Atividade Física e Saúde ESTÁCIO 1. Fisiologia · Sistema Endócrino Sistema Nervoso Hipófise...

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Atividade Física e Saúde

ESTÁCIO

1. Fisiologia

Fisiologia

“Fisiologistas são crianças jogando pedras em um lago. As crianças querem ver que espécie de onda a pedra provoca quando ela atinge a água, mas também querem saber para onde a onda

vai e o que acontece quando uma onda encontra outra onda.”

Silverthorn

1.1. Exercício e Saúde

Convert Bailey - “Se o exercício pudesse ser prescrito

em forma de pílula, seria o remédio mais vendido do

mundo.”

Astrand – “A exigência do exame médico para quem vai iniciar um programa de exercícios é um atraso (rsrsrs). Na verdade, o exame médico deveria ser

solicitado para as pessoas que se negam a praticar a atividade física.”

http://www.exerciseismedicine.org

O que é saúde?

Organização mundial da saúde

É um estado de total bem-estar físico, mental

e social; não sendo apenas relacionado à

ausência de doenças ou enfermidades

OMS 1948

Benefícios da Atividade Física:

evidências epidemiológicas

Morris e colaboradores (1953) Coronary heart-disease and physical activity of work

Lancet 1953; 265(6796):1111-20 Lancet 1953; 265(6795):1053-57

Inglaterra – ônibus de 2 andares

DCV e atividade física no trabalho

Motoristas x Cobradores

Cobradores:

- menor incidência de DCV

- menor mortalidade prematura

Am J Epidemiol 1971; 61:1362-70

Paffenbarger e colaboradores (1971)

Characteristics of longshoremen

related fatal coronary heart

disease and stroke

São Francisco

Estivadores

DCV x Gasto calórico

Am J Clin Nutr 2004;79(suppl):913S–20S.

HIIT and Vascular Function in Sedentary Aging, v.3, n.1, Jan 1. 2015.

J Sport Exerc Psychol. 2014 Dec;36(6):610-8. doi: 10.1123/jsep.2014-0083.

Effect of six weeks of sprint interval training on

mood and perceived health in women at risk for

metabolic syndrome. Freese EC, Acitelli RM, Gist NH, Cureton KJ, Evans EM, O'Connor PJ.

Am J Hypertens. 2015 Feb;28(2):147-58. doi: 10.1093/ajh/hpu191. Epub 2014 Oct 10.

Exercise and cardiovascular risk in patients

with hypertension.

Sharman JE, La Gerche A, Coombes JS.

Biology of Sport, Vol. 31 No2, 2014

Aging and Disease • Volume 5, Number 3, June 2014

JAMA 2004; 292 (10)

Current Opinion in Clinical Nutrition and Metabolic Care 2004, 7:641–647

Public Health; 2005: 119:518-24

Hypertension. 2005;45:493-498.

International Journal of Epidemiology 2004; 33:759–767

Epidemiology 2004;15: 573–582

International Journal of Obesity 2005; 29, 894–902

JAMA 2005; 293:2479-2486

Sports Med 2004; 34 (6): 371-418

Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária

Níveis de aplicação das medidas preventivas

Promoção da saúde

Proteção específica

Agente

Suscetível:

Ambiente:

Período de pré-patogênese Período de patogênese

Interação – suscetível – estímulo - reação

HORIZONTE CLÍNICO

DEFEITO/INVALIDEZ

ALTERAÇÃO DE TECIDOS

MORTE

RECUPERAÇÃO

Diagnóstico precoce e tratamento imediato Limitação de

incapacidade

Reabilitação

HISTÓRIA NATURAL E PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE

INFORMAÇÃO EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO DIREITOS HUMANOS Avaliação Programa Individualizado

I N T E R A Ç Õ E S

Programas com objetivos

específicos

Re-inserção

Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária

Níveis de aplicação das medidas preventivas

Promoção da saúde

Proteção específica

Agente

Suscetível:

Ambiente:

Período de pré-patogênese Período de patogênese

Interação – suscetível – estímulo - reação

HORIZONTE CLÍNICO

DEFEITO/INVALIDEZ

ALTERAÇÃO DE TECIDOS

MORTE

RECUPERAÇÃO

Diagnóstico precoce e tratamento imediato Limitação de

incapacidade

Reabilitação

HISTÓRIA NATURAL E PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE

INFORMAÇÃO EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO DIREITOS HUMANOS Avaliação Programa Individualizado

I N T E R A Ç Õ E S

Programas com objetivos

específicos

Re-inserção

1.2 Homeostase e Saúde

Homeostase

Homeo = similar stasis = condição

Capacidade de manter a estabilidade do

meio interno dentro de um padrão de

variação que permita seu ótimo

funcionamento

Walter B Cannon,1929

Constância Dinâmica

Homeostase

Variáveis Rígidas:

Temperatura – pH

Íons (K+/Ca+/Na+) e Fluídos

PO2/PCO

2

Variáveis Flexíveis:

Glicemia – FC/PA – Metabolismo energético

Fatores Estressores

Jejum

Atividade Física

Frio

Calor

Altitude

Fatores Psicológicos

Pressões do

Ambiente Externo

HOMEOSTASE

Sistema de

Controle Biológico

Ajuste do Meio Interno

Centro de Integração

Estímulo

Efetor Receptor

O estímulo

excita o

receptor

(1)

+

(2) O receptor

avisa o centro

de integração

sobre o distúrbio +

(3) Sinaliza ao efetor

para corrigir o

distúrbio +

(4) O efetor corrige o distúrbio

e remove o estímulo

Feed-back (-)

(Powers & Howley 2000)

Centro de Integração

Refeição

Insulina Quimioceptor

Hiperglicemia

ativa o

quimioceptor

(1) +

(2) SN aferente

avisa o CI

sobre o distúrbio

+ (3)

O SN parassimpático

estimula o pâncreas +

(4) Facilita a captação de

glicose, atenuando a

hiperglicemia

Feed-back (-)

(Saldanha, 2006)

Centro de Integração

Frio

T3 Termoceptor

Frio

ativa o

receptor

(1)

+

(2) SN aferente

avisa o CI

sobre o distúrbio

+ (3) O eixo hipotálamo-hipófise

estimula o Tireóide

+

(4) Aumenta o metabolismo e a

produção de calor

Feed-back (-)

(Saldanha, 2006)

Centro de Integração

Exercício

Suor Termoceptor

O aumento da

temperatura

ativa o

receptor

(1)

+

(2) SN aferente

avisa o CI

sobre o distúrbio +

(3) O SN Simpático

estimula o Glad.

Sudorípara +

(4) Promove perda de calor,

atenuando o aumento da

temperatura

Feed-back (-)

(Saldanha 2006)

1.3 Exercício e Homeostase

Esporte é saúde !

Fadiga

Incapacidade de manter a Homeostase

Formação de Lactato

Hipoglicemia

Elevação da temperatura

Alteração do K+ extracelular

O exercício intenso é uma maneira formidável de desafiar a

capacidade do corpo de manter seu ambiente interno dentro de

um padrão de variação que permita seu ótimo funcionamento

Maughan & Nadell, 2000

Homeostase

Exercício – “Estresse”

Energia - ATP

- Temperatura – pH

– Íons e Fluídos

- PCO2 / PO2

- Glicemia – FC/PA

ATHENS 2004

36 km

The wall…

1.4 Resposta ao estresse

“ Um coração feliz faz bem como um medicamento. Mas, um espírito

arruinado, seca os ossos.’’

Provérbios 17:22

Estresse x Adaptação

Hans Seyle (1936)

Síndrome da Adaptação Geral

Estresse: estímulo não específico que perturba a homeostase, gerando uma

resposta.

Síndrome da Adaptação Geral

Modelo experimental: Animais (ratos)

Refrigerador – 48 horas - Estresse

Manifestações típicas: Tríade

1. Hipertrofia da Adrenal

(menor conteúdo de gordura)

2. Redução do Timo e Baço

3. Úlceras estomacais

Síndrome da Adaptação Geral Hans Seyle (1936)

Fases:

- Alarme: o corpo reconhece e reage ao estresse !

- Resistência: o corpo se adapta – resposta !

- Exaustão: o corpo entra em exaustão, perdendo a capacidade de resposta. Os sistemas de defesa são suprimidos !

Resposta do Organismo ao Estresse A resposta ao estresse afeta todo o organismo por meio das vias: Endócrina e Nervosa

Estressor Hipotálamo

Via Endócrina Via do Sistema Nervoso

SN autônomo

Hipófise

(+) FC-PA

Dilatação da pupila Interrupção da digestão (+) Transpiração local (+) Fluxo de sangue

para os músculos

Liberação de ACTH

Glândulas Adrenais

Liberação de adrenalina (+) FC

(+) Lipólise (+) Bronco-dilatação

(+) Força de Contração

Liberação de cortisol

(+) Proteólise (+) Gliconeogênese

(+) Lipólise

Atenuação da resposta imune e da inflamação

Baço

Nieman, 1999

Estresse

Sistema

Endócrino Sistema Nervoso

Hipófise

Simpático

Glândulas Adrenais

Adrenalina

Cortisol Baço Sistema

imunológico

Horm Metab Res 37: 577-584, 2005

Inatividade

Saúde

Aids

Diabetes Hiper-

tensão

Obesida-

de

Câncer

DCV

Osteo-

porose

AVC

Estresse

Elevado

imune

Dieta rica

em

gordura

Sexo não

seguro

Abuso de

álcool e

droga

Tabagismo

endócrino nervoso

SISTEMAS

DOENÇA

Meio externo

Nieman, 1999

Morte

Meio interno

1.5 MODELO TEÓRICO mecanismo de ação

Exercício Caixa

Preta

Habilidade

motora

Capacidade

Física

PERFORMANCE e SAÚDE

1.5 MODELO TEÓRICO Supercompensação

Estresse

Jejum Privação de sono

Frio Calor

Altitude Atividade Física

Pressões do

Ambiente Externo

Desequilíbrio do meio interno

Adaptações Resposta

Disfunção

Interna

Mudança

externas

Alterações resultam

na perda da

Homeostase

Respostas de

compensação

Falha da compensação Sucesso na compensação

Enfermidade ou doença Saúde

Organismo em Homeostase

Estresse

Recuperação

Supercompensação

Supercompensação

Mecanismo de adaptação geral

Viru & Viru (2000)

Síntese Proteica Adaptativa

Estresse

S N C

Reações

homeostáticas

específicas

Adaptação

Geral

Mobilização

das reservas

plásticas

Mobilização

das defesas

corporais

Mobilização

das reservas

energéticas

Alterações morfo-funcionais

com base na síntese protéica adaptativa

Viru (1991)

Treino

Síntese Protéica Adaptativa

Supercompensação

Exercício realizado Intensidade Volume

Indutores METABÓLICOS

determinando

o tipo de proteína

a ser sintetizado

Ativação do sistema endócrino

Indutores HORMONAIS ampliando a síntese protéica

Proteínas estruturais Enzimas

Renovação intensificada e das

estruturas celulares ativas Número aumentado de moléculas

Viru e Viru (2000)

J Appl Physiol 2002; 93: 3–30

J Appl Physiol 2002; 93: 3–30

Homeostase é a condição ideal para promoção da saúde ?

Atividade Física x Longevidade

70 bpm – 100.800 b/dia – 36.792.000 b/ano

70 anos - 2.575.440.000

Exercício - Estresse

35 anos -1.287.720.000

Treinamento Aeróbio – Bradicardia

60 bpm – 86.400 b/dia – 31.536.000b/ano

Economia

36.792.000 - 31.536.000 = 5.256.000b/ano

5-6 anos

Homeostase é a condição ideal para promoção da saúde ?

Repouso

Sedentarismo

Doenças Crônico Degenerativas

Solução ???