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Curso Técnico de Multimédia
UFCD O Homem e o ambiente
ENERGIAS RENOVÁVEIS
Formandos: Marcos Pinto
Miguel Faria
André Garrido
Wilson António
Amadora, 30 de Novembro de 2013
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Índice:
1-‐Energia Solar
2-‐Energia eólica
3-‐Energia Geotérmica
4-‐Energia Azul
5-‐Energia de Biomassa
6-‐Energia das ondas
7-‐Energia Hídrica
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Introdução
Neste trabalho, vamos falar das sete principais energias alternativas.
Vamos analisar e desenvolver cada uma delas e em simultâneo apresentar as suas
vantagens e desvantagens.
Procuraremos ser o mais explícitos possível para que as pessoas percebam a
necessidade de utilização deste tipo de energias com o objectivo de todos podermos
ter um planeta sustentável agora e no futuro.
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Energia Solar
O centro do Sol produz núcleos de átomos de hidrogénio que ao fundirem-‐se geram
núcleos de hélio. A sua superfície alcança uma temperatura perto dos 6.000ºK.
A energia proveniente desta reação é radiada para o espaço, e parte dela atinge a
atmosfera terrestre com uma intensidade de cerca de 1.373 W/m2.
Uma vez que parte da energia inicial é refletida ou absorvida pela atmosfera, num dia
de céu claro é possível medir junto à superfície terrestre num plano perpendicular,
cerca de 1.000 W/m2.
Esta radiação disponível à superfície terrestre divide-‐se em três componentes:
-‐ Direta: a que vem "diretamente" desde o disco solar;
-‐ Difusa: a proveniente de todo o céu exceto do disco solar, das nuvens, gotas de água,
etc.;
-‐ Refletida: proveniente da reflexão no chão e dos objetos envolventes.
A soma das três componentes é denominada como radiação global, e representa, nas
condições já referidas, cerca de 1.000 W/m2.
Fig. 1
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Transformação em eletricidade
Para aproveitar a radiação que nos é fornecida empregamos os coletores solares
térmicos que absorvem a radiação solar aquecendo a água que circula nos tubos, e os
painéis fotovoltaicos que por serem constituídos por células solares absorvem a
radiação solar agitando os fotões que se movimentam compondo assim uma corrente
elétrica.
A utilização destes aparelhos é de grande vantagem porque não produzem lixo nem
poluem o ambiente. No entanto, para que a corrente seja suficiente para satisfazer as
necessidades humanas são necessários muitos metros quadrados destes aparelhos. A
utilização deste tipo de coletores é eficaz mas não consegue acompanhar o ritmo do
consumo humano.
.
Fig. 2
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Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
-‐ A energia solar como todas as energias renováveis não polui.
-‐ As centrais necessitam de manutenção mínima.
-‐ Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem
caindo. Tornando a energia solar uma solução economicamente viável.
-‐ A energia solar não apresentar qualquer tipo de poluição sonora, contraditoriamente
a certas energias.
Desvantagens:
-‐ Os preços são mais elevados em relação a outros meios de energia devido à
construção.
-‐ Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação clima
térica, além de que durante a noite não existe produção alguma.
-‐ Locais em latitudes médias e altas sofrem quedas substanciais de produção durante
os meses de inverno devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais
com frequente cobertura de nuvens tendem a ter variações diárias de produção de
acordo com o grau de nebulosidade.
-‐ As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando
comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis, a energia hidroelétrica.
-‐ A construção ocupa um grande espaço, que pode levar à destruição de habitats ou
deslocações de animais.
Energia Solar em Portugal
Fig. 4
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Portugal é um dos países da Europa com maior disponibilidade de radiação solar
devido à sua localização geográfica. Uma forma de dar ideia desse facto é em termos
do número médio anual de horas de Sol, que varia entre 2.200 e 3.000 para Portugal
Contudo, este recurso tem sido mal aproveitado para usos tipicamente energéticos.
Basta verificar o facto da Alemanha ser a líder na produção de energia Solar e apenas
apresentar um número médio anual de horas de sol que varia entre 1.200 e 1.700 h.
Ou seja, este gráfico demonstra o défice que existe em Portugal no aproveitamento
deste tipo que energia, que apesar de ser uma enorme potencialidade, não é
explorado nem retirado o devido aproveitamento e uso dessa potencialidade.
Energia Eólica
A energia eólica é a energia obtida pela ação do vento, ou seja, através da utilização da
energia cinética gerada pelas correntes aéreas.
O vento vem da palavra latina aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos
ventos na mitologia grega.
Fig. 5
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A energia eólica tem sido utilizada desde a Antiguidade para fazer mover barcos à
vela, e moinhos quer fossem eles para retirar água ou para moer cereais. Ainda hoje
existem no nosso país alguns. Esta é uma energia verde
O vento está associado ao movimento das massas de ar, que se movem a partir de
zonas de alta pressão para as zonas adjacentes de baixa pressão com velocidades
proporcionais e gradientes de pressão.
Transformação em Energia
Na atualidade utiliza-‐se a energia eólica para mover aerogeradores-‐ grandes turbinas
colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou
um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia . Precisam
agrupar-‐se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores, necessários para que
a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para
alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a
utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trate de requisitos limitados de
energia elétrica.
Fig. 6
A energia eólica pode ser
considerada uma das mais
promissoras fontes naturais de
energia, principalmente porque
é renovável, ou seja, não se
esgota, é uma energia limpa, e
distribuída globalmente e, se
bem utilizada pode substituir
fontes de energias fósseis. Este
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tipo de energia também auxilia na redução do efeito estufa.
Em países como o Brasil, que possuem uma grande malha hidrográfica, a energia
eólica pode tornar-‐se importante no futuro, porque não consome água, que é um bem
cada vez mais escasso e que também vai ficar cada vez mais controlado.
Em países com uma malha hidrográfica pequena, a energia eólica tem um papel
fundamental já nos dias atuais.
Além da questão ambiental, as turbinas eólicas possuem a vantagem de poderem ser
utilizadas tanto em conjunto com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo
necessário a implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões
(que possuam aerogerador).
Vantagens e Desvantagens
Vantagens da Energia Eólica
• É inesgotável;
• Não emite gases poluentes nem gera resíduos;
• Diminui a emissão de gases de efeito de estufa (GEE).
Vantagens para a comunidade
• Os parques eólicos são compatíveis com outros usos e utilizações do terreno como a
agricultura e a criação de gado;
• Criação de emprego;
• Geração de investimento em zonas desfavorecidas;
• Benefícios financeiros (proprietários).
Vantagens para o estado
• Reduz a elevada dependência energética do exterior;
• Poupança devido à menor aquisição de direitos de emissão de CO2 por cumprir o
protocolo de Quioto e diretivas comunitárias e menores penalizações por não cumprir;
• Possível contribuição de cota de GEE para outros sectores da atividade económica;
• É uma das fontes mais baratas de energia podendo competir em termos de
rentabilidade com as fontes de energia tradicionais.
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Vantagens para os promotores
• Requer escassa manutenção (semestral);
• Boa rentabilidade do investimento.
Desvantagens da energia eólica
• A intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra quando a eletricidade é
necessária, tornando difícil a integração da sua produção no programa de exploração;
• Pode ser ultrapassado com as pilhas de combustível (H2) ou com a técnica da
bombagem hidroelétrica.
• O custo elevado desta energia, dificulta a sua implementação como energia
alternativa.
Energia Eólica em Portugal
O aproveitamento da energia eólica em Portugal para a produção de energia
elétrica teve início em 1986 com a construção do primeiro parque
eólico de Portugal na Ilha de Porto Santo, Madeira. Em 1996, foi instalado o primeiro
parque eólico no continente português.
Em 2001, a potência eólica instalada era de 114 MW, distribuída por 16 parques com
um total de 173 aerogeradores. Em 2004, já existiam 441 aerogeradores espalhados
por 71 parques, que representavam uma potência de 537 MW.
No fim de 2007, Portugal era o décimo produtor mundial de energia eólica em termos
absolutos, e o quarto em termos relativos, tendo em conta a sua área e população.
Segundo o relatório de 2007 do Global Wind Energy Council (GWEC), Portugal tinha
uma capacidade instalada de 2 150 megawats (MW), o que representa 2,3% do
mercado mundial.
Em 2008 produziam 4 por cento do consumo final de eletricidade.
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O continente português possuía 1427 aerogeradores no final de Agosto de 2008,
representando uma potência eólica instalada de 2672 megawatts (MW) distribuída por
164 parques eólicos.
No final do mesmo mês, a energia produzida tinha uma potência instalada de 3430
MW, distribuída por 191 parques, com um total de 1826 aerogeradores.
Por cada 100 Watt de eletricidade consumidos em 2009, 15,03 Watt vieram do vento,
um valor que eleva o país do terceiro para o segundo lugar mundial no contributo de
energia eólica, atrás da Dinamarca e Espanha.
Em Fevereiro de 2010 Portugal ocupa o sexto lugar no ranking europeu e o nono no
mundial de potência instalada com 3.535 megawatts (MW).
A Alemanha e a Espanha lideram a potência instalada europeia, com 25.104 e 19.149
MW, sendo o total da União Europeia de 74,767 MW.
A nível mundial, os 3.535 MW de potência cumulativa portuguesa representam 2,2 por
cento do total, numa tabela liderada pelos Estados Unidos com 22,3 por cento (35.159
MW), seguidos pela China (25.777 MW, 16,3%).
Fig. 7
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Energia Geotérmica
Energia geotérmica é a energia adquirida a partir do calor que provém da Terra, mais
justamente do seu interior. Devido à necessidade de adquirir energia elétrica de uma
forma mais limpa e em quantidades cada vez maiores, foi desenvolvido um modo de
usufruir esse calor para a geração de eletricidade. Hoje a grande parte da energia
elétrica provém da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo métodos esses
muito poluentes.
Para uma melhor compreensão da forma como é aproveitada a energia do calor da
Terra deve-‐se primeiro perceber como o nosso planeta é constituído.
A Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior, no
qual encontramos o magma, que resume-‐se basicamente em rochas derretidas. Com o
aumento da profundidade a temperatura vai acrescendo, no entanto, há zonas de
intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde
existe elevado potencial geotérmico.
Fig. 8
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Transformação em Eletricidade
Em centrais geotérmicas, o vapor, de reservatórios geotérmicos fornecem a energia
que alimenta os geradores de turbina e produz a eletricidade. A água geotérmica
usada é depois reenviada ao reservatório através de um poço de injeção, para ser
reaquecida, para assim manter a pressão, e suportar o reservatório.
Há três formas de utilizar a energia geotérmica:
1. Utilização direta: reservatórios geotérmicos de temperaturas baixas moderadas
(20ºC-‐150ºC) podem ser aproveitadas diretamente para fornecer calor para a
indústria, aquecimento ambiente, termas e outros aproveitamentos comerciais
2. Bombas de calor geotérmicas (BCG): Aproveitam as diferenças de temperatura
entre o solo e o ambiente, fornecendo calor e frio.
3. Centrais Geotérmicas: aproveitamento direto de fluidos geotérmicos em centrais a
altas temperaturas (> 150 ºC), para movimentar uma turbina e produzir energia
elétrica.
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Fig. 9
Vantagens e Desvantagens
Aproximadamente todos os fluxos de água geotérmicos são constituídos por gases
dissolvidos, sendo que estes gases são enviados para a central de geração de energia
junto com o vapor de água. De um jeito ou de outro estes gases acabam por ir para a
atmosfera.
Por outro lado, o odor desagradável, a natureza corrosiva, e as propriedades
prejudiciais do ácido sulfídrico (H2S) são fatores que inquietam os apoiantes deste tipo
de energia. Nos casos onde a concentração de ácido sulfídrico (H2S) é relativamente
baixa, o cheiro do gás causa náuseas. Em concentrações mais altas pode acarretar
sérios problemas de saúde e até a morte por asfixia.
É identicamente importante que exista tratamento apropriado à água vinda do interior
da Terra, que invariavelmente abrange minérios prejudiciais a saúde. É fundamental
que os despejos não sejam realizados em rios locais, para que isso não prejudique a
fauna local.
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Quando uma grande quantidade de fluido aquoso é retirada da Terra, há sempre uma
hipótese de ocorrer subsistência na superfície. O mais drástico exemplo de um
problema desse tipo numa central geotérmica está em Wairakei, Nova Zelândia. O
nível da superfície afundou 14 metros entre 1950 e 1997 e está a deformar a uma taxa
de 0,22 metro por ano, após alcançar uma taxa de 0,48 metros por ano em meados
dos anos 70.
Há ainda o inconveniente da poluição sonora que afligiria toda a população contígua
ao local de instalação da central, pois, para a perfuração do poço, é necessário o uso
de máquinas semelhantes às usadas na perfuração de poços de petróleo.
Energia Geotérmica em Portugal
Em Portugal continental existe essencialmente aproveitamentos de baixa temperatura
ou termais. Este pode ser dividido em duas vias:
-‐ Aproveitamento de polos termais existentes (temperaturas entre 20 e 76 ºC):
exemplos disso são os aproveitamentos em Chaves e S. Pedro do Sul
-‐ Aproveitamento de aquíferos profundos das bacias sedimentares: caso do projeto
geotérmico do Hospital da Força Aérea do Lumiar, em Lisboa, adquirida a partir de um
furo com 1.500 m de profundidade com temperaturas superiores a 50 ºC, a funcionar
desde 1992
Os aproveitamentos mais atraentes na área da geotermia são os realizados nas ilhas
dos Açores. Atualmente estão enumerados 235,5 MWt repartidos da seguinte forma:
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Ilha
Potência Instalada
[MWt]
S. Miguel 173,0
Terceira 25,0
Faial 8,9
Pico 12,0
S. Jorge 8,0
Graciosa 5,0
Flores 2,5
Corvo 1,1
Total 235,5
Só em S. Miguel a energia produzida por esta fonte representou em 2003 cerca de 25%
da eletricidade consumida na Ilha, contribuindo a Central Geotérmica da Ribeira
Grande com 85,4 GWh e a Central Geotérmica do Pico Vermelho com 3,5 GWh.
A contribuição máxima atingida pela fonte geotérmica foi de 35% durante o ano 2001.
Energia Azul
Energia azul é a energia obtida da diferença de concentração de sal entre a água do
mar e a do rio, com o uso de eletrodiálise reversa (EDR) (ou osmose) com membranas
específicas para cada tipo de iões. O resíduo deste processo, é água salobra.
A tecnologia de EDR foi confirmada em condições laboratoriais. Como em outras
tecnologias, o custo da membrana foi um obstáculo. Uma membrana nova e mais
barata, baseada em polietileno eletricamente modificado, permitiu o seu uso
comercial. Com isso a energia azul, é considerada mais uma das novas energias
renováveis que no futuro, quando se esgotarem as energias não-‐renováveis, nos trará
energia.
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Quando um rio desagua as suas águas no oceano, há uma libertação gigantesca de
energia. Coloca-‐se uma membrana entre dois reservatórios, um com água doce e
outro com água do mar, e esta é capaz de reter iões de sal, mas não a água, gerando
um fluxo de água em direção à água salgada. Aplica-‐se uma pressão maior na água
salgada, invertendo este processo. A água do mar tem dois tipos diferentes de
pequenos componentes: iões de sódio e iões de cloreto, positivos e negativos e, cada
conjunto tem dois tipos de membrana. Uma deixa passar apenas o ião positivo e outro
somente o ião negativo. Temos um circuito elétrico, entre a água salgada e a água
doce, de cada lado das duas membranas.
Fig. 10
Fig. 11
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Biomassa
Do panorama da geração de energia, o termo biomassa abrange os derivados recentes
de organismos vivos empregados como combustíveis ou para a sua produção. Do
ponto de vista da ecologia, biomassa é a quantia total de matéria viva presente num
ecossistema ou numa população animal ou vegetal. Os dois conceitos estão, portanto,
interligados, embora sejam desiguais.
Na definição de biomassa para a geração de energia não se contabiliza os tradicionais
combustíveis fósseis, apesar destes também sejam derivados da vida vegetal (carvão
mineral) ou animal (petróleo e gás natural), mas são resultado de várias
transformações que requerem milhões de anos para acontecerem. A biomassa pode
considerar-‐se um recurso natural renovável, contrariamente aos combustíveis fosseis
A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos como a
combustão de material orgânico que se encontra presente num ecossistema, porém
nem toda a produção primária passa a incrementar a biomassa vegetal do
ecossistema. Parte dessa energia acumulada é empregada pelo ecossistema para sua
própria manutenção.
Fig. 12
Transformar a Biomassa em Energia
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Existe quatro formas de transformar a biomassa em energia:
1. Pirólise: através dessa técnica, a biomassa é exposta a supremas temperaturas
sem a presença de oxigénio, mirando o acelerar da decomposição da mesma. O que
sobra da decomposição é uma mistura de gases , líquidos (óleos vegetais) e sólidos
(carvão vegetal);
2. Gasificação: assim como na pirólise, aqui a biomassa também é acalorada na
ausência do oxigénio, originando como produto final um gás inflamável. Esse gás ainda
pode ser filtrado, visando à remoção de alguns componentes químicos residuais. A
diferença básica em relação à pirólise é o fato de a gaseificação exigir menor
temperatura e resultar apenas em gás;
3. Combustão: aqui a queima da biomassa é realizada a altas temperaturas na
presença abundante de oxigénio, produzindo vapor a alta pressão. Esse vapor
geralmente é usado em caldeiras ou para mover turbinas. É uma das formas mais
comuns hoje em dia e sua eficiência energética situa-‐se na faixa de 20 a 25%;
4. Co-‐combustão: essa prática propõe a substituição de parte do carvão mineral
utilizado em urnas termoelétricas por biomassa. Dessa forma, reduz-‐se
significativamente a emissão de poluentes. A faixa de desempenho da biomassa
encontra-‐se entre 30 e 37%, sendo por isso uma escolha bem atrativa e económica
atualmente.
Fig. 13
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Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
Baixo custo de aquisição;
Não emite dióxido de enxofre;
As cinzas são menos agressivas ao meio ambiente que as provenientes de
combustíveis fósseis;
Menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos);
Menor risco ambiental;
Recurso renovável;
Emissões não contribuem para o efeito estufa.
Desvantagens:
Menor poder calorífico;
Maior possibilidade de geração de material particulado para a atmosfera. Isto significa
maior custo de investimento para a caldeira e equipamentos para remoção de material
particulado;
Dificuldades no stock e armazenamento.
Biomassa em Portugal
A grande agressividade de sectores concorrentes como o do gás, têm originado uma
estagnação do aproveitamento deste potencial.
Atualmente o potencial quantificável passa sobretudo pela biomassa florestal não
havendo números para o sector agrícola, onde os resíduos da vinha, indústria do
vinho, podas de olivais e árvores de frutos, do bagaço da azeitona, etc., poderão ter
um interesse exploratório considerável.
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Os quadros seguintes resumem quantidades denunciativas de biomassa florestal de
acordo com a proveniência, distinguindo a produção de biomassa florestal e a efetiva
disponibilidade deste recurso energético, valores estes obtidos com base na
informação disponível, cujos valores reais se considera algo superiores A floresta
ocupa cerca de 38% do território Português. No entanto estes números não revelam o
panorama atual de rendimento do potencial da biomassa florestal, que se traduz pelo
quase "abandono" da floresta, sendo difícil quantificar o verdadeiro potencial
energético deste recurso.
Outros entraves são a falta de equipamentos nos sistemas de recolha adequado, falta
de uma estrutura do sector, falta de consideração em relação ao tratamento fiscal
adequado (a biomassa, por ex., a lenha está sujeita a uma taxa de I.V.A. de 19%, ao
contrário de outras fontes: gás natural 5%), receio dos proprietários e industriais da
indústria da madeira.
Produção de biomassa florestal:
Potencial disponível de biomassa florestal:
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Energia das Ondas
As ondas são formadas pela força do vento sobre a água e o tamanho destas varia com
a velocidade do vento, a sua duração e a sua distância da água, na qual o vento faz
força. O movimento da água que resulta da força do vento transporta energia cinética
que pode ser aproveitada por dispositivos próprios para a captação dessa energia,
chamada energia das ondas.
Além da energia gerada pelo movimento da água que gera ondas e das quais resulta
energia cinética, existe também a energia das marés que resulta da deslocação da
água do mar, ou seja, com as variações de marés e ainda existe a energia térmica dos
oceanos que apesar de ser menos falada não deixa de ser importante.
Como o nome indica este tipo de energia usa as diferenças de temperatura do mar,
ainda não se sabe muito sobre esta energia, apesar de estar a ser utilizada no Japão
numa fase de demonstração e experimentação.
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Fig. 13
Transformar em Energia
A tecnologia Pelamis assemelha-‐se a uma cobra articulada que balança à medida que
as ondas percorrem o seu comprimento. Esse movimento nas articulações permite
acionar geradores de eletricidade e a energia é depois recolhida por um cabo
submarino e encaminhada para terra.
Está previsto que um quilómetro quadrado de oceano seja ocupado com os
geradores Pelamis disponibilizando uma potência de 24 MW, podendo alimentar
aproximadamente 20.000 habitações.
Fig. 14
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As ondas de alto mar podem oferecer uma energia tecnicamente mais estável que a
das ondas de rebentação ou mesmo que a gerada pelo aproveitamento do vento. O
movimento ondular produz energia cinética que pode pôr uma turbina a funcionar e a
energia mecânica da turbina é transformada em energia elétrica através de um
gerador.
Atualmente utiliza-‐se o movimento de subida/descida da onda para dar potência a um
êmbolo que se movo de cima para baixo num cilindro, o êmbolo pode por um gerador
a funcionar.
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
-‐ É uma energia renovável.
-‐ Não produz qualquer tipo de poluição.
-‐ Estão menos dependentes das condições da costa.
-‐ Não produz qualquer tipo de poluição.
-‐Estão menos dependentes das condições da costa.
Desvantagens:
-‐ Instalações de potência reduzida;
-‐ Requer uma geometria da costa especial e com ondas de grande amplitude.
-‐ Impossibilita a navegação (na maior parte dos casos).
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-‐ A deterioração dos materiais pela exposição à água salgada do mar.
Energia das Ondas em Portugal
Portugal prepara-‐se para inaugurar o primeiro parque comercial de energia das ondas,
capaz de fornecer energia "limpa" a 350 mil casas.
As máquinas Pelamis, nome latino que designa as serpentes marítimas, desenhados
por uma empresa escocesa que é líder mundial neste novo tipo de energia renovável,
são compostas de vários cilindros vermelhos, cada um deles do tamanho de um
pequeno comboio regional, conectados entre si, e que apontam na direção das ondas.
A nova tecnologia baseia-‐se na introdução da energia criada pelas ondas nos tubos,
fazendo com que estes subam e desçam no leito do mar. A energia assim armazenada
é depois ligada a um sistema hidráulico que a produz.
As três serpentes marítimas serão em breve colocadas num ponto a cerca de cinco
quilómetros da costa portuguesa, a partir da qual a energia será bombeada para a rede
nacional. (fonte: Diário de Noticias)
Fig. 14
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Ao largo da Póvoa de Varzim vão ser instaladas máquinas de aproveitamento
energético a cerca de 5 quilómetros de terra.
Energia Hídrica
Fig. 15
Barragem da Aguieira
A energia hídrica é a energia renovável que já é utilizada há muitos anos. As
civilizações antigas aproveitavam o relevo dos solos para utilizar a água na agricultura,
em terrenos de regadio. Os romanos começaram a utilizar a água numa espécie de
sistemas hidráulicos para a moagem dos cereais, ao longo dos anos esses sistemas
vieram a ter uma grande utilização.
No século XX, a energia hídrica foi e é utilizada para a produção de energia elétrica.
Esta energia alternativa, resulta da água dos rios em movimento, águas essas que vão
em direção ao mar e que para além de conduzirem a água das nascentes captam a
água das chuvas.
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O movimento ou queda dessas águas das chuvas contém energia cinética que pode ser
aproveitada para produzir energia.
Hoje em dia a finalidade de energia hídrica é a produção de energia elétrica nas
chamadas centrais hidroelétricas.
Transformar em Energia
Ao longo de muitos anos, nos moinhos o movimento da água era muito utilizado para
a produção de cereais. O movimento da água fazia mover placas de madeira que
estavam ligadas à mó. A mó rodava e moía os cereais transformando-‐os em farinha.
Atualmente o movimento da água é usado para produzir energia elétrica.
Fig. 16
Normalmente constroem-‐se barragens, ou seja, constroem-‐se reservatórios que
acumulam e que param os cursos de água. Noutros casos, existem reservatórios que
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deixam passar os cursos de água mas fazendo com que passem por uma turbina de
forma a produzir energia elétrica.
Quando se abrem as comportas da barragem, a água passa por umas lâminas na
turbina fazendo-‐a girar, a partir dessa rotação o gerador ligado a essa turbina gere, ou
seja, transforma a energia mecânica em energia elétrica.
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
-‐ A maior vantagem das centrais hidroelétricas é a transformação limpa do recurso
energético natural, a água;
-‐ Não há resíduos poluentes, logo é uma energia que não polui;
-‐ É uma energia que apresenta um baixo custo;
-‐ Além da geração de energia elétrica, o aproveitamento hidroelétrico proporciona
outros usos tais como a irrigação, navegação, etc.;
-‐ Crescimento do turismo na região onde se insere esta energia;
-‐ A água é um recurso renovável, não se esgota.
Desvantagens:
-‐ Ocupam áreas extensas de produção de alimentos e florestas;
-‐ Alteram fortemente a paisagem e com isso prejudicam muitas espécies de seres
vivos;
-‐ Causa erosão dos solos que podem ter impacto na vegetação local;
-‐ Boa parte das florestas inundadas se decompõe produzindo metano;
-‐ Provoca alterações climáticas que irão comprometer a fauna e a flora.
Energia Hídrica em Portugal
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Portugal é um país que possui um território rico em energia hídrica, possui cadeias
montanhosas que permitem grandes correntes de água, desde riachos, rios, fontes
naturais, etc.
Atualmente em Portuga 30% de eletricidade consumida tem origem hídrica,
comparando com as outras energias alternativas, sendo que as zonas com forte
potencial são as zonas do Norte e Centro do país.
Principais Centrais Hidrelétricas
Fig. 17
30
Conclusão:
No final deste trabalho podemos concluir que quaisquer umas destas energias são a
alternativa de futuro, por serem energias limpas e por conseguinte amigas do
ambiente. Ficámos também a saber que para a implementação dos mecanismos que
acima foram sendo referidos e mostrados nas figuras, é necessário investir capital.
Mas, a verdade é que num futuro a médio prazo esse investimento será uma maior
valia para o país, para as pessoas (porque gera emprego), e sobretudo para o
ambiente.
Bibliografia
http://energiasalternativas.webnode.com.pt/energias-‐renovaveis/energia-‐solar/