Post on 30-Nov-2018
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus
APRESENTAÇÃO
Este manual tem por objetivo fornecer a você, motorista,
informações importantes quanto à manutenção
e operação dos caminhões VW, para que,
através desses conhecimentos, você possa
aumentar a vida útil de seu veículo e diminuir
as despesas de manutenção.
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Por que efetuar inspeção no caminhão
A prática de realizar uma inspeção, antes e após a utilização de um equipamento, poderá evitar muitos aborrecimentos à sua operação.
Esta regra geral ganha maior importância ainda, quando se trata da operação de um caminhão, que pela natureza do seu trabalho desloca-se a pontos distantes dos centros de atendimento.
Dicas: O que inspecionar antes da operação do veículo.
Verifique a importância da inspeção antes da operação, baseado no manual de Instruções de Operação e nas dicas apresentadas neste fascículo.
Veja quais são as dicas:
1 - Inspeção visual Examinar, através de uma inspeção visual, a aparência da cabina (amassados, riscos, vidros dos faróis, lanternas, pára-brisa e limpadores, espelhos, maçanetas, etc), vazamentos (manchas, pingos no solo), estado dos pneus (cortes, pedras), fixação da carroceria. Se estiver carregado, verifique as condições de distribuição (carga corrida) e das amarras.
2 - Nível de óleo do motor
Conforme as orientações do manual Instruções de Operação que acompanha o veículo, o nível de óleo deve estar entre as marcas de máximo e mínimo da vareta. Caso contrário, deverá ser completado com o mesmo tipo e marca já existente no motor.
Esta inspeção não deve restringir-se apenas numa simples constatação do nível, mas deve ser abrangente e detalhada, para identificar a condição de trabalho e o estado do motor.
Normalmente, o óleo lubrificante dos motores diesel assume a coloração negra pelas severascondições em que trabalha. Caso seja constatadaalteração nesta coloração, deverá ser analisado para a identificação da causa:• Coloração marrom - Pequena infiltração de água no cárter.• Coloração leitosa - Grande infiltração de água no cárter.
Outro fator indicativo de anomalia no motor é a viscosidade apresentada pelo lubrificante, ou seja:• Consistência fina - Infiltração de combustível para o cárter.• Consistência grossa - Infiltração de gases queimados para o cárter.
A existência de partículas sólidas no óleo ocorre em função de:• Partículas metálicas - Desgastes dos componentes móveis internos do motor• Partículas arenosas - Purificador de ar inoperante.
O DIA-A-DIA DO CAMINHÃO
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus
3 - Nível do líquido de arrefecimento
Além da verificação do nível existente no sistema, deve ser analisada a concentração de aditivo, a fim de manter-se a proteção adequada às partes internas do motor.
4 - Nível de água do lavador do pára-brisa
Verificar o nível e completar, se necessário.
Observar, também, o direcionamento do jato. Caso não esteja atingindo a posição correta, deve ser ajustado.
5 - Fluido da direção hidráulica
Verificar o nível do fluido da direção hidráulica; o motor deverá estar funcionando.
Constatar o posicionamento do nível entre as duas marcas (máx. e mín.). Caso não esteja nesta posição, completar com o mesmo tipo e marca de fluido existente no sistema.
6 - Nível de fluido do reservatório da embreagem
Abra a tampa de inspeção, localizada na parte superior do painel de instrumentos.
Se o nível estiver abaixo, adicione somente fluidos que atendam às especificações SAE-J-1703 e de fabricantes idôneos e conceituados.
Fluidos de baixa qualidade não possuem poder lubrificante adequado e atacam vedações e componentes de borracha.
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Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 5
7 - Perfeito funcionamento das luzes Testar lanternas, indicadores de direção, freios, etc. Se houver necessidade, substituir ou efetuar reparo.
8 - Pressão dos pneus Verificar se a pressão corresponde ao especificado na tabela do fabricante. Caso contrário, calibre os pneus. A partir desta inspeção e a certeza de que tudo está em ordem, o veículo está pronto para ser operado.
Dicas: O que observar durante a operação do veículo.
Uma correta operação, bom desempenho e alto rendimento são fatores bastante interligados.Para a correta operação de um veículo, é fundamental o entrosamento do operador com o equipamento que está em suas mãos.
Alguns itens são básicos como:
1 - Acomodação no veículo
Acomodar-se de forma a sentir-se confortável, ajustar os comandos ao seu campo de ação, são fatores básicos para um trabalho correto e seguro.
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A rigidez do assento é controlada através da quantidade de ar no bolsão do assento. Para aumentar a rigidez coloque mais ar no bolsão. Para diminuir a rigidez, esvazie o ar do bolsão.
1 - Botão de regulagem do ar • Para inflar o bolsão, aperte a parte superior do botão. • Para esvaziar o bolsão, aperte a parte inferior do botão.
2 e 3 - Alavancas de ajuste da altura do assento Para levantar a parte dianteira do assento, empurre a alavanca (2) para cima e alivie o peso do corpo sob o assento. Para abaixar a parte, dianteira do assento, levante a alavanca (2) e desloque o corpo para frente. Os mesmos movimentos podem ser obtidos na parte traseira do assento, através da alavanca (3), aliviando ou deslocando o peso do corpo para trás.
4 - Ajuste da posição longitudinal do banco Puxe a alavanca (4) para cima e desloque o banco para a frente ou para trás até obter a posição desejada e solte a alavanca. Tentar deslocar o banco para certificar-se de que esteja travado.
5 - Manopla de ajuste da posicão do encosto
Regule a posicão do banco antes de colocar o veículo em movimento.
Banco do motorista com suspensão a ar
7Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus
Basculamento da cabina
– Se a cabina não estiver devidamente apoiada, poderá cair, causando sérios danos pessoais.– Nunca trabalhe sob a cabina antes de certificar-se de que o braço de sustentação esteja firmemente travado.– O braço de sustentação estará devidamente travado somente quando o pino da haste do limitador da cabina estiver encaixado no oblongo, não permitindo sua movimentação (veja figura ao lado).
• Abra a fechadura da trava da cabina, com a chave de partida.• Puxe firmemente a alavanca (1) e simultaneamente empurre a alavanca (2).• Remova a chave da fechadura.• Empurre a cabine até o braço de sustentação ficar totalmente esticado.
Para evitar danos pessoais ou avarias ao caminhão, assegure-se de que as portas estejam fechadas. Do contrário, ao bascular a cabina a porta poderá se abrir acidentalmente e causar danos físicos a qualquer pessoa posicionada num raio próximo, ou ainda danificar a porta.
Antes de bascular a cabina:– Prenda ou retire todos os objetos soltos em seu interior.– Certifique-se de que a área à frente da cabina esteja livre.– Certifique-se de que a alavanca de mudança esteja em NEUTRO.
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Antes de retornar a cabina à posição normal, assegure-se de que a área abaixo esteja livre, que todas as ferramentas utilizadas foram retiradas e que todos os componentes removidos foram devidamente substituídos. Certifique-se também de que a alavanca de mudança esteja em neutro (ponto-morto).
• Empurre levemente a cabina para cima.• Puxe a alça do braço de sustentação para trás.• Abaixe a cabina cuidadosamente e com firmeza, para que fique totalmente travada no trinco traseiro.• Gire a chave para travar a cabine e remova-a.
Retorno da cabine
A cabine estará devidamente travada somente quando a chave de trava for removida e o trinco não se soltar ao puxar a alavanca manual externa.
Se após abaixar a cabina, o alarme sonoro continuar soando e a luz de aviso permanecer acesa, bascule a cabina e, a seguir, repita as operação acima para baixá-la. Se o problema persistir, contate um Concessionário Autorizado Volkswagen.
Alarme de trava da cabina
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Painel de instrumentos
1 - Conta-giros (Tacômetro) 2 - Luzes de aviso 3 - Indicador da pressão do ar dos freios 4 - Indicador da temperatura do líquido de arrefecimento 5 - Interruptor do freio motor
6 - Interruptor da luz de emergência 7 - Indicador do nível de combustível 8 - Indicador da pressão do óleo do motor 9 - Velocímetro10 - Hodômetro parcial, total e relógio
2 - Conhecer os instrumentos do painel
É importante conhecer todas as funções dos instrumentos do painel e os comandos disponíveis, para o seu correto manuseio e acionamento.
Cada tipo de veículo possui características próprias de operação, porém alguns instrumentos possuem interpretações padronizadas.
Exemplo:
a - Tacômetro (conta-giros)
Os motores diesel, em geral, apresentam seu melhor desempenho na rotação de torque máximo. Deve-se, portanto, operar o veículo observando no tacômetro o regime de trabalho do motor, evitando trabalhar nas rotações abaixo da faixa de torque máximo, ou na máxima rotação, forçando o motor.
b - Velocímetro e hodômetro
Neste instrumento são controlados a velocidade momentânea do veículo, bem como o total de quilômetros percorridos. Este último dado deve ser usado para controlar os períodos de manutenção preventiva.
c - Manômetro do sistema de freios
Com ligações independentes para cada circuito - dianteiro e traseiro - o manômetro do sistema de freios é importante instrumento auxiliar do motorista e pode evitar transtornos maiores, pois permite a identificação da ocorrência de avaria no sistema.
d - Luzes de advertência
São as lâmpadas indicadoras da pressão de óleo, farol alto, carga da bateria, freio de estacionamento, etc. São comuns à grande maioria dos veículos automotores e devem merecer a atenção do usuário, pois estão controlando circuitos ou sistemas chaves na operação do equipamento.
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Difusor de ar
Interruptor das luzes
Alavanca de comando da luz de direção
(setas) e farol alto
Painel de instrumentos
Ventilação da cabina
Alavanca de comando do limpador e
lavador do pára-brisa
Porta-objetos
Conjunto de interruptores
Porta-copo
Acesso ao reservatório de fluido da
embreagem
Porta-luvas
Acesso à caixa de fusíveis e relés
Instrumentos e comandos
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Porta-mapas
Tacógrafo eletrônico (de gaveta)
Previsão para instalação de rádio
Controles de ventilação interna, aquecimento
e ar-condicionado
Cinzeiro com acendedor de cigarros e tomada
para ligação de equipamentos elétricos de
12 volts
Alavanca do freio de estacionamento do
semi-reboque (manetim)
Alavanca do freio de estacionamento do trator
Interruptor de partida
Acesso ao reservatório de água do lavador do
pára-brisa
Acionador da buzina
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Baixo nível de líquido no sistemade arrefecimento
Luzes de aviso e alarme sonoro
Símbolo Indicação
Farol alto acionado (azul)
Super aquecimento do motorTeste: acende-se ao girar a chave na posição Ligado, apagando-se 6 segundos depois
Teste: acende-se ao girar a chave na posição Ligado, apagando-se 6 segundos depois (se o nível de água no reservatório de expansão estiver normal)
Teste: acende-se ao girar a chave na posição Ligado, apagando-se após o motor entrar em funcionamento (se o sistema de carga estiver funcionando perfeitamente)
Falta de carga na bateria
Freio de estacionamento acionadoIndica que o freio de estacionamento está aplicado àsrodas traseiras
Indica que o freio motor está aplicado; ao se pisar nopedal do acelerador ou da embreagem, desativa-se momentaneamente o sistema
Luz de direção esquerda
Baixa pressão do óleo motorTeste: acende-se ao girar a partida para a posição Ligado
Baixa pressão do ar no sistema de freio
Acende-se caso a pressão do ar caia abaixo de 4,5 bar(441 kPa)
Teste: acende-se enquanto o motor de partida estiver em funcionamento. Acende-se ao girar a chave de partida para a posição Ligado, se a cabina estiver destravada
Luz de direção direita
Nota: Ao ligar a chave de contato, efetue o teste das luzes de advertência do painel de instrumentos, conforme descrito na tabela.
Observação
Presença de água no combustível
Bloqueio entre eixos
Partida a frio
Cabina dastravada
Filtro de ar obstruído
Freio motor acionado
Indica a necessidade de drenagem dos filtros de combustível
Indica que o bloqueio entre os diferenciais está acionado(somente caminhões 6x4)
Não aplicado
Indica que o elemento do filtro de ar deve sersubstituído
Duplo H Indica que a transmissão está selecionada no 1º H
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Indicador do nível de combustível
Evite o esgotamento total do combustível no reservatório, pois, se isso ocorrer, entrará ar na tubulação de combustível, o que implica na sangria no sistema.
A quantidade de combustível na reserva é de aproximadamente 20 litros.
É recomendável que o tanque de combustível seja completado ao final do dia para evitar que com a queda da temperatura durante a noite, haja condensação da umidade do ar e formação de água em excesso no tanque.
Indicador de pressão de ar (manômetro)
São dois ponteiros, que indicam a pressão de ar no sistema de freio (dianteiro e traseiro). Quandoalgum dos ponteiros, atingir a faixa vermelha, a luz de advertência se acenderá e o alarme sonoro será acionado.
Painel de instrumentos
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barbar
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Indicador de pressão de óleo do motor
Indica pressão de óleo da lubrificação do motor.Quando o ponteiro atingir a faixa vermelha, a luzde advertência se acenderá e o alarme sonoroserá acionado.
Conta-giros (tacômetro)
Faixa verde (A)Faixa de maior torque e menor consumo, ou seja,melhor desempenho com economia. Procure dirigir o maior tempo possível nesta faixa.
Trocas de marcha (B)Nas trocas de marcha, acelere até o ponteiro atingir o início da faixa listrada para que, ao fazer a troca, a rotação do motor não caia abaixo da faixa verde.
Faixa de advertência (C)Indica que o motor está entrando em rotação excessiva.
Faixa vermelha (D)Indica rotação excessiva do motor, o que pode causar danos. Nunca ultrapasse a faixa vermelha.
Indicador de temperatura
Indica a temperatura da água do sistema dearrefecimento do motor. Quando o ponteiroatinge a faixa vermelha, a luz de advertência seacende e o alarme sonoro é acionado.
C
A B
C
D
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Controles de ventilação - Ar-condicionado
A - Regulador de temperatura • Girando no sentido horário aumenta a temperatura e diminui no sentido contrário • Posicione o seletor na temperatura desejada
B - Comando do ventilador
C - Comando de distribuição do ar no interior da cabina
D - Interruptor do reciclo do ar da cabina
E - Comando do ar-condicionado
15Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus
Parada do motor
Antes de parar o motor, deixe-o trabalhando em marcha-lenta por um minuto.Este procedimento garante a lubrificação dos mancais do turbocompressor, até que sua rotação diminua e, ao mesmo tempo, permite que a alta temperatura gerada no turbocompressor seja dissipada através do óleo lubrificante.
Nunca dê a partida ou deixe o motor em funcionamento numa área fechada ou não ventilada.Os gases de axaustão do motor contêm monóxido de carbono, que é um gás incolor e inodoro, mas que poderá ser fatal se for inalado por tempo prolongado.
Partida do motor
Interruptor de partida
A partida do motor só é possível com o freio de estacionamento aplicado, e com o pedal da embreagem acionada até o fim de curso.
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Dicas: O que inspecionar após a utilização do veículo.
Algumas situações notadas no encerramento de um dia de trabalho, poderão evitar surpresas desagradáveis para o início da jornada seguinte.
Assim sendo, o encerramento de uma jornada de trabalho também exige uma inspeção, tal comoocorreu no início do dia.
O que deve ser inspecionado:
1 - Abastecimento do veículo Os motores do ciclo diesel funcionam com retorno de combustível. Após circular pelo sistema de injeção, o combustível retorna ao tanque, aquecido, criando vapores no reservatório.
A condensação desses vapores pode causar sérios danos aos componentes do sistema de injeção. Uma forma de eliminá-los é abastecer o veículo ao final dos trabalhos.
2 - Pneus Examine seu estado quanto a cortes, pedras, vazamentos, etc.
3 - Luzes Examine o bom funcionamento dos faróis, luzes direcionais, lanternas e luzes de freio.
4 - Vazamentos Examine o veículo em geral e, principalmente, o sistema de freios, quanto a possíveis vazamentos.
Assim sendo, além das inspeções diárias antes e após o uso, deve-se proceder também as manutenções periódicas.
Estas devem ser efetuadas segundo o regime de trabalho de cada veículo, realizando:
• Drenagem dos filtros de combustível;
• Limpeza do filtro de ar;
• Verificação da tensão e estado da correia do ventilador/alternador;
• Troca de óleo lubrificante (motor/transmissão);
• Lubrificação das buchas da suspensão, das juntas universais da árvore da transmissão, buchas do garfo de embreagem, etc.
5 - Reservatórios de ar Drene os reservatórios de ar comprimido do sistema de freios.
A vida útil, bem como o bom desempenho de um veículo dependem diretamente dos cuidados que lhe são dispensados.
17Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus
6 - Reservatório úmido
Verifique se o dreno do reservatório úmido do seu caminhão é do tipo manual (que possui um cabo ligando a válvula de dreno). Em caso afirmativo o reservatório deverá ser drenado diariamente.Puxe o cabo lateralmente e mantenha puxado, até que o ar saia livre de água e impurezas.
Este reservatório possui uma válvula para a conexão de uma mangueira para enchimento de pneu e limpeza do veículo com ar comprimido.
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Tacógrafo eletrônico
1 - Visor Com o veículo em movimento é exibido o visor básico. Para os ajustes, o veículo deve estar Parado e a chave de partida na posição Ligado.
A cor e a intensidade luminosa do visor são propositadamente baixos, com a finalidade de evitar que o motorista consulte o visor com o veículo em movimento.
2 - Teclas de ajuste da hora e indicação das mensagens de erro
3 - Tecla de Menu Para ajuste da hora e identificação de falhas no sistema. Usada em conjunto com as teclas
4 - Gaveta do pacote de diagramas
5 - Tecla de seleção do motorista Permite a inclusão de até três motoristas.
6 - Tecla para abrir a gaveta A gaveta abre somente se o veículo estiver Parado e a chave de partida na posição Ligado.
Símbolos que aparecem no visor
= Veículo em movimento (aparece logo que o veículo entra em movimento).
= Indica que o pacote de diagramas está instalado no tacógrafo.
= Indica falha na operação do tacógrafo, ou em alguns dos seus componentes.
= Indica qual motorista está conduzindo o veículo (1, 2 ou 3).
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 19
Descrição do disco diagrama
Além da leitura direta também é possível uma avaliação precisa dos dados registrados.
1 - Escala horária externa.
2 - Marcador de abertura: toda abertura da gaveta é registrada no disco diagrama.
3 - Indicação de velocidade em km/h.
4 - Registro do tempo de trabalho.
5 - Registros no campo central do disco diagrama: local reservado para registro manual do nome do motorista, número da placa do veículo, data do ínicio da operação, quilometragem inicial e final ao término da viagem, conforme exigência dos dispositivos legais e formar a base para posterior avaliação do disco.
6 - Encaixe do pacote de diagramas: abertura para inserção no suporte do relógio.
7 - Distância percorrida: a linha grafada em diagonal, e compreendida entre a primeira e a quarta linha tracejada, corresponde a cinco quilômetros de distância percorrida.
8 - Abertura de transição: a abertura entre as 24:00 horas e 0:00 horas, permite a transição ininterrupta do registro para o diagrama do dia seguinte.
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Acesso à cabina
O acesso à cabina é facilitado pelo uso de duas alças, sendo uma na coluna da porta e a outra no assoalho. Inicie o movimento de subida usando o pé do lado do veículo em que você se encontrar.
Exemplo:
Lado esquerdo do veículo (lado do motorista), inicie a subida com o pé esquerdo.
Evite usar o volante como apoio ao acesso à cabina, pois poderá causar danos aos controles localizados na coluna, ou ao mecanismo de direção.
21Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus
O sofá-cama é armado a partir do rebatimento do encosto do banco do acompanhante para trás.
Sofá-cama
• Puxe a alavanca frontal do banco do passageiro (1) para a direita e mova o banco para a frente até travar;
• Retire o prolongador do encosto; do banco do passageiro;
• Coloque o prolongador do encosto no suporte apropriado, atrás do banco;
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• Puxe a alavanca (2) para cima e recline totalmente o encosto, até formar a cama;
• Coloque o banco do motorista totalmente para trás;
• Deite no sofá-cama com a cabeça voltada para o lado da porta do passageiro;
• Para desarmar o sofá-cama proceda na ordem inversa.
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 23
Operação da caixa de mudanças ZF 16S
Nesse capítulo demonstraremos os procedimentos necessários para que você obtenha o máximorendimento dos caminhões VW equipados com caixa de mudanças ZF 16S, com maior facilidade e conforto.
Os caminhões VW 18-310 Titan Tractor estão equipados com a caixa de mudanças ZF 16S-1650, deaplicação estradeira, com 16 marchas à frente, e 2 marchas a ré.
Troca de 16 marchas (8+8)
A caixa de mudanças 16S-1650 no sistema Duplo Htem todas as marchas à frente e à ré representadasno diagrama existente na parte superior da manopla.No diagrama ao lado estão bem definidas as posições de Neutro (ponto morto), 3ª e 4ª marchas(1º H) e 5ª e 6ª marchas (2º H).
Mudança de H
• Na mudança do 1º H para o 2º H – colocar em ponto morto e dar um leve golpe na alavanca de mudança de marchas para a direita.• Na mudança do 2º H para o 1º H – colocar em ponto morto e dar um leve golpe na alavanca de mudança de marchas para a esquerda.
No painel de instrumentos esta luz de aviso indica que a alavanca de mudança de marchas está no 1º H.
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Engate das marchas
Marchas do 1º H
• 1ª e 2ª marchas – com a alavanca em ponto morto, desloque-a para a esquerda até vencer o esforço da mola e empurre-a para a frente para o engate da 1ª marcha ou puxe-a para trás para o engate da 2ª marcha.• 3ª e 4ª marchas – com a alavanca em ponto-morto, simplesmente empurre-a para frente, para o engate da 3ª marcha ou puxe-a para trás para o engate da 4ª marcha.
Engate da ré
Empurre a alavanca de mudança de marchas totalmente para a esquerda até o batente posicionador e, ao sentir o batente, puxe a alavanca para trás.A marcha a ré também possui 2 relações de redução: ré alta e ré baixa.
Marchas do 2º H
• 5ª e 6ª marchas – com a alavanca em ponto morto, simplesmente empurre-a para frente, para o engate da 5ª marcha ou puxe-a para trás para o engate da 6ª marcha.• 7ª e 8ª marchas – com a alavanca em ponto morto, empurre-a totalmente para a direita até o batente e, empurre-a para frente para o engate da 7ª marcha ou puxe-a para trás para o engate da 8ª marcha.
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 25
Botão seletor
Para todas as marchas haverá sempre uma marcha intermediária. Com o botão seletor da manopla para cima, selecionamos as marchas altas e para baixo as marchas baixas.
As marchas intermediárias são engatadas pré-selecionando o botão seletor da manopla e são liberadas somente quando o pedal da embreagem é apertado até o fim de curso.
Mudanças ascendentes
De baixa para alta na mesma marcha
Ligar o botão seletor para cima e sem desengatar a marcha atual, apertar o pedal da embreagem até o final do curso.
De uma marcha alta para a marcha baixa superior
Ligar o botão seletor para baixo, apertar o pedal da embreagem e engatar a marcha superior.
Ao passar da 4ª A para a 5ª B mudardo 1º H para o 2º H.
Mudanças descendentes
De alta para baixa na mesma marcha
Ligar o botão seletor para baixo e, sem desengatar a marcha atual, apertar o pedal da embreagem até ofinal do curso.
De uma marcha baixa para a marcha alta inferior
Ligar o botão seletor para cima, apertar o pedal daembreagem e, engatar a marcha inferior.
A
B
Ao passar da 5ª B para a 4ª A mudardo 2º H para o 1º H.
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Freio motor
A utilização correta do freio motor aumenta o poder de frenagem do motor e reduz o desgaste das guarnições de freio.O freio motor é do tipo eletropneumático, comandado por meio de interruptor, localizado no painel de instrumentos. Este interruptor comanda uma borboleta existente na saída do coletor de escapamento. O freio motor deve ser utilizado, principalmente, em longos declives, a fim de controlar a velocidade do caminhão e poupar as guarnições de freio.
Para fazer atuar o freio motor, acione o interruptor localizado do painel de instrumentos. Nesta condição, sempre que os pedais do acelerador e da embreagem estiverem livres, o freio motor atuará automaticamente.
Dois sensores, localizados nos pedais do acelerador e da embreagem, desligam automaticamente o freio motor, caso um desses pedais seja acionado.
Recomenda-se manter o interruptor de comando do freio motor ligado, sempre que o veículo estiver em movimento, desligando-o somente quando o veículo estiver parado.
A utilização de banguela (trafegar em declives com a alavanca de mudança de marchas em neutro, ou com o pedal da embreagem pressionado) é um procedimento perigoso e ilegal. Em tais condições, o veículo pode atingir velocidades acima daquela para a qual foram projetados os sistemas de freios, suspensão, direção, rodas e pneus, podendo causar acidentes e/ou danos ao veículo. Além disto, em tal velocidade, o motor va¡ exceder a rotação governada no momento em que é desaplicado o pedal da embreagem, ou que uma marcha seja engatada, o que pode causar graves danos ao motor.
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 27
– Antes de liberar o freio manualmente, calce as rodas do veículo para evitar movimento acidental.
– Nunca opere o caminhão com o freio liberado manualmente.
– Somente libere a mola do freio de estacionamento para fins de rebocamento do veículo.
Liberação manual do freio de estacionamento
Para movimentar um veículo imobilizado pelofreio de mola, devido à perda da pressão de arno sistema de freio, gire o parafuso de recuo no sentido horário, até liberar a roda. Proceda da mesma forma nas duas rodas traseiras.
Num declive, desça sempre com a marcha engrenada, utilizando a mesma que seria utilizada para vencer o mesmo trecho na subida. Observe otacômetro e, se a rotação estiver acima da admissível, auxilie com o freio de serviço e freio motor, nunca permitindo que o motor ultrapasse amáxima rotações do motor (rotação de potência máxima).
Em declives longos, nunca aplique o freio continuamente por longos períodos, pois isto leva ao superaquecimento das lonas, o que diminui suacapacidade de frenagem.
Nunca utilize marcha neutra (ponto morto) para conduzir o veículo em declive (banguela).A utilização da banguela é contravenção prevista no Código Nacional de Trânsito, devido às graves implicações à segurança.
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Distribuição da carga
A distribuição do peso da carroçaria e da carga sobre o caminhão é de extrema importância para
a vida útil do chassi e seus componentes (eixos, molas, amortecedores, longarinas, rodas, pneus
e rolamentos).
Não ultrapasse a carga máxima recomendada nas especificações.
A correta localização da carroceria é de fundamental importância para uma distribuição perfeita da
carga.
A seta indica o ponto ideal, onde se deve concentrar o peso da carga.
Certifique-se de que a distribuição da carga seja uniforme sobre todo o comprimento da carroceria.
No caso de volumes pequenos de muito peso, o centro dos mesmos devem ficar localizado próximo
ao eixo traseiro, porém um pouco a frente do mesmo.
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 29
Roda sobressaltante
Remova as porcas de fixação da roda sobressalente. Utilize a chave de roda do caminhão.
Solte lentamente a roda até que encoste no chão.
Remova o suporte de dentro da roda.
Para instalar inverta a operação. Certifique-se de apertar as porcas de fixação da roda no suporte.
Instalação
Gire levemente o eixo do suporte no sentido horário, o suficiente para destravar a catraca.
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Desacoplamento da carreta
Sempre esvazie o bolsão pneumático antesde desacoplar a carreta.Do contrário, ao tirar a carga da quinta roda,a ação da mola dos bolsões pneumáticosfará as rodas traseiras saírem do chão bruscamente e o chassis irá se chocar contra a carreta
Após desacoplar o cavalo, encha novamente o bolsão. Pare o veículo, empurre a válvula do bolsão pneumáticocontra o chassi e aguarde até que obolsão esteja cheio de ar para sair como veículo.
• Pare o veículo em local plano e firme, aplique o freio de estacionamento e calce as rodas do
semi-reboque;
• Baixe os pés de apoio do semi-reboque;
• Desacople os bocais de engate pneumático e a tomada elétrica;
• Destrave a quinta roda.
1 - Posição para encher o bolsão
2 - Posição para esvaziar o bolsão
• Puxe a válvula do bolsão pneumático e aguarde o esvaziamento;
• Saia com o cavalo.
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 31
Bolsões de ar
Inspeção do bolsão
Rampa-guia para semi-reboque
Inspecione visualmente os bolsões verificando a ocorrência de sinais de desgaste irregular. Este
desgaste irregular se não corrigido, através de limpeza, poderá provocar um rápido rompimento da
borracha.
Limpeza da base metálica
Periodicamente inspecione visualmente a base metálica da bolsa. O acúmulo de resíduos provoca um
processo de desgaste da bolsa por abrasão.
Limpe a base com uma escova utilizando água e sabão neutro.
lento
A rampa-guia facilita o engate da carreta na quinta roda.
Não utilize solventes ou produtos químicos que possam afetar a borracha.É recomendável erguer o veículo para expor totalmente a base para a limpeza.
– A rampa-guia não pode ser utilizada com quinta roda baixa (172 mm), pois o pino rei não irá engatar na quinta roda e pode causar acidente no momento do acoplamento;
– Mantenha uma altura segura entre a carreta e a rampa de acesso no momento do acoplamento.
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Semi-reboque
Freio do semi-reboque (manetim)
Desacoplamento do semi-reboque
– Não use o manetim como freio de estacionamento;– Acione o manequim antes de aplicar o freio de serviço (freio de pedal), a fim de evitar o efeito "L" do semi-reboque sobre o trator.
Para prevenir acidentes o conjunto deveráestar estacionado em terreno plano e firmee com as rodas do semi-reboque firmementecalçadas.
O manetim atua somente nos freios de serviço do semi-reboque, independente dos freios de serviço e estacionamento do trator.
A sua utilização em descidas, principalmente em pisos de pouca aderência garante o alinhamento doconjunto trator/semi-reboque evitando o efeito "L" do semi-reboque.
1 - Estacione em terreno plano, aplique o freio de estacionamento e calce as rodas do semi-reboque.
2 - Baixe os pés de apoio.
3 - Desacople os bocais de engate pneumáticos e a tomada elétrica.
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 33
4 - Desloque a trava para cima.
5 - Puxe a alavanca para fora.
6 - Trave a alavanca.
7 - Libere o freio de estacionamento e saia com o trator.
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Acoplamento do semi-reboque
Para prevenir acidentes o acoplamento do veículo de tração ao semi-reboque deverá ser feito em terreno firme e plano.O semi-reboque deverá estar com as rodasfirmemente calçadas para evitar que se movimente no momento do acoplamento.
1 - Aproxime o veículo de tração do semi-reboque e alinhe o pino-rei com a quinta roda.
2 - Posicione a quinta roda plana.
3 - Regule a altura do semi-reboque de modo a que a mesa do pino-rei fique aproximadamente 50 mm mais baixa do que a base superior da quinta-roda.
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 35
4 - Desloque a trava para cima.
5 - Puxe a alavanca para fora e deixe-a armada.
6 - Acople os bocais de engate pneumático e a tomada elétrica.
7 - Com o freio do semi-reboque (manetim) acionado, faça o acoplamento recuando o trator e, o mecanismo travará automaticamente.
8 - Inspecione o correto travamento do pino-rei e quinta roda (a trava deve estar para baixo, como mostrado na ilustração do item 4)
9 - Levante os pés de apoio e remova os calços das rodas.
Antes de sair com o veículo
Verifique o funcionamento das luzes e do freio.
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Pára-lama traseiro
5ª Roda
Posicionamento da 5ª roda
Cabo de alimentação elétrica do semi-reboque
Sempre que remover a parte superior do pára-lama guarde-a na carroceria e reinstale as porcas defixação, evitando que o cabo se parta e a porca seja perdida.
As porcas de fixação da mesa da 5ª roda (1) são do tipo autotravantes, com trava de nylon e devem ser substituídas a cada 3 desmontagens da mesa.O torque de aperto da porca é de 500 Nm.
A parte superior do pára-lama traseiro do trator é removível a fim de evitar o contato do pneu como pára-lama em estradas ou acessos não pavimentados, podendo danificá-lo.
A roda é originalmente montada no veículo, na distância de 540 mm do eixo traseiro.
Esta distância pode ser alterada utilizando-se asfurações no suporte de fixação da mesa da 5ª roda.Isto pode ser feito desde que sejam respeitadosos limites de carga por eixo e o comprimento totaldo veículo (cavalo e semi-reboque). Caso a 5ª rodaseja deslocada para a frente deve-se cuidar para que o semi-reboque não esbarre nos componentesatrás da cabina.
Por razões de segurança anti-roubo, recomenda-seque o cabo de alimentação elétrica do semi-reboqueseja guardado no interior da cabina quando o semi-reboque não estiver acoplado ao trator.
Treinamento - Assistência Técnica - Caminhões e Ônibus 37
Evite o esgotamento total do combustível no reservatório. Caso isto ocorra, entrará ar na tubulação sendo necessário fazer a sangria do sistema.
Tanque de combustível de alumínio
O tanque de combustível tem capacidade para 480 .
A quantidade de combustível na reserva é de 40,0 aproximadamente.
É recomendável completar o tanque de combustível ao final do dia para evitar que, com a queda de temperatura durante a noite, haja condensação da umidade do ar e formação de água no tanque.
Anotações
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