Apresentação do PowerPointfiles.sena-solos-e-geologia.webnode.com/200000110-0487d05827/Aula... ·...

Post on 07-Dec-2018

216 views 0 download

Transcript of Apresentação do PowerPointfiles.sena-solos-e-geologia.webnode.com/200000110-0487d05827/Aula... ·...

Geologia

Áreas de risco

Prof. Marcel Senasenagel@gmail.com

(65) 9223-2829

Apresentação

Os desastres naturais são responsáveis pela morte de cerca de 4

milhões de pessoas no mundo ao longo do século XX (Committee

for Disaster Research of the Science Council of Japan, em 1989).

Desastres naturais concentram-se nas últimas duas décadas, quando

cerca de 3 milhões de pessoas morreram e outras 800 milhões

foram afetadas negativamente, ocasionando gastos acima de 23

bilhões de dólares (Ogura, 1995).

Uma das causas desse aumento de mortes relacionadas à acidentes

naturais nas últimas décadas, é o crescimento dos centros urbanos e

a consequente concentração populacional.

Estimativa de mortes

causadas por cada tipo de

evento natural, conforme o

levantamento realizado pelo

Committee for Disaster

Research of the Science

Council of Japan, em 1989

(Proin/Capes &

Unesp/IGCE, 1999).

Tsunamis:

Lisboa 1755 – 60 mil mortes

Tsunami 2004 – 226.000 mortes

Terremotos:

- Magnitude 9.5 - Chile, 1960

5700 mil mortes

- Magnitude 9.0 - Japão, 2011

13.333 mil mortes

Vulcanismo:

Monte Tambora, 1815 – 70 mil

Mortes

Vesúvio, 79 – 16 mil mortes

No Brasil

No Brasil, o crescimento dos estudos relacionados à prevenção de

acidentes geológicos é recente, sendo o Instituto de Pesquisas

Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) um dos núcleos

pioneiros nesse tema.

Os problemas brasileiros associados a desastres naturais são quase

que exclusivamente associados aos processos geológicos da

dinâmica externa do planeta, dentre eles pode-se citar: os

escorregamentos e processos correlatos, enchentes/inundações,

erosão, assoreamento, subsidência/colapsos.

Acidente x Evento x Risco

Evento: Fato já ocorrido, no qual NÃO FORAM registradas

conseqüências sociais e/ou econômicas relacionadas diretamente ao

fato (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999). Rahn (1986) afirma

que "um evento é simplesmente uma ocorrência natural".

Acidente: Fato já ocorrido, no qual FORAM registradas

conseqüências sociais e/ou econômicas relacionadas diretamente ao

fato (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999). Rahn (1986) destaca

que "um acidente ocorre quando o acontecimento se efetiva,

gerando danos."

Risco: Condição POTENCIAL de ocorrência de

um ACIDENTE (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999).

Risco Geológico

Ayala Carcedo (1987) apud Ortega (1995), define risco geológico

como "todo processo, situação ou evento no meio geológico, de

origem natural, induzida ou mista, que pode gerar um dano

econômico ou social para alguma comunidade, e em cuja previsão,

prevenção ou correção há de se empregar critérios geológicos".

R = P x C

RISCO = Possibilidade de ocorrência x Consequências

S = P

Suscetibilidade = Possibilidade de ocorrência

Essas equações são esquemáticas pois, para a quantificação da possibilidade

de ocorrência de um processo natural, devem ser considerados diversos

parâmetros, muitas vezes de difícil definição. Por outro lado, as

consequências socioeconômicas que podem ser causadas por um processo

natural também são de difícil determinação

Classificação de Riscos Atual e

Potencial

Ocupação Humana (Proin/Capes &Unesp/IGCE, 1999).

Risco Atual: em áreas já ocupadas, nas quais existe o risco de

consequências sócio-econômicas.

Risco Potencial: em áreas ainda não ocupadas, nas quais há a

possibilidade de ocorrência de processos geológicos que possam

causar danos sócio-econômicos

Classificação Riscos Ambientais

Classificação de Riscos Naturais

Riscos Físicos

Riscos Geológicos

Configuração

completa

Processos Naturais no Brasil

Escorregamentos e Processos

Correlatos Escorregamentos e processos correlatos, mobilizam o solo, a rocha

ou ambos. Ocorrem basicamente quando as forças de tração, dadas

pela gravidade atuando na declividade do terreno, superam as

forças de resistências, principalmente as forças de atrito. A

principal força de tração que causa movimentos gravitacionais de

massas é a força de cisalhamento, quando esta supera o atrito,

ocorre o movimento (Montgomery, 1992).

O movimento é determinado pelo ângulo de repouso, que é o

ângulo de declive máximo, no qual o material se encontra estável.

Esse ângulo varia de acordo com o material,

Escorregamentos e Processos

Correlatos

Tipos de Processos

Escorregamentos (Slides)

CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO

Poucos planos de deslocamento (externos).

Velocidades médias (m/h) a altas (m/s).

MATERIAL

Pequenos a grandes volumes de material.

GEOMETRIA/MATERIAL

Variáveis:

•Planares - solos pouco espessos, solos e

rochas com um único plano de fraqueza;•Circulares - solos espessos homogêneos e

rochas muito fraturadas;

Em Cunha - solos e rochas com dois planos de fraqueza

Ruptura planar (em rocha)

Ruptura em cunha

em solo residual estrada de Mendes para Vassouras

Ruptura circular

em solo residual – talude de estrada –Além Paraíba MG

Escorregamento - Quitite –

Floresta da Tijuca

Rastejo (Creep) CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO

Vários planos de deslocamento (internos).

Velocidades muito baixas (cms/ano) a baixas,

decrescentes com a profundidade.

Movimentos constantes, sazonais ou intermitentes.

MATERIALSolo, depósitos, rocha alterada/fraturada.

GEOMETRIAIndefinida

Queda (Fallas)

CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTOPredominantemente sem planos de deslocamento.

Velocidades muito altas (vários m/s).

Movimentos tipo queda livre ou em plano inclinado.

MATERIALMaterial rochoso.

Pequenos a médios volumes

GEOMETRIAVariável: lascas, placas, blocos, etc.

Rolamento de matacão e Tombamento.

Desplacamento Rochoso

Blocos rocha

Blocos rocha

Corridas (Flows) CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTOMuitas superfícies de deslocamento (internas e externas à

massa em movimentação).

Velocidades médias a altas.

Movimentos semelhante ao de um líquido viscoso.

Desenvolvimento ao longo das drenagens.

MATERIALMobilização de solo, rocha, detritos e água.

Grandes volumes de material.

GEOMETRIAExtenso raio de alcance, mesmo em áreas planas

Corrida de detritos -Vidigal e Morro Dois Irmão

Corrida de

detritos-

Vidigal - RJ

Escorregamento - Condicionantes

NATURAIS

• Características dos

solos e rochas;

• Relevo (declividade);

• Vegetação;

• Clima (pluviosidade

elevada);

• Nível d'água.

ANTRÓPICOS

• Cortes e aterros;

• Desmatamento;

• Lançamento de água

servida em superfície;

• Fossas sanitárias;

• Lixo e entulho;

• Cultivo inadequado

FEIÇÕES DE

CAMPO

• Trincas no terreno;

• Degraus de

abatimento;

• Postes, árvores e

muros inclinados ou

tombados (Cerri &

Amaral, 1998).

POSSÍVEIS DANOS

• Queda, ruptura e

soterramento bruscos

de construções,

moradias, estradas,

etc;

• Soterramento e morte

de pessoas (Cerri &

Amaral, 1998).

Erosão

• Sulcos

• Ravinas

• Boçorocas

Remoção de partículas do solo ou de fragmentos e

partículas de rocha, pela ação combinada da gravidade

com a água, gelo e organismos (plantas e animais).

• Natural, Geológica ou

Normal

• Acelerada ou antrópica

• Erosão hídrica

Erosão - Condicionantes

NATURAIS

• Chuvas (impacto, escoamento);

• Relevo (declividade,

comprimento de rampa, forma

da vertente);

• Solo (características

morfológicas, físicas, químicas,

biológicas e mineralógicas);

• Substrato rochoso;

• Cobertura vegetal.

ANTRÓPICOS

• Desmatamento;

• Movimento de terra;

• Concentração de

água;

• Inadequado uso do

solo agrícola e

urbano.

FEIÇÕES DE CAMPO

• Áreas de solo nu;

• Solos sem os horizontes superficiais;

• Feições erosivas lineares (sulcos, ravinas e

boçorocas);

• Depósitos de sedimentos à meia encosta;

• Assoreamento de fundo de vales (Cerri &

Amaral, 1998).

POSSÍVEIS DANOS

• Quedas de moradias;

• Destruição de ruas e equipamentos urbanos;

• Perda do solo agricultável;

• Soterramento de estradas e de plantações em

várzeas;

• Impactos diversos nos recursos hídricos:

poluição, perda de volume armazenado, etc

(Cerri & Amaral, 1998).