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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPES
Por: Virginia dos Santos Vitoriano
Orientador
Prof. Paulo José
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
LIDERANÇA E GESTÃO DE EQUIPES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada
como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão de Recursos Humanos
Por: Virginia dos Santos Vitoriano
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AGRADECIMENTOS
A Deus, ao meu amor, minha família, meus
amigos...
4
DEDICATÓRIA
Dedica-se a minha mãe. Saudades eternas.
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RESUMO
O presente estudo apresenta uma análise sobre a liderança e seus
conceitos, seus principais estilos e características fundamentais para obter um
bom comportamento e posicionamento perante a equipe, além dos fatores que
são determinantes para o perfeito funcionamento do ambiente organizacional, e
sobre as discussões da contribuição do papel da liderança para a eficiência e
eficácia das equipes de trabalho além do reconhecimento da importância do
papel do líder na motivação das equipes. Para isso realizou-se pesquisa
bibliográfica feita em livros e consultas, onde se observou que nenhum dos
estilos de liderança é integralmente eficiente em todas as situações e que se
deve adotar determinado estilo de acordo com o contexto, buscando sempre a
solução mais efetiva.
Foi elaborado com a finalidade de avaliar as ações necessárias a
serem tomadas para melhorar o funcionamento do processo de liderança e
gerenciamento de equipes no ambiente de trabalho ajudando a entender como
os líderes podem influenciar os liderados no ambiente de trabalho. Serão
apresentados fatores que tem proporcionado vantagem competitiva e que
contribuem para a melhoria do processo de comunicação e relacionamento
entre o líder e sua equipe. Com base nos dados desse artigo foi possível
entender o quanto o líder exerce papel fundamental dentro da organização,
pois dependendo da maneira em que agir poderá influenciar os seus liderados
de modo positivo ou negativo dentro da organização. Deve-se lembrar também
que a equipe também possui o poder de influenciar seu líder e que a
cooperação e sinergia entre todos é que trazer excelentes resultados para a
empresa.
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METODOLOGIA
Este artigo é uma pesquisa bibliográfica a respeito do assunto
liderança e gerenciamento de equipes, realizada por intermédio de artigos
científicos, livros sobre administração e artigos da internet disponíveis para
consulta do publico em geral, com o objetivo de estabelecer os parâmetros
para identificar características, qualidades e competências gerenciais
necessárias e cabíveis no que se refere aos novos padrões comportamentais
para líderes na atualidade além de identificar estilos de líderes, atitudes para
conquistar sua equipe e aptidões para condução dos negócios e das pessoas.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Liderança de Equipes 10
1.2 Eficiência e Eficácia da liderança 14
1.3 Estilos de liderança 16
1.4 Papel do Líder 21
CAPÍTULO II - Motivação nas Equipes 25
2.1 Equipe 25
2.2 Motivação 28
CAPÍTULO III – Comunicação 29
3.1 Comunicação 29
3.2 Qualidade da Comunicação 31
3.3 Feedback 33
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
BIBLIOGRAFIA CITADA 41
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INTRODUÇÃO
Este artigo tem como objetivo mostrar a importância do papel da
liderança no processo de gerenciamento de equipes.
Serão analisados os principais estilos de liderança, desafios e
obstáculos que o líder deve enfrentar e vencer para desenvolver uma equipe
motivada e de alta performance. Abordaremos também o papel do líder no
processo gerencial, a eficiência e eficácia da liderança de equipes e a
qualidade de uma comunicação eficaz com seus liderados no processo
decisório.
No atual paradigma de liderança e contexto de gestão contemporânea,
a demanda pela liderança aumentou enquanto a oferta de líderes não tem
conseguido acompanhar as exigências de um mercado com objetivos cada vez
mais audaciosos e prazos cada vez mais curtos para a conclusão dos projetos.
Pois, na rapidez com que o mundo evolui, torna-se obrigatório viver em
constante atualização. Clientes cada vez mais conscientes e, por conseguinte
mais exigentes, mudanças rápidas e necessidade de mudança contínua, além
de produção em grande escala com alta qualidade, lembrando que o quadro de
funcionários não é mais como antes, logo, os mesmo precisam ser altamente
qualificados e competentes a fim de sobreviver ao mercado com essa realidade
inconstante.
Cada vez mais se torna imensamente complexa a tarefa de trabalhar
de forma sinérgica e dinâmica, uma vez que liderar uma equipe demanda
conhecimentos, habilidades e atitudes para lidar, principalmente, com o
individual. O líder precisa ter pleno conhecimento das atividades do setor e
atuar como um facilitador dando suporte à equipe para que estes o vejam como
um referencial e cooperem para que as metas sejam atingidas e a organização
obtenha êxito nos negócios.
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Por isso, um passo fundamental é que um líder se conscientize e
compreenda a importância do seu papel na equipe, assumindo uma posição
estratégica a fim de dar suporte na melhoria do potencial dos funcionários de
sua equipe buscando manter a equipe motivada. Também é necessário que
este entenda de pessoas e o valor que estas possuem dentro deste processo,
acompanhando de perto e buscando aproximá-las ao máximo, pois deste modo
fica mais fácil alinhar as visões de ambos de forma harmônica.
É inerente ao papel do líder procurar criar um clima interativo que
estimule a participação coletiva, incite a produtividade e desenvolvam a
criatividade. Ter flexibilidade e estimular constantemente a equipe também
compõe o perfil dos novos líderes.
A competência de adaptação à nova realidade, o aperfeiçoamento
contínuo de suas ciências e aderência de novas habilidades tornam o líder
cada vez mais capacitado e preparado para encarar desafios e tornar sua
equipe motivada e em conformidade com os objetivos organizacionais.
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CAPÍTULO I
LIDERANÇA DE EQUIPES
Liderança consiste na capacidade de influenciar as pessoas em
conjunturas e situações distintas a realizarem determinadas ações, devido a
sua influencia.
De acordo com Charan (2012, p.5):
“As organizações de hoje precisam de líderes eficazes em
todos os níveis e em todos os locais. Devida à revolução
da tecnologia da informação, à globalização e a outros
fatores, a liderança é um requisito em todos os níveis da
organização. Para cumprir essas promessas cada vez
mais ambiciosas aos clientes, acionistas, empregados e
outros stakeholders, precisamos de líderes capazes de
uma atuação mais plena do que jamais foi necessário.
Isso implica descobrir um método que garanta que mais
gestores do que nunca estejam preparados para os níveis
de liderança corretos e alocados aos níveis certos”.
Para Sobral (2008, p. 54), “a liderança é um conceito controverso e de
difícil definição”, e isto se confirma pelo grande número de teorias apresentado
por diversos autores.
Segundo Montana (1998, p. 115):
“Liderança é o processo pelo qual um indivíduo influência
outros para alcançar os objetivos desejados. Dentro da
organização empresarial, o processo de liderança assume
a forma de um gerente que influência os subordinados a
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realizarem os objetivos definidas pela alta administração.
Existem dois tipos diferentes de líderes em todas as
organizações os que são definidos ou líderes formais e os
que atuam como líderes de maneira informal”.
Para Chiavenato (2005, p. 268)
“Liderança é uma influência interpessoal exercida numa
dada situação e dirigida por meio do processo de
comunicação humana para a consecução de um ou mais
objetivos específicos. Os elementos que caracterizam a
liderança são, portanto quatro: influência, a situação, o
processo de comunicação e os objetivos a alcançar”.
Buscando sobreviver, as organizações sentem a necessidade de
acompanhar o ritmo e a complexidade do ambiente em que se encontram.
Líderes verdadeiros são aqueles que conseguem, em meio a situações
turbulentas, determinar com precisão o que deve ser feito e mobilizar os
seguidores no caminho da execução dessas transformações.
Segundo Adair (1992, p. 172) liderar a si mesmo vem antes de liderar
os outros. Significa definir desejos e objetivos, assim como altos padrões de
conduta e comunicação , para si mesmo.
Atualmente a liderança é um dos principais guias que movem as
organizações e coopera para o alcance da eficácia e da própria superação, fato
que atrai uma ampla quantidade de hipóteses sobre modelos e aplicações
utilizados para identificar, desenvolver e avaliar a potencialidade dos líderes
dentro das empresas, bem como o desempenho das equipes de trabalho.
Ressaltando que encontrar pessoas eficientes e competentes é um fator crucial
para o sucesso dos negócios.
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Guimarães (2012, p. 30) diz que a liderança é necessária para fazer as
coisas acontecerem e para garantir a realização de esforços até atingir os
resultados previstos de maneira certa.
As qualidades de liderança vão se desenvolvendo através da prática e
da experiência.
Para Lyons (2012, p. 55):
“O sucesso pessoal trás apenas conquistas. Ajudar os
outros a serem bem-sucedidos proporciona genuína
realização. A paixão pelo ‘sucesso por meio dos outros’
aspira comum entre consultores, orientadores e coaches,
é fonte de sinergia e característica distintiva a liderança”.
Faz parte do processo de liderança assumir risco e,
consequentemente, alcançar resultados esperados. Criar planos de ação para
colocar as ideias em prática com o objetivo de mudar ou melhorar situações
significa ter iniciativa. A condução das ações organizacionais deve passa,
inicialmente, pela condução das pessoas para que estejam em detrimento com
os objetivos pessoais da equipe.
Ainda na visão de Bergamini (1994, p. 31), o líder caracteriza-se:
[...] por uma forte busca de responsabilidade e perfeição
na tarefa, vigor e persistência na perseguição dos
objetivos, arrojo e originalidade na resolução de
problemas, impulso para o exercício da iniciativa nas
situações sociais, autoconfiança e senso de identidade
pessoal, desejo de aceitar as consequências da decisão e
ação, prontidão para absorver o stress interpessoal, boa
vontade em tolerar frustrações e atrasos, habilidade para
influenciar o comportamento de outras pessoas e
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capacidade de estruturar os sistemas de interação social
no sentido dos objetivos em jogo.
Um líder de excelência tem pleno conhecimento do negócio e sabe
passar confiança a sua equipe. Tem domínio da função e das atividades
inerentes ao cargo, além de ser autoconfiante, facilita o processo e se esforça
para ter um bom desempenho e motivar sua equipe.
É importante para o líder ter competências que o diferencie, pois
ninguém é insubstituível. Também é de suma importância, ser organizado e
com visão de futuro, planejando ações com antecedência, ter a eficácia para
interpretar a realidade e identificar novas demandas.
É necessário ressaltar que não é através de poder que a liderança
deve ser exercida e sim por intermédio de persuasão, indução, experiência e
suscetibilidade. Posner (2013, p. 199) fala que os líderes mobilizam outras
pessoas que querem lutar pelas aspirações comuns [...]. A equipe precisa
sentir o desejo de realizar tal meta com a finalidade de alcançar um objetivo
que será viável a todos. Para isso, precisam entender a importância de cada
um dentro do processo.
O líder precisa ter visão estratégica e sistêmica para ter capacidade de
discernir a razão inerente aos objetivos organizacionais. Deve incitar e
impulsionar que o capital intelectual seja explorado em todas as suas nuances,
através do estimulo a criatividade, dando autonomia aos membros da equipe,
ou seja, oferecendo maiores responsabilidades para que eles possam, cada
vez mais, se sentirem motivados e valorizados por meio de suas aptidões.
Os objetivos precisam estar traçados de forma clara e as estratégias
adequadas para conduzir as ações em direção aos resultados organizacionais.
Outros fatores que precisam ser levados em consideração é a
qualidade de saber lidar com pessoas, ser compreensivo, comprometido e agir
em conformidade com o que fala, visto que suas atitudes precisam servir de
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modelo para as pessoas que o acompanham. Ser antes de tudo um gestor de
pessoas e fornecer aos colaboradores o que eles ainda não conseguiram
enxergar ou fazer sozinhos.
1.2 – Eficiência e Eficácia da liderança
Existem diferenças entre conceitos de eficiência e eficácia, embora a
primeira vista possa parecer sinônimos e por mais que ambos estejam
relacionado, os dois são completamente distintos.
A eficiência significa realizar uma atividade correta, empregar do
melhor modo os recursos disponíveis com mínima margem de falhas. Por outro
lado, a eficácia incide na realização de um trabalho que abranja totalmente o
resultado, concluindo o que se propôs a fazer com um excelente resultado.
Averigua-se que tudo o que é feito dentro de uma organização, a ação
em si, está associado ao conceito de eficiência, enquanto que aquilo que é
alcançado, o resultado, está relacionado à eficácia.
A eficácia e a eficiência são aliadas nas demandas de uma
organização, pois o ideal seria a aliança entre as duas formas de agir tanto dos
profissionais, que fazem a empresa se movimentar, como da própria empresa,
que necessita garantir seu trabalho possuindo uma visão privilegiada em sua
atuação.
Com base nestas definições, pode-se concluir que a relação entre
eficiência e eficácia, a qual é intensamente profunda. Habitualmente, processos
eficientes, levam aos resultados desejados, mas pode-se fazer certas as coisas
erradas, o que representaria eficiência, mas não a eficácia.
Quando se procura compreender a relação entre as organizações e o
ambiente externo, chega-se à conclusão de que elas são sistemas abertos, ou
seja, mantém uma dinâmica interação com seu meio ambiente, sejam clientes,
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fornecedores, concorrentes, entidades sindicais, órgãos governamentais e
outros agentes externos.
O líder eficiente é aquele que encoraja e motiva sua equipe e alcança
resultados significativos a empresa. Tem iniciativa, produz através de pessoas
e se volta para as oportunidades. Mostra a importância das pessoas dentro do
processo e dá o suporte necessário para que estas consigam conquistar os
planos traçados da melhor forma possível.
Segundo Kelley (1999, p. 177), a liderança está centrada na
capacidade do líder de ser eficaz:
Para ser um líder eficaz [...], um membro de equipe deve
garantir o respeito dos colegas de trabalho em pelo
menos uma das três áreas cobertas por essa habilidade
crítica: 1. Quociente de conhecimento – respeitada
qualificação e comprovado bom-senso em áreas
relevantes para as metas do grupo. 2. Quociente de
pessoas-habilidade – indica que você tem consideração
pelos colegas e que as metas deles têm tanto valor
quanto as suas; assim eles são levados a trabalhar de
forma voluntária com você para alcançar o objetivo. 3.
Quociente de iniciativa – indica que você desempenhará
as atividades que ajudam o grupo a alcançar, de fato, a
meta.
O Líder eficaz surge no momento em que o desafio das forças
contingenciais parece estar causando pressão sobre dirigentes e sua equipe.
“O potencial de trabalho futuro se baseia nas habilidades
e experiências acumuladas evidenciadas pelas
realizações do passado, pela capacidade de aprender
novas habilidades e pela disposição de lidar com tarefas
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maiores, mais complexas e de qualidade mais elevada.
Quanto mais as pessoas realizam, mais aprendem; a
disposição de enfrentar novos desafios aumentam à
medida que os desafios atuais são superados.
Impulsionado pela natureza altamente dinâmica do
trabalho, pelas oportunidades globais e pelo aprendizado
na internet, o potencial das pessoas muda várias vezes
ao longo de uma carreira profissional. Elas podem
reinventar-se, e é o que fazem” (CHARAN, 2012, p. 8).
Ele precisa ser um incentivador dos conflitos de ideias, ou
popularmente conhecido como brainstorming, além disso, ser um eficiente
solucionador de conflitos individuais e pessoais. Peter Drucker evidencia que
"as pessoas eficazes não vivem voltadas para os problemas, elas vivem
voltadas para as oportunidades”.
Estimular o crescimento dos indivíduos da equipe, compartilhar
valores, conhecimento, ser empático, trabalhar com qualidade total, aceitar as
contribuições dos outros, analisando-as com vistas à sua aplicação, produzir
através de pessoas, tomar decisões em conjunto, falar na hora certa e escutar
sempre, ter objetivos claros, questionar, provocar a coesão, concordância e
harmonia, ou seja, garantir a continuação do grupo, quando ausente, significa,
em suma, ser um líder eficiente e eficaz.
1.3 – Estilos de liderança
Administrar, gerir e conduzir pessoas, profissionais e organizações não
é uma tarefa fácil, exige disciplina, paciência, desenvolvimento de algumas
habilidades fundamentais, foco e comprometimento. A busca por líderes
qualificados é cada vez maior, pois a organização é uma estrutura dotada de
indivíduos dos mais diferentes tipos.
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Existem vários estilos de liderança, todavia, abordaremos apenas os
principais e mais comentados estilos.
A flexibilidade e a sabedoria para aprender a incorporar qualquer estilo
de liderança de acordo com o momento, é uma habilidade estratégica que
favorece a obtenção de bons resultados.
De fato, os líderes influenciam seguidores beneficiando o
desenvolvimento das pessoas, que fazem com que a empresa cresça, e não o
contrário. Por este motivo, muitos acreditam que os líderes têm por obrigação
considerar a ética de suas decisões. Apesar de a liderança ser importante para
a administração e sutilmente pautada a ela, a atualização contínua, a procura
pela ciência da informação e a capacidade de estar se atualizando
frequentemente e principalmente dispostas a lidar com o novo são eficientes
componentes que agregam valores e contribuem no processo de tomada de
decisão.
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Figura 1
Fonte: Teoria Comportamental
– Estilos de Liderança (Fonte: Chiavenato (2000, p. 138)
Sobre a liderança autocrática:
• Apenas o líder implanta as diretrizes, sem qualquer participação
da equipe;
• O líder determina os aprovisionamentos e as metodologias para a
execução das atividades, cada uma por vez, no alcance em que
se tornam necessárias e de modo aleatório para a equipe;
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• O líder direciona as tarefas a serem executadas e define as
equipes de trabalho;
• A ênfase esta na liderança.
Referente à democrática:
• As diretrizes são discutidas pelo grupo, estimulado e observada
pelo líder;
• A própria equipe esquematiza as providências e os artifícios para
atingir o objetivo requerendo aconselhamento técnico ao líder
quando preciso, passando este a aconselhar algumas alternativas
para a equipe definir a que apresentar-se mais adequada.
• A separação dos afazeres fica a critério do próprio grupo e cada
componente tem liberdade de escolher seus parceiros de
trabalho;
• Enfatiza a liderança e a equipe.
A respeito da liderança liberal:
• Há liberdade completa para as decisões coletivas ou individuais,
com participação mínima do líder;
• Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos parceiros, fica
completamente a critério da equipe. Total ausência de
participação da liderança;
• O líder não faz nenhuma tentativa de aferir ou de regular o
andamento dos eventos;
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• O líder somente faz comentários e análises irregulares sobre as
atividades dos componentes da sua equipe quando perguntado;
• É mínima a participação do líder e o grupo é enfatizado.
Não existe um estilo único, correto, ou melhor, existe sim, o estilo de
liderança mais apropriado que deve variar de acordo com o perfil de cada
organização, e diferentes situações. Sendo alguns estilos mais eficientes que
outros.
Liderar é ter a capacidade de enxergar além das dificuldades e ver
possibilidades nas situações de conflito. Adquirir responsabilidades enquanto
outros inventam justificativas e ter a disposição de assumir riscos.
Chiavenato (2006, p. 160) diz que:
O líder utiliza os três estilos de acordo com a situação e
com a tarefa executada [...]. A principal problemática da
liderança é saber quando aplicar, qual estilo, com quem e
dentro de que circunstancia e tarefas a serem
desenvolvidas.
Cada estilo de liderança acarretará benefícios e resultados
diferenciados para a equipe. As situações e as pessoas variam, logo, uma
liderança de excelência consegue perceber cada contexto e adaptar o melhor
método de liderança de acordo com as situações.
Para Souza (1996, p.33):
Liderança implica o inter-relacionamento entre três
elementos: 1. As qualidades, habilidades e necessidades
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do líder; 2. As necessidades e expectativas do grupo; 3.
As exigências ou requisitos da situação.
Este inter-relacionamento sugere que nenhum estilo de
liderança serve perfeitamente para todas as situações. O
melhor estilo é aquele considerado mais apropriado a
uma situação em particular.
O nível de maturidade e perfil de cada pessoa são fatores que
influenciam no comportamento da equipe de modo geral, o que de fato,
contribuirá para eficácia e sucesso da organização.
O estilo de liderança influencia diretamente no desempenho e nas
atividades das equipes de trabalho. O perfil do líder acarreta em equipes
motivadas, empenhadas, determinadas e voltadas para o sucesso ou tão
somente, equipes que apenas cumprem determinações e trabalham
insatisfeitas.
A proficiência provém do profundo conhecimento e habilidades do que
se faz, mediante treinamento contínuo. A aptidão e competência de um líder
eficaz estão diretamente ligadas à qualidade de uma excelente liderança.
Uma competente liderança é continuamente notada pelos integrantes
da equipe, principalmente se estes estão determinados a alcançarem os
objetivos propostos, é sinal que há um bom líder norteando a equipe. O líder
poderá utilizar todos os estilos de liderança, de acordo com a necessidade, a
tarefa e as pessoas. Cabe a cada bom líder saber equilibrar estas práticas e
aplicá-las no momento mais adequado e oportuno a cada conjuntura.
1.4 – Papel do Líder
O papel da liderança nas organizações baseia-se, em resumo, garantir
o fluxo contínuo de informações e resultados estratégicos, estimulando e
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desenvolvendo continuamente o desempenho humano para assegurar a
contínua busca pelas mudanças e melhorias, norteando às necessidades de
ambas as partes na direção do desenvolvimento organizacional e pessoal.
A função do líder incide em auxiliar as pessoas a enfrentar os fatos, e
mobilizá-las para que façam transformações no ambiente em que estão
inseridos.
O líder, por meio de sua ação, deve saber obter a cooperação entre as
pessoas. Precisa ser capaz de desenvolver, estabelecer e manter um
direcionamento, além de promover a convergência de diferentes percepções,
interesses e finalidades.
Ser um agente de transformação, ter competência para diagnosticar
novas tendências e saber lidar com as contingencias, também são fatores
críticos para o sucesso de um líder.
Outro fator que é inerente ao líder é ser empático. Saber cativar seu
grupo, criando uma atmosfera de cordialidade e cooperação, pois lidar
diariamente com pessoas é preciso ter muita sensibilidade para com o outro.
Criar vínculos e gerar confiança para que o processo de comunicação flua mais
facilmente e mostrar para a equipe a direção a seguir e o motivo pelo qual se
torna viável e vantajoso à realização das metas propostas, dando recursos e
ferramentas que auxiliem na otimização dos resultados e, ainda, demonstrar
confiança no potencial de sua equipe para a conquista das metas.
Estimular a criatividade e a produtividade, sempre procurar reconhecer
a participação da equipe pelos esforços na realização das tarefas e
desenvolver sua equipe, pois cada ser humano tem sua contribuição a dar e
seu talento direcionado para alguma coisa.
Fazer críticas construtivas e dar o feedback no momento apropriado e
não ter medo de assumir riscos são características que preciso fazer parte da
composição de um líder eficaz.
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Para Guimarães (2012, p. 30), a função principal do líder é conciliar os
objetivos gerais da organização, ou do projeto, com as metas particulares de
cada indivíduo da empresa ou da equipe.
Quanto mais preparado o líder estiver, maiores as oportunidades de
conquistar os resultados esperados. É preciso conhecer cada vez mais as
ferramentas disponíveis no mercado e procurar aplicá-las à realidade da
equipe. Todavia, não basta que apenas o gestor conheça as ferramentas, mas
que os componentes da equipe também possam ter a oportunidade de acesso
a tais instrumentos.
Não se pode alcançar excelente resultados trabalhando no individual. é
preciso manter a integração e o comprometimento da equipe, sempre
buscando ser um líder motivador, que ouve e deixa as pessoas falarem e
exporem ideias que possam contribuir para melhoria.
O líder faz com que as pessoas o apreciem não pelo poder, pelo
domínio, nível hierárquico ou pela função ocupada. Mas pelo exemplo que
causa provenientes de suas atitudes e habilidades.
É preciso lembrar frequentemente às pessoas qual é a visão de longo
prazo e esclarecer e justificar a importância do trabalho em equipe dentro da
organização. Comunicar as expectativas e os objetivos são formas de motivar e
de dar sentido aos seus esforços.
As empresas não buscam mais um gerentes soberanos, mas um
intervencionista de pessoas talentosas. Líderes que saibam encontrar as
pessoas adequadas para cumprir as tarefas e obter resultados em menores
prazos. O líder precisa pensar rápido, ter respostas imediatas, ser dinâmico e
muito proativo.
Um bom líder trabalha e estimula o talento dos outros, nunca faz o
trabalho dos outros profissionais ou assume a responsabilidade dos membros
de sua equipe. O líder que comanda verdadeiramente cria em seus
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subordinados as atitudes construtivas possíveis e garante os melhores e mais
delongados resultados para ele e os membros de sua equipe.
A liderança exerce papel importante para a organização, mas precisa
apresentar características essenciais tais como, autodesenvolvimento,
habilidades de comunicação e influência. Ter auto motivação e pensamento
positivo para manter todas as pessoas envolvidas no processo tanto operativo
quanto comportamental, com a finalidade de atingir os resultados esperados
alcançar sucesso absoluto.
Segundo Bernardinho (2006, p.114 e 115):
Ser líder é dar o exemplo para que outros saibam como
se faz e se esforcem para repetir a tarefa no mesmo nível
ou ainda melhor. Essa é a única liderança que se sustenta
com o tempo. Nada do que você diz influencia mais as
pessoas do que aquilo que você faz. Liderar é inspirar e
influenciar pessoas a fazerem a coisa certa, de
preferência entusiasticamente e visando ao objetivo
comum. Afinal, uma equipe precisa de líderes no dia a dia
que todos olhem como referência. São aqueles que
ajudam o treinador, ou gestor, a conduzir seu time (ou
projeto) pela estrada do planejamento até alcançar a meta
almejada.
De acordo com a citação acima, os líderes de equipes praticam
comportamentos construtivos. Apoiam sua equipe, são ouvintes prudentes,
confrontam quando apropriado, buscam o consenso e dão feedback sempre
que necessário for para melhoria e adequação dos processos.
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CAPÍTULO II
MOTIVAÇÃO NAS EQUIPES
2.1 – Equipe
O conceito mais comum de equipe a define como um pequeno número
de pessoas, com conhecimentos que se integram e se complementam,
comprometidas a fim de atingir uma mesma finalidade, com objetivos de
performance e de abordagens igualitárias, pelos quais todos são
reciprocamente responsáveis.
Equipe também pode ser definida como um time ou grupo de pessoas
dedicadas na realização de uma mesma tarefa ou serviço.
Para Maginn (1996, p. 15), uma equipe é um grupo de pessoas
trabalhando juntas para atingir uma meta em que todos acreditam, a qual seria
difícil, ou até mesmo impossível, de ser atingida por pessoas trabalhando
sozinhas.
Trabalho em equipe é um sistema de tarefas desenvolvidas por um
grupo de indivíduos, no qual todos se dedicam na realização de uma
determinada atividade, onde comumente um dos participantes assume a
liderança.
Aquele que estiver à frente precisa facilitar o caminho que vai levar ao
alcance dos objetivos, oferecendo orientação e direcionamento, a fim de
reduzir barreiras que sejam obstáculos, contribuindo para o aumento de
oportunidades e satisfação pessoal.
Para Adair (1992, p. 29) As necessidades individuais ajudam a
compreender como as pessoas em geral motivam a si mesmas. A arte da
liderança nos confere o poder de transcender a nós mesmos.
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“Esses novos tempos pedem uma nova organização das
pessoas, e, portanto, novos lideres. O desafio da nova
liderança é influenciar e mobilizar pessoas para que
desenvolvam motivação para fazer o que ‘deve’ ser feito.
O desafio do novo líder é ajudar a criar o novo e mobilizar
as pessoas para que implementem as mudanças”
(GUIMARÃES, 2012, p. 8).
É de grande importância que o líder conheça o fator motivacional
humano e os instrumentos de gestão de pessoas que poderão dar suporte na
tomada de decisões em relação ao aproveitamento e valorização dos talentos
que participam da equipe de trabalho. Uma das mais importantes ferramentas
da gestão de pessoas é o exercício da prática contínua que direciona o líder
para o conhecimento organizacional.
Cabe o papel de ser um facilitador, proporcionando a sua equipe a
base necessária à motivação no trabalho. Em outras palavras, compete ao líder
influenciar o liderado a alcançar um dado objetivo.
A liderança quando não possui preparação ou a organização
necessária geralmente cria desordens e conflitos desnecessários, instiga jogos
de poder e, principalmente, desmotiva a equipe. Se os líderes não tiverem
consciência dos desafios enfrentados por suas equipes, a empresa perde o
direcionamento e, por conseguinte, os projetos e metas ficam pelo caminho,
devido à falta de experiência e sabedoria da própria gestão.
As equipes devem desenvolver uma mistura correta de conhecimentos
em três áreas:
a) Competência técnica e funcional, que são os
conhecimentos específicos indispensáveis à execução das
atividades;
27
b) Capacidade para resolver problemas e tomar decisões.
c) Conhecimentos interpessoais, isto é, saber se comunicar,
saber ouvir, conversar e administrar conflitos.
O funcionamento sinérgico de uma equipe, indubitavelmente, inicia por
intermédio de uma boa comunicação e ela deve ser estimulada entre a equipe.
É preciso que os integrantes se conheçam e entrelacem suas competências,
aptidões e seu posicionamento a fim de detectar conhecimentos e se
complementarem. Para Hardingham (2000, p. 14), “uma equipe eficiente é
aquela que alcança suas metas”.
Torna-se inviável a existência de uma equipe de alta performance se
existir pessoas em discordância, pois o indivíduo em desacordo desfragmenta
o processo e rompe a sinergia.
O líder competente irá averiguar a comunicação entre a equipe,
incentivar empatia perante as diversidades que se manifestam e procurar
novas possibilidades, conectando as informações. Para isso, O líder precisa ter
certeza de que todos os integrantes da equipe tenham consciência das metas a
serem alcançadas e certificar-se de que os objetivos estejam claros e que a
abordagem esteja concisa.
Desenvolver uma equipe com bom desempenho demanda do líder
certos conhecimentos essenciais e muita flexibilidade para lidar com pessoas.
Pois além de lidar com as diferenças individuais, o líder também terá que lidar
com diversidades culturais.
Uma equipe bem preparada e desenvolvida é capaz de lidar com
situações variadas e complexas, estando aptos a responder a desafios
multifacetados, que vão da necessidade de inovação, qualidade e
28
competência, à satisfação das exigências dos clientes, em tempo cada vez
mais reduzido.
2.2 – Motivação
Maximiniano (2004 p. 14) afirma que “A palavra motivação derivado
latim motivus, movere, que significa mover. O seu sentido original fundamenta-
se no processo no qual o comportamento é incentivado, estimulado ou
energizado por algum motivo ou razão”. É um processo essencial na vida de
qualquer pessoa.
O ciclo motivacional inicia no momento em que surge uma
necessidade, onde esta será a força que impulsionará o comportamento de
uma pessoa. E a motivação é um fator individual. Cada ser humano é motivado
por suas próprias necessidades, seus valores são distintos e a busca para
alcançar resultados também se diferem. Ao passar do tempo suas
necessidades se alteram e, consequentemente, sua conduta irá acompanhar
esta transformação. Todavia, o ser humano tem seu comportamento baseado
naquilo que o estimula e o motiva, seja intrínseco ou extrinsecamente.
A motivação extrínseca refere-se, principalmente a comportamentos
que estão motivados pelo fato de terem um objetivo. Esta relacionada a
recompensas tangíveis. Esse alvo pode ser a aquisição de uma gratificação
material ou social após a finalização de uma atividade, ou então para evitar
uma punição. Desta forma, a satisfação da pessoa é apenas um resultado da
ação.
Já a motivação intrínseca está relacionada com a realização pessoal,
algo interno ao próprio, individual e subjetivo, logo, pode depender da
perspectiva de cada um. Tem origem em necessidades e fatores internos de
ser humano, esta se relaciona com a sua forma de ser, os seus interesses e
pelo gosto por fazer algo e o gosto por aprender enquanto se faz algo. A
29
atividade deixa de representar uma obrigação, um meio para atingir a
recompensa, para representar um fim em si mesma.
Cabe ao líder auxiliar a equipe a fazer com que estes encontrem nas
atividades, pontos que vão de encontro aos seus interesses para que juntos
alcance objetivos comum a todos.
A motivação é um fenômeno que depende de numerosos
fatores para existir, dentre eles, o cargo em si, ou seja, a
tarefa que o indivíduo executa as características
individuais e, por último, os resultados que este trabalho
pode oferecer. Portanto, a motivação é uma força que se
encontra no interior de cada pessoa, estando geralmente
ligada a um desejo. Dessa forma, suas fontes de energia
estão dentro de cada ser humano. (SILVA; RODRIGUES,
2007, p.9)
Os padrões de comportamento são dinâmicos e sofram alterações
constantemente, Bergamini (2008, p.199) explica que “o trabalho desenvolvido
pelas diferentes pessoas tem sentidos diferentes para cada uma delas e esse
sentido parece estar ligado ao conjunto de suas necessidades
motivacionais”. Entende-se que existem diferentes modos de chegar ao mesmo
resultado. Isso vai depender da motivação intrínseca das pessoas, das
necessidades individuais, dos conhecimentos, habilidades e experiências de
cada um.
O líder é aquele que tem por finalidade transformar um grupo de
pessoas comuns em uma equipe eficiente e eficaz que produz resultados
positivos. A motivação influencia de modo positivo no comportamento e,
portanto, nos resultados da equipe. Liderança e motivação precisam caminhar
juntas, de tal modo, que os resultados sejam contínuos.
30
Uma boa liderança com bons exemplos consegue fazer com que a
equipe se torne comprometida com as metas alcançadas além de produzir
resultados com seriedade e entusiasmo, sem pressões, coações ou
obrigações, ou seja, a atitude motivacional, nessa conjuntura, incide de fora
para dentro, isto é, o líder é que motiva e passa a estratégias e a equipe
responde através de resultados.
Para Tadeucci (2011, p. 18)
A compreensão dos fatores que interferem na motivação
humana pode facilitar as relações interpessoais, o
autoconhecimento além das circunstâncias que estão
interferindo em determinadas situações. Para
conhecermos como as pessoas são motivadas,
precisamos conhecer o que elas consideram uma
recompensa ou uma punição, ou ainda os seus “desejos”.
A motivação da equipe, e isso inclui o líder, é fator determinante para a
otimização do relacionamento entre as pessoas e reflexos positivos na
efetivação dos processos na organização. Líderes desmotivados jamais terão
uma equipe inteiramente motivada. Não é coerente fazer cobranças a cerca de
algo que não executamos. E por mais que a motivação esteja dentro de cada
um, seus reflexos são sentidos por toda a equipe. Não basta tentar passar uma
imagem de que se está motivado se essa não for à realidade de nosso
momento. Não queira transmitir um conceito que não corresponda às
verdadeiras atitudes.
Motivar pessoas e mantê-las motivadas é um grande desafio a ser
enfrentado diariamente por líderes de quaisquer organizações. As
organizações se utilizam de diversos métodos de motivação com a finalidade
de somar a eficiência e eficácia de seus colaboradores.
31
CAPÍTULO III
COMUNICAÇÃO
3.1 – Comunicação
A comunicação é uma das habilidades mais importantes na vida de um
líder, por ser necessária a todos os papéis. São formas de comunicação: ler, e
escrever, falar e ouvir. Aprendemos durante anos de nossas vidas a ler,
escrever e falar. Podemos sempre aperfeiçoar essas nossas competências.
É bom ter sempre em mente que escutar é mais do que ouvir. A
comunicação por meio das atitudes das pessoas, das coerências entre ser e
agir para se gerar a confiança.
Segundo Torquato (1986, p. 59) “Comunicação compreende todos os
meios e formas de transmissão de informações”. É o processo pelo qual as
pessoas procuram um sentido comum através de mensagem, sejam elas
verbais ou não verbais.
O ato de se comunicar é uma atividade fundamental para a vida em
sociedade. É por intermédio da comunicação, que os seres humanos
compartilham de diferentes informações e conhecimentos entre si.
De acordo com Matos (2008, p. 64),
Literalmente, nada acontece sem que haja prévia
comunicação. Comunicar bem não é só transmitir ou só
receber bem uma informação. Comunicar é troca de
entendimento e sentimento, e ninguém entende outra
pessoa sem considerar além das palavras, as emoções e
a situação em que fazemos a tentativa de tornar comuns,
32
conhecimentos, ideias, instruções ou qualquer outra
mensagem, seja ela verbal, escrita ou corporal.
O processo de comunicação consiste na transferência de informação
entre um emissor e um receptor, logo, a comunicação é uma ferramenta de
integração, instrução, de reciprocidade e desenvolvimento que interpreta uma
determinada mensagem.
De acordo com determinados comportamentos e atitudes, o processo
de comunicação pode ser facilitado ou não. Pois, o mais importante é que as
pessoas compreendam a ideia a ser transmitida, da maneira mais adequada,
para evitar mal entendidos e possíveis conflitos.
O tom de voz e a forma de gesticular além das palavras certas no
momento apropriado contribuem para o bom resultado do processo de
comunicação. Evitar a utilização de palavras que possam causar algum tipo de
transtorno ou ambiguidade, pois estas podem ser distorcidas ou deturpadas.
Liderar é um processo que envolve comunicação e influência, devido
ao fato de que o bom líder deve saber falar, compreender e direcionar a equipe
de maneira que estes trabalhem integrados e causem resultados em
coletividade.
“A comunicação talvez seja a ferramenta mais importante
da liderança. O ato de comunicar-se pode exercer grande
impacto sobre as pessoas e envolve não só palavras, mas
também os gestos e o tom de voz. Ao comunicar-se, você
pode influenciar pensamentos, atitudes, emoções e,
consequentemente, pode gerar novos comportamentos e
resultados” (KHOURY, 2009, p. 19).
33
A linguagem não verbal também é uma importante ferramenta de
comunicação, além de ser um fator para desempenhar influência. É necessário
identificar as empecilhos que podem atrapalhar o processo da comunicação
eficaz. Fazer o reconhecimento de mecanismos, técnicas e atitudes do bom
comunicador, bem como dos procedimentos para desenvolvê-los, para que
possa eliminar ou minimize as barreiras, facilitando a recepção e emissão de
mensagens.
O bom líder é aquele que tem desenvoltura para se comunicar. Mais do
que saber falar e ouvir, ele transmite suas informações de maneira clara,
concisa, motivadora, prática e objetiva. Ele entende e é compreendido, de
maneira que exista uma adequada interação com os integrantes da equipe.
A comunicação deve fluir de forma significativa e estar atento para com
a equipe e observar qual a melhor maneira de se colocar um determinado
assunto, pois o líder tem o poder de influenciar e ser influenciado, ele aceita
sugestões e compartilha ideias que gerem resultados e que reforcem a coesão
da equipe e a disposição de seus integrantes. A comunicação será a
ferramenta para o processo de aprendizagem e busca da competência.
Não existe um procedimento específico para uma comunicação
eficiente e eficaz, contudo, espera-se do líder e de sua equipe uma
comunicação aberta e honesta e que direcionem esta comunicação.
Liderar é provocar transformação, é saber falar e ouvir no momento
certo. Desta forma, entende-se que a comunicação é um facilitador do
processo de liderança e gestão de equipes.
3.2 – Qualidade da Comunicação
Ter uma equipe altamente qualificada e motivada não é o suficiente se
ela não estiver bem informada, se seus integrantes não se comunicarem
apropriadamente. Além disso, a comunicação interna é otimizada à medida que
34
cada membro da empresa estiver envolvido o bastante para buscar
conhecimentos dos quais necessita, e para que estejam em condições de usar
o que foi esclarecido.
A qualidade da comunicação atinge diretamente os resultados de uma
empresa, pois é através dela que a estratégia organizacional é difundida, o
clima se estabelece e a motivação se sustenta. A boa comunicação é uma
habilidade, uma competência que vai muito além do que uma boa fluência
verbal.
O líder precisa saber se comunicar bem, para permitir o bom fluxo das
informações, minimizar os conflitos e gerar um ambiente harmônico para se
trabalhar. Deve ter um cuidado específico ao tratar toda a abrangência da
comunicação junto aos componentes da sua equipe, pois para influenciar
pessoas é necessário utilizar um diálogo eficaz.
O conhecimento sobre o outro permite a personalização da
comunicação, porém conhecer a si mesmo também é um ponto fundamental
que auxilia o processo de comunicação. Os seres humanos possuem suas
particularidades, logo, para cada pessoa é necessário uma estratégia
diferenciada para aumentar a eficácia ao se comunicar. Por isso, em uma
equipe, o líder precisa conhecer os membros para alocar as pessoas
corretamente nas funções com a finalidade de obter resultados eficazes.
.
É indispensável criar um elo que consinta uma transferência ao outro e
que permita a sinergia entre duas pessoas ou mesmo entre um grupo e estar
atento à aderência de mudanças quando necessário.
Outro ponto de extrema relevância refere-se à escuta. Não é simples
estar em silêncio enquanto o outro fala, mas é de extrema importância saber
decifrar o que outro diz, na própria fala, na comunicação não verbal produzida
pela linguagem corporal que está presente ao contexto.
35
Conforme Khoury (2009, p. 21), levando-se em conta que as mensagens
transmitidas podem ser facilmente distorcidas e mal interpretadas, é essencial
desenvolver a habilidade de se comunicar de forma eficiente.
(...) a pessoa ou o grupo com quem você se relaciona
está em movimento permanente; para exercer influencia
sobre esse grupo, é preciso perceber onde você e ele
estão, e para onde você gostaria de conduzi-lo. Somente
após essa percepção é possível traçar um plano de ação.
Assim, para se relacionar melhor com o outro, é
necessário identificar em que ritmo você se encontra e
perceber o ritmo dele. Dessa forma, você pode adotar
ações adequadas para cada momento específico.
Uma comunicação eficaz e eficiente pode levar uma organização a
obter conhecimentos e informações que poderão levá-la a atingir uma
vantagem competitiva, pois uma boa comunicação está introduzida na cultura
organizacional, a qual envolve valores e crenças da organização.
A comunicação visa provocar mudanças no comportamento das
pessoas, através do desenvolvimento de atitudes positivas em relação ao
próprio desempenho, que eleva com a satisfação profissional. Somente por
intermédio de uma comunicação interna eficiente, é que acontece a troca de
informações eficazes.
Fica entendido que um dos principais objetivos da comunicação entre o
líder e sua equipe é de possibilitar o conhecimento e a agregação de
informações referente às transformações ocorridas no ambiente de trabalho,
com a finalidade de promover a integração entre todos e facilitar o
entendimento e cooperar, trazendo informações com clareza e objetividade
para contribuir com o perfeito funcionamento dos negócios da organização.
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3.3 – Feedback
Feedback é um processo de realimentar ou dar o retorno. Sobrevém
por meio do fornecimento de informações críticas para a adequação da
atuação e performance de uma pessoa. Nas empresas, esse instrumento é
indicado para dar suporte ao desenvolvimento profissional de cada pessoa.
Esta metodologia não é um conceito ou um julgamento que expresse um
sentimento ou anseio, mas sim um retorno que alimenta uma determinada
conduta ou prática com base em parâmetros claros, objetivos e examináveis.
Feedbacks tratam a cerca de desempenho, comportamento e
resultados alcançados por meio de ações efetivadas.
Para tornar mais eficiente à liderança e o gerenciamento de uma
equipe, a disposição para a busca de feedback e a capacidade de aderir novas
metodologias tornam-se fortes ferramentas que contribuem para identificação
de falhas no processo e ampliar a comunicação com a equipe e melhorar os
resultados propostos para que sejam alcançados com sucesso.
O objetivo principal do feedback é auxiliar as pessoas a aperfeiçoar sua
performance e atuação através do provimento de informações, dados, análises
e orientações que admitem realocar ações em um maior grau de eficiência,
eficácia, efetividade e excelência. É o exato momento de expor tudo aquilo é
preciso ser aperfeiçoado, quais as perspectivas ainda não alcançadas e os
objetivos não conquistados.
Raramente é comentado sobre o lado positivo. A propósito,
o feedback serve para ser utilizado continuamente, a qualquer período, tanto
para propor progressos como para ressaltar o que está sendo realizado de
maneira adequada.
Para que aconteça o feedback e a resposta seja positiva é necessário
que o emitente compreenda e seja compreendido. Para isso é fundamental que
exista uma comunicação de excelência. O principal ponto do feedback não é o
37
que se fala, mas como se fala e que consequência acarretará por conta do que
foi verbalizado, ou seja, o mais importante no processo não é o que o líder fala,
mas como a equipe irá assimila as informações e de que forma serão postas
em prática.
Além disso, o feedback é sinônimo de desenvolvimento e
aprimoramento da performance da liderança e, consequentemente, da
organização, visto que em decorrência dele a equipe torna-se mais bem-
sucedida e gera melhorias nos resultados.
O feedback não é meramente despejar informações sem nenhum
critério ou pontuar o que a pessoa fez correto ou errado. Feedback é uma troca
informação e de conhecimento, é a comunicação e sinergia entre pessoas que
possuem um objetivo em comum.
É fundamental a compreensão de que o feedback é um dos maiores
responsáveis pelo desenvolvimento e crescimento pessoal e,
consequentemente, para a melhoria dos processos e resultados
organizacionais. É um processo integrado, pois com o crescimento profissional
o indivíduo estará mais competente e com mais oportunidades de alcançar os
objetivos determinados pela organização.
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CONCLUSÃO
Liderança é um fator, inevitavelmente, presente em todas as
organizações, e por este motivo, amplamente discutido. Não existe um estilo
correto, mais adequado ou perfeito para uma liderança ideal. Nem sempre um
determinado estilo de liderança adotado será eficaz para todas as situações.
Sendo assim, devem-se adotar estilos de liderança que se adaptem ao
contexto e que tragam o melhor resultado possível para cada situação exposta.
O líder deve estar preparado para estimular sua equipe em relação ao
trabalho e também para influenciar seu comportamento de modo a se tornar
mais efetivo em relação aos objetivos da empresa. Não existe liderança sem
motivação, e é praticamente impossível que haja motivação, ou seja, motivo
para agir sem uma comunicação clara e direcionada. O líder motivado e
motivador e seu papel é de extrema importância e sua função é estratégica
para que os objetivos organizacionais sejam atingidos. Assumir um cargo de
liderança não é tarefa fácil, exige muita competência e muita dedicação, pois
as pressões por resultados são grandes, e para atingir esses resultados com
excelência, irá depender da forma como conduzir as pessoas da equipe para
que isso se torne o fator determinante para o sucesso.
Como mencionado por diversos autores no texto, um bom líder precisa
ter qualidades inerentes a sua função, e um dos principais papéis do líder na
atualidade está totalmente vinculado com o desenvolvimento de uma
comunicação assertiva e o atrelamento da motivação. Todavia a principal
virtude de um líder é a sua capacidade de manter boa relação com sua equipe
de trabalho, para manter um ambiente harmônico e motivado ao alcance das
metas.
É fundamental a existência de pessoas com características de
liderança nas posições de gerenciamento das empresas. Esses gestores
contribuirão para a construção de um bom ambiente, gerando crescimento e
oportunidades para o sucesso do empreendimento e para conseguir alcançar
os objetivos da organização.
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