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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PRODUÇÃO DE UNIDADE DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
DOS LIVROS PARA AS TELAS E DAS TELAS PARA OS LIVROS – A
FORMAÇÃO DO LEITOR
LIZETE MARIA PERGHER DALA COSTA
PDE PORTUGUÊS
GUARAPUAVA/ PR
2010
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LIZETE MARIA PERGHER DALA COSTA
DOS LIVROS PARA AS TELAS E DAS TELAS PARA OS LIVROS – A
FORMAÇÃO DO LEITOR
Produção de Unidade Didática Pedagógica parte do projeto de Intervenção Pedagógica na Escola apresentado à Secretaria do PDE - UNICENTRO para efetivação de etapas de produções. Profª. Orientadora: Ariane Carla Pereira Fernandes
GUARAPUAVA/ PR
2010
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SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO...................................................................................................4
2. INTRODUÇÃO......................................................................................................4
3. OBJETIVOS..........................................................................................................6
4. LITERATURA RENASCENTISTA............................................................................7
5. LITERATURA BARROCA.,......................................................................................7
5.1 Características do Barroco.....................................................................................8
6. Filme - Sociedade dos Poetas Mortos....................................................................9
7. Ficha Técnica.........................................................................................................12
8. Sinopse...................................................................................................................13
9. Elenco.....................................................................................................................13
10. SUGESTÕES DE ATIVIDADES...........................................................................13
10.1 Antes da sessão de vídeo...............................................................................14
10.2 Após a sessão de vídeo....................................................................................14
10.3 Discussão sobre os temas ................................................................................14
10.4 Analise da Obra Cinematográfica......................................................................14
10.5 Decomposição do Filme...................................................................................16
10.6 Análise Critica da Obra.......................................................................................19
10.7 Que Exemplo Tirar?..........................................................................................23
10.8 Curiosidades.......................................................................................................23
10.9 Pesquisando.......................................................................................................24
11. SUGESTÕES DE LEITURAS E PESQUISA COMPLEMENTARES..................25
12. POEMA ..............................................................................................................25
13. REFERÊNCIAS................................................................................................ ..27
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1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE : Lizete Maria Pergher Dala Costa
E-Mail : lizetepergher@seed.pr.gov.br /lizete@sudonet.com.br
Área PDE: Língua Portuguesa
NRE: Pato Branco
Professor Orientador IES: Ariane Carla Pereira Fernandes
IES vinculada : Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Escola de implementação: Colégio Estadual Tancredo Neves - EFM
Público alvo de intervenção: 1ª série EM
Tipo de Produção Didático-Pedagógica : Unidade Didática
1.1 TEMA: O Ensino de Literatura a partir de Obras Cinematográficas
1.2 TÍTULO: Dos Livros para as Telas e das Telas para os Livros – A Formação do
Leitor
1.3 DISCIPLINA: Língua Portuguesa
1.4 CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Oralidade, Leitura e Escrita
1.5 CONTEÚDO BÁSICO: Leitura - Literatura
1.6 CONTEÚDO ESPECÍFICO: Período Literário Renascentista – Barroco
2. INTRODUÇÃO
É por meio da leitura que o indivíduo verifica suas experiências e valores. Ler
é a condição para que o indivíduo saiba posicionar-se, ter opinião própria e ser
crítico. Para se tornar um apreciador e fruidor da beleza do mundo que o cerca, é
preciso dotá-lo da linguagem fundamental à compreensão e desvelamento do
universo da arte. É preciso desenvolver-lhe a sensibilidade para ver e para apreciar.
No entanto, hoje, o que vemos nos interiores das salas de aula são alunos
que têm pouco interesse pela leitura. Embora um dos principais objetivos da escola
seja estimular a leitura, o que se percebe é que os alunos não conseguem ir além da
simples decodificação.
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A escola enfatiza demasiadamente o ensino da escrita e esquece a leitura.
Estimular a leitura exige analisar os aspectos ligados à compreensão, às estratégias
e aos procedimentos de leitura. Portanto, pensamos o ensino da leitura sob novas
nuances, ou seja, cruzando fronteiras e imergindo num mundo novo, e para tanto
utilizaremos obras cinematográficas como suporte .
A linguagem audiovisual é a linguagem do mundo moderno, e harmonizar a
relação de ensino-aprendizagem a esta sociedade midiática é, hoje, um grande
desafio. Dessa maneira, o cinema é capaz de alimentar o intelecto com diversão,
assim, pode ser encarado como uma estratégia metodológica motivadora, inovadora
e um instrumento capaz de envolver várias disciplinas e conteúdos programáticos
concomitantemente, por se tratar de um recurso rico, lúdico e extremamente sedutor.
Ao planejar o projeto de intervenção na escola, observou-se que os alunos do
ensino médio não gostam de ler textos literários e por isto não os compreendem.
Visando amenizar esse problema, no Colégio Estadual Tancredo Neves - EFM
pretende-se aproximar literatura e cinema é traçar o percurso a partir da observação
e da oralidade, o ser humano sentiu necessidade de registrar as criações humanas;
a partir desses registros o homem resolveu encená-los, acrescendo-lhes um caráter
cênico ao espetáculo da vida, esse aspecto foi ampliado contemporaneamente com
os recursos cinematográficos. Como não se deixar seduzir pela arte do cinema?
Neste contexto a literatura, música, fotografia e outras importantes formas de
arte são partes da constituição do cinema, com capacidade educativa, neste
contexto, cinema é arte, é filosofia e vida. Portanto como aproximar cinema e
literatura sob uma nova perspectiva e ampliar as possibilidades da aprendizagem?
Como desenvolver a formação de espectador mais crítico na leitura de imagens
cinematográficas?
Nesta Unidade Didática vamos trabalhar com utilização do cinema em sala de
aula pode ser visto por uma dimensão pedagógica na qual sua utilização constitui
elemento fundamental para romper barreiras entre o cotidiano da escola e a vida
fora dela, além de diluir separações metodológicas entre o pensar, o sentir e o
aprender.
As atividades de cinema são dinâmicas, desafiadoras, interessantes para o
público jovem e jovem adulto e, sobretudo, que contribui para a formação geral e
ampliação do seu repertório cultural.
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O uso escolar do cinema pode trazer para a escola a experiência de ver um
filme, analisá-lo, comentá-lo, trocar idéias em torno das questões por ele suscitadas.
Não se trata de “aprender cinema no colégio”, mas de aprender a pensar o mundo
por uma das experiências culturais mais fascinantes e encantadoras dentro de uma
instituição que tem muito a oferecer.
Portanto levar o educando a construir uma nova perspectiva sobre a imagem
a fim de ampliar as possibilidades da formação de espectador, elaboração e
aprimoramento de outras linguagens expressivas, motivadas pelo filme em questão,
sendo que este pode ser um subsídio para a complementação dos conhecimentos
teóricos e mostra-se potencial propulsora de uma nova forma de ler e compreender
a linguagem cinematográfica e literária.
3. OBJETIVOS
• Entender o cinema como uma linguagem artística que tem características
próprias, aparatos tecnológicos, expressão, gêneros, estilos e tradições
narrativas.
• Analisar e desenvolver dinâmicas de análise critica do filme, a partir do
conhecimento das linguagens e das condições de produção e recepção.
• Transformar a experiência sociocultural do cinema em uma experiência aliada
ao conhecimento.
• Aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
• Analisar filmes educando o olhar para a percepção de elementos
cinematográficos;
• Favorecer o entendimento da riqueza e diversidade da imaginação humana.
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Na Literatura o período renascentista é caracterizado pela mudança de
pensamento do homem perante o mundo. O homem do renascimento já não vive
apenas dominado pelos valores da igreja, agora encontra valores nele próprio e na
natureza.
Entre a razão renascentista e a religiosidade da Contra-Reforma, os autores
se lançam a exageros, conflitos e desequilíbrios. Os grandes exemplos são: o Padre
Vieira (Os Sermões), o inglês William Shakespeare (Macbeth) e o espanhol Miguel
de Cervantes, que entre 1605 e 1615 escreveu O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote
de La Mancha.
A imagem do Barroco é o homem em conflito. Com reflexos renascentistas.
Encontra-se diante de uma avalanche de questionamentos, impulsionados por
filosofias humanistas, que contrastam com a sociedade teocentrista medieval que
antecede a época.
O tema central do Barroco se encontra na antítese entre a
vida e a morte. Daí decorre o sentimento da brevidade da vida, da angústia da
passagem do tempo, que tudo destrói.
Diante disso, o homem barroco oscila entre a renuncia e o gozo dos prazeres
da vida. Quando pensa no julgamento de Deus, foge dos prazeres e procura apoio
na fé. Quando a fé é insuficiente, a atração dos prazeres o envolve e cresce o
desejo de desfrutar da vida.
Por isso, o Carpe Diem, expressão latina que significa
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É um dos temas freqüentes da arte barroca. A mocidade ou a juventude é
freqüentemente comparada à flor que é bonita por pouco tempo e logo morre. Daí o
apelo dos poetas barrocos.
O Carpe Diem é um tema que vinha já da Antiguidade, mas no Barroco foi
desenvolvido de forma angustiada, pois era uma tentativa de fundir os opostos, de
conciliar o que, no fundo, é inconciliável: a razão e a fé, a matéria e o espírito, a vida
carnal e a vida espiritual.
A partir do Maneirismo instaura-se na arte um conflito fundamental que
mesmo o Barroco não consegue equacionar de todo:
O Renascimento definira-se pela valorização do profano, do secular, pondo
em voga o gosto pelas satisfações mundanas. Frente a estas conquistas, a atitude
dos intelectuais maneiristas e barrocas é extremamente complicada. Não podem
renunciar ao carpe diem renascentista, isto é, ao aproveitar o dia, ao viver
intensamente cada minuto.
Porém, não alcançam a tranqüilidade para agir assim, pois a filosofia da
Contra-Reforma, antiterrena, teocêntrica, medieval, fustiga os seus cérebros, oprime
os seus corações. O dilema centra-se, portanto, na oposição vida eterna versus vida
terrena; espírito versus carne.
Dentro do Maneirismo e dentro do Barroco não há possibilidade de
conciliação para estas antíteses. Ou se vive sensualmente a vida, ou se foge dos
gozos humanos e se alcança a eternidade...".
http://educaterra.terra.com.br/literatura…
TEOCENTRISMO x ANTROPOCENTRISMO – O rebuscamento da arte barroca é
reflexo do dilema em que vivia o homem do seiscentismo (os anos de 1600). Daí as
preferências por temas opostos: espírito e matéria, perdão e pecado, bem e mal, céu
e inferno.
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(carpe diem)...”
Sociedade dos Poetas Mortos fundamenta a fase histórica (renascimento) de teoria
clássica (apresentado no filme), os princípios evidentes em ascensão no período e
os princípios (tradição, honra, disciplina) decadentes.
Explica a situação do cotidiano no qual podemos encontrar ambos os
princípios. O filme retrata a situação do ensino em uma Sociedade onde o
autoritarismo foi à base do poder e sustentabilidade, fundamento evidenciados na
fase da renascença. Fica fácil observar dois pontos básicos: o ensino clássico, e a
dificuldade de mudá-lo.
http://www.diaadia.pr.gov.br// acesso em 15/02/2010
O filme, "A Sociedade dos Poetas Mortos", mostra uma realidade que vem
dos tempos mais remotos, onde o amor e os princípios de uma coletividade eram
deixados de lado, em que apenas deveriam seguir uma regra, uma doutrina, um
saber que era imposto por uma ordem de conduta, sem ao menos pensar no
coletivo, ou, diga-se de passagem, não havia sentimento próprio, dirigido por Peter
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Weir, o filme mostra um carismático professor de literatura que chega a um
conservador colégio, onde revoluciona os métodos de ensino ao propor que seus
alunos aprendam a pensar por si mesmo. Na palavra deste professor a seus alunos,
vemos a manifestação do ideário “Carpe diem!” da forma mais sensível e
emocionante possível!!!!
O professor de literatura John Keating incorpora nosso idealismo, nossa
pureza de princípios. Os alunos simbolizam a força e a vitalidade do novo, dos
elementos de transformação que esperamos venham a transformar esse mundo
num espaço muito mais justo, mais equilibrado.
http://www.diaadia.pr.gov.br/ acesso em 15/02/2010
Há, no entanto, os choques com as forças conservadoras, com a opressão da
ordem que não aceita desequilíbrios (mesmo sabendo-se que eles trarão
recompensas e melhorias). Nesses confrontos nem sempre o que está por vir é o
que gostaríamos que acontecesse.
O professor entra na sala de aula assobiando, é o primeiro dia do ano letivo,
passa pelos alunos e despertam olhares curiosos, encaminha-se para uma outra
porta, de saída para o corredor, todos seus pupilos ainda estão de sobreaviso,
curiosos e sem saber o que fazer.
Keating olha para eles e faz um sinal, pedindo que os estudantes o
acompanhem. Todos chegam a uma sala de troféus da escola, onde ao fundo
podem ser vistas fotos de alunos, remontando ao início do século, fazendo-nos
voltar ao começo das atividades da escola.
Pede-se silêncio e, que a atenção de todos volte-se para os rostos de todos
aqueles garotos que freqüentaram aquela tradicional instituição de ensino em outros
tempos.
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O que aconteceu com eles? Para onde foram? O que fizeram de suas vidas?
Suas vidas valeram a pena? Perguntas como essas são lançadas aos alunos. Muito
ainda sem saber o que estariam fazendo ali, afinal, não era para estarmos
estudando literatura inglesa e norte-americana?
- Os quatro pilares da Welton são tradição, honra, disciplina e excelência. Que
pilares que o governo apoiar? Note o destaque que é dado para o pilar de tradição.
- A cena de gansos voando desvanece a uma cena dos garotos na fila para receber
seus atividades extracurriculares. Observe como a buzina dos gansos se desvanece
a tagarelice da meninos, a criação de uma conexão que será posteriormente
comentado pelo Sr. Keating.
- Examinar rapidamente "os típicos professores" da Welton, seguidos pelo Sr.
Keating em sua dramática primeira aula.
A justaposição dessas cenas ajuda a distingui-lo. Keating como um indivíduo único.
- O sentimento de carpe diem é expresso por Donne em seu poema. Discutir o que o
professor está tentando fazer.
- O Sr. Keating desafia os alunos a se referir a ele como "Meu Capitão!" Esta
referência vem a ser simbólica.
Desconforto e desconserto. O personagem do professor Keating, vivido pelo
eclético e versátil (além de extremamente talentoso) Robin Williams, conseguiu o
que queria. Deixou seus alunos em dúvida.
Iniciou seu relacionamento com eles tentando demovê-los de sua
passividade, provocando-os a uma reflexão sobre a vida. Afinal, será que estamos
fazendo valer nossa existência?
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http://www.diaadia.pr.gov.br/ acesso em 15/02/2010
1. Quais são os quatro pilares da Academia Welton? 2. Em que ano é que a história acontece? 3. Observe a cena curta com o bando de pássaros. O que pode simbolizar essa cena? 4. O que fazem as palavras em latim Carpe Diem quer dizer? 5. Como os garotos vivem o “carpe diem” no filme. Explique com detalhes. 6. Isso se aplica a sua vida? Como? 7. Qual é o objetivo da primeira aula do Sr. Keating com os meninos? 8. Segundo o Sr. Keating, por que ler poesia? Por que ele mandar arrancar páginas de seu livros? 9. "Você pode contribuir com um verso." O que isso significa?
ou seja, aproveitem suas vidas, passou a ser como
uma regra de ouro a partir de então para alguns de seus alunos, afinal, vejam o
exemplo daqueles que já estiveram por aqui (retratados nessas fotografias
esmaecidas, amareladas) e pensem se vocês querem que o tempo passe e vocês
venham a se tornar em seus caixões sem que nada do
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que tenham feito por aqui tenha repercutido (como, acreditem, muitos desses jovens
das fotografias o fizeram, deixando passar a vida sem perceber a riqueza contida na
mesma).
Para fazer com que suas existências tenham valor vocês devem viver com
intensidade cada dia que lhes é dado, cada momento que lhes é concedido, cada
experiência a qual tem acesso, diz com sabedoria inconteste o ilustre mestre
Keating. Por isso, repete, "Carpe Diem".
• título original :Dead Poets Society • gênero :Drama • duração :02 hs 09 min • País/Ano de produção:- EUA, 1989 • estúdio :Touchstone Pictures • distribuidora :Buena Vista Pictures • direção : Peter Weir • roteiro :Tom Schulman • produção :Steven Haft, Paul Junger Witt e Tony Thomas • música :Maurice Jarre • fotografia :John Seale • direção de arte :Sandy Veneziano • figurino :Marilyn Matthews • edição :William M. Anderson e Lee Smith
No final dos anos 50, o carismático professor de inglês John Keating (Robin
Williams) ex-aluno de uma conservadora escola preparatória chega para lecionar
literatura num colégio para rapazes, seus métodos de ensino pouco convencionais
transformam a rotina do currículo tradicional e arcaico.
Com humor e sabedoria, Keating inspira seus alunos a seguirem seus
próprios sonhos e a viverem vidas extraordinárias.
Os métodos entram em choque com a ortodoxa direção do colégio,
principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a
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• Robin Williams (John Keating) • Robert Sean Leonard (Neil Perry) • Ethan Hawke (Todd Anderson) • Josh Charles (Knox Overstreet) • Gale Hansen (Charles Dalton) • Dylan Kussman (Richard Cameron) • Allelon Ruggiero (Steven Meeks) • Kurtwood Smith (Sr. Perry) • James Waterston (Gerald Pitts) • Norman Lloyd (Sr. Nolan) • Carla Belver (Sra. Perry) • Leon Pownall (McAllister) • George Martin (Dr. Hager) • Joe Aufiery (Professor de Química) • Lara Flynn Boyle (Ginny Danburry)
Quem são em quais obras cinematograficas participaram?
O professor formará o grupo que trabalhará um vídeo disponível
http://www.youtube.com/watch?v=sBSo8fcERbY sobre cinema e, antes da
sessão, instigará os alunos com as seguintes perguntas: ·.
• Como a literatura e a poesia podem fazer parte de nossas vidas?
• As duvidas existenciais e os questionamentos existem nos dias atuais?
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A princípio, após a exibição sugere-se a discussão sobre o filme como obra
cinematográfica.
Nesse sentido, alguns pontos poderão ser ressaltados, tais como:
- escolha do local onde o filme foi produzido, bem como caracterização dos
diferentes ambientes;
- a escolha dos atores para a representação e caracterização dos principais
personagens;
- as escolha dos temas, a narrativa e seu desenvolvimento;
- os detalhes do cenário, o figurino e os diálogos;
- a trilha sonora.
- assistir ao Bônus especial: - pasta de recordes; - tomadas não acabadas; -
a classe principal de John Seale; - Trailer de cinema; - comentários em áudio.
A ideologia presente na sociedade, o autoritarismo e o machismo que precisa
ser refletido, conhecerem historicamente o sujeito como individuo e o seu papel
como cidadão. O desenvolvimento de talentos no trabalho. Um olhar diferente sobre
o mundo. Exercício de reflexão e uso de situações da vida comum, em treinamento.
O ensino convencional.
- Recuperar os principais momentos do filme com os alunos: oralmente, por
escrito, a partir dos capítulos DVD, a fim de que cada um possa expressar o que
entendeu do filme.
- Explorar alguns momentos, de modo que os alunos possam identificar
situações típicas de o autoritarismo e o machismo.
- Perguntar para os alunos o que eles entenderam por
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(trecho do filme Sociedade dos Poetas Mortos). Na lousa, registrar a definição
dos alunos, produzindo um texto coletivo.
- Trabalhar com a linguagem cinematográfica, discutindo, por exemplo, no
cinema, como de resto em todas as artes, quanto mais se conhece a sua linguagem
e história, mais as obras se tornam encantadoras e mais nos dizem sobre o passado
e sobre o presente do mundo em que vivemos.
- Explorar poesias de Walt Whitman, Henry David Thoreau, Byron e William
Shakespeare, citadas na obra, contexto histórico.
- Explorar o título do filme “ Sociedade dos poetas Mortos” – sem assistir o
filme ao que o título nos remete, e após ter assistido o que realmente observamos?
- Personagem principal – professor John Keating - um sujeito aparentemente
confrontador daquelas idéias opressoras. Como ele se sentia na escola
conservadora de modelo tradicionalista?
- Ensinar seus alunos a pensarem por si mesmos, sem manuais ou lições de
moral. Que situações são essas e por meio do que isso acontece?
- O Olhar do professor sobre seus alunos os leva a escrever sobre suas
idéias, sentimentos e pensar que cada um é o sujeito de sua aprendizagem. Nos
dias atuais, é possível esta construção de aprendizagem?
- Relacione diferentes situações de vida que deixamos de viver intensamente
pelo fato de nos deparamos com um mundo capitalista e autoritário.
- Individualmente, registrar uma passagem do filme que mais impressionou e
o porquê, socializar a produção com colegas.
- Retornar ao filme para rever: - créditos de abertura; - aproveite o dia; -
entendendo poesia; - a sociedade dos poetas mortos; - uma perspectiva diferente; -
chances; - encontre seu próprio caminho; idéias revolucionárias; - sonho de Neil; -
créditos finais.
- utilizar outras formas de educomunicação (fanzine) com a utilização da sala
de informática para pesquisa e produção dos trabalhos.
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- Um dos temas centrais do filme é como devemos encarar o mundo e um
alerta para que nunca tornemos uma pessoa de mente estreita, alienada e passiva.
Assim, em grupos produzir um texto dissertativo-argumentativo, com o intuito de
discorrer sobre as questões sociais que afligem e explicar a importância da poesia
em sua liberdade de expressão.
Podemos decompor o excelente filme “Sociedade dos Poetas Mortos” (*1)
em três segmentos.
Primeiro: aquele em que se mostra o impacto inicial das inconvencionais
lições do Prof. Keating.
Segundo: o desenvolvimento dos equívocos e conseqüências inevitáveis da
assimilação das lições pelos alunos e do clímax da história.
Terceiro: o da queda do Professor, com a heróica cena final, que nos deixa
com um nó na garganta e na obrigação de construir a seqüência por nós mesmos.
Ou, então, não aprendemos nada.
.
Chamaremos cada um de uma “Lição”.
Na primeira aula, Keating surpreende, tirando os alunos da sala de
aulas. No corredor, apresenta-se: “ - Podem chamar me de Sr. Keating, ou, se forem
ousados, (do poema de Walt Whitman em
homenagem a. Abraham Lincoln, ).
Mostra-lhes a galeria de retratos dos ex-alunos, as faces resolutas e
esperançosas dos mais antigos: - E
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sussurra-lhes o mote: isto é,
Diante de um texto que mede a grandeza de um poeta num sistema de
coordenadas geométricas, o Prof. “reage”: “- Lixo! é que penso desse texto. Não
estamos medindo canos.
E cita Whitman:
“Oh, vida, das perguntas desses recorrentes,
Dos infindáveis trens dos incrédulos,
Das cidades repletas de tolos,
Que há de bom nisso tudo, ó vida?’
Resposta:
“Que você está aqui,
que existe vida e identidade,
que o poderoso Jogo continua
e você pode contribuir com um verso.”
os alunos descobrem que em seu tampo de estudante o Prof. pertenceu
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à clandestina “Sociedade dos Poetas Mortos”. Ele explica o que era e cita Thoreau: “
Fui para a floresta porque queria sugar a essência da vida! Eliminar tudo o que não
era vida. E, não, ao morrer, descobrir que não vivi”.
O Prof. Keating está descondicionando os modos de expressão de seus
alunos:
Podem ser resumidas em frases:
(Thoreau)
Os alunos estão no pátio, num exercício de descondicionamento. Batem
palmas e cantam:
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Nada pode ter menos graça do que resumir dessa maneira um grande filme.
Seu clímax dramático ainda vem. A cena final vai-nos deixar a construir a seqüência.
Não há conselho mais adequado.
Vejamos a primeira cena do jantar para os alunos de pé sobre a mesa de Mr.
Keating – ( aprox. 20 minutos)
Revela o segredo da Sociedade dos Poetas Mortos. Os meninos decidem
reviver a organização e encontram-se numa caverna durante a noite. Mais tarde,
começam uma lição de olhar a vida sob uma nova perspectiva - como de cima da
mesa do professor Keating.
- A citação de T.S. Eliot sobre poetas mortos.
- Os meninos atravessam a névoa em mantos escuros enquanto dirigem para a
gruta. Discuta o que o diretor (do filme) quis dizer com essa imagem.
- Pergunte aos alunos: Por que a administração "presente" não olhava
favoravelmente a Sociedade dos Poetas Mortos?
- Convide os alunos a subir em suas carteiras e ver o mundo de forma diferente.
1. O que era a Sociedade dos Poetas Mortos? O que eles fizeram? Onde vem esse
nome?
2. Como Todd e Neil são diferentes? Use detalhes do filme para ilustrar sua
resposta.
3. Qual é o simbolismo da cena em que os garotos vão para a caverna?
4. Leia a seguinte citação do professor John Keating do filme Sociedade dos Poetas
Mortos. O que você acha que isso significa? Explique.
“Eu estou na minha mesa para me lembrar que devemos sempre olhar para as
coisas de maneira diferente. O mundo parece muito diferente aqui. . . Justamente
quando você pensa que você acha que sabe alguma coisa, você tem que olhar de
outro modo. . . Quando você lê, não basta considerar o que o autor pensa, você
deve considerar o que você pensa.”
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5. Você acha que o Sr. Keating faz com que os meninos olhem a vida diferente?
6. O que T.S. Eliot quer dizer com a seguinte citação?
"Nenhum poeta, nenhum artista de qualquer arte, tem um significado completo
sozinho. Seu significado, sua apreciação, é a apreciação de sua relação com os
poetas e os artistas mortos. Você não pode valorizá-lo sozinho, você deve colocá-lo,
para contraste e comparação, entre os mortos."
7. Resumindo, em suas próprias palavras, por que Henry David Thoreau foi à
floresta:
"Eu fui à Floresta porque queria viver livre. Eu queria viver profundamente, e sugar a
própria essência da vida... expurgar tudo o que não fosse vida; e não, ao morrer,
descobrir que não havia vivido. Eu não queria viver o que não é a vida, viver é tão
caro, nem eu desejo resignar-me, a menos que fosse absolutamente necessário. Eu
queria viver profundamente e sugar toda a medula da vida, viver tão robusta e
espartanamente e acabar com tudo o que não era vida, para cortar uma faixa larga e
estreita barbear, encurralar a vida em um canto, e reduzi-la aos seus termos mais
essenciais, e se provar ser má, porque depois de obter toda a verdadeira
mesquinhez dela, e tornar pública a sua mesquinhez ao mundo, ou se fosse
sublime, sabê-lo por experiência, e ser capaz de dar um relato verdadeiro dela na
minha próxima excursão. Para a maioria dos homens, parece-me, está em uma
margem de incerteza sobre o estranho, se é do diabo ou de Deus ... " Walden Henry
David Thoreau
Pontos para discussão:
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- Há quem possa ser responsabilizado pela tragédia?
Pode haver mais de um culpado?
Quem é mais culpado pela morte de Neil?
O Sr. Keating? O pai de Neil?
Neil mesmo? Explique sua posição, pensando no filme inteiro.
- O que Peter Weir (diretor do filme) está tentando dizer sobre a vida nesta obra?
O filme é um curso de educação para a vida. Vale dizer, para o sofrimento e para a vida plena.
1 – “Dead Poets Society”, filme de Steven Haft, Touchstones Pictures, 1994(?) 2 – Walt Whitman, poeta norte-americano, 1819-1892, em “Memórias do Presidente Lincoln”, in: Folhas de Relva, tradução de Luciano Alves Meira, ed Martin Claret, 2005) 3 - Palavras de Horácio (Quintus Horatius Flaccus, poeta latino, 65-8 a.C), nas Odes, I, 11,8. 4 – Henry David Thoreau, escritor norte-americano, 1817-1862, autor de “Walden, a vida na floresta” e de “A Desobediência Civil”.
O filme “Sociedade dos poetas mortos” demonstra uma instituição escolar nos
Estados Unidos, bastante conservadora que tem um modelo tradicionalista baseado
nos princípios da honra, disciplina e responsabilidade. Uma vez, recebe um
professor novo chamado John Keating, representado por ator Robin Willians, um
sujeito aparentemente confrontador daquelas idéias opressoras, ou seja, quebra
com aquela ideologia preestabelecida da instituição e dos próprios pais dos alunos
que julgam a escola como formadora de opiniões e como relação de poder, isto é ,
acreditam na perpetuação do sistema e num mundo capitalista e autoritário.
Os alunos não tinham escolha, muito menos liberdade própria, o processo da
auto-reflexão era negado, mas, justamente obedeciam as leis que geravam o
colégio.
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Na abertura do filme, moços olham para cima, um olha para baixo,
professores, que representam a Escola, dizem
Os pais querendo grampear os filhos na própria agenda, e fazer deles
modelos para essa Sociedade, onde vigoram a honra, disciplina, e acima de tudo o
Status.
Tudo gira em torno de regras, regras, e mais regras..., notas, avaliações,
auto-cesura presente na ato de ler, o professor que quer silêncio e proíbe a busca,
um clima pesado de uma escola manipulada pela elite.
Esse clima vai sendo quebrado com um novo professor de literatura que entra
assobiando na classe; recém-chegado e carismático revoluciona os métodos de
ensino de um colégio conservador americano, tendo como filosofia ensinar seus
alunos a pensarem por si mesmos, sem manuais ou lições de moral. Para os alunos
é a descoberta da poesia, despertando nesses um ensino vivo e visões individuais.
John, como era um professor que encorajava seus alunos, inspirava os
rapazes a abrirem suas mentes e a seguirem seus sonhos, assim pensarem por si
mesmos.
Porém, desafiando a eles próprios acabava transmitindo a idéia do
Despertando a autonomia para escrever sobre suas idéias, sentimentos assim
pensassem que cada um é o sujeito de sua aprendizagem. Contando com o apoio
do novo professor os rapazes reabre uma antiga sociedade secreta, a chamada
sociedade dos poetas mortos.
Sabemos que por se tratar de um filme de 1959, expressava um forte
conservadorismo, o individualismo, o machismo e ficando uma critica ao professor
John, julgamos a sua ação, ou seja, se tivesse agido de forma diferente e utilizasse
de um discurso mais envolvente como critica a aquela ideologia, aquela sociedade
capitalista poderia ter colaborado mais aqueles jovens a entenderem o falso
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reconhecimento de si próprios e a serem mais ativos demonstrando a importância da
ação do coletivo.
O filme ressalta uma mensagem como devemos encarar o mundo e um alerta
para que nunca tornemos uma pessoa de mente estreita, alienada e passiva.
Contudo, as suas aulas eram fascinantes e divertidas, usava de ambiente agradável,
jogava futebol com os alunos, tinha um excelente coral formado pelos próprios
estudantes, incentivava-os e especialmente como o Neil a ser ator, apesar das
contradições dos pais.
No entanto, como era oposto das leis da instituição, foi expulso do colégio
gerando assim tristeza aos alunos, quando na cena em que ele volta para buscar o
seu material na sala de aula num momento de solidariedade os rapazes sobem na
mesa, enquanto o diretor fica protestando sem nada adiantar, o aluno com aquele
gesto de carinho emocionam o professor.
Uma das cenas mais marcantes é a cena em que o Sr. Keating chega à sala
de aula e pede para que um aluno leia um texto do livro sobre Poesia, escrito por um
autor didático conservador.
O livro ensina como compreender a poesia. Conceitua a poesia como se
estivesse explicando um cálculo matemático, com gráficos e tudo mais. O Sr.
Keating reproduz o gráfico no quadro e, em seguida, pede aos alunos que rasguem
a página do livro.
Inicialmente, todos ficam assustados e hesitam fazer isso, até que o primeiro
se enche de coragem e rasga a página. Depois disso, todos os outros rasgam a
página também.
Ele explica que a poesia deve ser vivida e que não há métodos para se
entendê-la.
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Outra cena que arranca lágrimas dos olhos é a cena em que Todd Andersen,
um menino inseguro, reprimido pela família e pela escola, que quase não falava,
pois tinha medo de se expor em público, consegue levado para frente da sala pelo
Sr. Keating, recitar fragmentos de poesia.
A cena é conturbada e emocionante. Todd, induzido pelo professor, balbucia
palavras arrancadas de seu "eu" mais profundo. Isso nos leva a pensar que todos
nós somos poetas, apenas não sabemos disso.
A poesia está dentro de nós e pode se manifestar de várias formas: num
texto, numa conversa, numa atitude, num gesto...
Enfim, todos somos capazes de realizar poesia, basta que não tenhamos
medo de expressar nossos sentimentos.
Somos todos tocados pela magia desse filme que nos ensina a tentar sempre
olhar para as situações por diversos ângulos, encontrar a nossa voz, ir atrás dos
nossos sonhos e viver intensamente.
Como já se viu, trata-se da história de um grupo de jovens alunos que tem o
privilégio de trabalhar com um professor visionário, de atitudes inesperadas, que os
instigou a pensar por conta própria (o que lhe rende críticas dos colegas e da
instituição) e que lhe arrebatou os corações. Por ter sido aluno dessa escola,
Keating teve sua vida acadêmica retratada nos famosos "Year books" das "high
schools" norte-americanas e, entre as informações sobre esse nobre aluno, consta
uma a respeito de ter participado de uma tal :
Essa informação desperta a curiosidade dos alunos, que lhe pedem
informações acerca das atividades desse grupo. Informados de que se tratava de
uma turma de alunos que se reunia para ler poesias e aproveitar tudo àquilo que
aqueles grandes escritores tinham produzido para seu próprio prazer e
engrandecimento, resolvem fazer com que a "Sociedade" ressurja.
Não é só a sociedade que retoma suas atividades, todos os alunos envolvidos
se vêem as voltas com uma verdadeira renovação em suas existências, todos
encontram novos interesses e vocações, todos parecem ter despertado de um sono
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profundo, de uma letargia tão envolvente que parecia tragar-lhes a juventude sem
possibilidade de volta.
O professor Keating deu a eles uma oportunidade sem igual e, ao mesmo
tempo, fez com que os estudantes fossem se encantando com a literatura, que nos
fala daquilo que é essencial, verdadeiramente fundamental em nossas vidas:
Segundo Keating, estudar para que nos tornemos advogados, engenheiros ou
médicos é importante, mas o que torna nossas existências válidas tem a ver com o
espírito, com o prazer e, a poesia, a literatura, são fontes riquíssimas nesses
quesitos.
(De Neil desejo de agir de uma pena de Charlie - cerca de 35 minutos):
Nesta seção, aprendemos de Neil o desejo de agir, mesmo que isso signifique
desobedecer a seu pai. Nós também observamos o medo de Todd de se expressar
e o talento que ele tem escondido. Knox cria coragem para ligar para Chris, a
menina de quem está a fim. O Sr. Keating dá uma lição sobre os males do
conformismo enquanto os alunos caminham juntos. Charlie traz duas meninas para
uma reunião dos Poetas Mortos e anuncia ter escrito um artigo para o jornal da
escola no qual exige que meninas sejam admitidas na Welton. Charlie assinou o
texto em nome do Poetas Mortos. Esta seção termina com tanque Sr. Nolan, de
Charlie.
- A filosofia do Sr. Keating para os esportes. - A forma com que o Sr. Keating faz Todd sair de sua concha? - A música em questão (Handel, Beethoven) - Discutir os poemas utilizados até agora. - Formas de rebeldia e de conformidade.
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1. Leia a seguinte citação do professor John Keating do filme Sociedade dos Poetas
Mortos. O que você acha que isso significa? Por quê?
“Nós não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos
poesia porque somos membros da raça humana. E a raça humana está repleta de
paixão. E medicina, direito, de negócios, engenharia, estas são atividades nobres e
necessárias para sustentar a vida. Mas a poesia, a beleza, o romance, o amor,
esses são os que nós fazem ficarmos vivos.”
E na cena : (Reunião do Sr. Keating com Nolan para falar com Chris Knox -
cerca de 19 minutos)
- É Charlie muito ousado?
- Keating é um bom professor? O Sr. Keating é uma má influência? Se possível, dê
três razões pelas quais ele é e três razões que podem caracterizá-lo positiva e
negativamente.
A escola é o lugar onde não só aprendemos os conteúdos programáticos
propostos, para obtermos cultura e informação, mas principalmente onde se aprende
a viver em conjunto. Época de conquistas, de formação integral e de auto-afirmação.
Por meio do filme percebe-se o quanto à educação é coisa do coração, do
sentimento também.
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• "Sociedade dos Poetas Mortos" foi, em seu ano de lançamento (1989),
candidato ao Oscar em várias categorias, levou para casa o prêmio de melhor
roteiro (com enorme justiça dado a Tom Schulman) e, para a decepção de
muitos, não foi agraciado como a melhor produção daquela temporada. Uma
injustiça irreparável tendo em vista a qualidade do roteiro, a mão sensível do
diretor Peter Weir, a atuação de Robin Williams e do jovem elenco que depois
ganharia notoriedade em outras produções pelas suas grandes habilidades
dramáticas (principalmente Robert Sean Leonard e Ethan Hawke) e a
fotografia excepcional com locações lindíssimas.
• O diretor Peter Weir resolveu por rodar o filme em sua ordem cronológica
para melhor capturar o desenvolvimento do relacionamento entre os jovens e
o crescente respeito tido por eles junto ao Professor Keating.
• Maestro francês Maurice Jarre , um dos ícones da música no cinema.
Famoso por compor a trilha sonora de grandes sucessos de bilheteria, foi
vencedor de três Oscars.
• Na obra Sociedade dos Poetas Mortos, quando o mestre é obrigado a deixar
a sala, a música de Maurice Jarre entra. Note que a intenção do diretor Peter
Weir é fazer um tributo à arte do ensino. A música vai crescendo à medida
que os alunos sobem em suas mesas para homenagear Keating evocando as
palavras de Walt Whitman,
É como se os antepassados da sociedade voltassem do além. É algo
sobrenatural que acontece ali.
O filme utiliza citações e trechos de poesias de Walt Whitman, Henry David
Thoreau, Byron e William Shakespeare, entre outros ícones da literatura romântica e
rebelde, para apresentar a sua lição: a boa arte, a verdadeira arte, é aquela que
desperta paixões, que celebra a vida.
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A década de 50 é marcada pelo acentuar das mudanças provocadas pela II
Grande Guerra e revela-se propícia para o desenvolvimento de uma nova
mentalidade cinematográfica.
Pesquise e traga para socializar na classe, a história de vida da poetisa Sylvia
Plath, sua intimidade com a morte e a poesia ao mesmo tempo deixam a sensação
de que a carga foi pesada para a autora, uma vez que identificamos, a poesia como
o cinema, é preciso senti-la presente na nossa vida. Só assim fará sentido. Os
versos se unem aos sentimentos mais angustiantes que podemos ter.
Sylvia Plath e Sociedade dos poetas mortos é algo interessante: a vivência dos
personagens com a poesia e não necessariamente a poesia em verso.
A questão é o significado e a capacidade de criar de cada um, levando em conta
a forma de vivenciar a literatura implícita desde as histórias de amor até as escolha
de um caminho na vida.
A grande lição diz respeito a seguinte leitura: - Apanha os botões de rosa
enquanto podes. E esta flor que hoje sorri, amanhã estará moribunda.
Acesse o link APRENDA COM... O enigma Sylvia Plath -
www.correioweb.com.br/euestudante/noticias .
Acesse:
http://www.sylviamovie.com/
www.interpoetica.com/os_olhos_da_gazela7.htm
www.sanatoriodaimprensa.com.br/.../poetisas.htm
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E veja: "O filme sobre a poetisa Sylvia Plath e seu marido Ted Hudghes, dois dos
grandes poetas do século 20, expõe o sofrimento da mulher.
INTERPRETAÇÃO E RELEITURA CRITICA
"O capitão, meu capitão" (O Captain My Captain - Walt Whitman)
"Para as Virgens fazer muito do Tempo" (To the Virgins, Make Much of Time -
Robert Herrick).
O que eles significam e como eles podem estar relacionados ao filme?
( de Sylvia Plath )
Se a lua sorrisse, teria a sua cara.
Você também deixa a mesma impressão
De algo lindo, mas aniquilante.
Ambos são peritos em roubar a luz alheia.
Nela, a boca aberta se lamenta ao mundo; a sua sincera,
- O que o texto poético não diz?
- Explique o título do texto poético a partir da leitura que você fez?
- Em algum momento do texto você percebe a afirmação de traição?
- Um texto sempre se constrói a partir de outros dizeres, de outros textos. De qual
você lembrou ao ler este texto poético? Como eles significam no texto?
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- Que resposta você daria a este texto poético?
Despertá-los para o campo da criação poético-imagética a partir de materiais que
fazem parte de seu cotidiano:
Assistir a obra cinematográfica : O Sorriso de Monalisa – observar o que esta obra
tem em comum com “ Sociedade dos Poetas Mortos”
Após termos efetuado uma viagem ao mundo literário com a obra
cinematográfica “ A Sociedade dos Poetas Mortos”, produza individualmente um
poema sobre o tema.
Em equipes criar, produzir envolvendo a obra cinematográfica e
o período literário – Barroco e Renascimento.
Fanzine, S.M. Publicação alternativa feita de forma simples. ( dicionário Escolar,
Domingos Paschoal)
Vamos divulgar na comunidade escolar o que aprenderam e o que produziram após
este trabalho!
REFERENCIAS
ANDREW, J. D. Hugo Munsterberg. In:______ .As principais teorias do cinema:
uma introdução . Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989. P. 24-36.
BERNADET, Jean-Claude. O que é cinema . São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.
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BEYLIE, Claude. As obras-primas do cinema . São Paulo: Martins Fontes, 1988. 279 p. BOURDIEU, P. O poder simbólico . Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. COSTA, Flávia Cesarino. O primeiro cinema. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2005. EISENSTEIN, S. O sentido do filme. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.
FIGUEIRA, Cristina Aparecida. O Cinema do povo: um projeto de educação anarquista, 1991-1921(dissertação) São Paulo: PUC-SP, 1995. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975. GOMES, Paulo Emílio. Crítica do cinema no suplemento literário , v 1,Rio de Janeiro: Paz e terra,1981.
KRISTEVA, Julia. História da Linguagem . Lisboa, Portugal: Edições 70, 1988.
LEONE, Eduardo. Reflexões sobre a montagem cinematográfica . Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. MANGUEL, Alberto. Lendo imagens: uma história de amor e ódio. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. MARTINS, Maria Helena. (org.) Questões de linguagem . 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1993. MELLO, Roger. A arte olhando o mundo: O olhar do artista. In: Leitura e imagem . 2002.
NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula . São Paulo: Contexto, 2003. SOARES, Ismar. Comunicação/Educação, a emergência de um novo campo e o perfil de seus profissionais. In: Contato, Revista Brasileira de Comunicação, Arte e Educação, Brasília, ano 1, n.2, jan/mar.1999.
www.correioweb.com.br/euestudante/noticias.
http://www.sylviamovie.com/
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www.sanatoriodaimprensa.com.br/.../poetisas.htm
www.diadiaeducacao.pr.gov.br
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