Curso 50 i

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A EDUCAÇÃO TERAPÊUTICA-

O PAPEL DO ENFERMEIRO NA

GESTÃO DA DIABETES

Novembro 2013

Alice Ruivo

Professora Coordenadora

Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico de Setúbal

Slides Gentimente Cedidos

O Papel do Enfermeiro na Gestão da Diabetes (Pessoa Adulta)

2

Objetivos da apresentação

Sistematizar os aspetos a ter em consideração

Partilhar experiências

Metas da temática

Melhorar a qualidade de vida das pessoas

Prevenir/Reduzir as complicações

Reduzir os custos para o sistema

Tipos de Diabetes

Diabetes Tipo 1 É mais frequente em crianças e adolescentes

Diabetes Tipo 2 Mais frequentemente em adultos que têm: Familiares próximos com diabetes,

Excesso de gordura (especialmente a nível abdominal)

Hipertensão arterial

Colesterol elevado

Outros tipos

3

Aspetos importantes

TERAPÊUTICA AUTOVIGILÂNCIA VIGILÂNCIA AUTOCONTROLO PERIÓDICA EXERCICIO FÍSICO ALIMENTAÇÃO EDUCAÇÃO

4

Alimentação 5

Objetivos da alimentação

Melhorar controlo das glicémias

Reduzir o excesso de peso

Controlar os níveis de - colesterol - triglicéridos - tensão arterial Reduzir o risco das complicações da diabetes

Proporcionar uma alimentação saudável

6

Alimentação e diabetes

Diferente da de uma pessoa sem diabetes?

Restritiva?

Alimentos proibidos?

7

Alimentação saudável

Quantidades ajustadas às necessidades de cada pessoa

8

Nutrientes

Hidratos de carbono Proteínas Gorduras

9

Hidratos de carbono 10

Principal fonte de energia para o organismo

Amido

Lactose

Frutose

Batata, arroz, massa, leguminosas, pão, bolachas

Leite e iogurtes – 2 a 3 por dia

Fruta – 2 a 3 por dia (não em calda nem sumos)

Hidratos de carbono 11

Para controlar os níveis de glicose no sangue

Distribuir por todas as refeições ( 6 a 7 por dia ) em

porções mais reduzidas de cada vez (incluir ceia) Ingerir todos os dias as mesmas quantidades

Equivalências de HC 13

Meio pão (25g) Meia fatia de pão de mistura (25g)

Meia fatia de pão integral (30g)

= =

2 tostas 2 bolachas água e sal

=

3 bolachas Maria

=

Equivalências de HC 14

1 maçã 1 pêra 1 laranja 1 fatia de melão

Meia banana 2 tangerinas 14 morangos 2 ameixas

= = =

= = =

Hidratos de carbono 15

E doces?

Adoçantes 16

Calóricos Frutose Poliálcoois Sorbitol Xilitol Manitol Maltitol

Artificiais - Não calóricos

Aspartame Acesulfame de potássio Sacarina Ciclamato de sódio

Não aumentam glicémias Podem substituir o açúcar

Produtos especiais 17

Não são necessários

Não é aconselhável que uma pessoa com diabetes faça uma alimentação baseada nestes produtos

Podem ter ingredientes que provocam o aumento da glicémia e do peso

Proteínas 18

ANIMAIS Peixe, carne magra, ovo

Leite meio gordo ou

magro

Iogurte (sem açúcar)

Queijo magro

VEGETAIS

Soja

Feijão/ Grão

Ervilhas/ Favas

Lentilhas

Com moderação

Gorduras 19

Escolher alimentos com menos gordura

Reduzir gordura saturada (queijos gordos, natas, manteiga, carnes gordas, enchidos)

Evitar fritos e molhos gordos

Comer PEIXE com maior frequência

Preferir AZEITE para temperar e cozinhar, com moderação

Hortaliça e legumes 20

Incluir muitos legumes/ hortaliça diariamente:

- na sopa

- no prato ( saladas, cozidos ou estufados )

São ricos em fibras, vitaminas e minerais

Água 21

Beber água

- em média 1,5 L / dia - repartida ao longo do dia - à temperatura adequada Chá de ervas sem açúcar

Sal 22

Reduzir consumo de alimentos salgados (charcutaria, folhados, caldos, enlatados, …)

Reduzir no tempero

Substituí-lo por ervas aromáticas e especiarias

Para controlar a tensão arterial

Outros conselhos 23

Fazer uma culinária saudável

Cozidos, cozidos a vapor, grelhados, estufados,

assados (sem molhos gordos), caldeiradas

que facilite ingestão e mastigação

Comer devagar e mastigar bem (facilita a digestão)

Variar a escolha dos alimentos (evita a monotonia)

Bebidas alcoólicas 24

Desaconselhadas: doenças do pâncreas ou do fígado diabetes mal controlada neuropatia grave triglicéridos elevados

Se não há contra-indicações do médico:

com moderação sempre à refeição ou com HC complexos

Máximo : 3 dl de vinho ou 2 cervejas /dia ( metade para a mulher )

Atividade física 25

Atividade física 26

Consome glicose diminui a glicémia Aumenta a acção da insulina Ajuda a perder peso Diminui os níveis de gordura no sangue Melhora a circulação sanguínea

Diminui a ansiedade

Atividade física 27

Moderada

Caminhar (se possível ao ar livre)

Nadar / Hidroginástica

Dançar

Ginástica de manutenção

Regular

20 a 30 minutos por dia

Tratamento - Terapêutica 28

Para o diabético é difícil aceitar que é absolutamente necessário tratar uma doença que de início não tem sintomas visíveis ou que não incomodam muito. • Diabetes Tipo 1 - A insulinoterapia é vital no tratamento • Diabetes Tipo 2 - Terapêutica oral com comprimidos e por vezes insulinoterapia

Terapêutica - Insulinoterapia 29

Conservação 30

Técnica de administração 31

Locais de administração 32

Auto-vigilância e Auto-controlo

da Diabetes 33

É a medição da glicemia feita pela pessoa com diabetes, familiares ou “cuidadores”.

Permite obter informações sobre resultados do tratamento e adaptá-los.

É importante o registo adequado para favorecer a Vigilância Periódica dos Profissionais de Saúde

Frequência da auto-vigilância 34

Depende de: Tipo de diabetes

Tipo de tratamento

Grau de compensação metabólica requerido para atingir o objetivo terapêutico acordado

Objetivos de controlo

da glicémia 35

Os valores das glicémias devem estar o mais próximo possível do normal para evitar as complicações da diabetes.

... mas, nas pessoas idosas, é mais seguro ter entre 100-160 (200), para evitar as hipoglicémias...

Aparelhos de Avaliação da

Glicémia 36

Como Avaliar a Glicémia Capilar

37

Avaliação da Glicémia Capilar 38

Avaliação da Glicémia Capilar 39

Registo e interpretação de

resultados 40

Muito importantes para observar a evolução da glicemia ao longo do dia, com tipos de alimentos e exercício diferentes…

… para que se possa controlar a diabetes

Adesão à Terapêutica 41

Problemas que podem surgir no

Tratamento 42

• Hipoglicemias

• Hiperglicemias

• Cetoacidose

Problemas que podem surgir no

Tratamento: Hipoglicémias 43

Descida do nível de açúcar do sangue abaixo do normal

Dor de cabeça

Tremores

Fome

Suores

Cansaço

Fraqueza

Causas mais frequentes - Hipoglicemias

44

Jejum prolongado

Poucos hidratos de carbono na refeição

Vómitos

Excesso de antidiabéticos orais

Excesso de insulina e/ou má administração

Excesso de álcool

Atividade física aumentada

Sintomatologia - Hipoglicemias 45

Sensação de fraqueza

Tonturas

Suores frios

Irritabilidade

Sonolência

Taquicardia

Ansiedade/nervosismo

Tremores

Desmaio

Coma

Tratamento 46

Hipoglicémias moderadas

Tratamento 47

Hipoglicémias graves

Glucagon

Cuidados aos Pés dos Diabéticos 48

Principais problemas 49

Falta de sensibilidade – Neuropatia. A pessoa com Diabetes pode não se dar conta de coisas graves como queimar-se ou andar com um prego espetado no pé (não sentindo dor).

Má circulação sanguínea – Doença Vascular. Um menor fornecimento de sangue à zona afectada, seguida de uma invasão bacteriana, pode inclusivamente despoletar a morte de parte do tecido do pé. Em casos muito graves isto pode mesmo levar a uma amputação do pé ou uma parte dele.

Deformação do Pé – A deformação do pé pode conduzir ao aparecimento de feridas em resultado da fricção com o calçado.

Traumatismo e Infeção – Sempre que estes aspetos surgem são agravados pela patologia já existente.

PÉ NEUROPÁTICO

Pele seca, rosada, quente Deformações do pé Sensação de formigueiro

Sensação de choque / cãibra

Sensação de queimadura

Insensibilidade à dor

PÉ ARTERIAL

PÉ ARTERIAL

Unhas atróficas Pele sem pelos

Eritrocianose com pé pendente

Claudicação intermitente Pele fina e brilhante

Feridas distais

FISIOPATOLOGIA DA FERIDA

IDENTIFICAÇÃO DO PÉ EM SITUAÇÃO DE RISCO

História:

Úlcera anterior/amputação

Necessidade de auto-cuidado

Isolamento social

Deficiente acesso cuidados de saúde

Caminhar descalço

IDENTIFICAÇÃO DO PÉ EM SITUAÇÃO DE RISCO

Neuropatia:

Sintomas e exame

Situação Vascular:

Claudicação, dor em repouso, pulsos

Pele:

Cor, temperatura, edema

IDENTIFICAÇÃO DO PÉ EM SITUAÇÃO DE RISCO

Ossos/articulações:

Malformações e proeminências ósseas

Calçado/meias:

Avaliação tanto interna como externa

AREAS DE RISCO NO PÉ

AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE

AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE

AVALIAÇÃO DOS PULSOS

Avaliação dos pulsos pediosos

Amplitude

Simetria

Se existe edema marcado que impede a avaliação

usar Doppler Bi-direccional

AVALIAÇÃO DOS PULSOS

CUIDADOS AO PÉ

Educação da Pessoa, prestadores cuidados e/ou Família

Controlo da Diabetes e outras patologias

Exame anual dos pés de todos Diabéticos Conhecidos

Medidas para Reduzir o risco (ex. Calçado)

AVALIAÇÃO DO PÉ

CUIDADOS AO PÉ

Educar porquê?

Mudança de hábitos e comportamentos errados

Prevenção de feridas e amputações

CUIDADOS AO PÉ

Higiene, cuidados com a pele e unhas

Protecção de traumatismos

OBSERVAÇÃO

No final do dia.

Por alguém que veja bem.

Num local com boa luminosidade

Procurar manchas, alterações de temperatura, fissuras,

alterações nas unhas

LAVAGEM

Água corrente.

Não pôr os pés de molho.

Verificar vê se a água está quente ou fria com termómetro ou cotovelo.

Não existe vantagem em utilizar água salgada ou com vinagre.

Porque se recomenda sabonete em vez de sabão azul e branco.

SECAGEM

Secar com toalha 100% algodão.

Toalha clara.

Passar a toalha entre os dedos.

O papel absorvente é alternativa.

HIDRATAÇÃO

Os cremes gordurosos não hidratam.

O creme hidratante não deixa uma camada de gordura na pele.

Os cremes esfoliantes, próprios para as zonas de calosidade, são os mais ricos em ureia e ácidos.

UNHAS

Corte das unhas

Sem arredondar os cantos.

Não cortar as unhas.

Limar com limas de cartão.

Micose...

Vinagre de cidra não é antifúngico, mas pela higiene a que obriga consegue por vezes melhorar os resultados.

TRATAMENTO DE FERIDAS E

CALOSIDADES

Não usar calicidas.

Usar apenas lixa.

Lavar com soro fisiológico, proteger com uma compressa e ir

mostrar a um profissional.

AQUECIMENTO

Só roupa

MEIAS

Meias claras, de algodão ou lã e sem elásticos ou costuras.

SAPATOS

Sapatos largos, de pele, sem costuras, sem componentes

tóxicos, de atacadores ou velcro, com sola de borracha, com

contraforte alto e almofadado.

Escolher o calçado no final do dia para compra.

Sacudir os sapatos e colocar a mão dentro deles sempre

antes de os calçar.

TRATAMENTO DO PÉ SEM LESÃO

Quiropodia

MATERIAIS

Alicates, goivas, limas e lixas de pés, bisturis

MATERIAIS

Micromotores com respetivas brocas

MATERIAIS

Cadeiras

TRATAMENTO DOPÉ COM LESÃO

Ferida

Alivio da pressão Tratamento da infecção

Cuidados locais da ferida

Informação aos familiares dos cuidados a ter e sintomas de

agravamento da infecção (febre, hiperglicemia) Controlo metabólico Determinação da causa e prevenção de novas feridas

Aspetos importantes

TERAPÊUTICA AUTOVIGILÂNCIA VIGILÂNCIA AUTOCONTROLO PERIÓDICA EXERCICIO FÍSICO ALIMENTAÇÃO EDUCAÇÃO

80

81

Quanto mais a pessoa com diabetes

conhecer a sua doença menos a receia

e mais capacidade tem de a gerir

correctamente

J. Ph. Assal

Alguns folhetos importantes 82

Alguns folhetos importantes 83

Alguns folhetos importantes 84

Alguns folhetos importantes 85

Alguns folhetos importantes 86

Alguns folhetos importantes 87

Alguns folhetos importantes 88

Alguns folhetos importantes 89

Alguns folhetos importantes 90

Alguns folhetos importantes 91

Alguns folhetos importantes 92

Alguns folhetos importantes 93

OBRIGADA …..

Alice Ruivo