Post on 27-Dec-2015
ORIENTADOR: DR. VALTEIR MARTINS
CARINE ROCHA CLELTON ALEF EDINEIA GOMES
PROCESSOS DE APAGAMENTO NA FALA DE SUJEITOS COM DISPRAXIA
VERBAL
LICENCIATURA EM LETRAS – DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA III
UEA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO
AMAZONAS
Inaê Costa Rechia
Ana Paula Ramos de Souza
Carolina Lisboa Mezzommo
Fonoaudióloga; Responsável Técnica da Comunicare Aparelhos Auditivos,Santa Maria, RS; Especialista em Transtornos do Desenvolvimento na infância e na adolescência pelo Centro Lydia Coriat de Porto Alegre; Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Fonoaudióloga; Docente do Programa de Pós-Graduação Em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Santa Maria, RS; Doutora em Letras: área de Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Fonoaudióloga; Docente do Programa de Pós-Graduação Em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Santa Maria, RS; Especialista em Motricidade Orofacial pelo CEFAC – Pós-Graduação em Saúde e Educação, e em Linguagem; Doutora em Letras: área de Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 02
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DE ONDE PARTIU ESSA PESQUISA?
Este artigo é parte da pesquisa “Clínica da Subjetividade nos Retardos de Aquisição da Linguagem Oral” aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria, com certificado de apresentação e aprovação.
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“A dispraxia é um défice, ou dificuldade em planificar, coordenar, executar e auto-regular movimentos voluntários especializados, relacionados com uma determinada actividade (ex: copiar figuras geométricas), e que são realizados de forma lenta, imprecisa, desintegrada e dessincronizada.”
“A dispraxia é um défice, ou dificuldade em planificar, coordenar, executar e auto-regular movimentos voluntários especializados, relacionados com uma determinada actividade (ex: copiar figuras geométricas), e que são realizados de forma lenta, imprecisa, desintegrada e dessincronizada.”
(CORPE, http://www.corpe.pt/dispraxia_conceito_tipos.pdf, 24/02/2014)(CORPE, http://www.corpe.pt/dispraxia_conceito_tipos.pdf, 24/02/2014)
• DISPRAXIA VERBAL = DV
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Procura do ponto articulatório, ou Tateio articulatório1, (a criança procura o ponto articulatório, por exemplo, ao falar “pato”, pode falar “bato”, “cato”, “lato”…até chegar no “pato”.
Inabilidade para imitar sons1.
Quanto mais longa seja a frase ou oração, maior as chances de ter a Inteligibilidade reduzida1.
O indivíduo faz produções inconsistentes1: Em um dado momento, produz um determinado som corretamente e depois não pode fazê-lo da mesma forma.
Apresenta dificuldade de motricidade orofacial geral1. Modificações estruturais associadas aos problemas de fala, sucção, respiração, mastigação e deglutição.
Diminuição do coeficiente de variação temporal1.
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Os problemas com vozeamento1 estão associados à disfonia, que representa qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz. Pode ter uma fala “truncada”, pode ser monótona (dificuldade com a entonação). Parece falar sempre no mesmo “tom”; a melodia da fala é afetada, apresentando prosódia alterada1.
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Ocorrem omissões de sons1 na fala, característica de um distúrbio chamado Dislalia, onde as palavras sofrem a perda de alguns sons:Exemplo: “tomei” = “omei”; “leite” = “eite”.
Para eles torna-se mais fácil a produção de palavras curtas, pois há um aumento da dificuldade com o aumento da extensão da palavra1. Erros de sequencialização e em vogais1.
Dificuldades para organizar movimentos com miras a inflar as bochechas, projetar rapidamente a língua, fazer mímicas orais, provocando dificuldades com movimentos voluntários de fala1.
O problema também pode afetar o controle da nasalidade1.
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• Análise fonológica da fala de sete sujeitos, com idades entre 2:6 e 4:2 anos, que possuem dificuldades para falar. Suas mães recorreram ao Serviço de Atendimento Fonoaudiológico na Instituição em 2007.
• Uma pesquisa como esta precisa ser autorizada pelo TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.
• Foram feitas avaliações neurológicas, otorrinolaringológicas e audiológicas.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:1.Presença dos sinais de DV relatados na literatura, sobretudo alterações de vogais ou acento;2.Presença de tateio articulatório;3.Presença de variabilidade articulatória;4.Múltiplos apagamentos de sílabas e segmentos;5.Imitação de sons pobre ou ausente;6.Dificuldade de produção.
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Todos os sujeitos apresentaram dificuldades em sequencializar movimentos orofaciais de lábios e língua.
• O corpus da fala foi obtido pela gravação de interações espontâneas em situação lúdica de cada sujeito com sua mãe e com a terapeuta (15 minutos cada).
• As interações foram transcritas e analisadas.
ASPECTOS DA TRANSCRIÇÃO, NELA FORAM IDENTIFICADAS:1.A produção correta;2.Assimilação;3.Variabilidade articulatória;4.Substituições idiossincráticas e usuais;5.Apagamentos de consoantes, vogais e sílabas;6.Epênteses e Metáteses vocálicas;
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A produção correta do som;O apagamento da sílaba;O apagamento do segmento;As assimilações consonantais;A variabilidade articulatória;As substituições usuais e não usuais (como a troca de líquidas por plosivas e a realização de fricativas por plosivas).
Tonicidade;Estrutura Silábica;Classe de sons;Extensão da palavra e;Idade dos sujeitos.
* Seleção apenas das análises com foco no apagamento silábico.
VARIÁVEIS DEPENDENTES
VARIÁVEIS INDEPENDENTES
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Formulário Microsoft Access 2003Formulário Microsoft Access 2003
O PACOTE COMPUTACIONAL VARBRUL
Conjunto de programas bastante utilizado em análises linguísticas variacionistas.
O PACOTE COMPUTACIONAL VARBRUL
Conjunto de programas bastante utilizado em análises linguísticas variacionistas.
O VARBRUL faz a análise probabilística na forma binária. Por meio de cálculos estatísticos, atribuiu pesos relativos às variantes das variáveis independentes.
O VARBRUL faz a análise probabilística na forma binária. Por meio de cálculos estatísticos, atribuiu pesos relativos às variantes das variáveis independentes.
• Margem de erro de 5%;• Valores superiores a 0,05;• Os pesos relativos retirados
da interação: Valores próximos a .50 – neutros. Superiores (acima de .60) – favorecedores. Inferiores a .50 – desfavorecedores.
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Input – experiências linguísticas que a criança recebe em seu meio social.
Onset Complexo – Chamado de ataque, cabeça ou margem inicial. Se encontra no começo das palavras. / /
CCV – Consoante, consoante e vogal.Ex.: grande, floresta, branco, sempre. Etc.
CCV – Consoante, consoante e vogal.Ex.: grande, floresta, branco, sempre. Etc.
Pé – sequência de duas sílabas, uma forte e outra fraca. O acento deriva dessa estrutura.
Coda Silábica – é a consoante ou consoantes em posição pós nuclear dentro de uma sílaba, ou seja, após a vogal nuclear.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coda_(silábica). Acesso em 12 mar. 2014.
Ex.: r em mar; s em rêsEx.: r em mar; s em rês
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Variáveis linguísticas que favorecem o apagamento de sílaba
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Variáveis linguísticas que favorecem o apagamento consonantal
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Variáveis linguísticas que favorecem o apagamento vocálico
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As informações contidas na pesquisa sugerem que o pé métrico geralmente tende a ser preservado e mais corretamente produzido. Por outro lado, as sílabas fora do pé métrico são alvos de maior apagamento consonantal e vocal, juntamente com as estruturas silábicas mais complexas como o onset complexo e a coda.
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Costa Rechia, Inaê, Ramos de Souza, Ana Paula, Lisboa Mezzommo, Carolina. PROCESSOS DE APAGAMENTO NA FALA DE SUJEITOS COM DISPRAXIA VERBAL Revista CEFAC [On-line] 2010, 12 (Mayo-Junio) : [Data de consulta: 23 / fevereiro / 2014] Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=169316074003> ISSN 1516-1846.
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VOGELEY, Ana. Conhecimento Fonológico e a escrita inicial 2010, 10 (May). Disponível em: <http://www.slideshare.net/anavogeley/conhecimento-fonolgico-e-a-escrita-inicial> Acesso em: 12 Mar. 2014
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