Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 36-37

Post on 11-Jul-2015

1.663 views 1 download

Transcript of Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 36-37

O sujeito da oração no primeiro verso é

a) nulo expletivo.

b) nulo subentendido.

c) nulo indeterminado.

d) simples.

«[eu] não quero nada»

O segundo verso é constituído por

a) uma única oração.

b) duas orações, sendo a segunda subordinada substantiva completiva.

c) duas orações, sendo a segunda coordenada conclusiva.

d) duas orações, sendo a segunda subordinada adjetiva relativa restritiva.

Já disse / que não quero nada. Subordinante / Subordinada substantiva completiva

complemento direto

Já disse / isso.

(= Já o disse)

No v. 5, o verbo «trazer» é

a) intransitivo.

b) transitivo direto e indireto.

c) transitivo direto.

d) transitivo indireto.

Não me tragam estéticas! c. indireto c. direto

Não me tragam estéticas! c. indireto c. direto

Não lhas tragam (lhe + as)

A frase «Que mal fiz eu aos deuses todos?» (v. 11) apresenta

a) um deítico pessoal.

b) deíticos pessoais e temporais.

c) um deítico temporal.

d) deíticos pessoais e espaciais.

Que mal fiz eu aos deuses todos? pessoal pessoal

temporal

Na mesma frase, «Que mal fiz eu aos deuses todos?» (v. 11), «eu» e «aos deuses todos» desempenham as funções sintáticas de, respetivamente,

a) sujeito, complemento direto.

b) complemento direto, complemento indireto.

c) complemento direto, complemento oblíquo.

d) sujeito, complemento indireto.

sujeito complemento indireto

Que mal fiz eu aos deuses todos?

Que mal lhes fiz eu?

Eu fiz

Tu fizeste

No verso «Se têm a verdade, guardem-na!» (v. 12), a vírgula

a) justifica-se por separar uma oração subordinada adverbial da subordinante seguinte.

b) não é obrigatória.

c) justifica-se por suceder a uma subordinante e anteceder a subordinada.

d) justifica-se por separar constituintes com funções sintáticas idênticas.

Se têm a verdade, / guardem-naSubordinada adverbial (condicional) subordinante

Guardem-na, se têm a verdade.

Guardem-na se têm a verdade.

O pronome pessoal utilizado nos versos 14 e 15 retoma o referente

a) «técnico» (v. 13).

b) «direito» (v. 14).

c) «doido» (v. 14).

d) «todo» (v. 15).

referente

(antecedente)

Fora disso sou doido, com todo o direito [a sê-lo,

anáfora

Com todo o direito a sê-lo, ouviram anáfora

 No verso 16, «maçar» é

 

a) transitivo direto.

b) transitivo indireto.

c) intransitivo.

d) transitivo direto e indireto.

    complemento direto

Não      me           macem

          complemento direto

    Não      me           macem

      * Não lhe macem.

       Não     o   macem.

 

O adjetivo «fútil» (v. 17) tem acento, porque se trata de uma palavra

a) grave.

b) grave terminada em -l.

c) esdrúxula.

d) aguda terminada em -il.

possível

provável

nível

íman

tórax

açúcar

 

No v. 19, ««outra pessoa» é o

a) sujeito. 

b) complemento direto.

c) predicativo do sujeito.

d) predicativo do complemento direto.

 

Se eu    fosse       outra pessoa            verbo «Ser»     predicativo do sujeito

O ato ilocutório concretizado em «Não me peguem no braço!» (v. 24) é

a) expressivo.

b) assertivo.

c) diretivo.

d) compromissivo.

 

Deixo-te pegar no meu braço quando me ofereceres um apartamento.

Foi ontem, salvo erro, que me pegaste no braço.

Como foi bom sentir-te pegar no meu braço!

Agora, que já lhe tirei o gesso, o seu marido pode pegar-lhe no braço.

Deixo-te pegar no meu braço quando me ofereceres um apartamento. 

Compromissivo

Foi ontem, salvo erro, que me pegaste no braço.

    Assertivo

Como foi bom sentir-te pegar no meu braço!

Expressivo

Como já lhe tirei o gesso, o seu marido pode pegar-lhe no braço. Declarativo

Em «Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?» (v. 17), «casado, fútil, quotidiano e tributável» desempenha a função sintática de

a) predicativo do complemento direto.

b) complemento direto.

c) modificador restritivo do nome.

d) complemento indireto.

    complemento direto   predicativo do complemento direto

     Queriam-me  casado, fútil, quotidiano e tributável

 

Em «Vão para o diabo sem mim» (v. 21), «para o diabo» é um

a) modificador do grupo verbal.

b) complemento oblíquo.

c) vocativo.

d) predicativo do sujeito.

* Que fazem eles para o diabo? Vão.

Que fazem eles sem mim? Vão para o diabo.

 

Na mesma oração, «Vão para o diabo sem mim» (v. 21), «sem mim» desempenha a função sintática de

 

a) complemento oblíquo.

b) modificador do grupo verbal.

c) complemento indireto.

d) agente da passiva.

 

Em «Já disse que sou só sozinho!» (v. 26), a repetição do som /s/ pode constituir uma

a) assonância.

b) aliteração.

c) epístrofe.

d) anáfora.

 

A palavra «Ah» (v. 27) pertence à classe

a) das exclamações.

b) dos vocativos.

c) das interjeições.

d) das apóstrofes.

 

Os vv. 28, 30, 32, pelo facto de tomarem Lisboa, o Tejo e «céu azul» como destinatários do enunciador, constituem

a) anáforas.

b) metáforas.

c) apóstrofes.

d) hipérboles.

 

A expressão entre travessões «o mesmo da minha infância» (v. 28) desempenha a função sintática de

 

a) modificador restritivo.

b) modificador apositivo.

c) complemento do nome.

d) cocó.

 

Em «Não tardo, que eu nunca tardo...» (v. 34), «que [= porque] eu nunca tardo» é uma oração

a) subordinada adjetiva relativa restritiva.

b) subordinada adjetiva relativa explicativa.

c) subordinada substantiva completiva.

d) subordinada adverbial causal.

 

A palavra «Silêncio» (v. 35) tem acento gráfico

a) indevidamente.

b) para se distinguir da 1.ª pessoa do singular do Presente do Indicativo de «Silenciar».

c) por se tratar de palavra esdrúxula (embora, na verdade, esdrúxula aparente).

d) para se assinalar que a vogal (/e/) é fechada.

«Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não posso querer ser nada.» (vv. 1-3)

Tédio existencial 

«Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. / Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria» (vv. 46-47)

Associação da inconsciência à felicidade 

«Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? / Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!» (vv. 33-34)

Atitude de autoanálise 

«Fiz de mim o que não soube, / E o que podia fazer de mim não o fiz» (vv. 59-60)

Atitude de autoanálise

«Falhei em tudo. / Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada» (vv. 25-26)

Inadaptação à vida

«Come chocolates, pequena» (v. 44)

Evocação nostálgica da infância

«À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo» (v. 4)

Oposição sonho-realidade

«Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.» (v. 14)

Oposição sonho-realidade

«Não, não creio em mim» (v. 40)

Tédio existencial

«Se eu casasse com a filha da minha lavadeira / Talvez fosse feliz» (vv. 92-93)

Associação da inconsciência à felicidade

«Estou hoje dividido entre a lealdade que devo / À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, / E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro» (vv. 22-24)

Oposição sonho-realidade

«Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho, / Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida» (vv. 50-51)

Dor de pensar

«Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida» (v. 51)

Inadaptação à vida

«Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes» (v. 49)

Associação da inconsciência à felicidade

No texto de Valter Hugo Mãe, o narrador faz intervir como personagens figuras referidas pelo sujeito poético de «Tabacaria», o Esteves e o próprio dono da tabacaria. Também parece ser protagonista Pessoa, identificável com o nosso poeta. Pelos vistos, em A máquina de fazer espanhóis, o autor inspirou-se no universo pessoano, como aliás já tinham feito outros escritores (por exemplo, entre outros, José Saramago, em O ano da morte de Ricardo Reis).