APRESENTAÇÃO DE CASO

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CASO 01DATA ADMISSÃO:19/02/11

A.M.S.G, 47 anos, negra, aposentada.

QD: Lesão pé esquerdo há 15 dias.

HPMA: Paciente refere lesão no pé esquerdo após uso de sapato apertado há cerca de 15 dias.

EFO: Lesão perfurante em região plantar de pé esquerdo, com centro necrótico, com saída de secreção amarelada fétida. Edema em hálux e bolha em dorso de pé junto ao edema.

AP: DM II há 22 anos (Hb glicada 9,2% NÃO

CONTROLADA)HASObesidade

IRC Transtorno depressivo

HDs: DM II Descompensada HAS Obesidade Mal perfurante plantar Esquizofrenia? IRC agudizada

CD: Suporte clínico Avaliação psiquiatria Avaliação ortopedia

Avaliação OrtopediaEFO: Lesão perfurante em região plantar de pé

esquerdo, com centro necrótico, com saída de secreção amarelada fétida. Edema em hálux e bolha em dorso de pé junto ao edema.

HD: Mal perfurante plantar Abscesso em pé esquerdo

CD: C.C. p/ lavagem e desbridamento + coleta material p/ cultura.

PROCEDIMENTO 1 - 23/02/11Lavagem + Desbridamento

Visualizado: abscesso dorsal entre 1º e 2º MTT; abscesso plantar peri-úlcera

grande qtdd de tec. necrótico hálux

Conduta: Debridamento Lavagem exaustiva Coleta de Material Solicitado avaliação Cirurgia

Vascular

EVOLUÇÃO24/02/11Sepse Rebaixamento nível consciência

IOT p/ UTIIniciado Unasyn (ampi + sulbactam)

27/02/11Extubada

EVOLUÇÃO01/03/11Melhora do rebaixamento do nível de

consciênciaSolicitado Doppler MMII p/ provável amputação

Sist. Art. MMII dentro da normalidade

02/03/11Cultura E.Coli MR início CEFEPIMEOptado por SYME

EVOLUÇÃO03/03/11Grupo do pé aguarda melhora de condições de partes moles

e delimitação da área necrose para melhor condição do coto.

04/03/11EFO: Paciente mantendo-se afebril. Saída de pequena quantidade de secreção purulenta. Perfusão distal: OK Pulso pedioso: OKDevido melhora do quadro clínico orientado curativo e

observação novo desbridamento se necessário.

06/03/11Transferida p/ C.M.

EVOLUÇÃO08/03/11Observação clínica grande quantidade de

secreção purulenta no antepé E com comunicação com fístula da região dorsal até região plantar. Necrose úmida extendendo-se por todo o dorso do pé.

Rediscussão optado por SYME

09/03/11SYME

15/03/11Alta hospitalar

MAL PERFURANTE PLANTAR

• Complicação podal no paciente com diabetes (não compensado)

• Caracterizado por uma úlcera profunda e crônica

• alteração da sensibilidade ou perda da sensibilidade protetora dos pés

• trauma repetitivo Ruptura dos tecidos moles  pode ter comunicação com a cavidade ósteo-articular.

Vasculopatia diabética: 1)microangiopatia

2)macroangiopatia

MAL PERFURANTE PLANTAR

MAL PERFURANTE PLANTAR

Neuropatia:1)sensorial perda da sensação protetora de

pressão, calor e propriocepção

2)autonômica disfunção simpática = redução da sudorese e alteração da microcirculação;

3)motora alteração da arquitetura do pé desloca os sítios de pressão plantar;

Manejo equipe multidisciplinar visar não só o manejo do mal perfurante plantar, mas um equilíbrio total do paciente portador de diabetes. 

Os cuidados locais:desbridamento dos tecidos desvitalizadoscurativos primáriosequipamentos ortopédicos cirurgia especializada reconstrutiva que deve ser

feita, não no intuito de proporcionar o fechamento da lesão, mas com o intuito de proporcionar que esta lesão, uma vez cicatrizada, não volte a ocorrer, melhorando substancialmente a biomecânica da marcha e a qualidade de vida dos pacientes. 

Achado mais comum: neuropatia (48,2%)

Principal causa de amputação: a doença arterial periférica

Prevalência de amputações em pacientes portadores de pé diabético: 73,2%.

Mortalidade: 11,1%

J Vasc Br 2005;4(1):11-21

Úlceras de pressão 30% (Critérios Wagner apud Calhoun) Lesões grau zero (pele intacta com calosidade ou úlcera prévia): 8,2% Lesões grau I (úlcera superficial rasa, não infectada): 51,8% Lesões grau II (úlcera profunda expondo tendão ou osso com ou sem

infecção superficial) 27,3% Lesões grau III (úlcera profunda com infecção) 12,7%

Localização antepé 70% mediopé 13,6% retropé 16,4%

73,6% desbridamento local da lesão + curativo oclusivo

Infecção 23% dos pacientes Destes 22,2% tiveram que ser parcialmente amputadas (infecção incontrolável)

amputação de raios (metatarsos e dedos correspondentes) em 27,9%; amputação de dedos em 25,7%; amputação trans-tibial em 23,3%; amputação na articulação de Lisfranc (tarso-metatarsal) em 9,3%; amputação de Syme (desarticulação do tornozelo) em 4,6%; amputação na articulação de Chopart (talo-navicular e calcâneo-cubóide) em 4,6%; amputação trans-metatarsal em 2,3%; amputação trans-femoral em 2,3%.

A septicemia = causa de 18 dos 19 óbitos

A amputação parcial ou completa da extremidade infectada foi realizada, como tentativa de conter a infecção, em 10 dos 18 pacientes que evoluíram para óbito (52,6%)

Principais tipos de amputação para membro inferior

•Amputação abaixo do joelho (transtibial).•Amputação através do joelho(desarticulação do joelho).

•Amputação acima do joelho (transfemoral).•Amputação através do quadril(desarticulação do quadril)

AMPUTAÇÃO SYME

Principais tipos de amputação para membro inferior• Amputação de Pirogoff (ressecção bímaleolar e de todos os ossos do pé com exceção do calcâneo que é seccionado

verticalmente, eliminando sua parte anterior e artrodesado-o a tíbia após uma rotação superior de 90 graus).

• Amputação de Boyd (ressecção de todos os ossos do pé com exceção do calcâneo que é seccionado verticalmente) .

•Falangectomia.•Amputação transmetatársica (diáfise do metatarso).

Principais tipos de amputação para membro inferior

•Amputação de Chopart (desarticulação entre o retro pé e o médio pé).

•Amputação de Lisfranc (desarticulação tarso-metatarso)

AMPUTAÇÃO SYME

AMPUTAÇÃO SYME

GRATO PELA ATENÇÃO!