Post on 06-Jul-2015
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A HISTORIADORA, O HISTORIADOR E AS ASTÚCIAS DO EU: SOBRE
INVENTIVIDADE E LEVEZA NA NARRATIVA HISTÓRICA
Natália Barrosi
Universidade Federal de Pernambuco
natibarros1@yahoo.com.br
O homem, guiado pelo senso da beleza, transforma o
acontecimento fortuito (uma música de Beethoven, uma morte
numa estação) num motivo que mais tarde vai se inscrever na
partitura de sua vida
Milan Kundera.
A historiadora está sentada em sua mesa de estudos. Em volta do notebook, muitos e
muitos livros. Uma eclética biblioteca. “Intérpretes do Brasil: cultura e identidade”, “O
poder da Cultura”, “O show do eu”, “Modernidade Alternativas”, “Freud para
historiador”, “Ensino de História: fundamentos e métodos”, “Atas do Sabadoyle”, “O
Cavaleiro Inexistente”, “O Movimento Modernista em Pernambuco”, “A Escola vai ao
Cinema”, são alguns dos títulos que desfilam sob o olhar intrigado da jovem de trinta
anos que reflete sobre a natureza do seu ofício e sobre seus interesses e suas
inquietações de pesquisadora e professora de História. Uma frase de seu orientador,
ouvida recentemente, martela em seus pensamentos: o especialista morreu e não sabe.
Foi no contexto dos muitos telefonemas trocados entre eles:
- Ando tão inquieta, sinto-me interessada por tudo. Gostaria que construíssemos no
Departamento de História um Núcleo do Tempo Presente. Esse espaço seria perfeito
para abrigar nossas pesquisas sobre arte e sobre cultura e subjetividade no mundo
contemporâneo. Afinal, é isto que você tem feito: história do tempo presente. Já pensou
sobre isso?! Você tem com seu blog, demais produções críticas e mesmo com sua
trajetória, nos tornado menos ignorante em relação ao presente. Lembro da frase de
Marc Bloch, a incompreensão do passado nasce, afinal, da ignorância do presente. Seu
método é o diálogo com diferentes dimensões da própria história e com os mais
variados campos do conhecimento, garantindo diversidade e riqueza nos Estudos
Históricos do Tempo Presente. Preciso lhe contar que depois que voltei à sala de aula,
estou super interessada no que estou chamando de dimensões da política e da cultura no
Brasil Contemporâneo. Estou discutindo com meus alunos as interpretações do Brasil
feitas por intelectuais ao longo do século XX. Fiquei morrendo de vontade de oferecer
no ano que vem uma Disciplina da Parte Diversificada (PD) para lermos Lima Barreto,
Euclides da Cunha, Raquel de Queiroz, Jorge Amado... Misturar história e literatura,
principalmente pensando nos projetos de Brasil trazidos por estes intelectuais. Claro,
esse interesse é fruto do meu envolvimento com os modernistas, tenho aprendido muito
sobre intelectuais e estado brasileiro na documentação da minha tese sobre Inojosa.
Biografias históricas e escritas de si são também leituras presentes estes dias. Bem,
voltando ao CAp, estamos meus alunos e eu surpresos com as permanências de alguns
discursos sobre o país e com os links visíveis entre nossos debates e as notícias que
estão circulando nos telejornais e na internet. Veja você que no dia que lemos o trecho
de Oswald de Andrade escrito em 1937: somos um país de sobremesa. Com açúcar,
café e fumo, só podemos figurar no fim dos menus imperialistas. Claro que sobremesa
nunca foi essencialii, vimos estampadas as notícias de que a crise mundial atual só não
seria pior por conta da solidez e essencialidade da economia do Brasil e demais países
considerados em desenvolvimento. Eu disse aos meus alunos, “a história é vivinha da
silva”, pessoal. Sintam o movimento da história. Nosso debate se expandiu para o
Facebook e para meu blog. Sim, este é outro tema que tem me tomado o tempo: as redes
sociais e o seu potencial formativo. Estou adorando as leituras sobre a Web 2.0 e os
recursos para a formação do historiador e do professor de história.
- Você tem um blog também, perguntou o orientador?!
- Sim. Chama-se entreumahistoriaeoutra.blogspot.com. Tem esse nome porque
pretendo que seja uma plataforma de debates sobre a formação do professor de história,
entendendo o professor como um pesquisador e, portanto, um sujeito que precisa estar
absolutamente conectado com os principais debates sobre educação e ciberespaço,
política e cultura contemporânea. A outra dimensão do blog é ser um espaço dedicado a
provocar a reflexão e a participação dos estudantes do ensino médio, uma sala de aula
expandida. Todos os meus alunos tem computador e internet na sala de aula. Não posso
ignorar essa realidade, preciso investigá-la e construir metodologias que tenham o
frescor desses novos tempos. Na verdade, estou experimentando com os dois públicos a
produção compartilhada de conhecimento. Tentando entender o tipo de conhecimento
que partilhamos e produzimos na web. No meio dessas duas histórias- a acadêmica e a
escolar/disciplinar estou eu, entre uma e outra. Apareço nas dicas de filmes, de músicas,
nos trechos de poemas ou pensamentos que encontro e divido com meus seguidores.
-Ele então falou: Cada dia tenho escrito com mais prazer e dedicação no meu
astuciadeulisses.com.br. Todo dia escrevo um texto. Não é todo mundo que consegue
isso. Requer disciplina. Sinto-me uma antena, captando tudo. Estou com a sensibilidade
à flor da pele e satisfeito por intervir no mundo, expressando minha concepção de
História. Paula Sibilia tinha razão, não se trata apenas da internet e seus universos
virtuais para a interação multimídia. São inúmeros os indícios de que estamos
vivenciando uma época limítrofe, um corte na história; uma passagem de certo regime
de poder para outro projeto político, sociocultural e econômico.iii
- Tenho acompanhado a dinâmica da sua produção no blog. O ciberespaço é seu chão
histórico. Enquanto você falava, eu me recordava do Pierre Levy e da ideia de
ciberespaço como um campo gerador de infinitas possibilidades interativas, um novo
espaço de comunicação, de sociabilidade, de reconfiguração de identidades, para além
de sua dimensão mais visível e pragmática, que é a organização e transação da
informação e do conhecimento. Como o historiador se furtar a esses fatos, a essas
reconfigurações que alteram o ser e estar no mundo, que modificam, inclusive, nossa
visão retrospectiva do passado?! Foi pensando nas reconfigurações do pensar e narrar a
história contemporânea, particularmente o tempo presente que eu indiquei seu site aos
meus alunos. Eu te contei sobre isto?
- Eu recebi um comentário de uma aluna sua. Fiquei emocionado.
- Que bom que gostou. Na verdade, seu site tornou-se nosso roteiro de aulas. Como
você escreve sobre o tempo presente e nosso debate atual é sobre Brasil
Contemporâneo, indiquei seu o astuciasdeulisses como material complementar de
leitura. Eles estranharam um pouco. Um historiador da UFPE que tem um blog que
aborda futebol, política, violência, cultura e até tecnologia?!
Risos de ambos os lados.
Do outro lado da linha, agora num tom mais sério, o orientador disse: fique tranqüila,
estamos no caminho certo, estou convicto: o especialista morreu e não sabe. O
historiador não pode abstrair-se dos debates do presente, que são muitos e urgentes. Do
magno profuso de informações, notícias e imagens que nos circunda, talvez, agora, o
papel do historiador seja o de construir pontes e diálogos entre os tempos, presente e
passado. Penso que o olhar historiador é capaz de dar sentido às transformações e fazer
do diálogo, o objeto e o método da pesquisa histórica.
No outro dia, a historiadora quando escreveu a sua amiga que atualmente mora em
Paris, repetiu: o especialista morreu e não sabe. Ambas sentiram-se tranqüilizadas, pois
são mulheres que se apaixonam por seus temas de pesquisa e que estão absolutamente
afetadas e interligadas ao mundo contemporâneo, ao presente. É no contato com o
presente que seus temas, objetos e métodos de pesquisa são definidos. É na paixão pela
história, do passado e do presente que definem suas trilhas acadêmicas. Sem paixão,
elas não conseguem prosseguir. Às vezes, as paixões voltam, como pelos estudos sobre
gênero e ensino de história que estão novamente na pauta de interesse dessa que está no
Brasil. Cá entre nós, a escrita, uma paixão que, provavelmente, é amor, é o que mais
intensamente une as duas mulheres e este orientador. Vivem agarrados com as palavras.
Sejam as palavras dos historiadores, dos literatos, dos jornalistas ou mesmo a das
crianças. Outro dia a historiadora de Paris citou o próprio filho em uma das cartas que
escreve diariamente a amiga: Conversamos no café da manhã sobre joaninhas. Alguns
dizem que elas trazem sorte. Em francês é: “les coccinelles”. O Rudá estava
decepcionado com uma das novas colegas, ela havia matado uma joaninha durante o
recreio.”não é gentil, olhamos e depois devolvemos para a natureza”, disse ele. Eu
expliquei para ele que talvez a menina não soubesse que as joaninhas além de bonitas
são importantes, pois comem os pulgões. Ele decidiu que não gostava da menina. O
tempo se encarregará dos dois, se essa história de joaninha os tornará amigos ou não.
Além de escrever as Cartas de Saint Denis, a historiadora da arte e estudante de
doutorado na Sorbonne, coordena via skype, facebook e blog um Laboratório de
Pesquisa e Estudos em História da Arte na cidade de Fortaleza. A troca intelectual do
grupo, as leituras e debates sobre história e arte, acontecem há um ano e produziu,
inclusive, um colóquio Desdobrar histórias da arte: redes, narrativas e monumentos.
Olhando a tela em branco do computador, a historiadora pensava que, sem planejarem,
o professor e as alunas estão seguindo a trilha da expansão da palavra e da reflexão
sobre o ofício. Ela mesma, num dos dias de angústias com a escrita da sua tese,
escreveu o seguinte no seu blog: escrever requer disciplina, mas, principalmente,
disponibilidade para cercar as experiências e as idéias. Escrever é aprisionar opiniões,
informações, conhecimento. Um ato muito diferente da leitura, que nos envolve, nos
liberta, nos deixa soltos.
Pensando então que é exatamente a escrita liberta, solta, que possibilita ao historiador
ser inventivo e leve, ela não tem dúvidas: astuciasdeulisses, o blog de seu orientador, é
uma prática significativa e emblemática de transformação do lugar de escrita e atuação
do historiador no mundo contemporâneo, de libertação pela palavra e de libertação da
palavra. Sua leveza encontra-se na sua generosidade em compartilhar seu olhar crítico,
sua densidade teórica e sua escrita precisa e ao mesmo tempo lúdica com leitores do
mundo todo. A jovem nesse momento lembra-se do conceito de leveza analisado na tese
de doutorado do amigo filósofo Sandro Sayão, discípulo de Emanuel Levinas: no evento
da generosidade é possível compreender uma face humana leve sem a qual a vida não
se desdobraria. Quer dizer, na generosidade se mostra a face humana desde a qual
reverbera a sustentável leveza do humano.iv
Enquanto abre o site pra dar uma revisitada e criar o roteiro de seu artigo, lembra que
explicou a seus alunos e alunas que a concepção que tinha sobre seu ofício estava
sustentada na ideia de que a pesquisa sobre o tempo presente, a função de expertise e a
responsabilidade social do historiador caminham lado a lado.v Ao pedir que os
estudantes lessem os posts diários do seu professor, havia naquela ocasião citado
Georges Duby: o bom historiador deve estar atento a tudo, a começar pela atenção ao
mundo que o cerca. Naquela manhã eles haviam lido o post A dependência e solidão,
Sócrates e a vida. Não era sobre o Sócrates grego. Era sobre o ex-jogador de futebol e
médico que se encontra doente, no limite da vida, aprisionado pela dependência ao
álcool. Depois de lerem o texto, num misto de curiosidade e estranhamento, o terceiro
ano imediatamente respondeu ao post, agradecendo ao professor.
Depois dessa lembrança, a jovem doutoranda se pôs a pensar em todas as
transformações no campo metodológico e teórico da história que seu orientador passou.
Ele é um homem de 52 anos. Já estudou o movimento operário, navegou pelas águas do
marxismo dominante dos anos 1970, estudou a cidade do Recife dos vinte e encontrou-
se com os textos de Ítalo Calvino, Castoriades, Freud, Benjamin e tantos outros
intelectuais. A jovem lembra-se de um livro do professor. Levanta e vai à cata na sua
desordenada estante de livros. Queria encontrar “Ruídos do Efêmero” e destacar um dos
trechos das histórias de dentro e de fora do historiador. Queria mostrar aos leitores de
seu texto que o historiador-blogueiro é um grande narrador. Casualmente, seu olhar
pousa no seguinte trecho: Cogito tudo isso, contemplando a janela e o espelho e tantos
outros objetos do meu quarto, inquietando-me com as recordações e as misturas
temporais que eles me provocam. Sinto-me como um narrador e não me estranho. A
narrativa é o pedaço da vida mais misterioso e vadio. Ela distrai e invade, consola e
descobre, acomoda e tortura, adormece e atiça. Traça identidade e acelera corações.
De advogado a historiador, ele esquadrinhou arquivos em busca das fontes necessárias
para sua dissertação e posteriormente para a tese. Sem câmeras digitais, notebooks e
recursos que hoje alteram nossas práticas de construção das fontes, valeu-se dos velhos
e bons jornais. No entanto, já naqueles tempos, soube inventar sua pesquisa e utilizar a
literatura não apenas como registro, mas como construtora de sua maneira de contar a
história. Hoje ele procura os seus documentos na web, sem sair do lugar, tem um
arquivo inimaginável a sua disposição. A música, a literatura, o cinema, a vida
estampada nos mais diferentes meios de comunicação são seus documentos. Seu olhar
ampliou-se e agora não é a cidade seu objeto de estudo, é o mundo, os sujeitos nesse
mundo, com artimanhas, astúcias, silêncios e ruídos. Suas narrativas não cabem nos
modelos caducos dos textos acadêmicos, ocupam as páginas do seu site. Seus leitores,
seus interlocutores, estão espalhados nos mais variados cantos do mundo. A gente
escreve pra conversar com o mundo, afirma no seu site.
O astuciadeulisses.com.br apresenta seu flash biográfico: canceriano, pai de 4 filhos.
Professor de História da UFPE, dedica-se às pesquisas sobre as relações afetivas na
modernidade e aos debates sobre as artimanhas da contemporaneidade. É apaixonado
pelas obras de Astor Piazzola e Ítalo Calvino, curte o cinema de Fellini e Antonioni e
adora uma boa conversa. Portanto, inscreve-se no meio acadêmico, reforça seus
interesses não ortodoxos de pesquisa histórica, sem deixar, no entanto, de insinuar sua
subjetividade, uma dimensão que não esconde, que cultiva e se orgulha: pai de 4 filhos.
Será daí sua intimidade com Freud? Sem dúvida, este um mestre responsável por sua
maneira aguda de olhar, sentir o mundo e escrever a História.
As dicas de leituras e filmes que aparecem no site são também indícios da formação do
historiador, labiríntica e referenciada no cinema, no teatro, na música. Fica a
advertência aos iniciantes: nem só de Foucault, Deleuze e Thompson pode viver o
historiador. Muito menos viver refém da academia, sem circular no meio do mundo,
sem intervir nos debates da atualidade, sem conhecer as práticas e os produtos culturais
da contemporaneidade.
É o contemporâneo o protagonista dos textos diários publicados pelo historiador. Nas
tags, ou legendas, que aparecem indicando as temáticas abordadas, visualizamos as
escolhas do professor, aquilo que mobiliza seu interesse e que elege para suas polêmicas
e críticas: arte, memória, capitalismo, cinema, consumo, cultura, fama, Freud, tempo,
jogo, Lula, futebol, globalização, Neymar, Picasso, solidão, Santa Cruz e muitos outros.
A internet amplifica a atuação do intelectual e expandi seu poder formativo. Podemos
pensar que são tópicos de pesquisa apresentados diariamente aos jovens pesquisadores.
Uma pesquisa histórica com interesse nas redes, nas situações vividas, nas marcas
singulares dos indivíduos no mundo e em suas relações com as mais variadas dimensões
da sociedade. Astuciadeulisses.com.br configura-se em uma nova maneira de comunicar
a pesquisa histórica, de difundir a interpretação do tempo presente. Uma comunicação
erudita, precisa, mas com leveza e inventividade.
Enquanto reler seu texto, a jovem pesquisadora imagina a cara dos mais céticos e
desconfiados com tanta invenção e leveza na história. Ela sorri e escreve: ainda era
confuso o estado das coisas no mundo, no tempo remoto em que esta história se passa.
Não era raro defrontar-se com nomes, pensamentos, formas e instituições a que não
correspondia nada de existente. E, por outro lado, o mundo pululava de objetos e
faculdades e pessoas que não possuíam nome nem distinção do restante. Era uma
época em que a vontade e a obstinação de existir, de deixar marcar, de provocar atrito
com tudo aquilo que existe, não era inteiramente usada, dado que muitos não faziam
nada com isso – por miséria ou por ignorância ou porque tudo dava certo para eles do
mesmo jeito – e assim uma certa quantidade andava perdida no vazio.vi
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i É doutoranda em História e está imersa em leituras sobre biografia, biografismo, trajetória e escrita de
si. Sua tese pretende apresentar a trajetória do modernista Joaquim Inojosa. Até agora o título é “Autor,
narrador, protagonista: as experiências intelectuais de Joaquim Inojosa”. O texto que apresenta carrega
as marcas dessas leituras teóricas e o desejo de experimentar a leveza e a inventividade em sua escrita.
É uma narrativa experimental sobre o site www.astuciadeulisses.com.br do historiador Antonio Paulo
Rezende. É professora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco.
ii ANDRADE, Oswald. Um país de sobremesa. In: Estética e Política. São Paulo: Globo, 1992. P. 164-168.
iii SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 2008. P.15
iv SAYÃO, Sandro Cozza. Sobre a leveza do Humano: um diálogo com Sartre, Heideger e Levinas.
Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Doutorado em Filosofia. Porto Alegre. PUCRS, 2006.
v BÉDARIDA, François. As responsabilidades do historiador expert. In: BOUTIER, J. e JULIA, Dominique.
(org.) Passados Recompostos: campos e canteiros da história. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ/ Ed. FGV, 1998.
vi CALVINO, Ítalo. O cavaleiro inexistente. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.