Apresentação 6 atualização terapêuica em dm

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Atualização Terapêutica em

Diabetes MelitusDefinição, Diagnóstico, Classificação e

Abordagem Terapêutica Não Medicamentosa

Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde”

Ministério da Saúde

DefiniçãoO Diabetes Mellitus (DM) é uma doença

caracterizada por hiperglicemia sustentada devido a um defeito na produção da insulina, defeito na ação periférica desse hormônio ou ambos.

Classificação

ClassificaçãoO Classes Cl ínicas

1. Diabetes tipo 1 : A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença au­toimune órgão-específica caracterizada pela destruição seletiva das células-beta das ilhotas de Langerhans, no pâncreas. Na maioria dos casos, tem seu início na infância ou na adolescência, tendendo a iniciar com sintomas graves de cetoacidose em seu diagnóstico

2. Diabetes tipo 2 : Esta forma se estabelece de forma insidiosa, podendo estar assintomática por vários anos. Em geral, está relacionada a resistência a insulina , com relativa deficiência de insulina ou como defeito secretório predominante com resistência a insulina associada.

 3. Diabetes Gestacional : Corresponde à intolerância a glicose, diagnosticada

pela primeira vez durante a gestação e que pode ou não persistir após o parto.

4. Outros tipos : Formas menos comuns de Diabetes, associadas a alterações específicas do metabolismo dos carboidratos, relacionadas a defeitos genéticos da função da célula β ou da ação da insulina; Doenças do Pâncreas Exócrino; outras endocrinopatias; Alterações induzidas por medicamentos ou produtos; outras síndromes genéticas; Autoimunidade. 

Diagnóstico1)Glicemia (plasmática ou capilar) casual¹ de 200mg/dl e Sintomas de Diabetes. ²

¹Casual é a glicemia feita em qualquer horário e que não considera o período de tempo desde a ultima refeição.² Sintomas de Diabetes: poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso inexplicável.³ Jejum é definido como ausência de aporte calórico de pelo menos 8 horas.

2)Glicemia de jejum³ >=126mg/dl, confirmada em um segundo exame associado ao exame de hemoglobina glicada (HbA1C) > 6,5%3)Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTOG) que apresente glicemia >= 200 mg/dl aos 120 minutos.

Fonte: SMS-Campinas, 2011

Objetivos do TratamentoPlanejando o cuidado de pessoas com Diabetes de forma ampliada, podemos esquematizar os objetivos gerais do tratamento assim:

OGanho de qualidade de vida abordando de maneira ampliada o cuidado para aspectos físicos, psíquicos, familiares, sociais. ODesenvolvimento de autonomia pelo paciente e/ou cuidador(es).  OEstímulo mudança no estilo de vida, incluindo:

• Aumento de atividade física na rotina • Reorganização dos hábitos alimentares • Interrupção ou redução do tabagismo

OPrevenção de complicações agudas e crônicas

Algoritmo para Abordagem Terapêutica Inicial

< 200mg/dl

Metformina 500 mg até 2500 mg

(Se intolerância pensar em Metformina de

longa duração).

Entre 200 e 300 mg/dl

Mudança

no estilo de vida

> 300 mg/dl

Glicemia de jejum

Cetoacidose diabética e estado hipereosmolar

ou Doença grave intercorrente

ou comorbidade

Encaminhar ao Pronto Socorro via SAMU

Introduzir insulinoterapia associada a Metformina

Para nossa paciente D. Vera a prescrição e acompanhamento de adoção de esti lo de Vida Saudável estão indicados como abordagem terapêutica inicial. Nesse momento, a indicação de tratamento medicamentoso não é imperativa.

Esse algoritmo foi extraído do Protocolo de Atendimento Clínico de DM da Prefeitura Municipal de Campinas. Veja essa publicação completa no Acervo deste caso!

Tratamento Não MedicamentosoOs eixos do tratamento não medicamentoso para o DM podem ser organizados da seguinte forma:

OEducação em Saúde – Atividades com a finalidade de compreender o que o usuário conhece sobre a doença e oferecer suporte e acesso ao conhecimento técnico específico para ampliar seu conhecimento sobre sua situação de saúde. Destacar o estímulo a estilo de vida mais saudável, alimentação equilibrada e segura, aumento de atividades físicas e abandono do uso de cigarros e abuso de bebida alcoólica.

OEducação para o autocuidado – Dar suporte às pessoas com DM para torná-las capazes de compreender e administrar os planos terapêuticos, bem como reconhecer sinais de alerta para agravamento e lidar com as possíveis complicações de saúde.

OPé Diabético - Planejar atividades que ofereçam conhecimento sobre o tema e permitam adequado cuidado dos pés

OIndicação de Vacinas no paciente Diabético - Incluir nos planos de tratamento o cumprimento do calendário vacinal para adultos e idosos e incluir a vacinação contra Influenza e pneumococo, considerando o maior risco de infecções respiratórias e complicações destas, nas pessoas com DM.

Avaliação do TratamentoO Fazer reavaliações periódicas das metas terapêuticas (a

cada 3 meses até HbA1 <7,0% e depois a cada 6 meses), destacando a necessidade de controle dos níveis de Hemoglobina Glicada trimestralmente para avaliação do controle glicêmico (ADA, 2011).

O Os ajustes terapêuticos devem ser planejados de forma escalonada a partir do apresentado em cada reavaliação clínica e laboratorial.

O A indicação do tratamento medicamentoso, bem como seu acompanhamento serão tema aula a seguir.

O tratamento Não medicamentoso o DM é justif icado no grande impacto que a mudança do Esti lo de Vida tem no controle gl icêmico.

A adoção de al imentação equil ibrada, manutenção de peso corporal adequado e atividades físicas no cotidiano devem ser compreendidas como estratégia terapêutica fundamental no DM em todas as fases da doença.

Assim, a adesão ao tratamento Não medicamentoso deve ser verif icada e estimulada a cada encontro entre os usuários e a equipe de Saúde.

BibliografiaOAções Estratégicas para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil - 2011 a 2022. Ministério da Saúde.

OAmerican Diabetes Association, Diabetes care, volume 34, supplement 1, january 2011; s12.

OCanadian Diabetes Association 2008 - Clinical Practice Guidelines for the Prevention and Management of Diabetes in Canada. Canadian Journal of Diabetes. September 2008 | Volume 32 | Supplement 1

ODiretrizes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia 2011.

OGrupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada - A1C. Atualização sobre Hemoglobina Glicada (A1C) para Avaliação do Controle Glicêmico e para o Diagnóstico do Diabetes: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. Posicionamento Oficial 3ª Edição. SBD - SBEM - SBPC/ML - FENAD, janeiro de 2009.

OSecretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Manual de Orientação Clínica de Diabetes. São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/areas-tecnicas-da-sessp/hipertensao-arterial-e-diabetes-mellitus/linhas-de-cuidado-sessp/diabetes-mellitus/manual-de-orientacao-clinica-do-diabetes-mellitus

O Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. Protocolo de Atendimento Clínico - Diabetes Melitus. Campinas, 2011.