Transcript of Biografia de luiz gonzaga by Erick Zyzz
- 1. LUIZ GONZAGA
- 2. Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no Exu, em 13 de dezembro
de 1912 e morreu no Recife, em 2 de agosto de 1989, foi um
compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baio. Luiz
Gonzaga nasceu numa fazendinha no sop da Serra de Araripe, na zona
rural do serto de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais
tarde em "P de Serra", uma de suas primeiras composies. Sua me
chamava-se Santana. Seu pai, Janurio, trabalhava na roa, num
latifndio, e nas horas vagas tocava acordeo (tambm consertava o
instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a toc-lo. No
era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes,
forrs e feiras, de incio acompanhando seu pai. Autntico
representante da cultura nordestina, manteve-se fiel s suas origens
mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil. O gnero
musical que o consagrou foi o baio. A cano emblemtica de sua
carreira foi Asa Branca, que comps em 1947, em parceria com o
advogado cearense Humberto Teixeira.
- 3. SEU PRIMEIRO AMOR Antes dos dezoito anos Luiz teve sua
primeira paixo: Nazarena, uma moa da regio. Foi rejeitado pelo pai
dela, o coronel Raimundo Deolindo, que no o queria para genro e
ameaou-o de morte. Mesmo assim Luiz e Nazarena namoraram algum
tempo escondidos e planejavam ser felizes juntos. Janurio e Santana
lhe deram uma surra ao descobrirem que ele se envolveu com a moa.
Revoltado por no poder casar-se com ela, e por no querer morrer nas
mos do pai dela, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exrcito
em Crato, Cear. A partir dali, durante nove anos ele ficou sem dar
notcias famlia e viajou por vrios estados brasileiros, como
soldado. No teve mais nenhuma namorada, passando a ter algumas
amantes ao longo da vida.
- 4. LUIZ DEIXA A PEQUENINA CIDADE EXU Em Juiz de Fora-MG,
conheceu Domingos Ambrsio, tambm soldado e conhecido na regio pela
sua habilidade como acordeonista. A partir da comeou a se
interessar pela rea musical.
- 5. LUIZ NA MUSICA Uma das mais completas, importantes e
inventivas figuras da msica popular brasileira. Cantando
acompanhado de sua sanfona, zabumba e tringulo, levou a alegria das
festas juninas e dos forrs p-de-serra, bem como a pobreza, as
tristezas e as injustias de sua rida terra, o serto nordestino,
para o resto do pas, numa poca em que a maioria das pessoas
desconhecia o baio, o xote e o xaxado. Admirado por grandes msicos,
como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso,
entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de
melodia e harmonias ganhou notoriedade com as antolgicas canes Baio
(1946), Asa Branca (1947), Sirid (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem
Jil (1949) e Baio de Dois (1950)
- 6. LUIZ NO RIO DE JANEIRO Em 1939, deu baixa do Exrcito na
Cidade do Rio de Janeiro: Estava decidido a se dedicar msica. Na
ento capital do Brasil, comeou por tocar nas reas de prostituio da
cidade. No incio da carreira, apenas solava acordeo
(instrumentista), tendo choros, sambas, foxtrotes e outros gneros
da poca. Seu repertrio era composto basicamente de msicas
estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de
calouros. Apresentava-se com o tpico figurino do msico
profissional: palet e gravata. At que, em 1941, no programa de Ary
Barroso, ele foi aplaudido executando Vira e Mexe , um tema de
sabor regional, de sua autoria. O sucesso lhe valeu um contrato com
a gravadora Victor, pela qual lanou mais de 50 msicas
instrumentais. Vira e mexe foi a primeira msica que gravou em
disco.
- 7. SUA PRIMEIRA CONTRATAO Veio depois a sua primeira contratao,
pela Rdio Nacional. Foi l que tomou contato com o acordeonista
gacho Pedro Raimundo, que usava os trajes tpicos da sua regio. Foi
do contato com este artista que surgiu a ideia de Luiz Gonzaga
apresentar-se vestido de vaqueiro - figurino que o consagrou como
artista.
- 8. A SUA PRIMEIRA MUSICA Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga
gravou sua primeira msica como cantor, no estdio da RCA Victor: A
mazurca Dana Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira
Oliveira.
- 9. Tambm em 1945, uma cantora de coro chamada Odalia Guedes dos
Santos deu luz um menino, no Rio. Luiz Gonzaga mantinha um caso h
meses com a moa - iniciado quando ela j estava grvida - Luiz,
sabendo que sua amante ia ser me solteira, assumiu a paternidade da
criana, adotando-o e dando- lhe seu nome: Luiz Gonzaga do
Nascimento Jnior.
- 10. Odalia, que alm de cantora de coro era sambista, foi
expulsa de casa por ter engravidado do namorado, que no assumiu a
criana. Ela foi parar nas ruas, sofrendo muito, at que foi ajudada
e descobriu-se seu talento para cantar e danar, e ela passou a se
apresentar em casas de samba no Rio, quando conheceu Luiz. A relao
de Odalia, conhecida por Lia, e Luiz, era bastante agitada, cheia
de brigas e discusses, e ao mesmo tempo muita atrao fsica e paixo.
Aps o nascimento do menino, as brigas pioraram, j que havia muitos
cimes entre os dois. Eles resolveram se separar com menos de 2 anos
de convivncia. Lia ficou criando o filho, e Luiz, s vezes, ia
visit-los .
- 11. Em 1946 voltou pela primeira vez a Exu (Pernambuco), e teve
um emocionante reencontros com seus pais, Janurio e Santana, que h
anos no sabiam nada sobre o filho e sofreram muito esse tempo todo.
O reencontro com seu pai narrado em sua composio Respeita Janurio,
em parceria com Humberto Teixeira.
- 12. Em 1948, casou-se com sua noiva, a pernambucana Helena
Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretria
particular, por quem Luiz se apaixonou. O casal viveu junto at o
fim da vida de Luiz. Eles no tiveram filhos biolgicos, por Helena
no poder engravidar, mas adotaram uma menina, a quem batizaram de
Rosa.
- 13. Nesse mesmo ano Lia morreu de tuberculose, para desespero
de Luiz. O filho deles, apelidado de Gonzaguinha, ficou rfo com 2
anos e meio. Luiz queria levar o menino para morar com ele e
Helena, e pediu para a mulher cri-lo como se fosse dela, mas Helena
no aceitou, juntamente com sua me, Marieta, que achava aquilo um
absurdo, j que nem filho verdadeiro de Luiz era. Luiz no viu sada:
Entregou o filho para os padrinhos da criana, Leopoldina e Henrique
Xavier Pinheiro, cri-lo, no Morro do So Carlos. Luiz sempre
visitava a criana e o menino era sustentado com a assistncia
financeira do artista. Luizinho foi criado como muito amor. Xavier
o considerava filho de verdade, e lhe ensinava viola, e o menino
teve em Dina um amor verdadeiro de me.
- 14. Luiz no se dava bem com o filho, apelidado de Gonzaguinha.
Ele passou a no ver mais o filho na infncia do menino e sempre que
o via brigava com ele, apesar de am-lo, achava que ele no teria um
bom futuro, imaginando que ele se tornaria um malandro ao crescer,
j que o menino era envolvido com amizades ruins no morro, alm de
viver com malandros tocando viola pelos becos da favela. Dina
tentava unir pai e filho, mas Helena no gostava da proximidade
deles, e passou a espalhar para todos que Luiz era estril e no era
o pai de Luizinho, mas Luiz sempre desmentia, j que ele no queria
que ningum soubesse que o menino era seu filho somente no civil.
Ele amava o menino de fato, independente de ser filho de sangue ou
no.
- 15. Na adolescncia, o jovem se tornou rebelde, no aceitava ir
morar com o pai, j que amava os padrinhos e odiava ser rfo de me, e
dizia sempre que Luiz no era seu pai biolgico, o que entristecia-
o. Helena detestava o menino e viva implicando com ele, e
humilhando-o e por isso Gonzaguinha tambm no gostava da madrasta
Helena, o que afastou e causou mais brigas entre pai e filho, j que
Luiz dava razo esposa. No vendo medidas, internou o jovem em um
colgio interno para desepsero de Dina e Xavier. Gonzaguinha
contraiu tuberculose aos 14 anos e quase morreu. Aos 16, Luiz
pegou-o para criar e o levou a fora para a Ilha do Governador, onde
morava, mas por ser muito autoritrio e a esposa destratar o garoto,
o que gerava brigas entre Luiz e Helena, Gonzaga mandou o filho
Gonzaguinha de volta ao internato.
- 16. Ao crescer, a relao ficou mais tumultuada, pois o filho se
tornou um malandro, tornando-se viciado em bebidas alcolicas. Ao
passar o tempo, tudo foi melhorando quando Gonzaguinha resolveu se
tratar e concluiu a universidade, e se tornou msico como o pai. Pai
e filho ficaram mais unidos quando em 1980 viajaram o Brasil
juntos, quando o filho comps algumas msicas para o pai. Eles se
tornaram muito amigos, e conseguiram em fim viver em paz.
- 17. Luiz Gonzaga sofria de osteoporose h alguns anos. Morreu
vtima de parada cardiorrespiratria no Hospital Santa Joana, na
capital pernambucana. Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte (a
contragosto de Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o
mais rpido possvel para Exu, irritando vrias pessoas que iriam ao
velrio e tornando Gonzaguinha "persona non grata" em Juazeiro do
Norte) e posteriormente sepultado em seu municpio natal.
- 18. LUIZ E SEUS SUCESSOS Sucessos Esttua de bronze que, junto
com Jackson do Pandeiro, fica de frente ao Aude Velho. Campina
Grande(PB - Brasil). A dana da moda, Luiz Gonzaga e Z Dantas (1950)
A feira de Caruaru, Onildo Almeida (1957) A letra I, Luiz Gonzaga e
Z Dantas (1953) A morte do vaqueiro, Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho
(1963) A triste partida, Patativa do Assar (1964) A vida do
viajante, Herv Cordovil e Luiz Gonzaga (1953) Acau, Z Dantas (1952)
Adeus, Iracema, Z Dantas (1962) -b-c do serto, Luiz Gonzaga e Z
Dantas (1953) Adeus, Pernambuco, Herv Cordovil e Manezinho Arajo
(1952) Algodo, Luiz Gonzaga e Z Dantas (1953) Amanh eu vou, Beduno
e Luiz Gonzaga (1951) Amor da minha vida, Benil Santos e Raul
Sampaio (1960) Asa-branca, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)
Assum-preto, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1950) Ave-maria
sertaneja, Jlio Ricardo e O. de Oliveira (1964) Baio, Humberto
Teixeira e Luiz Gonzaga (1946) Baio da Penha, David Nasser e Guio
de Morais (1951) Beata Mocinha, Manezinho Arajo e Z Renato (1952)
Boi bumb, Gonzaguinha e Luiz Gonzaga (1965)
- 19. Boiadeiro, Armando Cavalcanti e Klcius Caldas (1950)
Cacimba Nova, Jos Marcolino e Luiz Gonzaga (1964) Calango da
lacraia, Jeov Portela e Luiz Gonzaga (1946) O Cheiro de Carolina, -
Sua Sanfona e Sua Simpatia - Amorim Roxo e Z Gonzaga (1998) Chofer
de praa, Evaldo Ruy e Fernando Lobo (1950) Cigarro de paia, Armando
Cavalcanti e Klcius Caldas (1951) Cintura fina, Luiz Gonzaga e Z
Dantas (1950) Cortando pano, Jeov Portela, Luiz Gonzaga e Miguel
Lima (1945) De Fi Pavi (Joo Silva/Oseinha) (1987) Dezessete lgua e
meia, Carlos Barroso e Humberto Teixeira (1950) Feira de gado, Luiz
Gonzaga e Z Dantas (1954) Firim, firim, firim, Alcebades Nogueira e
Luiz Gonzaga (1948) Fogo sem fuzil, Jos Marcolino e Luiz Gonzaga
(1965) Fole gemedor, Luiz Gonzaga (1964) Forr de Man Vito, Luiz
Gonzaga e Z Dantas (1950) Forr de Z Anto, Z Dantas (1962) Forr de Z
do Baile, Severino Ramos (1964) Forr de Z Tatu, Jorge de Castro e Z
Ramos (1955) Forr no escuro, Luiz Gonzaga (1957) Fuga da frica,
Luiz Gonzaga (1944) Hora do adeus, Luiz
- 20. Jardim da saudade, Alcides Gonalves e Lupicnio Rodrigues
(1952) Juca, Lupicnio Rodrigues (1952) Lascando o cano, Luiz
Gonzaga e Z Dantas (1954) Lgua tirana, Humberto Teixeira e Luiz
Gonzaga (1949) Lembrana de primavera, Gonzaguinha (1964) Liforme
instravagante, Raimundo Granjeiro (1963) Lorota boa, Humberto
Teixeira e Luiz Gonzaga (1949) Moda da mula preta, Raul Torres
(1948) Moreninha tentao, Sylvio Moacyr de Arajo e Luiz Gonzaga
(1953) No Cear no tem disso, no, Guio de Morais (1950) No meu p de
serra, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947) Noites brasileiras,
Luiz Gonzaga e Z Dantas (1954) Numa sala de reboco, Jos Marcolino e
Luiz Gonzaga (1964) O maior tocador, Luiz Guimares (1965) O xote
das meninas, Luiz Gonzaga e Z Dantas (1953) vio macho, Rosil
Cavalcanti (1962) Obrigado, Joo Paulo, Luiz Gonzaga e Padre
Gothardo (1981) O fole roncou, Luiz Gonzaga e Nelson Valena (1973)
ia eu aqui de novo, Antnio Barros (1967) Olha pro cu, Luiz Gonzaga
e Peterpan (1951)
- 21. Sanfona do povo, Luiz Gonzaga e Luiz Guimares (1964)
Sanfoneiro Z Tatu, Onildo Almeida (1962) So-joo na roa, Luiz
Gonzaga e Z Dantas (1952) Siri jogando bola, Luiz Gonzaga e Z
Dantas (1956) Tropeiros da Borborema, Raimundo Asfora / Rosil
Cavalcante Vem, morena, Luiz Gonzaga e Z Dantas (1950) Vira-e-mexe,
Luiz Gonzaga (1941) Xanduzinha, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga
(1950) Xote dos cabeludos, Jos Clementino e Luiz Gonzaga
(1967)
- 22. DISCOGRAFIA 1956 - Aboios e Vaquejadas 1957 - O Reino do
Baio 1958 - Xamego 1961 - Luiz "LUA" Gonzaga 1962 - Vio Macho 1962
- So Joo na Roa 1963 - Pisa no Pilo (Festa do Milho) 1964 - A
Triste Partida 1964 - Sanfona do Povo 1965 - Quadrilhas e
Marchinhas Juninas 1967 - O Sanfoneiro do Povo de Deus 1967 - ia Eu
Aqui de Novo 1968 - Cana 1968 - So Joo do Araripe 1970 - Serto 70
1971 - O Canto Jovem de Luiz Gonzaga 1971 - So Joo Quente 1972 -
Aquilo Bom! 1972 - Volta pra Curtir (Ao Vivo) 1973 - A Nova
Jerusalm 1973 - Sangue de Nordestino 1973 - Luiz Gonzaga 1974 -
Daquele Jeito... 1974 - O Fole Roncou 1976 - Capim Novo 1977 - Ch
Cutuba 1978 - Dengo Maior 1979 - Eu e Meu Pai 1979 - Quadrilhas e
Marchinhas Juninas, vol. 2 - Vire Que Tem Forr 1980 - O Homem da
Terra 1981 - A Festa 1981 - A Vida do Viajante - Gonzago e
Gonzaguinha 1982 - Eterno Cantador 1983 - 70 Anos de Sanfona e
Simpatia 1984 - Danado de Bom 1984 - Luiz Gonzaga & Fagner 1985
- Sanfoneiro Macho 1986 - Forr de Cabo a Rabo 1987 - De Fi Pavi
1988 - A Tem 1988 - Gonzago & Fagner 2 - ABC do Serto 1989 -
Vou Te Matar de Cheiro 1989 - Aquarela Nordestina 1989 - Forrobod
Cigano 1989 - Luiz Gonzaga e sua Sanfona, vol. 2 Apelido Rei do
Baio Majestade do Baio Embaixador Sonoro do Serto Velho Lua Bico de
Ao Lula Pernambuco Gonzago Gneros Inventor do Forr (trio p de
serra) Baio
- 23. QUER SABER MAIS SOBRE ELE Visite o Museu do Gonzago L esto
todas as memorias e trajetria de vida de Luiz Gonzaga. O museu
localizado em EXU, PERNAMBUCO Fonte da imagem:
www.googleimages.com