Post on 25-Jun-2015
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Serginaldo José dos Santos
CUIDADOR DOMICILIAR Níveis de Sobrecarga
Física e Mental
CURAR
MELHORAR
MINIMIZAR
As Mudanças no Paradigma Saúde-Doença
Ciclo de Vida Familiar e a Doença Crônica– A família e suas funções– Modelo psicossocial da doença
(ROLLAND, 1995; ERIKSON, 1998).
Cuidar
O Cuidador Domiciliar[...] é aquela pessoa que, pela sua condição familiar ou de proximidade com o doente, assume as funções de cuidar diariamente de seu dependente (BRAZ, 2002, p. 1).
QUEM ENSINA...
QUEM APRENDE...
Home Care (MARRADES, 2001; FLORIANI; SCHRAMM, 2004);
O Cuidado Domiciliar ao longo da história e sua perspectiva atual;
Experiências no Brasil;
Experiências em Mato Grosso do Sul.
ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
SOBRECARGA Burden
[...] um estado psicológico que resulta da combinação do trabalho físico, pressão emocional, restrições sociais, assim como as demandas econômicas que surgem ao cuidar do enfermo. (Dillehay e Sandys, 1990 apud ROIG et al., 1998, p. 217) – Cargas subjetivas e cargas objetivas (ZARIT et al., 1980);– Fatores provenientes da relação com paciente ou do próprio
cuidador (Alamo, 2006);– A Síndrome do Cuidador.
O Zarit Burden Interview- ZBI (ZARIT et al.,1980)– A pontuação de 0 a 88 pontos– Os níveis de sobrecarga
A versão brasileira (SCAZUFCA, 2002).
QUESTÕES NORTEADORAS
DEPENDÊNCIA versus INDEPENDÊNCIA
INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL
DEPENDÊNCIA FUNCIONAL
ALGUMAS NEUROPATOLOGIAS...
DOENÇAS NEUROVASCULARES– Acidente Vascular Cerebral
DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS– Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson
LESÕES TRAUMÁTICAS DOENÇAS GENÉTICAS
TIPOLOGIA DA DOENÇA
Início da doençaCursoConseqüências
do adoecerIncapacitação Final
DOENÇA DE PARKINSON
TIPOLOGIA DO PARKINSON
Início gradualProgressivoConseqüências
múltiplasDependente do Estágio da doença
COMORBIDADES
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO SISTEMA CUTÂNEO SISTEMA CARDIOVASCULAR SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA GASTROINTESTINAL SISTEMA URINÁRIO METABOLISMO
Exemplo: Imobilismo
Os efeitos da imobilidade são sistêmicos e funcionais e nenhum corpo está imune aos efeitos da imobilidade.
• Efeitos instalados forma gradual;
• Dependente da duração; – Três semanas de repouso completo no leito pode
ocasionar redução de 29% da aptidão física, ou seja, quase 10% por semana. (SHARKEY, 1997)
• Depende da idade, estado geral de saúde e do grau de imobilidade do paciente.
ORIENTAÇÃO AO CUIDADOR
Diretrizes do tratamento
Planejamento
Estabelecendo objetivos
Mensuração de progressos
Reprogramação de metas
POSICIONAMENTO
Transferências
PESQUISA
Analisar os efeitos do cuidar na saúde dos cuidadores principais do Projeto de Extensão “Cuidadores Domiciliares” (ProCuiD) desenvolvido pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Participantes
InstrumentosQuestionário de identificação do
perfil sócio-demográfico
Aplicação do Zarit Burden Interview
Entrevista aberta, semi-dirigida
Índice de Barthel
Perfil Sócio-Demográfico
Predomínio do sexo feminino (79,3%): 1/3 mães e o restante filhas, esposas e irmãs;Estado civil: casados (41,4%), separados (27,6%) e solteiros (24,1%);Grau de instrução: ensino médio (55,17%) e ensino básico (34,5%);Tempo de dedicação diária: integral (62,1%); Presença de sintomas físicos: n= 20 (68,96%);Presença de alterações psicológicas: n= 16 (55,17%).
Perfil dos Pacientes
De 20 pacientes: ♂ (n= 11/55%) / ♀ (n= 9/45%);
Faixa etária: 21-40 anos (40%) e > 60 anos (70%);
Origem traumática: 40%;
Tempo de patologia:
Até 5 anos (40%)
Mais de 5 anos (60%)
Índice de Barthel:
75% completamente dependentes.
Nível de Sobrecarga / ZBINÍVEL DE SOBRECARGA DOS
CUIDADORES
6,89%(n=2)
17,24%(n=5)
68,96%(n=20)
6,89%(n=2)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Sem/Leve Leve aModerada
Moderadaa Severa
Severa
Nível de Sobrecarga no ZBI
Pe
rce
ntu
al
de
cu
ida
do
res
(%
)
ZBI X Problemas Psicológicos
ZBI x problemas psicológicos (p=0,013)
Sem problema: 24,78±10,18
Com problema: 36,53±10,29
ZBI x problemas físicos
(p= 0,13)
Sem problema: 25,83±14,41
Com problema: 34,22±10,10
0
10
20
30
40
50
Es
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(ZB
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Problemas psicológicos nos cuidadores
*
O dia-a-dia do cuidar;
As orientações;
Suporte familiar e social;
As mudanças na vida familiar e pessoal;
As expectativas com relação ao futuro;
Os sentidos do cuidar; e,
Questões livres apontadas pelos cuidadores.
Tabela 3. Freqüência na realização das atividades de vida diária.
Atividades do dia-a-dia do Cuidador
Categorias %
Alimentação Preparo e administração 100%
Administração por sondas 30% Atividades relacionadas ao movimento
Transferências e manuseios 85%
Mudanças de decúbito para prevenção de úlceras 70%
Mobilizações e exercícios físicos 45%
Massagens 25% Rotinas diversas
Banho 100%
Com auxílio 75%
Troca de fraldas 80%
Troca de vestuário (total dependência) 75% Administração de Medicamentos e curativos
Administração de medicamentos orais 80%
Controle de sondas de alimentação 30%
Higiene e aspirações traqueobrônquicas 30%
Cuidado com feridas 20%
Tabela 4. Freqüência quanto ao recebimento de orientações pelos cuidadores.
Recebimento de orientações
Categorias %
Recebeu orientação 16 (80%) Na alta hospitalar 10 (50%)
Depois da alta hospitalar 6 (30%) Não receberam nenhuma orientação 4 (20%)
Mudanças na Vida: familiar e pessoal
Mudanças de vida
Não ocorreram mudanças de vida 5 (25%)
Cuidador / mãe 4 (20%)
Irmã 1 (5%)
Presença de intercorrências 15 (75%)
Vida social 13 (65%)
Saúde mental 9 (45%)
Saúde física 3 (15%)
Problemas afetivos 2 (10%)
Outros 2 (10%)
Expectativas com relação ao futuro
Vínculos familiares: 95% cuidadores;
Preocupação com a saúde do paciente e/ou pelo agravamento de seu quadro clínico (75%);
Preocupações
com a própria saúde (20%)“Quem irá cuidar?”
Os Sentidos do Cuidar Ato de responsabilidade: 80%
Relação com os vínculos parentais
Seria cuidar um ato cultural e histórico?
Cuidar como ato de executar atividades: 70%Verbos de ação
Como ato de amor e de carinho : 60%Função da família
Cuidar: verbo e saber feminino
Considerações Níveis de sobrecarga;
O caráter informal do cuidar (95%); e como obrigação e papel da mulher (79,3%);
O suporte familiar apenas nas atividades de esforço físico;
As preocupações com o seu futuro e do paciente;
Sentidos do cuidar: dever, fazer e amar;
Cuidar gerador de mudanças
e adaptações;
Grupos de Apoio aos Cuidadores: Técnico multiprofissional Suporte psicossocial;
Modelos de Atendimento Domiciliar Rede Pública de Saúde; Formação de Equipes; Educação Continuada.
“Os profissionais precisam compreender
Que os pais [grifo nosso: ou os familiares]
Podem não ser perfeitos,
Podem não saber
Ou não fazem ‘o que deviam’,
Mas mesmo assim...
Sempre saberão e farão mais
[grifo nosso: e melhor]
do que qualquer pessoa”.
(BUSCAGLIA, 1993))