Post on 15-Jun-2015
O CÉREBROANTES DE MIM
• É no cérebro que reside a memória, a aprendizagem. O pensamento, a linguagem, a criatividade.
• É no cérebro que vemos, ouvimos, sentimos e cheiramos; é também no cérebro que o sono e os sonhos habitam.
• É no cérebro que a fome, a sede, a temperatura são controladas.
• o cérebro contribui de forma decisiva para o comportamento humano.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
• O sistema nervoso central desempenha essencialmente as tarefas associadas ao processamento e coordenação das informações. É formado pelo cérebro e pela espinal medula, órgãos que superintendem no que o ser humano pensa, diz e faz, de modo a sobreviver e dar continuidade à espécie.
• A Espinal-medula é um centro coordenador das atividades reflexas e, assim, um mecanismo de defesa contra agressões do meio porque as suas respostas são rápidas e ocorrem antes de qualquer decisão cerebral, e um centro condutor porque conduz os impulsos provenientes do cérebro, e que para ela são dirigidos, que transmitem uma ordem como “andar”.
• O cérebro é o coordenador da atividade voluntária, isto é, dos atos conscientes, intencionais e que exigem planificação e deliberação.
NEURÓNIOS
• Os elementos básicos constituintes do sistema nervoso são os neurónios, células especiais que têm a capacidade de comunicar umas com as outras, transmitindo informações.
• O sistema de informação veiculado pelos neurónios forma um circuito eléctrico designado por influxo nervoso.
• A passagem do influxo de um para outro neurónio processa-se não porque exista entre eles continuidade física, mas porque se estabelece uma relação funcional chamada sinapse.
• O influxo transita porque a fenda sináptica é preenchida por neurotransmissores, substâncias químicas segregadas pelas vesículas sinápticas.
HEMISFÉRIO
S CEREBRAIS
• O hemisfério esquerdo comanda a sensibilidade e os movimentos do lado direito e o hemisfério direito superintende no controlo da sensibilidade e dos movimentos do lado esquerdo. Nas pessoas esquerdinas predomina o comando do lado direito.
• O Hemisfério esquerdo é especializado em simbologia e lógica e ocupa-se do pensamento mais analítico (separa as ideias), linear (um passo a seguir ao outro) e verbal (escrito e falado). Constrói frases e resolve equações. Faculta ao homem a ciência e a tecnologia.
• Acidentes, tromboses e tumores no hemisfério esquerdo, provocam distúrbios na leitura, na escrita, na fala, no raciocínio aritmético e, em geral, na capacidade de compreender.
• O Hemisfério direito é responsável pela organização das percepções espaciais e encarrega-se do pensamento mais sintético (associa as ideias), holístico (encontra as relações num só passo, intuitivamente) e imagístico (rege-se por imagens). Ouve música e apercebe-se da tridimensionalidade dos objetos. É o responsável pela arte e pela imaginação.
• De uma maneira geral, as lesões no hemisfério direito não têm efeitos tão dramáticos como as ocorridas no hemisfério esquerdo. Daí que, até cerca de 1960, o hemisfério esquerdo fosse considerado como “dominante” e o direito como “menor”.
• Os estudos revelam que os hemisférios direito e esquerdo trabalham coordenadamente, desempenhando papéis complementares.
LOBOS CEREBRAIS
• O córtex que cobre cada hemisfério apresenta quatro regiões ou lobos cerebrais, separados por fendas:
• O lobo occipital, responsável pela visão.
• O lobo temporal, responsável pela audição.
• O lobo parietal, responsável pelas sensações do corpo.
• O lobo frontal responsável pelos movimentos.
ÁREA DE WERNICKE E DE BROCA
• A área de Broca é a área motora da linguagem. Produz a linguagem falada. Permite que formemos palavras de forma correta.
• A área de Wernicke atribui significado ao discurso oral, permitindo a compreeensão da linguagem falada.
• Em cada um dos Lobos existem áreas primárias e áreas secundárias.
• Áreas primárias – Também chamadas áreas de projecção, funcionam como estações receptoras de informação sensorial ou como centros de transmissão de ordens motoras.
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• Áreas secundárias - Também chamadas áreas de associação, coordenam, interpretam e integram a informação recebida nas áreas primárias.
A PRIMEIRA MARAVILHA DO UNIVERSO
CORTEX PRÉ-FRONTAL
• Responsável pela integração e coordenação de muitas estruturas corticais e subcorticais (tálamo, Hipotálamo, p. ex.), dos comportamentos emocionais e intelectuais, o córtex pré-frontal é, o núcleo da nossa personalidade.
• A ele devemos capacidades como o pensamento abstracto, a imaginação criativa, a reflexão, a resolução de problemas, planear e modificar o curso de uma ação, prever e antecipar os seus resultados ou consequências.
• Sem ele não teríamos doutrinas científicas, morais, religiosas, jurídicas, nem inventos tecnológicos, nem produções artísticas e literárias. Ele é também os nossos centros emocionais, o cento das decisões sem as quais a vida seria um impasse.
• António e Hanna Damásio são dois notáveis neurologistas e pesquisadores da Universidade de Iowa que investigaram na última década as bases neurológicas da psicopatologia.
• Os Damásio concluíram em 1990, por exemplo, que indivíduos que se tinham submetido a lesões no córtex frontal (e que tinham personalidades normais antes da lesão) desenvolveram comportamentos sociais anormais, levando a consequências pessoais negativas. Entre outras coisas, estes indivíduos apresentavam as tomadas de decisões inadequadas e inabilidades de planeamento com as quais são conhecidas por serem processadas pelo lobo frontal do cérebro.
• Os Damásio também reconstituíram neurologicamente o primeiro caso conhecido da alteração de personalidade devido a uma lesão frontal no cérebro, observado no século XIX – o caso de Phineas Gage
• Phineas Gage era um supervisor de obras ferroviárias que perdeu parte de seu cérebro devido a uma barra de ferro que atravessou o seu crânio quando uma carga explosiva rebentou acidentalmente.
• Ele sobreviveu por muitos anos ao extenso trauma, mas tornou-se uma pessoa inteiramente nova. Tornou-se extravagante e antissocial, praguejador e mentiroso, com péssimas maneiras, e já não conseguia manter-se num trabalho por muito tempo ou planear o futuro. "Gage já não era Gage", disseram seus amigos.
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ESPECIALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO SISTÉMCA
• O cérebro funciona como um todo, apesar de existirem áreas especializadas, pois estas não comprometem o funcionamento integral do cérebro e as suas conexões com outras estruturas.
FUNÇÃO VICARIANTE
• Função do cérebro que permite que uma tarefa perdida seja recuperada por uma área vizinha da zona lesionada. É graças a esta função que as pessoas que perdem a fala devido a um acidente cerebral acabam por recuperar a capacidade perdida.
AUTO-ORGANIZAÇÃO PERMANENTE
• Apesar de ter todas as áreas corticais formadas, não quer dizer que o desenvolvimento do cérebro do recém-nascido esteja concluído. Nos primeiros seis meses de vida produzem-se mais modificações na estrutura do córtex do que em qualquer outro período do desenvolvimento.
• As capacidades humanas dependem da seleção de boas conexões, que por sua vez dependem das condições do meio.
• Os estímulos assimilados conduzem a processos de adaptação que se refletem na formação do cérebro. O efeito dos genes e dos estímulos do meio atuam no desenvolvimento do cérebro (processo auto-organizado).
LENTIFICAÇÃO E PLASTICIDADE
• O processo de desenvolvimento cerebral no Homem é muito mais lento que o desenvolvimento do sistema nervoso central de outros mamíferos.
• Este carácter embrionário do cérebro torna-se uma vantagem, possibilitando a influência do meio e uma maior capacidade de aprendizagem.
• Inicialmente a organização cerebral e o funcionamento do sistema nervoso eram considerados definidos geneticamente, isto é, o homem teria um programa predeterminado que definia a sua estrutura e as funções das várias áreas.
• Com o avanço da ciência demonstrou-se que o cérebro é um órgão maleável, modificando-se com as experiências, percepções, ações e comportamentos do Homem.
• A plasticidade cerebral é a capacidade do cérebro se remodelar em função das experiências do sujeito, permitindo assim uma aprendizagem ao longo da vida.
• Para comprovar a plasticidade do cérebro foram realizadas investigações com cegos adultos, as experiências feitas com cegos adultos que começaram a aprender Braille vieram provar a neuroadaptabilidade do cérebro, ou seja, as informações provenientes do dedo que lê Braille ativavam também as partes dos córtex visual.