Post on 18-Mar-2016
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1.A Revelação de Deus (8 slides)2.Unicidade e Transcendência (9 slides)3.Deus Vivo (11 slides)4.A Santíssima Trindade no NT (12 slides)5.Formulação Dogmática (13 slides)
6.As Processões Divinas (7 slides)7.As Relações Divinas (8 slides)8.As Pessoas Divinas ( 10 slides)9.As Missões Divinas (8 slides)10.A Economia Divina (14 slides)
Aulas previstas:
Deus Uno e TrinoAula 7Aula 7As Relações DivinasAs Relações Divinas
2/92As relações divinas Entende-se por relação a referência de uma pessoa ou de uma coisa a outra pessoa ou outra coisa. Toda a relação está constituída por três elementos: o sujeito, o termo e o fundamento.
O sujeito é a pessoa ou a coisa que se relaciona com outro (termo “a quo”). O termo é a pessoa ou a coisa até à qual tende o sujeito da relação (termo “ad quem”). O fundamento é o facto em que se ba- seia a relação de uma pessoa ou coisa com outro. Exemplos de fundamentos em relações interpes- soais: amor conjugal, amizade, geração, etc.
Uma relação é real se os três elementos são reais. Exemplos de relações não reais: entre conceitos, comparação do ente com o nada, do presente com
o futuro, etc.
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A analogia exige despojar as relações divinas do carácter acidental das relações que se dão entre os homens. Em Deus não há “acidentes”
em sentido metafísico; por exemplo não há um antes, nem um depois de ser Pai.
Assim, ao aplicar a analogia ficamos com o que é uma relação em si mesma (uma referência) e negamos em Deus o aspecto acidental das relações humanas. O próprio da relação que
consideramos em Deus é pura alteridade, “esse ad”. Mas as relações em Deus são subsistentes, não acidentes: existem em si mesmas e identificam-se com a substân- cia divina. Os homens têm relações, em Deus a relação é Deus.
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Quem gera é o Pai, não a substância, e quem espira é o Pai e o Filho, não a substância.
Latrão IV ensina que as três Pessoas se identificam com a substância divina e se distinguem exclusivamente pelas suas relações de origem.
“Relação” e “substância” são dois conceitos distintos, que em Deus se identificam. Mas as relações em Deus distinguem-se realmente entre si.
“Dado que há duas processões reais em Deus (gerar e espirar), há quatro relações reais: Paternidade, Filiação, Espiração activa (sujeito: Pai e Filho, e termo: Espírito Santo), e Espiração passiva (sujeito: Espírito Santo, e termo: Pai e Filho).
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Concílio de Florença (1442)Concílio de Florença (1442):
Em Deus “tudo é uno, onde não houver oposição de relação”.
Vamos pois ver quais das relações divinas se opõem
entre si.
Segundo a filosofia, duas relações opõem-se quando trocam sujeito e termo,
sendo o fundamento o mesmo. Assim por exemplo, paternidade e filiação
opõem-se porque o pai é sujeito da paternidade e termo da filiação, e o filho é
sujeito da filiação e termo da paternidade, sendo o fundamento igual (geração).
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Paternidade e Filiação opõem-se conforme vimos: distinguem o Pai e o Filho. Espiração activa e
passiva também se opõem segundo vimos: distinguem juntamente o Pai e o Filho, do Espírito Santo.
A Espiração activa consiste em espirar: Pai e Filho podem espirar o Espírito
Santo, sem contradição com o facto de serem Pai e Filho. A Espiração activa
não se opõe nem à Paternidade nem à Filiação. Segundo o Concílio de Flo-Flo- rençarença, se não há oposição, Paternidade e Espiração activa não se distinguem em Deus, bem como tão pouco a Filiação e a Espiração activa. O Pai gera o
Filho e ama-O espirando o Espírito Santo, e o Filho é gerado pelo Pai e ama-O espirando junto com Ele o Espírito Santo.
As relações divinasVimos que em Deus se dão quatro relações reais, mas nem todas se opõem.
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Portanto, das quatro relações reais em Deus,
só três se opõem entre si: a Paternidade, a Filiação
e a Espiração passiva coincidindo com o Pai, o Filho
e o Espírito Santo.
A Espiração passiva consiste em ser espirado. O Pai não o pode ser dado que
é sem princípio. O Filho também não pode ser espirado porque já é gerado. Só
o Espírito Santo pode ser espirado. Assim, Paternidade opõe-se a Espiração
passiva e Filiação também se opõe a Espiração passiva, duas oposições que
distinguem: o Pai e o Espírito Santo uma e o Filho e o Espírito Santo, a outra.
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À luz das relações divinas, a Trindade
revela-se-nos como a mais perfeita realiza-
ção da ‘comunhão entre distintos’ e, como
tal, é luz que ilumina as relações humanas
interpessoais. Por isso, a família é imagem da comunhão trinitária.
Na Última Ceia, Jesus revela-nos a unidade
das três Pessoas divinas como origem e
modelo para a união entre os homens: “Que todos sejam um, como Tu, Pai,
estás em mim e eu em ti, para que também eles sejam um em nós” (Jo 17, 21Jo 17, 21).
As relações divinasAs relações divinas são o modelo da vida e das relações humanas.
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Bibliografia Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciación
Teológica de Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)
Slides Originais - D. Serge Nicoloff, disponíveis em www.agea.org.es (Guiones
doctrinales actualizados) Tradução para português europeu - disponível em inicteol.no.sapo.pt