (IC)
1,2*; Karina C. Rodrigues-Baptista (PQ)
1,2,5; Jessica Alessandra-Perini
(PQ)1,2,5
;Roberto S. de Moura(PQ)3; Thiago A. Santos(PQ)
4; Jamila Perini (PQ)
1,2; Daniel E.
Machado(PQ)1,2
¹Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas – LaPesF, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio
de Janeiro, RJ; 2Laboratório de Pesquisa em Análises Clínicas – LaPAC, Centro Universitário Estadual da Zona
Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 3Departamento de Farmacologia e Psicobiologia – Instituto de Biologia Roberto
Alcântara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ; 4Laboratório de Tecnologia em Cultura de Células – LTCC, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro; RJ. 5 Programa de Pós-
Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ, RJ, Brasil; karinygomespereira@hotmail.com
Palavras-chaves: Endometriose, Euterpe oleracea, inflamação.
Introdução
A endometriose é uma doença inflamatória
caracterizada pelo crescimento de tecido
endometrial em localização extrauterina1. Os
tratamentos medicamentosos disponíveis só
podem ser usados por um curto período por
causa dos efeitos adversos graves e mesmo com
o tratamento cirúrgico, que é mais eficaz, as
lesões podem recorrer de 3-5 anos após a
remoção2. Assim, é de grande relevância clínica
o desenvolvimento de novas alternativas
terapêuticas para o tratamento da endometriose.
Nosso grupo já vem estudando os benefícios do
açaí com comprovada atividade farmacológica
anti-inflamatória, antioxidante e
antiproliferativa. Nesse contexto, o objetivo do
trabalho é estudar o efeito farmacológico do
açaí em modelo experimental de endometriose.
Materiais e Métodos
O projeto foi aprovado pelo CEUA Nº 09/2014
da UEZO. Utilizamos ratas wistar (n = 20) e
estabelecemos um modelo experimental de
endometriose a partir do transplante autólogo de
fragmentos de endométrio na cavidade
peritoneal. Após 15 dias de estabelecimento, as
lesões foram observadas mediante análise
macroscópica, em seguida, os animais foram
distribuídos aleatoriamente em dois grupos:
tratados com 0,02g de Euterpe oleracea (n = 10)
e veículo (n = 10), via gavagem durante 30 dias.
Após o tratamento, analisamos as características
histológicas das lesões, imunomarcação de
VEGF, MMP-9, COX-2, Flk-1 e F4-80, análise
de expressão dos genes KDR, MMP-9, COX-2 e
VEGF, utilizando PCR em tempo real, os níveis
de PGE2 e VEGF por ELISA, o número de
macrófagos ativados utilizando a citometria de
fluxo com F4-80, a dosagem de óxido nítrico
pelo estudo colorimétrico usando o reagente de
Griess.
Resultados e Discussão
Os nossos resultados monstraram uma redução
significativa no tamanho dos implantes tratados
com açaí e nas análises histológicas observamos
principalmente atrofia e regressão das lesões. A
imunomarcação de VEGF, MMP-9, Flk-1,
COX-2 e F4-80 foi menor no grupo tratado,
distribuída no estroma ao redor das glândulas
endometriais. Esses resultados foram
confirmados nos estudos moleculares, sendo
observada uma diminuição da expressão dos
genes avaliados. Também foi observada uma
redução no número de macrófagos ativos, na
concentração de óxido nítrico e nos níveis de
PGE2 e VEGF nos animais tratados com açaí
em comparação ao controle.
Conclusões
Estes resultados confirmam o efeito anti-
inflamatório e antiangiogênico do extrato de
açaí e sugerem o seu uso como uma importante
ferramenta na busca de um tratamento clínico
mais efetivo para a endometriose e com menos
efeitos colaterais
Agradecimentos: Órgãos de fomento que
forneceram auxílio financeiro, como FAPERJ e CNPq.
Referências
1. Galle PC. Clinical presentation and diagnosis of
endometriosis. Obstet Gynecol Clin North Am. 1989; 16:
29-42.
2. Guo SW, Olive DL. Two unsuccessful clinical trials on
endometriosis and a few lessons learned. Gynecol Obstet
Invest. 2007; 64: 24-35.
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Transesterificação de óleos vegetais para produção de biodiesel usando
lipases imobilizadas em poliHIPEs de Estireno-divinilbenzeno Sty-
DVB
Liliana Santos (IC)¹*, Ana Paula Brito (PG)¹, Luciana Cunha (PQ)
1.
1 Laboratório de Tecnologia de Produtos Naturais, Centro universitário Estadual da Zona Oeste.
* Liliana_rj@hotmail.com
Palavras-chaves: Emulsão de levada fase interna; biodiesel; lipase; transesterificação de óleo vegetal
Introdução
O Biodiesel é um combustível adquirido a partir
do processo de transesterificação de óleo ou
gordura estimulada por um catalisador. Em
termos ambientais, o biodiesel é considerado um
combustível limpo, comparado aos derivados do
petróleo. Dentre os catalisadores para a
produção de biodiesel destacam-se as lipases.
As enzimas lipases são obtidas a partir de
leveduras e fungos filamentoso. São capazes de
catabolizar as reações de transesterificação, na
produção de biodiesel, porque possuem elevada
seletividade e especificidade para uma ampla
gama de substratos e reações, sendo utilizada de
forma imobilizada. Emulsões de elevada fase
interna (Hipes) são usadas para a produção de
PoliHIPES, a base de estireno-divinilbenzeno
(Sty-DVB), através da polimerização. È
possível que esta estrutura seja um suporte mais
adequado para a imobilização das enzimas
lipases e até mesmo dos microrganismos
produtores destas enzimas. O objetivo deste
trabalho é imobilizar lipase Thermomyces
lanuginosus em PoliHIPEs Sty-DVB e avaliar o
produto como catalisador em transesterificação
de óleo de soja.
Materiais e Métodos
A preparação do HIPE dá-se por duas fases,
orgânica e aquosa, sendo a fase aquosa gotejada
sobre a fase orgânica. A fase aquosa composta
por H2O, K2S2O8 e NaCl. A Fase orgânica
composta por Sty, DVB e Span 80 (Tabela 1).
Ao término da preparação de dois HIPE´S
adicionou éter de petróleo. O PoliHIPE
preparado mediante uma reação de
polimerização em suspensão aquosa composta
por uma fase orgânica e outra aquosa, sendo
fase orgânica o HIPE preparado anteriormente e
a fase aquosa constituída por 180 cm³ de H2O,
2,7g de NaCl e 3,6g de PVA. .As reações de
PoliHipe´s passaram por um processo de
lavadas com água, etanol e acetona e secagem
em estufa a 60 ºC. Posteriormente, a lipase será
imobilizada nos PoliHIPEs produzidos e os
produtos avaliados na transesterificação de óleo
de soja visando a produção de biodiesel.
Resultados e Discussão
Com base na tabela podemos avaliar o resultado
do Rendimento das amostras e da Densidade
Aparente de acordo com cada variação.
Considerando que há uma relação direta entre a
densidade e a massa, e que a presença de poros
aumenta os espaços vazios do material causando
a redução da massa. O PoliHipe A4 apresentou
menor Densidade Aparente, indicando maior
número de poros em sua estrutura por meio da
adição de uma quantidade maior de DVB em
relação ao STY. O PoliHipe A6 teve um maior
rendimento, em seu produto através da adição
de Tolueno com a finalidade de diminuir a
viscosidade do HIPE, aumento seu rendimento.
Tabela 1: PoliHIPEs Sty-DV
Conclusões
Conclui-se que foi possível preparar PoliHIPEs
Sty-DVB. O PoliHIPE A4 apresenta menor
densidade aparente, indicando ter maior volume
de poros e o PoliHIPE A6 foi obtido em maior
quantidade.
Agradecimentos: FAPERJ
Referências
1. Angelo C. Pinto, Biodiesel: An Overview, vol.16, 2005.
2. Ericka C.G, Current status and new developments of
biodiesel production using fungal lipases, 2015.
3. Karel H., Simple and efficient immobilization of lipase B
from Candida antarctica on porous styrene–divinylbenzene
beads,2010.
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Influência de fatores genéticos no desenvolvimento da tendinopatia em
atletas de voleibol
Lucas R. Lopes (IC)
1,2*, José Inácio Salles (PQ)
1,3, Daniel E. Machado (PQ)
2 , Jessica Vilarinho
Cardoso (PG)2,4
, Diego P, Aguiar (PQ)1, Maria E, L. Duarte (PQ)
1, Jamila A. Perini (PQ)
1,2,4.
1Divisão de Pesquisa, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Rio de Janeiro, 2 Laboratório de Pesquisa
de Ciências Farmacêuticas, Unidade de Farmácia, UEZO, Rio de Janeiro, 3Federation International de Volleyball (FIVB) - Coach Commission; 4Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, Escola Nacional de
Saúde Pública, Fundação Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro,
jamilaperini@yahoo.com.br
Palavras-chaves: Tendinopatia. Polimorfismos. Inflamação. FcRL3.
Introdução
A tendinopatia é uma doença degenerativa do
tendão, na qual fatores genéticos e extrínsecos
podem contribuir para o fenótipo1. O estudo
genético aplicado ao esporte pode sugerir
medidas específicas, orientadas aos atletas com
maior probabilidade no desenvolvimento de
lesões, controlando a intensidade de treinamento
e a frequência de alto estresse mecânico sobre as
articulações2. Processos inflamatórios na
patogênese da tendinopatia ainda estão
dubitáveis3. No entanto, as células T CD4+
secretam citocinas pró-inflamatórias que
promovem o aumento de celularidade em
resposta a uma lesão no tendão4. Assim, células
T regulatórias agem suprimindo a atividade
efetora linfocitária, mantendo homeostase imune.
Estudos dos polimorfismos FcRL3 -169T>C e
FOXP3 -2383C>T já demostraram interferir na
regulação da atividade das células T regulatórias,
ocasionado doenças por alterações imunes4.
Desse modo, este estudo tem por objetivo avaliar
a magnitude de associação dos polimorfismos
FcRL3 -169T>C e FOXP3 -2383C>T com o
risco no desenvolvimento de tendinopatia em
atletas de voleibol brasileiros.
Materiais e Métodos
Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa do Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia, Brasil
(0037.0.305.000-11 e 17373613.8.0000.5273). O
estudo caso-controle avaliou 271 atletas coligados
à Federação Brasileira de Voleibol, nos quais 146
atletas foram diagnosticados com tendinopatia por
ressonância magnética e 125 atletas foram
considerados como grupo controle por não
apresentar evidências da doença. Os
polimorfismos FcRL3 -169T>C e FOXP3 -
2383C>T foram analisados por PCR em tempo
real utilizando ensaio TaqMan. Teste qui-
quadrado calculou as diferenças nas frequências
alélica e genotípica entre os grupos. O odds ratio
(OR) com intervalo de confiança de 95% (IC)
foram calculados utilizando modelo de regressão
logística.
Resultados e Discussão
A avaliação das características demográficas e
clínicas dos atletas revelou a idade (P<0,001), o
tempo de prática no esporte (P=0,001), a
presença de dor durante o treino (P<0,001) e a
perda de treino devido à dor (P=0,002), como
fatores de risco para tendinopatia. Todos os
SNPs analisados estão de acordo com o
Equilíbrio de Hardy-Weinberg. O alelo variante
FcRL3 -169C está associado a um risco
aumentado no desenvolvimento da tendinopatia
(OR: 1,44, IC 95%: 1,02-2,04) e aos sintomas
clínicos da doença: dor patelar (OR: 1,94, IC
95%: 1,20-3,12) e dor durante o treino (OR:
1,89, IC 95%: 1,01-3,53).
Conclusão
Bajpai et al, 2012 mostrou que a presença do
alelo C do polimorfismo FcRL3 -169T>C,
localizado na região promotora, promove maior
expressão do gene FcRL3. Essa expressão causa
disfunção em células Treg, de tal modo que
aumenta o número de células T auxiliares
efetoras promovendo desequilíbrio imune6. Os
resultados desse estudo fornecem evidências de
que o polimorfismo FcRL3 -169T>C está
associado a susceptibilidade do desenvolvimento
de tendinopatia em atletas, e pode contribuir para
a identificação de novos alvos terapêuticos ou
programas de treinamento personalizado,
evitando que os atletas fiquem afastados de suas
atividades esportivas. Agradecimentos: INTO, FAPERJ.
Referências
1. Eriksen HA, Pajala A, Leppilahti J, Risteli J. Increased content of type III
collagen at the rupture site of human Achilles tendon. J Orthop Res. 2002;20(6):1352-1357.
2. Kulig K, Joiner DG, Chang YJ. Landing limb posture in volleyball athletes with patellar tendinopathy: a pilot study. Int J Sports Med. 2015;36(5):400-406.
3. Abate M, Silbernagel KG, Siljeholm C, Di Iorio A, De Amicis D, Salini V, et al. Pathogenesis of tendinopathies: inflammation or degeneration? Arthritis Res Ther.
2009;11(3):235. doi: 10.1186/ar2723. 4. Bassuny WM, Ihara K, Sasaki Y, Kuromaru R, Kohno H, Matsuura N, et al. A
functional polymorphism in the promoter/enhancer region of the FOXP3/Scurfin gene associated with type 1 diabetes. Immunogenetics. 2003;55(3):149-56.
5. Bajpai UD, Swainson LA, Mold JE, Graf JD, Imboden JB, McCune JM. A
functional variant in FCRL3 is associated with higher Fc receptor-like 3 expression
on T cell subsets and rheumatoid arthritis disease activity. Arthritis Rheum. 2012;64(8):2451-9
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Investigação da resistência a quinolonas mediada por plasmídeos em
amostras de Escherichia coli causadoras de infecção do trato urinário
comunitária no Rio de Janeiro
Luis Felipe da Silva Caldeira1*
, Thiago Pavoni G. Chagas2, Alexandra V. Pedinotti Zuma
3, Ana
Paula D’Aliituncourt Carvalho-Assef4, Marise D. Asensi
5 e Flávia Lúcia Piffano C. Pellegrino
6
1,6Centro Universitário Estadual da Zona Oeste-UEZO; 3Hospital de Aeronáutica dos Afonsos; 2,4,5Laboratório de
Pesquisa em Infecção Hospitalar, Departamento de Bacteriologia, Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz-RJ. Palavras-chaves: Escherichia coli, Infecção do trato urinário, Resistência a quinolonas.
Introdução
Quinolonas são antimicrobianos que atuam na
síntese de ácidos nucléicos em bactérias,
apresentam amplo espectro de atividade e,
portanto, são úteis no tratamento de uma série
de infecções bacterianas incluindo as infecções
do trato urinário (ITUs). A resistência a
quinolonas tem sido amplamente estudada em
bacilos Gram-negativos podendo se dar através
de mutações cromossômicas ou mediada por
plasmídeos. Aqui, investigamos a resistência
plasmidial a quinolonas em amostras de
Escherichia coli isoladas de urina de pacientes
ambulatoriais com diagnóstico de ITU. A
justificativa desta investigação está
fundamentada em relatos da literatura de que o
uso de quinolonas no tratamento de infecções
urinárias pode promover a seleção de amostras
bacterianas resistentes a quinolonas em altos
níveis, e que bactérias podem transferir genes de
resistência a quinolonas por intermédio de
elementos genéticos (Robicsek et al., 2006)1. O
objetivo do estudo é detectar genes de
resistência a quinolonas mediada por
plasmídeos e clones prevalentes de E. coli
relacionados com essa resistência.
Materiais e Métodos
Trinta e sete amostras de Escherichia coli
isoladas de urina de 37 pacientes atendidos no
ambulatório do Hospital de Aeronáutica dos
Afonsos no período de junho a outubro de 2014
foram analisadas. A identificação bacteriana e o
antibiograma foram previamente realizados em
método automatizado e posteriormente
confirmados por meio de testes bioquímicos
convencionais e disco-difusão, respectivamente.
Genes que codificam proteínas protetoras de
topoisomerases (qnrA, qnrB, qnrC, qnrD,
qnrVC e qnrS) e que codificam bombas de
efluxo (qepA e oqxA) (Chen et al., 2012)2 foram
investigados através de reação em cadeia da
polimerase (PCR). A diversidade clonal foi
avaliada através de eletroforese em gel de
campo pulsado (PFGE) (Ribot et al., 2006)3.
Resultados e Discussão
De 37 amostras de E. coli, 12 amostras (32%)
apresentaram susceptibilidade a todos os
antimicrobianos testados. Quanto à resistência a
quinolonas, 18 amostras (49%) apresentaram
resistência ao ácido nalidíxico, 15 (40%) a
norfloxacina e 14 (38%) a ciprofloxacina. Um
total de 10 amostras de E. coli foram positivas
ao PCR para o gene qepA que codifica bomba
de efluxo. Dentre as 10 amostras qepA positivas
apenas duas apresentaram resistência a
ciprofloxacina. Um total de 33 genótipos
diferentes foram obtidos através de PFGE,
evidenciando, que não houve relação entre a
presença de clones prevalentes de E. coli e a
resistência a quinolonas na população estudada.
Conclusões
Elevadas taxas de resistência a quinolonas
(ácido nalidíxico, ciprofloxacina e norfloxacina)
foram observadas na população de E. coli do
estudo. Não houve relação direta entre a
presença do gene qepA e a expressão da
resistência a quinolonas nas amostras do estudo.
Grande diversidade clonal foi observada na
população estudada. Agradecimentos: Ao Laboratório de Pesquisa em
Infecção Hospitalar (LAPIH) do IOC-Fiocruz.
Referências
1.Robicsek A. et al., 2006. qnr Prevalence in Ceftazidime-
Resistant Enterobacteriaceae Isolates from the united states.
Antim Agents Chemother, 50: 2872–2874.
2.Chen X. et al., 2012. Prevalence of qnr, aac(6=)-Ib-cr,
qepA, and oqxAB in Escherichia coli Isolates from Humans,
Animals, and the Environment. Antimicrob. Agents
Chemother., 56: 3423-3427. 3.Ribot E. M. et al., 2006. Standardization of pulsed-field
gel electrophoresis protocols for the subtyping of
Escherichia coli O157:H7, Salmonella, and Shigella for
PulseNet Foodborne Pathog. Dis., 3 (1): 59-67. .
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Otimização da identificação de fungos filamentosos através da captura
digital de imagens utilizando espécies do gênero Aspergillus como
modelo
1Nobrega, M.M (IC*);
2Franzen, A.J (PQ);
3Rosa, J.L.A (PQ).
1Vieira, J.M.B.D (PQ).
1Setor de Microbiologia do Laboratório de Tecnologia em Cultura de Células – LTCC; 2 Laboratório de Tecnologia
em Bioquímica e Microscopia – LTBM; 3Laboratório Núcleo de Computação Científica – NCC; Fundação Centro
Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.
< jessicabittencourt@uezo.rj.gov.br>
Palavras-chaves: Aspergillus; Identificação; Diagnóstico computacional.
Introdução
Fungos são seres eucariontes que podem ser
encontrados em diversos locais da natureza. São
amplamente usados na indústria, como na
alimentícia por exemplo1. Morfologicamente, os
fungos podem ser classificados em
leveduriformes e filamentosos. Os fungos
filamentosos são organismos eucariontes,
pluricelulares, possuem como constituinte
morfológico básico a hifa e produzem diversos
tipos de metabólitos secundários, alguns
tóxicos2. Estudos demonstram que o diagnóstico
computacional de formas biológicas é uma
técnica promissora para tornar mais prática a
identificação de vários tipos de
microrganismos3, 4
. Este diagnóstico baseia-se
na captura de imagens, a partir das quais são
propostos parâmetros e atributos típicos, que
permitam a identificação com o auxílio de
softwares3. Neste trabalho o objetivo é, através
da microscopia óptica e eletrônica de varredura,
capturar imagens das hifas aéreas de fungos
filamentosos, descrever numericamente suas
estruturas e propor padrões morfológicos que
possibilitem a sua identificação por imagem,
levando-se em consideração os atributos
essenciais para este fim.
Materiais e Métodos
A partir do cultivo de sete dias de espécies de
Aspergillus em Agar Sabouraud, serão
preparadas lâminas para microscopia ótica e
feito processamento para microscopia eletrônica
de varredura com o objetivo de visualizar as
hifas aéreas dos fungos, bem como seus
conídeos. Será feita então a captura digital de
imagens dessas estruturas e posterior
processamento a fim de descrever as
características morfológicas e encontrar
possíveis padrões, que sejam estatisticamente
relevantes e que possam ser utilizados para
diferenciação das espécies de Aspergillus.
Resultados e Discussão
O projeto está em andamento, porém algumas
imagens preliminares já foram feitas. Como
resultados, espera-se reunir imagens de
microscopia ótica e eletrônica de varredura de
espécies de Aspergillus analisadas que serão
captadas digitalmente de forma a analisar as
estruturas morfológicas desses fungos,
principalmente conídios e hifas aéreas, com o
auxílio de algorítmos. Com isso, determinar
padrões de tamanho, curvatura, área média,
diâmetro, dentre outros dados, e compará-los,
encontrando diferenças estatisticamente
suficientes para estabelecer uma metodologia
diferenciada das convencionalmente utilizadas
para identificação de fungos. Neste estudo, os
dados obtidos com Aspergillus servirão como
modelo inicial. Tal método futuramente poderá
ser útil como ferramenta auxiliar na
identificação de fungos filamentosos em nível
de espécie, o que atualmente é um processo
demorado e demanda profissional qualificado
raramente disponível. Com a técnica proposta, a
captura de imagens das estruturas microscópicas
dos organismos a serem identificados e o
tratamento digital das mesmas propiciará a
identificação automatizada de fungos
filamentosos através do uso de softwares. Agradecimentos: FAPERJ
Referências
1: Peters Spiteller, Chemical ecology of fungi. Royal
Society of Chemistry. Germany. 2015.
2: Lopes, Fernanda. Produção e Análise de Metabólitos
Secundários de Fungos Filamentosos. 2011. 130 páginas.
Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular -
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
3: Castanõn, César. Análise e reconhecimento de formas
biológicas para o diagnóstico automático de parasitas do
gênero Eimeria. 2006. 131. Doutorado em Bioinformática -
Universidade de São Paulo, São Paulo.
4: Thorsten D., Jens M C e Jens C. F.. Direct identification
of pure Penicillium species using image analysis. Journal of
Microbiological Methods. Lyngby, vol. 41, p. 121-133,
2000.
108
“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
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Comunicação Juncional em macrófagos: possível modulação das junções
comunicantes no microambiente da infecção com toxoplasma gondii.
Kiffer, M.R.N. (IC)1*
; Souza, O.M.J (IC)1*
; Moreira de Carvalho, G.O.A (PG)1,3
; Da Silva, C.M.
(PG) 1,2
; Macedo, J.V. (IC)
1; Ramada, R.S. (IC)
1; Manchester, T.
1,; Coutinho-Silva, R.
4; Goldenberg,
R.C.S.4; Seabra, S.H.
1,2 & Fortes, F.S.A.
1,2,3
1.Laboratório de Terapia e Fisiologia Celular e Molecular Prof. Antonio Carlos Campos de Carvalho; Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO 2.Programa de Pós-Graduação em Biomedicina Translacional -
BioTrans; UEZO, UNIGRANRIO & Inmetro 3.Programa de Pós Graduação em Ciências Fisiológicas, Departamento de Ciências Fisiológicas, Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ
4 Instituto de Biofisica Carlos Chagas Filho; Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e-mail: fabiofortes@hotmail.com.
Palavras-chaves: Junção comunicante, Macrófagos e Toxoplasma gondii.
Introdução Os estudos de doenças causadas por protozoários são importantes sob o ponto de vista nacional e internacional. De acordo com os resultados de Dubey et al (2012)
1 a soro
prevalência do Toxoplasma gondii indicaram que o Brasil (56% da população geral) possui 4 vezes mais exposição ao parasita que nos Estados Unidos (13% da população geral). De acordo com Khan et al. (2007)
2 Acredita-se que
este parasita possivelmente tenha infectado um terço da população mundial. Na maioria dos adultos a toxoplasmose é assintomática, porém em alguns indivíduos pode causar cegueira e, em crianças congenitamente infectadas, retardo mental. Em indivíduos imunocomprometidos causa grande morbidade e mortalidade. Parte destas complicações está associada à alteração funcional da comunicação intercelular, mediada pelas Junções Comunicantes (Gap Junctions), que é responsável pela troca de íons e pequenos mensageiros que mantém a homeostase tecidual (Adesse, D et al., 2011)
3. No entanto, ainda
existem sistemas que não estão inteiramente caracterizados, quando destacamos a comunicação juncional, principalmente no que se trata da infecção com o Toxoplasma gondii. Dentre alguns sistemas, podemos destacar o sistema Imunológico, particularmente os Macrófagos que participam do processo de resposta inata deste sistema. A caracterização morfológica e funcional das junções comunicantes em macrófagos tem sido alvo de estudo de diversos grupos (Fortes, FSA et al., 2004)
4, no entanto seus mecanismos
regulatórios ainda merecem esclarecimentos, principalmente diante de alterações patológicas, como nos processos infecto-inflamatórios. Com isso o objetivo geral deste estudo será o de avaliar a modulação estrutural e funcional das junções comunicantes formadas pela Conexina 43 (Cx43) em linhagens macrofágicas e macrófagos peritoneais após a infecção com o parasito Toxoplasma gondii, e em tratamentos destas células com fatores pró-imune-inflamatórios que mimetizem ambientes infectados.
Materiais e Métodos (1) Cultura de células de linhagem macrofágica J774-G8;(2) Obtenção do protozoário
Toxoplasma gondii ;(3) Infecção das células com o protozoário;(4) Tratamento com fatores pró-imuno-inflamatórios.;(5) Ensaios de imunofluorescência para proteína Cx43, sendo identificada a sua presença na célula através de microscopia confocal;(6) Ensaios de microinjeção intracelular de corantes, a fim de avaliar a funcionalidade das junções comunicantes na membrana plasmática das células.
Resultados e Discussão Células de linhagem macrofágica J774-G8 apresentaram alterações significativas em seu perfil de comunicação intercelular por junções comunicantes, quando submetidas a microambientes em que havia o estimulo com fatores pró-imune inflamatórios. Experimentos de injeções intracelulares de corante em culturas previamente tratadas com Lipopolissacarídeo (LPS), Interferon-Gama (IFN-ɤ) e Fator de Necrose Tumoral do tipo α (TNF-α) de forma combinada, e em incubações de até 48 horas, aumentaram significativamente o perfil de acoplamento celular, ou seja, aumentaram a comunicação mediada por junções comunicantes nos tratamentos combinados de LPS+IFN- α e IFN-α + TNF-α.
Conclusões Foi observado a modificação do microambiente e do perfil de acoplamento celular com o tratamento com os fatores pró-imuno-inflamatório. Na infecção com o T. gondii, foi observado modificações da morfologia celular e do microambiente. Agradecimentos: CAPES , FAPERJ, CNPq.
Referências
1. Dubey, J. P., Lago, E. G., Gennari, S.M., SU, C. and Jones,
J. L. Parasitology, p. 1 of 50, 2012
2. Khan, A. , Fux, B , SU,C. , Dubey, J. P. , Darde, M. L. ,
AjiokA, J. W., Rosenthal, B. M. E Sibley L. D. Proceedings of
the National Academy of Sciences of the United States of
America. vol. 104 n. 37, 10.
3. Adesse D, Goldenberg RC, Fortes FS et al. Gap junctions
and chagas disease. Adv Parasitol. 2011. 76:63-81.
4. Fortes FSA, Pecora IL, Persechini PM, Hurtado S, Costa V,
Coutinho-Silva R, Braga MB, Silva-Filho FC, Bisaggio RC,
De Farias FP, Scemes E, De Carvalho AC & Goldenberg RC
(2004). J Cell Sci. 117(Pt 20): 4717-26.
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Síntese e Avaliação anticancerígena do Tempol
Mário P. Rodrigues (IC)1*, Jamila Alessandra Perini Machado (PQ)
2 , Luciana da Cunha Costa
(PQ)1 Alessandro Kappel Jordão (PQ)
1
1Laboratório de Síntese Orgânica – LASO, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO, Rio de
Janeiro, RJ; 2Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Fundação Centro Universitário Estadual da
Zona Oeste - UEZO, Rio de Janeiro, RJ
*imeitamarios@hotmail.com.
Palavras-chaves: Tempol, nitróxidos, câncer.
Introdução
Os organismos vivos interagem com o meio
ambiente visando manter um ambiente interno
que favoreça a sobrevivência, o crescimento e a
reprodução. O oxigênio (O2) é vital para
organismos aeróbios; contudo, espécies reativas
formadas intracelularmente a partir do oxigênio
ameaçam a integridade celular por meio da
oxidação de biomoléculas, e podem
comprometer processos biológicos importantes.
O dano oxidativo de biomoléculas pode levar à
inativação enzimática, mutação, ruptura de
membrana, ao aumento na aterogenicidade de
lipoproteínas plasmáticas de baixa densidade e à
morte celular. Estes efeitos tóxicos do oxigênio
têm sido associados ao envelhecimento e ao
desenvolvimento de doenças crônicas,
inflamatórias e degenerativas. Antioxidantes
enzimáticos ou não-enzimáticos representam
uma estratégia interessante de proteção contra o
estresse oxidativo ocasionado por diferentes
agentes.1 O Tempol (4-hidroxi-2,2,6,6-
tetrametilpiperidina-1-ol) (3) e outros nitróxidos
cíclicos têm sido estudados como inibidores da
atividade de mieloperoxidase (MPO) em células
in vitro. Estes compostos também são
empregados como agentes antioxidantes.
Recentemente esta classe de substâncias foi
relacionada a atividade anti-câncer.1
Materiais e Métodos
O objetivo deste trabalho é a preparação do
tempol (3) para avaliação anticancerígena em
células de câncer de mama in vitro.
Resultados e Discussão
A síntese do tempol (3) inicia-se com a reação
de redução da triacetonamina (1) com hidreto de
sódio e boro em etanol, com rendimento de
90%. Posteriormente o intermediário formado,
2,2,6,6-tetrametil-4-piperidinol (2), foi
submetido à reação de oxidação com tungstato
de sódio (Na2WO4.2H2O) e peróxido de
hidrogênio (H2O2) para formação do nitróxido
cíclico tempol (3), com rendimento de 70%.
Conclusões
A metodologia de síntese do Tempol (3) foi
considerada satisfatória e será utilizada para a
preparação desta substância em quantidade
suficiente para avaliação anticancerígena no
laboratório de Pesquisa de Ciências
Farmacêuticas da UEZO.
Agradecimentos: FAPERJ.
Referências
1. Halliwell B, Gutteridge JMC Free Radicals in Biology
and Medicine, 5th ed., Claredon Press: Oxford, 1999.
2. Sun XL, Wang SY, Qi ZM, Wan N, Zhang BL, He W
(2016) Design, synthesis, and biological evaluation of novel
Tempol derivatives as effective antitumor agentes. Research
on Chemical Intermediates 42: 7659-7673.
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Análise Morfo-Tintorial das Estirpes Bacterianas MG02, MF07,
MG08 e MF13
Matheus de Oliveira N. Marques¹*, Barbara Alvarenga Peckle1,2,3
, Andrew Macrae2, Ida Carolina
Neves Direito1
1Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
2 Laboratório de Biotecnologia Sustentável e Bioinformática Microbiana, Universidade Federal do Rio de Janeiro
3Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal, Universidade Federal do Rio de Janeiro
idacarolina@uezo.rj.gov.br
Palavras-chaves: Ácido 2,4-Diclorofenoxiacético, MEMB, Herbicida
Introdução
O 2,4-D (Ácido 2,4-Diclorofenoxiacético) é um
herbicida seletivo, sendo o segundo herbicida
mais utilizado no Brasil.1 É amplamente
aplicado nas lavouras brasileiras, incluindo de
soja e cana-de-açúcar. Contudo, o uso
indiscriminado de tal herbicida pode trazer
sérios problemas ao meio ambiente e aos seres
humanos, visto que ao ser pulverizado nas
plantações, grande parcela não chega ao seu
alvo e é carreado de diversas formas para meio
ambiente.2,3
Uma alternativa viável para
minimizar esses danos é a biorremediação, que
utiliza a ação natural dos microrganismos para
degradar tais compostos. Através da
bioprospecção realizada por DIREITO (2009)4,
foram selecionadas bactérias do solo que
apresentaram uma possível capacidade de
degradar 2,4-D. O objetivo deste trabalho é a
análise morfo-tintorial das estirpes bacterianas
MG02, MF07, MG08 e MF13.
Materiais e Métodos
As bactérias foram ativadas em meio LB. Em
seguida, as estirpes foram inoculadas em meio
LB enriquecido com 500mg de 2,4-D por litro,
com intuito de testar a capacidade destas em
crescer em meio contendo o herbicida. Para
análise morfo-tintorial utilizou-se a técnica de
coloração de Gram. A caracterização
morfológica da colônia das estirpes bacterianas
foi realizada em meio seletivo MEMB, que tem
como objetivo mostrar se os isolados ainda
possuem capacidade de degradar o 2,4-D
através da mudança da coloração da colônia.
Resultados e Discussão
Os resultados gerados a partir da análise morfo-
tintorial nos mostra que os isolados MG02 e
MF07 são classificados como gram-positivos.
Em contrapartida, os isolados MG08 e MF 13
mostram-se gram-negativos. Em relação à sua
forma, os isolados MG02, MG08 e MF13 são
bacilos; enquanto MF07 é cocos. Todas as
estirpes bacterianas apresentaram crescimento
em meio LB com 2,4-D e no meio seletivo
MEMB.
Conclusões
A caracterização morfo-tintorial das estirpes
estudadas permite a seleção dos testes
bioquímicos para a identificação taxonômica. O
crescimento das mesmas em meio contendo 2,4-
D sugere que, mesmo após seu armazenamento
a -20ºC, estas não perderam a capacidade de
metabolizar o 2,4-D. Agradecimentos: FAPERJ
Referências
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis. Relatório de Comercialização de
Agrotóxicos, IBAMA (2014). Disponível em:
www.ibama.gov.br/phocadownload/Qualidade_Ambiental/o
s_dez_ias_vendidos_2014.xls. Acessado em 28/09/2016
BURNS, C.J; SWAENG. M.H. Review of
2,4dichlorophenoxyacetic acid (2,4-D) biomonitoring and
epidemiology, Critical Reviews in Toxicology, 42:9, 768-
786, 2012
Bonicelli, B.;Cotteux, E.; Sinfort, C.; Ruelle, B.; DE
Rudnicki, V. Ongoing Research on PesticidesAir
Dispersion. CIGR-Ageng 2012. International Conference on
Agricultural Engineering, Jul2012
Direito, I C N. Bioprospecção e interações de populações
bacterianas degradadoras do herbicida 2,4-D em solos
agrícolas. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de
Janeiro, 2009. Xiii, 190 f. : il. ; 31 cm
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
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Polimorfismos CYP2C19*2 e CYP2C19*17 como possíveis
biomarcadores para o diagnóstico e prognóstico da endometriose.
Mayara Calixto da Silva (IC)¹*, Jéssica Vilarinho Cardoso (PG)¹
,2, Daniel Escorsim Machado (PQ)
1,
Renato Ferrari (PQ)3, Plínio Tostes Berardo (PQ)
4, Jamila Alessandra Perini (PQ)
1,2.
1Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Unidade de Farmácia, UEZO; 2Programa de Pós-Graduação
em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP-Fiocruz; 3Hospital Moncorvo Filho, UFRJ; 4Hospital Federal dos Servidores do Estado - HFSE.
* E-mail de contato: mayaracx_2010@hotmail.com
Palavras-chaves: Polimorfismos; Estrogênio; Endometriose; Biomarcadores.
Introdução
A endometriose é uma doença ginecológica
estrogênio dependente, que acomete de 3 a 20%
das mulheres em idade reprodutiva1. É
caracterizada pela presença de tecido endometrial
fora da cavidade peritoneal2 e pode causar
dismenorreia, dor pélvica crônica, dispareunia e
infertilidade3. Entretanto, estima-se que 10,7% das
mulheres com endometriose sejam assintomáticas4.
Já se sabe que histórico familiar pode estar
associado ao risco de desenvolvimento da doença,
sugerindo influência de fatores genéticos5. Nesse
contexto, o estudo de polimorfismos do gene
CYP2C19, que atua no catabolismo do estrogênio6,
poderia explicar, em parte, a suscetibilidade para o
desenvolvimento da endometriose. Sendo assim, o
objetivo deste estudo foi avaliar a magnitude de
associação dos polimorfismos de um único
nucleotídeo (SNPs) CYP2C19*2 681G>A e
CYP2C19*17 -806 C>T no desenvolvimento da
endometriose.
Materiais e Métodos
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa do Hospital Federal dos Servidores do
Estado do Rio de Janeiro (414/2011) e Hospital
Moncorvo Filho (1.244.294/2015). A população
do estudo inclui 391 mulheres, sendo 194
pacientes diagnosticadas com endometriose (casos)
e 197 sem evidência da doença (controles). A
genotipagem dos polimorfismos foi realizada pela
técnica de PCR em tempo real utilizando sondas
TaqMan. A associação dos polimorfismos
estudados com a endometriose foi avaliada pela
regressão logística binária.
Resultados e Discussão
Os casos de endometriose apresentaram menor
IMC que os controles (26,38±4,65 versus 27,93
±5,85, respectivamente, p=0,005). A média de
idade da menarca não foi diferente entre os grupos
(P=0,49). Foi encontrada uma diferença
significativa para o SNP CYP2C19*2, no qual a
frequência do genótipo GA+AA foi maior no
grupo casos do que nos controles (P=0,04; OR=
1,56; IC 95% = 1,01- 2,43). Além disso, a
frequência do alelo variante deste SNP também foi
maior no grupo casos (P= 0,03; OR= 1,54; IC
95% = 1,04 - 2,28), o que indica que há um risco
de desenvolvimento da endometriose associado à
presença do alelo CYP2C19*2. Resultados
semelhantes foram encontrados para o SNP
CYP2C19*17, sendo que as frequências do
genótipo TT e do alelo T foram maiores no grupo
controles em comparação aos casos (P=0,01; OR=
0,33; IC 95% = 0,14 - 0,82 e P=0,03; OR= 0,68;
IC 95% = 0,48 - 0,96, respectivamente) indicando
que a presença do CYP2C19*17 está associada à
uma proteção ao desenvolvimento da doença.
Conclusões
Nossos resultados indicam uma associação de
risco para o SNP CYP2C19*2 e um efeito protetor
para o CYP2C19*17 no desenvolvimento da
endometriose. Esses achados podem auxiliar a
compreensão da etiologia da endometriose, além
de contribuir para o diagnóstico e/ou prognóstico
da doença como possíveis biomarcadores. Agradecimentos: FAPERJ, CNPq, FAF
(Oncobiologia).
Referências
1.Bianco B, André GM, Vilarino FL, Peluso C, Mafra FA, Christofolini DM,
Barbosa CP. 2012. “The Possible Role of Genetic Variants in Autoimmune-Related
Genes in the Development of Endometriosis.” Human Immunology 73 (3): 306–15.
doi:10.1016/j.humimm.2011.12.009.
.Gao X, Yeh YC, Outley J, Simon J, Botteman M, Spalding J. 2006. “Health-Related
Quality of Life Burden of Women with Endometriosis: A Literature Review.”
Current Medical Research and Opinion 22 (9): 1787–97.
doi:10.1185/030079906X121084.
3.Vercellini P, Crosignani PG, Abbiati A, Somigliana E, Viganò P, Fedele L. 2009.
“The Effect of Surgery forSymptomatic Endometriosis: The Other Side of the
Story.” Human Reproduction Update 15 (2): 177–88. doi:10.1093/humupd/dmn062.
Sinaii N, Plumb K, Cotton L, Lambert A, Kennedy S, Zondervan K, Stratton P.
2008. “Differences in Characteristics among 1,000 Women with Endometriosis
Based on Extent of Disease.” Fertility and Sterility 89 (3): 538–45.
doi:10.1016/j.fertnstert.2007.03.069.
Simpson JL, Elias S, Malinak LR, Buttram VC Jr. 1980. “Heritable Aspects of
Endometriosis. I. Genetic Studies.” American Journal of Obstetrics and Gynecology
137 (3): 327–31.
Painter JN1, Anderson CA, Nyholt DR, Macgregor S, Lin J, Lee SH, Lambert A, et
al. 2011. “Genome-Wide Association Study Identifies a Locus at 7p15.2 Associated
with Endometriosis.” Nature Genetics 43 (1): 51–54. doi:10.1038/ng.731.
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
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Caracterização de diferentes habitats de larvas de Simulídeos
(Diptera:Simullidae) no Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Melissa Barbosa Ferreira (IC)¹*, Lidiane Coelho Berbert(PG)
1,2, Vinícius Ribeiro Flores (PG)
1,3,
Ronaldo Figueiró (PQ)¹,4, Ida Carolina Neves Direito (PQ)
1
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste.2 Programa de Pós Graduação em
Ciência e Tecnologia Ambiental - PPGCTA, UEZO; 3 Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, INMETRO; 4Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, Volta Redonda, RJ
*mell_rn@hotmail.com
Palavras-chaves:altitude, simulídeos , PARNASO.
Introdução
Simulídeos são insetos que fazem parte da
família Simuliidae, conhecidos como piuns ou
borrachudos. Os borrachudos passam pelo
estágio de ovo, larva e pupa. Suas larvas ficam
presas a substratos como folhas, rochas e galhos
submersos onde se alimentam de detritos, os
quais são filtrados através de seus leques
cefálicos. Grande parte dessas espécies são
antropofílicas, podendo causar alergias e
transmitir doenças durante o repasto sanguíneo.¹
Podem ser encontrados em cursos de água
corrente, de diferentes volumes, velocidades,
temperatura, pH e altitude a partir do nível do
mar.² O presente estudo teve como objetivo
caracterizar os diferentes sítios de coleta no
Parque Nacional da Serra dos Órgãos
(PARNASO) em Teresópolis - Rio de Janeiro.
Materiais e Métodos
O trabalho foi desenvolvido no Parque Nacional
da Serra dos Órgãos. As amostras foram
coletadas no dia 14 e 15 de abril de 2016 e as
coletas foram realizadas em 4 sítios. Foi
realizada captura manual das larvas juntamente
com o substrato em que estavam aderidas. Em
cada um dos sítios foram definidos 15 pontos de
coleta diferentes e as larvas armazenadas em
álcool absoluto. Os valores de pH, temperatura,
turbidez da água, luminosidade do ambiente e
altitude foram medidos em cada sítio onde
foram coletadas as larvas, sendo além disso
calculado o índice de integridade ambiental dos
sítios com base no RCE (The Riparian Channel
and Environmental).
Resultados e Discussão
O sítio 1 apresentou um número maior de
indivíduos (482), com uma luminosidade alta de
998. Sítio 2 e 3 apresentaram o mesmo número
de larvas (191) e também apresentaram intensa
luminosidade (Tabela 1). Em todos os sítios, as
águas permaneceram em temperaturas
entre19,2° C - 22°C e com pH neutro. Os
valores de turbidez da água ficaram entre 0,19 –
1,82 UNTs, classificando-a como
limpa/cristalina, de acordo com as normas
internacionais de controle de água potável. Cada
sítio recebeu uma pontuação no RCE, ficando
entre 226 a 306, na classe I e II, configurando a
eles integridade muito boa à excelente, o que
indica preservação do ambiente. Observamos
que em altitudes mais elevadas a abundância de
larvas de Simulídeos é maior, diferentemente do
que Figueiró e colaboradores3 observaram em
suas pesquisas quando verificaram populações
larvais mais abundantes em baixa altitude.
Tabela1. Dados abióticos e número de
indivíduos coletados por sítio de coleta.
Conclusões
As características dos habitats da forma larval
dos simulídeos ainda não são bem definidas na
literatura, sendo assim esse trabalho é um
importante passo para o início da caracterização
físico-química dos habitats desses insetos.
Portanto, se as condições dos habitats dos
Simulídeos forem favoráveis ao aumento da
população larval, o conhecimento sobre ele é
importante para um futuro controle usando
larvicidas de maneira mais criteriosa. Agradecimentos: FAPERJ.
Referências
1.Strider, M. N.; Corseuil, E. Atividades de hematofagia em
Simuliidae (Diptera, Nematocera) na Picada Verão, Sapiranga, RS, Brasil. Acta Biologica
Leopoldensia, v. 14, p. 75-97, 1992. 2.Crosskey, R. W. The Natural History of Blackflies. New
York: John Wiley & Sons, 1990. 711p.
3.Figueiro, R.; Araujo-Coutinho, C.J.P. C.; Gil-Azevedo, L.
H.;Nascimento, E.S.; Monteiro, R. F.Spatial and temporal
distribution ofblackflies (Diptera: Simulidae) in the Itatiaia
National Park, Brazil. NeotropicalEntomologyv.35: p. 542 –
550, 2006.
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Avaliação de nanoemulsões contendo extrato de Sideroxylon
obtusifolium frente ao fungo demáceo Exophiala (Wangiella)
dermatitidis.
Natalia M. Santos (IC)¹*, Camila N. dos S. Silva (IC)¹, Gabriel S. Morais (IC)¹, Anderson J.
Franzen (PQ)¹.
1 Laboratório de Tecnologia em Bioquímica e Microscopia, Universidade Estadual da Zona Oeste.
* menezesnatty@gmail.com
Palavras-chaves: melanina, Sideroxylon obtusifolium, Wangiella dermatitidis.
Introdução
Exophiala (Wangiella) dermatitidis é o principal
agente etiológico da feohifomicose subcutânea,
micose que causa lesões principalmente em
áreas expostas como braços e pernas4. É
neurotrópico, e em pacientes imunodeprimidos
pode causar infecções disseminadas3. Este fungo
é demáceo e dimórfico, capaz de produzir
melanina in vivo e in vitro1 A melanina é
considerada um fator de virulência por conferir
características de proteção ao fungo. A
mortalidade associada à infecção por E.
dermatitidis é extremamente elevada, chegando
a quase 100% nos casos de envolvimento do
sistema nervoso central2. Este projeto visa
analisar a capacidade antifúngica das saponinas
através de nanoemulsões com extrato de
Sideroxylon obtusifolium frente ao fungo E.
dermatitidis através de ensaios in vivo.
Materiais e Métodos
E. dermatitidis foi cultivada em meio líquido
Czapex dox para obtenção de conídios, e em
meio sólido Sabouraud Dextrose Ágar, para
obtenção de hifas. As diferentes formulações de
saponina (extrato e nanoemulsão). A ação da
saponina será avaliada em placas de 96 poços
com diferentes concentrações da droga, e
processada para a análise em Microscopia
óptica e Microscopia Eletrônica de Varredura.
Resultados e Discussão
Produtos naturais representam uma excelente
fonte de substâncias que possuem grande
variedade de atividades biológicas, dentre elas,
a ação antiproliferativa das saponinas.
Sideroxylon obtusifolium é uma espécie vegetal
rica em saponinas, típica das caatingas, onde há
solos de textura argilo-arenosa5. Resultados
obtidos através de ensaios in vitro
demonstraram inibição do crescimento fúngico
durante tratamento com a nanoemulsão
preparada com saponina. Análises por
microscopia eletrônica de varredura indicam
que os fungos tratados apresentaram alterações
estruturais.
Conclusões
Resultados sugerem que a nanoemulsão do
extrato de Sideroxylon obtusifolium pode
contribuir futuramente para elaboração de uma
droga eficaz no controle das infecções causadas
por Exophiala (Wangiella) dermatitidis.
Agradecimentos: CAPES e FAPERJ.
Referências
1. Alviano CS, Farbiarz SR, De souza W, Angluster JA,
Travassos LR. (1991) Characterization of Fonsecaea
pedrosoi melanin. Journal of General Microbiology,
London, v. 137, p. 837 – 844.
2. Ajanee N, Alam M, Holmberg K, Khan J. (1996) Brain
abscess caused by Wangiella dermatitidis: Case report.
Clinical Infectious Diseases. Chicago, v. 23, p. 8-197.
3. Chang CL, Kim DS, Park DJ, Kim HJ, Lee CH, Shin JH.
(2000) Acute Cerebral Phaeohyphomycosis due to
Wangiella dermatitidis Accompanied by Cerebrospinal
Fluid Eosinophilia. Journal of Clinical Microbiology.
Washington DC, v. 38, n. 5, p. 1965-1966.
4. Cunha Filho RR, Schwartz J, Rehn M, Vettotato G,
Resende MA. (2005) Feo-hifomicose causada por Veronaea
bothryosa: relato de dois casos. Anais Brasileiros de
Dermatologia. Rio de Janeiro, v. 80, p. 53-56.
5. Oliveira AP, Raith M, Kuster RM. (2012) Metabolite
profiling of the leaves of the Brazilian folk medicine
Sideroxylon obtusifolium. Planta Médica. [S.l.], v. 78, p.
703.
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
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Avaliação da capacidade biocida de nanocompósitos de prata a partir
de copolímeros estireno-divinilbenzeno poliHIPEs.
Nathália Smith Santos(IC)¹*, Roberta Trovao santos (PG)¹, Luciana Cunha(PQ)
1.
1 Laboratóriode síntese orgânica, Universidade Estadual da Zona Oeste.
* smith.nath@hotmail.com
Palavras-chaves: polímero,estireno,divinilbenzeno.
Introdução
Polímeros de Estireno e Divinilbenzeno (Sty-
DVB) são muito utilizados como fase
estacionária para cromatografia líquida ou
extração em fase sólida e também como suporte
para sistemas catalíticos. 1 De acordo com a
literatura estas utilizações são profundamente
influenciadas pelas condições de síntese dos
polímeros, tais como, agente formador de poros
ou natureza do diluente, grau de diluição dos
monômeros, grau de reticulação, temperatura de
reação, entre outros.2
PoliHIPEs são produzidos
a partir da polimerização de emulsões de fase
interna alta (HIPEs). Um HIPE é uma emulsão
onde a fase de gotícula ocupa mais de 74% do
volume total. No caso dos HIPEs, a fase
contínua contém os monômeros que podem ser
polimerizados e fornecer sua estrutura de célula
típica os poli-HIPEs. 3
O trabalho tem por
objetivo sintetizar copolímeros Sty-DVB com
morfologia variada através de polimerização em
massa e em suspensão de emulsões de elevada
fase interna HIPEs.
Materiais e Métodos
Este trabalho está dividido em 2 etapas:
Etapa 1: Preparação de HIPEs:
As emulsões de elevada fase interna HIPEs
foram preparadas através do gotejamento lento e
sob agitação de uma fase aquosa (FA) sobre
uma fase orgânica (FO) contida em um balão
tritubulado. A FA foi constituída de água (45
mL), iniciador K2S2O8 (0,45 g) e os agentes de
suspensão NaCl (0,45 g) e PVA (0,67 g) . A FO
foi composta de Sty (3,3 mL), DVB (1,3 mL) e
tensoativo Span 80 (massas variadas). Foram
preparadas 10 HIPEs variando tempo de adição
da FA sobre a FO, velocidade de agitação e teor
de tensoativo (Tab. 1).
Etapa 2: Polimerização do HIPE produzido na
etapa anterior. Até o presente momento a
polimerização do HIPE obtido na etapa anterior
foi realizada através de cura em estufa por 24
horas. Posteriormente estes poliHIPEs também
serão preparados por polimerização em
suspensão aquosa visando a produção de
partículas esféricas.
Resultados e Discussão
Foram preparados 10 poliHIPEs variando o teor
tensoativo Span 80, tempo de adição da FA sobre
a FO e velocidade de agitação. Tabela 1. POLIHIPEs de Sty-DVB
HIPE Span
80 (g)
Velocidade
(rpm)
Tempo
(min)
Massa do
polimero
produzido(g)
HIPE
R1
0,84 150 30 1,239
HIPE
R2
0,84 250 30 1,7966
HIPE
R3
0,84 350 30 1,0167
HIPE
R4
0,84 450 30 1,1886
HIPE
R5
0,84 250 60 0,6990
HIPE
R6
0,84 250 90 0,9235
HIPE
R7
1,25 250 30 1,0163
HIPE
R8
1,68 250 30 1,0162
HIPE
R9
2,09 250 30 0,9551
HIPE
R10
0,84 250 30 0,7300
Com base nos resultados apresentados podemos
inferir que o polimero que obteve maior
rendimento de polimerização foi o polímero R2
que foi produzido com 0,84g de span 80. a
velocidade de 250 rpm em 30 minutos de adição
e obteve uma massa de 1,7966g. A Figura 1
apresenta os MEVs deste material.
Figura 1. MEVs do poliHIPE R2
Conclusões
Podemos concluir que é possível a síntese de
polímeros a partir Sty-DVB, e que o poliHIPE
obtido empregando 0,84g de span 80, velocidade
de 250 rpm, 30 minutos de adição teve maior
rendimento.
Referências
1.D.C.Sherrington. Preparation structure and
morphology of polymer supports. Chemical
Communication 21, 2275-2286. 1998. 2. J.S. Fritz; Analytical Solid-Phase Extraction; John
Wiley: New York, 1999.
3.(K.J. Lissant (Ed.), Emulsions and
Emulsion Technology Part 1, Marcei Dekker, New York, 1974.
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Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
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Aspectos bromatológicos de uma massa alimentícia funcional sem
glúten à base de inflorescência de banana prata
Paula C.P. Silva (IC)¹*, Marcelo G.R. Alves (IC)¹, Aline F.S. Soares (PQ)1,2
, Sabrina S. Dias (PQ) 1,2
,
Catharina E. Fingolo (PQ) 1,2
.
¹Laboratório de Extensão, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ.
²Laboratório de Tecnologia em Produtos Naturais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ. * ppaulacristini@yahoo.com.br.
Palavras-chaves: inflorescência de banana prata, massa, alimento funcional, doença celíaca.
Introdução
A existência de produtos novos a partir de
matérias primas originadas de subprodutos
naturais com elevado potencial nutritivo tem
despertado o interesse do meio científico e da
indústria de alimentos (Fingolo et al., 2011)¹.
A determinação da composição centesimal dos
alimentos possibilita a elaboração de rotulagem
nutricional fornecendo parâmetros para auxiliar
na avaliação e controle de quantidade de
nutrientes consumidos².
O objetivo foi avaliar a viabilidade nutricional
de uma massa alimentícia funcional sem glúten
tendo como ingrediente principal inflorescência
de banana prata e promover a oferta de alimento
de baixo custo, de rápido preparo e mais
acessível à população.
Materiais e Métodos
A massa alimentícia foi desenvolvida com:
inflorescência de banana cozida, mix de farinha
sem glúten, ovos, água, sal. Após bater os
ingredientes, acrescentou-se mix de gomas
(Guar e Xantana) e uma pequena quantidade de
mix de farinha sem glúten. Foram realizadas
análises de umidade (método de secagem direta
em estufa a 105ºC)³, cinzas (incineração em
mufla a 550ºC)³, lipídeos (extração com
solvente a quente-Soxhlet)³, proteínas (método
de Kjeldahl)³ e fibras totais 4,5
. Todas as análises
foram feitas em triplicata.
Resultados e Discussão
Os resultados para teor de umidade, lipídeos e
cinzas foram obtidos por diferença de peso. Para
proteínas converteu-se o nitrogênio medido em
proteína, multiplicando-se o conteúdo de
nitrogênio por um fator geral de conversão.
Obteve-se média de 4,57±0,80% de cinzas;
41,56,±0,15% de umidade; 3,81±0,01% de
lipídeo e 7,63±0,01% de proteína. O valor
calórico total foi de 72,58 kcal/30g e o valor de
fibras totais de 10,90% (FDA 3,90±0,48% e
FDN 7,00±0,30%).
Trata-se de um produto de origem natural com
elevado teor de fibras, baixo valor calórico e
isento de glúten, ou seja, livre de toda e
qualquer substância causadora de danos à saúde
dos consumidores portadores de doença celíaca
a qual o tratamento consiste na retirada
completa do trigo, cevada, centeio, aveia e
malte da dieta.
Conclusões
A massa alcançou valores médios esperados
para cinzas, lipídeos e proteínas, porém com
relação à umidade a média encontra-se acima do
parâmetro máximo de 35% permitido pela
ANVISA na legislação específica, que rege os
padrões de identidade e qualidade de massa
alimentícia produzida com glúten6. A legislação
brasileira ainda não dispõe de um regulamento
técnico de padrão de identidade e qualidade de
massa alimentícia isenta de glúten. Agradecimentos: Laboratório de Controle
Bromatológico e Microscópico, Faculdade de
Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Referências
1. Fingolo, CE, Moura, MRL, Kaplan, MAC (2001) Farinha
nutritiva, processo de produção da farinha nutritiva e seus usos.
PI0905055-8 A2.
2. Rotulagem nutricional obrigatória: manual de orientação às
indústrias de alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, Agência
Nacional de Vigilância Sanitária / Universidade de
Brasília,2005.Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/
3. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz - Métodos Físico-
Químicos para análise de Alimentos. v. 1, IVº edição, S.P, 2005.
4.Van Soest, PJ (1963), Use of Detergent in the Analysis of Fibrous
Feed I, Preparation of Fiber Residues of Low Nitrogen, Journal of
the Association Official Agriculture Chemistry, 46, 925-929.
5.Mendez, MHM, Derivi, SCN, Rodrigues, MCR, Fernandes, ML,
Machado, RLD (1985) Método de fibra detergente neutro
modificado para amostras ricas em amido,
Ciência e Tecnologia de Alimentos, 5 (2), 123-131.
6.BRASIL.ANVISA (2000) Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Resolução RDC Nº 93, de 31 de outubro de 2000.
Disponívelem:4http://www.sbcnet.org.br/lovro/62ra/resumos/resumo
s/1417.htm
116
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Síntese de 1,2,3-Triazóis derivados de Nitróxidos com Potencial
Atividade Antioxidante
Taiana Felizardo Quinteiro (IC)¹*, Luciana da Cunha Costa (PQ)1,
Alessandro Kappel Jordão (PQ)¹
1 1Laboratório de Síntese Orgânica – LASO, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO, Rio de
Janeiro, RJ
* Taianaquinteiro@gmail.com
Palavras-chaves: Nitróxidos, Triazóis, Antioxidantes
Introdução
O estresse oxidativo ocasionado por diferentes
agentes contribuem para uma grande variedade
de patologias. Por conseguinte, proteger o
metabolismo normal de danos oxidativos deve
possuir relevância terapêutica. No sentido de se
combater os efeitos dos radicais livres são
necessários a pesquisa por substâncias
antioxidantes.1 Os radicais nitroxila cíclicos são
exemplos de substâncias estáveis sequestradoras
de radicais livres. Estes compostos degradam
superóxidos e peróxidos, como também
permitem a recombinação radical-radical no
processo biológico. O objetivo deste estudo é a
preparação de novos 1,2,3-triazóis derivados
dos nitróxidos e posterior avaliação da atividade
antioxidante.
Materiais e Métodos
A metodologia de preparação dos nitróxidos
envolve a síntese do intermediário tempol (3) e
de novos análogos correlacionados (6)
explorando a reação do tipo “click chemistry”
para formação de 1,2,3-triazóis.
Resultados e Discussão
O nitróxido Tempol (3) e seus derivados,
incluindo os análogos contendo um anel 1,2,3-
triazólico na posição C-4 da estrutura do
2,2,6,6-tetrametilpiperidinil-1-oxi (6), foram
obtidos com bom rendimento, preparados
conforme ilustrado no Esquema 1.
OH
Esquema 1: Rota sintética dos novos 1,2,3-
triazois derivados de nitróxidos
A primeira etapa sintética consistiu na redução
química de 2,2,6,6-tetrametil-4-piperidona (1)
com hidreto de sódio e boro, na presença do
etanol 95 % (v/v) como solvente, obtendo-se
2,2,6,6-tetrametil-4-piperidinol (2), com ótimo
rendimento. Em seguida, este foi reagido com
com tungstato de sódio na presença de peróxido
de hidrogênio para fornecer o tempol (3) com
rendimento de 70%. Posteriormente o tempol
foi dissolvido em piridina e tratado com cloreto
de benzossulfonila formando o intermediário
(4). A penúltima etapa foi a preparação do 4-
Azido-2,2,6,6-tetrametilpiperidinil-1-oxi (5),
que a seguir foi utilizado para a obtenção do
derivado inédito nitróxido (6).
Resultados anteriores do nosso grupo de
pesquisa sugerem que os efeitos protetores dos
nitróxidos residem na capacidade redox de seus
radicais em modificar o estresse oxidativo,
permitindo assim que esses compostos possam
ser explorados para uso terapêutico.2
Desta forma os compostos inéditos preparados
serão encaminhados para avaliação
antioxidante.
Conclusões
Até o momento a metodologia de preparação
dos nitróxidos mostrou-se eficiente, com a
obtenção de um derivado nitróxido 1,2,3-
triazólico inédito.
Agradecimentos: FAPERJ
Referências
1. Halliwell B, Gutteridge JMC Free Radicals in Biology
and Medicine, 5th ed., Claredon Press: Oxford, 1999.
2. Queiroz RF, Jordão AK, Cunha AC, Ferreira VF,
Brigagão MRPL, Malvezzi A, do Amaral AT, Augusto O.
(2012) Nitroxides attenuate carrageenan-induced
inflammation in rat paws by reducing neutrophil infiltration
and the resulting myeloperoxidase-mediated damage. Free
Radical Biology and Medicine 53 1942-1953.
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Avaliação qualitativa de metais pesados nos rios da bacia do rio
Guandú Mirim por Penicillum corylophilum
Taina S. C. Torres (IC)¹, Judith Liliana S. Lemos (PQ)1.
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental- LBA Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ;
<tainasousatorres@hotmail.com < liliana_lemos@hotmail.com >
Palavras-chaves: biossorção, fungo, Penicillium corylophilum, metais pesados
Introdução
É cada vez mais frequente a preocupação com o
aumento significativo de poluentes descartados
no meio ambiente. Os metais pesados são os
poluentes que possuem um grande destaque
como contaminantes dos corpos d’água, pois
estão cada vez mais presentes na composição de
rejeitos de várias indústrias. Há vários métodos
convencionais para tratamento de efluentes.
Porém, é de extrema importância procurar por
técnicas capazes de tratar os contaminantes sem
impactar em demasia o meio ambiente. Uma das
técnicas para o tratamento de efluentes na área
da Biorremediação é a biossorção, que utiliza
diferentes biomassas (fungos, bactérias, algas
etc.) na remoção, retenção ou recuperação de
metais pesados. O presente trabalho tem como
objetivo avaliar qualitativamente a capacidade
de captação de metais pesados pelo fungo
filamentoso Penicillium corylophilum, a fim de
obter dados que permitam corroborar o seu
desempenho na recuperação de metais pesados
de ambientes contaminados.
Materiais e Métodos
Nesta pesquisa utilizaram-se os conídios
inativos (30 min em autoclave) do fungo
filamentoso Penicillium corylophilum. O
referido fungo foi inoculado em tubos
inclinados, contendo 5 mL de meio Batata-
Dextrose-Ágar (BDA), e incubados em estufa
durante 7 dias, a 30ºC. Após crescimento, os
conídios foram suspensos em água estéril,
inativados, padronizados (tamanho de inóculo) e
inoculados em 4 erlenmeyers, em duplicata, de
250 mL, contendo cada um 100 mL de água,
obtidos de 4 pontos de coleta específicos,
referentes à bacia do Rio Guandú Mirim, que
nasce no Parque Natural Municipal da Serra do
Mendanha e desemboca na Baia de Sepetiba
(Parque do Mendanha, Km 32, Zona Industrial
de Campo Grande e João XXIII). Os frascos
foram agitados a 150 rpms durante 1 hora. A
seguir os caldos foram filtrados a vácuo para a
separação da biomassa em papéis de filtro. A
biomassa foi seca até peso constante e levada
para análise em MEV, modelo Fei Quanta 400,
acoplado à um EDS, da Brucker, nas
dependências do Centro de Tecnologia Mineral
- CETEM.
Resultados e Discussão
Já nos primeiros testes, o fungo mostrou ser
eficaz na captação de alguns metais pesados,
dentre eles Cr, Fe, Si, Mg e Ti, demonstrando
uma capacidade de biossorção de vários
elementos.
Figura 1: Gráfico da análise em EDS- Ponto 3
Km 32.
Conclusões
Podemos inferir que o fungo P. corylophilum
moutrou-se eficaz na captação de metais
pesados. Indicando, possivelmente, que pode ser
um excelente biorremediador em efluentes
contaminados pelos referidos metais. Além
disso, abre margem para novas pesquisas com o
fungo em questão, de maneira a avaliar mais a
fundo a eficácia em relação a captação dos metais
em outros ambientes.
Agradecimentos: à FAPERJ, ao CETEM e aos docentes-pesquisadores do Laboratório de Biotecnologia Ambiental (LBA) - UEZO.
Referências
1: Revisão acerca de utilização de microrganismos na
biorremediação de rejeitos industriais contendo metais
pesados/ Judith Liliana Solózano Lemos et al. - Rio de
janeiro CETEM/MCT, 2008, 65p. (Série de Tecnologia
Ambiental, 43) . 2: Farias, Y. M. M. Biossorção de metais pesados pelo
fungo Penicillium corylophilum. Dissertação - UFRJ- EQ,
Programa de Pós Graduação em Tecnologia de Processos
Químicos e Bioquímicos, 96f, 2014, Rio de Janeiro.
118
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O impacto do polimorfismo MMP3 198G>A na susceptibilidade de
tumores ósseos
*Thais S. Figueiredo (IC)1,2*
, Daniel D. Machado (PQ)2, Mayara C. Silva (IC)
1,2, Mirla P. Aguiar P
(IC)1,2
, Walter Meohas 1
(PQ), Ana C. S. Lopes 1
(PQ), Pedro Caldeira 1
(PQ), Maria Eugênia Leite
Duarte 1
(PQ), Amanda S. Cavalcanti 1(PQ), Jamila A. Perini (PQ)
1,2,3 .
1 Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia – INTO, RJ;
2 Laboratório de Pesquisa em Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual da Zona Oeste – UEZO, RJ;
3 Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ, RJ;
* thaisfigueiredo91@outook.com
Palavras-chaves: tumores ósseos, polimorfismo, metaloproteinases de matriz.
Introdução
Os tumores ósseos malignos correspondem
entre 0,7-3% de todos os diagnósticos de câncer
e são a terceira neoplasia maligna mais
frequente em pessoas com idades entre 10 - 24
anos.1,2,3
Pouco se sabe sobre a etiologia dos
tumores ósseos, no entanto fatores genéticos e
ambientais estão envolvidos. As
metaloproteinases de matriz (MMPs)
desempenham um papel ativo na formação do
tecido osteóide, rico em colágeno e outros
proteoglicanos da matriz extracelular. Além
disso, as MMPs estão presentes em pró-
osteoclastos, osteoclastos, osteoblastos e na
formação osteóide, além de desempenhar papel
no caráter invasivo e metastático dos tumores. É
bem conhecido que os polimorfismos em genes
de metaloproteinases podem na transcrição e
expressão do gene ou alterar a atividade da
enzima resultante. O presente estudo teve por
objetivo investigar a contribuição do
polimorfismo MMP3 198G>A como fator de
risco para o desenvolvimento de tumores
ósseos.
Materiais e Métodos
Este estudo foi realizado no Instituto Nacional
de Traumatologia e Ortopedia - INTO (CEP
número 17373613.8.0000.5273/2013)
envolvendo 54 pacientes com diagnóstico
histológico de tumores ósseos (casos) e 98
controles. O polimorfismo MMP3 foi
determinada por PCR em tempo real utilizando
o sistema TaqMan. O odds ratio (OR) e o
intervalo de confiança de 95% (IC) foram
calculados utilizando um modelo de regressão
logística não condicional.
Resultados e Discussão
Em relação ao diagnóstico dos casos, observou-
se que: 46% eram osteossarcomas, 39% tumor
de células gigantes do osso, 5%
osteocondromas, 4% chondroblastoma, 4%
condrossarcomas e 2% encondromas. O locais
acometidos pelos tumores primários foram:
fémur (36%), a tíbia (25%), fíbula (10%),
úmero (8%) e outros (21%). Os casos foram
significativamente mais jovens do que os
controles (30 ± 17,6 contra 39 ± 12,9, P <0,001)
e o índice de massa corporal foi
significativamente menor nos casos, quando
comparados com os controles (23,9 ± 4,8 contra
26,6 ± 5,6, p = 0,004). Foram encontradas
diferenças significativas para os genótipos GA
(P= 0,003; OR= 0,38; IC 95% = 0,17 – 0,83) e
para o genótipo AA (P= 0,01; OR= 0,38; IC
95% = 0,14 – 0,99) do polimorfismo MMP3
198G>A comparando casos e controles.
Conclusões
Os resultados deste estudo indicam que o
polimorfismo MMP3 198G>A está associado
negativamente com os tumores ósseos, sendo
considerado um indicador de proteção no
desenvolvimento da doença.
Agradecimentos: FAPERJ, INTO.
Referências
1. Office for National Statistics: Cancer Statistics
registrations: registrations of cancer diagnosed in 2005,
England. Series MB1 no.36 London UK: HMSO; 2008.
2. Curado MP, Edwards B, Shin HR, Storm H, Ferlay J,
Heanue M, Boyle P: Cancer Incidence in Five Continents
Volume IX. Lyon, France: IARC Scientific Publications No.
160; 2007.
3. Ottaviani G, Jaffe N: The epidemiology of osteosarcoma.
Cancer Treat Res 2010, 152:3-13.
4. Wu D, Chen K, Bai Y, Zhu X, Chen Z, Wang C, Zhao Y
& Li M, Screening of diagnostic markers for osteosarcoma
Mol. Med Rep. 10 (2014) 2415.
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Investigação química da espécie Avicennia schaueriana
(Acanthaceae)
Tathiane M.S. Martins (IC)¹*, Brenda D. Almeida (IC)
2, Maria A.C. Kaplan
2,
Catharina E. Fingolo (PQ)1
1 Laboratório de Tecnologia em Produtos Naturais, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, RJ.
2Laboratório 016, Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ.
*tathiane.m.s.martins@gmail.com
Palavras-chaves: Avicennia shaueriana, fitoquímica, fitol, α-amirina.
Introdução
Os diversos problemas causados pelos
fungicidas sintéticos usados na agricultura têm
elevado buscas por métodos alternativos,
seguros, viáveis e eficientes no controle de
fungos fitopatogênicos1. Vale a pena ressaltar
que os extratos de plantas possuem princípios
ativos que, além de serem inofensivos ao meio
ambiente por serem biodegradáveis, podem
trazer resultado até mesmo superior ao de
produtos sintéticos na ação antimicrobiana2. Há
poucos estudos para Avicennia e a espécie A.
shaueriana apresentou um único registro,
evidenciando potencial antifúngico sobre o
crescimento de fungos filamentosos que
causavam grandes perdas na qualidade e
quantidade de frutos3. O grande interesse deste
estudo é descobrir novas substâncias ativas e, no
futuro, desenvolver novos produtos naturais
com atividade antifúngica sem prejudicar a
saúde humana e do próprio ambiente.
Materiais e Métodos
As folhas de A. shaueriana foram secas e
rasuradas e, em seguida, submetidas à
maceração estática e extraídos exaustivamente
com etanol. O extrato etanólico de folhas foi
submetido à partição líquido-líquido com
solventes orgânicos de polaridades crescentes,
resultando em quatro fases distintas: hexânica,
diclorometânica, acetato de etila e butanólica.
A fase hexânica foi submetida às técnicas de
cromatografia em coluna para obtenção dos
componentes, cromatografia em camada
delgada para análise dos perfis químicos e
cromatrografia com fase gasosa acoplada à
espectrometria de massas (CG/EM) para
avaliação dos resultados. A análise final foi
realizada em coluna DB-5MS, injetor a 270°C,
interface a 230°C, com rampa de temperatura de
60 a 290°C, variando10ºC/min.
Resultados e Discussão
A cromatografia em coluna utilizando gel de
sílica rendeu várias frações e uma delas, eluída
em hexano 100%, apresentou o resultado
mostrado no Cromatograma 1.
OH
OH
Cromatograma 1: Cromatograma obtido por
CG; fittol (m/z 296; TR 18,19 min; 83,78% e α-
amirina (m/z 426; TR 31,72 min; 16,21%).
Espectro 1: Espectro de massas do fitol
(C20H40O; m/z 296).
Espectro 2: Espectro de massas da α-amirina
(C30H50O; m/z 426).
Conclusões
O estudo fitoquímico da fase hexânica levou à
caracterização do diterpeno fitol e do triterpeno
α-amirina.
Referências
1. Silva, MB, Morandi, MAB, Paula Júnior, TJ, Venzon, M, Fonseca,
MCM (2010). Uso de princípios bioativos de plantas no controle de
fitopatógenos e pragas. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.
31, n. 255: 70-77.
2. Miguel, MD, Miguel, OG (2004). Desenvolvimento de
fitoterápicos. São Paulo: Tecmedd: 115.
3. Fandin, KM & Young, MCM (2005). Antifungal potential of
Avicennia schaueriana Stapf & Leech. (Acanthaceae) against
Cladosporium and Colletotrichum species. Letters in Applied
Microbiology 61: 50-57.
120
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Extrato de algas marinhas reduz o crescimento de Toxoplasma gondii
em células hospedeiras.
Rodrigues, Y. M1(IC)*
.; Cinelli, L. P3(PG)
.; Seabra, S. H1(PG)
.; Machado, N. I2(PG)
.;
Dos Santos, T. A.T1&2(PG)
1. UEZO – Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – Rio de Janeiro – RJ; 2. UENF – Universidade Estadual
do Norte Fluminense – Campos dos Goytacazes – RJ; 3. UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Macaé - RJ
Palavras chave: Toxoplasma gondii, Dictyota Caribaea, Quimioterapia.
Introdução
Estudos com algas marinhas têm sido o foco de
muitos pesquisadores, pois é uma rica fonte de
polissacarídeos sulfatados. De acordo com
Hugo Rocha¹, este tipo de substância é
atualmente uma das mais utilizados para a
produção de anticoagulantes e as estruturas
destes compostos podem variar de acordo com o
tipo e localização da planta. São compostos
complexos, pois mostram combinações distintas
de monossacarídeos e distribuição do grupo
sulfato. Estudos mostraram que outros
compostos que possuem em sua esturtura o
grupamento sulfato, possuem atividade no
crescimento de Toxoplasma (T.) gondii (Tatiana
Melino Pessanha³), agente causador da
toxoplasmose, reduzindo a carga parasitária no
hospedeiro. Aqui, experimentos foram
conduzidos a fim de verificar a atividade de
uma fração do extrato obtido a partir da alga
Dictyota caribaea contra T. gondii.
Materiais e Métodos
Para este propósito, foram realizadas interações
entre parasitas de sua forma taquizoíta com
células LLC-MK2, feito isto, houve o
tratamento com o extrato de Dictyota caribaea,
em diferentes concentrações. O extrato bruto foi
obtido após deslipidação de algas e digestão
proteolítica com papaína, a 60 ° C. A Fração foi
obtida por adição de 10% de etanol e
centrifugação por 20 minutos a 2500 rpm.
Resultados e Discussão
Através da análise por microscopia observamos
redução do índice de infecção após tratamento
com 30 ug / ml do extrato quando comparado ao
controle não tratado (fig 1).
Figura 1: Tratamento de células hospedeiras infectadas por
T. gondii com fração de F9 de extrato Dictyota caribaea.
Controle A- sem tratamento 24h após a infecção; B-
células tratadas 24h após a interação; Controlo C- sem
tratamento 48h após a infecção; D- células 48h após a
infecção tratadas. Note de redução de carga de parasitas e
preservação de células hospedeiras nas interacções, tratados (B e D).
Figura 2: Média de parasitas por célula. Observe o menor
número de parasitas no grupo tratado.
Conclusões
O resultado sugere que a fração F9 do extracto
obtido a partir de Dictyota caribaea pode conter
substâncias com atividade contra T. gondii.
Agradecimentos: CAPES e FAPERJ.
Referências
1. Rocha, HAO ; Farias, EHC ; Bezerra, LCLM;
Albuquerque, IRL; Medeiros, VP ; Queiroz, KCS; Leite,
EL. Polissacarídeos sulfatados de algas marinhas com
atividade anticoagulante. V.16, nº 1-2, (Jan/Fev 2004)
2. Pessanha, TM, de Carvalho, M , Pone, MVS, Gomes Jr.,
SC. Diagnostic and therapeutic management of
toxoplasmosis in pregnancy and the effect in the newborn. Rev Paul Pediatr 2011;29(3):341-7.
121
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Bioprospecção de Bactérias Marinhas para Detecção de
Antimicrobianos
Carlos José Ferreira da Silva1*
(IC), Ana Paula Barbosa Moreira2 (PQ), Eidy de Oliveira Santos
1
(PQ). 1 Laboratório de Bioquímica, Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
2 Laboratório de Microbiologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro
* carlosjosebiology@gmail.com
Palavras-chaves: bioprospecção, antimicrobianos, bactérias marinhas
.
Introdução
O ambiente marinho é o maior habitat da Terra,
incluindo as condições mais extremas de
temperatura, luz, salinidade e pressão
encontradas para sobrevivência. Apesar de
abrigar cerca de metade da biodiversidade
global, o ambiente marinho ainda é pouco
explorado para propósitos biotecnológicos1. No
Brasil, a diversidade cultivável de bactérias
heterotróficas em corais saudáveis e doentes do
Banco de Abrolhos foi descrita2, indicando a
presença de atividades lipolíticas3,
antimicrobianas e a presença de toxinas com
alto potencial patogênico3. Neste trabalho, será
utilizada como modelo de estudo uma coleção
de isolados de ambientes marinhos brasileiros
como recife de Abrolhos e as Ilhas Oceânicas
São Pedro e São Paulo com o intuito de
caracterizar a capacidade de síntese de
antimicrobianos dessas coleções, a atividade
bacteriostática e bactericida da substância assim
como sua composição bioquímica através de
análise proteômica.
Materiais e Métodos
Triagem por atividades antimicrobianas nas
bactérias da coleção de Abrolhos e do
Arquipélago São Pedro e São Paulo:
Inicia-se com o cultivo de isolados bacterianos
em spots, a partir do estoque, seguido de
incubação a 30º C por 48hs. Posteriormente as
bactérias são mortas por intermédio de vapores
de clorofórmio.
Em seguida, faz-se a inoculação de linhagens
patogênicas teste, em meio semissólido, para
posterior implementação de over layer nos
spots. Após 24 horas, determina-se a formação
de halos de inibição.
Resultados e Discussão
Foram testados até o momento 170 isolados
bacterianos o qual cerca de 25% dos indivíduos
apresentou síntese de substancia antimicrobiana.
Os testes foram realizados contra três bactérias
indicadoras Gram-negativas, sendo duas
patógenos de humanos (Burkholderia
cenocepacia e Víbrio parahaemolyticus) e uma
de coral (Víbrio coralliilyticus). Foram eleitos
para os testes os meios de cultura Marine, Luria
Bertani + Marine (LBM), com a proporção de
1:0,5, e Brain Heart Infusion (BHI). As escolhas
foram feitas com base na biodisponibilidade de
sais e macro nutrientes sendo BHI o meio com
mais macro nutrientes e menos sais, o Marine
com maior disponibilidade de sais e pouca de
macro nutrientes e LBM, afetando o resultado
final do crescimento.
As bactérias com atividade antimicrobiana
foram fotografadas para posterior medição do
raio de inibição.
Conclusões
O potencial de bactérias marinhas brasileiras
como fonte de novos antimicrobianos é real,
podendo abranger mecanismos já conhecidos ou
até um novo modelo de inibição, tornando-se
uma nova fonte de recursos para síntese de
novos antibióticos. Observa-se também a
influência do meio de ativação e de inoculação
sobre a atividade dos isolados, variando a sua
taxa de síntese de substancias antimicrobiana ou
até inibindo-a por completo
Agradecimentos: agradeço a FAPERJ pela bolsa e a
oportunidade de desenvolver esse projeto, assim
como às minhas Orientadoras Eidy O. Santos e Ana Paula B. Moreira pelo projeto e pelas orientações.
Referências
1. Querellou, J, Joint, I, Mühling, M. Culturing marine
bacteria – an essential prerequisite for biodiscovery. Microb
Biotechnol. 2010 Sep; 3(5): 564–575.
2. Alves Jr, N.; Neto, O. S. M.; Silva, B. S. O.; et al.
Diversity and pathogenic potential of vibrios isolated from
Abrolhos Bank corals. 2010. Environ Microbiol Rep, v. 2, n.
1, p. 90-95.
3. Martins, Maíra Pompeu. Mar. Prospecção de enzimas de
interesse biotecnológico de Víbrios associados a corais
endêmicos brasileiros. Dissertação de Mestrado. Programa
de Pós-graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia
da Universidade católica de Brasíli
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Identificação preliminar de imaturos de simulídeos (Diptera: Simuliidae)
do Rio Paquequer, no Município de Teresópolis
Camila Gois (IC)
1*, Melissa Barbosa Ferreira (IC)
1, 2, Lidiane Coelho Bebrbet (PG)
1, 3, Vinícius
Ribeiro Flores (PG) 1, 4, Ronaldo Figueiró (PQ)
1, , 5, Ida Carolina Neves Direito (PQ)
1
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste. 2 Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental- PPGCTA, UEZO, 2 Programa de Pós –graduação em
Biotecnologia, INMETRO, 4 Centro Universitário de Volta Redonda- UniFOA, Volta Redonda, RJ 1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste.
*camilagois@outlook.pt
Palavras-chaves: simulídeos, larvas, Serra dos Órgãos
Introdução
A família Simuliidae, que em determinadas
regiões do Brasil também é conhecida como
“borrachudo” ou “piunus”, apresenta metamorfose
completa durante seu ciclo de desenvolvimento.
Os borrachudos pertencem à classe Insecta, ordem
Diptera, família Simuliidae (Pinto, 2012). A
postura de ovos é feita sobre vegetação ou
substrato que será submerso (podendo estes serem
naturais, como: folhas ou galhos ou artificiais,
como: sacolas plásticas), possuem preferência por
realizarem posturas em água corrente, após cerca
de cinco dias ocorre a eclosão dos ovos, entre duas
e três semanas as larvas fabricam um casulo, onde
se transforma em pupa, depois de uma semana a
larva libera-se do pupário. As fêmeas apresentam
atividades hematófagas, sendo elas as
transmissores das doenças duas doenças:
Oncocercose e Mansonelose que ocorrem com alta
frequência na região norte do país. O presente
estudo tem por objetivo analisar morfologicamente
as espécies de simulídeos, verificando
principalmente o padrão das manchas cefálicas
apresentadas pelas larvas desse inseto, dividindo-
os em grupos denominados morfotipos, para a
identificação preliminar de suas espécies.
Materiais e Métodos
As coletas foram realizadas no Parque Nacional da
Serra dos Órgão, Teresópolis – Rio de Janeiro. A
análise foi realizada mediante à uma única coleta
de larvas em cinco sítios diferentes do principal rio
do munícipio de Teresópolis, no estado do Rio de
Janeiro, rio Paquequer. Em cada sítio, são
coletadas larvas desses imaturos em quinze pontos
distintos, com o auxílio de um quadrat. Os mesmos
à medida que forem coletados são preservados em
álcool absoluto e posteriormente feita a triagem
para separar larvas (onde todas serão utilizadas) e
substratos (que serão descartados). Em seguida,
realizamos a análise morfológicas das larvas
através do padrão das manchas cefálicas, podendo
assim ser identificada a espécie desses insetos. Tal
procedimento faz a utilização do microscópio
estereoscópio utilizando diferentes aumento de 4x.
Resultados e Discussão
Os sítios possuem diferentes alturas, sendo um de área
periurbana. Abaixo segue uma tabela relacionando os
sítios, z alturas e morfotipos encontrados. Sítio Altura
(m)
Morfotipos
econtrados
Total
larvas 1 103 1, 6, 7, 10, 11, 12 e 26 482
2 999 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 20, 26, 32 e 35
191
3 855 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 10, 12 e 20 191 4 260 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 11, 20 e 35 222
5 190 1 ao 39 – exceto o 38 1323
*Tabela: Sítios de coleta e quantidades de
morfotipos e larvas.
Na análise da mancha cefálica, em todos os sítios,
obtivemos cerca de 40 padrões diferentes. Tendo
maiores incidências de alguns morfotipos no sítio 5
enquanto que nos sítios 1, 2, 3, 4, também ocorrem
os mesmos padrões, mais suas quantidades
relativamente menores do que o 1. Essas
quantidades podem estar relacionadas com a
localização do sítio, pois o sítio 5 é de área
Periurbana, local em que há uma interferência direta
do homem.
Conclusão
A avaliação do padrão cefálico apresentada pelas
larvas possui grande importância para identificação
das espécies, utilizada em estudos taxonômicos. As
larvas identificadas, serão avaliadas microbiota
desses insetos. Os resultados dessa avaliação
microbiana, poderão ser utilizados como um inibidor
do agente transmissor. Agradecimento: FAPERJ
Referências
1. PINTO, M. J. R; Distribuição, riqueza e diversidade de
borrachudos (Diptera: Simuliidae) na Mata Atlântica: Uso
potencial como bioindicadores de integridade ambiental de cursos
d`água. Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO),
33p, 2012
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Síntese e Avaliação de Derivados da Melatonina e Triptamina no
Tratamento da Malária
Danielle Pagliaminuto (IC)1;Luciana C. Costa (PQ)
1;Célia R. S. Garcia (PQ)
2;Alessandro K.
Jordão (PQ)1.
1Laboratório de Síntese Orgânica Aplicada às Ciências da Saúde – LASOACS, Fundação Centro Universitário
Estadual da Zona Oeste - UEZO, Rio de Janeiro, RJ; 2Instituto de Química, Universidade de São Paulo – USP * danipagliaminuto62@gmail.com e <akjordao@gmail.com>
Palavras-chaves:Malária,,melatonina,,triptamina;.
Introdução
A melatonina tem papel central no controle da
replicação do parasite causador da malária e
estabilização da parasitemia. O bloqueio da via
deste hormônio pode contribuir para a
descoberta de novas drogas antimalariais. As
opções de tratamento específico dependem da
espécie do parasita que causa a infecção. Desta
forma, é importante a descoberta de novas
substâncias que possam ser utilizadas no
tratamento desta doença. A preparação de
derivados da melatonina tem como intuito a
inibição do crescimento ou propiciar a morte do
Plasmodium falciparum.1,2
Materiais e Métodos
Com o objetivo de preparar derivados da
melatonina que possam exibir atividade
antimalárica sobre o ciclo celular do parasita,
diversas moléculas contendo em sua estrutura,
anéis heterociclos, ou anel benzênico foram
planejadas. A metodologia de síntese proposta
apresenta etapas reacionais que já foram
devidamente relatadas na literatura, o que
reforça a possibilidade de obtenção dos
compostos de maneira eficiente.
Resultados e Discussão
O precursor melatonina foi submetido à reação
de hidrólise para a formação do grupo amina
livre. Posteriormente, este intermediário foi
tratado com diferentes cloretos de acila para a
formação dos respectivos produtos desejados
(Esquema 1). A triptamina, um congênere da
melatonina, foi também utilizada como
precursora na formação dos compostos
derivados de melatonina (Esquema 2).
Esquema 1: Preparação dos derivados da melatonina
Esquema 2: Preparação dos derivados da triptamina
Conclusões
A reação empregada na preparação dos
compostos mostrou-se eficiente com rendimento
satisfatório. Agradecimentos: Ao Programa DPP, UEZO e ao PROVIC, FAPERJ
Referências 1. Srinivasan, V.; Spence, D. W.; Moscovitch, A.;
Pandi-Perumal, S. R.; Trakht, I.; Brown, G. M.;
Cardinali, D. P.; “Malaria: therapeutic implications of melatonin” Journal of Pineal Research 2010, 48, 1-8.
2. Schuck, D. C.; Jordão, A. K.; Nakabashi, M.;
Cunha, A. C.; Ferreira, V. F.; Garcia, C. R. S.;
“Synthetic indole and melatonin derivatives exhibit
antimalarial activity on the cell cycle of the human malaria parasite Plasmodium falciparum” European
Journal of Medicinal Chemistry 2014, 78, 375-382.
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Characterization of the resistance profile and effect of 11a-N-Tosil-5-
deoxiazapterocarpan (LQB-223) in diffuse large B-cell lymphoma cells Rebeca S. Brum(IC)
1*, Camilla D. Buarque(PQ)
2, Paulo R.R. Costa(PQ)
3, Raquel C. Maia(PQ)
1, Roberta
S. Faccion(PQ)1
1Laboratorio de Hemato-Oncologia celular e molecular, INCA, RJ, Brasil.
2Departamento de Química, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio, RJ, Brasil.
3Laboratório de Química Bioorgânica, Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais, UFRJ, RJ, Brasil.
Rebecabernardes.98@gmail.com
Keywords: New anticancer agents; LQB-223; Diffuse large B cell Lymphoma; P-glycoprotein.
Introdução
Diffuse large B-cell lymphoma (DLBCL)
represents the most frequent type of non-Hodgkin's
lymphoma (NHL) with aggressive clinical
behavior (40% of cases) and that have the lower
response rate to conventional treatment
(1HENNESSY e col., 2004;
2NG, 2007). Due to
the heterogeneity of responses to treatment and
low cure rate observed in patients, it is important
to identify new therapeutic possibilities (3BAI e
col., 2005). Data from our group (4BUARQUE e
col., 2011; 52014) and our partners suggest that the
11a-N-Tosyl-5-deoxiazapterocarpano compound
(LQB-223) is a promising agent in the treatment of
cancer. Other results also indicate that the
compound has low toxicity to healthy cells.
Furthermore, LQB-223 has no structural relation
with the drugs used in the treatment of first or
second line of DLBCL, suggesting that present
mechanisms of action unrelated to these agents.
Consequently, it has the potential to overcome the
resistance to conventional treatment. Therefore,
the objective of this study is to evaluate the
potential effect of LQB-223 in two cell lines
derived from DLBCL.
Materiais e Métodos
The human cell lines derived from DLBCL
SUDHL4 and Toledo were used in the study. The
line cell SUDHL4 is characterized as GCB subtype
and is susceptible to chemotherapy. The cell line
Toledo is characterized as ABC subtype and has a
profile of resistance to treatment. Both cell lines
were treated with different concentrations of LQB-
223 for different periods of time. Both lines were
also treated with different concentrations of
doxorubicin, vincristine, cisplatin or etoposide,
commonly used in the clinical treatment. To
evaluate cytotoxicity, the MTT assay was
employed. The evaluation of cell cycle profile and
cell death, the detection of drug efflux proteins
ABCB1 (Pgp) and ABCC1 (MRP1) expression
and the analysis of Pgp efflux activity were
performed by flow cytometry. The expression of
Pgp and HSC70 proteins was analyzed by Western
blot.
Resultados e Discussão
SUDHL4 cells showed greater sensitivity to
doxorubicin, vincristine and etoposide than Toledo
cells. At the 48h and 72h time-points, the IC50
was 7.1uM and 6.9uM for SUDHL4 cells and
5.1uM and 4.3uM for Toledo cells, respectively.
The evaluation of SUDHL4 cells cell cycle profile
suggested that doxorubicin and cisplatin treatment
induces an accumulation of cells at G0/G1 phase,
vincristine at G2/M phase and etoposide at S
phase. The treatment with doxorubicin and
etoposide mildly increased cell fragmentation.
Treatment with vincristine and cisplatin induced a
greater increase in the percentage of cells with
fragmented DNA. Evaluating of the resistance
mechanisms in Toledo cells, we found
overexpression and overactivity of Pgp compared
to SUDHL4 cells. However, by Western blot, it
was not possible to detect Pgp expression in either
cell lines.
Conclusões
In conclusion, although preliminary, these results
suggest that LQB-223 may have a promising effect
on sensitive as well as resistant to conventional
treatment DLBCL cells, which display expression of
Pgp and MRP1 and Pgp activity, and stress the need
for further study of its effects in these cells. Acknowledgments: CNPq, FAPERJ, Programa de
Oncobiologia – UFRJ/FAF, Ministério da saúde, INCA.
Referências
1.Hennessy BT, Hanrahan EO e Daly PA. Non-Hodgkin lymphoma: an
update. Lancet Oncol, v.5, n.6, Jun, p.341-53. 2004.
2Hoffman R. Hematology: basic principles and practice. Philadelphia:
Elsevier Churchill Livingstone. 2005. xxix, 2821 p. p. Ng AK. Diffuse
large B-cell lymphoma. Semin Radiat Oncol, v.17, n.3, Jul, p.169-75.
2007.
3Bai M, Skyrlas A, Agnantis NJ, Kamina S, Papoudou-Bai A, Kitsoulis P e
Kanavaros P. B cell differentiation, apoptosis and proliferation in diffuse
large B-cell lymphomas. Anticancer Res, v.25, n.1A, Jan-Feb, p.347-62.
2005.
4Buarque CD, Salustiano EJ, Fraga KC, Alves BR, Costa PR. 11a-N-
Tosyl-5-deoxi-pterocarpan (LQB-223), a promising prototype for targeting
MDR leukemia cell lines. Eur J Med Chem, v.78, May, p.190-7. 2014.
5Buarque CD, Militão GC, Lima DJ, Costa-Lotufo LV, Pessoa C, de
Moraes MO, Cunha-Junior EF, Torres-Santos EC, Netto CD, Costa PR.
Pterocarpanquinones, aza-pterocarpanquinone and derivatives: synthesis,
antineoplasic activity on human malignant cell lines and antileishmanial
activity on Leishmania amazonensis. Bioorg Med Chem, v.19, n.22, Nov,
p.6885-91. 2011.
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016. Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Efeito combinado dos polimorfismos nos genes VEGF e KDR no risco de
desenvolvimento do osteossarcoma
Mirla P. Aguiar (IC)1,2
*, Walter Meohas (PQ)1, Ana Cristina S. Lopes (PQ)
1, Pedro Caldeira (PQ)
1, Daniel
E. Machado (PQ)2, Mayara C. Silva (IC)
1,2, Thaís S. Figueiredo (IC)
1,2, Maria Eugênia L. Duarte (PQ)
1,
Amanda S. Cavalcanti (PQ)1, Jamila A. Perini (PQ)
1,2,3
1 Laboratório de Biologia Molecular, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia – INTO, RJ, Brasil;
2 Laboratório de Pesquisa de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual da Zona Oeste – UEZO, RJ, Brasil;
3 Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, ENSP, FIOCRUZ, RJ, Brasil.
Palavras-chaves: Osteossarcoma. Angiogênese. Polimorfismo.
Introdução
O osteossarcoma é o tumor maligno primário mais
comum do tecido ósseo. O pico de incidência da
doença ocorre na segunda década de vida, com um
segundo pico em pacientes idosos1. O osteossarcoma
tende a produzir metástases pulmonares, sendo esta a
principal causa de morte2. Em média, 20% desses
pacientes apresentam metástase pulmonar no
momento do diagnóstico3, com taxa de sobrevida
global em 5 anos de apenas 28%4. A angiogênese é
um evento carcinogênico relacionado com o potencial
agressivo de um tumor5. O fator de crescimento
endotelial vascular (VEGF) e o seu receptor (KDR)
são fatores cruciais no processo da angiogênese, e
polimorfismos em ambos os genes podem estar
associados ao desenvolvimento do tumor. O objetivo
desse estudo foi investigar a contribuição dos
polimorfismos nos genes VEGF e KDR com o risco de
desenvolvimento do osteossarcoma.
Materiais e Métodos
O estudo caso-controle foi aprovado pelo Comitê de
ética em Pesquisa no Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia (CEP
51037315.9.0000.5273) envolvendo 25 pacientes
diagnosticados histologicamente com osteossarcoma
(casos) e 98 controles. Os polimorfismos nos genes
VEGF (-2578C>A, -460T>C, -1154G>A, +405G>C e
+936C>T) e KDR (-604T>C, 1192C>T e +1719T>A)
foram genotipados utilizando o sistema TaqMan. A
associação dos polimorfismos com o desenvolvimento
do osteossarcoma foi avaliada por odds ratios (OR)
com intervalos de confiança de 95% (IC). Os níveis
séricos de VEGF foram determinados por ELISA.
Resultados e Discussão
Os dados demográficos e clínicos dos pacientes com
osteossarcoma estão distribuídos na tabela 1. Não
foram observadas diferenças significativas na
distribuição dos alelos (figura 1) ou genótipos dos
polimorfismos em VEGF -2578C>A, -1154G>A,
+405G>C, +460C>T e KDR -604T>C, +1719T>A
entre os pacientes com osteossarcoma e controles. Fig. 1 Frequências alélicas dos polimorfismos nos genes VEGF e
KDR nos grupos caso e controle. Os valores de P do teste χ2 não
foram significativos.
Tab. 1. Características demográficas e clínicas dos pacientes
com osteosarcoma.
O polimorfismo VEGF +936T>C foi associado
como fator de proteção ao desenvolvimento de
osteossarcoma (OR: 0.27, 95% CI: 0.09-0.84),
enquanto o KDR +1192C>T foi associado como
fator de risco no desenvolvimento da doença (OR:
8.19, 95% CI: 1.70-39.54). No total sete haplótipos
foram inferidos derivados dos polimorfismos em
VEGF, e oito do KDR. O grupo de osteossarcoma
(232 pg/ml) exibiu altas concentrações de VEGF
comparado com o grupo controle (216 pg/ml).
Conclusões
O polimorfismo no gene VEGF +936T>C foi fator
de proteção para o desenvolvimento do
osteossarcoma. No entanto, o polimorfismo no gene
KDR +1192C>T mostrou ser um fator de risco ao
desenvolvimento da doença. O estudo destes
polimorfismos sugere uma interação gene-gene na
susceptibilidade do tumor, podendo contribuir para a
identificação de biomarcadores para o diagnóstico
e/ou prognóstico do osteossarcoma, assim como
possíveis alvos moleculares para o tratamento
individualizado.
Agradecimentos: FAPERJ, INTO.
Referências
1. Unni KK, Inwards CY (2013) Dahlin´s - Tumores Ósseos 6ºEdição
Brasil Santos 410 p.
2. Meyers PA, Gorlick R (1997) Osteosarcoma Pediatr Clin North Am
44:973-89.
3. Petrilli, A.S. et al (2006) Brazilian Osteosarcoma Treatment Group
Studies III a nd IV: prognostic factors and impact on survival. Journal of
Clinical Oncology 24:1161-8. 4. Bielack S et al (2009) Osteosarcoma: the COSS experience Cancer Treat
Res 152:289-308. 5. Folkman J (2007) Angiogenesis: an organizing principle for drug
discovery? Nat Rev Drug Discov 6:273-86.
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
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Caracterização e Biodistribuição de Bevacizumab baseado em
nanomicelas de TPGS: Estudos Preliminares.
Suyene Rocha Pinto (IC)1*
, FiorellaTesan(PQ)1 , Cristal Cerqueira-Coutinho(PQ)
2, Jimena
Salgueiro(PQ)1, Marta de S. Albernaz(PQ)
3, Sara Rhaissa Rezende dos Reis(IC)
4, Emerson S.
Bernardes(PQ)5, Diego Chiapetta(PQ)
6,7, Marcela Zubillaga(PQ)
1,6, Ralph Santos-Oliveira(PQ)
4
1Universidade Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, Brasil; 1Laboratório de Radioisótopos, Cátedra de Física,
Facultad de Farmacia y Bioquímica, Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina; 2Instituto de
Macromoléculas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; 3Universidade Federal Rio de
Janeiro, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Rio de Janeiro, Brasil; 4; 5Instituto de Pesquisa Energética
Nuclear, Setor de Radiofarmácia, São Paulo, Brasil; 6Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
(CONICET), Buenos Aires, Argentina; 7Cátedra de Tecnología Farmacéutica, Facultad de Farmacia y Bioquímica,
Universidad de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina.
Email: presidenciaradiofarmacia@gmail.com
Palavras-chaves: Biodistribuição, TPGS, Bevacizumab, MKN45.
Introdução
O Bevacizumab é um anticorpo monoclonal
aprovado pelo FDA para uso em uma grande
variedade de cânceres, em especial o gástrico1.
O TPGS, Succinato de polietilenoglicol D-α-
tocoferol é a forma solúvel em água da
Vitamina E, muito utilizado para confecção de
sistemas micelares2. As micelas, são sistemas de
entrega de fármacos (DDS) capazes de permear
barreiras biológicas com maior facilidade, assim
como aumentar a circulação sanguínea desses
fármacos3. Esse trabalho tem como objetivo
desenvolver e avaliar a biodistribuição de
nanomicelas de Bevacizumabe confeccionadas
com TPGS em camundongos induzidos com
câncer gástrico.
Materiais e Métodos
A biodistribuição das micelas com bevacizumab
radiomarcadas com Tc99m foram realizadas nos
ratos nude Balb C xenoenxertados com
linhagem celular MKN45 de câncer gástrico. O
nanorradiofármaco foi administrado via retro-
orbital e após uma hora foi avaliada a
biodistruição, com dissecação total e avaliação
de todos os órgãos.
Resultados e Discussão
Os resultados do DLS demonstraram a
formação de uma micela com tamanho médio de
10nm. A biodistribuição mostrou que a absorção
mais elevada foi encontrada em ambos os
pulmões e fígado. Os rins também tinha uma
absorção importante. O tumor apresentou
acumulação moderada a baixa de nanomicelas
radiomarcados, no entanto a proporção tumor/
sangue foi consideravelmente alta.
Conclusões
Estes resultados preliminares podem ajudar
como um ponto de partida para continuar a
avaliar o potencial de nanomicelas baseados em
bevacizumab-TPGS radiomarcados para ser
utilizado como um agente de diagnostico para
câncer gástrico.
Agradecimentos: Universidade Estadual da Zona
Oeste; Instituto de Engenharia Nuclear e CNPq.
Referências
1. World Health Organization website. Cancer: Fact Sheet
No 297 WHO.
www.who.int/mediacentre/factsheets/fs297/en/.
2. Cancer Research UK website:
www.cancerresearchuk.org/health-professional/cancer-
statistics/worldwide-cancer/incidence#ref-5.
3. Avital, I., P.W.T. Pisters, D.P. Kelsen, C.G. Willett.
Cancer of the stomach, in: V.T. DeVita, T.S. Lawrence,
S.A. Rosenberg, (Eds),DeVita, Hellman, and Rosenberg’s
Cancer: Principles and Practice of Oncology, 9th
Ed,Lippincott Williams & Wilkins,Philadelphia, United
States of America, 2011, pp 924-954.
127
“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Abstracts PIBIC e PIBITI-CNPq 2015-2016
128
“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Study of the anti-inflammatory potential of Euterpe oleracea extract in
an experimental model of endometriosis
Kariny G.Pereira (IC)1,2*
; Karina C. Rodrigues-Baptista (PQ) 1,2,5
; Jessica Alessandra-Perini
(PQ)1,2,5
;Roberto S. de Moura(PQ)3; Thiago A. Santos(PQ)
4; Jamila Perini (PQ)
1,2; Daniel E.
Machado(PQ)1,2
1Research Laboratory of Pharmaceutical Sciences - LaPec, State University Center of the West Zone, Rio de Janeiro,
RJ; 2Laboratório for Research in Clinical Analyses - Lapac, State University Center of the West Zone, Rio de
Janeiro, RJ; 3Department of Pharmacology and Psychobiology - Biology Institute Roberto Alcantara Gomes, State University of Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ; 4Laboratory of Technology in Cell Culture - LTCC, State University
Center of the West Zone, Rio de Janeiro, RJ; 5Graduate Program in Public Health and Environment, ENSP,
FIOCRUZ, Rio de Janeiro, Brazil
karinygomespereira@hotmail.com Key Words: Endometriosis, Euterpe oleracea, Inflammation.
Introduction
Endometriosis is an inflammatory disease
characterized by growth of endometrial tissue
extrauterine location1. The drug treatments
available can only be used for a short period
because of serious adverse effects and even
surgical treatment, which is more effective, the
disease can recurs 3-5 years after the surgery2.
Thus, it is of great clinical importance the
development of new therapies for the treatment
of endometriosis. Our group has been studying
the benefits of açaí with proven anti-
inflammatory drug activity, antioxidant and
antiproliferative. In this context, the objective of
this work is to study the pharmacological effect
of açaí in an experimental model of
endometriosis.
Materials and Methods
This project was approved by CEUA No.
09/2014 of UEZO. We used female Wistar rats
(n = 20) and established an experimental model
of endometriosis from autologous endometrial
fragments into the peritoneal cavity. After 15
days of establishment, the lesions were observed
by macroscopic analysis, then the animals were
divided into two groups: treated with 0,02g of
Euterpe oleracea (n = 10) or vehicle (n = 10), by
gavage for 30 days. After treatment, we
analyzed the histological features of the lesions,
immunostaining of VEGF, MMP-9, COX-2,
Flk-1 and F4-80, expression of KDR, MMP-9,
COX-2 and VEGF genes using real time PCR,
PGE2 and VEGF levels by ELISA, the number
of activated macrophages using flow cytometry
with F4-80, the nitric oxide dosage by the
colorimetric study using the Griess.
Results and Discussion
Our results showed significant reduction in the
size of the implants treated with açaí and the
histological analysis we observed mainly
atrophy and regression of the lesions. The
immunostaining of VEGF, MMP-9, Flk-1,
COX-2 and F4-80 was lower in the treated
group, distributed in the stroma around the
endometrial glands. These results were
confirmed in molecular studies, being observed
a reduction in the expression of genes evaluated.
Also was observed a reduction in the number of
activated macrophages, nitric oxide
concentrations and in the levels of PGE2 and
VEGF in animals treated with açai compared to
the control.
Conclusion
These results confirm the anti-inflammatory and
antiangiogenic effect of açai extract and suggest
its use as an important tool in the search for a
more effective treatment for endometriosis with
fewer side effects.
Acknowledgments: CNPq and FAPERJ.
References
1. Galle PC. Clinical presentation and diagnosis of
endometriosis. Obstet Gynecol Clin North Am. 1989; 16:
29-42.
2. Guo SW, Olive DL. Two unsuccessful clinical trials on
endometriosis and a few lessons learned. Gynecol Obstet
Invest. 2007; 64: 24-35.
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
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Polymeric membranes modified with ceramic foam for use in fuel cells:
influence of the SPEEK’s sulfonation degree Nicolas G. Teixeira(IC)¹*, Damouche, K.(PQ)
2, Ramos Filho, F. G. (PQ)
1
1 Laboratório de Tecnologia de Materiais - LTM, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, RJ; 2 Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano(IMA), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, RJ*
nigote773@gmail.com florenciogr@yahoo.com
Keywords: SPEEK, ceramic foam, zirconia, selective permeability
Introduction
The most used membranes in fuel cells (FC) is
the Nafion®. However, Nafion
® is not
appropriate to use in FC with direct feeding of
alcohol (DAFC) due to its high permeability to
alcohol. Another crucial disadvantage of those
membranes is there high cost which prevents
their utilization in a high scale [1]. The main
objective is the development of hybrid
membranes of SPEEK’s polymer with ceramic
foam for use in DAFC, as well as study the
influence of de SPEEK’s sulfonating’s degree in
the properties of the membrane.
Materials and Methods
SPEEK’s with three degrees of sulfonating
(DG) were used: 45, 55 e 65%. The foam was
incorporated within the SPEEK’s in constant
content of 2%. The water’s and ethanol’s
sorption through the swelling test. The selective
permeability was evaluated through the
pervaporation test and the thermal stability
through TGA.
Results and Discussions
On the water’s swelling test, in general, there
was not the influence of the rising temperature,
with the exception of the SPEEK’s hybrid
membranes with the highest DG (65%). That
happens due to the bigger presence of the hydrophilic’s sulphonic’s groups, coupled with
the fact that at high temperatures the chains
acquire more mobility, making possible the
most water inlet in the membrane, rapidly
reaching the equilibrium. The membranes
demonstrated a bigger sorption in ethanol
solution than in water, presenting high values in
tempertures from 60°C. The thermal stability
was evaluated by TGA. In general, the
membranes showed three events of loss mass.
On the pervaporation test it could be observed
that the permeate flow tended to decrease with
the increasing temperature when the test was
carried out with water, with the exception of the
SPEEK membrane with GS=55% and 2% of
foam. The opposite occurred using the ethanol
solution (See Tables 1 e 2).
Table 1. Results of the pervaporation test in
water and ethanol solution
Sample
Permeate water flow
(kg.m-2
.h-1
)
30°C 50°C
SPEEK45 0,12 0,11
SPEEK55 0,09 0,08
SPEEK65 0,10 0,07
SPEEK45Z 0,12 0,06
SPEEK55Z 0,17 0,23
SPEEK65Z 0,24 0,24
Table 2. Results of the pervaporation test in
20% ethanol solution
Sample
Permeate flow ethanol
solution (kg.m-2
.h-1
)
30°C 50°C
SPEEK45 0,88 1,17
SPEEK55 1,12 1,05
SPEEK65 1,35 1,43
SPEEK45Z 0,21 0,27
SPEEK55Z 0,31 0,34
SPEEK65Z 0,52 0,58
Conclusions
The hybrid membranes were obtained with a
good dispersion level of the foams. The water
sorption of water and ethanol solution changed
considerably with the temperature and the
foaming kept constant. The sorptions show to be
influenced by the channels created and the SO4
content. The hybrid membranes showed higher
sorption level in ethanol solution. The
incorporation of the foam helped to increase the
thermal stability, mainly from 55% of SPEEK. Acknowledgments: CNPq
References
1- Karthikeyan, C.S.; Nunes, S.P.; Prado, L.A.S.A.; Ponce,
M.L.; Silva, H.; Ruffmann B.; Schulte K.; Journal of
Membrane Science 254, 139–146, 2005.
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“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
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Creation and implementation of metrics in complex fuzzy networks Igor R. Pestana (IC)
1*, Rogério P. Espíndola (PQ)
1
1 Núcleo de Computação Científica, UEZO
* igorrpestana@yahoo.com.br
Keywords: fuzzy set theory, complex networks, planktonic trophic networks, search algorithms
Introduction
To contribute to the understanding and
preservation of coastal ecosystems, this work
proposes to improve an approach to planktonic
networks studies through complex networks1
with fuzzy2 relations. From flow cytometry
data3, fuzzy multigraphs are produced to
represent the complex interactions between
observed living beings (primary producers,
primary and secondary consumers). The
analysis and the interpretation of the network
obtained depend on the metrics that estimate its
topological and functional characteristics. Thus,
this project involves the research, modeling and
implementation of graph metrics using the fuzzy
set theory, incorporating them to the existing
system which yields complex networks by
differential evolution. It is expected that the
fuzzy metrics allow the evolutionary process to
produce better networks with optimized fuzzy
sets.
Materials and Methods
Cytometry is a process that measures physical
and chemical characteristics of particles of
biological or non-biological elements. In flow
cytometry, particles are measured through a
fluid stream in a measuring device, which
allows the execution of a large number of
measurements in sequence. With recent
technological developments, analytical flow
cytometry has become an attractive process
because it is capable of performing high
frequency measurements on individual
particles4. Several and varied collective
structures, natural or artificial, present network
behaviors, among them the Internet, social
networks between individuals with common
interests, metabolic networks and food webs. In
biology so far, the network metaphor is used to
represent ecological systems and they have
become widely applied, constituting an
important tool on the understanding and
quantification of ecological phenomena5.
Results and Discussions
During the research, three of the most used
complex modeling libraries were studied: Jung,
NodeXL and JGraphT. The first one was
choosed. From this study, it was possible to
identify its limitations and the importance of
developing our own network analysis tools.
However, the visualization features are
powerful and will continue to be harnessed
within this research. Several statistics and
traditional metrics in graph theory were
modeled using the concepts of fuzzy logic and
deployed in Java and Prolog: connectivity,
centrality, intermediation and modularity
measures. The experiments that will evaluate
the effectiveness of these metrics are running in
the context of a network generator development,
in which differential evolution optimization is
performed to find the most suited fuzzy
membership function according to the desired
characteristics.
Conclusions
To contribute to the understanding and
preservation of coastal ecosystems, this work
aimed to improve the study of planktonic
networks through complex fuzzy networks,
which depend on subjective views for their
definitions, by offering a set of network metrics
with better interpretations than their versions in
the classic set theory. Results of the experiments
that used the codes developed in this research
are still in production.
Acknowledgments: CNPq.
References
1. Newman, M. (2010). The structure and function of
complex networks. SIAM Review, 45, 167-256.
2. Ross, T. J. (2010). Fuzzy Logic with Engineering
Applications (3 ed.). Nova Iorque: Wiley.
3. Shapiro, H. (2003). Practical Flow Cytometry (4 ed.).
New Jersey, USA: John Wiley & Sons.
4. Malkassian, A., Nerini, D., M.A., v. D., M., T., C., M., &
G., G. (2011). Functional analysis and classification of
phytoplankton based on data from an automated flow
cytometer. Cytometry A, 79, 263-275.
5. Newman, M. (2010). Networks: An Introduction. New
York, USA: Oxford University Press.
131
“UEZO portas abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
Complex networks database: modeling, management and visualization Lucas S. Garcez (IC)
1*, Rogério P. Espíndola (PQ)
1
1 Núcleo de Computação Científica, UEZO
* lucasgarcezdev@gmail.com
Keywords: complex networks, planktonic networks, databases, data visualization
Introduction
Currently, the investigation of the interactions
between organisms1 of an ecosystem by
complex networks2 is in full development
because of more powerful data processing
infrastructures in research laboratories. In
particular for investigation of marine
ecosystems, the amount of data produced from
plankton - the base of the food chain of these
ecosystems - studies is very challenging because
they require greater computational resources,
storage and processing, besides offering greater
difficulty in modelling and understanding them.
Thus, this work has proposed the creation of a
relational database to store the information of
the trophic networks, formed by a software that
uses fuzzy set theory3 to model networks'
relations, their structural features and their
functional and topological metrics. In addition,
it was proposed a prototype of a tool that allows
easy access to this information from the
database with visualization capabilities of the
network structure. It is expected that these tools
may help researchers to do their tasks faster and
to have a better understanding of the
relationships in planktonic communities.
Materials and Methods
Diverse and varied collective structures, natural
or artificial, exhibit network behaviors as
Internet, social networks among individuals
with common interests, metabolic networks and
food webs. In biology, the use of network
metaphor to represent ecological systems is old
and they have become widely used, thus
becoming an important tool to aid the
understanding and quantification of ecological
phenomena4. To produce an infrastructure
capable of storing safely the information of the
most interesting networks and to allow users to
view them, providing better conditions to the
experts to infer from data, it was adopted
MySQL as a database manager due to its easy
installation on all operating systems and
efficient integration with a Java code through
the Java Database Connectivity (JDBC) API.
Results and Discussions
After exploration and study of various options,
it was decided to adopt MySQL as a database
manager. The specification of the database was
performed with MySQL Workbench. As the
software that uses the database is separated into
two main components, the generation of the
membership function and the generation of
complex networks, the database was modeled in
two corresponding parts to facilitate their
understanding, development and maintenance.
Afterwards it was required software
reformulation and integration: the one which
produces fuzzy pertinence functions to model
relationships in a network and the one which
applies them to the particles’ data, producing
the network. Thus, this step was essential to
better organize future software implementations
by offering a single software development
environment.
Conclusions
To contribute to the understanding and
preservation of coastal ecosystems, this work
proposes the creation of a relational database to
store all planktonic networks studied and the
development of a tool that allows easy access to
the information of this database, including the
visualization of the network structure.
Acknowledgments: CNPq.
References
1. Odum, E. (2001). Fundamentos de Ecologia (6 ed ed.).
Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian.
2. Newman, M. (2010). The structure and function of
complex networks. SIAM Review, 45, 167-256.
3. Ross, T. J. (2010). Fuzzy Logic with Engineering
Applications (3 ed.). Nova Iorque: Wiley.
4. Newman, M. (2010). Networks: An Introduction. New
York, USA: Oxford University Press.
132
“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
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Oficinas Interativas – Centro Esportivo Miécimo da Silva
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Óleos Essenciais: Cheiros e Sabores
Gabriele Marques (IC), Ludmila Alves (IC), Patricia Verônica L. França (IC), Tauana F. Pereira
(PG), Adriana A Sacramento (PG) Emille Cassia C Santos(PG), Ezaine Cristina C. Torquato (PQ),
Maria Cristina de Assis (PQ) , Cristiane P. Victório (PQ) * Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste
Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia Ambiental
*cristianevictorio@uezo.rj.gov.br
Palavras-chaves: Óleos essenciais, plantas aromáticas, saúde e alimentação
Introdução
Os óleos essenciais são substâncias do
metabolismo vegetal associados a defesa,
atração de polinizadores, e mediadores de outras
interações ecológicas1; também responsáveis
pelos aromas e sabores de muitas espécies
vegetais2. Há milhares de anos os óleos
essenciais eram utilizados no embalsamento de
cadávares, em cerimônias religiosas ou de
sacrifícios3. Estes óleos são misturas naturais
extremamente complexas que podem conter
mais de 60 substâncias em diferentes
concentrações, podendo trazer vários benefícios
para saúde física e emocional. Destacam-se por
suas propriedades antibacterianas, analgésicas,
sedativas, expectorantes, estimulantes, entre
outras2. Além do uso terapêutico dos óleos
essenciais (aromaterapia) e dos estudos de
pesquisa clínica, apresentam aplicação na
culinária, nas indústrias de alimentos, bebidas e
cosméticos1,2,3
. O objetivo do nosso trabalho foi
mostrar para a população os diversos usos dos
óleos essenciais e como eles estão presentes no
dia a dia. Como por exemplo, o óleo de
citronela usado como repelente para mosquitos,
o manjericão utilizado para problemas
gastrointestinais e o óleo de lavanda bastante
aplicado em diferentes produtos cosméticos.
Materiais e Métodos
Foi elaborada uma oficina com o tema “Cheiros
e Sabores” onde na prática foi feita a extração
dos óleos essenciais pelo método de
hidrodestilação. Os aromas foram percebidos
nos arredores do local da oficina. Foi extraído
óleos de casca do limão e de cravo, e foram
exibidas diferentes plantas aromáticas de uso
cotidiano como alecrim, tomilho, orégano, etc.
Foram utilizados produtos comerciais e
cosméticos, a base de óleos essenciais para que
os visitantes pudessem utilizar e sentir o aroma.
Torradas foram feitas com alecrim e orégano
para degustação como exemplo do uso culinário
onde estas plantas dão sabor e cheiro. Alunos de
pós-graduação e iniciação científica que
trabalham com a atividade medicinal dos óleos
expuseram suas pesquisas em ensaios contra
bactérias.
Resultados Recebemos alunos das escolas de Ensino
Fundamental e Médio, bem como publico em
geral, famílias, e a reação do público foi a
melhor possível, mostrando que pouco se
conhece em relação a este tema, que atualmente
é de grande relevância para saúde humana.
Fig. 1. A. Sabores: torradas com alecrim e
oregano. B. Planta de alecrim (Rosmarinus
officinalis L.). C. Equipamento de extração de
óleos essenciais por arraste de vapor.
Conclusões
Esta oficina mostra a relação entre o uso
popular e a ciência, e tornam público os
resultados obtidos da ciência de modo a
aproximar o leigo. Para nós que fazemos
ciência, encontramos aliados na promoção e
repercussão da ciência.
Referências
1. Dudareva, N. et al. (2006) Plant Volatiles: Recent
Advances and Future Perspectives. Crit Rev Plant Sci, 25:
417–440
2. Shankar, J. et al. (2014) A status review on the medicinal
properties of essential oils. Ind Crops Prod 62: 250–264.
3. Brito, A.M.G. et al. (2013). Aromaterapia: da gênese a
atualidade. Rev. Bras. Pl. Med., v.15, n.4, p.789-793.
134
“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação Rio de Janeiro, 18 a 20 de outubro de 2016.
Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
A Eletrofloculação e o pH no Meio Ambiente
Carlos Eduardo G.Marinato
2,, Giovanna F.R.Mota
2,, Felipe F.Bastos
2,, Luisa N.F.Amorim
2,, Elinéia
O.A.Rodrigues2,, Ana júlia B.B.Nabuco
2,, Lucas E.Simões
2,, Ingrid O.Garrido
2,, Ana Rita A.
Carvalho1, Marise C. Mello
1,2*
1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, 2,
Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
* marise.cm@gmail.com
Palavras-chaves: Eletrofloculação, pH, meio ambiente
Introdução
A preservação do meio ambiente é cada vez
mais necessária em decorrência das atividades
humanas que, além de usar os recursos naturais
de forma não sustentável, geram diferentes tipos
de resíduos que são lançados na Natureza
provocando danos. Uma ferramenta essencial
para se atingir um desenvolvimento sustentável
é a Educação Ambiental. Logo, as Oficinas de
Química sobre pH e a técnica de eletroflocula-
ção tiveram como objetivo despertar no público
a integração que deve existir entre ciência,
tecnologia e sustentabilidade.
Metodologia
Oficina de pH: O extrato de repolho roxo, um
indicador de pH natural1
(Figura 1), foi utilizado
para determinar o pH de diferentes soluções
(ácidas, básicas e neutras). Foram discutidos o
conceito de pH, sua importância no meio
ambiente e os valores máximos e mínimos de
pH permitidos para o descarte de resíduos.
Figura 1: Variação de cores das soluções de pHs
diferentes com a adição de extrato de repolho roxo.1
recursos utilizados.
Oficina de Eletrofloculação: Essa técnica é
usada para remover de forma eficaz poluentes
de águas residuais que contenham uma carga
iônica elevada (Figura 2). Foram debatidas a
importância da preservação da água para a
continuidade da vida no planeta e a necessidade
de se tratar os efluentes para diminuir a
captação desse recurso pelo seu reuso.
Figura 2: Ensaio de eletrofloculação2
Resultados
A Figura 3 mostra fotos das oficinas de pH e de
eletrofloculação.
Figura 3: Fotos das Oficinas de pH e de
eletrofloculação durante a SNCT no centro Esportivo
Miécimo da Siva- Campo Grande- RJ.
Conclusões
As oficinas despertaram o interesse do publico
de todas as idades, principalmente, porque
proporcionaram uma constatação visual do que
era explicado no ensaio de pH (mudança de
coloração das soluções) e de eletrofloculação
(processo de oxidação, formação de gás H2 e
dos flocos de FE(OH)2, FE(OH)3 e a remoção
do corante da água). Todos, em especial as
crianças, se mostraram sensíveis e conscientes
sobre a importância do desenvolvimento
sustentável. Agradecimentos: A todos os alunos de Ciências
Biológicas e Biotecnologia do segundo período da
UEZO que participaram ativamente dessas oficinas.
Referências
1.Fogaça, J. Disponível em:<.m.manualdaquimica.uol. com.br/experimentos-quimica/indicador-acido-base-com-
repolho-roxo.htm/.
2. Sociedade Brasileira de Química, (2010). Colaboradores:
Neto, S.A.; Andrade, A. R.. São Paulo: Sociedade Brasileira
de Química, p.57- 63.
135
“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Microrganismos do bem
Lidiane C. Berbert(PG)1,2
, Juliana B. Succar(PG)1,2
, Vinicius R. Flores(PG)3, João Victor R.
Ferreira(PG)3, Barbara A. Peckle (PG)
4, Camila Gois F. Couto(IC)
1, Melissa B. Ferreira(IC)
1,
Gabrielly B. da Silva(IC)1, Leticia C. B. de Andrade(IC)
1, Bruna R. B. Trindade(IC)
1, Silvio Carlos
S. Russo(IC)1, Edson M. da Costa Moura(IC)
1, Nivaldo José dos Santos Júnior(IC)
1, Beatriz da
Silva Soares(IC)1, Matheus de Oliveira N. Marques(IC)
1, Alice C. Martins(IC)
1, Juliana M. de
Souza(IC)1, Jefferson H. Q. Rodrigues(IC)
1,Luiz F. P. Brandão(IC)
1, Ida C. N. Direito(PQ)
1
1 Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO, 2 Programa de Pós-Graduação em Ciência e
Tecnologia Ambiental – UEZO, ³ Programa de Pós-graduação em Biotecnologia - INMETRO, 4Programa de Pós-
graduação em Biotecnologia Vegetal - UFRJ
<lidy_berbert@hotmail.com> <idacarolinadireito@gmail.com>
Palavras-chaves: bactérias, fungos, microrganismos benéficos
Introdução
Estudos demonstram que alguns
microrganismos são utilizados, ainda que
involuntariamente, desde o período neolítico
(9000 a 3500 a.C.) quando leites e queijos
fermentaram espontaneamente 1,2
. Mesmo com
o uso destes agentes para produção de alimentos
desde a antiguidade e das aplicações mais
recentes na medicina, a exemplo da descoberta
da penicilina3 e da toxina botulínica, muitas
vezes microrganismos ainda são relacionados
única e exclusivamente à ações nocivas ou
prejudiciais ao homem. A presente oficina teve
como objetivo reverter, pelo menos um pouco, a
imagem negativa que muitos tem a respeito dos
microrganismos, mostrando que muitas coisas
do dia-a-dia só são possíveis graças a eles
Metodologia
Oralmente foi realizada uma enquete aos
participantes, perguntando se sabiam o que eram
microrganismos e o que achavam sobre eles
(bons ou ruins/fazem bem ou mal).
Posteriormente à resposta, foi realizada a
demonstração de inúmeras utilizações dos
microrganismos através de fotografias e itens
expostos como leite fermentado, queijo,
iogurtes, etc. Ao fim, para conhecer um pouco
mais sobre fungos e bactérias, realizou-se a
visualização dos mesmos em placa de petri e
lâminas ao microscópio. As lâminas
apresentavam bactérias coradas pela técnica de
Gram ou fungos corados com azul de algodão
(lactofenol).
Resultados
A pesar de sua milenar utilização, em especial,
na produção de alimentos, a maioria dos
visitantes desconhecia a participação dos
microrganismos em setores como alimentação e
medicina, sempre associando-os apenas à
doenças ou a deterioração de alimentos (Figura
1).
Figura 1. Crianças fazendo sinal de negativo quando
perguntadas se microrganismos são bons ou ruins (A);
Exposição das fotografias (B); demonstração do cultivo de
microrganismos (C); Crianças visualizando bactérias e
fungos no microscópio óptico (D)
Conclusões
Mesmo com os microrganismos sendo
utilizados a muito tempo nas mais variadas
áreas, a maioria das pessoas, independentemente
de sua faixa etária, ainda desconhecem suas
aplicações, tendo uma visão unicamente
negativa dos mesmos. Sendo assim, atividades
como estas, de divulgação e popularização da
ciência e tecnologia são de grande relevância
para a sociedade. Agradecimentos: FAPERJ
Referências
1 Gava, A. J. et al Tecnologia de alimentos. Sao Paulo:
Nobel, 2008.
2 Wojslaw, E.B. Tecnologia de Alimentos. Brasília.
lms.ead1.com.br/webfolio/Mod4916/tecnologia_de_aliment
os_v1.pdf
3. NobelPrize - Sir Alexander Fleming – Biographical.
/www.nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/1945/
fleming-bio.html..
136
“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Do laboratório para o campo: propagação vegetal in vitro e
adubação verde
Dora dos S. Costa (PG)¹*, Carla Caroline A. da Silva (IC)¹, Daniel da S. Ramos (IC)
1, Anna
Beatrice T. D. Santos (IC), Andressa S. da Silva (PG), Ida Carolina N. Direito (PQ),
Cristiane P. Victório (PQ) 1 Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO
* dora.cost@hotmail.com
Palavras-chaves: Cultura de tecidos vegetais, Adubação verde. Produção agrícola
Introdução
Frente às mudanças climáticas, pragas e doenças
e a necessidade cada vez mais crescente de um
estabelecimento de agricultura sustentável,
nunca a biotecnologia esteve tão presente na
vida do produtor1. Dentre algumas das
tecnologias mais difundidas está a propagação
vegetal in vitro e a adubação verde. A
propagação in vitro é uma técnica que torna
possível fazer seleção de plantas com
características desejáveis, de forma rápida, em
condições assépticas, e viabiliza a multiplicação
clonal em massa de mudas, consequentemente,
aumenta a produção agrícola. A adubação verde
é uma alternativa perante os adubos químicos,
utilizando leguminosas que através de suas
raízes estabelecem relações mutualísticas com
bactérias do solo que são fixadoras de
nitrogênio atmosférico, nutriente essencial,
incorporado de uma maneira ecologicamente
correta. Ambas as tecnologias representam um
pouco do quanto a ciência está presente de
forma direta ou indireta na nossa alimentação.
Com isso, o objetivo desta oficina é popularizar
a ciência em práticas de biotecnologia vegetal,
com breves explicações sobre as técnicas de
cultura de tecidos vegetais e de adubação verde,
apresentando os benefícios dessas técnicas para
a produção agrícola. Ao final das atividades
serão distribuídas sementes e mudas de
leguminosas usadas na adubação verde.
Metodologia
A divulgação para o público foi feita na Semana
Nacional de Ciência e Tecnologia, no polo do
Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo
Grande na Zona Oeste do Rio de Janeiro Foi
decorada uma mesa com malha, juta e fitas de
crepom para imitar folhas, a fim de induzir aos
visitantes à atmosfera do campo. A mesa foi
dividida em dois temas: um sobre cultivo in
vitro de vegetais e o outro sobre adubação
verde. Na área designada para o cultivo in vitro
foram dispostos frascos com mudas de
bananeira e manjericão in vitro e foi montado
um mini-circuito: processo de desinfestação de
sementes, germinação e produção de plântulas
in vitro. Já na parte reservada para a adubação
verde, foram expostas mudas e sementes das
leguminosas Crotalaria juncea, C. specatabilis
e Canavalia ensiformis. A dinâmica com os
visitantes ocorreu da seguinte forma: 1-
Perguntar para os visitantes se já ouviram falar
de algum dos temas expostos; 2-Perguntar sobre
o que uma planta precisa para crescer e
relacionar com o cultivo em laboratório e seus
benefícios; 3-Visitantes são convidados a passar
pelo mini-circuito;4-Perguntar para os visitantes
se sabem o que é um adubo e quais os tipos que
conhecem; 5-Explicar sobre como funciona a
adubação verde e seus benefícios frente aos
adubos químicos; 6-Distribuição de mudas e/ou
sementes das leguminosas entre os visitantes.
Resultados
O público que participou desta oficina foi
bastante heterogêneo entre as faixas etárias,
desde alunos da educação infantil, ensino
fundamental e médio a adultos e idosos de
Campo Grande e adjacências.
Conclusões
O público em geral, participou e gostou dos
conhecimentos adquiridos em ambos os temas e
ficou surpreso sobre o quanto a tecnologia tem
ajudado a produzir nossos alimentos. Os
participantes se interessaram bastante pela
adubação verde, inclusive muitos deles
prometendo levar o conhecimento adquirido
para suas pequenas hortas e jardins, em
substituição a fertilizantes químicos. Agradecimentos: FAPERJ, Centro Esportivo
Miécimo da Silva, SNCT/Ministério da Ciência
Tecnologia e Inovação.
137
“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Estudo de um Modelo Matemático Aplicado ao Controle Biológico da
Ceratitis capitata pelo Diachasmimorpha longicaudata na Fruticultura
Brasileira
Viviane de Lima Noronha (PG)¹*, Rosana da Paz Ferreira (PG)¹.
1 Laboratório multidisciplinar de estatística e matemática aplicada, UEZO
* vivi_lima_noronha@hotmail.com.
Palavras-chaves: Ceratitis capitata, Diachasmimorpha longicaudata, controle biologico, modelo de Lokta-Volterra.
Introdução
Modelos matemáticos computacionais que
simulam a dinâmica da praga e do seu
parasitoide auxiliam na adoção de soluções para
o controle biológico da praga. Dentre esses
modelos destacamos o de Lokta-Volterra
clássico, que também é conhecido como o
modelo “presa-predador”. Este modelo possui
uma interface bem didática, sendo bastante
recomendado em pesquisas interdisciplinares.
Deste modo, o presente trabalho tem como
objetivo estudar uma representação do modelo
Lokta-Volterra clássico a fim de analisar as
interações populacionais de um sistema
composto pela mosca-das-frutas do gênero
Ceratitis capitata, pelo seu parasitoide exótico,
Diachasmimorpha longicaudata e a fruticultura
nacional; partindo de uma pesquisa sobre os
principais dados biológicos e ecológicos dessas
espécies e, que são fundamentais para a
formulação do modelo proposto. Para isso, está
sendo apresentado neste trabalho, o
levantamento bibliográfico realizado da
literatura sobre a Ceratitis capitata, o
parasitoide Diachasmimorpha longicaudata e
controle biológico dessa mosca pelo parasitoide
na fruticultura do Brasil, com ênfase nas
informações encontradas para o sudeste
brasileiro.
Materiais e Métodos
A metodologia da primeira parte da pesquisa foi
composta pelo seguinte procedimento: os dados
biológicos necessários para a formulação e
resultados do modelo foram consultados na
literatura de controle biológico da mosca-das-
frutas Ceratitis capitata pelo seu parasitóide
exótico, Diachasmimorpha longicaudata na
fruticultura nacional, com ênfase nos dados
encontrados para o Sudeste do Brasil. A
consulta aos dados iniciou-se em setembro de
2015. Em dezembro de 2015 foi realizada uma
visita à Embrapa Semiárido
(www.embrapa.br/semiarido), em Petrolina,
Pernambuco, onde mais informações pertinentes
sobre os fatores biológicos e ecológicos desse
sistema foram obtidas por meio de especialistas
em controle biológico da Ceratitis capitata por
Diachasmimorpha longicaudata.
Resultados e Discussão
Para à obtenção dos coeficientes do modelo é
necessário alguns dados importantes sobre à
biologia e à ecologia das espécies Ceratitis
capitata e Diachasmimorpha longicaudata. A
maioria desses dados foi retirado das seguintes
pesquisas Nakano1, Paranhos
2, Laboratório
Embrapa Semiárido, e Walder et al.3.
Conclusões
Foram realizadas inúmeras pesquisas referentes
a literatura dos fatores biológicos e ecológicos
das duas espécies citadas neste trabalho e, foi
notado, que mesmo com toda a importância da
Ceratitis capitata para a economia nacional e,
ainda, por se encontrar hoje difundida por todo
o Brasil, apenas algumas informações relevantes
foram encontradas. Este fato, também foi
observado pelo autor4 em pelo menos para uma
das espécies.
Referências
1. Nakano, O. Entomologia econômica. Piracicaba, SP:
Octavio Nakano/ESALQ/USP. 2011.
2. Paranhos, B. J. Moscas-das-frutas que oferecem riscos à
fruticultura brasileira. 2008. Disponível em:
<ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPATSA-2009-
09/39789/1/OPB2070.pdf>. Acesso em 06 de set. 06 set.
2016.
3. Walder, J. M. M.; Costa, M. L. Z.; Mastrangelo, T. A.
Produção massal do parasitoide Diachasmimorpha
Longicaudata para o controle biológico dede moscas-das-
frutas. In: BUENO, V. H. P (Eds.). Controle biológico de
pragas: produção massal e controle de qualidade. Lavras,
UFLA, 2009, p.221-234.
4. Zucchi, R.A. (Eds.). Moscas-das-frutas de importância
econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado.
Ribeirão Preto: Holos, 2000. p.119-126.
www.embrapa.br/semiarido. Acesso em 20 nov. 2015.
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“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Uso da Eletroanalítica para Dosagem de Ativos em
Medicamentos Comerciais: Dosagem de Ácido Fólico
Ana Carolini Peçanha1; Gláucia Silva
1; Mirella Lorena
1 Maria Rita G. Coelho
1,2 (PQ)*
1Unidade Universitária de Farmácia 2Setor Analítico do Laboratório de Biotecnologia Ambiental, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia
Ambiental - Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – Rio de Janeiro – RJ
*e-mail address de contato: mariarita@uezo.rj.gov.br
Palavras-chaves: Anemia. Acido fólico. Eletroanálise. Quantificação.
Introdução
O ácido fólico está presente em diversos
processos bioquímicos, é essencial para a
síntese de DNA, e, consequentemente, para a
proliferação celular, que é fundamental na
manutenção dos organismos vivos. A ausência
desta vitamina pode causar sérios problemas à
saúde, como a anemia megaloblástica1.
Figura 1 – estrutura química do ácido fólico (vitamina B9).
Na anemia megaloblástica os precursores dos
eritrócitos estão sendo formados, mas não terá
completa formação nuclear. Assim o núcleo não
irá se expandir, e em contrapartida, o citoplasma
irá aumentar de tamanho esperando que a
divisão ocorra com o núcleo que não foi
formado corretamente devido à ausência da
vitamina, essas células não se dividem e passam
a apresentar um enorme citoplasma.
Oficialmente o ácido fólico é dosado em
formulações farmacêuticas por meio da
cromatografia a líquido conforme a
Farmacopeia Brasileira2. O objetivo da presente
oficina é mostrar que trabalhos recentes na área
da eletroanálise vêm se mostrando como
alternativa para quantificação do ácido fólico
seja como matéria-prima ou na especialidade
farmacêutica.
Metodologia
Para investigação dos resultados apresentados
na literatura uma pesquisa foi feita em base
bibliográfica Web of Science, disponibilizada no
Portal CAPES, no período 2000 a 2016 e nos
acervos bibliográficos da Divisão de Biblioteca
e documentação da PUC-Rio e do Instituto
Nacional de Controle de Qualidade em Saúde
(INCQS) da FIOCRUZ. Foram utilizados como
palavras-chave os descritores: “folic acid” and
“electroanalysis” and “quantification” or
“determination”. Os documentos encontrados
foram analisados na íntegra, buscando-se
conhecer o sistema galvanostatico utilizado, bem
como os tipos de eletrodos.
Resultados
Foram encontradas 3 dissertações sobre o assunto
e 5 artigos no período estudado. Os mais
promissores resultados foram apontados por
Rezende3, que relatou a quantificação do ativo
usando o eletrodo de mercúrio com sucesso, pela
obtenção de sinais analíticos na faixa de potencial
de -460 a -1083 mV, em pH neutro tamponado.
Atribuiu-se os três sinais obtidos à redução do
ácido. Outro resultado foi promissor foi o relatado
por Araújo et al.4 que evidenciaram a
quantificação do ácido fólico em especialidade
farmacêutica utilizando o eletrodo de pasta de
grafite. Um sinal analítico foi observado a +1000
mV (atribuído a oxidação) numa solução de ácido
fólico na concentração de 2,02 x 10-5
mol.L-1
. O
método mostrou uma resposta linear na faixa de
4.97 x 10-6
a 2.94 x 10-5
mol.L-1
com limite de
detecção de 2.67 x 10-6
mol.L-1
em solução de
KCl, com recuperação em torno de 99 %.
Conclusões
A agilidade e o custo tanto do equipamento quanto
dos reagentes empregados na eletroanálise são
inferiores aquela utilizada pelo método oficial2.
Todavia ainda há necessidade de serem feitas mais
ensaios quantitativos em outras formas
farmacêuticas contendo ácido fólico como
principio ativo a fim de garantir a eficácia da
técnica oferecida. Agradecimentos: FAPERJ, PUC-Rio: Divisão de Bibliotecas e
Comunicação e a AaA-PUC.
Referências
1.Rang H. P. et al. (2003) Farmacologia. 5. ed. London:
Elsevier. 447 p.
2. Brasil. Farmacopeia Brasileira 5. ed., 2010. Disponível em:
<www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/publicacoe
s/4_edicao/parte2/4_edicao_fasc2.pdf>. Acesso em: 18 out.
2016.
3. Rezende, M. C. (2001) Determinação de ácido fólico em
medicamentos por voltametria de pulso diferencial.
Dissertação. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 65 p.
4. Araújo, E. G. et al. (2015) Electroanalysis 27: 398-405.
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“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Equilíbrios Físicos
Vitor S. C. Barreto (IC)¹, João Gabriel O. da Silva (IC)¹, Lucas A. F. Miranda (IC)¹, Renan R. de
Almeida (IC)¹, Gianny D. de Santana (IC)¹, Victoria R. dos Santos (IC)¹, Matheus A. Mascarenhas
(IC)¹, Julia V. A. Costa (IC)¹, Matheus M. Fernandes (IC)¹, Priscila F. de Souza (IC)¹, Thainá T. de
Figueiredo (IC)¹, Emanuelle M. Nunes (IC)¹, Alessandro Kappel Jordão (PQ)1*
1 Unidade Universitária de Farmácia, Universidade Estadual da Zona Oeste, Avenida Manuel Caldeira de
Alvarenga 1203 – Campo Grande, Rio de Janeiro - RJ
* akjordao@gmail.com
Palavras-chaves: Mudanças de fase, gelo seco, sublimação.
Introdução
Uma substância simples pode existir em
diferentes fases, isto é, diferentes formas físicas.
As fases de uma substância incluem as formas
sólido, líquido e gás, e as diferentes formas de
sólido, como as fases diamante e grafita no
carbono. A conversão de uma substância de
uma fase em outra, como a fusão do gelo, a
vaporização da água ou a conversão de grafita
em diamante, é chamada de transição de fase.
Em uma dada pressão, uma substância sofre
uma transição de fase em uma temperatura
específica, como acontece com a mudança de
sólido para líquido na temperatura de fusão.
Nesta temperatura característica, as fases sólido
e líquido de uma substância estão em
equilíbrio.1 O objetivo desta oficina interativa é
mostrar, através de experimentos simples, as
mudanças de estado físico da matéria e a
solubilidade de um gás em um líquido.
Metodologia
Os experimentos foram realizados utilizando
erlenmeyer, bécher, termômetro, água, corantes,
acetona e gelo seco (dióxido de carbono).
Resultados
Em um bécher e um erlenmeyer contendo água
e um corante foram adicionados alguns pedaços
de gelo seco, que imediatamente sublimou,
liberando dióxido de carbono no ambiente.
Além disso, parte do gás se dissolveu na água
formando ácido carbônico, que deixa o pH da
solução ácido, que pode ser observado pela
mudança de coloração do corante, que é um
indicador de pH e deixa a solução amarela
(Figura 1). Em outro erlenmeyer foi introduzido
gelo seco e acetona, um solvente orgânico. Esta
mistura tem como característica manter a
temperatura em torno de -78 oC, que foi constatado
com um termômetro especial (Figura 1).
Figura 1: Experimentos com gelo seco
Figura 2. Participantes da oficina de equilíbrios
físicos
Conclusões
A oficina de equilíbrios físicos foi realizada com
sucesso, atraindo a atenção dos participantes da
JCT, estimulando a interação dos jovens e crianças
presentes.
Agradecimentos: UEZO, IX JCT
Referências
1. Atkins P.; Jones, L. (2013). Princípios de Química –
Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 5a edição.
Capítulo 9, páginas 333-334.
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“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Oficina Interativa: Será que você realmente sabe lavar as mãos?
Claudia C. H. C. Nascimento (PG)1,2
, Suzy D. D. Vasconcelos (PQ)3, Diogo Alves dos Santos (IC)
2,
Vitor G. Rodrigues (IC)2, Samara C. A. de Souza (IC)
3, Mileny E. C. Rodrigues (IC)
3, Thales S.
Ferreira (IC)3, Alaide de S. Barreto (PQ)
2, Gláucio D. Feliciano (PQ)
2.
1 Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO)
2 Laboratório de Análise Química e Biológica, Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO)
3 Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ)
* j.cgnascimento@hotmail.com; glauciodire@hotmail.com
Palavras-chaves: caixa reveladora com luz negra, gel fluorescente para mãos, técnica de lavagem das mãos,
Introdução
Em um estande com uma caixa de cor amarela,
medindo 80cmx80cmx45cm decorada com o
desenho de duas mãos e com a inscrição “Caixa
Reveladora”, trouxemos a seguinte abordagem:
Será que quando você lava as mãos elas
realmente estão limpas? Em seguida oferecemos
um método que ajudava a conferir isso. O
objetivo desta oficina foi chamar atenção dos
voluntários para a importância da técnica
correta de lavagem das mãos a partir do uso de
gel revelador que marca as partes esquecidas
durante o processo evidenciando as regiões após
exposição à luz negra (ultravioleta). Nesta
oficina foram abordadas pessoas com idades
entre 8 à 32 anos, que participavam do evento ”
UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e
Tecnologia na Zona Oeste” no Centro Esportivo
Miécimo da Silva, na tarde do dia 20/10/2016.
Metodologia
Após a abordagem inicial, o voluntário
respondia um questionário pré-teste contendo 5
perguntas fechadas, para verificar quais
conhecimentos prévios tinha sobre a
importância de lavar as mãos e sobre a técnica
de higienização. Em seguida aplicamos uma
solução fluorescente nas mãos do espectador
(álcool gel e caneta fluorescente) e pedimos
para que este lavasse suas mãos como de
costume. Ao retornar, ele introduzia suas mãos
em uma caixa com luz negra (ultravioleta) que
revelava quais partes foram "esquecidas" no
procedimento (fluorescência). Partes
fluorescentes, após a lavagem eram aquelas
esquecidas durante a lavagem habitual. Após a
constatação, demonstramos uma das técnicas
para a higienização das mãos empregadas por
profissionais da área da saúde. Finalizamos a
oficina com o preenchimento de um
questionário pós-teste pelo voluntário, com
cinco questões fechadas e abertas a fim de
verificarmos a assimilação das informações.
Resultados
Participaram da oficina 34 voluntários entre as
idades de 8 à 32 anos. Todos responderam o
questionário 1 (pré-teste). O questionário 2 (pós-
teste) foi respondido por 32 dos 34 voluntários.
Fig. 1: Caixa Reveladora e Gel fluorescente.
Fig. 2: O voluntário introduzia suas mãos pela abertura correspondente e observava o resultado pelo visor,
acompanhado por um dos expositores que descrevia a
que correspondia a fluorescência das mãos após
exposição a Luz Negra (Ultravioleta).
Fig. 3.
As regiões das mãos que
não fluoresciam
correspondiam às partes que foram corretamente
higienizadas.
Conclusões
Concluímos que apesar de cerca de 47% dos
voluntários afirmarem já ter conhecimento da
técnica de lavagem das mãos, na prática a
eficiência deste procedimento e aplicabilidade não
condiz com o que foi revelado na exposição a luz
UV. Houve boa receptividade e aceitação da
abordagem e método empregado após análise das
respostas do questionário pós-teste (91.2%). Agradecimentos: Ao Laboratório de Análise Química e
Biológica (LAQB/UEZO), ao Centro Federal de
Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
(CEFET/RJ), a FAPERJ.
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“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Elaboração de biscoitos de batata doce sem glúten
Marcelo G. R. Alves (IC)1, Paula C. P. Silva (IC)
2, Ariane T. Souza (IC)
1, Késia H. L. Araújo (IC)
2,
Maria E. F. B. Serrano (IC)1, Taiane B. M. Silva (IC)
2, Thayná F. Cruz (IC)
2, Geruza C. Silva (IC)
2,
Sabrina S. Dias (PQ)2, Aline F. S. Soares (PQ)
1, Catharina E. Fingolo (PQ)
2.
1 Unidade de Biologia (UBio)-Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO). Rio de Janeiro-RJ-
Brasil. e-mail: marceloguzzon@live.com 3 Unidade de Farmácia (UFar)-Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO). Rio de
Janeiro-RJ-Brasil. 4 e-mail: cathfingolo@yahoo.com.br
Palavras-chaves: Biscoito, Análise sensorial, Batata doce, Celíacos.
Introdução
Na atualidade os cuidados com a nutrição têm
aumentado devido à preocupação com o
impacto que a alimentação tem na saúde da
população. Segundo Monteiro1 o biscoito é um
produto composto principalmente por farinha de
trigo, gordura e açúcar, com teor de umidade
bastante baixo, o que lhe proporciona uma longa
vida de prateleira, principalmente se
acondicionado em embalagem eficiente na
proteção de umidade. Ao pensar nesta
problemática de falta de nutrientes e alinhando a
necessidade de criar novos produtos para
pessoas com doença celíaca, a oficina teve
como objetivo desenvolver biscoitos sem glúten
utilizando como matéria-prima substituta a
farinha de trigo, as batatas doce de polpa roxa e
alaranjada, e realizar análise sensorial para
testar aceitabilidade2 desses produtos.
Metodologia
Na formulação do biscoito foram utilizados: 1
lata de leite condensado, 2 ovos, 5 colheres sopa
(65g) de manteiga em temperatura ambiente, 1
colher de chá de sal, meia colher de sopa de
essência de baunilha, 2 colheres de sopa de
fermento químico em pó, 4 xícaras de chá de
amido de milho, 1 xícara de chá de polpa de
batata doce cozida. Foram feitas duas receitas,
uma para cada tipo de polpa. O processo de
elaboração iniciou-se com a homogeneização do
leite condensado, os ovos, o sal, a essência de
baunilha e o fermento. Logo após, foi
acrescentado a polpa das batatas e aos poucos o
amido de milho foi adicionado e misturado, e
também um punhado de farinha sem glúten até
que obtivesse a consistência ideal para dar
formato ao biscoito. Os biscoitos foram
dispostos de forma equidistante em assadeiras
untadas com manteiga e polvilhadas com amido
de milho. Em seguida, foram ao forno médio-
alto (200ºC), preaquecido, por
aproximadamente 15 minutos.
Resultados
A consistência dos biscoitos atingiu o resultado
esperado, mesmo com a adição de batata doce
de duas variedades: polpa roxa e polpa laranja.
Além de ter dado coloração aos biscoitos, a
forma de preparo não interferiu na consistência.
Os biscoitos preparados com batata doce de
polpa roxa obtiveram coloração verde/azulada
(Figura 1A) e os de polpa laranja, coloração
alaranjada (Figura 1B).
Figura 1: Biscoitos sem glúten a base de batata
doce de polpa roxa (A) e de polpa laranja (B).
Conclusões
Os biscoitos sem glúten de batata doce de polpa
roxa e de polpa laranja foram bem aceitos pelo
grupo de consumidores participante da análise
sensorial. As observações feitas por alguns
provadores ressaltaram que a coloração
diferenciada verde/azulada do biscoito como
sendo uma característica desejável e atrativa.
Referências
1. Monteiro, A. G. R. (1996). Produção de biscoitos. São
José do Rio Preto, UNESP. 56p.
2. Meilgaard, M.; Civille, G. V.; Carr, B. T. Sensory
evaluation techniques. 3. ed. New York: CRC, 1999. 281 p.
A B
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“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Descarte Consciente de Medicamentos
Fernanda Marques Peixoto1, Catharina Eccard Fingolo¹, Bárbara da Silva e Souza Lorca
1*.
1 Unidade de Farmácia, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
* balorca@gmail.com
Palavras-chaves: descarte de medicamentos; logística reversa; gerenciamento de resíduos.
Introdução
O descarte inadequado de medicamentos impõe
riscos, não só para a saúde pública, mas também
para o meio ambiente1. Estudos já
demonstraram que vários destes produtos
farmacêuticos persistem no meio ambiente e
não conseguem ser completamente removidos
das estações de tratamento de esgoto2. A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária3
orienta que os consumidores devolvam os
medicamentos vencidos e em desuso para locais
apropriados, porém não há uma legislação
específica. Sendo assim, o objetivo da oficina
foi promover o intercâmbio de conhecimento
entre os participantes (docentes, discentes e
comunidade), desestimulando a prática
corriqueira da eliminação destes medicamentos
em lixo comum.
Metodologia
A oficina foi realizada por 32 discentes do curso
de Farmácia da UEZO, utilizando dinâmica oral
e complementada por material explicativo.
Assim como toda oficina, contemplou interação
e troca de saberes entre os envolvidos. O
público-alvo foi a população presente no evento,
não havendo distinção entre idade, sexo ou
etnia. A abordagem foi com perguntas
relacionadas ao descarte de medicamentos.
Resultados
A oficina foi fortemente elogiada pelos
participantes, sendo possível esclarecer dúvidas
oriundas da comunidade sobre o tema proposto.
Como observado na Figura 1, houve total
comprometimento dos discentes participantes
em esclarecer e informar sobre os cuidados
necessários para a eliminação consciente dos
medicamentos. Os locais destinados para o
recebimento dos medicamentos vencidos e/ou
em desuso foram amplamente divulgados. Além
de explanação oral, também foi confeccionado
folder informativo, entregue a todos os
participantes da oficina (Figura 2).
Figura 1: Abordagem e orientação.
Figura 2: Folder explicativo.
Conclusões
Nos dois dias de evento, foi possível observar
que a população desconhece os locais
destinados ao descarte de medicamentos. A
grande maioria dos participantes elimina tais
resíduos no lixo comum ou pelo sistema de
esgoto, rotineiramente. Desta forma, entende-se
que ações de conscientização, como a
apresentada, são fundamentais para evitar mais
prejuízos ao meio ambiente e à saúde da
população em geral.
Referências
1. Chaves, G.L.D. et al (2015). Revista eletrônica em
gestão, educação e tecnologia ambiental, 19 (2): 1083-1096.
2. Souza, C.P.F.A. e Falqueto, E. (2015). Rev. Bras. Farm.,
96 (2): 1142 – 1158.
3. BRASIL. RDC N° 44, de 17 de agosto de 2009.
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OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Com o objetivo de possibilitar as empresas e instituições participantes, a exposição de seu
portfólio de serviços, visando atender as demandas tanto da comunidade acadêmica como da
população em geral. Foram oferecidos serviços voltados para programas de estágio, Aprendiz,
Trainee, programas relacionados ao público portador de necessidades especiais, treinamento e
capacitação, vagas de emprego, ação social entre outros.
Agentes de Integração
Organizações Não Governamentais
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“UEZO Portas Abertas: Divulgando Ciência e Tecnologia”
OFICINAS INTERATIVAS DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UEZO Rio de Janeiro, 19 e 20 de outubro de 2016.
Essa primeira oficina teve como objetivo de passar de forma interativa noções básicas de gestão administrativa e financeira de instituições como associação de moradores, e surge em virtude da demanda de associações de moradores de Campo Grande.
A oficina foi composta por 3 módulos: Controle Financeiro (20/10), Ferramentas Práticas de Gestão (27/10) e Ferramenta para Eficiência de Projeto (03/11), de 17:30 as 21:00. A oficina foi ministrada por componentes da UEZO JR Consultoria, empresa Jr da UEZO com experiência no mercado já de alguns anos.