Post on 11-Jul-2015
Segurança do Trabalho
Cyva Lima
2010Natal-RN
Ergonomia
Curso Técnico Nível Médio Subsequente
Aula 02Aplicações da Ergonomia no Mundo do Trabalho
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Rio Grande do Norte.
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
Equipe de ElaboraçãoIF-RN
Coordenação InstitucionalCOTED
Projeto GráficoEduardo Meneses e Fábio Brumana
DiagramaçãoVictor Almeida Schinaider
Ficha catalográfica
Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.
Amigo(a) estudante!
O Ministério da Educação vem desenvolvendo Políticas e Programas
para expansãoda Educação Básica e do Ensino Superior no País. Um dos
caminhos encontradospara que essa expansão se efetive com maior rapidez
e eficiência é a modalidade adistância. No mundo inteiro são milhões os
estudantes que frequentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de
300 mil os matriculados em cursos regulares de Ensino Médio e Superior a
distância, oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino.
Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil
(UAB), hoje, consolidado como o maior programa nacional de formação de
professores, em nível superior.
Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento
do Ensino Médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica
Aberta do Brasil (e-TecBrasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das perife-
rias dos grandes centros urbanose dos municípios do interior do País oportu-
nidades para maior escolaridade, melhorescondições de inserção no mundo
do trabalho e, dessa forma, com elevado potencialpara o desenvolvimento
produtivo regional.
O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação
Profissionale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED)
do Ministério daEducação, as universidades e escolas técnicas estaduais e
federais.
O Programa apóia a oferta de cursos técnicos de nível médio por
parte das escolaspúblicas de educação profissional federais, estaduais, mu-
nicipais e, por outro lado,a adequação da infra-estrutura de escolas públicas
estaduais e municipais.
Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de
adequaçãode escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuse-
ram 147 cursos técnicosde nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais.
Apresentação e-Tec Brasil
O resultado desse Edital contemplou193 escolas em 20 unidades
federativas. A perspectiva do Programa é que sejam ofertadas10.000 va-
gas, em 250 polos, até 2010.
Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface
para amais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos
últimos anos: aconstrução dos novos centros federais (CEFETs), a organiza-
ção dos Institutos Federaisde Educação Tecnológica (IFETs) e de seus campi.
O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva
e participaçãoativa nas ações de democratização e expansão da educação
profissional no País,valendo-se dos pilares da educação a distância, susten-
tados pela formação continuadade professores e pela utilização dos recursos
tecnológicos disponíveis.
A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na
sua formaçãoprofissional e na sua caminhada no curso a distância em que
está matriculado(a).
Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008.
Você verá por aqui...
Nesta aula veremos como a Ergonomia pode contribuir para
melhoria do sistema de trabalho, organização e condições
de trabalho em seus diversos setores.
Objetivos
• Compreender como podemos aplicar a Ergonomia nos diver-
sos ramos de atividade.
• Desenvolver o conhecimento e a habilidade na análise das re-
lações usuário-produto-ambiente quanto à percepção ergonô-
mica.
Para Começo de Conversa
“Os homens fazem a sua história, mas não a fazem segundo a sua livre
vontade; não a fazem sob circunstância da sua escolha; mas sob aquelas
circunstâncias com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas
pelo passado.” (Marx apub Setubal, 1995:29)
No binômio homem-máquina, o problema não é apenas o ajus-
tamento de um ao outro, mas sim a adaptação conjunta dos dois.
As pesquisas fornecem um acervo de conhecimentos, princípios
gerais, medidas básicas das capacidades físicas do homem e técni-
cas para serem aplicadas no projeto e funcionamento das máqui-
nas, sistemas e ambiente de trabalho. A aplicação ideal da ergo-
nomia considera o homem como parte integrante de um sistema,
no qual o estágio inicial do projeto, as características do operador
humano são levadas em conta, juntamente com os componentes
mecânicos.
Inicialmente, as aplicações da ergonomia restringiram-se a indús-
tria e ao setor militar e aeroespacial. Recentemente, expandiram-
se para a agricultura, ao setor de serviços e a vida diária do cidadão
Ergonomia
Creative Commons - Edwin Dalorzo
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 6
comum. Isso exigiu novos conhecimentos, como as características
de trabalho de mulheres, pessoas idosas e aqueles portadores de
deficiência física.
Ergonomia na Indústria
A ergonomia contribui para melhorar a eficiência, a confiabilidade e
a qualidade das operações industriais. Isso pode ser feito basicamente por
três vias: aperfeiçoamento do sistema homem-máquina-ambiente, organiza-
ção do trabalho e melhoria das condições de trabalho.
O aperfeiçoamen-
to do sistema homem-
máquina-ambiente pode
ocorrer tanto na fase de
projeto de máquinas,
equipamentos e postos
de trabalho, como na
introdução de modifica-
ções em sistemas já exis-
tentes, adaptando-os às
capacidades e limitações
do organismo humano.
Por exemplo, a cabina de uma ponte-rolante, usada em uma em-
presa siderúrgica, apresentava sérias dificuldades operacionais (Sell, 1977).
Essa cabine tinha os controles colocados em posição inadequada, na frente
do operador atrapalhando sua visão para fora, e prejudicando as operações
de carregamento, que resultam em freqüentes colisões com vagões de trem,
que deveriam ser carregados com a ajuda da ponte-rolante. A empresa gas-
tava, em média 500 dólares por semana com os concertos dos vagões. A
proposta para a mudança da posição dos controles para facilitar a visão do
operador sobre a carga em movimento e redesenho da cabina, foi estimado
em 2 500 dólares, ou seja, um investimento que seria recuperado em cerca
de cinco semanas de operação.
A cabina antiga exigia o trabalho em pé com uma postura forçada,
provocando fadiga do operador.
Uma segunda categoria de atuação da ergonomia está relacionada
Figura 01 - Indústria de Carros
e-Tec BrasilAplicações da Ergonomia no Mundo do Trabalho 7
com os aspectos organizacionais do trabalho, procurando reduzir a fadiga e
a monotonia, principalmente pela eliminação do trabalho altamente repeti-
tivo, dos ritmos mecânicos impostos ao trabalhador, e a falta de motivação
provocada pela pouca participação do mesmo nas decisões sobre o seu pró-
prio trabalho.
Em terceiro lugar, a
melhoria é feita pela
análise das condições
ambientais de traba-
lho, como temperatu-
ra, ruídos, vibrações,
gases tóxicos e ilumi-
nação. Por exemplo,
um iluminamento de-
ficiente sobre uma tarefa que exija precisão, pode ser muito fatigante. Por
outro lado, focos de luz brilhantes colocados dentro do campo visual podem
provocar reflexos ofuscamentos extremamente desconfortáveis.
A aplicação sistemática da ergonomia na industria é feita identifi-
cando-se os locais onde ocorrem problemas ergonômicos mais graves. Estes
podem ser reconhecidos por certos sintomas como alto índice de erros, aci-
dentes, doenças, absenteísmo e rotatividade dos empregos. Por trás dessas
evidências podem estar ocorrendo uma inadaptação das máquinas, falhas
na organização do trabalho ou deficiências ambientais que provocam dores
musculares e tensões psíquicas nos trabalhadores resultando nos sintomas
acima mencionados.
Ergonomia na Agricultura, Mineração e Construção Civil. As aplicações da ergonomia na agricultura, mineração e construção
civil ainda não ocorrem com a intensidade desejável, devido ao caráter re-
lativamente disperso dessas atividades e ao pouco poder de organização e
reivindicação dos mineiros, garimpeiros, trabalhadores rurais e da constru-
ção. O mesmo se pode dizer do setor pesqueiro, que tem uma participação
economicamente pequena em nosso país.
Alguns estudos têm sido realizados por empresas industriais que pro-
duzem máquinas e implementos agrícolas. Entre estes, os tratores têm sido
Figura 02
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 8
objeto de diversas pesquisas, devido aos acidentes que têm provocado, e as
condições adversas de trabalho dos tratoristas.
Outros trabalhos relacionados com a tarefa da colheita, transporte
e armazenamento de produtos agrícolas. Em particular, no nosso país, di-
versos estudos foram realizados sobre o corte da cana-de-açúcar, devido à
rápida expansão dessa cultura para fins energéticos.
Merecem destaque as pesquisas sobre os efeitos danosos dos agro-
tóxicos sobre a saúde de homens e animais. Recentemente, problemas se-
melhantes estão surgindo com a contaminação pelo mercúrio, usado indis-
criminadamente em garimpos.
A construção civil absorve grande contingente de mão de obra, ge-
ralmente de baixa qualificação e baixa remuneração. Envolvem muitas ta-
refas árduas e perigosas. As grandes empresas do setor já têm uma orga-
Figura 03 - Agricultura
Figura 04
e-Tec BrasilAplicações da Ergonomia no Mundo do Trabalho 9
nização eficiente e tarefas estruturadas, mas não é o caso da maioria das
empresas de pequeno porte e das construções informais.
A intervenção ergonômica na construção civil é mais difícil do que
nas outras indústrias. São vários os fatores que contribuem para isto: O local
de trabalho é mudado todo dia; há grande rotatividade dos trabalhadores;
muitos trabalhadores são contratados por empreiteiras e os proprietários da
obra alegam não terem condições de contratarem um especialista em ergo-
nomia (SCHENEIDER, 1995).
O trabalho na construção é um trabalho penoso, e requer posturas
que desafiam a ergonomia, mas a intervenção ergonômica é possível na
construção.
Na opinião de SCHENEIDER (1995), existe quatro tipos de interven-
ção da ergonomia na construção:
1. Mudanças nos materiais de trabalho;
2. Mudanças nas ferramentas e equipamentos;
3. Mudanças nos métodos e organização do trabalho;
4. Treinamento e programas de exercício.
De qualquer forma, na agricultura, mineração e construção civil,
concentram-se a maior parte dos trabalhos mais árduos que se conhecem.
As máquinas e equipamentos utilizados nesses setores ainda são quase sem-
Figura 05 - Proteção no Trabalho
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 10
pre rudimentares, e poderiam ser consideravelmente aperfeiçoados com a
aplicação dos conhecimentos ergonômicos e tecnológicos já disponíveis.
Ergonomia no Setor de Serviços O setor de serviços é o que mais se expande com a modernização
da sociedade. Com a mecanização crescente da agricultura e a automação
da indústria, a mão-de-obra excedente desses setores está sendo absorvida
pelo setor de serviços: comércio, saúde, educação, escritórios, bancos, lazer
e prestação de serviços em geral.
O setor de serviços tende a crescer, criando sempre novas necessi-
dades na sociedade afluente. Por exemplo, a expansão da TV, a partir de
1950, criou uma série de profissões que não existiam. Evolução semelhante
ocorreu com a introdução do microcomputador e telefone celular. Hoje há
muitos pesquisadores em ergonomia envolvidos no projeto e racionalização
de sistemas de informação, centros de processamento de dados, projeto de
vídeo, teclados, postos de trabalho com terminais de vídeo e na organização
de sistemas complexos, como centros de controle operacional de usinas e
sistemas de transportes.
A operação de um hospital moderno é tão complexa quanto à de
uma empresa industrial. Há diversos tipos de sofisticados equipamentos que
não podem parar suprimentos de vários materiais, envolvimento de diver-
sos tipos de profissionais em turnos de trabalho contínuo, programações
de tratamento e acompanhamento individual de cada paciente, e assim por
diante.
Figura 06
e-Tec BrasilAplicações da Ergonomia no Mundo do Trabalho 11
As universidades, bancos, centrais de abastecimento e outros exigem
operações de sistemas igualmente complexos, oferecendo muitas oportuni-
dades para estudos e aplicações da ergonomia.
Ergonomia na Vida Diária A ergonomia tem contribuído para melhorar a vida cotidiana, tor-
nando os meios de transporte mais cômodos e seguros, a mobília domestica
mais confortável e os aparelhos eletrodomésticos mais eficientes e seguros.
Hoje existe um ramo da ergonomia que se dedica ao teste de pro-
dutos de consumo. Muitas vezes, esses serviços estão ligados a órgãos de
defesa do consumidor, que avaliam o desempenho dos produtos e divulgam
os resultados dos testes para a população.
Em alguns casos específicos de produtos que oferecem maiores ris-
cos, como os componentes aeronáuticos, é necessário haver uma homolo-
gação prévia, que é fornecida ao fabricante, por um instituto de pesquisa
Figura 07 - Ergonomia no Dia-a-Dia
Figura 08 - Ergonomia no Carro
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 12
devidamente credenciado. Sem essa homologação, o fabricante não está
autorizado a produzir e comercializar esses produtos. Isso ocorre, sobretudo
com os produtos relacionados com a saúde e segurança da população.
Portanto, a contribuição da ergonomia não se restringe às indústrias.
Hoje, os estudos ergonômicos são muito amplos, podendo contribuir para
melhorar as residências, a circulação de pedestres em locais públicos, ajudar
pessoas idosas, crianças em idade escolar, aquelas portadores de deficiência
física e assim por diante.
Atividade 1 Em qualquer ramo de atividade escolha um ambiente de trabalho
para visitar e considerando a especificidade da atividade descreva as aplica-
bilidades da ergonomia observadas por você neste local.
Custo e Beneficio da Ergonomia A ergonomia, assim como qualquer outra atividade relacionada com
o setor produtivo, só será aceita se for capaz de comprovar que é economi-
camente viável, ou seja, e apresentar uma relação custo/benefício favorável.
A análise do custo/benefício indica de um lado, o investimento fi-
nanceiro necessário para implementar um projeto ou uma recomendação
ergonômica, representado pelos custos de elaboração do projeto, aquisição
de máquinas, materiais e equipamentos, treinamento de pessoal e queda de
produtividade durante o período de implantação. Do outro lado, são com-
putados os benefícios, ou seja, quanto vai se ganhar com os resultados do
Figura 09 - Evolução da Ergonomia
e-Tec BrasilAplicações da Ergonomia no Mundo do Trabalho 13
projeto, aquisição de máquinas, materiais e equipamentos, treinamento de
pessoal e queda de produtividade.
Em principio, o projeto só será considerado economicamente viável
se a razão custo/beneficio, expresso em termos monetários, for menor que
1,0, ou seja, os benefícios forem superiores aos respectivos custos. Há di-
versos relatos de resultados econômicos das aplicações da ergonomia. Um
simples trabalho de conscientização dos trabalhadores contribuiu para au-
mentar a produtividade em 10%. Em um caso de aplicação da ergonomia
verificou-se economia de 25% em manutenção e 36% de produtividade, em
empresas do setor alimentício (Bridger, 2003).
A análise de custo e benefício não é tão simples quanto no caso de
compra e venda de mercadorias. Benefícios não são facilmente quantificá-
veis.
Benefícios como conforto e segurança dos trabalhadores nem sempre
podem ser traduzidos em termos monetários, pelo menos em curto prazo.
São representados por fatores intangíveis como acidentes ou degradações
de qualidade que foram evitados. Quanto custaria se tivessem ocorrido?
Resumo Neste módulo podemos perceber ainda mais a importância da ergo-
nomia por meio da sua aplicação nos diversos ramos de atividade, cada vez
mais presente no nosso dia-a-dia, ela vem se expandindo rapidamente para
outros setores da nossa vida cotidiana (transporte, educação, lazer...) na bus-
ca do equilíbrio entre o homem,processo de trabalho,qualidade e bem estar.
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 14
Referências
• COUTO, H. A. Ergonomia Aplicada Ao Trabalho - Conteúdo Básico - Guia Pratico. São Paulo. Ed. Ergo, 2007.
• CYBIS, Walter. BETIOL, A. H. FAUST, R – Ergonomia e Usabilidade – Conhecimentos, métodos e aplicações. São Paulo. Ed. Novatec, 2007.
• Iida, I. Ergonomia: Projeto e produção 2ª ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 2005.
• Manual de aplicação da Norma Regulamentadora nº 17. – 2 ed. – Brasília: MTE, SIT, 2002.
• SETUBAL, A. A. Pesquisa no serviço social: utopia ou realidade. São Paulo: Cortez, 1995. p. 29.
• SCHNEIDER, Scott. Implement Ergonomic Interventions in construction. Applied Occupational and Environmental. p.822-823. Outubro, 1995.
Figura 1
Disponível em: <www.classificaçãoplena.com/imagens.jpg> Acesso em: 12 mar 2010.
Figura 2
Disponível em: <Iida, 2005>. Acesso em: 01 jun 2010.
Figura 3
Disponível em: <beltectengua.com.br > Acesso em: 30 mar 2010.
Figura 4
Disponível em: <www.vejaaqui.abril.br> Acesso em: 30 mar 2010.
Figura 5
Disponível em: <www.protecao.com.br> Acesso em: 01 jun 2010.
Figura 6
Disponível em: <www.praxis.com> Acesso em: 01 jun 2010.
Figura 7
Disponível em: <www.espaçopleno.com> Acesso em: 01 jun 2010.
Figura 8
Disponível em: <www.jornalalobrasilia.com.br> Acesso em: 01 jun 2010.
Figura 9
Disponível em: <www.netmork.com> Acesso em: 01 jun 2010.
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