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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR
INSTITUTO DE CINCIAS EXATAS E NATURAIS
FACULDADE DE QUMICA
PABLO LUIS BAIA FIGUEIREDO
COMPOSIO QUMICA DOS VOLTEIS DE ESPCIES DE Piper
(P. divaricatum, P. marginatum sensu lato) E Hyptis (H. crenata, H. suaveolens) OBTIDOS POR VRIOS PROCESSOS DE EXTRAO
BELM - PAR 2014
PABLO LUIS BAIA FIGUEIREDO
COMPOSIO QUMICA DOS VOLTEIS DE ESPCIES DE Piper (P. divaricatum, P. marginatum sensu lato) E Hyptis (H. crenata, H. suaveolens)
OBTIDOS POR VRIOS PROCESSOS DE EXTRAO
Trabalho de Concluso de Curso apresentado para obteno do ttulo de Licenciado em Qumica, Faculdade de Qumica, Instituto de Cincias Exatas e Naturais da Universidade Federal do Par. Orientadora: Dr. Eloisa Helena de Aguiar Andrade.
BELM - PAR
2014
PABLO LUIS BAIA FIGUEIREDO
COMPOSIO QUMICA DOS VOLTEIS DE ESPCIES DE Piper (P. divaricatum, P. marginatum sensu lato) E Hyptis (H. crenata, H. suaveolens)
OBTIDOS POR VRIOS PROCESSOS DE EXTRAO
Trabalho de Concluso de Curso apresentado para obteno do ttulo de Licenciado em Qumica, Faculdade de Qumica, Instituto de Cincias Exatas e Naturais da Universidade Federal do Par. Orientadora: Dr. Eloisa Helena de Aguiar Andrade.
Data da Apresentao: 22 de Janeiro de 2014
Conceito: EXCELENTE
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Prof. Dr. Eloisa Helena de Aguiar Andrade Faculdade de Qumica/UFPA - Orientadora
__________________________________________
Prof. Dr. Joyce Kelly do Rosrio da Silva Faculdade de Biotecnologia/UFPA - Membro
__________________________________________
Prof. Dr. Giselle Maria Skelding Pinheiro Guilhon Faculdade de Qumica/UFPA - Membro
minha av, Dora Figueiredo.
minha me, Simone Baia.
AGRADECIMENTOS
Deus, pela oportunidade que tive para evoluir intelectualmente por meio de
ingresso em uma universidade.
minha av, Dora Figueiredo, pelo carinho, amor e afeto que recebi desde
meu nascimento e pelo apoio psicolgico que recebi nos momentos mais difceis de
minha caminhada.
minha me, Simone Baia, pelo apoio, carinho e afeto.
Universidade Federal do Par, pelo apoio estrutural, que recebi desde meu
ingresso at meus ltimos momento como discente de graduao.
Aos programas PIBIC/CNPq, PIBIC/FAPESPA e PIBIC/UFPA pelo apoio
financeiro na concesso da bolsa de estudo durante meu curso.
Prof.. Dr.. Eloisa Helena de Aguiar Andrade, pela pacincia, confiana,
sugestes, disponibilidade e acessibilidade sempre que precisei.
A Prof.. Dr.. Joyce Kelly do Rosrio da Silva e as alunas de mestrado do
programa de ps-graduao em Biotecnologia Shirlley Ferreira e Lia Meireles, pela
orientao sugesto e companhia no laboratrio.
minha colega de iniciao cientfica, de turma e muitas vezes irm mais
velha Valdelini Pereira da Silva pelo apoio e companhia nesta caminhada.
minha colega de laboratrio Rafaela Oliveira Pinheiro pela orientao,
ajuda, pacincia e bom humor constante.
Aos meus colegas de turma do Curso de Licenciatura em Qumica 05510 e ao
grupo SF4 pela descontrao, ajuda, companhia, risadas e carinho.
minha namorada, colega e parceira Vilmara dos Santos Moura pelo carinho,
apoio, incentivo e companhia.
Por fim, a todos que contriburam direta ou indiretamente na construo deste
trabalho e na minha jornada acadmica.
RESUMO
O uso dos leos essenciais como agentes medicinais conhecido desde a
remota antiguidade. Destacando-se as famlias Piperaceae e Lamiaceae pelas suas
importncias econmicas e medicinais, uma vez que algumas espcies fazem parte
do mercado mundial, como a pimenta-do-reino, utilizadas na medicina popular e
como fontes de leos essenciais. Os volteis de Piper divaricatum, P. marginatum,
Hyptis crenata e H. suaveolens foram obtidos por hidrodestilao (HD), arraste a
vapor (AV), Destilao-Extrao-Simultnea (DES) e analisados por CG-EM. Dentre
as espcies de Piper estudadas o melhor rendimento em leo foi obtido de P.
divaricatum (2,15%), cuja composio qumica (eugenol, metileugenol e acetado de
eugenol) no mostrou dependncia ao mtodo de extrao empregado (HD e DES),
alm da atividade biolgica de seu leo essencial frente Artemia salina. Os
constituintes (safrol, 3,4-metilenodixipropiofenona, -terpineol) de P. marginatum
mostraram variaes qualitativas e quantitativas entre as tcnicas empregadas. Nas
Lamiaceaes a espcie H. crenata apresentou rendimento em leo (2,33%) superior a
H. suaveolens (0,3%), onde o melhor rendimento foi obtido por HD. A similaridade na
composio qumica de H. crenata ocorreu entre as tcnicas por AV e DES
(majoritrios: -pineno, -2-careno e 1,8-cineol), enquanto na HD no apresentou
nenhum constituinte com concentrao significativa (principais: -terpineol, 10-epi--
eudesmol, valerianol), onde a melhor capacidade antioxidativa foi obtida do leo
extrado por AV. Quanto aos constituintes qumicos de H. suaveolens observou-se
uma leve variao quantitativa (-Elemeno, -cariofileno e biciclogermacreno).
Palavras-chave: Piperaceae, Piper, Lamiaceae, Hyptis, constituintes volteis
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 01. Extrator de destilao e extrao simultnea............................... 16
Figura 02. Foto da espcie Artemia salina....................................................
19
Figura 03. Sequestro do DPPH* por um antioxidante................................... 20
Figura 04. Foto das espcies de Piper divaricatum, Piper marginatum sensu lato, Hyptis crenata e Hyptis suaveolens..........................
21
Figura 05. Sistema de extrao de leo essencial por hidrodestilao........
22
Figura 06. Sistema de extrao de leo essencial por arraste a vapor dgua...........................................................................................
23
Figura 07 Sistema de extrao de concentrado de volteis por destilao e extrao simultnea..................................................................
24
Figura 08. Rendimento em leo essencial das partes areas das espcies de Piper e Hyptis..........................................................................
27
Figura 09. Rendimento de leo essencial em vrios rgos de Piper divaricatum...................................................................................
28
Figura 10. Estruturas qumicas dos componentes majoritrios obtidos nos diferentes rgos de Piper divaricatum........................................
31
Figura 11. Composio qumica dos volteis obtidos das partes areas de Piper divaricatum por HD e DES..................................................
32
Figura 12. Composio qumica dos leos essenciais obtidos de vrios rgos de Piper divaricatum.........................................................
32
Figura 13. Composio qumica de Piper marginatum por HD e DES..............................................................................................
35
Figura 14. Estruturas qumicas dos componentes majoritrios obtidos das partes areas de Piper marginatum.............................................
36
Figura 15. Variao qumica de Hyptis crenata por HD, AV, DES................
39
Figura 16. Estruturas qumicas dos compostos majoritrios obtidos de Hyptis crenata..............................................................................
40
Figura 17. Figura 18.
Composio qumica de Hyptis suaveolens obtidos por HD e AV................................................................................................. Estruturas qumicas dos compostos majoritrios obtidos de Hyptis suaveolens........................................................................
43 44
LISTA DE TABELAS
p.
Tabela 01. Composio qumica dos volteis dos vrios rgos de Piper divaricatum por HD e DES.............................................
29
Tabela 02. Composio qumica dos volteis (>1,0%) de Piper marginatum por HD e DES ....................................................
34
Tabela 03. Composio qumica dos volteis de Hyptis crenata por HD, AV e DES.........................................................................
37
Tabela 04. Composio qumica dos volteis de Hyptis suaveolens por HD e DES................................................................................
41
Tabela 05. Resultado do teste de toxidade preliminar do leo essencial
das folhas de Piper divaricatum..............................................
45
Tabela 06. Resultado do teste de toxidade preliminar do leo essencial dos galhos secundrios de Piper divaricatum........................
45
Tabela 07. Resultados dos testes da capacidade antioxidativa do OE de Hytis crenata extrado por HD e AV....................................
46
LISTA DE ABREVIATURAS E SMBOLOS
AV Arraste a vapor dgua
BHA Butil hidroxianisol
BHT Butil hidroxitolueno
B. L. U. Base livre de umidade
CG Cromatografia em fase gasosa
CG-EM Cromatografia em fase gasosa acoplada espectrometria de massas
CLAE-UV Cromatografia Liquida de Alta Eficiencia acoplada ultravioleta
CL50 Concentrao letal para causar morte 50% da populao
DES Destilao e extrao simultnea
DPPH 1,1-difenil-2-picrildrazila
EM Espectrometria de massas
EtOH Etanol
F Folha(s)
GP Galho Primrio
GS Galho secundrio
HD Hidrodestilao
IR ndice de reteno
m Massa
OE leo essencial
pH Potencial hidrogeninico
R Raiz
UFPA Universidade Federal do Par
UV Ultravioleta
SUMRIO
p.
1 INTRODUO................................................................................................12
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL.............................................................................................................13
2.2 ESPECFICOS.................................................................................................14
3 REVISO BIBLIOGRFICA
3.1 OS LEOS ESSENCIAIS................................................................................14
3.2 MTODOS DE EXTRAO DE VOLTEIS...................................................14
3.3 A FAMLIA PIPERACEAE E O GNERO PIPER............................................16
3.4 A FAMLIA LAMIACEAE E GNERO HYPTIS ..............................................16
3.5 PIPER DIVARICATUM....................................................................................17
3.6 PIPER MARGINATUM SENSU LATO.............................................................17
3.7 HYPTIS CRENATA..........................................................................................17
3.8 HYPTIS SUAVEOLENS..................................................................................18
3.9 TOXIDADE PRELIMINAR COM LARVAS DE ARTEMIA SALINA.................18
3.10CAPACIDADE ANTIOXIDATIVA DE LEOS ESSENCIAIS........................19
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 COLETA, IDENTIFICAO E SECAGEM DO MATERIAL BOTNICO.........21
4.2 EXTRAO DOS COMPONENTES VOLTEIS............................................22
4.2.1 Extrao dos leos essenciais...............................................................22
4.2.2 Clculo do rendimento dos leos essenciais.......................................23
4.2.3 Extrao do concentrado voltil.............................................................23
4.2.4 Anlise da composio qumica.............................................................24
4.3 TESTES BIOLGICOS...................................................................................25
4.3.1 Teste da toxidade preliminar...................................................................25
4.3.2 Teste da capacidade antioxidativa .........................................................25
5 RESULTADOS E DISCUSSO
5.1 RENDIMENTO DOS LEOS ESSENCIAIS....................................................27
5.2 COMPOSIO QUMICA ..............................................................................29
5.2.1 Composio qumica dos vrios rgos de Piper divaricatum...........29
5.2.2 Composio qumica de Piper marginatum por HD e DES..................34
5.2.3 Composio qumica de Hyptis crenata por HD, AV e DES.................37
5.2.4 Composio qumica de Hyptis suaveolens por HD e AV...................41
5.3 TESTES BIOLGICOS..................................................................................45
5.3.1 Toxidade preliminar de Piper divaricatum.............................................45
5.3.2 Capacidade antioxidativa de Hyptis crenata.........................................46
6 CONCLUSES...............................................................................................47
REFERNCIAS...............................................................................................48
ANEXOS..........................................................................................................55
12
1 INTRODUO
A magnitude da biodiversidade brasileira no conhecida com preciso tal a
sua complexidade (DIAS, 1996). O Brasil possui a maior cobertura de florestas
tropicais, especialmente concentrada na Regio Amaznica, possuindo a flora mais
rica do mundo, com cerca de 55 mil espcies de plantas superiores,
aproximadamente 22% do total mundial (LEWINSOHN; PRADO, 2000)
Nesse contexto vrias espcies do gnero Piper destacam-se pelo seu
potencial medicinal, importncia econmica (DI STASI et al., 1989; PIO-CORREA
1974; GUIMARES; ICHASO; COSTA, 1978) e diversidade de metablitos
secundrios (BARROS et al., 1996;YUNCKER, 1958; SILVA; MACHADO, 1999).
As plantas da famlia Lamiaceae so utilizadas nas indstrias de ervas
condimentares, como fonte de leo essencial (EL-GAZZAR; WATSON, 1970a,b).
Havendo uma notvel importncia econmica e um potencial farmacolgico dos
leos essenciais de espcies do gnero Hyptis (FALCO; MENEZES, 2003).
Dentre as plantas da famlia Lamiaceae e Piperaceae, Piper divaricatum, P.
marginatum, Hyptis crenata e H. suaveolens destacam-se por apresentarem vrios
estudos da composio qumica dos seus leos essncias e atividades biolgicas de
tais leos (ALMEIDA et al., 2009; REIGADA et al.,2007; MARTINS et al., 2006;
REBELO et al., 2009).
No Brasil a produo de leos essenciais, alm de vivel rentvel (BIZZO;
HOVELL; REZENDE, 2009) e suas composies so fortemente dependentes das
matrias-primas obtidas e dos processos de extrao (OLIVEIRA; OLIVEIRA;
SACRAMENTO, 2007). Este trabalho avaliou os componentes volteis de duas
espcies do gnero Piper (P. marginatum sensu lato e P. divaricatum) e Hyptis (H.
crenata e H. suaveolens) em diferentes processos de extrao, hidrodestilao (HD),
arraste a vapor (AV) e destilao e extrao simultnea (DES), para verificar se a
composio qumica destes volteis dependia ou no dos referidos mtodos de
extrao.
13
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar a influncia do processo de extrao de volteis na composio
qumica de espcies de Piper e Hyptis e atividade biolgica dos leos
essenciais em estudo
2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS
Analisar a composio qumica dos volteis obtidos dos vrios
processos de extrao por cromatografia de fase gasosa (CG)
acoplada espectrometria de massas (EM);
Determinao da citotoxidade preliminar dos leos essenciais frente a
Artemia salina.
Determinar a capacidade antioxidativa de alguns leos essenciais pelo
mtodo do DPPH
14
3 REVISO BIBLIOGRFICA
3.1 OS LEOS ESSENCIAIS
Os leos essenciais so lquidos volteis dotados de aroma forte e quase
sempre agradvel, proveniente do metabolismo secundrio de vegetais (SILVA;
CASALI, 2000). Os leos essenciais exercem a funo de adaptao da planta ao
meio ambiente, atuando na defesa contra o ataque de predadores, atrao de
agentes polinizadores, proteo contra perda de gua, aumento da temperatura e
como inibidores de germinao, constituem um dos mais importantes grupos de
matrias primas para vrias indstrias, como as de perfumaria, alimentos e
farmacutica (SOUZA, 2010).
No incio do sculo XX, os leos essenciais trouxeram um renovvel interesse
em produtos naturais, devido aos indesejveis efeitos colaterais das drogas
sintticas. Atualmente os leos essenciais puros, so amplamente utilizados na
alimentao e na perfumaria, alm do uso farmacutico, uma vez que possuem
componentes qumicos com atividade farmacolgica (PALA; SALIN; CORTEZ,
2010).
As variaes na composio do leo essencial tm sido observadas em
diversos aspectos, como na parte da planta empregada na destilao, variabilidade
gentica intraespecfica, estado de desenvolvimento da planta, poca de colheita,
condies de cultivo, suas coordenadas geogrficas, caractersticas do solo, clima e
outras condies (TAVARES et al., 2005; HAY; SVOBODA, 1993; REIS et al.,
2010).Utilizam-se diferentes mtodos de extrao para isolar tais leos, devendo-se
ressaltar que, dependendo do mtodo, a composio do leo pode variar
significativamente (CASSEL et al., 2009; OLIVEIRA; OLIVEIRA; SACRAMENTO,
2007).
3.2 MTODOS DE EXTRAO DE VOLTEIS
Os processos de obteno de leos essenciais variam conforme a localizao
do leo na planta, alguns dos mtodos de extrao mais utilizados so:
hidrodestilao, extrao por solventes orgnicos, destilao a vapor, extrao por
fluido supercrtico, enflorao, prensagem a frio, dentre outros. A proporo de leos
15
essenciais extrados por destilao a vapor de 93%, enquanto que os 7%
restantes so extrados utilizando os outros mtodos (YUSOFF et al., 2011;
ROBBERS; SPEEDIE; TYLER, 1997; SIMES; SPITZER, 2004).
Na indstria de leos essenciais existem trs tipos de extraes distintas de
arraste por vapor dgua. Essa distino feita pela forma na qual se estabelece o
contato entre a amostra e a gua, na fase lquida ou de vapor; a primeira chamada
de hidrodestilao, onde a amostra fica imersa na gua contida em uma caldeira; na
segunda, chamada de destilao pela gua e vapor, onde uma rede colocada na
parte inferior de uma caldeira mais alta separando a gua da amostra e a terceira;
chamada propriamente de destilao pelo vapor de gua, a amostra mantida em
um recipiente separado e o vapor de gua que flui provm de um gerador prprio
independente (ALVES, 1988; CRAVEIRO et al., 1981, BRUNETON, 1991, COSTA,
1994; SIMES, 1999; FAJARDO; MARTINEZ-SOSA; ESTARRN-ESPINOSA,
1997).
A indstria utiliza preferencialmente, o terceiro mtodo, pois em relao aos
demais mtodos reduzido o contato da amostra com a gua, e a hidrlise dos
steres e a polimerizao de outros constituintes, em particular dos aldedos,
menos acentuada (ALVES, 1988; CRAVEIRO et al., 1981; BRUNETOIN, 1991).
O mtodo de extrao usando o vapor simultneo e destilao com solvente
orgnico a partir de bales de ebulio separados que conduzem a uma superfcie
de condensao comum (Figura 01 pg. 15) chamado de "extrao e destilao
simultnea a vapor (EDS)" a sigla DES de uso comum. O material botnico
colocado com gua no balo de destilao ligado ao ponto A e o solvente orgnico
(menos denso do que a gua) colocado em um balo de destilao anexado em B.
O condensador C inserido no tubo D de tal forma que o condensado retornado
parte inferior da D, a gua de condensao volta para o balo A e a recolha do
solvente em cima da gua volta para o balo B (RON SELF, 2005).
16
Figura 01. Extrator de destilao e extrao simultnea.
Fonte: Ron Self, 2005.
3.3 A FAMLIA PIPERACEAE E O GNERO PIPER
Piperacea uma famlia de ervas, arbustos, pequenas rvores, rvores
aromticas e trepadeiras, representada por quatro gneros: Piper, Peperoma,
Manekia e zippelia, compreendendo aproximadamente 4000 espcies (WANKE et
al., 2007; MONTEIRO; GUIMARES, 2009).
Muitos txons de Piperaceae so ricos em metablitos secundrios bioativos,
incluindo alcalides, amidas, flavonides e terpenos, possuindo assim importncia
econmica e medicinal, como Piper nigrum L. (pimenta-do-reino), P. umbellatum L.
(pariparoba) e P. methysticum L. (kavakava) (YUNCKER, 1958; BARROS et al.,
1996; SILVA; MACHADO, 1999).
O gnero Piper tem aproximadamente 700 espcies, com cerca de 170 no
Brasil (YUNCKER, 1972). Vrias plantas deste gnero so largamente utilizadas na
medicina popular em muitas partes do mundo e tm seus metabolitos secundrios
com diversas atividades biolgicas (PARMA et al., 1997).
3.4 A FAMLIA LAMIACEAE E O GNERO HYPTIS
A famlia Lamiaceae compreende cerca de 250 gneros e 6.970 espcies
(JUDD et al., 1999) distribudas em todo o mundo, sendo o maior centro de
disperso a regio do Mediterrneo (PORTE; GODOY, 2001). As plantas de
Lamiaceae so utilizadas nas indstrias de ervas condimentares, como fonte de leo
essencial (EL-GAZZAR; WATSON, 1970a,b).
17
So exemplos de espcies de Lamiaceae, o alecrim (Rosmarinus sp.), slvia
(Salvia sp.), organo (Origanum sp.), tomilho (Thymus sp.), manjerico (Ocimum
sp.), manjerona (Marjorana sp.), menta (Mentha sp.) e segurelha (Satureja sp.),
(MARIUTTI; BRAGAGNOLO, 2007).
O gnero Hyptis o segundo maior de Lamiaceae e est includo dentre os
que tm maior concentrao de leos essenciais (EL-GAZZAR; WATSON, 1970a,b).
3.5 PIPER DIVARICATUM
Piper divaricatum Meyer um arbusto com at 9,0 m de altura, conhecido
popularmente por pau-de-angola, jaborandi-manso e betre. Tem distribuio
geogrfica na Amrica do Sul. No Brasil, nos estados do Amazonas, Amap, Par,
Cear, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Esprito Santo, Rio de Janeiro e Mato
Grosso. Sua raiz aromtica, de sabor forte, semelhante ao do gengibre, suas
folhas e razes, quando em infuso, so empregadas internamente contra dores
reumticas e clicas, e, quando cozidas, so utilizadas sob a forma de banhos
antirreumticos (GUIMARES; GIORDANO, 2004).
3.6 PIPER MARGINATUM SENSU LATO
Piper marginatum sensu lato conhecida como caapeba cheirosa e
malvarisco, um arbusto que tem ocorrncia desde o Oeste da ndia at as
Amricas Central e Sul (desde o Equador at o Brasil). Suas folhas tm
aproximadamente 8-15 cm de largura e 10-28 cm de comprimento (ANDRADE;
GUIMARES; MAIA, 2009).
O extrato de suas folhas usado na medicina popular para tratar o fgado e
doenas da vescula e tambm como tnico e antiespasmdico (BERG, 2010). No
estado da Paraba folhas e talos de P. marginatum so utilizados contra picada de
cobra e como sedativos (GUIMARES; GIORDANO, 2004).
3.7 HYPTIS CRENATA
Hyptis crenata Pohl. ex. Benth uma erva anual com cerca de 69-80 cm de
altura, cresce espontaneamente em solos arenosos perto de crregos da ilha do
18
Maraj, Par (MAIA; ZOGHBI; ANDRADE, 2001; ANDRADE et al.,2002).
conhecida popularmente como salva-do-maraj, hortel-brava, salsa-do-maraj e
malva-do-maraj (CORRA, 1984; HASHIMOTO, 1996).
O ch de suas folhas usado popularmente como sudorfico, tnico,
estimulante, para tratar inflamao dos olhos e garganta, constipao e artrite
(BERG, 2010). Alm do ch, suas folhas so utilizadas como repelente de insetos
quando friccionadas sobre a pele (POTT; POTT, 1997).
3.8 HYPTIS SUAVEOLENS
Hyptis suaveolens (L.) Poit. uma erva ereta anual, cerca de 1-2 metros de
altura (SILVA et al., 2003). conhecida popularmente como mentrasto ou erva-
cidreira, como bamburral (nordeste) e erva canudo (sudeste e sul), onde
considerada invasora de lavoura de milho e de pastagens (MARTINS; POLO; 2009).
encontrada em locais onde os solos foram drasticamente alterados, e est
amplamente distribuda nas regies tropicais e subtropicais (WULFF, 1973)
Suas folhas so utilizadas na medicina popular como bquica, sudorficas,
antiespasmdicas, carminativa e para tratamento de distrbios gastrintestinais
(CORREA, 1981; MARTINS; POLO, 2009). Suas flores e folhas secas, em forma de
cigarro, so utilizadas nas odontalgias, e tambm no tratamento das cefalias,
sendo tambm indicadas contra gripes, febres e problemas respiratrios em geral.
(BASLIO et al., 2006).
3.9 TOXIDADE PRELIMINAR COM LARVAS DE ARTEMIA SALINA
Desde tempos antigos plantas so usadas como medicamento, este uso tem
grande importncia, pois podem prover medicamentos para ampliar o arsenal
teraputico (JARAMILLO, 1989). Contudo, muitas plantas so conhecidas por serem
txicas, por essa razo, pesquisa so necessrias para determinar a ao
farmacolgica e toxidade destas plantas medicinais (PARRA et al.; 2001).
O microcrustceo Artemia salina (Figura 02) pertence ao filo Arthropoda,
classe Crustcea, subclasse Branquiopoda, ordem Anostraca, famlia Artemidae e
gnero Artemia (PIMENTEL et al., 2011). Por se tratar de um animal de fcil
manuteno em condies de laboratrio e de ampla distribuio, Artemia sp. tem
19
sido largamente utilizada em testes de toxicidade. O teste com Artemia sp. consiste
na exposio dos nuplios na fase II ou III durante 24 e/ou 48 horas a concentraes
crescentes da amostra que se pretende testar com anlise do nmero de
organismos mortos ao final do perodo de exposio (VEIGA; VITAL, 2002; CETESB,
1987).
Figura 02. Foto da espcie Artemia salina
Fonte: http://www.hlasek.com/artemiasalina.html
3.10 CAPACIDADE ANTIOXIDATIVA DE LEOS ESSENCIAIS
Os antioxidantes so comumente usados para inibir, prevenir ou retardar a
deteriorao pela oxidao, podendo atuar na reduo dos radicais livres,
antioxidante primrio, ou por um mecanismo que no envolve a reduo direta dos
radicais livres, antioxidante secundrio (POKORNY, 2001).
Devido tendncia atual pela procura cada vez maior de produtos naturais
pelos consumidores, causada pela crescente preocupao com a sade, torna-se
necessrio o estudo do uso de condimentos e ervas aromticas como antioxidantes
naturais em substituio aos convencionais BHA e BHT amplamente utilizados
(MARIUTTI; BRAGAGNOLO, 2007).
Existe uma grande variedade de testes para verificar a potencialidade dos
componentes presentes nos condimentos e ervas aromticas. Os mtodos podem
ser classificados em dois grupos: mtodos que avaliam a habilidade de sequestrar
radicais livres e mtodos que testam a habilidade de inibir a oxidao lipdica
(SCHWARZ et al., 2001). A quantificao do substrato, do agente oxidante, dos
produtos intermedirios ou dos produtos finais da oxidao pode ser usada para
medir a atividade antioxidante (ANTOLOVICH et al., 2002).
20
O mtodo de sequestro do radical DPPH bastante utilizado para avaliar a
evoluo da atividade antioxidante de alimentos, extratos de plantas, leos
essenciais e substncias puras. O radical DPPH (DPPH*) bastante estvel em
soluo alcolica. Sua forma radicalar recebe facilmente um tomo de hidrognio
(ou um eltron) abstrado de um substrato e sua colorao muda de violeta para
amarelo por uma reduo do seu coeficiente de absortividade molar de 9660 a 1640
a 517 nm (Figura 03). A mudana de colorao do DPPH estequiomtrica em
relao ao nmero de eltrons capturados (PRAKASH, 2001).
Figura 03. Sequestro do DPPH* por um antioxidante.
N-
O2N
O2N
NO2 + RHHN
O2N
O2N
NO2 R-+
As reaes de um antioxidante ou de uma espcie radicalar (R*) com o
DPPH*, promovem sua reduo. O desenvolvimento da reao bem como sua
eficincia antioxidante pode ser monitorado pelo decrscimo da absorbncia por
espectrofotometria UV-visvel ou pela diminuio da rea do pico por CLAE-UV
(YAMAGUCHI et al., 1998).
21
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 COLETA, IDENTIFICAO E SECAGEM DO MATERIAL BOTNICO
As espcies Piper marginatum sensu lato, Hyptis crenata e Hyptis suaveolens
(Figura 04) foram coletados no Parque Estadual Serra das Andorinhas e dos
Martrios, Municpio de So Geraldo do Araguaia, Par. Piper divaricatum (Figura 04)
foi coletado nas margens do rio Tucunduba no campus profissional da Universidade
Federal do Par, em Belm, Par.
Figura 04. Foto das espcies de Piper divaricatum, Piper marginatum sensu lato, Hyptis crenata e Hyptis suaveolens.
Fonte: Eloisa Andrade, 2013
A preparao de exsicatas, registro, incorporao no herbrio e identificao
das espcies foi feita segundo tcnica tradicional em botnica, ou seja, prensagem,
anotao de dados fenolgico, etnobotnico, ambiente, tipo de vegetao. A
identificao botnica foi feita por comparao morfolgica com amostras autenticas,
e incorporado no Herbrio Joo Mura Pires do Museu Paraense Emlio Goeldi
(MG 200.151, MG 200.119, MG 200.123), em Belm, Par.
As partes areas das espcies P. marginatum, H. suaveolens, H. crenata e a
planta inteira P. divaricatum foram colocadas sobre bandejas, em estufa com
ventilao a temperatura mdia de 35 C durante cinco dias, aps a secagem o
material foi modo, homogeneizado, pesado e submetido aos processos de
extraes. Para a extrao, o material de P. divaricatum foi separado em folhas,
galhos primrios, galhos secundrios e razes.
4.2 EXTRAO DOS COMPONENTES VOLTEIS
4.2.1 Extrao dos leos essenciais
Os leos essenciais
hidrodestilao, j os leos essenciais das espcies
hidrodestilao e arraste a vapor
Clevenger modificado, acoplado a sistema de refrigerao para
gua de condensao entre 10
centrifugados durante 5 min a 3000 rpm, desidratados com Na
novamente centrifugados nas mesmas condies. Os leos foram armazenados em
ampolas de vidro mbar, vedadas
C.
Figura 05. Sistema de extrao de leo essencial por hidrodestilao.
EXTRAO DOS COMPONENTES VOLTEIS
leos essenciais
essenciais das espcies de Piper foram obtidos apenas por
hidrodestilao, j os leos essenciais das espcies Hyptis foram obtidos por
hidrodestilao e arraste a vapor (Figura 05 e 06) utilizando sistema de vidro do tipo
Clevenger modificado, acoplado a sistema de refrigerao para manuteno da
gua de condensao entre 10-15 C, durante 3 h. Os leos, aps extrao foram
centrifugados durante 5 min a 3000 rpm, desidratados com Na
novamente centrifugados nas mesmas condies. Os leos foram armazenados em
ro mbar, vedadas com chama e, acondicionados em geladeira a 5
Sistema de extrao de leo essencial por hidrodestilao.
Fonte: Eloisa Andrade, 2013
22
foram obtidos apenas por
foram obtidos por
utilizando sistema de vidro do tipo
manuteno da
C, durante 3 h. Os leos, aps extrao foram
centrifugados durante 5 min a 3000 rpm, desidratados com Na2SO4 anidro e
novamente centrifugados nas mesmas condies. Os leos foram armazenados em
com chama e, acondicionados em geladeira a 5
Sistema de extrao de leo essencial por hidrodestilao.
23
Figura 06. Sistema de extrao de leo essencial por arraste a vapor dgua.
Fonte: Elosa Andrade, 2013.
4.2.2 Clculo do rendimento dos leos essenciais
O rendimento (%) do leo essencial extrado da biomassa vegetal foi obtido
do material bruto seco e livre de umidade (BLU) atravs da relao entre massa,
leo e umidade:
% leo BLU Vol. do leo obtido mLmassa do material g !"#$ % !'(( )* . 100%
A determinao da umidade residual do material vegetal foi realizada em
balana com determinao de umidade com aquecimento infravermelho no
momento da extrao.
4.2.3 Extrao do concentrado voltil
Para obteno dos concentrados volteis, as amostras de P. marginatum, P.
divaricatum e H. crenata foram submetidas a micro hidrodestilao-extrao
simultnea (DES), usando um extrator tipo Nickerson & Likens da Chrompack
(Figura 07), e n-pentano como solvente (2 mL), acoplado a um sistema de
refrigerao para manuteno da gua de condensao entre 5-10 C, durante 2
24
horas.
Figura 07. Sistema de extrao de concentrado de volteis por destilao e extrao simultnea.
Fonte: Pablo Figueiredo, 2013
4.2.4 Anlise da composio qumica
A composio qumica dos leos essenciais e concentrados volteis foi
analisada por Cromatografia de fase gasosa/Espectrometria de Massas em sistema
Thermo DSQ-II equipado com coluna capilar de slica DB-5MS (30m x 0,25 mm;
0,25 mm de espessura do filme) nas seguintes condies operacionais: programa de
temperatura: 60C-240C (3C/min); temperatura do injetor: 250C; gs de
arraste:hlio (velocidade linear de 32 cm/s, medida a 100C); injeo: tipo "splitless"
(0,1 L de uma soluo 2:1000 de leo essencial em hexano); espectros de massas:
por impacto eletrnico a 70 eV; temperatura da fonte de ons: 200C.
A identificao dos componentes volteis foi baseada no ndice de reteno
linear calculado em relao aos tempos de reteno de uma srie homloga de n-
alcanos e no padro de fragmentao observados nos espectros de massas, por
comparao com amostras autenticas existentes nas bibliotecas do sistema de
dados e da literatura (ADAMS, 2007).
25
4.3 TESTES BIOLGICOS
4.3.1 Teste da toxidade preliminar
Para o teste da toxidade preliminar ovos do microcrustceo Artemia salina
foram colocados para eclodirem em uma salmoura artificial composta por 1,4 g de
KCl, 46 g de NaCl, 8 g de Na2SO4, 22 g de MgCl2, 2,6 g de CaCl2 dissolvidos em 2
litros de gua com pH ajustado em 9 com Na2CO3 para diminuir o risco de morte de
A. salina devido a diminuio do pH durante a incubao dos ovos (LEWAN;
ANDERSSON; MORALES-GOMERS, 1992).
As larvas eclodiram aps aproximadamente 48 horas, dez larvas foram
colocadas em cada tubo de ensaio em concentraes de 1, 5, 10, 25, 50 e 100
g/mL do leo essencial das folhas e galhos secundrios de P. divaricatum com
dimetil sulfxido como diluente do leo, esta etapa foi realizada em triplicata.
Aps o perodo de 24 horas foi realizada a contagem das larvas mortas e
efetuado o clculo da concentrao necessria para causar a morte de 50% (Cl50)
pelo mtodo estatstico Probitos (FINNEY, 1971).
4.3.2 Teste da capacidade antioxidativa
Cada amostra de leo (5 L) foi misturada com 900 L do tampo Tris-HCl
100 mM (pH = 7,4), 40 L de etanol e 50 L de uma soluo de Tween 20 0,5%
(m/m) e adicionado 1,5 mL de DPPH 0,5 mM em etanol (250 M na mistura
reacional). O Tween 20 foi usado como um emulsificante para mistura leo-gua
(YAMAGUCHI et al., 1998; FRANKEL et al., 1996; SIRENDI, GOHTANI, YAMANO,
1998).
A mistura foi agitada vigorosamente e mantida em ambiente escuro a
temperatura ambiente por 30 min. A leitura da absorbncia foi feita no UV-visvel a
517 nm. A reao controle foi feita substituindo a amostra por 50 L de Trolox 1 mM
em etanol (concentrao final na reao 25 M).
A porcentagem de inibio dos radicais DPPH(IDPPH) para cada amostra foi
calculada de acordo com a equao:
26
I DPPH % 11 A /B 4 5 100 Onde: A a absorbncias da amostra controle B a absorbncia do branco no trmino da reao.
Os percentuais de inibio dos leos foram comparados com a inibio
induzida pela soluo de trolox 1 mM. A capacidade antioxidante total expressa em
mg ET/ml de leo foi calculada de acordo com a equao.
mg ET/mL A BA C X Trolox1000 X 250,291000 X 100010 Onde: A = Abs do branco B = Abs da amostra C = Abs do Trolox [Trolox] = concentrao da soluo de trolox usada como referncia. 250,29 = peso molecular do trolox
5 RESULTADOS E DISCUSSO
5.1 RENDIMENTO EM LEO ESSENCIAL
A Figura 08 mostra
areas das espcies estudada
Dentre as espcies do gnero
por hidrodestilao foi obtido
rendimento de leo essencial
superior ao rendimento por arraste a vapor (1,7
crenata foram de 0,30%
respectivamente.
Figura 08. Rendimento em leo essencial das partes areas das espcies de Piper e Hyptis.
A Figura 09, pg. 27
dos vrios rgos de P. divaricatum
0
0.5
1
1.5
2
2.5
divaricatum
2.15
RESULTADOS E DISCUSSO
EM LEO ESSENCIAL
mostra os rendimentos em leo essencial obtidos das partes
areas das espcies estudadas.
espcies do gnero Piper, o melhor rendimento em leo essencial
btido de P. divaricatum (2,15%). Dentre as
rendimento de leo essencial de H. suaveolens por hidrodestilao (2,33%) foi
superior ao rendimento por arraste a vapor (1,70%). Os rendimentos da espcie
foram de 0,30% e 0,23% por hidrodestilao e arraste a vapor
Rendimento em leo essencial das partes areas das espcies de
7 apresenta os rendimentos dos leos essenciais
divaricatum por hidrodestilao.
divaricatum marginatum crenata suaveolens
Piper Hyptis
1.8
0.3
2.33
0.23
1.7
27
obtidos das partes
, o melhor rendimento em leo essencial
(2,15%). Dentre as Hyptis, o
por hidrodestilao (2,33%) foi
%). Os rendimentos da espcie H.
arraste a vapor,
Rendimento em leo essencial das partes areas das espcies de
s essenciais obtidos
HD
AV
Figura 09. Rendimento de
Dentre os rgos estudados, nas folhas foi obtido o melhor
(2,15%), enquanto o menor
folha
galho secundrio
galho primrio
raiz
r
g
o
s
Rendimento de leo essencial em vrios rgos de Piper
Dentre os rgos estudados, nas folhas foi obtido o melhor
o menor encontra-se nos galhos primrios (0,1%).
2.15
0.88
0.1
0.27
0 0.5 1 1.5 2
folha
galho secundrio
galho primrio
raiz
(%)
28
Piper divaricatum.
Dentre os rgos estudados, nas folhas foi obtido o melhor rendimento
2.15
2.5
29
5.2 COMPOSIO QUMICA
5.2.1 Composio qumica dos rgos de Piper divaricatum
Na tabela 01 encontram-se os 68 constituintes qumicos, com seus
respectivos ndices de reteno (IR), identificados dos volteis obtidos das folhas
(F), galhos secundrios (GS), galhos primrios (GP) e razes (R) de P. divaricatum
extrados por hidrodestilao (HD) e destilao e extrao simultnea (DES). A
Figura10, pg. 30 apresenta as estruturas qumicas dos constituintes majoritrios
obtidos dos volteis de P. divaricatum.
Tabela 01. Composio qumica dos volteis dos vrios rgos de Piper divaricatum por HD e DES.
IR
Constituintes
HD DES
F GS GP R F GS GP
846 2E-hexanal 0,04 0,16
932 -pineno 0,37 5,88 0,09 1,4 11,9 9,91
969 sabineno 0,2 0,06 0,94 4,2
974 -pineno 0,1 4,04 6,77
1024 limoneno 0,04 0,6 0,04 0,08 1,02 0,46
1025 silvestreno 0,21
1031 Z--ocimeno 0,09 0,12
1044 E--ocimeno 0,89 0,69 1,88 0,95 0,15
1086 terpinoleno 0,07 0,08
1186 -terpineol 0,09 0,07 0,06
1298 cido (2E,3Z)-decadienoico 0,55
1335 -elemeno 0,96 1,06 2,54 0,12 1,29 0,82 0,65
1356 eugenol 36,2 33,73 20,8 0,32 27,33 30,19 51,16
1373 -ylangeno 0,35 0,26 0,34 0,38 0,27
1389 -elemeno 7,14 8,79 16,66 3,33 7,82 6,39 6,51
1402 -funebreno 0,23
1403 metileugenol 18,49 16,43 11,32 2,58 16,26 13,39 8,78
1417 -cariofileno 3,41 6,68 9,98 3,46 3,4 4,36 3,22
1430 -copaeno 0,31 0,32 0,56 0,24
1432 trans--bergamoteno 0,11
1437 -guaieno 0,04 0,17 0,52 0,21 0,32 0,08
1439 aromadendreno 0,06 0,07 0,22 0,22 0,04
1452 -humuleno 0,26 0,56 1,11 0,12 0,37 0,19
1457 sesquisabineno 2,77
1458 alloaromadendreno 0,08 0,22 0,56 0,12
1464 E-9-epi-cariofileno 0,06 0,18 0,43 0,43 0,07
1475 trans-cadina-1,(6),4-dieno 0,62
30
IR Constituintes HD DES
F GS GP R F GS GP
1484 germacreno D 2,38 1,95 3,77 2,66 1,4
1489 -selineno 0,17 0,78 2,23 0,22 0,46
1493 trans-muurola 5,4(14)-dieno 0,12 0,23 0,56
1498 -selineno 3,82
1500 biciclogermacreno 1,65 2,52 6,19 2,31 1,77 1,71
1500 pentadecaeno 3,48
1501 epizonareno 0,59
1502 trans--guaieno 0,16 0,19 0,47
1505 -bisaboleno 6,28
1506 Z--bisaboleno 2,12
1521 acetado de eugenol 22,77 10 1,64 0,37 27,56 15,86 9,85
1522 -cadineno 1,42
1528 zonareno 0,4
1529 (E)--bisaboleno 0,26
1532 -cupreno 0,12
1533 trans-cadina-1,4-dieno 0,14
1537 -cadineno 0,06
1548 elemol 0,71
1555 elemicina 0,14 0,17 0,1 0,16
1561 E-nerolidol 0,1 0,15 0,94 0,51 0,12
1577 espatulenol 0,76 0,51 1,46 0,86 1,02 0,45
1582 xido de cariofileno 0,26 0,26 0,6 0,48 0,22 0,08
1590 globulol 0,17 0,27 1,13 0,53 0,16 0,1
1592 viridiflorol 0,41
1600 guaiol 0,45
1602 ledol 0,23
1607 5-epi-7-epi--eudesmol
1618 1,10-di-epi-cubebol 0,07
1620 dilapiol 0,2 0,33 2,81 22,31 0,1 0,2 0,64
1622 10-epi--eudesmol 1,73
1627 1-epi-cubebol 0,04 0,1 0,45 0,05
1639 cariofila-4(12),8(13)-dien-5-ol 0,05
1640 -epi-murrolol 0,12 0,1 0,4 0,48 0,07
1644 -murrrolol 0,05 0,07 0,29 0,45 0,14 0,07
1652 -eudesmol 1,86
1652 -cadinol 0,34 0,24 1,03 0,13
1658 selin-11-en-4-ol 0,2 0,61 2,15 1,19 0,3 0,42
1666 Z-14-hidroxi-cariofileno 0,22 0,11 0,37 0,09
1685 -bisabolol 0,1 1,46 13,89 0,09 0,13
16,98 (2Z,6Z)-farnesol 1,16
1700 heptadecano 0,36
TOTAL (%) 99,19 98,82 93,55 81,36 95,71 98,31 98,62
31
Figura 10. Estruturas qumicas dos componentes majoritrios obtidos nos diferentes rgos de Piper divaricatum
eugenol metileugenol acetato de eugenol
OH
dilapiol -elemeno -bisabolol
Os constituintes majoritrios dos volteis obtidos por HD e DES dos vrios
rgos de P. divaricatum foram o fenilpropanide eugenol (20,8 a 51,6%), com
exceo do leo essencial obtido da raiz (0,32%), cujo constituinte principal foi o
fenilpropanide dilapiol (22,31%). Metileugenol foi o segundo constituinte principal
obtido (8,78 a 18,49%), com exceo novamente para o leo da raiz (2,58%), que
apresentou o sesquiterpeno oxigenado -bisabolol (13,89%).
Acetato de eugenol obtido por HD apresentou teor de 0,37% (R), 1,64% (GP),
10% (GS) e 22,77% (F) havendo um aumento na concentrao desse constituinte
medida que a planta sai do subsolo at atingir a parte mais area dos rgos, o
mesmo ocorrendo na DES, 9,85% (GP), 15,86% (GS) e 27,56% (F). Na Figura 11,
pg. 31 apresenta-se a composio qumica dos volteis obtidos das partes areas
de P. divaricatum por HD e DES, onde observa-se que a diferena mais significativa
entre as tcnicas foi nos volteis obtidos dos galhos primrios, destacando-se o
constituinte eugenol que foi duas vezes superior na DES (51,16%) que na HD
(20,8%), assim como o hidrocarboneto monoterpnico -pineno foi
aproximadamente 100 vezes superior na DES (9,91%) com relao ao obtido na HD
(0,09%). O oposto acontece com a concentrao dos hidrocarbonetos
sesquiterpnicos -elemeno e -cariofileno, os quais apresentam concentraes
muito maiores no leo essencial (16,
(6,51% e 3,22%), respectivamente.
Figura 11. Composio qumicaPiper divaricatum por HD e DES
Figura 12. Composio qumica dos leos essenciais obtidos de vrios rgos de Piper divaricatum
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
HD DES
(
%)
folha galho secundrio galho primrio
0
10
20
30
40
(
%)
Constituintes qumicos
o maiores no leo essencial (16,66% e 9,98%) que no concentrado voltil
(6,51% e 3,22%), respectivamente.
Composio qumica dos volteis obtidos das partes areaspor HD e DES
Composio qumica dos leos essenciais obtidos de vrios rgos de
HD DES HD DES
folha galho secundrio galho primrio
-pineno
-elemeno
-cariofileno
metileugenol
eugenol
acetado de eugenol
Constituintes qumicos
folha
galho secundrio
galho primrio
raiz
32
66% e 9,98%) que no concentrado voltil
das partes areas de
Composio qumica dos leos essenciais obtidos de vrios rgos de
pineno
elemeno
cariofileno
metileugenol
eugenol
acetado de eugenol
galho secundrio
galho primrio
33
Nos dados da Figura 12 pg. 31, observa-se certa semelhana nos perfis
qumicos das folhas e galhos secundrios obtidos por HD, os quais so constitudos
por eugenol (36,25 e 33,73%), metileugenol (18,49% e 16,43%), acetato de eugenol
(22,77% e 10%), respectivamente. Com exceo ao acetado de eugenol que tem
concentrao duas vezes maior nas folhas que nos galhos secundrios, os demais
constituintes apresentam concentraes muito prximas. Contudo, quando se
compara a composio dos volteis das folhas e galhos secundrios com a
composio dos volteis dos galhos primrios observa-se que -elemeno que tem
concentraes de 7,14% e 8,79% nas folhas e galhos secundrios, respectivamente,
passa a ser um dos compostos majoritrios nos galhos primrios (16,66%).
Ao analisar e comparar a composio qumica do leo essencial das razes
com os leos dos demais rgos (folhas, galhos secundrios e primrios), observa-
se que dilapiol (22,31%) e -bisabolol (13,89%), que so os componentes
majoritrios da raiz, tm baixssimas concentraes nos demais rgos (folhas:
0,2%; galhos secundrios: 0,33%; galhos primrios: 2,81%) e (folhas -, galhos
secundrios: 0,1%; galhos primrios: 1,46%), respectivamente.
Barbosa, Da Cmara e Ramos (2012) ao analisarem qualitativamente e
quantitativamente o leo essencial de trs rgos de P. divaricatum (folhas jovens,
frutos e caule) coletado em Itabuna, Bahia mostraram que o fenilpropanide safrol
o constituinte predominante com 98%, 87% e 83% nos trs rgos, respectivamente.
Assim provavelmente o espcime de P. divaricatum diferente do quimiotipo
estudado neste trabalho.
A composio qumica do leo essencial das folhas de P. divaricatum tambm
so reportados por Da Silva et al. (2010), os quais identificaram como componentes
majoritrios os fenilpropanoides metileugenol (63,8%) e eugenol (23,6%) em um
espcime coletado na ilha do Maraj, Par, Brasil, semelhante ao quimiotipo
estudado neste trabalho.
H tambm outro quimiotipo descrito por Almeida et al. (2009), que
descrevem como componentes majoritrios das folhas de P. divaricatum os
monoterpenos linalol (29,0%), -pineno (25,0%) e -pineno (18,8%) em espcimes
coletadas em Guaramiranga, Cear, Brasil.
34
5.2.2 Composio qumica de Piper marginatum por HD e DES
Na Tabela 02 so apresentados os constituintes volteis das partes areas de
Piper marginatum (>1%) obtidos por HD e DES e seus respectivos ndices de
reteno,
Tabela 02. Composio qumica dos volteis (>1,0%) de Piper marginatum por HD e DES
IR Constituintes HD DES
932 -pineno 0,32 2,45
946 canfeno 0,42 3,20
974 -pineno 0,42 1,42
1020 -cimeno 0,85 2,40
1026 1,8-cineol 1,20
1054 -terpineno 1,53 0,52
1140 E-miroxido 2,56 0,20
1141 cnfora 1,01 0,86
1165 borneol 1,14 0,40
1174 terpinen-4-ol 1,83 0,10
1285 safrol 37,62 28,11
1186 -terpineol 16,54 -
1289 timol 1,81 1,89
1374 -copaeno 0,17 1,31
1387 -bourboneno 0,13 1,25
1403 metileugenol 0,32 1,45
1404 piperonato de metila 0,44 1,76
1417 -cariofileno 2,97 3,29
1473 3,4-metilenodixi-propiofenona 1,76 10,61
1517 miristicina 0,49 1,89
1555 elemicina 0,83 2,06
1577 espatulenol 3,48 5,53
1582 xido de cariofileno 2,49 2,99
1590 globulol 1,04 0,44
1620 dilapiol 0,29 1,42
1630 muurola-4,10(14)-dien-1-ol 1,51
1638 2-hidrxi-3,4-metilenodixi-propiofenona 0,84 2,28
1649 -eudesmol 1,36 1,39
Os componentes majoritrios obtidos por HD e DES das partes areas de P.
marginatum foram os fenilpropanides safrol (37,6% e 28,11%) e 3,4-metilenodixi-
propiofenona (1,76% e 10,61%), terpenos oxigenados -terpineol (16,54% e -) e
espatulenol (3,48% e 5,53%), respectivamente.
Na Figura13 pg. 34, observa-se a variabilidade dos constituintes qumicos
35
obtidos nos dois mtodos de extrao. Os teores de safrol e -terpineol so maiores
no leo essencial por HD, o oposto acontece com 3,4-metilenodixipropiofenona e
espatulenol, os quais mostraram maiores concentraes por DES.
Figura 13. Variao dos constituintes volteis obtidos das folhas de Piper marginatum por HD e DES
Andrade et al. (2008) propem sete quimiotipos para leos essenciais obtidos
por HD das partes areas de P. marginatum sensu lato, sendo estes: 1) safrol e 3,4-
metilenodixi-propiofenona; 2) 3,4-metilenodixi-propiofenona e -Menta-1(7),8-
dieno; 3) 3,4-metilenodixi-propiofenona, miristicina, (E)--ocimeno e -terpineno; 4)
-cariofileno, -copaeno e 3,4-metilenodixi-propiofenona; 5) (E)-isoosmorizol, (E)-
anetol e isoosmorizol; 6) 2-metoxi-4,5-metilenodioxipropiofenona, ismero metoxi-
4,5-metilenodioxi-propiofenona e (E)-isoosmorizol, 7) -cariofileno,
biciclogermacreno e (E)-asarona.
O quimiotipo analisado neste espcime semelhante ao quimiotipo 1 de
Andrade et al. (2008), o qual caracterizado por altas concentraes de safrol
(23,963,9%) seguido de 3,4-metilenodioxi-propiofenona (7,333,2%), (E)--
ocimeno (1,5 13,5%), miristicina (0,6 8,2%), germacreno D (0,9 6,3%), -
cariofileno (1,26,0%) e (Z)--ocimeno (1,15,3%).
0
5
10
15
20
25
30
35
40
(
%)
Constituintes volteis
HD
DES
36
No Trabalho de Andrade et al. (2008) os espcimes que apresentaram este
qumiotipo foram coletadas em Monte Alegre (Par), Xambio (Tocantis) e em
Naraz (Tocantins)
Na Figura 14 so mostradas as estruturas qumicas dos componentes
majoritrios obtidos dos volteis das partes areas de P. marginatum.
Figura 14. Estruturas qumicas dos componentes majoritrios obtidos das partes areas de Piper marginatum
Safrol
H
H
HO
Espatulenol
-terpineol
3,4-metilenodixi-propiofenona
-cariofileno
37
5.2.3 Composio qumica de Hyptis crenata por HD, AV e DES
Na Tabela 03, encontram-se os componentes identificados de H. crenata e
seus respectivos ndices de reteno (IR) nos trs processos de extrao: HD, AV e
DES.
Tabela 03. Composio qumica dos volteis de Hyptis crenata por HD, AV e DES
IR COMPONENTE HD AV DES
932 -pineno
20,78 28,57
946 canfeno 3,42 3,64
974 -pineno 2,31 1,92
988 mirceno 1,19 1,32
1001 -2-careno 7,72 7,84
1020 -cimeno 0,05 1,28
1024 limoneno 0,05 3,37
1026 1,8-cineol 2,54 21,87 33,54
1014 -terpineno 0,05 1,02 1,96
1067 cis-oxido de linalol 0,08
1084 trans-oxido de linalol 0,72 0,24
1095 linalol 0,87 0,29 0,37
1118 exo fenchol 0,56 0,16 0,20
1118 cis--menh-2-en-1-ol 0,38 0,09
1135 trans-pinocarveol 0,23
1141 cnfora 3,20 1,97 2,10
1145 hidrato de canfeno 0,79 0,25 0,33
1160 pinocarvonena 0,19 0,07 0,08
1165 borneol 4,39 1,11 1,29
1174 terpinen-4-ol 1,61 0,49 0,54
1179 -cimen-8-ol 0,49 0,16
1186 -terpineol 7,09 1,70 2,03
1207 trans-piperitol 0,12 0,05
1214 fragranol 0,10
1215 trans-carveol 0,14
1241 metanoato de carvacrol 0,05
1249 piperitona 0,06
1289 timol 1,22 0,13 0,08
1287 acetato de bornila 0,16
1285 safrol 1,07 0,30 0,13
1293 mirtenato de metila 0,30
1298 carvacrol 0,35 0,07
1283 -terpinen-7-al 0,10
1350 -longipineno 2,02 1,10 0,48
1373 -ilangeno 0,82 0,49 0,17
1374 -copaeno 0,61 0,35 0,11
38
IR COMPONENTE HD AV DES
1381 -panasinseno 0,10
1403 metileugenol 0,10
1409 -gurjuneno 0,50 0,31 0,09
1417 -cariofileno 4,85 2,58 1,08
1436 aromadendreno 0,60 2,78 0,96
1437 -guaieno 4,81
1449 -himachaleno 1,14 0,58 0,19
1452 -humuleno 0,49 0,24
1458 alloaromadendreno 1,57
1475 - gurjuneno 0,47 0,22 0,05
1479 - muuroleno 0,71 0,41 0,12
1481 - himachaleno 0,69 0,34 0,10
1481 -curcumeno 0,20 0,23 0,06
1489 -selineno 1,25 0,63 0,19
1489 viridifloreno 2,02 0,31
1489 -selineno 0,69
1500 - himachaleno 1,36 0,67 0,19
1514 cubebol 0,30 0,04
1516 dihidro -himachaleno 0,10 0,12
1522 -cadineno 2,15 0,44 0,39
1521 trans-calameneno 0,32 0,71 0,04
1544 -calacoreno 1,00 0,19
1545 selina-3,7(11)-dieno 0,57
1548 -agarofurano 0,44
2577 espatulenol 1,44 0,34 0,16
1582 oxido de cariofileno 0,9 0,10
1590 globulol 1,22 0,16
1592 viridiflorol 1,38 0,15
1600 guaiol 0,36 0,06
2600 rosifoliol 0,65 0,06
1620 dilapiol 4,06 0,18 1,33
1622 10-epi--eudesmol 13,80 4,65 2,07
1640 hinesol 2,41
1656 valerianol 6,96 1,74 1,22
TOTAL (%) 90,02 99,99 96,17
Os constituintes principais na hidrodestilao (HD), no arraste a vapor (AV) e
destilao e extrao simultnea (DES) foram os monoterpenos -pineno (ausente,
20,78% e 28,57%), -2-careno (ausente, 7,71% e 7,84%), 1,8-cineol (2,54%, 21,87%
e 33,54%), -terpineol (7,09%, 1,7% e 2,03%) e os sesquiterpenos oxigenados 10-
epi--eudesmol (13,8%, 4,65% e 2,07%) e valerianol (6,96%, 1,74%, 1,22%),
respectivamente.
39
Na Figura 15, notvel a semelhana no perfil qumico obtido por AV e DES
(majoritrios: 1,8-cineol, -terpineol e -2-careno). Contudo, estes se diferenciam do
perfil obtido por HD que no apresenta nenhum constituinte com concentrao
significativa (principais: -terpineol, 10-epi--eudesmol, valerianol).
Figura 15. Variao qumica de Hyptis crenata por HD, AV, DES.
No trabalho de Rebelo et al. (2009), descrita a composio qumica do leo
essencial obtido por HD de um espcime de H. crenata coletado no municpio de
salvaterra, ilha do Maraj, Par, onde teve como constituintes principais -pineno
(19,5%), 1,8-cineol (23,2%), -pineno, (13,8%), cnfora (11,6%), limoneno (4,4%) e
-terpineno (2,4%). O perfil qumico, obtido por HD, muito similar ao perfil qumico
de H. crenata obtido por AV e DES.
Bravim (2008) descreve o perfil qumico do leo essencial de H. crenata,
coletado em Salvaterra, Par, obtido por HD com constituintes majoritrios
monoterpenos 94,5%, sendo encontrados em maior concentrao 1,8-cineol (34%),
-pineno (26%) e -pineno (11,4%).
H semelhana no perfil qumico de H. crenata obtido por HD de Rebelo et al.
(2009) e Bravim (2008) ao perfil qumico deste trabalho, porm utilizando tcnicas de
extrao diferente, AV e DES, portanto no sugere que se trate do mesmo
0
10
20
30
40
50
60
70
80
HD AV DES
(%)
tecnica
valerianol
10-epi--eudesmol
-terpineolo
1.8-cineol
-2-careno
-pineno
40
quimiotipo, s refora que as formas de como as destilaes so feitas, assim como
o mtodo e o tempo de secagem do material podem influenciar na composio
qumica dos volteis.
Na Figura 16, so mostradas as estruturas qumicas dos constituintes
majoritrios identificados nos volteis da espcie H. crenata.
Figura 16. Estruturas qumicas dos compostos majoritrios obtidos de Hyptis crenata
O
1,8-Cineol
OH
10-epi--eudesmol
-pineno
-terpineol
-2-careno
OH
Valerianol
41
5.2.4 Composio qumica de Hyptis suaveolens por HD e AV
Nos leos essenciais de H. suaveolens foram identificados 79 e 61
constituintes, que correspondem 89,93 e 94,1% do contedo total dos leos obtidos
por HD e AV. Na tabela 04 encontram-se os constituintes qumicos identificados nos
leos essenciais obtidos por HD e AV de H. suaveolens e seus respectivos ndices
de reteno (IR).
Tabela 04. Composio qumica dos volteis de Hyptis suaveolens por HD e DES IR COMPONENTES HD AV
932 -pineno 0,26 0,04 969 sabineno 7,91 3,33
1014 -terpeno 0,28 1026 1,8 cineol 4,37 2,82 1054 -terpineno 0,53 0,19 1065 hidrato de cis-sabineno 0,32 0,23 1086 terpinoleno 0,72 0,31 1098 hidrato de trans-sabineno 0,39 0,36 1118 cis--ment-2-en-1-ol 0,07 1136 trans- ment-2-en-1-ol 0,05 1141 cnfora 0,09 0,14 1165 borneol 0,13 0,15 1174 4-terpinenol 0,64 0,54 1179 -cimen-8-ol 0,08 1186 -terpineol 0,37 0,53 1195 cis-piperitol 0,04 1335 elemeno 9,19 12,18 1345 -cubebeno 1,22 0,87 1356 eugenol 0,04 0,08 1374 -copaeno 0,47 0,89 1387 -bourboneno 0,90 1,13 1389 -elemeno 2,80 2,70 1419 -gurjuneno 0,04 0,15 1417 -cariofileno 9,75 14,67 1431 -gurjuneno 2,72 1432 trans -bergamoteno 0,08 0,9 1434 -elemeno 2,97 1439 aromadendreno 0,41 0,13 1442 6,9-guaiadieno 0,54 0,77 1452 -humuleno 1,26 1,61 1458 allo aromadendreno 0,37 0,53 1461 cis-cadina-1(6),4-dieno 0,22 0,32 1475 trans-cadina-1(6),4-dieno 0,10 0,12 1478 -muuroleno 0,58 0,75 1484 germacreno D 7,56 11,19 1489 -salineno 0,84 0,99 1496 viridifloreno 0,16 0,25
42
IR COMPONENTES HD AV
1500 biciclogermacreno 10,5 11,80 1500 -muuroleno 0,31 1505 -bisaboleno 0,28 2,90 1509 -bulneseno 0,31 1513 -cadineno 0,38 0,55 1514 cubebol 0,19 0,85 1521 trans-calameneno 0,16 0,26 1521 -sesquifelandreno 0,15 0,12 1522 -cadineno 0,76 0,29 1529 E--bisaboleno 0,04 1533 trans-cadina-1,4-dieno 0,11 0,13 1537 -cadineno 0,08 0,10 1559 germacreno B 0,13 0,10 1561 E-nerolidol 0,06 1567 palustrol 0,18 1577 espatulenol 6,71 5,91 1582 xido cariofileno 0,76 0,92 1590 globulol 0,88 0,41 1592 viridiflorol 0,38 0,19 1595 11-cubebanol 0,04 1608 epxido de humuleno II 0,15 1618 10-diepi-cubenol 0,72 0,53 1618 junenol 0,01 0,05 1620 dilapiol 0,01 1627 1-epi--cubenol 0,10 1638 -epi-cadinol 2,00 1,44 1638 -epi-murrolol 0,50 0,04 1644 -muurolol 0,10 1652 -cadinol 2,00 0,50 1652 selin-11-en-4--ol 0,86 1,32 1685 -bisabolol 0,14 1685 trans--germagra-4(15),5,10(14)-1-ol 0,17 1754 6,10,14-trimetil-2-pentadecanone 0,13 1685 garmacra-4(15),5,10(14)-trien-1--ol 0,17 1754 6,10,14-trimetril-2-pentadecanona 0,13 1905 isopimara-9(11),15-dieno 1,13 1,84 1987 xido de manool 0,41 0,49 2022 abieta-8,12-dieno 0,09 0,09 2055 abietatrieno 0,87 0,77 2153 abieta-8(14),13(15)-dieno 0,12 2324 8,13-abietadien-18-o 2,23 0,25 2368 dihidro abietol 0,18 2401 abietol 0,13
Total (%) 89,93 94,1
43
Os componentes majoritrios obtidos por HD e AV foram os hidrocarbonetos
sesquiterpnicos: -cariofileno (9,75% e 14,67%), biciclogermacreno (10,57% e
11,80%) e germacreno D (7,56% e 11,19%) e o monoterpeno sabineno (7,91% e
3,33%), respectivamente. Na Figura 17 pg. 42 observa-se similaridade no perfil
qumico dos volteis obtidos por HD e AV, visto que no h grandes diferenas
qualitativas entre as concentraes dos constituintes majoritrios.
Figura 17. Variao dos constituintes volteis obtidos das folhas de Hyptis suaveolens por HD e DES
Silva et al. (2003) ao analisarem a composio qumica do leo essencial
obtido por arraste a vapor de diversas partes de H. suaveolens, folhas, galhos e
inflorescncias, coletado em Viosa, Minas Gerais, obtiveram como componentes
majoritrios nas folhas: 1,8-cineol (2,82%), germacreno D (7,84%), espatulenol
(7,94%), -cariofileno (10,39%), perfil qumico muito semelhante ao perfil descrito
neste trabalho.
Martins et al. (2006) ao analisarem a composio qumica do leo essencial
de H. suaveolens por hidrodestilao sob diferentes condies de cultivo descrevem
como componentes majoritrios: espatulenol, globulol, deidroabietol, -cadinol,
abietol, -cadineno e trans--bergamoteno, componentes presentes nos volteis de
0
2
4
6
8
10
12
14
16
(
%)Constituintes volteis
HD
AV
44
H. suaveolens deste trabalho, porm em concentraes mais baixas.
Na Figura 18 encontram-se as estruturas qumicas dos componentes
majoritrios identificados nos leos essenciais de H. suaveolens.
Figura 18. Estruturas qumicas dos compostos majoritrios obtidos de Hyptis suaveolens.
Sabineno
-elemeno
Germacreno D
H
H
HO
Espatulenol
-cariofileno
Biciclogermacreno
45
5.3 TESTES BIOLGICOS
5.3.1 Toxidade preliminar de Piper divaricatum
Nas Tabelas 05 e 06 so mostrados os resultados do teste para cada triplicata
das folhas e galhos secundrios, respectivamente. Os valores da CL50 para os leos
de P. divaricatum foram de 10,4 g.mL-1 e 25,15 g.mL-1 para as folhas e galhos
secundrios, respectivamente.
Tabela 05. Resultado do teste de toxidade preliminar do leo essncias das folhas de Piper divaricatum
MDIA DESV. CV (%) CL50 10,40 2,60 25,10 R2 0,69 0,15 21,02
Tabela 06. Resultado do teste de toxidade preliminar do leo essencial dos galhos secundrios de Piper divaricatum
MDIA DESV. CV(%) CL50 25,15 2,60 10,20 R2 0,56 0,19 33,32
Os leos essenciais das folhas e galhos secundrios de P. divaricatum
mostraram atividade larvicida frente s larvas de A. salina, indicando que possui
relevante atividade biolgica, pois de acordo com Meyer e colaboradores (1982),
amostras de leos e extratos de plantas so consideradas txicas quando os valores
de CL50 se situam abaixo de 1.000 g.mL-1.
O leo essencial das folhas duas vezes mais txico que o leo essencial
dos galhos secundrios, uma vez que tem uma CL50 duas vezes menor, o que leva a
uma menor concentrao de leo para matar a metade das larvas.
Essa diferena pode ser causada pela presena do constituinte acetato de
eugenol, que possui atividade bactericida, antiviral e antifngica (BENITEZ, 2009),
apresentar uma concentrao duas vezes maior no leo essencial das folhas que
nos galhos secundrios. Contudo, importante ressaltar que as substncias
majoritrias encontradas nos leos essenciais nem sempre so os componentes
responsveis pelas propriedades que estes demonstram (BANDONI; CZEPAK,
2008).
46
5.3.2 Capacidade antioxidativa de Hyptis crenata
A curva de inibio do trolox foi plotada utilizando as concentraes de 10,0,
5,0, 2,5 e 1,0 mM com valores de inibio de 84,6, 53,4, 29,8 e 12,2%,
respectivamente. A reao entre trolox e DPPH atingiu o plateau antes dos 30 min. A
correlao dose-resposta foi linear (R2 = 0,98; P = 0,001); a equao da reta obtida
(y = 0,12X 0,99) foi utilizada para expressar os resultados da atividade antioxidante
em M e mg do equivalente trolox por ml de leo (mg ET/mL).
As amostras mostraram capacidade de sequestro do radical DPPH, com uma
cintica de reao consideravelmente lenta com durao mdia de 2 horas. Os
valores de inibio dos leos essenciais de H. crenata foram de 34,9% extrado por
HD, 49,5% extrado por AV. O leo mais ativo foi o extrado AV com atividade de
apenas 4 vezes menor que do Trolox. Os valores da atividade antioxidante das
amostras encontram-se na Tabela 07.
Tabela 07. Resultados dos testes da capacidade antioxidativa do leo essencial de Hyptis crenata extrado por HD e AV
MTODO MDIA DESV. VARINCIA CV(%)
HD 187,70 5,60 31,10 2,90 AV 269,00 16,51 272,30 61,00
provvel que maior capacidade antioxidativa do leo essencial de H.
crenata extrado por AV seja devido seus constituintes majoritrios, -pineno
(20,78%), 1,8-cineol (21,87%) terem comprovada atividade antioxidativa frente ao
mtodo do DPPH descrita por Wang et al. (2008) e Ruberto e Baratta (2000), no
sendo encontrada na literatura relados da atividade antioxidativa de 10-epi--
eudesmol.
Todavia, a capacidade antioxidativa do leo essencial de H. crenata extrado
por HD teve uma atividade de 5 vezes menor que a do trolox, havendo uma
expectativa de tal capacidade ser causada por alguns de seus demais constituintes.
47
6 CONCLUSES
As espcies de Piper apresentaram altos teores em leo essencial nas partes
areas, com predominncia da classe fenilpropanodica.
Entre as espcies de Hyptis, onde houve predominncia da classe terpnica,
os melhores rendimentos em leo essencial foram obtidos por Hidrodestilao.
Os rgos de P. divaricatum apresentaram semelhana no perfil qumico das
folhas, galhos secundrio e primrio, os quais podem ser usados juntos na produo
de leo essencial, diferente do perfil qumico das razes.
O leo essencial de P. divaricatum obtido das partes areas apresentou alta
atividade biolgica frente Artemia salina.
A influncia do tipo de extrao de volteis na composio qumica foi
observada para as espcies Piper marginatum e Hyptis crenata, o que pode
influenciar nas atividades biolgicas dos leos. Portanto necessrio um
planejamento prvio cuidadoso sobre o perfil qumico desejado para selecionar a
tcnica de extrao adequada para as espcies P. marginatum e H. crenata.
.
48
REFERNCIAS
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55
ANEXOS Ioncromatogramas obtidos dos volteis das folhas de P. marginatum
Ioncromatogramas obtidos dos volteis das folhas de P. divaricatum
RT: 2,97 - 45,21
5 10 15 20 25 30 35 40 45Time (min)
0
20
40
60
80
1000
20
40
60
80
100
Rel
ativ
e A
bund
ance
20,04
31,51
29,9031,63
26,5023,2728,71 33,5623,58
8,786,46 34,275,98 8,937,26 22,90 34,8213,54 36,74
14,56 40,3721,35 41,405,7719,55
15,54
31,1924,98 29,4819,89 33,1614,9213,23 34,1610,03 16,526,52 36,67 43,9542,75
NL:4,66E9TIC F: MS PPN201FGDES
NL:7,11E8TIC F: MS ppn201fghd_121121121410
RT: 3,94 - 44,95
5 10 15 20 25 30 35 40Time (min)
0
20
40
60
80
1000
20
40
60
80
100
Rel
ativ
e A
bund
ance
22,68
24,60 29,31
25,15
21,40 31,349,55 34,29 35,895,98 20,97 37,6212,76 15,56 40,55 42,4825,37
30,3424,4523,60
22,9227,93
9,61 21,52 31,795,97 34,577,26 34,96
21,0012,78 37,7216,16 40,62
NL:5,18E8TIC F: MS PA139FHD
NL:1,74E9TIC F: MS pa139p.div.fdes
HD
DE
HD
DES
56
Ioncromatogramas obtidos dos volteis dos galhos secundrios de P. divaricatum
Ioncromatogramas obtidos dos volteis dos galhos primrios de P. divaricatum
RT: 2,62 - 44,81
5 10 15 20 25 30 35 40Time (min)
0
20
40
60
80
1000
20
40
60
80
100
Rel
ativ
e A
bund
ance
22,77
24,65
29,35
5,9825,22
7,28
28,20
21,42 31,369,53 34,39 35,9120,9911,03 15,57 37,645,73 41,4722,63
24,55
25,1729,13
28,166,007,28
21,40 34,3731,319,55 35,4915,57 20,9711,04 37,174,48 40,57
NL:6,24E8TIC F: MS pa139gfdes
NL:4,63E8TIC F: MS PA139GFHD
RT: 3,38 - 44,94
5 10 15 20 25 30 35 40Time (min)
0
20
40
60
80
1000
20
40
60
80
100
Rel
ativ
e A
bund
ance
23,95
22,45
25,15
28,20
27,58
21,40 32,93 34,4128,95
36,7720,97 43,2215,565,98 37,197,25 8,93 11,5822,27
28,9024,25
25,025,977,25 32,8621,39 34,3431,268,95 35,494,27 15,0411,01 41,4516,29 43,22
NL:3,59E8TIC F: MS PA139GGHD
NL:1,03E8TIC F: MS pa139ggdes
HD
DE
HD
DE
57
Ioncromatogramas obtidos dos volteis por HD de vrios rgos de P. divaricatum
RT: 3,31 - 43,00
5 10 15 20 25 30 35 40Time (min)
0
50
1000
50
1000
50
100
Rel
ativ
e A
bund
ance
0
50
10033,04
35,6230,8428,71
28,1525,0334,27
23,22 36,09 37,46 41,4721,398,954,47 11,04 15,567,75 13,88 18,0223,95
22,4525,15
28,20
21,40 32,93 34,4128,95 35,5226,5020,9715,565,98 7,25 37,62 41,458,93 11,58 18,04
22,6324,55
25,17 29,13
28,166,00 7,28 21,40 34,3731,319,55 35,4915,5711,044,48 37,87 40,5718,0422,68
24,60 29,31
25,1521,40 31,349,55 34,29 35,895,98 37,6212,76 15,56 19,54 40,85
NL:2,32E8TIC F: MS PA139RAIZHD
NL:3,59E8TIC F: MS pa139gghd
NL:4,63E8TIC F: MS pa139gfhd
NL:5,18E8TIC F: MS pa139fhd
Folha
Galho primrio
Galho secundrio
Raiz
58
Ioncromatograma dos volteis de H. crenata obtidos por HD, AV e DES
RT: 0,60 - 39,60
5 10 15 20 25 30 35Time (min)
0
50
1000
50
100
Rel
ativ
e A
bund
ance
0
50
10033,23
33,0425,08 34,3215,71
14,66 22,13 27,96 29,0513,56 19,579,05 23,2019,22 34,8611,58 36,528,753,92 5,509,13
5,98
33,048,23 25,8025,02 34,1915,5613,51 22,10 29,0011,01 31,9123,18 34,7919,195,73 37,879,13
5,98
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