Assim que é admitido no hospital todas as atenções devem estar voltadas para a segurança do...

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SEGURANÇA DO PACIENTE

Assim que é admitido no hospital todas

as atenções devem estar voltadas para

a segurança do paciente/cliente.

ENFERMAGEMComo uma das maiores forças de trabalho em saúde no Brasil e no mundo, a enfermagem deve assumir uma posição de vanguarda para modificar o panorama da segurança do paciente, pois milhares de indivíduos são vítimas de erros.

Enfermagem em números:Brasil– 1.500.000Mundo–15.000.000

COREN-SP/2010

DESAFIOS DA ENFERMAGEM NO SÉCULO XXI

Desenvolver,promover e sustentar a retenção de profissionais:

criativos; compromissados; hábeis; competentes; Responsáveis; Éticos .

Para tanto, devem trabalhar em ambientes com filosofia e recursos que promovam e sustentem melhorias contínuas;

Os investimentos devem prorizar as pessoas que são cuidadas e as que cuidam;

O Sistema de saúde deve ser transformado para promover a segurança do paciente.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE

Segundo a OMS, um (1) em cada dez

(10) pacientes no mundo é vítima de

erros e eventos adversos evitáveis

durante a prestação da assistência á

saúde.

A ESSÊNCIA DA ENFERMAGEM

A enfermagem tem como essência: o cuidar

O CUIDAR EM ENFERMAGEM

A base da assistência de enfermagem

se concentra em atender as

necessidades do paciente e família,

tendo como objeto de sua prática o

cuidar de modo integral e individual do

ser humano.

Para verdadeiramente cuidar do

paciente e família o profissional precisa

relacionar-se, preocupar-se e interagir, a

fim de promover ou facilitar o processo

de cura ou aliviar o sofrimento.

Cuidar com amor e dedicação, mas principalmente:

“ Dispensar Atenção e Conhecimento em

tudo o que faz”

A SEGURANÇA…

A segurança envolve desde o risco de infecção

até outros riscos, como o de o doente cair do

leito, no transporte com maca ou cadeira de

rodas, em receber um medicamento errado ou a

dosagem errada, realização de um procedimento

simples com bolsa de água quente ou de gelo e

provocar queimaduras, na instalação de um

dispositivo para incontinência urinária e

provocar necrose peniana.

A falta de atenção e a falta

de conhecimento dos profissionais de

enfermagem pode acabar provocando

efeitos adversos ou inesperados no local

de onde os paciente/clientes deveriam

sair curados.

A segurança do paciente passa também

pelo serviço de limpeza, lavanderia com

a higienização das roupas e pela

manutenção do hospital.

Desde 2005, a Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa) está

envolvida no projeto global da

Organização Mundial da Saúde para

aumentar a Segurança do Paciente

internado nos serviços de saúde

brasileiros.

Estudos realizados na universidade de Harvard

(EUA) e publicados pela OMS, em 2004,

evidenciaram que 4% dos pacientes sofrem

algum tipo de dano no hospital. O objetivo do

plano, então, é preconizar uma série de

cuidados que devem ser tomados pelas

instituições hospitalares para diminuir os riscos

aos pacientes durante o período de internação.

Os profissionais da

saúde estão preocupando-se cada vez

mais com a segurança dos seus

pacientes/clientes no ambiente

hospitalar e na medida em que

evoluímos tecnologicamente,

aumentam as exigências de segurança

e de controle dentro dos hospitais.

A segurança do paciente/cliente bem

como a preservação da qualidade do

cuidado prestado são algumas das

tarefas a serem cumpridas pelos

profissionais que atuam na área da

saúde. Neste sentido, várias instituições

vêem investindo em larga escala para

melhoria contínua da qualidade.

O pensamento que norteia a qualidade

total refere-se á valorização da

qualidade da assistência, tendo como

meta o erro zero no atendimento,

preconizando as ações preventivas. Para

isso, é preciso um envolvimento de

todos os profissionais da equipe da

saúde a fim de analisar caso a caso e a

melhor forma de conduzi-los.

O cotidiano do cuidar estabelece situações

que nem sempre são almejadas. As falhas

muitas vezes fazem-se presentes pela falta

de atenção, pela falta de conhecimento

até mesmo pela sobrecarga de trabalho. O

termo utilizado nestes casos passa ser

iatrogenia, “palavra que deriva do grego

iatros, que significa médico e gênese,

origem.

A iatrogenia é definida por Carvalho Filho et

all (1988) como afecções decorrentes da

intervenção da equipe de saúde, seja ela

certa ou errada, justificada ou não, mas da

qual resultam conseqüências prejudiciais

para a saúde do paciente/cliente. Para

David, Vargas e Hoirish (1984), iatrogenia

“é a doença produzida pela equipe de

saúde”.

As iatrogenias em geral, aumentam o sofrimento, as seqüelas, o custo do tratamento bem como a mortalidade do paciente/cliente. Tais afecções são bastante freqüentes e destacam-se quando avaliadas em unidades de terapia intensiva (UTI), em tratamentos com idosos e pacientes/clientes com doenças graves, em virtude da multiplicidade de cuidados realizados, ou seja, o paciente/cliente que necessita de grande número de procedimentos, a probabilidade de ocorrer um erro é maior.

A equipe de enfermagem, em relação á

outras equipes, é a que permanece mais

tempo com o paciente/cliente durante o

tratamento. A escassez de profissionais na

área de enfermagem atrelado ao número

abundante de paciente/clientes, tem

evidenciado cada vez mais o número de

acidentes no processo do cuidar.

Os profissionais da enfermagem devem ser despertados a interessar-se pelo Código de Ética e compreender que qualquer desobediência ás determinações constantes é passível de processo ÉTICO, portanto, o profissional de enfermagem deve atentar-se para conhecer o código de ética e assim evitar complicações e infrações que posteriormente poderão comprometer seu registro profissional.

Um trabalho realizado em um hospital de São Paulo permitiu levantar que os principais riscos cometidos com os pacientes são: queda, erro de medicação e úlcera de pressão.Desta forma, o comprometimento e envolvimento do profissional de enfermagem são fundamentais para melhoria na qualidade e segurança dos pacientes/clientes, sendo estes profissionais responsáveis por seu conhecimento e atualização e por toda a assistência prestada ao cliente desde sua entrada no hospital até a sua alta ou saída.

PARA REFLEXÃO….

Nas escolas técnicas, os alunos de

enfermagem são os que menos participam

de eventos de cunho científico, alegando

sempre alguma coisa “falta de dinheiro,

falta de tempo”…entre outros. Não investem

em livros e em conhecimento de modo

geral. São os estudantes que menos

investem na profissão.

Quando formados Técnicos de enfermagem e

trabalhando em hospitais, clínicas, etc.,

também não procuram aperfeiçoamento, não

participam de eventos, atualizações e também

reclamam quando são chamados para

participar de cursos de reciclagens

gratuitamente fornecidas pelo instituição,

alegando que já sabem ou que não tem tempo.

Essa confiança de que “sabem tudo” e

de que não precisam de reciclagem e de

momentos para reflexão sobre seu

próprio desempenho na prestação da

assistência ao paciente é um caminho

perigoso que pode resultar em

catástrofes.

É importante que os Técnicos de enfermagem repensem suas condutas enquanto alunos e cultivem o hábito de aperfeiçoar-se posteriormente enquanto profissionais.É muito produtivo e saudável deixar o ambiente de trabalho em determinados momentos para conhecer outros profissionais, aprender como são realizados os procedimentos, as novas técnicas, conhecer novas tecnologias e avaliar a própria assistência prestada ao paciente/cliente e relacionamento com a equipe de trabalho.

CONFIANÇA

É importante salientar que o vínculo de

confiança do profissional de

enfermagem com o paciente/cliente e

família é quebrado quando a saúde do

paciente/cliente é colocada em risco.

O movimento global em busca de

segurança e qualidade nos serviços de

saúde não é um fato novo. Proporcionar

à população assistência digna, com

custos reduzidos, é tema prioritário e

um grande desafio para a sociedade.

FLORENCE NIGHTINGALE

Em 1859, Florence Nightingale,

enfermeira visionária, dizia “pode

parecer talvez um estranho princípio

enunciar como primeiro dever de um

hospital não causar mal ao paciente”.

Muitos anos depois, em 1999, a publicação do relatório To err is Human: Building a safer health care system, do Institute of Medicine, dos Estados Unidos da América, demonstra dados sobre mortalidade relacionada a erros advindos do cuidado à saúde, que poderiam ser evitados, promovendo maior interesse sobre a questão da segurança do paciente em todo o mundo.

A Organização Mundial de Saúde estima

que 1 em cada 10 pacientes possa ser

vítima de erros e eventos adversos

durante a prestação de assistência à

saúde no mundo e que medidas de

prevenção precisam ser adotadas com

vistas a reverter esse problema.

Dados do Conselho Regional de e Enfermagem de São Paulo

(Coren-SP) apontam que entre 2005 e 2010 foram notificados

980 casos envolvendo erros de profissionais de enfermagem

(enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem). Só em

2010, 250 casos chegaram ao conselho, envolvendo 32

instituições de saúde. Dos casos notificados, 20 resultaram em

danos definitivos e óbito. Parte desses casos tem como fundo a

falta de conhecimento dos profissionais.

De acordo com a enfermeira e docente do curso

de enfermagem do Unianchieta, Silvia Oyama, as

causas para os erros são variadas. "Foi

identificada falta de qualidade na formação de

profissionais, mas esse não é o único fator. Há

instituições que não oferecem condições

adequadas de trabalho. E essa realidade não é

só do interior, mas também da capital", analisa.

A professora ainda lembra que a falta de

conhecimento do profissional não pode ser

colocada apenas como culpa da instituição

formadora. Para ela, o profissional precisa se

dedicar e buscar conhecimento em cursos e

aperfeiçoamento constante.

“Comece fazendo o que é necessário, Depois o que é possível e, derrepente

você estará fazendo o impossível”

São Francisco de Assis

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Câmara de Apoio Técnico – COREN SP, 2010.

SCOPEL, V.M. Prática de enfermagem.Cascavel- PR, 2012.