Post on 21-Jan-2018
Índice
Apresentação
Nossa Capa: Leandro Freire Um brinde à Poesia Pau Brasil Autores A Ângela Matos – MG Antônia Vyrena – RS Antonio Cabral Filho – RJ Antônio de Pádua Elias de Souza – MGAraci Barreto – RJ Aurineide Alencar – MS
DDilercy Aragão Adler – MA
FFabiano Soares da Silva – RJ Francisco Ferreira – MG
GGilberto Cardoso dos Santos – RN
JJanaina da Cunha – RJ José Carlos de Arruda – RJ Júnio Liberato Luz – MG LLeandro Freire – RJ Leomária Mendes Sobrinho – BA
PPaulo Roberto de Oliveira Caruso – RJ
RRodrigo Bro – MG
TTamirys Morais – MG
VVanda Salles – RJ
Apresentação
Francisco Ferreira – MG
POESIA PAU BRASIL
A boa poesia é aquela que não dá nó na língua. Que entra nos sarauseruditos pelas portas do fundo. Que é rabiscada nos muros cinzas e semvida da Paulicéia domada. Da Sampa violentada pelas mãos douradas deum escroque servil. A boa poesia é pichada e fichada na polícia. É daresistência. É ritmada no batuque das mãos e recitada nos becos.
A boa poesia é aquela que dá o nó na garganta. Que rasga a caatinga noaboio. Desafia e é desafiada nos duetos de repentes. É cantada, contada erecontada nas praças. Tem cheiro de estrume e suor. Tem gosto decachaça. Exala o perfume da negra nua sob a lua. Está na lágrima e noriso. É xilografada e tatuada na alma sertaneja.
A boa poesia é aquela que se liberta no ponto do caboclo. Que exalta osorixás. Que é acompanhada do berimbau. Bate cabeça no congá. Roda nosamba, na capoeira e na gira. Que é cantarolada no compasso dascaixinhas de fósforos. Batucada nos botecos. A poesia é brasileira, porexcelência, sim senhor!
A boa poesia não dá ponto sem vírgula e nem nó sem laçada. É bateiada,lavada e apurada nas lavras das Gerais. Atravessa os pampas de bota ebombacha. Corre nas vaquejadas de gibão e chapéu de couro. É irmã dococo, xaxado, baião. Frevo, maracatu, xote e forró. Do lundu e do maxixe.Está no frango com quiabo e angu, no chimarrão, no tereré. No pãozim dequeijo e no ora pro nóbis.
A boa poesia está na jabuticaba e na pitanga. No poetrix, no ecosys, naaldravia, poema correio, poema processo, poema concreto, tropicalismo emarginália. Na charqueada e cavalhadas. Na folia de reis e no carnaval. Aboa poesia não obedece fronteiras, não reconhece convenções, não éblazé. A boa poesia não está na erudição e no rebuscar infatigável nosbaús da Flor do Lácio. Tem Sertão e Veredas. Riobaldo e Diadorim. ÉTonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, Tião Carreiro.
A boa poesia é nobre como o Pau Brasil. É bela como a arara azul, arrediacomo o mico leão dourada e melodiosa como o uirapuru. É forte como ocaboclo brasileiro. É resiliente como o negro brasileiro. É madeira de lei.É Catulo e catira. É Paixão e Patativa. É cerarense e do Assaré. Corre nasveias de Ariano, Oswald, Mário, Drummond, Manoel de Barros e Bandeira.É Cabral, é Caruso, Angela, Vallias, Vyrena, Pádua Elias, Barreto, Dilercy,SoaresdaSilva,Petrônio,Gilberto,Janaina,JCLacerda,SrLiberato,Leandro,Leomária,Rodrigo, Tamirys, Vanda e Aurineide.
A boa poesia é sincretismo, é improviso, é Brasil. Poesia Pau Brasil.
Nossa Capa
Leandro Freire é nosso capista.
Além do mais é designer, videomaker, compositor, poeta, nasceu no Rio de Janeiro em 25 de abril, é técnico ambiental e blogueiro.
Editor do blog O Incrível Mundo das Idéias -http://oincrivelmundodasideias.blogspot.com.br/
Um Brinde à Poesia Pau Brasil
“Paródia do Hino Nacional
Ouviram da Picanha as carnes flácidasDe um Peito heróico o brado retumbante,O Acém da liberdade, em Paios fúlgidos,Brilhou no céu da Alcatra nesse instante.
Se o Cupim dessa igualdadeConseguimos conquistar com Bucho forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o Coxão Duro a própria morte!
Alcatra amada,E bem grelhada,Salve! Salve!
Pernil, um sonho intenso, um Paio vívido,De amor e de esperança à grelha desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Braseiro resplandece.
Churrasco pela própria natureza,És belo, és forte, impávido Pescoço,E o teu futuro espeta essa grandeza.
Grelha adoradaEntre outras milÉs tu, Pernil,Alcatra amada!
Dos filhos deste soloÉs mãe Pernil,Alcatra amada,Brasil!
Fincado eternamente em espeto esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, Filé da América,Ponta de Agulha ao sol do Novo Mundo!
Do que a Grelha mais garridaTeus risonhos, lindos campos têm mais carne,“Nossos bosques têm mais vida”,“Nossa vida” no teu seio “mais churrasco”.
Alcatra amada,Idolatrada,Salve! Salve!
Pernil, de amor eterno seja símboloO Fígado que ostentas estrelado,E diga o Coxão Mole dessa flâmula- Gás no futuro e brasa no passado.Mas se ergues da Lingüiça a clava forte,Verás que um Filé teu não foge à luta,Nem Tender, quem te adora, a própria morte.
Grelha adoradaEntre outras milÉs tu, Pernil,Alcatra amada,Brasil!
Dos Filés deste soloÉs mãe Pernil,Alcatra amada,Brasil!
* Francisco Manuel da SilvaJoaquim Osório Duque Estrada & André Vallias”
Ângela Matos – MG
MiniBio
Ângela Matos é mineira de Jampruca, professora, com LicenciaturaPortuguês/Inglês, 12 anos de atuação na EJA e 16 no ensino médio,artesã e poeta. Tem dois livros publicados: Camuflagens do Amor e
Devaneios. Foi casada por 7 anos e ficou viúva. Hoje, numa novarelação, é casada há 25 anos, tem 2 filhos casados e sem netos. Éamante da natureza e de tudo que amplia o AMOR. WhatsApp
(33)84163038. Confira https://www.facebook.com/angela.matos.39948
Ser jovem
Viver o novo e despertar para a alegria;de bem com a vida!Juventude que transbordaDentro d'alma saltaO amor pelo transcender das limitações. Cura ,Alivia,Desabrocha...Flamejante como vulcão. Não existe o tempo.Não existe a idade.Importa viver com alegria.Momentos que não mais tornam; voam...Envelhecer com ternura.Amante de tudo que sublima...De tudo que transforma e exalta!A estima vai ao topo!E o amor?Define tudo!
Ângela Matos – MG
Antonia Nery Vanti ( Vyrena ) – RS
MiniBio
Vyrena – Antonia Neri Vanti, gaucha de Santiago nascida em 16 defevereiro, casada, mãe de um casal de filhos e avó de um casal de netos.
Confira https://aneryv.orgfree.com
Amanhecer
Abro a janelao ar fresco da madrugada bate em meu rosto amarrotado pela noite de sono. Meus olhos ainda entorpecidos, por entre as pálpebras,semi fechadas,espiam o sol que mal vem despontando,do outro lado do rio. O horizonte está rubrocomo que iluminado por mil tochas que se multiplicamao se refletiremno espelho das águas.Sorrio, encantada, com essa beleza sem par. O ar fresco dá-me calafrios,faz-me estremecer.Nem assim, da janela me afasto.O olhar cativofica presoa esse espetáculo ímpar,com que a natureza o está presenteando!
Antonia Nery Vanti (Vyrena)Direitos autorais reservados®
Antonia Nery Vanti – Vyrena – RS
Antonio Cabral Filho – RJ
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ACF é mineiro de Jampruca, ex distrito do município de FreiInocêncio, nascido em 13 de agosto de 1953, técnico em contabilidade,agente publicitário, produtor cultural, 15 livros autorais, 75 coletivos,antologista, poeta, promove o concurso Antologias 100 já na quarta
edição com o tema rapariga.
Confira https://antologiabrasilliterario.blogspot.com.br
SOMBRA
Se eu me movo e caminho ou nãoO mundo se move comigoE junto segue outra pessoa
Em forma de sombra.
Aonde eu vou ela me segueÀ frente, atrás, aos lados,
Mas me segue, incontinente,Alheia à minha vontade
E livre do que diz a metafísica.
É a sombraQue não me deixa em momento algum,
Mais do que possa minha vã curiosidadeImaginar como isso tudo se dá.
E o mais interessante entre nósÉ que vivemos pacificamente
Em relação ao espaçoE nenhum de nós quer saber
Quem tem prioridade,Quem ocupa mais ou menos latitude,Quem chega ou quem parte primeiro,
Se estamos convictosDe que só existimos juntos.
Antonio Cabral Filho – RJ
Antonio de Pádua Elias de Sousa – MG
MiniBio
Antonio de Pádua Elias de Sousa – Formiga – MG,
Membro da Academia Formiguense de Letras – AFL, formado em administração, blogueiro, casado,
três filhos, poeta e trovador, milita na imprensa literária local e nacional, participa de concursos
e integra várias antologias nacionais, soma 58 anos.Pau – Brasil
Cientificamente, Paubrasilia enchinata,bela madeira de lei,na Mata Atlântica a origem nata,que outrora, da floresta, era rei. Sua flor amarela e vermelhacom fruto em vagem entre espinhos.Este ao Ipê se assemelha,que no comércio estrangeiro, abriram caminhos. Estiveram próximo da extinção,num desmatamento desenfreado.Vindo de um imperador a conscientização,qual reprimiu a demanda do mercado. Nossa árvore símbolo, hoje em dia,ela, ao país, o nome emprestou.Aos preservacionistas, é motivo de alegria. e ao mundo, suas belezas, divulgou. És madeira de enorme robustez,não sendo por pragas, atacada,por isso a nossa lucidez,em fazê-la representar a pátria amada. 31/03/2017
Antonio de Pádua Elias de Sousa – MGAraci Barreto – RJ
MiniBio
Araci Barreto nasceu no Rio de Janeiro – Rj em 1942, escritora, poeta,promotora cultural, é fundadora e dirigente do Postal Clube, atravésdo qual editou 16 Antologias nestes 27 anos de atuação, além de ter
editado O Jornalzinho, órgão que veiculava a produção dos associados.Confira www.postalclube.com.br
Brasil – 517 Anos Nossa terra tem palmeiras,
Cajueiros, bananeiras,“em se plantando, tudo dá.Terra rica, Terra santa...
Pelas ruas, a criança,Não tem escola nem lar.
Os índios são maltratados,Os velhos, abandonados...Salário mínimo é esmola...E toda a riqueza da Terra,Ha quinhentos anos navegaPara as terras de alem-mar.
Nesta terra Brasileira,Tão bonita e hospitaleira,“gringo” é bem recebido...- transações comerciais! – Nos palácios atapetados,
Conversas, encontros veladosE ... Lá se vão as estatais!
Mas nossa Terra tem também,Rede Globo, Jornal Nacional,
E ali fica tudo acertado:Um Prefeito foi cassado,
Prenderam um marginal”.Assiste-se, logo depois, a novela
E vamos dormir. Amanhã será outro dia,Quinhentos anos de Terra
Bela, rica e generosa,Fazendo a felicidade
De uma “gang” poderosa.
Araci Barreto – RJAurineide Alencar – MS
MiniBio
Aurineide Alencar
Formada em Letras e pós-graduada em Metodologias do Ensino Superior e em Ciências daEducação. Mestranda em Ciência da Educação. Autora dos livros: Nas veredas do cordel e Vida
em Verso. 70 folhetos de cordéis publicados. Participação em mais de 20 Antologias. Váriosprêmios Literários, constando em alguns, 1º, 2º e 3º lugar.
O Trem – 19/02/2016
A vida é um trem,Que mesmo andando devagar
Nunca para no meio da estrada!As fazes da vida são as estações,
Onde o trem para tão rapidamente,Que sequer dá tempo para escolher
Se irá ficar ou seguir.O trem da vida passa por caminhos
Tortuosos e assombradores.Porém passa por montanhas
E vales encantadores,Onde o sol nasce todos os diasTrazendo alento e esperanças.
Passa por jardins e bosquesCheios de espinhos e provações,Mas cheios de rosas coloridas
Da perseverança!A criança é a estação de partida.
Ao sair o trem,O toc toc dos trilhos do coração,
Só tem uma certeza,Que ao passar por cada estaçãoEstará chegando mais e mais
Próximo do desembarque final,Que é a estação da morte.
Para quem tem Deus como maquinista,Sabe que escolheu o melhor vagão,
Pertinho de Jesus,A caminho da salvação!
Aurineide Alencar – MSDilercy Adler – MA
MiniBio
Maranhense de São Vicente Férrer, nascida em 07/07/1950. Doutoraem Ciências Pedagógicas, especializada em pesquisas nas áreas de
psicologia e sociologia. Tem 12 livros publicados, organizou 12antologias e integra mais de cem antologias nacionais e internacionais.
Fundou e preside a Academia Ludovicense de Letras – ALL e integramuitas outras entidades litero-culturais, tendo conquistado até agora
inúmeras premiações literárias.
Homem-natureza
Homem- natureza Natureza- homem relação intensa relação de vida às vezes tranquila às vezes insana ... homem- naturezanatureza humana homem sobre a naturezadominando-a exibindo a sua força a sua inteligência... a natureza se subordinaàs vezes se abandonaaos caprichos do homem e adormece embevecidamente...como se ouvisse uma canção de amor... mas às vezes acorda levanta-se enfurecida mostra a sua força e se revelana sua essência - cavalo selvagem-indubitavelmente indomável!...
Dilercy Adler –MA Fabiano Soares da Silva – RJ
MiniBio
Cidadão fluminense nascido em São João de Meriti, crescido emBelfort Roxo, poeta, professor e produtor audiovisual. Tem 15 livros
publicados, edita a Folha Cultural Pataxó e o bloghttps://fcpataxo.blogspot.com.br
precede o dia dos mortos
Ele estava morto
Sem mesmo saber.
Já estava traído pelas
Mulheres que amou.
Perseguidos pelos inimigos que ajudou
Ou compreendeu.
Com o bumerangue que lançou
Feriu-se a cabeça
Ao dar às costas a seu feito.
Seus filhos se abortaram
Diante da vida dura e premeditada
Que já haviam preparado.
Suas mulheres tão inspiradas por ti
Mesmos as confusas, as distraídas,
As comprometidas, as loucas, as desejosas.
Descobriram-se em uma noite
E deleitaram-se mutualmente em êxtase
Tão belo e simplesmente dançaram
O canto de suas próprias vidas.
Já estava morto
Mas não sabia.
Enquanto se fingia de coitado,
Julgava as mulheres
Com quem já havia se deitado.
Morrera com seu próprio vinho,
Com seu próprio orgulho,
Seu próprio caminho
Feito sob medida
Para passos indigestos
E possivelmente esperados.
Fabiano Soares da Silva – RJFrancisco Ferreira – MG
MiniBio
Poeta, trovador, delegado da UBT de Conceição do Mato Dentro –MG, dicionarista, promotor cultural, detentor de vários prêmios
literários, funcionário público, contista e editor do blog
Impalpável Poeira das Palavras -https://impalpavelpoeiradaspalavras.blogspot.com.br/
Seleta de Poetrix
Suicida
De tantas mágoas revestidaque, ressentida,
despiu-se da vida.
*
Filme Barato
Em todas as manhãsreprisa o espelho
um flash back de mim.
*
Oxelfer
Ao ver-me no espelhoespanta-me o espectro
de espantalho.
*
Caçada
Acuada e feridavociferaa fera.
*
Manifesto
República à revelia,a recusa aos recursos
resulta em revolta
Francisco Ferreira – MG Gilberto Cardoso dos Santos – RN
MiniBio
Cordelista, trovador, poeta, promotor cultural, radialista, professor eblogueiro.
Acesse Blog do Gil - http://bloggcarsantos.blogspot.com.br/ e Blog daAPOESC - http://apoesc.blogspot.com.br/
Poesia
Poesia é Tom suaveÁguas de março em abrilJangada, bolha na traveÉ pedra, é pau-brasil
Trovas
Caímos em grande ardilPor causa do homem mauTínhamos o Pau BrasilE agora o Brasil no pau.
Que o congresso defiraEste meu desejo crítico:Seja o Dia da MentiraTambém dia do Político.
Congresso
Belo pelo fino trato,Tentava impressionar;Com discurso caricato,Falava em modernizar;Apesar do aparato,Era feio e sem recato,Do dólar e não do lar.
Gilberto Cardoso dos Santos – RN Janaina da Cunha – RJ
MiniBio
Escritora, produtora multimídia, assessora cultural, jornalista, poeta,atriz, autora do livro Entrega – a essência da mulher, pela EditoraNITPRESS, dirige os projetos Identidade Cultural e Movimento
Culturista, ambos voltados para a valorização da cultural popular.
Acesse Santos e Profanos - http://janainadacunha7.blogspot.com.br/ eseu Perfil Facebook https://www.facebook.com/Janainadacunha , mas
é acima de tudo bisneta de Euclides da Cunha.
CANTO
(Aos Guerreiros e Guerreiras Servidores Públicos Estaduais do ERJque defendem com coragem seus Direitos como cidadãos e lutambravamente contra um governo Corrupto, Desumano e Criminoso)
Como dizia Martin Luther King, "Não tenho medo do grito dos maus. Tenho medo do silêncio dosbons".Por isso eu Canto.
Canto promessas insanas ao vento sem saber onde vão cair.
Canto dores sombrias, almas sem rostos e sentimentos que nunca senti.
Canto no canto do silêncio de quem não tem vozinfinitas palavras para quem não deseja ouvir.
Canto nos quatro cantoso canto melancólico dos desgraçados,as faces camufladas do preconceitoe a maldade escondida por trás das máscaras.
Ignoro a todo instante os apelos vãosde quem clama por minha sensateze me rebelo diante da imagem distorcida que vejo diante do espelho.
Quem sou eu?Quem são vocês?
Não concordo com o canto de quem se enganaque a destruição do mundo é culpa dos canalhas e corruptos.
Mentira... mentira!
A culpa é da omissão de quem se cega,da surdez de quem finge não escutare da boca covarde que se cala diante da indignação.
Levanto minha voz contra a hipocrisia e o comodismo dos que me cercam e canto!
Sim... eu me atrevo e canto!
Canto as lágrimas dos inocentes,a angústia da mãe que rezae o pai que volta para a casa de mãos vazias.
Canto a fomedos miseráveis,os pesadelos de quem dorme na impunidadee os demônios deitadosem camas ricas de uma consciência sem lei.
Eu canto mesmo sem saber cantarporque a pimenta que arde na sua línguaé a Poesia Viva que queima em mim!
Janaína da Cunha – RJJosé Carlos de Arruda – RJ
MiniBio
Rio de Janeiro, 1957, professor, escritor, dirige dois blogs: um deliteratura e outro de português. Integras as Antologias DelSecchi volXXVI, Antologia Marcelo O.Souza São Paulo – SP e Antologia Cafécom Poemas, Salvador – BA.
Confira: Facebook https://www.facebook.com/josecarlos.dearruda
Momentos
Em todas as partes do mundo, há o inesperado momento capital.Que causa espanto quando chega,Entra sem bater, como um selvagem e faminto animal.Não é bom, é quase sempre diferente da mão que aconchega.
Estar ou não estar preparado, para isso não importa.Haverá na maioria das vezes decepções e amarguras,Que por mais que você lute contra, o seu coração não comporta,Nem que o mesmo seja amplo, será corroído por coisas impuras.
Aos poucos você sente que é hora de optar.No amanhã a solução de agora, esbarrando hoje, lembrando ontem.Com os pensamentos dilacerados, acha que melhor é parar.
Para você é difícil, para os outros é fácil, pois que cantem.A todos competem, vem de encontro, isso não se pode negar.Que ninguém se preocupe, e que a todos encantem.
José Carlos Lacerda – BA Júnio Liberato Luz – MG
MiniBio
Poeta, músico, vidiomaker, compositor, autor do CD Poesias do Corpoe da Alma, lavrador, performer, mineiro, natural de Taquaruçu, vinte
anos.
SitesRecanto das Letras
http://www.recantodasletras.com.br/autores/srliberato Youtube
https://youtube.com/channel/UCvcHTIQyoxsmeAUqVflC35g
Nossa Juventude
Hoje é dia mundial da juventude,Mas, a nossa juventude está morrendo!Veja só que loucura,Nesta realidade tão dura!Nossa juventude está "simplesmente" desaparecendo!
Assim como a poeira da estrada,Que logo se apaga,Assim, como a névoa da manhã!Que logo se espalha!Está sim se acabando!Tal como a natureza,Ano após ano...Meu Deus, mas que tristeza!Num país de tanta riqueza,A juventude não está vigorando!
A maioria dela está perdida!Tomam uma estrada sem volta,Pondo fim em suas vidas...
A juventude está desconhecendo a fé,E assim ela não se mantém de pé!Nossa juventude está padecendo nas drogas,E assim, tão cedo ela vai embora!
Nossa juventude está cada vez mais violenta!É dada a sentença!Milhares de jovens morrem todos os dias!Meu Deus! Quanta violência!
Nesta sociedade primata,A segurança é cada vez mais fraca,E quem perde, é o pacato cidadão!
Júnio Liberato Luz – MG Leandro Freire – RJ
MiniBio
Designer, videomaker, compositor, poeta, nasceu no Rio de Janeiro em 25 de abril,
é técnico ambiental e blogueiro.Editor do blog O Incrível Mundo das Idéias -
http://oincrivelmundodasideias.blogspot.com.br/
A Lenda do Guerreiro Crítico
A minha língua é minha arma!É minha sina, é meu carma.É minha espada flamejante.É meu ultimato altissonante.
Lutar contra a ganância,O exército da ignorância.Degolar o ego do egoísmo,Vencer com luz o abismo!
Sim!
A minha língua é minha arma!E a palavra é minha farpa.
E é meu mundo, e é meu tudo.E meu coração é meu escudo!
Não me calar no mar dos mudos.Não afogar entre os sisudos.Ouvir por entre os surdos.
Não paralizar nos absurdos.
E hei de lutar mais vã luta!E hei de vencer a besta enxuta!
Eu, em minha própria ala!Eu, e minha espada que fala...
Leandro Freire – RJLeomária Mendes Sobrinho – BA
MiniBio
Nasceu em 13/11/1962, Salvador – BA, educadora, escritora e poeta com vários livros publicados.
Edita o blog Academia Virtual da Poesia http://academiavirtualdapoesia022016.blogspot.com.br/
Pau Brasil
Paubrasília echinata é o gênero da árvore,Onde a madeira é de tonalidade vermelha e escura,Em nossas vidas virou folcloreCom seus quinze metros de altura.
Na zona da mata pernambucana,Á época do Brasil colônia,Local de maior incidência, onde já era soberana.Seu museu é no município de Glória da Goitá, que ironia.
Árvore de flores amarelas e espinhos.“Arabutã”, “Ibirapitanga”, “Ibirapiranga”e “Ibiratá”.“Orabutã” e tem tantos outros carinhos,Motivos para nossa festa.
Árvore símbolo do Brasil.Representa uma distinta e única linhagem Evolucionária.
Que lhe conferiu o direito de ter um gênero próprioPor ser responsável pelo País ter o nome que tem,É extraordinária!O seu valor é um grande acessório.Este é o Pau-Brasil!
Leomária Mendes Sobrinho – BA Paulo Roberto Oliveira Caruso – RJ
MiniBio
Poeta, contista, cronista, carioca residente em Niterói,advogado,administrador, servidor público, nascido em 19/07/1975,
membro de dezenas de entidades literárias, preside a AcademiaBrasileira de Trova e promove concursos literários através do site
Reino dos Concursos -http://www.reinodosconcursos.com.br/index.php
Vera Amada Minha
Tu não trazes litaniasA meu ser acostumadoA Perjúrio e Perfídia,
O casal sempre na mídiaE no mundo inebriado
Destes nossos falsos dias.
Os dois fazem rebentosComo pútridas sementesEm intenso farfalhar...
Tu trazes-me momentosQue transformam os repentes
Em beleza a borbulhar.
Paulo Roberto de Oliveira Caruso – RJ Rodrigo Bro – MG
MiniBio
É poeta, artista plástico, professor, mineiro, reside em BeloHorizonte. Edita o blog Ofertório de Prazeres –
http://ofertoriodeprazeres.blogspot.com.br
O Amor Me Devora
Fez-se oceanoO rio da minha infância
Onde para que o amor me devoreO desejo me lança.
Deixo-me devorarPois de que vale o eterno
Sem as fugazes delícias do existir?
Com boca caprichosa de venenoO amor me devoraE sei bem dos rios
Que choram de encantoPor serem linhas do manto
Que tecem as ondas do mar.
Com abstinente bocaO mar me afaga
AfogaDefloraCom sal
Saliva e caríciaO amor me devora.
Rodrigo Bro – MG Tamirys Morais – MG
MiniBio
É natural de Conceição do Mato Dentro (MG), nascida em 11/9/1997, estáfinalizando o curso de Professora em Educação Infantil, gosta de escrever
sobre o amor e seus reflexos. Começou a escrever recentemente eapresentada à trova, se apaixonou pelo estilo.
Trovas Sobre o Amor
Do momento em que te olhei,meu coração se alegrou,senti que me apaixonei,e nosso amor prosperou. Hoje admito que mudei,esperava este momento,pois desde quando te olhei,não me sai do pensamento. Se brilham tanto ao me ver,são olhos de apaixonado,meu pensamento a querer,ter você sempre ao meu lado. A saudade é engraçada,por mais que nós a matemos,não perece, a desgraçada,com mais vida ainda a temos. E só o calor de meus braçospra esquentar seu coraçãoe dar fim, com meus abraços,em tamanha solidão.
Tamirys Morais – MG Vanda Salles – RJ
MiniBio
Fluminense de Italva, reside em São Gonçalo, professora aposentada,poeta, escritora, artista plástica, graduada em letras e arteterapia pela
UERJ, edita o blog Museu Pos Moderno de Educação -http://wwwmuseuposmodernodeeducacao.blogspot.com.br/ e promoveeventos culturais como I Encontro Estudantil de Arte Contemporânea,
realizado entre os dias 25 e 27 de maio de 2017.
BREVE
Rapariga, não me diganem de leve, ninguém se atreve?Como? Gomo? Aprumo e sigo Remando contra a corrente.Chego. Breve. Breve!
@ Vanda Lúcia da Costa Salles – RJ 2/4/2017