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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Tempo Sagrado e tempo
Profano
Tema: Concepções sobre o tempo sagrado e tempo profano na 5ª
série do ensino fundamental.
Autora: Gloria Juliani Braga
Orientadora: Regina Célia Alegro
2
Sumário
Ao professor............... .................. ..... ........................... .............3
UNIDADE I
Percebendo a passagem do tempo....................................................................8
UNIDADE II
Tempo sagrado, tempo profano e tempo histórico .........................................13
UNIDADE III
As gerações ao longo do tempo.......................................................................19
Bibliografia.........................................................................................................21
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Ao professor:
Trabalhando com o tempo
Esse caderno foi elaborado com o objetivo de apresentar alguns
exercícios para as aulas de História em vista de favorecer o desenvolvimento
das idéias relativas ao tempo sagrado, profano e histórico que os alunos da 5ª
quinta série do ensino fundamental revelam na disciplina de história.
O presente material compõe-se de um texto dir igido ao
professor apresentando alguns pontos para a reflexão acerca da
aprendizagem da noção de tempo. E três capítulos dirigidos ao
aluno com os seguintes tópicos: a percepção da passagem do
tempo; o tempo sagrado, profano e histórico, e as gerações ao
longo do tempo.
Os educandos estão inseridos neste desafio de compreender
a importância do tempo em sua vida, o que não é tarefa muito
fáci l , principalmente na 5ª série, pois são alunos que se encontram
num período de transição. Relativamente ao ensino de História são
várias contribuições que permitem considerar a questão. De modo
geral as preocupações tem se dir igido para a expl icação da
questões relacionadas à vida cotidiana de modo que os estudantes
possam reconhecer a passagem do tempo nos acontecimentos de
todos os dias para homens de di ferentes épocas.
Num contexto mais amplo ao da reflexão específica sobre o
ensino de História, podemos destacar as proposições de Piaget.
Para ele, na fase dos 10 a 11 anos a criança já apresenta
condições básicas para lidar com a noção de tempo, porém o
trabalho com as noções de ordem, sucessão, duração e
simultaneidade e da quanti f icação do tempo não é suficiente para
assegurar que o adolescente domine mais tarde o conceito de
história.
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Estudos mais recentes propõem questões bem mais
específicas como por exemplo, para se pensar historicamente é
preciso superar o tempo pessoal e dominar um tempo contínuo e
social (SCALDAFERRI, 2008).
De modo geral os estudos mais recentes sobre o
desenvolvimento da noção de tempo em crianças de idade escolar
vem destacando as idéias dos alunos, das suas concepções de
tempo. Busca-se compreender o que o aluno sabe sobre o tema e
como opera com esses conhec imentos em sala de aula.
Parente (2004), ci tando Barton, afi rma ser necessário para uma
intervenção adequada em sala de aula, o diagnóstico da compreensão que os
estudantes possuem sobre o tema estudado. Isso é tão importante quanto
considerar que os mesmos provêm de contextos sociais diversos, em que se
relacionam com seus pares, com a família, com a mídia, organizações
políticas, que além da escola, também influenciam as construções dos
pensamentos sobre a história e em nosso caso particular, sobre a conceituação
do tempo sagrado e do tempo profano.
Se o objetivo do Ensino de História é proporcionar aos alunos a
formação da consciência histórica, essa se articula ao modo como a
experiência do passado é vivenciada e interpretada de maneira a fornecer uma
compreensão do presente e a construir projetos de futuro. (HÜSSEN apud
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA-PR, 2008, p. 57)
Assim, no estudo sobre o Ensino de História, “(...) temos a inauguração
de uma história a ser construída pelo aluno, cujo processo de afirmação trouxe
à tona a necessidade de se compreender mais a fundo os mecanismos através
dos quais a aprendizagem se dá em história” (DIAS, p. 46, 2007).
O estudo sobre o tempo demanda salientar a importância da História na
formação da criança por sua potencialidade, “(...) para a mobilização de
identidades na construção de uma consciência histórica adequada às
complexidades da sociedade neste início de século, e no contexto de uma
sociedade que se deseja aberta e dialogante, [...]” (BARCA, 2007, p.115).
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Esses estudos enfatizam a construção de um novo olhar sobre o
processo cognitivo da criança em relação ao conhecimento histórico o que tem
auxiliado nas pesquisas e proporcionado avanços em estratégias
metodológicas para o ensino e aprendizagem de História, especialmente as
voltadas para a compreensão que os alunos possuem do conteúdo estudado,
os sentidos que atribuem ao mesmo, compostos também por suas vivências
extra-escolares:
A atenção dada à realidade social em que o sujeito se move,
enquanto fator relevante da aprendizagem, tem sugerido
fortemente que a criança ou jovem aprenderá melhor quando
as tarefas que lhe são propostas fazem sentido e termos da
vivência humana (BARCA; GAGO, 2001, p. 240).
A compreensão dos sentidos das vivências humanas pelas crianças,
conforme Barca (2001, p. 20), a partir de “explicações para uma situação do
passado à luz da sua própria experiência, mesmo sem apreciar as diferenças
entre as suas crenças e valores e as de outra sociedade, revela já um esforço
de compreensão histórica”. Os conceitos históricos são compreendidos por sua
relação com os conceitos reais humanos e sociais em que o sujeito
experiência, sendo esse, um nível elevado de compreensão histórica, pois a
criança passa a não apenas generalizar conceitos.
Assim, partir da compreensão que os alunos possuem sobre tempo
sagrado e profano, poderemos entender como ocorre essa construção histórica
do conhecimento, ao se trabalhar com ideias de segunda ordem, como a
provisoriedade das explicações históricas, objetividade, narrativa, fontes
históricas, evidências significância, empatia e compreensão do patrimônio.
Nessa perspectiva, Cainelli (2008) ressalta que primeiramente é
preciso que o aluno saiba que o conhecimento histórico é elaborado por
historiadores e sua matéria é passada, a fim de destacar que os professores e
discentes não trabalham com o passado em estado bruto, mas sim com a
lapidação produzida por historiadores, informação que é de extrema
importância para o desenvolvimento metodológico na sala de aula.
Uma outra preocupação nesse caderno vai destacar a reflexão do
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educando sobre a idéia de “tempo sagrado”, “tempo profano” e “tempo
histórico”. Desse modo, propor -se-á ao professor um estudo
vol tado às concepções históricas do tempo sagrado. Pois,
conforme Solé, “(...) o tempo é uma construção humana, que foi
por ele criado para se si tuar no mundo” (2009, p.31).
Le Goff (1980) ao trabalhar o tempo sagrado afi rma que este
é o tempo que se destina somente a Deus. Desta maneira o temp o
sagrado é um tempo teológico, que na concepção do cristianismo,
se dá a parti r dos textos bíbl icos nos quais o tempo, com o Novo
Testamento e o aparecimento de Jesus Cristo, passou a ter um fim.
O novo testamento traz, ou define, em relação ao pensamento judaico,
um novo dado. O aparecimento de Cristo, a realização da promessa e a
Encarnação dão ao tempo uma dimensão histórica, ou melhor, um
centro. A partir daí desde a criação até Cristo, toda história do passado,
tal como é relatada no Antigo Testamento, passa fazer parte da história
da Salvação (1980, p. 46) .
Assim, como o tempo sagrado também se desencadeia dentro do tempo histórico.
O tempo profano está ligado ao tempo da produção, da morte, da rua, do
trabalho e vive também ritmos temporais variados: quando vai a escola é um
tempo, quando faz um passeio é outro tempo, mesmo quando ouve uma
música o ritmo desta determina o tempo vivido. Outro exemplo de ritmo
temporal diferente é quando se vai a um local de lazer ou a outro lugar fora do
contexto do dia a dia.
Eliade (2001) enfatiza que o tempo profano tem uma duração
seqüencial na qual se inscrevem os signi ficativos somente do
presente, do já, do agora. Desta maneira para este os signi ficados
estão somente nas coisas materiais ou nas emo ções vividas no
concreto. Enquanto, os rel igiosos embutem nele uma série de
signi ficados que vão além do campo do físico ou das emoções.
Historicamente se pode dizer que houve uma ruptura na
concepção de tempo a parti r do século XIV, com uma enorme
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mudança na economia. O tempo, até este momento determinado
pela Igreja, foi dando lugar ao tempo cronológico (tempo do
relógio) que influenciou o processo de produção no âmbito
mercadológico.
Le Goff faz referência ao camponês subordinado a outro
tempo: metrológico, caracterizado pela força da natureza e que
não era dominado totalmente:
Da mesma forma que o camponês, o mercador está
subordinado, na sua atividade profissional, em primeiro lugar
ao tempo metereológico, ao ciclo das estações, à
imprevisibilidade das intempéries e dos cataclismos naturais.
Neste aspecto, e durante muito tempo, ele só necessitou de
submissão à ordem da natureza e de Deus e só teve como
meio de ação, a oração e as praticas supersticiosas. Mas
quando se organiza uma rede comercial, o tempo torna-se
objeto de medida (LE GOFF, 1979, p.51).
Na sociedade contemporânea se faz necessária uma medida
de tempo mais precisa e exata. Essa medida de tempo torna o ser
humano determinado a fazer o que o a “nova” velha ordem
burguesa lhe ordena.
Cremos que o fundamental no ensino de História é a
compreensão – tarefa nada fáci l – de que o tempo é uma
construção social defini tivamente l igada aos sujei tos e à sua
historicidade. Diferentes memórias, d i ferentes identidades geram
di ferentes concepções acerca do tempo.
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UNIDADE I
PERCEBENDO A PASSAGEM DO TEMPO
Nesta unidade se propõe a estudar a transitoriedade do tempo dentro do
contexto histórico. Você já parou para pensar que tudo o que fazemos tem
tempo determinado: temos hora para dormir, comer, trabalhar, ir à escola...
O tempo não é estático, ele transforma presente em passado e espera o
futuro. O tempo se faz presente de forma irreversível na vida humana, nos guia
por toda a vida, desde recém nascidos até chegarmos à última idade, sendo
que nunca poderemos regressar a um tempo passado. Por isso diz-se que
vivemos em um continuo temporal.
Assim, desde os mais remotos períodos o homem percebendo as
mudanças climáticas, geológicas, sociais, bem como compreendendo a
passagem do tempo durante em vários elementos da natureza, como
observando as alternâncias de dias e noites, os ciclos da lua, os sol, as
estações do ano... o que impulsionou o homem a tentar medir as passagens
temporais para auxiliá-lo no cotidiano, passando então a regular esse tempo
em dias, anos, séculos, horas e minutos.
E para essa medição temporal o homem se utilizou de diversos objetos
como: a ampulheta, o relógio de sol, lamparina graduada, a vela relógio, relógio
de corda, o relógio, os calendários, agrícolas, cristão gregoriano entre outros.
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Texto I
Muitos povos sempre tentaram explicar a origem do universo e de
seus seres, para isso eles se baseavam nos mitos que em grego significa
fábulas, no qual essas fabulas eram transmitidas de gerações em gerações
ao longo do tempo, a fim de contar uma história de determinados povos,
normalmente compostas por heróis, deuses, entre outros. Assim, no texto
“A tarefa” a personagem tenta entender a história de sua família, porém
confunde um tempo atual com um mito.
A tarefa
Um dia Marianinha, minha sobrinha, veio em casa fazer a tarefa: montar a arvore
genealógica de sua família. Perguntou:
- Como se chamava minha vovó materna, quantos irmãos ela tem e como se
chamam?
Eu respondi:
- Sua vó Clementina tem dois irmãos e uma irmã, seus tios avô chamam-se Lauro
e José e sua tia avó chama-se Eva.
Quando contei que a irmã de sua avó chamava-se Eva, ela ficou tão espantada que
chegou a falar:
- Como ela é velha! Semana passada eles falaram na igreja que Adão e Eva foram
os primeiros habitantes da Terra, não sabia que ela era minha tia avó!
Ela pergunta de novo:
- Adão também é meu tio?
- Não querida ele não é seu tio, e nem é marido da sua tia a Eva. A sua tia, de
quem estou falando, é bem mais nova do que a Eva da Bíblia que você conheceu na
igreja. A Eva da leitura já não existe mais, é uma história bíblica no livro do Gênesis que
conta a história da criação do mundo, enquanto que a irmã de sua avó ainda está viva.
- Ah! Agora entendi, não significa que a minha tia tem a mesma idade da Eva só pelos
seus nomes serem iguais. A minha tia avó Eva está viva ainda e a outra já morreu de tão
velha que era.
Refletindo sobre o texto “A tarefa”
Após a leitura do texto responda as seguintes questões:
a- Qual é o tema central do texto?
b- Você conhece a história bíblica relatada no texto? Sabe contá-la?
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c- A menina imaginou que sua tia era a mesma Eva da história bíblica, isto
seria possível? Justifique.
d- Além da explicação da sua tia, como Marianinha poderia descobrir em
que época viveu a sua tia avó Eva? Onde poderia encontrar indícios
(sinais, indicações, provas) do tempo da sua tia avó?
e- Quantos anos têm a pessoa mais velha (idosa) que você conhece?
Texto II:
Você já deve ter ouvido falar sobre a palavra tempo. Já parou para
pensar que sua vida é marcada pelo tempo?
Isto não é de hoje, os mais antigos seres humanos já tentavam
entender e controlar o tempo, e a partir daí foram criadas maneiras de
medir e dividir o tempo variando de acordo com as crenças, culturas e
costumes de cada povo. O mais conhecido meio de medir o tempo é o
calendário, que é o conjunto de unidades de tempo (dias, meses, anos e
estações), abaixo veja alguns dos calendários mais conhecido pelos
homens.
Calendário Chinês
http://www.computertoys.com.br/especiais/Olimpiada/cultura.asp
O calendário chinês é o mais antigo registro cronológico que há na
história dos povos. Cada ano deste calendário recebe o nome de um dos 12
animais: galo, cão, porco, rato, búfalo, tigre, gato, dragão, serpente, cavalo,
cobra e macaco.
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Os anos do Dragão repetem-se a cada 12 anos. O ano do Dragão
Dourado ocorre uma vez a cada 3000 anos (ocorreu quando nós, brasileiros,
estávamos no ano 2000). Esse ano tem como característica trazer a harmonia
completa dos cinco elementos da filosofia chinesa (metal, madeira, água, fogo
e terra). Isso produziria sentimentos de felicidade para todos.
É importante destacar que o ano novo começa sempre em uma lua
nova, entre 21 de janeiro e 20 de fevereiro.
Calendário Hebreu
O calendário hebraico abrange três aspectos: o civil, o religioso e o
astronômico. O civil, quando se harmoniza com o calendário gregoriano, o
religioso quando exigem normas rígidas para o começo e término do ano e,
finalmente, o cíclico, quando harmoniza os meses lunares com a revolução
trópica do Sol.
Os calendários hebraicos apresentam-se em seis tipos: 3 para os
chamados anos comuns, com 353, 354 e 355 dias. E, 3 para os embolísmicos,
com 383, 384 e 385 dias.
Quando o ano é comum, com 12 meses, chama-se P’SHUTÓT e, com
13 meses, M’UBAROT.
Uma relíquia, O Calendário de Gezer, descoberto entre 5669/5670
(1908/1909 no nosso calendário), com estimativa de ter sido confeccionado por
volta do ano de 1000 a.C., apresenta um relato em versos, em uma escrita
rústica, semelhante ao da Pedra Mo abita.
www.calendario.cnt.br/gezer.jpg
http://flaverlei.blogspot.com/2009/03/calendario-hebreu.html
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Glossário:
* revolução trópica: é a mudança da posição do sol entre os trópicos.
* embolísmicos: é um ano com treze meses, no calendário judaico.
* calendário gregoriano: é o calendário feito pelo Papa Gregório XII.
Calendário Cristão
Os cristãos datam a história da humanidade de acordo com o
nascimento de Jesus Cristo. Este calendário foi feito pela primeira vez pelos
romanos da seguinte maneira: como calendário lunar composto por 12 meses.
No século I a.c Julio o Cesar estabeleceu o ano solar de 12 meses com trinta e
um dias alternadamente, num total de 365 dias, acrescentando 1 dia a cada 4
anos.
www.calendariodapaz.com.br/images/_luaesc.jpg
Atividades
Após vocês terem visto os diversos calendários realizem as seguintes
atividades.
a- Escreva as diferenças entre os calendários: hebreu, chinês e cristão.
b- Escreva as semelhanças entre os calendários: hebreu, chinês e cristão.
c- Qual é o calendário utilizado no Brasil?
d- Segundo o calendário cristão, em que ano estamos?
e- E os chineses, em que ano estão vivendo?
f- Quando começa o ano novo no calendário chinês?
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UNIDADE II
TEMPO SAGRADO, TEMPO PROFANO E TEMPO HISTÓRICO
Em nosso cotidiano sempre ouvimos falar sobre o tempo, “Foi tão rápido, que nem vi o tempo passar”; “Nossa esse trabalho não passa, parece uma eternidade”. É possível distinguir um tempo do outro? Em que tempo estamos?
Em nossa sociedade o tempo pode ser visto como um contínuo passado, presente e futuro, fazendo-se presente em nosso cotidiano. No entanto, ele pode se fazer presente por diversas formas, como tempo sagrado, profano e Histórico.
O tempo sagrado é compreendido como um tempo que não se mede, pois ao longo da história era o tempo controlado pelos deuses e atualmente pode ser considerado como tempo religioso, das crenças e dos mitos. É o tempo da Igreja, das celebrações religiosas.
Já o tempo profano, é o tempo do trabalho, o tempo medido pelo relógio, pelo calendário, momento em que as pessoas fazem atividades como: estudar, trabalhar, passear, viajar, etc.
Por fim, o tempo histórico, é o tempo relacionado às mudanças das sociedades, considerando que muitas pessoas viveram, sonharam e transformaram a sociedade através das lutas sociais etc., pois todos são agentes da História.
Texto I
O texto “Tudo tem seu tempo” foi reti rado do livro do
Eclesiastes, da Bíbl ia, escri to por Salomão, um rei que recebeu a
incumbência de guardar as leis de Moisés. Ele construiu um templo
não só com destino rel igioso, mas, também como universidade.
Tudo tem seu tempo
Todas as coisas têm seu tempo e todas elas passam de baixo
do céu segundo o tempo que cada uma foi prescri ta. Há tempo de
nascer e tempo de morrer. Há tempo de plantar. Há tempo de
arrancar o que plantou. Há tempo de matar e tempo de sarar. Há
tempo de destruir e tempo de edificar. Há tempo de chorar e tempo
de ri r. Há tempo de afl i gir e tempo de dançar. Há tempo de
espalhar pedras e tempo de ajuntar. Há tempo de dar abraços e
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tempo de se afastar deles. Há tempo de adquiri r e tempo de
perder. Há tempo de guardar e tempo de lançar fora. Há tempo de
rasgar e tempo de coser. Há tempo de calar e tempo de falar. Há
tempo de amor e tempo de ódio. Há tempo de guerra e tempo de
paz.
Eclesiastes 3, 1-8
Texto II
Segue abaixo o mito, “A criação Divina” no qual se acredita ter sido
escrito por Moisés, para a religião Judaica em 1800 a.c., nesse período os
sacerdotes eram intermediários entre os homens e deuses a idéia de
surgimento do mundo era explicada de forma mítica, misturando-se assim a
ideia cronológica de surgimento do mundo com a idéia mítica.
A Criação Divina
Segundo a l inguagem mítica da criação nas Escri turas
Sagradas (Bíbl ia), Deus criou o Universo em seis dias e descansou
no sétimo. A primeira criação foi a terra e a água, posteriormente
surgiram o dia e a noi te, as plantas, os animais e, por úl timo, a
criação do ser humano.
“Então Deus disse: Façamos o homem a nossa imagem e
semelhança. Que ele reine sobre sobre os peixes do mar, sobre as
aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a Terra,
e sobre todos os répteis que se arrastem sobre toda a Terra. Deus
criou o homem à Sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o
homem e a mulher. Deus os abençoou: Fruti f icai , disse ele, e
multiplicai -vos, enchei a terra e submetei -a. Dominai sobre os
peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais
que se arrastam sobre a terra.
O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra e
inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida, e o homem se tornou
um ser vivente. Então o Senhor Deus mandou ao homem um
profundo sono; e, enquanto ele dormia, tomou -lhe uma costela e
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fechou com carne o seu lugar. E, da costela que tinha tomado do
homem, o Senhor Deus fez uma mulher e levou -a para junto do
homem”.
Texto III
O mito a criação da vida foi escrito pelos povos astecas que habitavam a
America Central antes da chegada dos colonizadores europeus. Os Astecas
procuravam explicar a criação da vida baseada em sacrifícios humanos com o
objetivo de satisfazer os deuses.
A criação da vida segundo os Astecas
O povo asteca, que habitava a região do atual México, explica de outra
forma a criação da vida.
Pai e mãe viviam nas trevas, junto do vento frio. A mãe queria que
fossem criados os deuses, mas para isso era necessário criar a Terra. O pai
criou a Terra, e com isso surgiram, além dos deuses, as águas, os humanos, os
animais e as plantas. Porém, não demorou para que os deuses e os humanos
reclamassem da escuridão e do frio. Estava faltando o Sol.
No entanto, para que ele aquecesse e iluminasse a Terra, era necessário
o sacrifício de humanos e deuses. Durante muito tempo, eles resistiram em
matar alguém. Porém, não suportando mais o frio e a escuridão, o deus mais
debilitado e infeliz se ofereceu em sacrifício. Seu corpo foi queimado e as
cinzas enviadas ao céu. O Sol então surgiu, aquecendo e iluminando parte da
Terra. Mas, para que ele percorresse todo o céu, eram necessários mais
sacrifícios. Por isso, deuses e humanos aceitaram sacrificar seus filhos para o
Sol continuar a aquecer e a iluminar o planeta.
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Atividades
Trabalhando com figuras
Percebemos que o tempo não pára. Ele pode ser percebido como breve,
longo ou longuíssimo dependendo do modo com você olha para as ações
humanas. De fato, não podemos ver o tempo. Ele só é percebido nas ações
humanas
1- Observe as figuras e marque com um “X” indicando se elas sugerem como
percebemos a passagem do tempo no dia a dia. Depois, explique a sua
escolha.
http://www.gazetadotriangulo.com.br/site/images/stories/30_mar_2010/ponto_de_onibus_300320100900.jpg
( ) passa rápido ( ) demora a passar ( ) nunca acaba
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http://www.magrelas.com.br/images/imagens_passeios/passeios.jpg
( ) passa rápido ( ) demora a passar ( ) nunca acaba
http://www.acessepiaui.com.br/files/imagens/fotos/2912200911280698f64f36208a.jpg
( ) passa rápido ( ) demora a passar ( ) nunca acaba
2- Observe as figuras e marque com um “X” para indicar se elas sugerem
experiências humanas com duração
breve, longa ou longuíssima. Depois,
justifique a sua escolha.
( ) breve ( ) longo ( ) longuíssimo
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http://www.brasilescola.com/historiag/guerra-de-troia.htm
( ) breve ( ) longo ( ) longuíssimo
http://www.elianepotiguara.org.br/noticia15.html
( ) breve ( ) longo ( ) longuíssimo
http://www.reinodasalmas.es.tl/Puntos-
de-Linea-Blanca.htm
( ) breve ( ) longo ( ) longuíssimo
2- Qual a ideia central do texto “Tudo tem seu tempo”?
3- Sobre o que fala o texto “A criação divina”?
4- Como o povo Asteca explicava a criação da vida segundo o texto “A criação
divina”?
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Unidade III
As gerações ao longo do tempo
Percebe-se que o tempo traz grandes mudanças, pois o que as
pessoas vivenciaram, há muito tempo atrás, é totalmente diferente do que
hoje as pessoas vivenciam. Sendo assim, a história sempre se transforma
com o passar do tempo.
Vocês perceberam que a história foi escrita pelos homens de
diferentes gerações com costumes, portanto cada um de nós fazemos a
história ao longo do tempo. Nossos avós e pais já passaram por muitas
experiências diferentes das nossas por isso neste momento é muito
importante conhecê-las.
Atividades
Para compreender as mudanças no tempo percebidas na família, você
deverá:
1- Dialogar com um avô (avó), a mãe (o pai) e filha ou filho (neta ou neto),
buscando as informações para o quadro abaixo.
2- Depois complete a tabela abaixo.
3- Elabore um texto explicando as mudanças ao longo do tempo que você
percebeu na fala dos familiares.
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http://www.gazetadotriangulo.com.br/site/images/stories/30_mar_2010/ponto_dd_onibus_3003
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