Post on 07-Dec-2018
Conteúdo
Assistência Pré-Natal
Atendimento Nutricional no Pré-natal
Avaliação do Estado Nutricional
Recomendações Nutricionais para Gestante
Assistência Pré-Natal
• É a avaliação sistemática da gestante, desde a concepção até o ano após o parto.
• São todas as medidas dispensadas às gestantes, visando manter a integridade física do concepto sem afetar as condições físicas e psíquicas da mãe;
• A assistência à gestante deve haver a participação de profissionais das mais diversas áreas relacionadas à saúde: médico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social e outros.
Assistência Pré-Natal: Importância
• A assistência pré-natal controla todas as alterações da normalidade, procurando corrigi-las antes que possam prejudicar a gestante ou o feto. Contribui para reduzir as taxas de mortalidade materna e infantil.
Assistência Pré-Natal: Objetivos
• Orientar sobre hábitos de vida: higiene e alimentação
• Tratar pequenos distúrbios habituais
• Fazer profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças próprias da gestação ou dela intercorrentes
• Orientar sobre condutas que poderão prejudicar o feto
Assistência Pré-Natal: Objetivos
• Orientar psicologicamente a gestante
• Incentivo ao aleitamento materno
• Identificação precoce de inadequações nutricionais é de extrema importância para adequada intervenção e consequente redução da morbimortalidade perinatal
Assistência Pré-Natal: Características
• O atendimento engloba: – Exame físico
– Anamneses
– Estimativas da idade gestacional
– Data provável do parto (DPP)
– Avaliação de exames e riscos
– Acompanhamento do crescimento fetal
– Avaliação do estado nutricional
Assistência Pré-Natal: Número de Consultas
• Mínimo de 6 consultas pré-natal (médicas e/ou enfermagem) – gestação de baixo risco;
• Intervalo entre consultas: – para gestante sem fator de risco: ideal 4 semanas, mínimo 1 vez a
cada dois meses.
• até 28ª semana: mensalmente
• 28ª até a 36ª semana: quinzenalmente
• 36ª até a 41ª semana: semanalmente
– Gestação de risco: as consultas devem ser agendadas com intervalos menores, de acordo com a patologia observada – gestação de alto risco;
Assistência Pré-Natal: baixo risco
• Para a gestante que não apresenta riscos que possam ameaçar sua vida e a do bebê, ou comprometer a vida de ambos;
• 90% das gestações começam, evoluem e terminam sem complicações.
Assistência Pré-Natal: alto risco
• Gestantes que apresentam condições que ameaçam a sua saúde e a do feto ou distúrbios que interferem com o desenvolvimento fetal normal, o nascimento do bebê ou a transição para a maternidade
• Condições de alto risco:
– Problemas médicos: diabetes, anemias, DHG, obesidade e desnutrição
– Fatores sócio-econômicos: pobreza, violência doméstica, uso de drogas
– Questões relacionadas com a idade: adolescência ou idade avançada
Assistência Pré-Natal: Diagnóstico, idade gestacional e DPP
• Podem ser realizados exames laboratoriais, clínicos e ultra-sonográficos.
– Hormonal: Hcg • Após 8 a 9 dias de fertilização: 25mUI/mL
• Após 60 dias: 100.000 mUI/mL
– Clínico: • Amenorréia; naúseas, micção frequente, aumento do volume
uterino, auscultação de batimentos cardíacos
– Ultrasonográfico: • Atividade cardíaca e visualização do saco gestacional antes de
cinco semanas
Assistência Pré-Natal: Diagnóstico, idade gestacional e DPP
• Idade Gestacional (IG): – Expressa em semanas ou dias e é calculada a partir do primeiro dia da
data da última menstruação (DUM)
– Formas de cálculo:
• Quando se conhece exatamente a DUM e a mulher tem ciclo menstrual regular:
– Conhecendo a DUM e com o auxílio de um calendário, contar os dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por 7 (para ter o valor em semanas).
– Exemplo:
» DUM 17 de janeiro data da consulta: 17 de fevereiro intervalo de
31 dias 31/7 = 4 semanas (sobram 3 dias) .
Então a idade gestacional da gestante é de 4 semanas e 3 dias.
Assistência Pré-Natal: Diagnóstico, idade gestacional e DPP
• Idade Gestacional (IG): – Formas de cálculo:
• Quando não se conhece exatamente a DUM, mas sabe-se o período do mês em que ela ocorreu:
– Se o período da última menstruação foi
» Início do mês considere a DUM no dia 5
» Meio do mês considere a DUM no dia 15
» Fim do mês considere a DUM no dia 25
– Proceda, então, ao mesmo cálculo: com a DUM aproximada e com o auxílio de um calendário, contar os dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por 7 (para ter o valor em semanas).
– Exemplo: » DUM 25 de janeiro data da consulta: 17 de fevereiro intervalo de
23 dias 23/7 = 3 semanas (sobram 2 dias) .
Então a idade gestacional da gestante é de 3 semanas e 2 dias.
Quando não for possível determinar clinicamente a idade gestacional, peça ao médico responsável que solicite o mais precocemente possível a ultrassonografia obstétrica.
Assistência Pré-Natal: Diagnóstico, idade gestacional e DPP
• Data mais provável do parto (DPP):
– Quando se conhece exatamente a DUM e o ciclo menstrual da mulher é regular: • Expressa em semanas ou dias e é calculada a partir do primeiro dia
da data da última menstruação (DUM)
• O Ministério da Saúde recomenda alguns métodos para cálculo da DPP:
– Conhecendo a DUM, contar as semanas que se passaram até a consulta, partindo do primeiro dia da DUM; a DPP será no final da 40ª semana gestacional
– Exemplo:
» DUM 18 de agosto contar no calendário 40 semanas DPP = 25 de maio
Assistência Pré-Natal: Diagnóstico, idade gestacional e DPP
• Data mais provável do parto (DPP):
– Quando se conhece exatamente a DUM: • O Ministério da Saúde recomenda alguns métodos para cálculo da
idade gestacional e da DPP:
– Regra de Naegelle:
» 1- Somar 7 dias ao primeiro dia da última menstruação.
» 2- Somar 9 meses, ou subtrair 3, ao mês da última menstruação
» Exemplo:
DUM= 18 de agosto
Dia: 18 + 7 = 25
Mês: 08 (agosto) + 9 (meses) = maio ou
Mês: 08 (Agosto) – 3 (meses) = maio
Então a DPP é 25 de maio.
Assistência Pré-Natal: Diagnóstico, idade gestacional e DPP
• Data mais provável do parto (DPP):
– Quando se conhece exatamente a DUM:
Assistência Pré-Natal: Diagnóstico, idade gestacional e DPP
• Data mais provável do parto (DPP):
– Quando não se conhece a DUM: • Quando a mulher não sabe exatamente a DUM, mas sabe o
período aproximado:
• Cálculo informa um estimativa da DPP: – Para cálculo do dia utiliza-se sempre 7 somado ao número de dias da
aproximação, conforme o período provavél da última menstruação:
» Início do mês: + 5 dias
» Meio do mês: + 15 dias
» Final do mês: + 25 dias
Exemplo: DUM = início do mês de setembro
Dia = 7 dias + 5 = 12
Mês: 9 (setembro) + 9 (meses) = junho ou 9 setembro
– 3 meses = junho
Então a DPP é aproximadamente 12 de junho
Assistência Pré-Natal: Plano de Consulta Nutricional
• Deve acompanhar o número mínimo de consultas médicas e/ou de enfermagem preconizadas pelo MS; – 6ª e 12ª semana ( 1º trimestre )
– 18ª e 24ª semana ( 2º trimestre )
– 30ª e 36ª semana ( 3º trimestre )
Assistência Pré-Natal: Ações do Nutricionista
• Avaliar o estado nutricional da gestante que inclui: – Dados históricos
– Dados bioquímicos
– Dados antropométricos
– Dados de observação clínica
• Realizar o diagnóstico nutricional;
• Assumir uma conduta nutricional adequada ao caso;
• Passar orientações nutricionais condizentes a fase gestacional e as necessidades da gestante;
• Realizar educação nutricional.
Assistência Pré-Natal: Ações do Nutricionista
• Dados pessoais (idade materna, atividade profissional)
• Idade gestacional
• Tabagismo, elitismo, escolaridade, condições sócio-econômica e outros fatores de risco
• Prática de atividade física
• Anamnese alimentar detalhada:
• Pressão arterial
Assistência Pré-Natal: Ações do Nutricionista
• Presença de edemas nos membros, uso de medicamentos, histórico obstétrico pregresso (ocorrência de aborto ou natimorto, ganho de peso anterior, intervalo interpartal, RCIU, pré-termo, síndrome hipertensiva e intercorrências clínicas.
• Funcionamento do TGI
• Esclarecimento sobre aleitamento materno
• Avaliação do estado nutricional
Assistência Pré-Natal: Estruturação da Consulta
• Histórico da gestante: – Dados de identificação;
– História sócio-econômica e cultural;
– História médica pregressa e atual;
– História familiar de doenças;
– História obstétrica.
• Gestação atual – Identificação da idade gestacional (cálculo)
Assistência Pré-Natal: Estruturação da Consulta
• Exames laboratoriais: – Hemoglobina
– Glicemia
– Urina Tipo I
– HIV
– Exame parasitológico de fezes
• Avaliação clínica: – Inspeção física
– Avaliação da pressão arterial
– Verificação da presença de edema
Assistência Pré-Natal: Estruturação da Consulta
• Antropometria: – Avaliação do ganho de peso
• Anamnese nutricional: – Anormalidade digestiva
– Queixas
– Apetite
– Atividade física
– Uso de laxantes
– Ingestão hídrica
– Tabagismo e/ou etilismo
– Alergia e/ou intolerância alimentar
– Desejos
Assistência Pré-Natal: Estruturação da Consulta
• Anamnese nutricional: – Uso de chás
– Suplementos alimentares
– Medicamentos
– Quem cozinha
– Quantas pessoas fazem refeições em casa
– Quem faz as compras, com que frequência
– Dietas da moda
– Onde faz as refeições
– Problemas relacionados com o peso
Assistência Pré-Natal: Estruturação da Consulta
• Inquéritos alimentares: – Recordatório 24h
– Frequência alimentar
• Recomendações nutricionais: – Necessidade Energética e de macro e micronutrientes
• Orientações nutricionais: – Orientações gerais
– Orientações individualizadas
• Plano alimentar: – Cardápio adequado às necessidades e personalizado
– Lista de substituições
Assistência Pré-Natal: Avaliação Dietética
• Objetivos:
– identificação de erros alimentares importantes e que podem comprometer o ganho de peso
– Garantir ótimo peso da criança ao nascer e a nutrição adequada da mulher
– Diminuir a morbimortalidade materna e fetal
– Analisar e antecipar possíveis intercorrências possibilitando intervenções direcionadas e precoces.
Assistência Pré-Natal: Avaliação Dietética
• Podem ser utilizados:
– Questionário de frequência alimentar
– Recordatório de 24h
– Registro alimentar • Em todas essas avaliações é importante verificar:
– Número e volume das refeições durante o dia
– Composição das refeições (dieta equilibrada)
– Uso abusivo de alimentos calóricos ou industrializados: doces, refrigerantes, biscoitos, alimentos industrializados pronto para consumo, etc
– Uso de edulcorantes artificiais e alimentos diet ou light
– Consumo de alimentos ricos em fatores anti-nutricionais
– Consumo de álcool
– Preferências e aversões alimentares
– Alergias
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Objetivos: – Identificar gestantes com desvio ponderal (déficit nutricional ou
sobrepeso) no início da gestação
– Detectar gestantes com ganho menor ou excessivo para a idade gestacional
– Subsidiar intervenções adequadas: melhorar estado nutricional materno e do recém nascido e as condições do parto.
Altura da gestante, peso pré-gestacional (PPG) e ganho de peso adequado durante a gestação tem correlação positiva com peso
adequado da criança ao nascer
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Estatura:
– Deve ser avaliada no início da gravidez (no máximo até a 20ª semana) • Exceção: Gestante adolescente deve ter seu
peso aferido a cada consulta
– Superfície plana e horizontal, pés paralelos e de costas para a balança
Postura alterada
Lordose fisiológica
Alteração da estatura
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Peso: – Pré-gestacional (PPG)
• Permite nortear qual a necessidade de GP durante a gestação
• Fator preditivo do crescimento fetal
• PPG < 45 kg ou > 75 kg – Peso ao nascer: maior chance de RNBP ou macrossomia
– Partos prematuros
– Mormortalidade materna perinatal
• Obtenção do PPG: – Relatado pela mãe (peso aferido até 2 meses antes da concepção)
– Registro médico (até dois meses antes da concepção)
– Aferição logo após a concepção (ideal)
– Aferição durante o primeiro trimestre (sujeito a erros)
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Peso: – Peso habitual
• Relatado pela mãe
– Atual:
• aferido a cada consulta
• Permite acompanhamento do GP
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Classificação do estado nutricional da gestante:
– Antes da gestação: • Utilizado para cálculo do ganho de peso durante a gestação
– Durante a gestação: • Curva de IMC de acordo com a idade gestacional
– Encontrado na Caderneta da Gestante
• Curva de Rosso
• Em teste pelo MS:
– Quando se conhece o PPG
– Quando não se conhece o PPG
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Classificação do estado nutricional da gestante:
– Antes da gestação: • Utilizado para cálculo do ganho de peso durante a gestação
– Durante a gestação: • Curva de IMC de acordo com a idade gestacional
– Encontrado na Caderneta da Gestante
• Curva de Rosso
• Em teste pelo MS:
– Quando se conhece o PPG
– Quando não se conhece o PPG
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Classificação do estado nutricional da gestante utilizando o peso pré gestacional (PPG):
– Calcular o índice de massa corporal (IMC) e classificar:
Faixa de IMC (kg/m²)
Classificação do Estado Nutricional
< 19,8 Baixo Peso
19,8 a 26,0 Eutrofia
26,0 a 29,0 Sobrepeso
> 29,0 Obesidade
*IOM (1990). Adotada pelo MS
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Classificação do estado nutricional da gestante utilizando o peso pré gestacional (PPG):
– Nova proposta de classificação do estado nutricional incial da gestante pelo IOM.
– Ainda não foi adotada pelo MS.
Faixa de IMC (kg/m²)
Classificação do Estado Nutricional
< 18,5 Baixo Peso
19,5 a 24,9 Eutrofia
25,0 a 29,9 Sobrepeso
> 30,0 Obesidade
*IOM (2009).
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Classificação do estado nutricional da gestante:
– Antes da gestação: • Utilizado para cálculo do ganho de peso durante a gestação
– Durante a gestação: • Curva de IMC de acordo com a idade gestacional
– Encontrado na Caderneta da Gestante
– Calcular IMC e idade gestacional (IG)
– Olhar na tabela e classificar
• Curva de Rosso
• Em teste pelo MS:
– Quando se conhece o PPG
– Quando não se conhece o PPG
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva de IMC de acordo com a IG: 1) Calcular o IMC:
2) Calcular a IG em semanas:
a) conforme explicado em slide anterior
b) arredondamento:
- 1 a 3 dias: considerar somente o número de semanas completas.
- 4 a 6 dias: considerar a semana seguinte.
Exemplo: gestante com IG de 8 semanas e 2 dias IG = 8 semanas
gestante com IG de 8 semanas e 5 dias IG = 9 semanas
3) Localize, na primeira coluna da tabela a seguir a semana gestacional calculada e identifique, nas colunas seguintes, em que faixa está situado o IMC da gestante:
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva de IMC de acordo com a IG: 1) Classificação do estado nutricional:
- Baixo Peso: quando o valor do IMC for igual ou menor do que os valores apresentados na coluna correspondente a baixo peso;
- Adequado: quando o IMC observado estiver compreendido na faixa de valores apresentada na coluna correspondente a adequado;
- Sobrepeso: quando o IMC observado estiver compreendido na faixa de valores apresentada na coluna correspondente a sobrepeso;
- Obesidade: quando o valor do IMC for igual ou maior do que os valores apresentados na coluna correspondente a obesidade.
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
Atenção:
A classificação do IMC por idade gestacional deve ser utilizada com cautela para gestantes adolescentes:
– Adolescente: fase de crescimento e desenvolvimento biológico.
– A interpretação deve ser flexível e considerar a especificidade deste grupo. • Adolescente com gestação 2 anos após menarca (> 15 anos): a
interpretação geralmente é equivalente a das mulheres adultas
• Adolescente com gestação de menos de 2 anos após a menarca (< 15 anos): provavelmente serão ser classificadas como baixo peso, porém deve-se dar mais importância a ascendência do traçado no gráfico.
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Classificação do estado nutricional da gestante:
– Antes da gestação: • Utilizado para cálculo do ganho de peso durante a gestação
– Durante a gestação: • Curva de IMC de acordo com a idade gestacional
– Encontrado na Caderneta da Gestante
– Calcular IMC e idade gestacional (IG)
– Olhar na tabela e classificar
• Curva de Rosso-Mardones
• Em teste pelo MS:
– Quando se conhece o PPG
– Quando não se conhece o PPG
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva de Rosso-Mardones: – Utiliza a % do peso em relação a altura, avaliando a adequação dessas
medidas antropométricas.
– Durante muitos anos foi utilizada pelo MS como método de avaliação nutricional da gestante.
– Procedimento para avaliação:
• Utilizando o nomograma, traçar uma reta para obtenção do percentual peso/altura utilizando os valores de peso atual (kg) e estatura (cm) da gestante .
• Calcular a IG
• Para classificação do estado nutricional , o valor obtido no nomograma (% P/A) deverá ser utilizado numa nova curva, junto com a IG. A zona do gráfico em que as linhas do percentual P/A se cruzam com a IG representa o diagnóstico nutricional.
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva de Rosso-Mardones:
Cálculo para adequação peso/altura:
% = (peso ideal/ altura) x 100
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva de Rosso-Mardones:
Baixo Peso
Adequado
Sobrepeso
1- Marcar o ponto correspondente ao % encontrado (eixo Y) e a idade gestacional (eixo X) 2- Nas próximas consultas marcar os pontos obtidos, e avaliar a inclinação da reta correspondente ao ganho de peso
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva de Rosso-Mardones:
*altura < 140 cm: diminuir 0,5 kg para cada cm a menos
altura > 175 cm: somar 0,5 kg para cada cm a mais
** Gestantes adolescentes: considerar déficit de peso inicial e acrescentar 1 kg para o crescimento.
Vantagens
• Simplicidade no uso
• Dispensa conhecimento do PPG
• Permite monitorar o progresso de GP nas visitas subsequentes
Limitações
• Não considera o estado nutricional prévio
• Superestima gestantes com baixo peso
• Não considera variabilidade biológica das estruturas ósseas
• Não é adequado para:
• Gestantes com estaturas extremas *
• Gestantes obesas
• Gestantes adolescentes**
• Não foi validado no Brasil
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Classificação do estado nutricional da gestante:
– Antes da gestação: • Utilizado para cálculo do ganho de peso durante a gestação
– Durante a gestação: • Curva de IMC de acordo com a idade gestacional
• Curva de Rosso-Mardones
• Adotada pelo MS (2000):
– Quando se conhece o PPG:
» curva de GP de acordo com a IG
– Quando não se conhece o PPG:
» tabela de adequação do peso para altura de acordo com a IG
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva Percentilar do GP conforme a IG:
– Procedimentos: • Medir a estatura da gestante na primeira consulta e aferir o peso a
cada consulta.
• Calcular a diferença entre o peso do dia da consulta e o PPG ou o do primeiro trimestre, marcando na curva o valor encontrado, conforme a IG.
• Este procedimento deve ser feito a cada consulta, monitorando assim o GP de cada paciente.
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva Percentilar do GP conforme a IG:
– Interpretação da curva:
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva Percentilar do GP conforme a IG:
– Interpretação da curva:
Assistência Pré-Natal: Avaliação Antropométrica
• Curva Percentilar do GP conforme a IG:
– Interpretação da curva:
Assistência Pré-Natal: Cálculo do Ganho de Peso
• Ganho de peso materno por trimestre:
– 1º trimestre: o GP não é significativo • Manutenção do peso
• Ganho de até 2 kg
• Perda de até 3 kg
– 2º e 3º trimestres: GP acelerado
– A média de GP de uma gestante eutrófica durante toda a gravidez é de 20% do seu PPG (geralmente 12 kg).
– Para gestante adolescente: programa-se ganho de 1 kg de peso além do que o recomendado para as gestantes adultas.
Atenção: Ganho súbito de peso com presença de edemas e mesma ingestão energética deve ser investigado distúrbios hipertensivos da gravidez (eclampsia e pré-eclampsia).
Assistência Pré-Natal: Cálculo do Ganho de Peso
• Recomendação para o ganho de peso (GP) de acordo com o estado nutricional inicial (adotado pelo MS):
Estado Nutricional incial (IMC)
GP (kg) Total no 1º trimestre
(até a 14ª semana)
GP (kg) semanal médio no 2º e 3º trimestre
(após a 14ª semana)
Ganho de peso total na gestação (kg)
Baixo Peso IMC < 19,8 kg/m²
2,3 0,5 (0,44 a 0,58) 12,5 a 18
Eutrófica IMC 19,8 a 26,0 kg/m²
1,6 0,4 (0,35 a 0,50) 11,5 a 16
Sobrepeso IMC 26,0 a 29,0 kg/m²
0,9 0,3 (0,23 a 0,33) 7,0 a 11,5
Obesidade IMC > 29 kg/m²
- 0,2 (0,17 a 0,27) 5,0 a 9,0
Assistência Pré-Natal: Cálculo do Ganho de Peso
• Recomendação para o ganho de peso (GP) de acordo com o estado nutricional inicial (IOM/2010):
Estado Nutricional (IMC)
GP (kg) Total no 1º trimestre
(até a 14ª semana)
GP (kg) semanal médio no 2º e 3º trimestre
(após a 14ª semana)
Ganho de peso total na gestação (kg)
Baixo Peso IMC < 18,5 kg/m²
2,3 0,5 (0,44 a 0,58) 12,5 a 18
Eutrófica IMC 18,5 a 24,9 kg/m²
1,6 0,4 (0,35 a 0,50) 11,5 a 16
Sobrepeso IMC 25,0 a 29,9 kg/m²
0,9 0,3 (0,23 a 0,33) 7,0 a 11,5
Obesidade IMC > 30 kg/m²
- 0,2 (0,17 a 0,27) 5,0 a 9,0
Assistência Pré-Natal: Cálculo do Ganho de Peso
• Recomendação para o ganho de peso (GP) para gestantes gemelares de acordo com Luke (1997)
Estado Nutricional (IMC pré- gestacional)
Ganho de peso (kg) semanal Ganho de Peso (kg) Total 0-20 semanas 20-28 semanas 28 semanas
Baixo Peso IMC < 18,5 kg/m²
0,560 a 0,790 0,680 a 0,790 0,560 22,5 a 27,9
Eutrófica IMC 18,5 a 24,9 kg/m²
0,450 a 0,680 0,560 a 0,790 0,450 18 a 24,3
Sobrepeso IMC 25,0 a 29,9 kg/m²
0,450 a 0,560 0,450 a 0,680 0,450 17,1 a 21,2
Obesidade IMC > 30 kg/m²
0,340 a 0,450 0,340 a 0,560 0,340 13 a 17,1
Assistência Pré-Natal: Cálculo do Ganho de Peso
Considerações importantes sobre o GP na gestação:
Gestante Adolescente
Para gestante adolescente: programa-se ganho de 1 kg de peso além do que o recomendado para as gestantes adultas
Ganho de peso > 0,5 kg/semana ou > 3 kg/mês
Ganho súbito de peso com presença de edemas e mesma ingestão energética deve ser investigado distúrbios hipertensivos da gravidez (eclampsia e pré-eclampsia).
Estatura das gestantes
Gestantes com estatura <1, 47 programar GP total nos valores mínimos.
Assistência Pré-Natal: Cálculo do Ganho de Peso
Considerações importantes sobre o GP na gestação:
Gestantes que já atingiram o GP total para gestação no 2º trimestre
Programar o GP mínimo:
- gestantes com sobrepeso ou obesidade:0,5 kg /mês
- gestantes eutróficas ou baixo peso:1 kg/mês
Assistência Pré-Natal: Cálculo do Ganho de Peso
• Componentes do ganho de peso materno:
Região/ órgão % de ganho de peso
materno
Feto 28
Membranas fetais e líquido amniótico 22
Depósito de gordura 9
Aumento de mamas 14
Edema e volume sanguíneos aumentados 27
Assistência Pré-Natal: Cálculo do Ganho de Peso
• Composição do ganho de peso materno para uma gestante com GP de 12 kg:
1º trimestre (g/ dia)
2º trimestre (g/ dia)
3º trimestre (g/ dia)
Depósito total (g/ 280 dias)
Ganho de Peso 17 60 54 12.000
Depósito de proteínas 0 1,3 5,1 597
Depósito de gordura 5,2 18,9 16,9 3.741
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais
• Aumento do metabolismo basal: – Crescimento e desenvolvimento do feto e placenta
– Ajustes fisiológicos na gestação
– Atividade física materna
– Reserva adicional de gordura para a lactação
Necessidades aumentadas de energia, macro e micronutrientes
Assistência Pré-Natal: Necessidades Energéticas
• Energia:
– FAO/OMS (1996): NET = TMB X FA + adicional da gestação
- A TMB (taxa metabólica basal) pode ser calculada pelas equações:
- 10 a 18 anos: 12,2 x peso (kg) + 746
- 18 a 30 anos: 14,7 x peso (kg) + 496
- 30 a 60 anos: 8,7 x peso (kg) + 829
PESO: gestantes com estado nutricional normal: usar PPG
gestantes obesas: usar PPG
gestantes baixo peso: usar peso ajustado
- O FA (fator atividade física):
- Leve: 1,56
- Moderada:1,64
- Intensa:1,82
Assistência Pré-Natal: Necessidades Energéticas
• Energia:
– FAO/OMS (1996): NET = TMB X FA + adicional da gestação
- Adicional da gestação:
- Outra opção: A OMS adotou o adicional de 80.000 kcal por gestação (~ 12,5 kg de ganho de peso). Assim pode-se calcular a quantidade de calorias adicionais necessárias de acordo com a meta para ganho de peso da gestante:
- 12, 5 kg – 80.000 kcal x= 64.000 kcal : 280 dias = 228,6 kcal/dia
10 kg - x
1º trimestre 2º e 3º trimestres
Gestante sedentária + 200 kcal + 300 kcal
Gestante ativa + 285 kcal + 300 kcal
Assistência Pré-Natal: Necessidades Energéticas
• Energia:
– MS (2000) propõe utilizar como referência para a necessidade energética da gestação a ingestão energética habitual da gestante adicionada de : • Gestantes com PPG normal: 300 kcal a partir do 2º trimestre
• Gestantes baixo peso: 300 kcal a partir do diagnóstico da gravidez
• Gestantes obesas: não estimular ganho de peso acima de 8 kg.
Vale ressaltar que a restrição energético-proteica durante a gestação para mulheres com sobrepeso, obesidade ou que estão com elevado ganho de peso gestacional pode comprometer o desenvolvimento do
concepto
Assistência Pré-Natal: Necessidades Energéticas
• Energia:
– MS (2000) propõe utilizar como referência para a necessidade energética da gestação a ingestão energética habitual da gestante adicionada de : • Gestantes com PPG normal: 300 kcal a partir do 2º trimestre
• Gestantes baixo peso: 300 kcal a partir do diagnóstico da gravidez
• Gestantes obesas: não estimular ganho de peso acima de 8 kg.
Assistência Pré-Natal: Necessidades Energéticas
• Energia:
– IOM (2002): Calcular energia conforme equação da EER e adicionar: • 1º trimestre: nada
• 2º trimestre: 340 kcal/ dia
• 3º trimestre: 452 kcal/dia
Assistência Pré-Natal: Necessidades Energéticas
• Energia:
– IOM (2002): Calcular energia conforme equação da EER e adicionar:
Gestante (14 a 18 anos): EER + Adicional para gestante
EER Adolescente :
135,3 – [30,8 x idade (anos)] + AF x {[10 x peso (kg)] + [934 x altura (cm)]} + 25
1º trimestre: EER adolescente + 0
2º ou 3º trimestres: EER adolescente + (8 kcal x IG em semanas) + 180 kcal
Gestante (19 a 50 anos): EER + adicional para gestante
EER mulheres:
354 – [6,91 x idade (anos)] + AF x {[9,36 x peso (kg)] + [926 x altura (cm)]}
1º trimestre: EER + 0
2º ou 3º trimestres: EER + (8 kcal x IG em semanas) + 180 kcal
Assistência Pré-Natal: Necessidades Energéticas
• Energia: – IOM (2002): Fator atividade física (AF)
– Atividades correspondentes ao nível de AF:
Fator Atividade Física Sedentário Pouco ativo Ativo Muito ativo
Adolescentes (10 a 18 anos) 1,0 1,16 1,31 1,56
Mulheres (19 a 50 anos) 1,0 1,12 1,27 1,45
Fator atividade física Modalidade de exercício
Sedentário Trabalhos domésticos de esforço leve a moderado, caminhadas, trabalhar sentado.
Pouco ativo Caminhadas acima de (7 km/h) além das mesmas atividades do nível sedentário
Ativo Ginástica aeróbia, corrida, natação esportes de quadra, além das atividades do nível sedentário.
Muito ativo Ciclismo, corrida, pular corda em intensidade moderada-alta, além das atividades do nível sedentário.
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Carboidratos
• Carboidratos
– Principal função: prover energia para as células, principalmente o cérebro que é o único orgão glicose-dependente.
– A meta de ingestão de carboidratos para gestante visa garantir suprimento de glicose necessário para os cérebros fetal e materno
– Necessidade diária de acordo com IOM (2002): • RDA 175 g/dia
• EAR 135 g/dia
• AMDR (Faixa de distribuição de macronutrientes): 45 a 65%, sendo que a taxa de ingestão de açúcares simples não deve ultrapassar 10%.
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Proteínas
• Proteínas
– Função estrutural
– Necessidade aumentada para formação de tecidos materno e fetal
– Para a oferta de proteína, deve-se considerar: • Valor biológico
• Digestibilidade
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Proteínas
• Proteínas
Idade Ptn de referência FAO/OMS (1995)
Ptn de referência FNB/NCR (1989)
Ptn de referência SBAN (1989)
g/kg/dia g/dia g/kg/dia g/dia g/kg/dia g/dia
Adultos 0,75 - 0,8 - 1,0
Gestante + 6 +10 + 8
Idade (anos) EAR
(g/kg/dia) RDA
(g/kg/dia) RDA
(g/dia)
Gestantes (19 a 30 anos) 0,88 1,1 71
Gestantes (31 a 50 anos) 0,88 1,1 71
IOM/FNB (2002)
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Lipídeos
• Lipídeos
– Maior fonte de energia do organismo, necessários para absorção de vitaminas lipossolúveis e carotenóides e para síntese de hormônios.
– Durante a gestação há um aumento de 50 a 80% na oxidação de lipídeos
– Concentrações séricas de traiacilglicerois se elvam de 2 a 3 vezes
– PUFA: essenciais a formação de membranas plasmáticas, cérebro e retina
– IOM (2002): não estabelece valores de RDA, AI e UL para lipídeos, mas sugere que as dietas tenham o menor conteúdo possível de colesterol, ácidos graxos trans e gorduras saturadas, devido a correlação positiva entre ingestão desses tipos de lipídeos e o aumento do risco de DCNT.
– Faixa de ingestão diária de acordo com o IOM (2002): • AMDR (Lipídeos): 20 a 35%
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Lipídeos
• Lipídeos
– IOM (2002): não estabelece valores de RDA, AI e UL para lipídeos, mas sugere que as dietas tenham o menor conteúdo possível de colesterol, ácidos graxos trans e gorduras saturadas, devido a correlação positiva entre ingestão desses tipos de lipídeos e o aumento do risco de DCNT.
– Faixa de ingestão diária de acordo com o IOM (2002): • AMDR (Lipídeos): 20 a 35%
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Fibras
• Fibras
– Fibra dietética: carboidratos e lignina não digeríveis que estão intrínsecos e intactos nas plantas. Engloba também outros macronutrientes associados, normalmente presentes nos alimentos.
– Fibra funcional: consiste no isolamento de carboidratos não digeríveis que tenham efeitos benéficos a saúde
– Fibra total: é a soma das fibras dietéticas e funcionais.
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Fibras
• Fibras
– Recomendação da SBC (2007) para ingestão de fibra alimentar para adultos: • Fibra total: 20 a 30 g/ dia, sendo que 5 a 10g devem ser solúveis
– Valores de AI para ingestão de fibras preconizada pelo IOM (2002): • Gestantes (> 14 anos): 28 g/dia
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Fibras
• Fibras
– Podem ser solúveis ou insolúveis: • Solúveis: compostas por substâncias pécticas, gomas,
hemicelulose e betaglucanos. Atuam no metabolismo reduzindo a absorção de carboidratos e lipídeos provenientes da dieta.
• Insolúveis: Composta por celulose, lignina e pela maioria das hemiceluloses. Acelera o peristaltismo intestinal, auxiliando na prevenção de doenças do TGI, além de aumentar a saciedade promovendo a redução da ingestão calórica.
– O excesso de fibras pode interferir no metabolismo e reduzir a biodisponibilidade de minerais.
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Fibras
Valores diários de ingestão dietética de referência para macronutrientes (IOM 2002)
Nutrientes Mulheres Gestantes Lactantes
Carboidratos (g) 130 175 210
Fibras (g) 25 28 29
Proteínas (g/ dia) 0,8 1,1 1,1
Proteínas (g) 46 71 71
Gorduras totais (g) ND ND ND
AG ω 3 (g) 1,1 1.4 1,3
AG ω 6 (g) 11 (14 a 18 anos) 12 (19 a 50 anos)
1,3 1,3
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Micronutrientes:
– São essenciais em fases de grande proliferação celular
– Período reprodutivo: muitas mulheres apresentam ingestão inadequada de diversos micronutrientes, principalmente ferro, iodo, ácido fólico, vitaminas D e B12. • Defeito na formação fetal
• Baixo peso ao nascer
• Retardo no crescimento fetal
• Pré-eclampsia
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Vitamina B2 (Riboflavina):
– Está envolvida no metabolismo energético.
– Para favorecer a ingestão adequada deve-se incluir no plano alimentar alimentos fonte como: cereais, ovos, queijos, folhosos verde escuros, castanhas, avelã, feijão, lentilha, fígado.
– Deficiência pode provocar: • RNBP
• Anormalidades e morte fetal
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Vitamina B6 (Piridoxina):
– Participa do metabolismo proteico.
– Para favorecer a ingestão adequada deve-se incluir no plano alimentar alimentos fonte como: cereais integrais, batata, fígado, carne de porco, frango e leguminosas.
– Deficiência ou excesso podem provocar: • RNBP e ou RNPT
• Anormalidades e morte fetal
• Doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG)
• Diabetes mellitus gestacional (DMG)
• Convulsão
• Hiperêmese gravídica
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Vitamina B12 :
– Fundamental na conversão de homocisteína em metionina.
– Para favorecer a ingestão adequada deve-se incluir no plano alimentar alimentos de origem animal como: carnes, ovos, leite e derivados, vísceras e frutos do mar.
– Deficiência ou excesso podem provocar: • Anemia megaloblástica
• Distúrbios neurológicos
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Ácido Fólico:
– Importante principalmente no primeiro trimestre por: • Participar dos processos envolvidos na proliferação celular;
• Formação e fechamento do tubo neural formação do cérebro e medula espinhal (SNC)
– Para favorecer a ingestão adequada deve-se incluir no plano alimentar alimentos de origem animal como: carnes, ovos, leite e derivados, vísceras e frutos do mar.
– Suplementação de ácido fólico (600 μg/dia) é necessária antes da concepção e no 1º trimestre. • No Brasil o MS determinou a fortificação da farinha de trigo.
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Ácido Fólico:
– Deficiência ou excesso podem provocar: • Anemia megaloblástica (ao final da gestação)
• Aborto espontâneo, hemorragia
• Pré-eclampsia
• RCIU
• Defeitos no tubo neural:
– Espinha bífida
– Anencefalia
– Alimentos fonte são: • Fígado, lentilhas, espinafre, grão de bico, feijão branco, germe de
trigo, beterraba, aspargos,vegetais verde-escuros.
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Vitamina A:
– Durante a gestação o feto faz suas reservas, pois necessita dessa vitamina para seu crescimento e desenvolvimento
– É necessária ao crescimento tecidual materno e a síntese de hormônios esteróides.
– Alimentos fonte são: • fígado de boi, queijo, leite, abóbora, cenoura, manga, couve e agrião.
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Vitamina D:
– Relacionada ao crescimento ósseo, imunidade e atividade reprodutora
– Essencial ao equilíbrio do cálcio e fósforo
– Deficiência pode causar: • RCIU
• Hipocalcemia
• Raquitismo
– Alimentos fonte são: • Salmão, sardinha, fígado e gema de ovo.
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Ferro:
– Componente da hemoglobina e fundamental a respiração celular
– Depositado no fígado do feto (reserva)
– Essencial ao equilíbrio do cálcio e fósforo
– Suplementação de 300 mg de sulfato ferroso ou 60 mg de ferro elementar são recomendadas pelo MS.
– Deficiência pode causar: • RNPT e RCIU
• anemia
– Priorizar alimentos fonte de ferro heme como: • Carne bovina, fígado de boi e aves,
Assistência Pré-Natal: Recomendações Nutricionais: Micronutrientes
• Cálcio:
– Depositado no esqueleto fetal (cerca de 30 g), principalmente no 3º trimestre
– Importante para prevenção de DHEG suplementação de 2 g/dia
– Leite, queijo e iogurtes são excelentes fontes.
Assistência Pré-Natal: Recomendações nutricionais para gestantes gemelares
• Energia – 3.000 a 4.000 kcal/dia ou
– 36 kcal/ kg peso + 500 a 600 kcal por criança.
• Carboidratos: 40%
• Lipídeos: 40%
• Proteínas: – 20% ou
– 1g/kg + 16 g dia (1º trimestre) e 1g/kg + 12g/dia a partir do 2º trimestre.
– De acordo com IOM (2002), suplementar os micronutrientes a partir da 12ª semana de gestação:
• Zinco (15 mg); cobre (2 mg); cálcio (250 mg); vitamina B6 (2 mg); ácido fólico (300 μg); vitamina C ( 50 mg); vitamina D (5 μg); ferro (30 mg)