(automático) Quanto tempo a gente perde na vida?

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(automático)

Quanto tempo a gente perde na vida?

Sim, depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, etc.

Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros.

E aí, mais tarde, demora pra entender certas coisas.

E levamos um século para aceitar o fim de uma relação. E outro século para abrir a guarda para um novo amor.

Demora, também, pra dar o braço a torcer.

Viramos adolescentes (aborrecentes) teimosos e dramáticos.

e demoramos para tomar uma decisão.

Quando, já adultos,

demoramos para perdoar um amigo,

demoramos para dizer a alguém o que sentimos,

E só aí a gente descobre que o nosso tempo não pode continuar sendo desperdiçado.

Até que um dia a gente faz aniversário. 37 ou 41 anos. Talvez 50 e tal....

Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto.

Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado, no segundo tempo, e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro. Ou fazer tabelas desnecessárias.

Quanto esbanjamento.

Pois tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto.

E esquecemos que não falta muito pro jogo acabar...

Sim, é preciso encontrar logo o caminho do gol.

Sem muita frescura,

sem muito desgaste,

sem muito discurso.

E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.

Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar.

Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando.

Não esperam sentadas, não ficam dando voltas e voltas.

E não necessitam percorrer todos os estágios.

Não desperdiçam mais nada.

Queimam etapas.

A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.

Uma pessoa é sempre bruta com você?

Não é obrigatório conviver com ela.

O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro e veja se ele, realmente,  interessa e transmite algum sentimento.

Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.

Paciência só para o que importa de verdade.

Paciência para ver a tarde cair.

Paciência para degustar um cálice de vinho.

Paciência para a música e para os livros.

Paciência para escutar um amigo.

O  maior possível!

Pra enrolação, um atalho.

Texto de Martha Medeiros, enviado por Yara Nogueira

“Climbing a tree” - Ernesto Cortazar

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