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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 1 Abril | 2010Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice.org Draw
Ano 3 | N° 11 |Abril 2010
Revista
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 2 Abril | 2010
Base | Calc | Draw | Impress | Math | Writer
O Grupo de Usuários BrOffice.org - São Paulo,
com apoio da comunidade, sociedade e prefeitura
da cidade de Guarulhos, realizará o
III Encontro Estadual BrOffice.org.
Data: Dias 18 e 19 de maio.
Local: Centro Educacional Adamastor
Av. Monteiro Lobato 734
Guarulhos - SP
Contato: veracape@openoffice.org
http://www.broffice.org/gubro-sp
Realização: Patrocínio:
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 3 Abril | 2010
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índice |
| carta do leitor
Carta do leitor 05
| artigo
Trazendo a sociedade para dentro dos projetos de software livre: uma necessidade?
06
| entrevista
Instituições de educação devem dar suporte ao desenvolvimento tecnológico do País
14
| como nós ...
… fazemos uma videoconferência 08
FLISOL – Dia de festa para o Sofware Livre
21
| cultura
Redblade – Episódio 02 – O Arqueiro 27
| novas tecnologias
Project Renaissance 23
| reportagem
IV Encontro Nacional BrOffice.org 10
| tutorial
Estendendo barra de ferramentas 36
| dicas
Listas numeradas 30
Revista BrOffice.org recomenda 29
| resumo do mês
Resumo do mês 42
Criando uma apresentação rápida com o BrOffice.org Impress a partir de um diretório de imagens
35
Petrobras implanta BrOffice.org em 90 mil máquinas
17
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 4 Abril | 2010
Além dos planos.
O planejamento desta edição da Revista BrOffice.org, que tem como
premissa ser uma publicação temática, iniciou com um foco: dar ao leitor
uma visão abrangente sobre o IV Encontro Nacional BrOffice.org. Afinal,
estamos falando de evento que vem ganhando espaço, tornando-se um
dos mais importantes do País na área de Tecnologia da Informação. Mas,
uma grande novidade impactou a comunidade: a Petrobras iniciou a
implantação do BrOffice.org em 90 mil máquinas da entidade,
contemplando cerca de 100 mil usuários. O assunto é tema de reportagem
que a Revista BrOffice.org traz com exclusividade aos leitores.
A informação chegou num momento singular para o BrOffice.org, momento
em que toda a comunidade, em seus mais variados projetos e tendências
voltam os seus olhos para um ponto em comum. Toda a energia é
concentrada num movimento orquestrado trazendo harmonia e foco tendo
em vista apenas um objetivo: o Encontro Nacional.
Dividimos o foco da edição e quebramos a harmonia tradicional a que o
leitor já está acostumado. Essa quebra é reveladora e confirma uma nova
fase para o Software Livre: a investida de grandes empresas em
programas de código aberto e a aproximação com as comunidades que
trabalham para oferecer à sociedade e ao mercado um produto de
qualidade, eficaz e com valores sociais agregados. Essa novidade não
desfoca a cobertura do IV Encontro Nacional. Pelo contrário: é fonte
inspiradora para que a Revista BrOffice.org cumpra o seu papel de ser a
voz da comunidade, de ser o ponto de convergência de todos os projetos,
de ousar ser a unidade em meio à pluralidade de ideias, planos, metas,
objetivos e idiossincrasias.
Além da matéria de capa e da reportagem completa sobre a implantação
do BrOffice.org na Petrobras, o leitor está convidado a ler o artigo do
cientista social Maiko Rafael Spiess que traz o seguinte questionamento: É
necessário trazer a sociedade para dentro dos projetos de software livre?
Ainda nesse contexto a entrevista com o Diretor Regional do SENAI-MT,
professor Gilberto Gomes de Figueiredo, acena para a importância de
Instituições de Ensino darem suporte ao desenvolvimento tecnológico do
País. Nesta entrevista, ele explica por que, há três anos, o Encontro
Nacional BrOffice.org é realizado em conjunto com o SENAI-MT. A edição
11 também apresenta um pouco sobre o Festival Latino Americano de
Instalação de Software Livre, através da entrevista com um dos
coordenadores nacionais do Flisol, Maxx Fonseca. Finalmente, em Novas
Tecnologias, nossa equipe traduziu uma série de perguntas e respostas
acerca do Projeto Renaissance que pretende melhorar a interface do
usuário, o visual do OpenOffice.org.
Boa leitura e não se esqueça dos comentários e sugestões. Para isso é só
enviar um e-mail para revista@broffice.org.
Luiz Oliveiraluizheli@openoffice.org
Colaboradores desta edição
Redação:Carlisson GaldinoClóvis Tristão - TraduçãoJack WallenLuiz OliveiraRonaldo PrassRochele Prass
Dicas e tutorial:Eduardo A. Gula - TraduçãoPaulo Souza Lima - TraduçãoRubens Queiroz
Diagramação:Clóvis TristãoDuilio NetoEliane DomingosLeon PradoLuciano MadrumLucio MendesMaria Aparecida ColtroPatrícia Nobre
Revisão:Carlos A. SilvaMaria Aparecida ColtroPedro CiríacoRegina MoraesRicardo PontesRochele Prass
Capa:Duilio Neto
Edição:Luiz Oliveira Rochele Prasscomunicacao@broffice.org
Jornalista responsável:Luiz Oliveira – Mtb.31064luizheli@openoffice.org
Coordenador Geral BrOffice.org:Claudio Ferreira Filho filhocf@openoffice.org
Agradecimento especial:
SENAI - Departamento Regional de Mato Grosso
Escreva para a Revista BrOffice.org:revista@broffice.org
Edições anteriores:www.broffice.org/revista
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O que é o BrOffice.org
É o produto, ferramenta de escritório multiplataforma, livre, em bom português, desenvolvido sob os termos da licença LGPL, composto por editor de texto, planilha de cálculo, apresentação, matemático e banco de dados, mantido pela comunidade e ONG, que trabalha para a difusão do SL/CA no País.
Desenvolvimento
Esta revista foi elaborada no BrOffice.org, editor de texto, planilha eletrônica, apresentação e, agora, diagramação. A reprodução do material contido nesta revista é permitida desde que se incluam os créditos aos autores e a frase: “Reproduzido da Revista BrOffice.org – www.broffice.org/revista em local visível.
O BrOffice.org declara não ter interesse de propriedade nas imagens. Os direitos sobre as mesmas pertencem a seus respectivos autores/proprietários.
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| editorial
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 5 Abril | 2010
carta do leitor |
Esta é a sua seção! Na “Carta do Leitor”, você pode tirar dúvidas sobre o BrOffice.org,
seja produto, comunidade ou desenvolvimento, enviar críticas ou sugestões que pos-
sam enriquecer ainda mais a nossa revista. Envie um email para revista@broffice.org,
participe.
Na edição 10, em Novas
Funcionalidades do BrOffice.org 3.2
Beta, pág. 24, onde se lê “Match” leia-
se Math.
Bom dia, gostaria de registrar a minha
satisfação com a Revista
BrOffice.org. Como não sou expert no
assunto, encontrei na revista,
informações claras e objetivas que me
ajudaram a entender e elucidar várias
dúvidas. Excelente ferramenta para o
escritório. Continuarei acompanhando
vocês e aprimorando o meu
conhecimento. Parabéns !!!
Ricardo de Moura Maia -maiajagger@gmail.com
Parabéns à revista pelo excelente processo de conscientização que vem
realizando. Com esta revista as pessoas não só ficam sabendo sobre software
livre, como também sobre os aspectos que afetam a sociedade.
Isso é ótimo para todo e qualquer usuário de software, que acaba tendo a
oportunidade de ver os diferentes lados da história. Com isso, a revista
proporciona uma mudança distinta na cultura da sociedade.
Deixo aqui meus sinceros agradecimentos: obrigada!
Sabrina Schnorr Henriques - POAsa.henriquess@gmail.com
Olá,
Sou jornalista de Porto Alegre e estou
escrevendo para elogiar a última
edição da revista. Os assuntos estão
muito interessantes.
A matéria sobre sustentabilidade está
ótima.
Continuem fazendo um trabalho de
qualidade como este, pois tenho
certeza que estão no caminho certo.
Os leitores agradecem. Abraço,
Valeria Pereiravaleriaperei@gmail.com
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Olá amigos! Paz e Graça!
Parabéns por produzirem essa fabulosa Revista que fala de um produto mais
fabuloso ainda, o BrOffice.org, e foi exatamente com ele que passei a produzir o
meu Jornal. Eu sempre usei outros programas para editar jornais, revistas, li-
vros etc., nunca tinha experimentado o BrOffice.org para esse fim, embora seja
usuário da suíte a mais de 10 anos. Mas, após ler todas as revistas que vocês
produziram com o BrOffice.org, eu resolvi experimentar, e qual foi a minha sur-
presa, em pouco mais de 12hs. de trabalho, eu produzi um Jornal.
Agora eu tenho a certeza que nunca mais vou depender de softwares pagos
para produzir qualquer trabalho que seja. Eu também desenvolvi um Blog falan-
do de Programas livres, com o seguinte lema: "Não use drogas! Use Linux!!!" -
e onde tomei a liberdade de colocar o BrOffice.org e o Blog é este:
http://kuruminubuntu.blogspot.com
Gostaria muito de ter a permissão de vocês para colocar em minhas produções
digitais a "Logo marca BrOffice.org", assim como coloquei nos rodapés das pá-
ginas o nome do Programa onde foi desenvolvido o Jornal, acho que assim eu
estou colaborando com esse magnífico Projeto.
No aguardo de suas considerações, desde já fico-lhe agradecido.
Jornalista WBAlves
correiomissionario2008@hotmail.com
Revista BrOffice.org: Olá, o uso da logomarca BrOffice.org faz parte da
identidade visual da comunidade e OSCIP. Vamos encaminhar a sua solici-
tação para a coordenação.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 6 Abril | 2010
Por Maiko Rafael Spiess
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Tradicionalmente, a comunidade hacker e o movimento
de software livre/aberto são descritos como grupos soci-
ais que possuem características muito específicas. Desde
o lançamento do clássico livro Hackers: Heroes of the
Computer Revolution, de Stephen Levy, passando pelo
GNU Manifesto de Richard Stallman e até mesmo no arti-
go The Cathedral and the Bazaar, de Eric Raymond, es-
ses grupos tiveram sua imagem e suas atividades práti-
cas e cotidianas relacionadas com conceitos como liber-
dade, meritocracia e colaboração. Essas concepções fo-
ram (e são) muito úteis para compreender a dinâmica in-
terna destes coletivos e, no caso específico do software
livre/aberto, dão boas indicações sobre a qualidade técni-
ca dos projetos, sua capacidade de inovação e sobre as
diferenças entre o modelo livre/aberto e as concepções
mais "comerciais" de produção de software.
No entanto, esse tipo de análise revela muito pouco em
relação à distribuição e ao uso de software livre/aberto.
Jornalistas, sociólogos e até mesmo os membros do
próprio movimento dedicaram-se à realização de
descrições muito precisas sobre a dinâmica interna dos
coletivos, projetos e demais iniciativas de produção de
software livre/aberto, mas até hoje pouco disseram sobre
a relação destes pequenos coletivos com o restante da
sociedade. Em outras palavras, usuários finais, governos,
empresas e ONGs são obviamente partes importantes do
processo de uso e disseminação do software livre/aberto,
e qualquer descrição sobre atividades que excluam esses
atores sociais é, definitivamente, incompleta. O
movimento de software livre/aberto já tem mais de duas
décadas de existência, e talvez tenha chegado a hora de
romper a barreira das comunidades autônomas,
construindo descrições e narrativas que possibilitem uma
maior aproximação e sinergia entre os projetos de
software livre/aberto, a sociedade civil, os mercados e as
políticas públicas.
Uma maneira possível para atingir esse objetivo é
suspender (temporariamente) todas as concepções
prévias sobre o movimento de software livre/aberto, e
analisar cada projeto de software como sendo uma
pequena rede técnica e econômica, que se constitui
através do esforço de desenvolvedores, ativistas e
usuários, que buscam coletivamente produzir, aprimorar e
disseminar um determinado produto - um software livre ou
aberto. Nesse sentido, parece não existir um exemplo
mais apropriado do que o BrOffice.org: trata-se de um
projeto reconhecido internacionalmente, com crescente
adoção no mercado nacional, atualizações constantes e
artigo |
Trazendo a sociedade para dentro Trazendo a sociedade para dentro dos projetos de software livre: uma dos projetos de software livre: uma necessidade? necessidade?
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 7 Abril | 2010
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milhões de downloads registrados até o momento. Mais
do que isso, trata-se de uma iniciativa que tem alta
penetração em órgãos e empresas públicas e, sobretudo,
possui uma comunidade de usuários ativa e participante,
representada pelos grupos de usuários (GuBrOs) de
diversos estados e que realiza encontros regionais e
nacionais, com grande frequência.
No "centro" da rede do BrOffice.org está, é claro, o pacote
de aplicativos. É através desse artefato técnico que os
usuários finais, ativistas, empresas estatais, iniciativas de
inclusão digital e todos os demais envolvidos se
conectam, se comunicam, se relacionam e constituem, de
fato, numa rede. Não existe uma comunidade do
BrOffice.org sem a suíte de aplicativos: o pacote
BrOffice.org é o ponto que conecta todos os demais
elementos da rede.
Isso não significa, porém, que as pessoas e entidades
reunidas em torno do objeto não tenham nenhuma
capacidade de alterá-lo, ou que não possam modificar
suas condições de distribuição e de uso. É preciso
também ressaltar que o sucesso desta rede técnica
reside especificamente em sua capacidade de constante
redefinição, e em sua flexibilidade. Se a dinâmica interna
de meritocracia e democracia garantem a excelência
técnica do projeto, é somente através de sua abertura e
flexibilidade (ou seja, a possibilidade de participação de
usuários, através de sugestões, contribuições ao código,
livre distribuição e divulgação) que esta rede se expande
e ultrapassa os limites de sua comunidade de
desenvolvedores. Assim, é possível afirmar que, em
termos práticos, não existe o pacote de aplicativos sem o
público que o utiliza e que, nesse sentido, "reproduz o
produto através da sociedade".
Em outras palavras, o produto e a comunidade se
definem mutuamente: por exemplo, a adaptação do
pacote de aplicativos ao Novo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa (através do Vero) possibilita uma
potencial aglomeração de usuários em torno do produto.
O contingente de usuários, por sua vez, produz
demandas por novas funcionalidades, ou reporta erros e
falhas, que poderão ser incluídos e corrigidos em novas
versões no produto, em uma espécie de círculo virtuoso
de utilização e implementação de melhorias. De maneira
semelhante, o oportuno emprego do BrOffice.org por
iniciativas de inclusão digital ou sua adoção por entidades
estatais possibilita que diversos novos usuários sejam
incluídos nesta rede e possibilitem uma espécie de retro-
alimentação positiva. Os usuários (sejam eles usuários
finais, ou corporações) são a razão da existência do
software e, portanto, devem ser tratados como uma parte
fundamental das redes que compõem os projetos.
Utilizando termos da Sociologia da Ciência e da
Tecnologia, é possível afirmar que os referidos
processos de interação entre os desenvolvedores e os
usuários de software livre/aberto proporcionam maiores
graus de convergência e irreversibilidade de tais redes,
isto é, menores chances de dissolução e
desaparecimento do produto e dos grupos sociais que se
organizam em torno dele. Ou ainda, utilizando um termo
empregado por Claudio Ferreira Filho, em sua palestra
durante o fisl 10, o constante envolvimento de outras
entidades e pessoas que estão "além da comunidade"
pode ser a chave para a sustentabilidade dos projetos de
software livre/aberto, como o BrOffice.org.
De qualquer maneira, a crescente disseminação da
Internet e a popularização de plataformas de produção
colaborativa de conteúdos (wiki) – ou seja, a crescente
centralidade do usuário como co-produtor - pode indicar a
necessidade de superação desta tendência ao
internalismo, comum ao movimento de software
livre/aberto. Não se trata de abrir mão das características
que o tornam um método de produção de software muito
específico, do ponto de vista técnico e político, mas de
uma aproximação entre projetos de software livre/aberto e
da sociedade, em um sentido amplo. Se é verdadeira a
premissa de que são os usuários que dão a sustentação
para os projetos, é preciso “trazê-los” para dentro do
projeto. De certo modo, isso já ocorre na prática – a
comunidade do BrOffice.org, por exemplo, parece
especialmente preocupada em envolver os usuários em
grupos de discussão, nos processos de Controle de
Qualidade e na divulgação do produto. Talvez tenha
chegado o momento desta postura entrar também no
discurso sobre o software livre/aberto, especialmente
quando ele é produzido pela própria comunidade. É hora
de trazer a sociedade para dentro da comunidade!
Trazendo a sociedade para dentro dos projetos de software livre: uma necessidade? | Por Maiko Rafael Spiess
artigo |
Maiko Rafael Spiess é
formado em Ciências Sociais
pela Universidade Regional de
Blumenau e Mestre em Política
Científica e Tecnológica, pela
Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 8 Abril | 2010
Por Rochele Prass
como nós ... |
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Realizar o Encontro Nacional BrOffice.org demanda detalhes que o público, muitas
vezes, nem imagina. Um dos exemplos é o próprio meio pelo qual o evento se rea-
liza: videoconferência. Para transmitir palestras para o Brasil inteiro mantendo
uma qualidade irretocável, é preciso ter uma grande infraestrutura. O sistema de
integração dos pontos de transmissão do EnBrO é viabilizado pela rede
INFOVIA/CNI, através do SENAI.
Tecnicamente, as necessidades básicas para a realização da videoconferência
num evento do porte do EnBrO é possuir uma rede de dados confiável e com boa
capilaridade. Em cada ponto de transmissão é necessário um enlace transparente,
responsável por interligar computadores, com pelo menos 512kbps (modem e rou-
ter) em cada unidade. São necessários também equipamentos de videoconferên-
cia e recursos de multimídia (projetores, microfones, mesas de som etc), adequa-
dos à cada localidade.
As temidas falhas ou quedas são evitadas com testes de verificação, realizados
com determinada antecedência. É o momento de verificar, avaliar links, bem como
de ajustes dos equipamentos de áudio e vídeo que serão utilizados. Para garantir a
segurança, a rede de comunicação é de uso exclusivo do evento.
Segundo explica o Gerente de Sistemas de Comunicação /TI do Sistema Indústria, Paulo Henrique Maroclo, a interativi-
dade entre os pontos de transmissão é feita por um equipamento denominado MCU (Multipoint Control Unit). “Trata-se de
uma central de comutação de áudio e vídeo, que permite a interatividade entre todas as localidades”. Assim, é perfeita-
mente possível uma pessoa que está no Acre, por exemplo, fazer uma pergunta, ao vivo, ao palestrante que está no Rio
Grande do Sul.
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... fazemos uma videoconferência
Paulo Henrique Maroclo, Gerente de Sistemas de Comunicação /TI do Sistema Indústria.
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 9 Abril | 2010
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como nós ... |Fazemos uma vídeoconferência | Por Rochele Prass
Veja outros detalhes técnicos:
A INFOVIA/CNI tem capacidade de transmissão para
quantos pontos?
A INFOVIA/CNI tem capacidade de transmissão para
quantos pontos?
Hoje a rede interna da INFOVIA/CNI possui 44 pontos
que podem interagir entre si, podendo chegar a uma ca-
pacidade de até 60 pontos interativos (internos e exter-
nos).
Uma pessoa que está fora da rede INFOVIA, poderia
ter um ponto, mesmo que apenas como receptor?
Como ocorre esta conexão?
Uma pessoa que está fora da rede INFOVIA, poderia
ter um ponto, mesmo que apenas como receptor?
Como ocorre esta conexão?
Sim. Esta conexão poderá ser realizada através de uma
rede IP (com endereço IP válido para internet), ou através
de conexão ISDN (Integrated Services Digital Network),
desde que os testes prévios de compatibilidade tenham
sido realizados com sucesso.
Que tipos de aparelhos e equipamentos são usados
nessa infraestrutura?
Que tipos de aparelhos e equipamentos são usados
nessa infraestrutura?
Basicamente podemos dizer que são roteadores, mo-
dems, rádios e equipamentos de videoconferência (end-
point e MCU), bem como recursos multimídia (projetores,
microfones, mesas de som etc).
Havendo alguma falha na rede, há alguma medida de
contingência para manter a programação uniforme
para todos os pontos de transmissão?
Havendo alguma falha na rede, há alguma medida de
contingência para manter a programação uniforme
para todos os pontos de transmissão?
Sim. Como já foi mencionado anteriormente, é possível
conectar algumas localidades via internet ou ISDN.
Qual a taxa de transmissão de dados que a rede su-
porta?
Qual a taxa de transmissão de dados que a rede su-
porta?
A nossa rede tem atualmente velocidade mínima de
1Mbps para serviços de videoconferência e integração de
dados entre os pontos da Infovia.
Todos os pontos de rede devem apresentar estrutura
semelhante? Não havendo, quais são as consequên-
cias?
Todos os pontos de rede devem apresentar estrutura
semelhante? Não havendo, quais são as consequên-
cias?
Sim. Todos os pontos hoje possuem infraestrutura seme-
lhante, visando manter processos que permitem o reparo
no menor tempo possível. Não havendo, o risco de ocor-
rerem falhas se torna bastante elevado.
Quais são as diferenças estruturais básicas entre a
rede INFOVIA e uma internet residencial?
Quais são as diferenças estruturais básicas entre a
rede INFOVIA e uma internet residencial?
Para rede residencial, normalmente os links oferecidos
são compartilhados por vários usuários de uma determi-
nada região, com níveis de segurança aplicados em sua
maioria pelos próprios usuários, e sem controle de SLA
(Acordo de Nível de Serviços).
A rede da INFOVIA/CNI possui links dedicados, com ser-
viços de segurança oferecidos pelas prestadoras de ser-
viços, e com rigoroso controle de SLA (disponibilidade dos
serviços), todos descritos em contrato, que nos garantem
um serviço estável e com qualidade.
Há algum outro aspecto técnico interessante para os
leitores conhecerem?
Há algum outro aspecto técnico interessante para os
leitores conhecerem?
O projeto da INFOVIA/CNI foi criado no ano de 2000, com
a premissa de uma maior interatividade entre os departa-
mentos regionais. E o carro chefe deste projeto, foi a vi-
deoconferência, que até hoje é amplamente utilizada, com
extraordinária versatilidade, e com um custo bem interes-
sante.
Existe algum estudo do custo médio da hora de uma
videoconferência deste porte?
Existe algum estudo do custo médio da hora de uma
videoconferência deste porte?
O custo é muito relativo. Envolve uma série de variáveis
como tipo de conexão(internet, IP/MPLS, ISDN Nacional,
ISDN Internacional), velocidade de conexão, local onde
será realizada a videoconferência, recursos utilizados,
suporte técnico, quantidade de pontos participantes etc. O
que podemos afirmar, é que essa tecnologia permite a
otimização do tempo e acelera o processo de tomada de
decisão. Como as viagens são reduzidas, sobra mais
tempo para os nossos executivos atuarem nos problemas
mais relevantes, aumentando a eficácia dos nossos
resultados.
Quais foram as últimas inovações implementadas na
rede? Qual o planejamento da CNI no que se refere a
inovações para os próximos meses/anos?
Quais foram as últimas inovações implementadas na
rede? Qual o planejamento da CNI no que se refere a
inovações para os próximos meses/anos?
A CNI renovou todo o seu parque de aparelhos de video-
conferência no final do ano passado, melhorando assim a
qualidade dos serviços prestados. É necessário uma mai-
or integração técnica com todos os pontos para melhorar
cada vez mais a prestação desse serviço.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 10 Abril | 2010
Por Rochele Prass
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IV Encontro Nacional BrOffice.org vai entrar para a história. Esta é a sensação das pessoas envolvidas na
organização, que neste ano acontece nos dias 15 e 16 de abril em 25 estados brasileiros com integração nacional por
videoconferência. Realizado em parceria com o SENAI MT, o Encontro Nacional é considerado um dos mais importantes
eventos de Software Livre do País.
O principal objetivo é a integração dos usuários, executivos, equipe de desenvolvimento, instituições de ensino e comunidade
em geral, através de palestras técnicas que apresentam casos de sucesso, linhas de desenvolvimento, vantagens, além das
novidades da suíte de escritório que vem conquistando a confiança de usuários e empresas de todas as partes do mundo.
Pela abrangência do projeto, que tem núcleos em todo o Brasil, o Encontro Nacional é realizado de uma forma nada
tradicional: por videoconferência. Cada estado tem um ponto de encontro, em que são transmitidas as palestras da grade de
programação nacional. O modelo foi adotado desde a primeira edição e tem se mostrado uma forma eficiente para agregar
pessoas de várias regiões de um país com proporções continentais, sem representar custos elevados a quem deseja
participar.
Apesar do aparente distanciamento, a interatividade entre plateia e palestrantes é garantida pela conectividade. A cada
apresentação, o público tem espaço para realizar perguntas e fazer observações. Além disso, em cada ponto de encontro
acontecem atividades exclusivamente locais. Entre as novidades que têm como objetivo promover ainda mais a participação
do público, estão o Lightning Talks, momento aberto a quem deseja apresentar mini palestras sobre BrOffice.org.
Dividido em quatro momentos, além de espaço para atividade prática, o Encontro Nacional BrOffice.org é abrangente. Ou
seja: é do interesse de vários públicos: gestores de TI, administradores de empresas, usuários da suíte, desenvolvedores e,
claro, da comunidade BrOffice.org.
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 11 Abril | 2010
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A proposta do momento mercado é trazer uma visão geral
a gestores de TI sobre o BrOffice.org. Entre os
palestrantes da manhã do primeiro dia do IV EnBrO, está
o Gerente Geral da Comunidade internacional
OpenOffice.org, Louis Suares-Potts, que compartilha com
o público informações sobre implantação do software em
empresas de várias partes do mundo. Ele também faz
um panorama da expansão global do OpenOffice.org, que
registra 300 milhões de downloads, e o surgimento de
novas tecnologias relacionadas a este produto, como o
ODF.
Outra atração importante para o público corporativo é a
palestra do Diretor Financeiro da OSCIP BrOffice.org –
Projeto Brasil, Olivier Hallot. Com vasta experiência no
mercado de Tecnologia da Informação, Olivier aborda o
mercado e tendências nacionais, apresentando casos de
sucesso de migração em instituições governamentais,
iniciativa privada e terceiro setor.
Os colaboradores do BrOffice.org mostram como e com o
que trabalham para oferecer aos usuários um produto de
excelência. Em âmbito internacional, atividades de
comunidades do programa mundo a fora vão ser
apresentadas pelo consultor Cor Nouws, ativo integrante
de vários subprojetos do OpenOffice.org.
A discussão sobre os grupos de usuários BrOffice.org e
as organizações estaduais da comunidade nacional é
liderada pela técnica em Programação Renata Marques,
que é uma das coordenadoras do Grupo de Usuários da
Paraíba. Ela explana as atividades desenvolvidas pelos
Grupos de Trabalho, Gts, na palestra “Aprenda como criar
o grupo de usuários no seu estado e fazer a diferença”.
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IV Encontro Nacional BrOffice.org | Por Rochele Prass
reportagem |
O olhar do mercado sobre o BrOffice.org
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O momento estratégico apresenta as vantagens e pontos
de atenção para a adoção do BrOffice.org. O tema é
abordado sob diversos aspectos, entre eles o papel e
importância do aplicativo aos municípios. Quem fala sobre
o assunto é o coordenador do Programa de Apoio
Tecnológico aos Municípios Brasileiros do Ministério do
Planejamento - o 4CMBr, Luis Felipe Costa.
O gerente da Unidade de Desenvolvimento de Software
Livre da Empresa de Tecnologia e Informações da
Previdência Social – Dataprev, Érico Ferreira, fala ao
público sobre a migração e integração das ferramentas
BrOffice.org ao Cadastro Nacional de Informações Sociais
- CNIS. O palestrante explica como está sendo realizada
a modernização do CNIS e as vantagens de sua
adaptação ao formato ODF.
O IV EnBrO também terá palestra com a Coordenadora
de Projetos de Tecnologia da Informação da Petrobras,
Márcia Novaes, que apresenta o processo de
implantação do BrOffice.org em 90 mil computadores da
companhia. Na palestra, o público pode conferir os
detalhes do projeto que a Petrobras desenvolveu para
instalar e adaptar os usuários ao BrOffice.org.
Estratégia: como e por que migrar
Comunidade: quem faz o BrOffice.org acontecer
No IV EnBrO, o participante tem oportunidade de saber
mais sobre desenvolvimento do código, extensões e
recursos de programação para o aplicativo. Entre os
palestrantes, está o programador da Sun Mycrosystems,
Juergen Schmidt, que é líder dos projetos de API e
extensões do OpenOffice.org, e membro do Conselho da
Comunidade OpenOffice.org.
Já o programador Carlos Guimarães vai apresentar
ferramentas em Java e .Net para desenvolvimento de
sistemas com arquivos ODF. O coordenador geral do
BrOffice.org, Claudio Ferreira Filho, faz palestra sobre os
pontos de atenção para manutenção da qualidade do
software.
Desenvolvimento: momento para conhecer o código do BrOffice.org
Uma das grandes novidades deste ano do evento, o Hack
Lab é o momento para a criatividade, quando os
desenvolvedores podem aproveitar o evento para
exercitar a construção de extensões para o aplicativo. Os
participantes dos estados de Mato Grosso, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba e Distrito Federal,
vão colocar a “mão na massa” com o conversor de
documentos PDF e com as etiquetas inteligentes -
detector de incidentes do OpenOffice.org.
A atividade será realizada em sala separada, coordenada
nacionalmente por Juergen Schmidt e pelo programador
que desenvolveu o Corretor Gramatical CoGrO, Willian
Colen. Nos estados que têm Hack Lab previsto, haverá
monitores para auxiliar os participantes durante os
exercícios.
Hack Lab: laboratório de desenvolvimento
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 12 Abril | 2010
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Com formato ágil e descontraído, os Lightning Talks são
palestras relâmpago com duração máxima de cinco
minutos. A proposta é ofertar espaço para que os
participantes possam compartilhar nacionalmente
informações, dicas e ideias que vão surgindo durante o
evento. “O Lightning Talk é uma das novidades desta
edição do EnBrO, que colocamos na grade de
programação como forma de aproximar as pessoas que
estão em diferentes pontos de transmissão do Encontro.
Ao se inscrever para uma mini palestra, o participante
passa da condição de expectador e tem a oportunidade
de contribuir, apresentando assuntos práticos e objetivos,
interessantes à comunidade”, explica o Coordenador
Geral do BrOffice.org, Claudio Ferreira Filho.
Durante a programação geral, a comissão organizadora
vai anunciar abertura das inscrições para o Ligth Talks. O
espaço destinado a essa atividade é das 17h30 às 18h15,
ou seja, 10 apresentações, em cada um dos dias do
Encontro. Para participar, os interessados devem enviar a
sua apresentação para o e-mail de inscrição que será
divulgado no decorrer do IV EnBrO. A apresentação pode
ter, no máximo, dois slides: o primeiro contendo o título da
mini palestra, o nome do palestrante e local (Estado /
Cidade); no segundo, deve estar o conteúdo a ser
apresentado.
qualidade”, lembra Claudio. A partir daí, começaram as
articulações, com o apoio do SENAI Ceará.
A proposta agradou a comunidade e por isso o Encontro
Nacional BrOffice.org já nasceu grande. Na primeira
edição, 20 estados aderiram ao encontro e surgiram
pessoas dispostas a organizar localmente as atividades.
Graças à conectividade, o evento teve abrangência
internacional, com a participação de palestrantes de
Toronto, no Canadá. “Todos os colaboradores do
BrOffice.org abraçaram o projeto com grande dedicação.
Percebemos o entusiasmo do pessoal que contribui, cada
um de alguma forma, para levar o BrOffice.org a um
público muito maior. E, com isso, entendemos que o
Encontro Nacional havia chegado para ficar”, comenta
Claudio.
Na segunda edição, o EnBrO conquistou um importante
aliado: o SENAI Mato Grosso, que se tornou co-realizador
do evento. O ponto central das transmissões, que na
primeira edição havia sido o Ceará, mudou de estado.
Conforme explica um dos integrantes da comissão
organizadora do evento, Carlos Braguini, a parceria surgiu
da necessidade de agregar, já que o SENAI, dentro da
sua linha de ação, da difusão da educação em tecnologia,
prevê uma meta anual de apoio a eventos voltados a essa
área do conhecimento. Hoje, o Encontro Nacional
BrOffice.org faz parte do calendário da entidade.
O Diretor do SENAI-MT, Gilberto de Figueiredo, afirma
que o EnBrO é estratégico para o desenvolvimento do
País. “Especialmente no Brasil a nossa parceria com o
Projeto BrOffice.org se consolidou por acreditarmos que
instituições de educação como o SENAI sustentam os
mais importantes pilares do desenvolvimento tecnológico
do País, sendo nosso dever apoiar projetos e ações que
além de serem estrategicamente importantes para o
setores transversais da economia, estão diretamente
ligados à evolução social e cultural do Brasil”, diz.
As interações nacionais e internacionais são os pontos
mais fortes do EnBrO, que tem incrementado a grade de
programação em quantidade e qualidade de palestrantes.
“A cada ano, temos um número maior de participantes e
colaboradores. Estamos sempre pensando em novidades
para oferecer ao público e agregar à comunidade”, afirma
Braguini. Outro diferencial da primeira para a segunda
edição, segundo ele, foi a possibilidade de incluir mais
pontos de transmissão do EnBrO.
Desde a sua criação, o evento vem crescendo e dando
mostras de sua importância para o cenário tecnológico do
País. Conforme Claudio Ferreira Filho, o número de
IV Encontro Nacional BrOffice.org | Por Rochele Prass
reportagem |
Lightning Talks: maior interação com o público
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Tudo começou em 2006. Havia uma necessidade para o
projeto que se expandia, conquistava uma comunidade
cada vez mais sedenta por compartilhar e precisava, de
alguma forma, apresentar o BrOffice.org a toda a
sociedade. Era o ano em que nasciam as estruturas que o
BrOffice.org tem hoje, tornou-se uma ONG, criaram-se os
Grupos de Usuários, sistema de controle de qualidade,
comunicação, entre outros. Era o momento de consolidar,
de firmar uma identidade nacional. E era também um
grande desafio: contemplar todos os estados de um país
continental.
Conforme conta o coordenador geral do BrOffice.org,
Claudio Ferreira Filho, um dos colaboradores da
comunidade sugeriu que se realizasse um encontro, com
o objetivo de reunir todo o grupo. Mas, como fazer isso?
A ideia que Marcus Diogo levantou causou medo no
início: videoconferência. “Ficamos assustados diante de
tudo que seria necessário para realizar um evento de
A origem do Encontro Nacional BrOffice.org
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 13 Abril | 2010
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participantes está dobrando a cada edição. No primeiro
encontro, em 2006, foram 612 participantes. No ano
seguinte, o número saltou para 1146. No III EnBrO, outro
grande resultado: 2271 pessoas. Para este ano, a meta
não poderia ser outra: dobrar novamente o número de
participantes, enfatiza o coordenador geral da
comunidade BrOffice.org.
organização dos eventos que muitos novos colaboradores
surgem e acabam se tornando membros importantes”,
diz. Conforme o líder nacional, é o momento também em
que cada voluntário agrega ao evento conhecimentos e
experiências individuais importantíssimas.
IV Encontro Nacional BrOffice.org | Por Rochele Prass
reportagem |
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Como se pode imaginar, um dos pontos mais delicados
no que se refere à organização de um evento de tamanha
abrangência, é o gerenciamento de todos os envolvidos
nos preparativos. O Líder Nacional do Grupo de Usuários
BrOffice.org, Luiz Oliveira, que também é um dos
organizadores do evento, revela que cerca de 60 pessoas
são envolvidas diretamente no processo. “Além do comitê
nacional, cada estado tem colaboradores destacados
para promover o evento. Isso inclui ver local, divulgar o
encontro, buscar apoiadores e preparar toda uma
logística para receber os participantes”, explica.
Ele conta que conversa diariamente com as lideranças
locais e também com outros integrantes do comitê
organizador, para que todas essas pontas estejam em
sintonia. Segundo Luiz, um ponto que sempre preocupa é
a motivação dos colaboradores, que fazem as tarefas de
forma voluntária, entretanto, afirma: “A comunidade
BrOffice.org sente-se contagiada e cada integrante quer
também ser protagonista de um evento de tamanha
importância para a sociedade. E é também durante a
Audacioso
I EnBrOII EnBrO
III EnBrO
612
1146
2271
Serviço
O quê: IV Encontro Nacional BrOffice.org
Quando: 15 e 16 de abril
Onde: Pontos de videoconferência nos Estados
Brasileiros
Locais de transmissão:
http://encontro.broffice.org/enbro4/localizacao
Inscrições: http://encontro.broffice.org/enbro4/inscricao
Programação:
http://encontro.broffice.org/enbro4/programacao
Palestrantes:
http://encontro.broffice.org/enbro4/palestrantes
Quanto: 1kg de alimento não perecível
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 14 Abril | 2010
entrevista |
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O Diretor do SENAI-MT, Gilberto Gomes de Figueiredo, é graduado em Administração de
Empresas e Educação Física, com MBA em Gestão Estratégica Avançada e especialização
em Administração dos Serviços de Saúde. Entre as experiências que acumula, estão os
cargos de Superintendente Administrativo e Financeiro da Federação das Indústrias no
Estado de Mato Grosso, o de Membro Efetivo do Conselho Estadual do Trabalho do Mato
Grosso
Por Rochele Prass
Instituições de educação devem dar suporte ao desenvolvimento tecnológico do País
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m olhar mais amadurecido dos gestores sobre o mercado do Software Livre gera uma
crescente demanda: a necessidade de as instituições de educação formarem mão de obra qualificada.
De olho nessa nova realidade, o SENAI-MT abraça, há três anos, o Encontro Nacional BrOffice.org,
compartilhando a realização do evento, que já faz parte do seu calendário anual. Na visão do Diretor
Regional de SENAI-MT, Gilberto Gomes de Figueiredo, promover o Encontro Nacional é “instigar e
provocar toda a cadeia produtiva desta área a se mobilizar na busca pelo conhecimento”. Confira
entrevista exclusiva, concedida à Revista BrOffice.org:
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 15 Abril | 2010
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Qual a importância do BrOffice.org para o
desenvolvimento tecnológico do País?
O modelo de desenvolvimento do Software Livre já
significa por si só, a criação de oportunidades a todas as
nações para intensificarem suas ações de
desenvolvimento e difusão tecnológica na criação de
Programas de Computador. Quando associamos a isto
uma nova cultura de geração de mão de obra qualificada,
estamos nos credenciando como provedores de
tecnologia, podendo, além de obter libertação tecnológica,
chegarmos a um patamar de País exportador de
conhecimento.
Que papel o Software Livre cumpre no aperfeiçoamento e
desenvolvimento de mão de obra qualificada?
A crescente e perceptível utilização do Software Livre nos
diversos setores da economia gera, além de uma
demanda por profissionais capacitados, uma grande res-
objetivo é prover as pessoas do conhecimento necessário
para desenvolver as atividades básicas de escritório em
planilhas, textos e apresentação. Ademais, estamos
habilitados para formar planos pedagógicos de
capacitação avançada em BrOffice.org, seja para atender
demandas específicas das empresas, seja para ofertar à
comunidade.
Quando e como se deu a chegada do BrOffice.org ao
SENAI?
No ano de 2007 tivemos uma grande iniciativa da
Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso em
promover um programa que levasse às indústrias mato-
grossenses, além de capacitação empresarial e serviços
técnicos especializados com baixo custo, o acesso a
eventos técnicos de vanguarda em várias áreas
conhecimento. Tínhamos a oportunidade de realizar um
Evento de Tecnologia da Informação e, para tanto,
buscamos a parceria com o BrOffice.org - Projeto Brasil e
entrevista |Instituições de educação devem dar suporte ao desenvolvimento tecnológico do País | Por Rochele Prass
A instituições que optam por software
livre estão optando não somente por
questões financeiras ou tecnológicas,
mas também por questões associadas de
responsabilidade social.
ponsabilidade para
instituições de ensino
profissionalizante como a
nossa, que é a de se
atualizar constantemente
para preparar profissionais
capacitados para
responder às demandas
destas empresas.
A opção por Software Livre / BrOffice.org é uma questão
apenas econômica?
Felizmente não. A instituições que optam por software
livre estão optando não somente por questões financeiras
ou tecnológicas, mas também por questões associadas
de responsabilidade social. Utilizar um produto que gera
royalties a outros países sem considerar a possibilidade
de utilização de produtos desenvolvidos e mantidos por
competentes organizações brasileiras indica a não
preocupação com a evasão de divisas e fomento do
mercado interno. Considerando os números, economizar
com software livre significa a possibilidade de reordenar
investimentos, criando espaço para o desenvolvimento de
ações que foquem no quadro funcional das empresas, por
exemplo.
Em quais programas desenvolvidos pelo SENAI o
BrOffice.org é usado e como isso ocorre?
Hoje o BrOffice.org é parte do nosso Portfólio de Cursos,
onde ofertamos para a comunidade, em especial a
indústria mato-grossense, cursos de formação inicial, cujo
Eventos desta natureza e principalmente com esta
abrangência são muito importantes para prover
alinhamento técnico entre a comunidade acadêmica,
científica, profissionais de Tecnologia e a comunidade em
geral. Além de promover a socialização de projetos e
ações, instiga e provoca toda a cadeia produtiva desta
área a se mobilizar na busca pelo conhecimento, a
inovação e aplicação destes recursos em suas
instituições.
Qual a importância de entidades consagradas como o
SENAI referendarem eventos de Software Livre?
O SENAI é uma instituição com mais de 50 anos de
serviços prestados ao Brasil, presente em todos os
estados brasileiros, cuja missão é de promover o
desenvolvimento tecnológico e educacional através de
projetos que permitam a elevação da competitividade da
indústria brasileira. Quando falamos em Software Livre,
estamos falando de todo um seguimento industrial que
representa um dos pilares do desenvolvimento
então sediamos em
Cuiabá/MT um dos mais
abrangentes e importantes
eventos de difusão do
Software Livre, o Encontro
Nacional do BrOffice.org
O que eventos como o
Encontro Nacional BrOffice.org
agregam à comunidade de usuários e
ao desenvolvimento do projeto ?
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 16 Abril | 2010
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Instituições de educação devem dar suporte ao desenvolvimento tecnológico do País | Por Rochele Prass
entrevista |
tecnológico e do fomento à produtividade nas
empresas. Estudos estimam que o Brasil
chegará a 100 milhões de computadores neste
ano, chegando participar da lista dos 10 países
do mundo com o maior parque computacional.
Quando refletimos sobre estes números,
chegamos à conclusão que ainda temos muito
por fazer pelo Software, pois, hoje, é certo que
ele (Software Livre) faz muito mais por nós.
As iniciativas de apoio de empresas e entidades
ao BrOffice.org estão na medida de necessidade
e de acordo como o papel socio-econômico que
o mesmo desempenha perante a sociedade?
Esta questão está diretamente ligada ao nível de
maturidade organizacional que as empresas se
encontram. Temos instituições que já
"devolveram", ou melhor, já reinvestiram seus
recursos financeiros em projetos de apoio e
fomento ao Software Livre, outras instituições,
porém, ainda estão buscando forma de se
encontrar e usufruir dos benefícios técnicos,
econômicos e sociais do Software Livre.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 17 Abril | 2010
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reportagem |
Petrobras iniciou neste mês o
processo de instalação do BrOffice.org em seu
parque de máquinas, estimado em 90 mil
computadores. As instalações devem estar
praticamente concluídas até junho. Ao todo, o
novo software contemplará um público interno
de cerca de 100 mil pessoas, que serão
capacitadas para o uso do BrOffice.org por
intermédio de um curso disponibilizado pela
Universidade Petrobras, acessível pelas
máquinas dos usuários. A estimativa é que o
processo gere uma redução de pelo menos
40% na demanda de aquisição de licenças
pagas de software proprietário equivalente.
A
Implanta BrOffice.org
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 18 Abril | 2010
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De acordo com a coordenadora de projetos de Infraestru-
tura de Tecnologia da Informação e Telecomunicações da
Petrobras, Marcia Novaes, a adoção do BrOffice.org se
deu a partir das análises de viabilidade técnica da ferra-
menta, que concluiu que o software tem maturidade tec-
nológica e é adequado às necessidades da companhia.
Entretanto, o fator determinante foi o econômico, afirma
Marcia. “Também definimos a mudança de padrão interno
de documentos e adotamos o ODF, que é um padrão
aberto com especificações de domínio público, plenamen-
te suportado pelo BrOffice.org”, completa Marcia.
A adoção de software livre nas estações de trabalho da
Petrobras começou com o Mozilla Firefox, conforme conta
a coordenadora. O principal ponto de atenção da equipe
de TI foi tornar o Firefox o navegador padrão para os
aplicativos Web usados na companhia. Segundo Marcia,
ainda existe um número muito grande de programas in-
compatíveis com o Firefox. Ela explica que esses proble-
mas estão sendo resolvidos gradativamente. Mas foi a
partir dessa experiência que se iniciaram os preparativos
para implantação do BrOffice.org.
Uma das questões que surgem quando migrações para
software livre são cogitadas é sobre a confiabilidade do
produto e o suporte. Conforme Marcia, esta segurança foi
conquistada pela própria comunidade. Foram necessárias
algumas reuniões com a equipe do BrOffice.org, que co-
laborou na construção da proposta. O diretor Administrati-
vo Financeiro do BrOffice.org, Olivier Hallot, atuou como
consultor nesse processo. “Buscamos mostrar as vanta-
gens à equipe da Petrobras e não escondemos em ne-
nhum momento as dificuldades que seriam encontradas
no processo de mudança de software, no que se refere
às necessidades específicas da companhia daquele por-
te. Conseguimos dar clareza sobre o que o BrOffice.org
oferece e como poderíamos colaborar”, afirma Olivier.
A coordenadora esclarece que o apoio das instâncias
mais altas da Petrobras foi a condição básica para que o
projeto se desenvolvesse. “É uma decisão que vem de
cima. Não poderíamos fazer uma mudança dessa magni-
tude sem estarmos muito bem alinhados com a direção”,
afirma. Uma das etapas preparatórias para a migração foi
obter a aprovação da diretoria da Petrobras para o proje-
to de mudança de software, depois que os motivos foram
expostos em novembro do ano passado, quando a direto-
ria decidiu pela implementação do BrOffice.org.
O BrOffice.org foi uma quebra de paradigmas para a Pe-
trobras, conforme salienta Marcia Novaes. “No ambiente
corporativo, o costume é ter um contrato com fornecedor
e pagar. A ele cabe resolver os problemas, sob pena de
ser multado”, lembra. Já com os produtos livres, as coisas
são um pouco diferentes: “Quando você começa a enten-
der o que é software livre, começa a ter que entender
essa figura da comunidade. Uma entidade virtual, de
quem você depende. Você não pode cobrar prazos e não
sabe nem se ela poderá resolver”, aponta. E uma das
formas de ter segurança foi buscar a colaboração das
próprias comunidades, tanto do BrOffice.org quanto do Fi-
refox.
“A Petrobras buscou na comunidade os conhecimentos
que lhe faltavam tanto sobre o próprio BrOffice.org,
quanto sobre o processo de migração de software de
escritório. A OSCIP BrOffice,org – Projeto Brasil foi o
ponto de integração com a comunidade e facilitou a
alocação de consultores, desenvolvedores e instrutores
de BrOffice.org que eram necessários para a execução do
projeto”, explica Olivier. “Foi uma parceria ganha-ganha,
porque obtivemos muitos subsídios da Petrobras para o
aprimoramento do software, o que repassamos para o
projeto internacional. Algumas dessas demandas foram
implementadas na recente versão 3.2 do software”,
completa Olivier.
Se com isso a Petrobras pode ser considerada um
membro da comunidade, Marcia responde: “Acredito que
sim. Não sei se existe alguma formalização para isso”,
brinca. Para a entidade, a relação com as comunidades
deve ser de mão dupla: “Não podemos só usar o produto,
mas temos que ter meios de contribuir”. A coordenadora
não adianta detalhes, mas afirma que a empresa conta
com um grupo de trabalho interno para definir sua
atuação no fortalecimento das comunidades open
source. “Nunca foi nossa intenção só usar, só sugar”,
enfatiza.
Ao optar pela migração para software livre, a Petrobras
estabeleceu uma regra de conduta: não mexer na
estrutura dos programas que estão usando, para adaptá-
los às especificidades da companhia. “Não estamos
interessados em criar um Petro-Office”, complementa
Marcia. Entretanto, se forem desenvolvidas
implementações, constatações de problemas e questões
resolvidas por profissionais da Petrobras, elas serão
devolvidas para as comunidades.
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Petrobras implanta BrOffice.org em 90 mil máquinas | Por Rochele Prass e Luiz Oliveira
reportagem |
Confiança, a alma do negócio
Quebra de paradigmas
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 19 Abril | 2010
O processo de adaptação dos usuários às novas
ferramentas foi muito mais fácil no caso do Firefox e não
houve necessidade de treinamento, tanto por ser mais
simples, quanto que muitos deles já usavam a ferramenta
como navegador padrão em suas residências. Já no que
se refere ao BrOffice.org, a implantação foi planejada em
conjunto com um processo de adaptação, visando
diminuir as dificuldades. Para tanto, um projeto piloto com
gerentes foi criado, em que foram removidos o software a
que já estavam acostumados, deixando apenas o
BrOffice.org. Foi neste período que a equipe pôde
constatar as maiores dificuldades, tais como problemas
de formatação de arquivos, macros do Excel no Calc e
algumas funcionalidades que são feitas de forma diferente
no BrOffice.org. “Os casos em que o BrOffice.org não
podia atender sem que nós já não soubéssemos de
antemão foram raríssimos”, afirma Olivier.
Com o objetivo de a novidade ser rapidamente absorvida
pelos usuários, a implantação foi dividida em três fases.
Quem explica é o analista de Projetos de Infraestrutura de
Tecnologia da Informação e Telecomunicações da
Petrobras, Gil Brasileiro, líder do projeto.
Na fase atual, a de instalação do BrOffice.org, os aplicativos
estão sendo instalados nas máquinas e os usuários comuni-
cados de que existe uma nova ferramenta, além da divulga-
ção de treinamento online. Na segunda fase, o foco será a
comunicação corporativa da implantação em várias mídias,
estimulando o uso do produto. Por fim, a última etapa será
de adequação de licenças, em que cada setor poderá avali-
ar as suas reais necessidades e optar por manter o aplica-
tivo proprietário com custos de licenciamento associados ao
departamento.
Para montar um treinamento a distância que alcance toda a
força de trabalho da empresa, a Petrobras contou com o
apoio da OSCIP BrOffice.org. “Pedimos para que fossem
mapeadas as maiores dúvidas dos usuários de
BrOffice.org”, conta Gil Brasileiro. Olivier Hallot explica como
essas questões foram respondidas: “Queríamos um
treinamento que fosse muito próximo do dia a dia do
funcionário. Assim, desenvolvemos a linha de ensino por
casos de uso, no qual os exemplos foram obtidos da própria
indústria petroleira. Mostramos como utilizar funções
avançadas do BrOffice.org em problemas e situações do dia
a dia”.
A campanha interna de migração BrOffice.org pretende ser
franca, mostrando também os problemas. “Não vamos es-
conder isso dos usuários. Pelo contrário, queremos que eles
comecem a usar já sabendo que um mínimo de adaptação é
necessário, e que a equipe disponibilizou todo o apoio que o
usuário necessitar”, diz Marcia. Entretanto, ela acredita que,
a partir do momento em que os usuários começarem a gerar
documentos no formato ODF, tais problemas tendem a de-
saparecer. “O processo de mudança acaba sendo um pou-
co doloroso, mas depois, as pessoas se acostumam”, co-
menta a coordenadora.
O grande estímulo para os departamentos da companhia
aderirem ao programa é econômico, já que cada área tem
um orçamento para licenciamento de software, que poderá
ser mais baixo com a adoção do BrOffice.org. “Uma das es-
tratégias de adequação de licença é que, a partir de um de-
terminado momento, os novos usuários não recebam mais o
software proprietário, apenas o BrOffice.org”, explica Gil,
que considera ser esta a etapa mais sensível de toda a mi-
gração.
Ainda assim, se houver necessidade de outra ferramenta, o
gerente daquela área poderá fazer uma solicitação, justifi-
cando o pedido e arcando com os custos associados. Os
gestores do projeto também pretendem buscar apoio nos
próprios usuários, identificando pessoas que tiveram adap-
tação e aceitação mais rápidas para auxiliar colegas. E o
grande desafio, dizem, estará na convivência entre dois pa-
drões diferentes.
reportagem |
Adaptação
(da esquerda para direita)
Eduardo Menezes de Almeida, João Ricardo de Oliveira Ayres, Olivier Hallot (líder
do projeto pelo BrOffice.org), Ronaldo de Souza Motta, Alexandre Padilha, Lucio de
Mello, Edivaldo Barbosa, Mônica Simões.
(sentados, da esquerda para direita)
Lilian Rosseto de Carvalho, Silvio Augusto, Marcia Novaes Soares (coordenadora do
projeto), Gil Brasileiro Fernandes (líder do projeto)
Mar
ce
lo B
urg
er
Petrobras implanta BrOffice.org em 90 mil máquinas | Por Rochele Prass e Luiz Oliveira
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 20 Abril | 2010
Um obstáculo para que grandes empresas adotem
software livre é a forma como são disponibilizadas atuali-
zações dos programas. Segundo Marcia, as comunidades
ainda não se preocupam com as instalações em grande
escala e a cada nova versão é preciso instalar todo o pro-
grama novamente. “Se o objetivo é alcançar o mundo
corporativo, acho que vale a pena para as comunidades
pensarem numa solução que facilite tanto a distribuição
quanto a atualização”, opina.
Gil completa que a mentalidade do software livre ainda é
muito voltada para o usuário doméstico ou autônomo. Ele
também cita que as atualizações são disponibilizadas
com bastante frequência, o que é ótimo em termos de
qualidade. “Em relação à atualização de correção de er-
ros e novidades, realmente é bem melhor com os softwa-
res livres”, diz. Gil cita como exemplo o verificador orto-
gráfico do BrOffice.org, o Vero, que já estava atualizado
para as novas regras de grafia do Português assim que o
Acordo Ortográfico entrou em vigor. Porém, essa agilida-
de torna a implementação nos parques computacionais
mais dispendiosas para os administradores de rede. A su-
gestão é que sejam disponibilizados pequenos pacotes de
atualizações – os chamados patches.
Gil e Marcia explicam que a complexidade de processo de
mudança pelo qual a empresa está passando é porque se
trata de uma das maiores corporações do País e que o
setor de TI da Petrobras prima pela excelência no aten-
dimento a seus usuários. Na opinião deles, uma empresa
menor, ou com menos estações de trabalho, poderia fazer
uma migração para o BrOffice.org com muito mais tranqui-
lidade. “Se a gente não disponibilizasse treinamento, cer-
tamente o projeto iria falhar”, pondera Gil. Marcia
enfatiza:” A TI não pode prejudicar o negócio da compa-
nhia. Tem que ajudar”.
Conforme observação dos gestores do projeto, na maioria
dos casos de migração, a mudança é empurrada e as
pessoas não passam por um momento de transição. A
equipe da Petrobras já recebeu lideranças de TI de outras
empresas, interessadas em aproveitar essas experiências
para adotar o BrOffice.org.
“"Uma recomendação é começar observando a experiên-
cia dos outros, achando casos semelhantes”. Não existe
uma receita única, diz Marcia, que salienta que há muitas
histórias de migração semelhantes e que é possível tirar
delas dicas valiosas para o sucesso do projeto.
Na fase preparatória do planejamento da implantação do
BrOffice.org, a equipe da Petrobras teve reuniões com
gestores que lideraram processos de migração para o
programa em outras empresas, como Metrô de São Paulo,
Banco do Brasil, Itaipu e Serpro. A adoção do BrOffice.org
e do Firefox foram as primeiras experiências da Petrobras
com software de código aberto em estações de trabalho.
Em muitos servidores e em algumas estações de trabalho,
a empresa já utiliza o sistema operacional Linux.
Gil Brasileiro Fernandes é Líder de Projetos de Infraestru-
tura de Tecnologia da Informação e Telecomunicações da
Petrobras. Formado em Engenharia de Computação e
Pós-graduado em Redes de Computadores pela Universi-
dade Federal do Espírito Santo, tem MBA em Gerência de
Projetos pelo Centro Universitário Vila Velha. Atuou por 3
anos em diversos projetos de TI e Telecomunicações de
grandes empresas. Em 2008, iniciou sua carreira na Pe-
trobras como analista de sistemas e, em 2009, assumiu a
gerência do projeto de implantação dos softwares Mozilla
Firefox e BrOffice.org na Petrobras.
Marcia Novaes Soares é Coordenadora de Projetos de In-
fraestrutura de Tecnologia da Informação e Telecomunica-
ções da Petrobras. Graduada em engenharia elétrica com
ênfase em telecomunicações pela Universidade do Estado
do Rio de Janeiro com MBA em Gestão de Projetos pela
Fundação Getúlio Vargas. Ingressou na Petrobras em
2004 como analista de sistemas e comandou diversos pro-
jetos de melhoria operacional de infraestrutura de TIC na
companhia. Foi designada, em maio de 2007, Coordena-
dora de Projetos de Infraestrutura de TIC e atualmente co-
ordena projetos de otimização de custos e de implantação
dos softwares Mozilla Firefox e BrOffice.org.
reportagem |
Recado aos desenvolvedores
A Petrobras recomenda
No comando
Petrobras implanta BrOffice.org em 90 mil máquinas | Por Rochele Prass e Luiz Oliveira
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 21 Abril | 2010
Por Luiz Oliveira
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entrevista |
to. Desta forma, é possível realizar um evento descentra-
lizado e, ao mesmo tempo organizado, respeitando as
particularidades de cada região. De norte a sul do País,
todas as cidades estão em sintonia e conseguem transmi-
tir com eficiência a mensagem do FLISOL.
Existe alguma taxa de inscrição para participar do
FLISOL?
Não. O FLISOL é um evento aberto, 100% gratuito, dire-
cionado a todos aqueles interessados em conhecer e
compartilhar conhecimentos a respeito do software livre.
O que espera para o evento deste ano?
Nosso objetivo é fazer um evento cada vez mais abran-
gente e rico em resultados. Estamos trabalhando em prol
do Software Livre, de sua difusão e uso consciente. Os
resultados esperados são de que todo visitante que parti-
cipar do FLISOL, ao retornar para sua casa, esteja mais
consciente a respeito de como esse mundo livre pode
ajudá-lo em seu dia-a-dia
Quais as atividades desenvolvidas durante o evento?
Durante o evento, os visitantes podem participar de
oficinas (workshops), honeypots e palestras. Além disso,
todos podem trocar experiências e discutir temas
relevantes ao software livre e novas tecnologias em
discussões de mesas redondas e conversas individuais
ou em grupos nas dependências do local do evento. Além
de toda essa interação social, os visitantes também
podem trazer seu computador para o evento, afim de
instalar software livre. É importante lembrar que cada
cidade possui sua própria estrutura. Portanto, as
atividades que mencionei acima podem não estar
disponíveis na sua região. Para mais informações acesse: www.flisol.net/FLISOL2010/Brasil/
As cidades têm alguma orientação ou um padrão a
seguir?
Sim. Todas as cidades precisam seguir as
recomendações e diretrizes da Organização Nacional,
para que possam ser elegíveis como sede oficial do even-
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O FLISOL é o maior evento de divulgação de Software Livre da América Latina. Desde 2005,
reúne participantes em mais de 200 cidades, promovendo o uso do software livre. O objetivo
é apresentar a filosofia do software livre, seu alcance, avanços e desenvolvimento aos mais
variados públicos. A Revista BrOffice.org conversou com o Coordenador Nacional do evento,
que também está à frente do FLISOL Campinas. Maxx Fonseca é consultor em tecnologias
há 13 anos, vem desenvolvendo soluções em consolidação e contenção de servidores
através da virtualização. Ele também desenvolve softwares e soluções de automação
industrial sob medida baseadas em tecnologias livres para o setor público e privado.
Festival Latino americano de Instalação do Software Livre
Dia de festa para o Software Livre
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 22 Abril | 2010
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Como e por quem o evento é patrocinado?
O FLISOL é um evento orgânico, ou seja, ele é mantido
pela própria comunidade e não há nenhum fim lucrativo.
Portanto, com ou sem patrocínio o evento continuará exis-
tindo. Isso é um diferencial frente a outros eventos que
dependem integralmente de patrocínios. Mas, é claro que
abrimos espaços para empresas patrocinarem também,
pois há custos envolvidos na realização e toda ajuda é
vista com bons olhos. Em sua maioria, as empresas de
tecnologia e centros de inclusão social/digital com liga-
ções com o software livre são as que mais se interessam
em patrocinar o FLISOL. É um espaço propício para que
essas empresas e organizações mostrem seus trabalhos,
produtos e serviços resultantes ou baseados em tecnolo-
gias livres.
A comunidade local, através dos governos, se
envolve na organização e execução do evento?
Sim e não. O FLISOL é um evento aberto a todos que
desejarem colaborar com a sua realização. Os governos,
geralmente municipais, têm participado do FLISOL na
forma de apoio em poucas cidades. Mas ainda é um
apoio que considero bastante tímido e descomprometido.
Acredito que governos, principalmente os municipais,
poderiam se envolver muito mais com o FLISOL, inclusive
através de criação de políticas públicas de apoio e
envolvimento direto, resultando em um comprometimento
real com o software livre e as suas comunidades através
do FLISOL.
E o que falta para que os governos se envolvam mais
ativamente?
Falta qualificação. De um modo geral, a aplicação das leis
de uso de software livre pelo setor público são radicais.
Os softwares são instalados nas máquinas dos
funcionários e simplesmente os obrigam a usá-los sem
nenhum tipo de treinamento ou acompanhamento – isso
quando não ocorre de realizarem um treinamento
ineficiente, o que acontece em muitos casos.
Tal procedimento implica em uma série de problemas, in-
cluindo desempenho e mal uso, passando a impressão de
que o software livre não atende às necessidades com a
mesma eficiência que os softwares proprietários anteces-
sores. Com efeito, vereadores e assessores com essa má
impressão não trabalham em prol de políticas públicas
sobre o assunto, muito menos, envolvimento com comu-
nidades e eventos de softwares livres como o FLISOL.
Há parcerias com outras comunidades de software
livre ou Open Source?
Sim. O FLISOL é realizado através de comunidades.
Posso citar aqui o envolvimento direto das comunidades
do Debian e Ubuntu em sua maioria, entre tantas outras
menores em número, mas, de mesmo nível em qualidade
e resultados para o FLISOL. Como exemplo a cidade de
Curitiba-PR que realiza o FLISOL através do Grupo de
Usuários Debian do Paraná (GUD-BR-PR).
Você acha que a comunidade de software livre é
desunida?
Não considero desunida, mas diria que, às vezes, sem
iniciativa. É comum ver comunidades discutindo sobre
diversos temas, encontrando pontos fortes e fracos, prós
e contras, deliberando várias tarefas, interagindo entre
eles, mas, sempre acaba faltando alguém que tome a
frente. Consequentemente, os temas discutidos acabam
sendo descartados pelo tempo por falta de iniciativa.
Como já dizia um velho ditado hacker: "Falar é fácil,
mostre-me o código".
Maxx Fonseca e o FLISOL | Por Luiz Oliveira
entrevista |
Até o fechamento desta Edição, 44 cidades já estavam
confirmadas para o FLISOL. Mas o número continua
crescendo e as inscrições, também. Confira o local mais
próximo de você:
http://www.installfest.info/FLISOL2010/Brasil
Locais de Realização do FLISOL
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 23 Abril | 2010
Tradução e adaptação de Clóvis Tristão
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novas tecnologias |
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s usuários do BrOffice.org sempre ficam na expectativa de que a suíte tenha um visual mais
agradável. Os desenvolvedores têm dado uma atenção especial para isso a cada nova versão sem com
isso esquecer-se da eficiência dos programas. Dessa preocupação com a interface do usuário é que
nasce o Projeto Renaissance. Seus idealizadores perceberam que estava na hora de preocupar-se com a
ergonomia para as ferramentas do BrOffice.org, capaz de inovar e de atender as necessidades de conforto
e produtividade dos usuários. Mas o que é isso? Ergonomia? A explicação vem do líder do projeto de
tradução e diretor financeiro da OSCIP BrOffice.org, Olivier Hallot: Trata-se de um “estudo científico de
adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho, às capacidades psicológicas, fisiológicas,
antropométricas e biomecânicas do homem.” Hallot explica ainda que a partir dos dados levantados pelo
Programa de Melhorias e de propostas de novas interfaces coletadas através de um concurso aberto a
comunidade, o Projeto Renaissance chega a seu estágio de protótipo. Essa grande novidade será
oferecida na versão 3.3 da suite BrOffice.org.
Abaixo temos uma relação de perguntas e respostas resultado de discussões entre a comunidade
OpenOffice.org, a Sun e a equipe da Renaissance. Para quem quiser saber mais detalhes há disponível
no Youtube[4] uma entrevista (inglês) feita por Florian Effenberger (Comunicação-OpenOffice.org) com
Andreas Bartel (Projeto Renaissance).
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 24 Abril | 2010
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Por que não melhorar a Interface com o Usuário, o
clássico Menu/Barra de ferramentas ?
A quantidade de recursos atualmente disponíveis no
OpenOffice.org, e a forma como esses recursos
interagem com o usuário, demandam um grande número
de elementos de UI (User Inferace). Essas interfaces são
disponibilizadas em algum lugar para o usuário. Por
conseguinte, existe um grande número de entradas no
menu, painéis, barras e botões que excedem as
capacidades do conceito clássico. Podemos e vamos
resolver esse problema no curto prazo, melhorando a
forma como as coisas se comportam na interface.
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Projeto Ranaissance | Tradução e adaptação Clóvis Tristão
novas tecnologias |
Introdução e Visão Geral
O que é o Projeto Renaissance? Qual o escopo do
projeto?
O Projeto Renaissance foi iniciado em Novembro de
2008. A missão de longo prazo do projeto é melhorar a
experiência geral do usuário do OpenOffice.org. Dois
objetivos foram definidos como de missão crítica para o
projeto. Em primeiro lugar, conhecer e compreender os
nossos usuários e, segundo, oferecer-lhes um acesso
eficiente às funcionalidades, através de uma interface de
usuário visualmente atraentes (UI - User Interface).
Adicionar ou remover qualquer funcionalidade existente
não está no escopo do Projeto Renaissance. Em vez
disso, a arquitetura da informação, o design de interação
e design visual estão no escopo, porém, sujeitos a
alteração. Concluindo, o Projeto Renaissance é a
interação entre o usuário e o produto.
Protótipo
Qual a finalidade do protótipo?
Em geral, é muito importante entender que os protótipos
ajudam a explorar promissoras ideias de design
controverso. Eles podem ser criados em vários níveis de
detalhe, discutido e, em seguida, jogados fora para abrir
espaço para novas ideias. Na verdade, muitas vezes é
dito que "os protótipos vão para o lixo". Portanto, a
prototipagem é muito útil para encontrar uma solução
ideal, mas um protótipo em si, nunca é uma solução final.
Um dos objetivos de nossos protótipos, em geral temos
mais de um, que foram criados para a mesma finalidade
foi explorar possíveis projetos que permitem que o menu
clássico possa coexistir com uma barra de ferramentas
mais estruturada, multidimensional. Tentamos várias
coisas, que algumas vezes não dão certo. Então,
mesclando com outras ideias interessantes, cria-se um
novo protótipo e o publica para avaliação e feedback dos
usuários.
UI (Interface com o Usuário)
A interface Ribbon do Microsoft Office 2007
Por que não copiar a interface Ribbon do Microsoft
Office 2007?
OpenOffice.org tem milhões de usuários em todo o
mundo, e para o Projeto Renaissance, temos definida a
meta para atendê-los da melhor maneira possível. No
entanto, a conveniência da interface Ribbon ainda está
sujeita a discussões acaloradas entre os usuários do
Microsoft Office e sua aceitação entre os usuários do
OpenOffice.org é muito baixa. Portanto, além de todas as
questões de licenciamento, é muito improvável que a
Microsoft Ribbon UI seja a solução adequada para os
usuários do OpenOffice.org.
Desenvolvimento Open Source
Como você lida com o feedback? De quem receber
feedback positivo? A comunidade acelera ou retarda
o projeto?
Em geral, o feedback que recebemos não é restrito aos
comentários em nosso blog sobre os protótipos. Criamos
vários canais de que nos retornam informações. O mais
valioso para o nosso trabalho são as pesquisas de
usuários e o retorno que recebemos, através do projeto
OpenOffice.org e nas listas correspondentes. Além disso,
estamos criando canais de feedback dedicado para
usuários em um contexto empresarial ou governamental.
Em suma, o feedback que temos acesso é uma
verdadeira mina de ouro de informações, e nós podemos
tê-lo sem nenhum custo. Não importa se é positivo ou
negativo. Nós aprendemos a apreciar a sua diversidade.
Na verdade, a crítica construtiva é valiosa, ela nos ajuda a
aprender, compreender e melhorar.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 25 Abril | 2010
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Quais são as vantagens do seu protótipo? O que você
aprendeu a partir do protótipo?
Projeto de Design, especificamente, prototipagem, não é
tão simples. Raramente as ideias saem de imediato,
algumas vezes o prototipo tem que ser refeito e
melhorado com ideias que se tinha antes. Muitas vezes,
ideias que parecem à primeira vista, não serem tão boas,
acabam por ser brilhantes, mais tarde, durante o
refinamento, em outro protótipo ou mesmo em um
contexto totalmente diferente.
No entanto, quando começamos a trabalhar com
protótipos, tivemos diretivas de projeto específico em
mente que devem nortear o nosso trabalho. Uma das
diretivas foi oferecer ajuda visual, a fim de promover o
reconhecimento de comandos importantes e seus efeitos.
Dessa forma, alguns controles que estão diretamente
ligadas aos objetos, como slides, por exemplo, encontrou
seu caminho para a UI. Outro exemplo seria a forma
como o layout de slides ou projeto pode ser mudado, ou
como as formas são formatadas e transformadas.
Em geral, existem algumas ideias em protótipos que têm
grande potencial e é vantajosa quando comparada com a
atual interface do usuário. Eles só precisam de algum
requinte e uma boa execução.Há uma lição muito
importante que nós tivemos que aprender. Kathy Sierra,
uma vez disse: "O melhor que te parece, será o mais
próximo do feedback". Isso é tão verdadeiro. Durante a
prototipagem, estávamos mais preocupados com a
arquitetura de informação e design de interação, e menos
com o design visual. Assim, o design ou a dimensão de
muitos elementos da interface do usuário foi mais ou
menos definido. Mas o tipo de feedback que recebemos
foi predominantemente sobre os nossos protótipos, que
pareciam estar em um nível amadurecido. No entanto,
eles não estavam, e nós não antecipamos como eles
seriam percebidos. Para muitos, os protótipos pareciam
estar prontos.
Há duas importantes razões por trás dessa decisão.
Parcialmente, isso já é algo que você pode experimentar
na interface do usuário atual do OpenOffice.org, o Lotus
Symphony, a Apple iWork ou mesmo o Microsoft Office
2008 para MAC. Portanto, não faz sentido gastar nossos
recursos limitados para prototipagem de um padrão de
projeto que pode ser avaliado em outro lugar.
Além disso, em comparação com as questões de design
de interação, a orientação da interface do usuário não é
apenas tão crítica como você poderia pensar. Sim,
existem algumas oportunidades para otimizar o uso da
tela em contextos particulares. Donald Knuth disse uma
vez "otimização prematura é a raiz de todo mal". Nós
certamente não podemos cair nessa armadilha durante
prototipagem.
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Projeto Ranaissance | Tradução e adaptação Clóvis Tristão
novas tecnologias |
Vantagens
Interface Horizontal versus uma Interface Vertical
Com mais e mais variedade de monitores wide-
screen, porque os protótipos não usam uma interface
de usuário vertical?
Afirmações não oficiais
Há questões levantadas ao longo dos tempos. Por favor,
considere as afirmações "não oficiais", porque pode
conter "tendências" e não são discutidas com todas as
pessoas envolvidas no projeto Renaissance.
Há algum modelo ou design preliminar disponível?
Onde posso encontrá-los?
Não e Sim, ao mesmo tempo. Não, não há nenhum
projeto final que deverá ser disponibilizado e
implementado. Estamos atualmente, concentrados nas
ideias e feedbacks, conceitos básicos de prototipagem e
avaliação. Então, sim, você pode encontrar várias fotos e
pedidos de protótipo, que representam conceitos iniciais
que podem (fortemente) sofrerem mudanças. Você pode
encontrar mais informações em Renaissance_Roteiro[5].
Uma boa ideia, é começar com a página principal do
projeto Renaissance[2], pesquisando alguns projetos
iniciais.
Será que a interface(UI) do futuro fornecerá
capacidades theming?
Talvez. O OpenOffice.org atual prevê a capacidade
theming, para armazenar um alto nível de coerência
entre todas as plataformas (por exemplo, os controles de
interface de usuário temas, ícone). Além disso, a equipe
do Renaissance tem a impressão de que o conceito de
theming é algo incompreendido.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 26 Abril | 2010
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Theming, principalmente, tem influência sobre
como o software vai se comportar, ele não pode
alterar a forma como o software se comporta.
O escopo do Projeto Renaissance, no entanto, é
tornar a interface do usuário mais comportada, por
exemplo, através de uma melhor compreensão do
fluxo de trabalho dos usuários.
Será que a interface(UI) do futuro, será
configurável?
Sim, até certo ponto. Este é um critério básico do
governo e das empresas de se adaptarem a
funcionalidade do OpenOffice.org para as
necessidades dos usuários, acrescentando
algumas características específicas ou
bloqueando algumas funcionalidades "críticas".
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novas tecnologias |
Mitos sobre a Experiência do Usuário[6].
Fonte: http://wiki.services.openoffice.org/wiki/Renaissance/FAQ
Referências:
[1] http://marketing.openoffice.org/
[2] http://wiki.services.openoffice.org/wiki/Renaissance
[3] http://www.youtube.com/openofficeorg
[4] http://www.youtube.com/view_play_list?p=1A11197FA963AF4D
[5] http://wiki.services.openoffice.org/wiki/Renaissance:The_Roadmap
[6] http://wiki.services.openoffice.org/wiki/User_Experience/Myths_about_UX
Leituras adicionais recomendadas
Projeto Ranaissance | Tradução e adaptação Clóvis Tristão
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 27 Abril | 2010
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Episódio 02: O Arqueiro
Por Cárlisson Galdino
Década de 1990, quando a Magia volta à Terra, trazendo caos. Redblade narra a
jornada de um grupo de aventureiros por países devastados. A história acontece
no mesmo mundo que Marfim Cobra e Jasmim, romances do mesmo autor, mas
tem uma abordagem diferente...
Não importa o quanto corra ou onde se esconda. Se ele não alcança, suas flechas, sim. Se
isso fará diferença ou não, não lhe cabe julgar, só disparar. O papel das ondas é se jogarem
contra os rochedos. O quebrar das pedras já não lhes cabe...
Dizem que ele chegou a participar das olimpíadas defendendo seu país. Jörg Koppar é seu nome. Um alemão brincalhão
que aprendeu a controlar seu nervosismo no esporte.
Tem todo jeito de quem pratica arco e flecha desde criança. Confiante e eficiente no que faz. Vem da Turíngia, um dos
estados da Alemanha e, diferente do Richard, este sim gosta de conversar. Se deixar, passa o dia todo falando de sua
terra, da sua noiva Bárbara e de tudo o que deixou para trás...
Estranhas são as voltas que o mundo dá. Enquanto o portador da Redblade destruía todos aqueles mortos-vivos na
praça central, era de uma das janelas do terceiro andar do Hotel de Lisa que algumas flechas voavam e acertavam
corpos mortos andantes. Não parecia machucá-los, mas o que espantava era a precisão dos golpes. A precisão com que
as flechas voavam da janela em direção aos alvos.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 28 Abril | 2010
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Bacharel em Ciência da Computação pela UFAL, pós-graduado em Produção de Software com Ênfase em Software Livre pela UFLA, já manteve projetos como IaraJS, Enciclopédia Omega e Losango. Hoje, Analista de Tecnologia da UFAL, mantém pequenos projetos em seu blog Cyaneus. Membro da Academia Arapiraquense de Letras e Artes, é autor do Cordel do Software Livre, do Cordel do BrOffice e do Cordel da Pirataria.http://bardo.castelodotempo.com
Ainda não sei que força nos uniu nessa estranha e distante cidade. Menos ainda o que se espera de nós.
Quando os últimos corpos iam ao chão pelos movimentos da Redblade, Jörg aparece na praça.
“Gute arbeit!”, gritava Jörg, ou qualquer coisa parecida com isso. Não sou exatamente o que se pode chamar de
“perito em alemão”.
Richard, ao final do silêncio, re-embainhou a espada olhando aquele estranho se aproximar.
“Vou kommst du her?” ou qualquer coisa parecida... Não fazia muita diferença, Richard parecia não entender, de
qualquer forma.
“Do you speak English?”, solta então a pergunta clássica dos donos do mundo. Sempre o “English”... Não importa se o
outro é alemão, se estão na França... Todo mundo tem que falar o tal do “English”. De qualquer forma, hei de admitir
que o inglês me é bem menos difícil de compreender do que o alemão.
Os dois conversaram um bocado com um “English” moderado, mas Richard não parecia lhe dar tanto valor. Falaram
sobre o que vinham fazer nessa terra estranha, sobre o que já souberam de mortes, acidentes e situações parecidas
com a que havíamos presenciado há poucos minutos... Como se não bastasse surgirem mortos-vivos ali, eles vêm
surgindo também em outros cantos mundo afora. O mundo é mesmo louco.
Antes de virmos aqui, as notícias eram constantes. Fantasmas, mortes e as coisas mais estranhas. Tão estranhas
que sempre pareceram distantes de nós. Mas estávamos mais perto disso tudo do que pensávamos. Hoje estamos
aqui.
Aquela limpeza que Richard fez na praça foi mesmo incrível, mas há poucos vivos depois de tudo. E quando falo
poucos, pretendo evocar toda a completude do significado da palavra, quanto à sua pequenez.
Jörg é gente boa, no fim das contas. Vem passando por uma situação difícil, como todos nós. Por um lado, longe de
casa como tantas vezes já estivemos. Desta vez é diferente: não há um jeito fácil de voltar nem ao menos de
sabermos se ainda temos uma casa para onde voltar. Já faz dias que aqui não se encontra luz... Em nenhum sentido.
Episódio 02: O Arqueiro | Por Carlisson Galdino
cultura |
Cárlisson Galdino
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 29 Abril | 2010
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O Clássico dos Nerds
Um dos clássicos no que diz respeito à dramaturgia Geek,
sem dúvida, é o Piratas da Informática (Pirates of Silicon
Valley, no original, de 1999). Mesmo que não seja
considerado uma obra fidedigna sobre a fundação da
Apple e da Microsoft, o telespectador pode conferir os
primeiros computadores pessoais nas suas versões mais
primitivas, quando comparadas com as atuais, a disputa
acirrada entre os fabricantes de hardware, a rivalidade
entre Bill Gates e Steve Jobs, o surgimento da interface
gráfica para PC e Macintosh.
Também encontrado com o nome de Piratas da
Informática, é um genuíno clássico do que se pode
chamar de “cultura livre”, o que não o fez entrar no rol das
grandes produções. Uma das cenas emblemáticas e das
mais hilárias é quando o "mouse" é apresentado pelos
engenheiros da Xerox aos executivos da mesma
empresa, que assistem horrorizados e indiferentes à
“patética” apresentação da criação. Um dos executivos
indaga como a Xerox iria investir em algo chamado
"Mouse". Existem muitas outras cenas parecidas com
essa, que retratam episódios históricos dos tempos em
que se programava em cartões perfurados, mas aí é só
assistindo o filme.
através de um passo-a-passo que torna fácil o entendi-
mento. Os recursos abordados são: Funções e Macros,
Tabela dinâmica, Gráficos, Banco de Dados, Auto Filtro,
Nota, Subtotais, Formatação Condicional, Modelo, Cená-
rio, Restrição de dados e Alerta de erros.
Revista BrOffice.org recomenda
End
rigo
Com a crescente demanda
do BrOffice.org nos
ambientes empresariais,
uma leitura que vale a pena
é sobre os recursos do Calc.
O BrOffice.org Calc
Avançado com Introdução
às Macros", escrito por
Cristiane Gonçalves,
lançado pela Editora Ciência
Moderna, traz uma visão
geral sobre o aplicativo,
apresentando os recursos
do BrOffice.org Calc,
Esta dica de leitura é para
quem está naquele momen-
to inesquecível da vida aca-
dêmica: a formatação do
Trabalho de Conclusão,
Tese ou Dissertação. " For-
matando Teses e Monogra-
fias com BrOffice.org" foi
concebido para demonstrar
ao leitor como aplicar a
qualquer documento longo
as formatações impostas pe-
las instituições de ensino.O objetivo do autor, Flavio Morgado, é fornecer um co-
nhecimento básico de formatação de páginas e parágra-
fos, e criar analogias reais que mostrem como o
BrOffice.org as implementa no documento.
Por Ronaldo Prass | Divulgação |
www.dicas-l.com.br
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 30 Abril | 2010
Por Rubens Queiroz
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dica |
Listas NumeradasListas Numeradas
Da
vid
Ma
ste
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A suíte de escritórios BrOffice.org possui um recurso
muito útil: a numeração automática de listas. O processo
é bastante simples. Após a configuração inicial,
praticamente todos os passos são feitos sem
necessidade de acesso a qualquer menu. Tudo é feito
através do teclado.
Por padrão, a numeração automática já está ativada,
mesmo assim iremos demonstrar os passos necessários
para ativar a configuração correta. No menu
ferramentas, reproduzido ao lado, selecione Opções da
autocorreção.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 31 Abril | 2010
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Listas Numeradas | Por Rubens Queiroz
dica |
Certifique-se de que a opção Aplicar numeração – símbolo: * esteja ativa. Importante: a numeração automática não
funciona com todos os estilos de parágrafo. Apenas os parágrafos formatados com o estilo "Padrão", "Corpo do texto" ou
"Recuo do corpo do texto" podem ser numerados dessa forma.
Vamos então ver como isso funciona. O trecho de texto abaixo será usado em nosso exemplo:
A seguir, aparecerá o menu abaixo:
A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com o desafiador cenário globalizado estimula a padronização do impacto a agilidade decisória.
Por outro lado, o entendimento das metas propostas causa impacto indireto na reavaliação das condições inegavelmente apropriadas.
Em nível organizacional, a contínua expansão de nossa atividade apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção do investimento em reciclagem técnica.
O incentivo ao avanço tecnológico, assim como o novo modelo estrutural aqui preconizado possibilita uma melhor visão global do sistema participação geral.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 32 Abril | 2010
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Listas Numeradas | Por Rubens Queiroz
dica |
Se posicionarmos o cursor no final deste parágrafo e criarmos um novo parágrafo, teclando <ENTER>, a numeração será
automaticamente adicionada:
Para iniciar a numeração, basta selecionar um dos parágrafos e digitar o número que desejamos:
Podemos, a partir disso, escrever o texto ou então unir o parágrafo seguinte com o atual, pressionando a tecla <DEL> e em
seguida separá-lo novamente, teclando <ENTER>. A numeração será acrescentada automaticamente, na sequência correta:
1. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com o desafiador cenário globalizado estimula a padronização do impacto a agilidade decisória.
Por outro lado, o entendimento das metas propostas causa impacto indireto na reavaliação das condições inegavelmente apropriadas.
Em nível organizacional, a contínua expansão de nossa atividade apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção do investimento em reciclagem técnica.
O incentivo ao avanço tecnológico, assim como o novo modelo estrutural aqui preconizado possibilita uma melhor visão global do sistema participação geral.
1. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com o desafiador cenário globalizado estimula a padronização do impacto a agilidade decisória.
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Por outro lado, o entendimento das metas propostas causa impacto indireto na reavaliação das condições inegavelmente apropriadas.
Em nível organizacional, a contínua expansão de nossa atividade apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção do investimento em reciclagem técnica.
O incentivo ao avanço tecnológico, assim como o novo modelo estrutural aqui preconizado possibilita uma melhor visão global do sistema participação geral.
1. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com o desafiador cenário globalizado estimula a padronização do impacto a agilidade decisória.
2. Por outro lado, o entendimento das metas propostas causa impacto indireto na reavaliação das condições inegavelmente apropriadas.
Em nível organizacional, a contínua expansão de nossa atividade apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção do investimento em reciclagem técnica.
O incentivo ao avanço tecnológico, assim como o novo modelo estrutural aqui preconizado possibilita uma melhor visão global do sistema participação geral.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 33 Abril | 2010
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Listas Numeradas | Por Rubens Queiroz
dica |
No item 1.1, pressionamos a tecla <TAB> uma vez, no item 1.1.1, pressionamos
duas vezes, e assim por diante.
Como você pode ver, a tecla de tabulação tem duas setas, uma apontando para
a esquerda e a outra apontando para a direita.
A alternância entre uma e outra direção (direita ou esquerda) é feita através do pressionamento simultâneo da tecla
<SHIFT>. Mas, para tudo isso funcionar, ainda existe um passo adicional. Precisamos especificar quantos níveis de
numeração desejamos em nosso documento. Por padrão, apenas um subnível é numerado. A figura abaixo ilustra este fato.
Podemos ver, no lado direito da figura, que embora os subníveis estejam endentados, apenas um nível de numeração
aparece.
Para criarmos subníveis, como 1.1, 1.1.1 etc, basta posicionarmos o cursor no início do parágrafo e pressionarmos a tecla
de tabulação. Da mesma forma, se quisermos subir o nível de uma numeração, como passar de 1.1.1 para 1.1, basta
pressionarmos a tecla <SHIFT> em conjunto com a tecla de tabulação.
1. 1. A certificação de metodologias que nos auxiliam a lidar com o desafiador cenário globalizado estimula a padronização do impacto a agilidade decisória.
1.1. . Por outro lado, o entendimento das metas propostas causa impacto indireto na reavaliação das condições inegavelmente apropriadas.
1.1.1. Em nível organizacional, a contínua expansão de nossa atividade apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção do investimento em reciclagem técnica.
1.1.1.1. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como o novo modelo estrutural aqui preconizado possibilita uma melhor visão global do sistema participação geral.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 34 Abril | 2010
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Listas Numeradas | Por Rubens Queiroz
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É claro que isso não é o que desejamos. Precisamos alterar esta configuração. Fazemos isso alterando o valor exibido no
campo Mostrar subníveis. No subnível 2, exibido na figura abaixo, colocamos o valor 2, no subnível 3, colocamos 3, e
assim por diante. No documento de exemplo serão usados no máximo 4 subníveis. Então não precisamos acertar os demais
subníveis. Além do mais, um documento com mais de quatro níveis de numeração é praticamente incompreensível.
Vale a pena observar também o valor do campo Depois. É nesse campo que especificamos o caractere que desejamos
incluir após a numeração. Eu geralmente uso um ponto seguido de um espaço em branco. Mas eu poderia usar um
parêntese, um colchete, enfim, o que eu julgar conveniente. Mas lembre-se: use o bom senso e não especifique o valor
deste campo com caracteres que ninguém usa com tal finalidade.
Uma outra possibilidade de configuração é o tipo de numeração que usaremos. No mesmo menu acima, ao clicarmos sobre
o campo Numeração, será exibida uma grande quantidade de opções:
Podemos usar algarismos romanos, letras maiúsculas ou minúsculas e uma grande quantidade de outras opções, como
podemos ver pelo tamanho da barra de rolagem do menu. É claro que as opções mais comuns são as primeiras listadas.
Essas são algumas das possibilidades. Existem diversas outras formas de se numerar um documento e, para cada situação,
existe uma alternativa mais adequada. Esta é apenas uma delas.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 35 Abril | 2010
Tradução e adaptação de Eduardo A. Gula
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dica |
Há uma extensão que pode ser adicionada ao BrOffice.org
Impress chamada PhotoAlbum.
Trata-se de uma extensão que permite criar uma apresenta-
ção contendo um slideshow de fotos que estejam armaze-
nadas em uma pasta do computador. Além de permitir efei-
tos aleatórios de transição das fotos e um loop contínuo,
tudo é feito de maneira descomplicada e com poucos cliques
do mouse.
Para instalar a extensão, primeiro faça download a partir do
endereço http://extensions.services.openoffice.org/node/419
e, depois, dentro do BrOffice.org, clique no menu Ferramen-
tas-> Gerenciador de extensão. Não é necessário descom-
pactar o arquivo.
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Na janela que se abre, clique no botão Adicionar e selecione
o arquivo da extensão que fez download. Confirme a insta-
lação somente para você ou para todos os usuários (caso
tenha mais pessoas que utilizem o mesmo computador).
Feche e abra novamente o BrOffice.org Impress e estará
disponível o menu Ferramentas > Suplementos > Create
Photo Album.
A partir disso, será indicada uma janela para selecionar a
pasta onde estão as imagens. Basta selecionar e será cria-
da uma apresentação com uma foto por slide. Nesse mo-
mento, sua apresentação já está pronta com transição alea-
tória para os slides e intervalo de 3 segundos por slide.
Caso prefira aprimorar sua apresentação, mudando as tran-
sições de slides e o tempo de exibição de cada foto, vá em
Apresentação de slides > Transição de slides e ajuste os
parâmetros a seu gosto.
Fonte: Blog de Solveig Haugland - openoffice.blogs.com/openoffice
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 36 Abril | 2010
O OpenOffice.org (BrOffice.org) subiu completamente para um lugar de destaque entre os funcionários de escritórios, usuá-
rios domésticos, estudantes, e quase todas as outras categorias. a razão mais óbvia, e mais cotada, é que ele é livre. Mas o
BrOffice.org não é apenas livre - é robusto, confiável, flexível e adaptável às extensões disponíveis. Uma forma de estender
as características de qualquer aplicativo do BrOffice.org é com a ajuda de ferramentas. Com as várias barras de ferramentas
incluídas no BrOffice.org, você pode adicionar diversas funções e recursos, que vão fazer a sua vida muito mais simples e
rápida em tarefas diárias. E se você não encontrar uma barra de ferramentas que se adapte às suas necessidades, você
poderá personalizar uma.
Com a ajuda do BrOffice.org Draw, vamos mostrar o quão fácil é para estender as características de qualquer ferramenta do
BrOffice.org. Você não irá apenas ver como uma barra de ferramentas bem personalizada pode ser valiosa, mas também
verá o quanto elas são fáceis de ser adicionadas. E, finalmente, você irá ver o quanto é simples criar a sua própria barra de
ferramentas personalizada.
Embora esta dica esteja usando o BrOffice.org Draw para ilustrar a forma como são utilizadas as barras de ferramentas,
você pode aplicar o que aprender aqui para todas as ferramentas da suíte BrOffice.org. Então, se você está trabalhando
dentro do editor de textos, o aplicativo de planilha ou da ferramenta de apresentação, você poderá facilmente adicionar e
personalizar barras de ferramentas para tornar as suas experiências mais ricas no BrOffice.org.
O que é uma barra de ferramentas ?
tutorial |
Tradução e adaptação de Paulo Souza Lima
Estendendo barras de ferramentas
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Figura 1: Exemplo de barra de ferramentas padrão ancorada do BrOffice.org
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 37 Abril | 2010
Quando é que uma barra de ferramentas ancorada se torna não ancorada?
Quando você a arrasta para longe da posição onde se encontrava ancorada. Isso é, com o OpenOffice.org (BrOffice.org),
você pode arrastar uma barra de ferramentas ancorada para fora da sua posição, instantaneamente, e trazê-la para a janela
de trabalho transformando-a em uma barra de ferramentas flutuante (ver Figura 3). A barra de ferramentas flutuante que
você vê na Figura 3 é a mesma barra mostrada na barra de ferramentas ancorada na Figura 1.
tutorial |
Figura 2: Exemplo de barra de ferramentas não ancorada do BrOffice.org
A barra de ferramentas não ancorada é frequentemente chamada de barra flutuante, porque não está fixa em uma só posi-
ção da janela do OpenOffice.org (BrOffice.org). Um bom exemplo de barras não ancoradas é a barra de ferramentas tabela
(ver Figura 2). Na Figura 2, você pode notar que esta barra está flutuando (não está fixa) sobre a janela de trabalho do
OpenOffice.org (BrOffice.org) Draw. O mais agradável sobre a barra de ferramentas não ancorada é que você pode colocá-
la em qualquer lugar que desejar na tela. Isso permite ter várias barras de ferramentas abertas sem distração de seu traba-
lho.
Figura 3: Exemplo de barra flutuante OpenOffice.org
Para o BrOffice.org, existem basicamente dois tipos diferentes de barras de ferramentas: a barra encaixada e a desencaixa-
da. A barra de ferramentas encaixada é um conceito muito simples, porque, por padrão, o BrOffice.org usa ferramentas
ancoradas. Vamos dar uma olhada nas barras de ferramentas padrão do Draw: A Figura 1 mostra a barra de ferramentas
padrão no BrOffice.org Draw. Estas, na verdade, são duas barras de ferramentas: Linha e ferramentas de filtragem (metade
inferior) e barra de ferramentas (metade superior). Ambas são barras de ferramentas ancoradas.
Estendendo barras de ferramentas | Tradução e adaptação de Paulo Souza Lima
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 38 Abril | 2010
A barra de ferramentas flutuante, então, imediatamente reencaixa. Existe outro método mais fácil para voltar a ancorar uma
barra de ferramentas:
1. Clique na seta para baixo no canto superior direito da barra de ferramentas flutuante;
2. Selecione a opção "Encaixar barras de ferramentas" (ver Figura 5).
Se você tiver várias barras de ferramentas flutuantes e desejar que todas estejam encaixadas, você pode apenas selecionar
a opção "Encaixar todas as barras de ferramentas" e todas as barras irão retornar às suas posições encaixadas.
Que tipos de barras de ferramentas estão disponíveis?
Existem inúmeras barras de ferramentas disponíveis a fim de aumentar a experiência no OpenOffice.org (BrOffice.org). Para
adicionar uma nova barra de ferramentas (a maioria está na forma “não encaixada”), siga estes passos simples:
tutorial |
Figura 4: Exemplo de alças das barras de ferramentas do OpenOffice.org
Para conseguir, isso você tem que agarrar a barra de ferramentas ancorada pelas alças. As alças de uma barra de ferramen-
tas são representadas por uma fileira dupla de linhas pontilhadas verticais do lado esquerdo da barra de ferramentas (ver Fi-
gura 4). A Figura 4 mostra as alças de barras de ferramentas Padrão e da Linha e filtragem. Para desencaixar uma destas
barras, deve-se seguir estes passos:
1. Coloque o cursor sobre as alças de uma das barras de ferramentas;
2. Clique e segure o botão esquerdo do mouse;
3. Arraste a barra de ferramentas para fora da sua posição;
4. Solte o botão do mouse
Para encaixar novamente a barra de ferramentas, siga estas etapas:
1. Botão esquerdo do mouse na barra de título da barra de ferramentas flutuante mantenha pressionado o botão do mouse;
2. Arraste a barra flutuante de volta à sua posição original;
3. Solte o botão do mouse.
Figura 5: Ilustração de como encaixar uma barra de ferramentas
Estendendo barras de ferramentas | Tradução e adaptação de Paulo Souza Lima
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 39 Abril | 2010
1. Clique no menu Exibir;
2. Clique no sub-menu Barras de ferramentas;
3. Selecione a barra de ferramentas que pretende adicionar.
Já que a maioria destas novas barras de ferramentas aparecem não-acopladas, você poderá ancorá-las seguindo um dos
procedimentos acima mencionados.
Vamos dar uma olhada em algumas das barras de ferramentas úteis que estão presentes nas ferramentas do
OpenOffice.org (BrOffice.org):
tutorial |
Objetos 3D Alinhamento Barra de cores
Conector Quadros
Pontos de colagem Inserir Objeto OLE
Opções Visualizar página Ferramentas
Se você precisa inserir objetos de terceira dimensão em seu desenho, você pode simplesmente selecioná-los a partir desta janela.
Esta é uma barra de ferramentas flutuante que lhe dá acesso rápido ao objeto de alinhamento.
Exibe a paleta de trabalho. Esta é uma das poucas barras de ferramentas que serão abertas como uma barra ancorada.
Editar Pontos
A barra de conectores permite que você faça conexões entre dois ou mais objetos. Ferramenta muito útil quando se trabalha com fluxogramas ou diagramas elétricos.
Esta permite manipular os pontos de edição em um objeto. Você pode adicionar, mover, remover e arrastar as curvas de separação, adicionar pontos de canto e muito mais.
Funções de manipulação de frames HTML.
É muito útil, ao trabalhar com conectores, para determinar num objeto, onde as linhas de conexão começam e terminam, ou para adicionar novos pontos de conexão no objeto.
Esta barra de ferramentas dá acesso fácil para inserir os itens mais populares a partir do menu Inserir. Com um simples clique você poderá inserir um slide, tabela, imagem, vídeo, som, fórmulas, ou gráficos.
Opções de controle de seus objetos embutidos, tais como: planilhas, gráficos, imagens. Utiliza-se um objeto OLE quando você quer inserir uma planilha num texto, por exemplo.
Esta barra possui inúmeros itens, tais como: modo de rotação, grade, guias, quebras, área de texto, editar texto, e muito mais.
Veja como ficará o seu documento na sua aplicação padrão (como um navegador da Web para um documento HTML).
Acesso rápido a dicionários, editores de texto, gráficos, layout web.
Estendendo barras de ferramentas | Tradução e adaptação de Paulo Souza Lima
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 40 Abril | 2010
Claro que não é tão simples. Depois de entrar na janela de personalização (ver Figura 6) você vai ver inúmeros itens que
permitem a você fazer a sua personalização.
A primeira coisa a fazer é clicar na guia barras de ferramentas nesta janela. Quando você estiver na guia correta siga estes
passos:
1. Clique no botão "Novo";
2. Dê um nome à nova barra de ferramentas;
3. Decida qual o aplicativo que deseja associar a sua barra de ferramentas;
4. Clique em OK;
5. Adicionar conteúdo a sua barra de ferramentas clicando no botão Adicionar;
6. A partir da janela Adicionar Comandos, navegue nas categorias para selecionar os comandos que você deseja adicionar;
7. Quando tiver adicionado todos os comandos que deseja, clique no botão Fechar para retornar para a janela principal;
8. Clique em OK para fechar a janela Personalizar;
9. Sua nova barra estará disponível no sub-menu Barras de ferramentas no menu Exibir.
tutorial |
Figura 6: Janela de personalização da barra de tarefas.
Agora vamos dar uma olhada em como criar a sua própria barra de ferramentas personalizada. Os passos são:
1. Clique no menu Exibir;
2. Clique no sub-menu Barras de ferramentas;
3. Selecione a opção "Personalizar";
4. Criar barra de ferramentas;
5. Clique em OK quando terminar.
Estendendo barras de ferramentas | Tradução e adaptação de Paulo Souza Lima
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 41 Abril | 2010
Para mostrar um exemplo de como isso pode beneficiar o seu trabalho, criamos uma barra de ferramentas especial (ver
Figura 7) que chamamos de "teste". A partir desta barra de ferramentas podemos ver rapidamente a contagem de palavras,
caracteres não imprimíveis, visualizações de página e layout de impressão.
Reflexões finais
Estender a usabilidade do OpenOffice.org (BrOffice.org) é uma tarefa muito simples, depois de entender como as barras de
ferramentas são utilizadas e criadas. Uma das belezas do software de código aberto é que você raramente se limita a uma
forma de trabalhar. Com o software livre e o OpenOffice.org (BrOffice.org), você pode fazer a sua suíte olhar e se comportar
exatamente como você precisa e deseja.
Fonte: Jack Wallen - http://www.linux.com/news/software/applications/188740-extend-openoffice-with-toolbars
tutorial |
Figura 7: Exemplo de uma barra de ferramentas personalizada
Estendendo barras de ferramentas | Tradução e adaptação de Paulo Souza Lima
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 42 Abril | 2010
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resumo do mês |
Trabalhadores do Ceará
participaram de treinamento em
construção civil, usando a
ferramenta de desenhos Draw do
BrOffice.org. A Oficina Construção
Virtual oferece conhecimentos
básicos de leitura, projeção e cons-
O Instituto Federal de Brasília
anunciou que irá oferecer ao
público cursos de manutenção e
desenvolvimento para
BrOffice.org nas linguagens Java,
Aberto cadastro de reserva para Cursos de Manutenção e Desenvolvimento para BrOffice.org
Python e Basic. O objetivo é atender a uma demanda,
tanto do governo como do mercado, por profissionais
capazes de desenvolver/customizar soluções para a
suíte de escritório BrOffice.org. Os cursos estão em
planejamento e cadastros de reserva podem ser feitos
no site: http://www.ifb.edu.br
BrOffice.org atinge 5milhões de downloads
Ao completar 10 anos de projeto nacional,
comemorados em 2010, o primeiro levantamento
estatístico registra 5 milhões de downloads do
BrOffice.org. A estimativa é que o número de usuários
seja pelo menos três vezes maior, já que muitas
pessoas utilizam o mesmo arquivo para instalar o
aplicativo em mais de um computador. Além disso, a
contagem de pacotes baixados diretamente do
servidor e espelhos oficiais do BrOffice.org iniciou em
2006, quando foi lançada a versão 2.0. Não entram na
estatística downloads feitos a partir de sites que não
apontam para o servidor do BrOffice.org e a partir de
CDs de instalação. Com o BrOffice.org 3.2 lançado
em fevereiro, outro número surpreende: mais de 50%
desses registros foram contabilizados a partir da
disponibilização da versão 3.0, em outubro de 2008.
De lá para cá, foram 2,6 milhões de downloads do
aplicativo.
Trabalhadores premiados com notebook após oficina com Draw
trução de planta baixa de um imóvel, divisão dos
cômodos, passando pelo design interno da casa até a
colocação de mobílias. Dois trabalhadores receberam
notebook como premiação pelo desenvolvimento do
projeto de uma casa. Em média, cada oficina possui
50 operários e tem duração de cinco horas, tendo as
atividades desenvolvidas ao longo da semana. Ao
todo, 20 mil operários já foram beneficiados. A
iniciativa é do Sindicato da Construção Civil do Ceará
(Sinduscon-CE) e Serviço Social da Indústria (Sesi) e
faz parte do Programa Qualidade de Vida na
Construção.
Banco do Brasil já economizou R$ 100 milhões com BrOffice.org e software livre
A entidade também está substituindo programas
proprietários dos computadores da Nossa Caixa,
comprada no fim de 2008. Desde o final do ano
passado, 16 mil computadores já receberam
BrOffice.org, mas a substituição também atingirá os
sistemas operacionais de caixas de agências e
terminais de autoatendimento.
www.broffice.org/amigos_do_broo
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 43 Abril | 2010
http://pesquisas.broffice.org/index.php