Balão intra aórtico

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BALÃO INTRA-AÓRTICOEnf. R2 Gabriela Freire

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCOPROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA NA

MODALIDADE RESIDÊNCIA

Junho, 2015

OBJETIVOS•Esclarecer o conceito de Balão Intra-

aórtico (BIA);•Compreender os mecanismos fisiológicos

do BIA, bem como sua programação de funcionamento;

•Compreender os cuidados de enfermagem ao paciente em assistência circulatória com BIA;

•Definir indicações e contra-indicações relacionadas ao BIA;

DISPOSITIVOS DE ASSISTÊNCIA CIRCULATÓRIA

- Bastante utilizados em situações de pós-operatório de cirurgia cardíaca e até a realização de transplante cardíaco;

- Perspectiva de utilização a longo prazo, beneficiando cerca de 17.000 a 30.000 pacientes com menos de 70 anos;

- A meta de qualquer dispositivo é interromper a deterioração e estabilizar ou melhorar a hemodinâmica e função de órgão secundária;

Fonte: Woods, 2005;

BALÃO INTRA-AÓRTICO (BIAo)

•Conceito:

- O Balão Intra-aórtico (BIAo) é um dispositivo de suporte circulatório, utilizado em pacientes clínicos e cirúrgicos, que oferece suporte à circulação quando o miocárdio lesado produz débito cardíaco insuficiente;

Relação oferta/demanda mais favorável

Fonte: Pivatto Júnior et al, 2012;

BALÃO INTRA-AÓRTICO (BIAo)

Fonte: Pedrosa & Oliveira Júnior, 2011; Woods, 2005.

•Descrição:

Poliuretano biocompatível;

Perfuração na conexão cateter-balão;

Distal à A. subclávia esquerda e proximal às A. renais;

Funciona através de contrapulsação;

MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA INSERÇÃO

TÉCNICA DE INSERÇÃOUTI, hemodinâmica ou centro cirúrgico

Técnica percutânea: artéria femoral

Técnica de Seldinger

Objetivo: posicionar o cateter-balão logo abaixo da a. subclávia esquerda

TÉCNICA DE INSERÇÃOPode ser confirmado com Rx de tórax e ECO ou fluoroscopia

O balão é conectado a um console

Programado a partir de sinal de ECG ou curva de PA, de forma sincronizadaAjusta o volume e frequência de insuflação do balão seguindo o ciclo cardíaco

EQUIPAMENTOS

Conector Y

Bolsa de infusão

Pressão mantida a 300mmHg

Conexão na Bomba

CONSOLE

PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS

• Insuflação

Diástole

• + 40mL na Aorta

• Pressão aórtica

Deslocamento de volume • Perf.

Art. Cor.Pressão

Aórtica

Perfusão das A. coronárias;Diminuir a carga de trabalho de

VE;

Fonte: Pedrosa & Oliveira Júnior, 2011; Woods, 2005.

PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS

• Deflação

Sístole

• Carga de trabalho do VE e demanda de O2

Pós-carga

Fonte: Pedrosa & Oliveira Júnior, 2011; Woods, 2005.

PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS

Pressão Sistólic

a

Pressão diastóli

ca

• Contrapulsação:

PROGRAMAÇÃO O momento de insuflação e deflação deve

coincidir com o ciclo cardíaco para garantir a eficácia da terapia com BIA;

Sincronismo Convencional:

- Insuflação ocorre na incisura dicrótica, e deflação pouco antes da próxima inflexão acentuada;

Fonte: Morton & Fontaine, 2014 .

Mecanismo de gatilho: curva da pressão arterial

PROGRAMAÇÃO Sincronismo real:

- Reconhecimento automático do complexo QRS;

- Insuflação no meio da onda T;- Deflação automática ao identificar onda R;

Fonte: Morton & Fontaine, 2014.

Mecanismo de gatilho: sinal de ECG

PROGRAMAÇÃO• Sincronismo:

Fonte: Morton & Fontaine, 2014.

1:1 1:2 1:3

PROGRAMAÇÃO CORRETA

Fonte: Morton & Fontaine, 2014.

PROGRAMAÇÃO INCORRETA

Fonte: Morton & Fontaine, 2014 .

CUIDADOS DE ENFERMAGEMAvaliação Cardiovascular Acurada

• Sinais vitais, ritmo cardíaco, cor, perfusão periférica e nível de consciência;

Relativa imobilidade e integridade da pele

• Prevenir na medida do possível o desenvolvimento de úlcera por pressão;

• Elevação máxima da cabeceira de 30º;• Realizar troca de curativa da inserção do

cateter 1x/dia;• Prevenir ou minimizar o surgimento de

atelectasia; Fonte: SMELTZER, BARE, 2012; Woods, 2005.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Integridade neurovascular do membro distal

• Avaliação periódica dos pulsos periféricos por palpação ou Doppler, determinação de temperatura, cor, enchimento capilar e função sensorial;

• 1/1 hora e 1-2 horas;

DC, uso de vasopressores, hipotermia

Fonte: SMELTZER, BARE, 2012; Woods, 2005.

CUIDADOS DE ENFERMAGEMAvaliação da Função Renal

• Monitorização rigorosa do débito urinário e qualidade da urina para intervenção precoce;

Suporte psicossocial

• Intervenções que minimizem o estresse e desorientação;

• Priorizar diálogo aberto com os familiares, ajudando-os a interpretar a situação apresentada pelo paciente;

Fonte: SMELTZER, BARE, 2012; Woods, 2005.

CUIDADOS DE ENFERMAGEMAdministração de Heparina

• Prevenir formação de coágulo na superfície do balão ou regiões adjacentes;

• Administrada IV, em dose que mantenha TTPa 1,5-2,0 vezes o valor controle;

Gás Hélio

• Aparecimento de sangue no cateter ou sua extensão;

• Checar frequentemente reserva do torpedo de gás hélio;

Fonte: SMELTZER, BARE, 2012; Woods, 2005.

INDICAÇÕES

Fonte: Woods, 2005

CONTRA-INDICAÇÕES

Insuficiência ou regurgitação aórtica

Aneurisma aórtico

Doença oclusiva vascular periférica

Paciente fora de conduta terapêutica

Fonte: Woods, 2005

REFERÊNCIAS• Morton, Patricia Gonce. Fundamentos dos cuidados críticos em

enfermagem: uma abordagem holística / Patricia Gonce Morton, Dorrie K. Fontaine; 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Kooban, 2014;

• Woods, S.L; Froelicher, E.S.S; Motzer, S.U. Enfermagem em cardiologia. 4º edição, Recife, 2005;

• Pedrosa, Levi Cunha. Doença do coração: diagnóstico e tratamento / editores, Levi da Cunha Pedrosa, Wilson Alves de Oliveira Jr. – São Paulo: Revinter, 2011;

• Smeltzer, S. C.; Bare, B. G. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012;

• Pivatto Júnior F, Tagliari AP, Luvizetto AB, Pereira EMC, Siliprandi EMO, Nesralla IA, dos Santos RP, Kalil RAK. Uso do balão intra-aórtico no trans e pósoperatório de cirurgia cardíaca: análise de 80 casos consecutivos. Rev Bras Cir Cardiovasc 2012;27(2):251-9;

OBRIGADA!!