Post on 10-Dec-2015
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O conhecimento que ilumina
O conhecimento que ilumina
O Evangelho da Verdadee
O Evangelho de Maria
Com introdução deKonrad Dietzfelbinger
Série Cristal 3
Lectorium Rosicrucianum
Copyright © 1995 Rozenkruis Pers, Haarlem, HolandaTítulo original:
OVER DE KENNIS DIE VERLICHI
Tradução da edição alemã de 1996DIE KENNTNIS, DIE ERLEUCHTET
2005IMPRESSO NO BRASIL
LECTORIUM ROSICRUCIANUMESCOLA INTERNACIONAL DA ROSACRUZ ÁUREA
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
O conhecimento que ilumina : O Evangelho da Verdade e O Evangelho de Maria / com uma introdução de Konrad Dietzfelbinger ; [tradução Equipe do Lectorium Rosicrucianum]. -- Jarinu, SP : Rosacruz, 2005. (Série cristal ; 3)Título original: Over de kennis die verlichtISBN 85-88950-19-71. Evangelhos apócrifos I. Dietzfelbinger,Konrad. II. Série.
05-4821 CDD-229.807
Índices para catálogo sistemático:1. Evangelhos apócrifos: Comentários:
Cristianismo 229.807
Todos os direitos desta edição reservados àEDITORA ROSACRUZ
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Sumário
Prefácio 9
O Evangelho da Verdadeintrodução 11
O Evangelho da Verdadetexto 23
O Evangelho de Mariaintrodução 53
O Evangelho de Mariatexto 73
O Evangelho da Verdade introdução
O tema do Evangelho da Verdade é clara-mente esboçado no prólogo. A situação de-salentadora do homem antes de ser atingidopela boa nova da Verdade é um estado deseparação do “Pai da Verdade”, uma condi-ção de perda do conhecimento acerca do Pai,do qual resultam a caótica situação interior eexterior da humanidade e a transitoriedadedo mundo das aparências.
Este Evangelho destina-se diretamente àque-le que reconhece a si mesmo e a sua própriasituação nesta descrição, visto que, diz esseEvangelho, é possível uma libertação desseestado de ignorância, libertação que se dáatravés do conhecimento, da eliminação doerro. Esse conhecimento, por sua vez, só épossível pelo “poder do Verbo que emana doPai para o homem”. O Evangelho da Verdade 11
é, portanto, a “revelação da esperança” paratodos os que se acham na condição de perdado conhecimento. Para eles é feita a promes-sa de serem libertos dessa condição.
Como é possível a libertação pelo conheci-mento? O texto do Evangelho da Verdadegravita em torno dessa pergunta, semprecom novas indicações e imagens. Sempre éapontada a tensão que existe entre o Uni-verso separado de Deus e Deus mesmo. OUniverso, incluindo o homem, vive numacarência, a carência de Deus – e, por isso, éimpelido para Deus como num vácuo quedeseja ser preenchido, visto que Deus é a ple-nitude que pode preencher essa carência. EDeus vem ao encontro do Universo atravésde seu Filho, que é o poder do Verbo. Elepreenche a carência, de modo que o Univer-so e o homem possam entrar novamente emunidade com Deus, no conhecimento do Pai,por meio da Gnosis.
Daí, partimos da concepção de que o ho-mem, desde o nascimento e até mesmo an-tes, encontra-se em um estado de repressãodo verdadeiro ser, de esquecimento de suamissão essencial e de seu destino. Ele vivefundamentalmente numa forma de autocen-
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tralização – esta é, justamente, a maneira co-mo funciona o seu eu – e de separação de seueu verdadeiro e imortal, que está em unida-de com o Pai. Esta é a causa da morte, quenão é outra coisa senão a demolição da for-ma rígida que o homem construiu para simesmo a partir do duro núcleo de seu obs-tinado orgulho. Este é o estágio da lagartaem seu casulo: uma condição que, pela ca-rência de conhecimento, ele sustenta comteimosia, enquanto a determinação que o im-pele para a luz é a de viver como borboletana luz refulgente.
Quando, porém, seu verdadeiro ser se reve-la, ele se torna consciente de sua unidadecom o Pai, bem como de suas possibilidadese talentos para cooperar com o grande planode Deus para a salvação do mundo e da hu-manidade. A situação desse ser mudará porcompleto. Vivendo conscientemente em unís-sono com o Pai eterno, “conhecendo-o”, ten-do em si o conhecimento do Pai, ele seráimortal, e a morte só terá poder sobre seucorpo físico, material, e não mais sobre seunovo cerne. Com isso ele será resgatado, li-berto de uma forma de existência efêmera,da alternância entre nascimento e morte,morte e nascimento.
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Conhecimento, no sentido do Evangelho daVerdade é, portanto, tornar-se consciente doverdadeiro destino do homem, há tanto tem-po esquecido, e da ativação de suas forçasprimordiais que estavam atrofiadas. É a dis-solução do falso ego e o nascimento do ver-dadeiro. Esse ego verdadeiro, com suas for-ças e atributos, pertence a uma dimensão to-talmente diferente do mundo perecível. Eleestá em unidade com o Pai, ele é conheci-mento e força criadores.
Entretanto, o homem não pode alcançar esseconhecimento por esforço próprio, pois estácompletamente envolvido com o mundo pe-recível e com o erro. Ele tem em si a possibi-lidade para o conhecimento, mas não o po-der para realizá-lo. Ele necessita de uma pro-visão de calor e de luz proveniente da di-mensão do Pai. É o Verbo, Jesus, a miseri-córdia de Deus, a graça que pode se compar-tilhar por intermédio daqueles homens queentraram novamente em unidade com o Paie que, desta forma, estão em condição de le-var o poder do Verbo, a mensagem do Filho,aos verdadeiros buscadores da Verdade edo caminho da libertação. É de uma fonteassim que o Evangelho da Verdade se origina.Numa seqüência de imagens e comparações
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sempre diferentes, como sucessivas ondas detransmissão de forças, ele retrata o atual es-tado de vida do homem neste mundo e o ca-minho de retorno ao Pai.
Primeiramente nos é relatado como o Uni-verso, por ter perdido o conhecimento, se-parou-se da unidade com o Pai e como o ho-mem, em seu erro, engendrou criaturas pere-cíveis – como, por exemplo, seu próprio cor-po. No entanto, por serem reflexos da Ver-dade original, essas criaturas apresentavamuma beleza sedutora. Mas, por não estar fir-mado no princípio eterno, o erro não possuiraízes profundas.
Mais adiante, Jesus, o homem que vive a par-tir do conhecimento e o exprime em palavras,é comparado ao fruto da Árvore da Vida. Essefruto, ao contrário do fruto da Árvore do Beme do Mal, traz a vida, ou seja, o conhecimentocomo poder no qual o homem e o Pai se reen-contram.
Na “árvore da cruz”, Jesus deixou morrer, naforça da Gnosis, o corpo físico voluntaria-mente adotado. Com isso, abriu o caminhopara todos os que desejavam segui-Lo. Mas,o erro, a criatura irreal, opõe-se a seu próprio
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