Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

40

Transcript of Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

Page 1: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36
Page 2: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

5.2. (p. 137) Na cena que abre o II acto, o retrato de D. João de Portugal é um dos elementos que estabelecem a ligação com o acto anterior, que fechara com o quadro de Manuel de Sousa em chamas. Maria exige de Telmo a identificação da figura representada, que tanto fascínio exerce sobre ela. Esta indagação conduz a outra função desempenhada pelo retrato, que surge ladeado pelos de D. Sebastião e de Camões: representar o passado.

Page 3: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

No fim do acto, o retrato tem utilidade para o reconhecimento pedido por Madalena. Por outro lado, a melancolia profunda que Maria adivinhara no vulto representado na pintura identifica-se com o estado de espírito do Romeiro (o próprio modelo, agora «Ninguém»).

Page 4: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

isto é

ou seja

Page 5: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

Retrato esse que

Page 6: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

pílula / *pírula / dissimilação / evita-se a semelhança que havia entre dois sons. Neste caso particular, um dos LL modificou-se em R.

Page 7: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

fizeram-lo / fizeram-no / assimilação / o pronome (lo) passa a ligar-se por uma consoante nasal (n), porque assim se aproxima do som nasal da última sílaba do verbo.

Page 8: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

festra (arc.) (<fenestra) / fresta / metátese / houve a transposição da consoante r da segunda para a primeira sílaba (há uma metátese quando um som muda o seu lugar dentro da palavra).

Page 9: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

crudu / cruu (arc.) / síncope / síncope é a perda de um som a meio da palavra. Neste caso, uma consoante que havia na palavra latina «crudu», -d-, desapareceu na palavra portuguesa arcaica «cruu» (que aliás, depois, ainda evoluiria para «cru»).

Page 10: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

a + a; a + as / à; às / crase / a contracção da preposição «a» com o artigo definido «a» e «as» é a crase mais frequente.

Page 11: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

tio / *tiu / sinérese / tal como a crase, a sinérese também contrai duas vogais, só que tornando as duas vogais num ditongo (neste caso: i-o > iu).

Page 12: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

sic / si (arc.) / apócope / apócope é a perda de um som ou sílaba finais. No exemplo, a palavra latina «sic» veio a dar «si» (que, depois, evoluiu para sim).

Page 13: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

Alandroal / *Landroal / aférese / aférese é a perda dos sons do início de uma palavra.

Page 14: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

você / *cê / aférese / esta pronúncia pode acontecer no português do Brasil.

Page 15: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

portanto / *ptanto / síncope / o autarca que ouvimos não pronunciava um som a meio da palavra.

Page 16: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

precisamente / *samente / aférese / o médico que ouvimos omitia o início do advérbio.

Page 17: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

ignorante / *iguinorante / epêntese / a epêntese é o desenvolvimento de um som a meio da palavra. Neste caso, a vogal inserida, i, desfez um grupo que não é natural no português, gn (este tipo de epênteses é frequente no português do Brasil).

Page 18: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

pneu / *peneu / epêntese / de novo um grupo de consoantes demasiado erudito (-PN-) a ser desfeito pela inserção de uma vogal (em Portugal, produzimos um e; os brasileiros podem inserir um i [*pineu]).

Page 19: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

Skip / *cequipe / epêntese / assim estava escrito num supermercado. Quem escreveu mal inseria um som vocálico entre [s] e [k].

Page 20: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

sexo / *cequisso (no pg. do Brasil) / epêntese / aqui o par de consoantes desfeito foi o que existia escondido na letra <x>, os sons ks.

Page 21: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

sport (ingl.) / esporte / prótese / o desenvolvimento de um som no início da palavra é uma prótese. Os brasileiros costumam fazer esta adaptação aos seus empréstimos começados por s- seguido de consoante (snob > esnobe), enquanto em Portugal é mais comum a manutenção da sequência estrangeira (snob).

Page 22: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

mora / amora / prótese / a palavra portuguesa que descendeu da palavra latina mora tem um som inicial que não havia no seu étimo.

Page 23: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

alguidar / *alguidare / paragoge / a paragoge é o desenvolvimento de som no final da palavra. É comum, por exemplo, na pronúncia alentejana.

Page 24: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

muito / *muinto / nasalação / nasalação (ou nasalização) é a passagem de um som não nasal a nasal, como sucedeu ao ditongo de «muito», que todos pronunciamos -uin-, por influência do m- inicial (uma consoante nasal).

Page 25: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

actu- (‘acto’) / auto (‘peça’) / vocalização / houve aqui uma vocalização: a consoante latina c ([k]) evoluiu para um som vocálico.

Page 26: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

secundária / *segundária / sonorização / houve uma sonorização: uma consoante surda (p, t, c [k], f, s, ...) evolui para sonora (b, d, g, v, z, ... ).

Page 27: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

adição

(inserção de sons)

no princípio: prótese

no meio: epêntese

no final: paragoge

Page 28: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

supressão

(perda de sons)

no princípio: aférese

no meio: síncope

no final: apócope

Page 29: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

alteração (mudança de sons)aproximação a um som vizinho: assimilaçãodiferenciação relativamente a um som

vizinho: dissimilaçãocontracção de duas vogais numa só: crasecontracção de duas vogais num ditongo:

sinérese

passagem de um som não nasal a nasal: nasalação

passagem de um som consonântico a vocálico: vocalização

passagem de consoante surda a sonora: sonorização

Page 30: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

transposição

passagem de um som para outro ponto da palavra: metátese

Page 31: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

1. a) prótese;

b) epêntese;

c) síncope;

d) crase;

e) sinérese;

f) assimilação;

g) nasalação;

h) vocalização.

Page 32: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

2. angelical — ‘que parece um anjo’;

convento — ‘local onde estão reunidos os religiosos de uma determinada ordem’;

doloroso — ‘que provoca a dor’;

manual — ‘relativo a mão, que se faz à mão’; manufacturar — ‘fabricar à mão’;

maritalmente — ‘como no casamento, como marido e mulher’;

nocturno — ‘relativo à noite’; noctívago — ‘que tem hábitos nocturnos, que vive à noite’;

Page 33: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

sacramento — ‘rito sagrado instituído por Jesus Cristo para confirmar ou aumentar a graça (baptismo, confirmação, comunhão...)’; sacrilégio — ‘pecado contra as coisas sagradas’;

popular — ‘que é próprio do povo, que agrada ao povo’;

sóror — ‘forma de tratamento para uma freira (‘uma irmã’)’.

Page 34: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

3.

a) síncope do N intervocálico e nasalação do A;

b) síncope do L intervocálico;

c) crase;

d) crase;

e) sonorização do T;

f) sonorização do T;

Page 35: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

g) vocalização do C;

h) sonorização do P e síncope do L intervocálico;

i) apócope do E;

j) síncope do D intervocálico;

l) sinérese.

Page 36: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

Na p. 58, item 4, repara na etimologia de «tragédia»: do grego tragoidia (= ‘canto do bode’; tragos = ‘bode’), pelo latim tragoedia.

Page 37: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

Ouvir colegas (mas ir lendo também o que está no texto)

Page 38: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36
Page 39: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

Com a cena I do acto III ficamos a saber que:

Manuel de Sousa e mulher decidem professar;

Madalena não suspeita da verdadeira identidade do Romeiro;

Maria está gravemente doente;

João de Portugal aguarda encontro com Telmo (na cela de Jorge).

Page 40: Apresentação para décimo primeiro ano, aula 36

TPC

Em folha solta, responde às perguntas 4.3 e 5.3 da p. 153 de Antologia.