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DESINDUSTRIALIZAÇÃOQUE FAZER?
Esquema de Agenda para Debate
Edmar BachaCdG, 13/04/2012
1. Evidência empírica
(a) % indústria transformação no PIB, preços corrente e preços constantes, 1970-2011
(b) % indústria transformação no PIB, comparações internacionais
2. Macroavaliações
(a) pegando a doença holandesa (ou câmbio maldito)
(b) curando a doença soviética (ou abertura bendita)
(c) expondo a doença brasileira (baixa poupança e investimento; alta tributação sobre industria)
3. Sugestões de modelagem
(a) Modelo monetário de curto prazo à la Dornbusch: 2x1, bens comerciáveis (indústria) vs. bens domésticos (serviços), disputando mão-de-obra. Demanda como função do estoque de moeda. Commodities tratadas como transferências externas (‘maná’)
(b) Modelo de crescimento: política industrial ótima na presença de histerese, recursos naturais esgotáveis e fluxos voláteis de capitais
(c) Modelo de crescimento a avaliar: indústria como portadora de economias
externas/efeitos de encadeamento/geradora de inovações (discurso de Gene Sperling)
[Palpite sobre de onde vem a “preferência pela indústria” : bens comerciáveis (indústria) tem demanda infinitamente elástica (mundo), o que facilita obtenção de escala e induz busca de redução de custos. Bens domésticos tem demanda restrita (só em sua área geográfica), o que constrange a obtenção de escala e induz à busca de rendas de monopólio. Por isso, indústria seria mais “dinâmica” que serviços]
3-A. Equações modelo monetário
• Equilíbrio mercado bens domésticos:• Yn (Pn/Pt) = k.V.H/Pn
• Equilíbrio mercado bens comerciáveis:• Yt(Pt/Pn) + Z = (1-k)V.H/Pt
• Onde:• Z = maná• H = R + C• Pt = E.Pt*
3-A: Efeito de um chuva de maná (∆Z>0 →∆Yt<0)
Pn Pn
T’ N
B T B
A A ∆Z>0 T’
N T
Yt H
4. Políticas industriais a considerar
(a) Horizontais: • alternativas de reforma tributária • alternativas de provisão de infraestrutura (especialmente logística) (b) Verticais: • "escolha condicional dos vencedores" à la Coréia do Sul (condicional a
desempenho exportador) • proteção do mercado doméstico para alcançar maturidade e/ou economias
de escala • promoção da especialização intraindustrial (‘descoberta’ das vantagens
comparativas à la Hausmann-Rodrik; de onde vêm as indústrias brasileiras competitivas e inovadoras)
5. Políticas industriais a evitar
• requisito de conteúdo nacional• preferências para compras governamentais
(“buy Brazilian act”)• fusões empresariais patrocinadas pelo BNDES• participação do Bndespar e dos fundos de
pensão estatais no capital de empresas industriais
• proteção tarifaria diferenciada