Post on 20-Jun-2015
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Agentes Antimicrobianos Utilizados In vivo
“O jovem médico começa a vida com vinte drogas para uma doença, já o velho médico termina sua vida com uma única droga para vinte doenças”.
William Osler (1903)
Trabalho realizado por:André Rocha nº2
João Maia nº6Maria Inês Teixeira nº7
12ºP
Microrganismos Os microorganismos ou
micróbios são organismos que só podem ser vistos
ao microscópio.
Incluem os vírus, as bactérias, os protozoários,
as algas unicelulares, fungos (as leveduras unicelulares assim
como os demais fungos pluricelulares) e os ácaros.
O que são microrganismos?
São meios ou fatores que nos permitem controlar o
crescimento das populações bacterianas, sendo que o
controlo de crescimento significa a sua morte.
O que são agentes de controlo de microrganismos
Evitar ou minimizar a decomposição de
materiais
Evitar ou controlar infeções
Estudos com microrganismos ou sua
aplicação
Por que é importante controlar o crescimento microbiano?
Quais os principais fatores limitantes
para o crescimento microbiano? Temperatura
pH
Disponibilidade de H2O
Disponibilidade de O2
Tamanho da população;
Intensidade ou concentração do agente;
Tempo de exposição;
Temperatura do ambiente;
Natureza do meio: humidade, pH...
Tipo de microrganismo.
Condições que afetam a atividade de um Agente de Controle Microbiano
Tempo de exposição
Intensidade ou concentração do agente;
Temperatura do ambiente;
ESTERILIZAÇÃODestruição total da população microbiana. Este termo deve ser empregue apenas quando houver destruição total da população.
DESINFEÇÃODestruição Parcial da população microbiana. Apenas morrem as formas vegetativas, não impedindo a sobrevivência de determinadas estruturas de resistência. EX: endósporos
ANTISSÉPTICOProduto capaz de produzir morte microbiana
Conceitos importantes
Controle Antimicrobiano por Agentes Físicos
Esterilização pelo calor
Esterilização por radiação
Esterilização por filtração
Controle Antimicrobiano por Agentes Químicos
Agentes químicos de uso externo
Agentes Antimicrobianos Utilizados In vivo
Fármacos antimicrobianos sintéticos
Antibióticos
Fármacos antifúngicos
Fármacos antivirais
Tipos de agentes de controlo e mecanismos de ação
Agentes Antimicrobianos Utilizados In vivo
A maioria dos agentes físicos são muito drásticos e a maioria dos
agentes químicos são muito tóxicos para uso interno em humanos;
Mesmo os antissépticos moderados só podem ser aplicados somente
sobre a pele;
Por isso foi criado antibióticos e medicamentos para o combate a
microrganismos em pessoas;
Os fármacos antimicrobianos são classificados de acordo com a sua
estrutura molecular, o seu mecanismo de ação e o seu espetro de
atividade antimicrobiana
Agentes antimicrobianos (antibacterianos, antivíricus,
antifúngicos, antiprotozoários)- substâncias químicas
que matam os microrganismos, ou previnem o seu
crescimento, podem dividir-se em dois grupos:
Agentes Microbicida (bactericida,
fungicida, viricida) substâncias químicas que
matam os microrganismos
Agentes microbiostático (fungistático ou
bacteriostático) substâncias químicas que apenas inibem o
crescimento dos microrganismos
Categorias de fármacos antimicrobianos:
Agentes sintéticos ou semi-sentéticosAntibióticos
Antibacterianos
Principais alvos
Parede celular
Membrana plasmática
Processos biossintéticos:
síntese de proteínas
síntese de ác. nucléicos
Definição:
Agentes antimicrobianos produzidos por microrganismos (bactérias e fungos) exibindo função de inibir ou matar outros microrganismos.
Autor de diversos trabalhos sobre bacteriologia, imunologia e quimioterapia, descobriu a
proteína antimicrobiana lisozima, em 1923, e a penicilina, obtida a
partir do fungo Penicillium notatum, em 1928.
Antibióticos
Neste último caso, o hospedeiro infetado tem tempo para ativar
a sua resposta imunitária e eliminar o agente infecioso, enquanto que
em casos de doentes com sistemas imunitários debilitados e incapazes
de destruir o agente bacteriano são preferencialmente utilizados os
antibióticos com ação batericida.
Bactericida mata diretamente o microrganismo
Bacteriostático impede o crescimento do microrganismo
Como atuam os antibióticos?
A resistência aos antibióticos ocorre quando estes perdem
a capacidade de controlar o crescimento ou morte bacteriana; ou
seja, é a forma que as bactérias encontram para neutralizar o
efeito do antibiótico.
Assim, uma bactéria é considerada resistente a
determinado antibiótico quando continua a multiplicar-se na
presença de níveis terapêuticos desse antibiótico.
Resistência aos antibióticos
1 - Interferência na síntese de parede celular;
2 - Interferência nas funções da membrana;
3 – Agentes que afetam a função dos ribossomas
/ síntese proteica
Inibição reversível (bacteriostáticos)
Inibição irreversível (bactericida)
4 - Interferência no metabolismo de ácidos
nucléicos;
5 - Interferência em reações enzimáticas
(análogos estruturais)
Mecanismos de açãodo antibióticos
Mecanismos de ação
Espetro de ação:
* Largo espetro (ex: Tetraciclina)
* Baixo espetro (ex: Vancomicina)
Penicilinas – A penicilina foi
o primeiro antibiótico
desenvolvido e deu origem a
vários outros estruturalmente
semelhantes. A penicilina em si é
atualmente pouco usada, pois a maioria das
bactérias já é resistente à mesma. Porém, a penicilina
ainda é indicada para sífilis, amigdalites e
erisipela.
Antibióticos mais usados na prática clínicaCefalosporinas – As
cefalosporinas surgiram
logo depois da penicilina e
apresentam mecanismo de
ação muito semelhante a
estas. Assim como nas penicilinas, as
diferentes cefalosporinas
apresentam espetro de ação muito variável, também podendo ser usadas para infeções
graves, como meningite e para uma simples ferida de pele.
Quinolonas – As
quinolonas são muitos
usadas para tratar
infeções de bactérias
originárias do intestino,
entre elas, diarreias e
infeções urinárias. As
novas quinolonas
também são eficazes
para pneumonias.
Aminoglicosídeos – Os
aminoglicosídeos são
antibióticos usados na
imensa maioria dos casos em
meio intra-hospitalar, pois
são administrados por via
intravenosa. São indicados
para infeções graves.
Macrolídeos – Os
macrolídios são
geralmente usados
para infeções das vias
respiratórias, muitas
vezes em associação
com alguma
penicilina ou
cefalosporina, para
acne, clamídia ou em
muitos casos, como
substituto da
penicilina em
pacientes alérgicos.
Tetraciclinas – As
tetraciclinas são
atualmente usadas
para o tratamento
da acne, da cólera,
algumas DSTs e
leptospirose.
Antivírais
São estruturas macromoleculares que possuem material genético e
são parasitas intracelulares obrigatórios.
Vírus
As infeções virais representam a maior parte dos casos clínicos de doenças infeciosas nos humanos.
Em comparação com os agentes antibacterianos, há um reduzido número de agentes antivirais disponíveis para uso humano.
As maiores dificuldades para a descoberta destes novos medicamentos está no facto de que os antivirais já existentes são ineficazes quando testados in vivo e produzem efeitos tóxicos.
Esta dificuldade está relacionada ao facto do agente viral ser totalmente dependente da célula do hospedeiro.
Nos últimos anos houve a descoberta de muitos medicamentos antivirais, principalmente devido ao desafio pela busca da cura da SIDA em humanos.
Controle de vírus
a condição de parasita intracelular obrigatório
íntima ligação com as funções da célula hospedeira
dificuldade de controle pela rápida variação genética
Gamaglobulina
A utilização das imunoglobulinas faz-se com o objetivo de
prevenir as infeções, impedindo a entrada do vírus na célula.
Este efeito protetor dura em média de 2 a 3 semanas.
São utilizados contra hepatite B, herpes zoster e raiva.
Os principais antivirais humanos são:
Amantadina
Assim como sua derivada, a rimantidina, são aminas primárias
tricíclicas, utilizadas no tratamento do vírus influenza A.
Não se sabe ao certo ainda qual o mecanismo de ação deste
medicamento. No entanto, acredita-se que elas inibam os
estágios iniciais da replicação viral.
A administração delas é oral, sendo absorvidas no trato
gastrointestinal.
Vidarabina
Também conhecida como Ara-A, é análoga da adenosina. Atua
inibindo a síntese do ácido nucléico.
Ela é pouco solúvel, devendo ser administrada em grande
volume, por via intravenosa lenta.
É usado no tratamento de encefalites por herpes simples e
herpes zóster em pacientes imunodeprimidos.
Possui efeitos colaterais: náuseas, vómitos, diarreia, distúrbios
nervosos, em menor frequência.
Interferon (citocina)
• substâncias antivirais produzidas por células
animais
que impedem a multiplicação viral
* Específicos para cada tipo de célula e não de
vírus
* Eficientes para vírus de baixa virulência
* A sua produção é induzida pela presença do
vírus, pelo ácido nucleico viral ou pelo vírus
inativado por radiação
Antifúngicos
Os agentes antifúngicos, na sua maioria, produzem efeitos
tóxicos
As nossas células são parecidas com as células fúngicas
(eucarióticas, núcleo e organelos muito comuns) dificulta a
obtenção de alvos limitando o número de drogas
Os iodetos foram às primeiras substâncias utilizadas na terapia
antifúngica, especialmente no tratamento de esporotricose,
representando uma alternativa eficaz e de baixo custo.
Neviparina: liga-se à transcriptase reversa, inibindo a sua ação
Rifamicina: inibe a RNA polimerase
Amorolfina
Amorolfina é um fármaco derivado da morfolina com propriedades
antimicóticas. É utilizado em infecções na pele e unhas como por
exemplo candidíase e cutânea e onicomicoses interferindo na síntese
do ergosterol na membrana fúngica. As infeções fúngicas nas unhas
podem ser causada pela infeção fúngica prévia da pele, causando a
descoloração das unhas, apresentando-se estas com aspeto doloroso e
com uma aparência quebradiça.
Os principais antifungícos humanos são:
Como a anfotericina B e natamicina, a nistatina inibe o
ergosterol, um componente da membrana plasmática fúngica.
Quando presente em concentrações suficientes, forma poros
na membrana que permitem a perda de conteúdo celular, o
que ocasiona a morte do fungo. O ergosterol é encontrado
apenas em fungos, portanto a droga não age contra células
animais. Ele é um medicamento encontrado na forma de
pomada, creme e líquido e é usado em casos de candidíase
oral e vulvovaginal.
Nistatina
Antiprotozoários
Os fármacos deste grupo agem em quatro
classes de protozoários:
1.Sarcodina representada pela Entamoeba histolytica
(agente etiológico da amebíase);
2.Mastigophora (flagelados), que causam a doença de
Chagas, giardíase, leishmaniose e tricomoníase;
3. Ciliophora (ciliados), que inclui o Balantidium coli
causador da balantidíase;
4. Sporozoa que compreende os agentes da
coccidiose, malária, pneumocistose e toxoplasmose
Os principais antiprotozoários humanos são:Cloroquina
Mecanismo de ação: Inibe a digestão da
hemoglobina pelo parasita e, assim, reduz o
suprimento de aminoácidos necessários à
viabilidade do parasita. Além disso, inibe a heme
polimerase – a enzima que polimeriza o grupo
heme livre (tóxico em hemozoína) tornando-o
inócuo.
Vias de administração: oral e intramuscular.
Conclusão
No final deste trabalho concluímos que os testes in vivo podem
ser muito vantajosos quando queremos saber se algum tipo de
medicamento é eficaz no combate de alguns microrganismos.
No entanto, não nos podemos esquecer que para uma maior
eficácia no combate aos microrganismos devemos usar
juntamente com este método outros métodos.
Fim