Transcript of Dúvidas frequentes da Pastoral de Juventude
- 1. PASTORAL DA JUVENTUDE NACIONAL DVIDAS FREQUENTES PJ 1. O QUE
A PASTORAL DA JUVENTUDE? QUAL A SUA HISTRIA? Pastoral da Juventude
ao organizada dos jovens que so Igreja junto com seus pastores e
com toda comunidade para aprofundar a vivncia de sua f e
evangelizar outros jovens com opo evanglica preferencial e
consciente pelos jovens das classes populares e pelos jovens
marginalizados, em vista da construo de um mundo mais fraterno e
justo, a fim de que se transformem em novos homens e novas
mulheres, sendo, pois, agentes da construo da nova sociedade,
guiados pelos critrios evanglicos. 2. QUAL A HISTRIA DA PASTORAL DA
JUVENTUDE? A histria da Pastoral da Juventude comea pelos anos 70
ou, at, com a Ao Catlica Especializada (JAC - Juventude Agrria
Catlica, JEC - Juventude Estudantil Catlica, JIC - Juventude
Independente Catlica, JOC - Juventude Operria Catlica, JUC -
Juventude Universitria Catlica), nos anos 60. No podemos negar que
aprendemos muito da Ao Catlica, da Teologia da Libertao, da
Pedagogia do Oprimido. No final da dcada de 70 e no inicio dos anos
80 a Igreja vivia um perodo de grandes expectativas, pois Medellin
e Puebla trouxeram novos ares para a ao pastoral com a opo concreta
pelos pobres e pelos jovens. 3. QUAL A MISSO DA PASTORAL DA
JUVENTUDE? A misso da Pastoral da Juventude traz como eixo
inspirador o texto de Lucas 4, 18-22, convencida de que tem como
misso anunciar e testemunhar o Reino de Deus, movida pela proposta
libertador de Jesus Cristo e animada pelo Esprito Santo, buscando
concretizar a "Civilizao do Amor". 4. QUAL O OBJETIVO DA PASTORAL
DA JUVENTUDE? Despertar os jovens para a pessoa e a proposta de
Jesus Cristo e desenvolver com eles um processo global de formao a
partir da f para formar lderes capacitados a atuarem na prpria PJ,
em outros ministrios da igreja e em seu meio especfico,
comprometidos com a libertao integral do homem e da sociedade,
levando uma vida de comunho e participao. 5. QUAL A IDENTIDADE DA
PASTORAL DA JUVENTUDE? A nossa identidade est refletida
principalmente, no nosso jeito de ser, fazer, celebrar, valorizando
o potencial criativo dos jovens. A partir de 1994, a PJ, em seus
Encontros Nacionais, foi buscando clarear a sua identidade enquanto
grupo organizado da igreja e que pertence ao conjunto das Pastorais
da Juventude do Brasil. Em Divinpolis, em 1996, ela pontuou sete
aspectos como sendo sua identidade: 1. Somos jovens das diversas
realidades regionais do pas, na maioria empobrecidos e, a exemplo
de Jesus Cristo, fazemos opo pelos pobres e jovens. Nos encontramos
em
- 2. grupos para partilhar e celebrar a vida, as lutas,
sofrimentos e cultivar a amizade a partir de uma formao integral e
mstica prpria; 2. Somos grupos de jovens motivados pela f, atuando
dentro das comunidades eclesiais, a servio da organizao e animao
das comunidades; 3. Atuamos tambm na sociedade, inseridos nos
movimentos sociais, com destaques para a participao poltica
partidria, movimentos populares e outras organizaes que lutam em
defesa da vida e da dignidade humana; 4. Nos organizamos partir das
coordenaes dos grupos, parquias, setores ou regies pastorais,
dioceses e regionais, ligados a Igreja do Brasil e da Amrica
Latina. Assim construmos e registramos nossa histria, criando
unidade na diversidade; 5. Diante de uma poltica desumana de
manipulao dos meios de comunicao social e de uma realidade to
diversa, ousamos assumir e propor os projetos da Pastoral da
Pastoral da Juventude do Brasil, como alternativa na construo da
Civilizao do Amor, sendo presena gratuita e qualificada no meio da
juventude, atuando tambm em parceria com outras pastorais e
organizaes da sociedade; 6. Somos Pastoral da Juventude PJ
organizada no Brasil, com linha definida e metodologia prpria,
aberta ao novo e acolhimento dos anseios da juventude, garantindo o
seu protagonismo, evangelizando de forma inculturada na realidade
em que vivemos; 7. Somos jovens felizes, apaixonados, ternos e
motivados pela f. Encaramos a vida com potencial criativo muito
grande, valorizando a arte (dana, poesia, msica...) o lazer, o
corpo, o smbolo, a cultura, com ardor, sonhos e amor pela causa do
Reino. 6. COMO A PJ SE ORGANIZA? A Pastoral da Juventude, a partir
do seu 5 encontro nacional, definiu que sua organizao formada pelos
grupos de jovens, pela Ampliada da Pastoral da Juventude, pelo
encontro nacional, pela coordenao nacional, pela comisso nacional
de assessores e pela secretaria nacional da PJ. Inseridos na igreja
do Brasil, nossos referenciais em mbito nacional so o bispo da CNBB
encarregado de acompanhar a evangelizao da juventude no Brasil e o
encarregado do Setor Juventude, tambm da CNBB. 7. QUAIS SO OS
PROJETOS DA PASTORAL DA JUVENTUDE? So cinco os projetos que a PJ
assume visando colaborar na transformao da realidade: O projeto A
JUVENTUDE QUER VIVER traz luz para responder, com coragem ao desfio
das realidades sofridas pelos/as jovens tais como: genocdio,
violncia, prostituio, drogas e etc. Queremos mobilizar os/as jovens
para uma busca de alternativas que gerem vida. O projeto "AJURI"
quer ser uma proposta que contribua na afirmao da identidade
cultural e social dos/as jovens indgenas, quilombolas, ribeirinhos
e rurais, e a construo de uma pedagogia que respeite estas
realidades. O projeto "MSTICA E CONSTRUO" lana um olhar sobre a
quantidade de jovens que buscam algo para participar. Em especial
aos/s jovens da crisma e queles/as que manifestam o desejo de
aprofundar vivncia de sua f. A produo de subsdios que possibilitam
aos/as jovens e a assessoria a vivncia de processos em quaisquer
grupos que se encontram: crisma, Pastoral da Juventude e
outros.
- 3. O projeto "CAMINHO DE ESPERANA" prope respostas ausncia de
assessores/as e lideranas que contribuam para um planejamento que
concretize e acompanhe a vivncia de um processo de educao na f. O
projeto "TEIAS DA COMUNICAO" possibilitar responder aos desafios da
falta de articulao e informao, de sentido que pertena a uma
proposta pastoral, e ao isolamento gerado pelas distncias
geogrficas. necessrio ampliar as formas de divulgar as atividades e
idias da Pastoral da Juventude nos diversos meios de comunicao
social, intensificando o marketing pastoral. 8. QUAIS AS
PRIORIDADES DA PASTORAL DA JUVENTUDE? A partir da Ampliada de
Palmas, realizada em janeiro de 2008, a Pastoral da Juventude
apresenta a demanda de trabalho focando duas prioridades:
FORTALECIMENTO DOS GRUPOS DE JOVENS, destacando a necessidade do
seu fortalecimento e compreendendo este lugar como espao vital na
vida dos jovens, e AO MISSIONRIA (MISSIONARIEDADE) como forma de
encontro dos jovens em suas diversas realidades para anunciar o
Cristo Ressuscitado e o Seu projeto de vida, desenvolvendo as
potencialidades e despertando na juventude a conscincia de seu
papel na histria e sociedade. 9. ONDE ENCONTRO MATERIAS PARA
TRABALHAR COM A PJ? Procure na sua parquia ou diocese por uma
biblioteca, se l no tiver o que necessita, procure em um dos
centros e institutos de juventude ou ento busque em alguma livraria
catlica de sua cidade. No site da PJ (www.pj.org.br) voc encontra
os endereos da Rede Brasileira de Centros e Institutos de
Juventude. 10. A PJ TEM ESTATUTO? A Pastoral da Juventude no tem
estatuto, por no ter personalidade jurdica (consequentemente, no
tem CNPJ). Por ser parte da Igreja do Brasil, vinculada
juridicamente CNBB (a nvel nacional) e s dioceses ( nvel local).
Para orientar sua ao, a PJ segue: - documentos da Igreja
Latino-Americana - CELAM (especialmente o Documento de Puebla e o
Documento de Aparecida); - documentos da Igreja do Brasil - CNBB
(especialmente as Diretrizes Gerais da Ao Evangelizadora 2008-2010
e o "Evangelizao da Juventude" - DOC 85); - marcos referenciais das
Pastorais da Juventude (a nvel latino-americano: "Civilizao do Amor
- tarefa e esperana" e a nvel de Brasil: "Marco Referencial da
Pastoral da Juventude do Brasil" - Estudo 76 da CNBB); - orientaes
da PJ Nacional (o livro "Pastoral da Juventude - um jeito de ser e
fazer" e o relatrio da Reunio Ampliada de Palmas - 2008); - alm
disso, muitos Regionais e Dioceses possuem suas diretrizes/planos
trienais. Mas, o horizonte maior da PJ o seguimento de Jesus Cristo
e efetivao de seu Reino. 11. A PJ PARTICIPA DE CONSELHOS DE
JUVENTUDE? COMO? POR QU? Sim, a Pastoral da Juventude participa dos
Conselhos, seja no mbito Municipal, Estadual ou Nacional.
- 4. Como? A participao se d atravs de representantes eleitos ou
indicados pela prpria pastoral. Nos Conselhos Estaduais e
Municipais as indicaes e/ou eleies so feitas a partir do local onde
est sendo constitudo o Conselho. J para o Conselho Nacional de
Juventude, quem indica/ vota a participao a Coordenao Nacional da
PJ. Por qu? Participamos porque acreditamos que devemos estar
envolvidos nos espaos que discutem sobre/para/com a juventude.
Participamos porque queremos fazer ecoar os gritos e os anseios dos
jovens dos grupos e comunidades que almejam melhores oportunidades
e buscam seus espaos na sociedade. Participamos, porque sentimos a
necessidade de fazer chegar ao poder pblico o que os jovens querem
e pensam partindo da prpria juventude (atravs da participao
juvenil), formando assim polticas publicas para juventude, embasada
naquilo que a realidade dos jovens e, por fim, porque acreditamos
que os jovens, sobre tudo, os mais pobres e os excludos precisam
ser ouvidos, cuidados e amados. 12. COMO A RELAO DA PJ COM O SETOR
JUVENTUDE? A relao da PJ com o Setor Juventude em mbito nacional
muito boa. A PJ faz parte do Setor Juventude e o Setor apia as aes
e projetos da PJ. Junto com outras pastorais e movimentos,
comungamos a evangelizao da juventude, respeitando a identidade de
cada um e cada uma. Juntos, queremos fortalecer os laos para com
maior qualidade atender a juventude brasileira. 13. AS PESSOAS DE
MINHA COMUNIDADE DIZEM QUE A PJ NO TEM ESPIRITUALIDADE. O QUE
FAZER? importante num primeiro momento, perguntarem-se o(s)
motivo(s) pelo(as) qual(is) as pessoas comunidade levaram a tal
afirmao. A partir da refletirem e traarem as aes. A espiritualidade
da PJ centrada no nosso amigo e companheiro Jesus. comunitria e
missionria, encarnada e libertadora, orante e celebrativa. Que
momentos protagonizar essa espiritualidade? Fiquem atentos aos
espaos e momentos que a comunidade oferece. Valorizem o seu grupo
de jovens nas missas, faam retiros, romarias, caminhadas, formaes
bblico-litrgicas, momentos de orao com a comunidade, aprofundem o
estudo da pedagogia de Jesus Cristo e a Bblia no grupo; utilizem o
Ofcio Divino da Juventude e das Comunidades em retiros, encontros,
reunies... No esquea de fazer seu momento orante individual, pois
tambm nos d fora para a caminhada. Essas so algumas pistas, mas o
grupo tambm pode contribuir e criar outros momentos. 14. COMO
ANIMAR, DEFENDER, FORTALECER E DINAMIZAR O GRUPO DE JOVENS? O grupo
de jovens o centro do trabalho da Pastoral da Juventude, ferramenta
pedaggica para a efetivao do Reino de Deus. O grupo de base,
destacado como uma de nossas prioridades na Ampliada de Palmas
(2008), espao de vivncia, partilhas e formao. Fortalecer, animar e
dinamiz-lo d-se no processo cotidiano, na elaborao das reunies e
acompanhamento aos jovens. Para isso, necessrio estabelecer uma
coordenao para o prprio grupo e estar ligado s estruturas
diocesanas, bem como contar com assessores que j passaram pelo
processo da PJ e com os materiais/subsdios produzidos pela
coordenao nacional e centros e institutos de juventude.
- 5. Lembramos que no h uma receita pronta para o fortalecimento
dos grupos de base, mas h opes pedaggicas claras que garantem nossa
identidade, que podem ser encontradas no "Marco Referencial da
Pastoral da Juventude" e no subsdio Um Corpo em Construo. 15. QUAL
O PAPEL DA COORDENAO? QUAL DEVE SER A SUA FORMAO? COMO ELA SE
ORGANIZA EM NVEL NACIONAL? O/a coordenador/a algum que organiza,
anima e articula o grupo, um evento, uma assemblia, uma atividade,
uma formao. Tem suas funes definidas por quem o escolhe para ocupar
um servio, no caso o grupo de jovens. Exerce essa funo por tempo
determinado pelo grupo. Na Pastoral da Juventude os/as
coordenadores/as so, por opo pedaggica, os/as jovens. O/a
coordenador/a, por misso, aquele/a que articula decises. Como diz
Civilizao do amor: Tarefa e esperana, o/a coordenador/a um/a jovem
chamado/a por Deus na Igreja para assumir o servio de motivar,
integrar e ajudar os/as jovens a crescer no processo comunitrio.
(Um pequeno Catecismo da PJ Hilrio Dick e Raquel Pulita).
Normalmente o/a coordenador/a um jovem que j caminha com o grupo h
algum tempo. O/a coordenador/a deve ser algum que acredita na
vivencia em grupo e comunitria e est preparado para coordenar.
Nacionalmente a Coordenao Nacional da PJ composta por um jovem de
cada regional da CNBB, totalizando 17 jovens que tem entre 17 e 29
anos. O principal papel da Coordenao Nacional da PJ : ser
articuladora, animadora, elo de ligao da PJ e regionais. ela que
pensa e encaminha as decises, da secretaria, da Ampliada Nacional,
os Encontros Nacionais, a questo financeira, os encaminhamento das
aes conjunta da PJB e do Setor Juventude. Delibera questes gerais
de comunicao e encontros; pensa as questes relativas s juventudes;
promove discusses relativas organizao, elementos pastorais, etc.
16. QUAL O PAPEL DA ASSESSORIA? QUAL DEVE SER A SUA FORMAO? COMO
ELA SE ORGANIZA EM NVEL NACIONAL? Na Pastoral da Juventude
entende-se como assessor/a uma pessoa que caminha junto, que
procura sentar-se com o grupo ou entidade e faz, junto, a caminhada
planejada. Alm de tudo, um companheiro/a. Um dos critrios para
exercer este ministrio seu preparo intelectual, psicolgico,
teolgico e sua prtica; outro critrio seu reconhecimento por parte
da pastoral, sendo indicado/a pelos/as jovens e reconhecido/a pela
instituio eclesial. Pode ser do clero, religioso/a ou leigo/a. Por
viver a dimenso educativa, espera-se dele/a um preparo especfico,
seja pessoa estudiosa de juventude. Mais do que isso, contudo,
algum que carrega uma experincia de vida de f. O/a assessor/a da
Pastoral da Juventude um/a cristo/ adulto/a chamado/a por Deus para
exercer o ministrio do acompanhamento, em nome da Igreja, os
processos de educao na f dos/as jovens. Na Pastoral da Juventude a
assessoria e o acompanhamento so encarados como uma opo pedaggica,
isto , uma realidade que faz parte da identidade pedaggica e
teolgica desta pastoral. Os/as jovens no s precisam, mas querem
algum que os/as acompanhe.
- 6. Nacionalmente a Assessoria realizada por uma equipe
colegiada de 5 assessores/as, um de cada grande regio do pas, que
se renem na Comisso Nacional de Assessores/as da PJ e acompanham
diretamente a Coordenao Nacional da PJ. 17. A PJ TEM RIVALIDADE COM
A RCC? A PJ tem como princpios: a comunho, a unidade e o respeito
diversidade. A nossa Igreja plural e tem espao para diferentes
juventudes. Temos o nosso jeito prprio de caminhar, de rezar, de
formar e de atuar, mas as nossas diferenas no nos colocam num lugar
de rivalidade, mas sim de aprendizado, troca de experincias e
respeito mtuo. 18. COMO A PJ SE SUSTENTA FINANCEIRAMENTE? Como as
demais pastorais da Igreja, a PJ sobrevive da solidariedade de seus
membros e das suas variadas contribuies, inclusive as financeiras.
Assim, a PJ possui no uma, mas vrias formas de financiamento que
so: doaes, projetos a entidades parceiras e apoio da prpria
estrutura de Igreja atravs de suas comunidades, parquias e
dioceses. No h uma forma nica de financiar a PJ nas esferas (local,
paroquial, diocesana...), mas, mltiplas formas, respeitando a
identidade local e cuidando para garantir a transparncia na
utilizao dos recursos coletados, a economia visto que o dinheiro de
todos e a independncia, pois a PJ no pode perder de vista o foco na
sua misso. 19. O QUE FAZ A SECRETRIA NACIONAL DA PJ? A secretria
nacional da PJ facilita o servio comunicao com as coordenaes,
assessorias, dioceses, regionais e parceiros, cabendo-lhe como
funes: elaborar relatrios; encaminhar documentos; manter arquivo
organizado; encaminhar infra-estrutura das reunies nacionais;
administrar os bens e recursos financeiros da secretaria; estar
presente nos eventos nacionais e nas reunies da CN; ser responsvel
pela comunicao da PJ Nacional. 20. COMO A RELAO DA PJ COM OS
PARTIDOS POLTICOS? A PJ uma organizao eclesial, que est ligada
diretamente CNBB e no est atrelada a nenhum partido poltico.
Tivemos uma histria de proximidade com o Partido dos Trabalhadores
nos anos 80 e 90, mas atualmente no temos um consenso nesse debate,
algumas lideranas continuam filiadas ao PT, outras mudaram de
partido e outras no querem nem ouvir falar de poltica partidria.
Temos uma orientao que as lideranas que ocupam servios notrios em
nossa organizao no estejam ligadas diretamente a nenhuma mandato
poltico, para evitarmos a instrumentalizao da nossa pastoral. 21.
COMO A RELAO DA PJ COM OS MOVIMENTOS SOCIAIS? Ser Igreja quando
estamos caminhando com a sociedade civil organizada no coisa fcil,
tem algumas posturas da Igreja que so fortemente combatidas pelos
Movimentos Sociais, mas acima desta relao conflituosa est a vontade
de lutar juntos por Outro Mundo Possvel, o respeito diversidade, o
dom da escuta e o poder de dialogar com as mais diferentes foras
que podem discordar de algumas questes, mas que buscam uma
sociedade mais fraterna, mais justa e mais igual, que ns da Igreja
chamamos de Reino de Deus. Resumindo a nossa relao de respeito
recproco e de parcerias em muitas lutas, principalmente agora que
estamos numa campanha contra a violncia e o extermnio de jovens,
que tem agregado muitas foras que defende a vida da juventude.
- 7. 22. A PJ TEM O APOIO DO CLERO, DOS RELIGIOSOS, DAS
RELIGIOSAS E DOS BISPOS? COMO A RELAO DA PJ COM A HIERARQUIA DA
IGREJA? A PJ tem o apoio de toda a Igreja. Em fevereiro de 1979, a
3 Conferncia Geral do Episcopado da Amrica Latina, em Puebla, no
Mxico, profeticamente assumia, como Igreja Catlica, a opo
preferencial pelos jovens. Em 2007, a 5 Conferncia Geral do
Episcopado da Amrica Latina e do Caribe, realizada no ano de 2007,
em Aparecida, renovou, em estreita unio com a famlia, a opo
preferencial pelos jovens, com o compromisso de dar um novo impulso
pastoral das juventudes nas comunidades, buscando uma atuao mais
determinante para reverter s feies graves de sua realidade. Tendo a
PJB como filhas da Igreja, a relao da PJ com a Igreja como uma
relao de pais e filhos. Devendo cada localidade ter a sua relao
especfica de acordo com a realidade da Igreja particular, conforme
as diretrizes de cada diocese. Como uma relao familiar, deve-se
preservar o respeito particularidade, diversidade, pluralidade e
identidade. Os jovens devem ser uma opo de todos: da Igreja
Catlica, de outras instituies no governamentais e tambm das famlias
(Dom Walmor Azevedo, dez/2009). 23. QUAL O POSICIONAMENTO DA PJ COM
RELAO EXTINO DA SECRETARIA CONJUNTA DAS PASTORAIS DA JUVENTUDE DO
BRASIL? As Pastorais da Juventude do Brasil possuem estruturas
organizativas prprias, cada uma realiza as suas assemblias
nacionais ou ampliadas, onde avaliam e projetam a caminhada
especfica. Tambm cada uma delas possui a sua secretaria nacional ou
equipe nacional de servio. Por muito tempo as quatro Pastorais da
Juventude tiveram uma referncia jovem liberada para encaminhar as
questes do conjunto e na XV ANPJB percebemos que uma pessoa sozinha
em Braslia para dar conta da organizao conjunta era um servio
solitrio e at desumano, mesmo assim deliberamos que iramos tentar
com a CNBB a possibilidade de termos uma pessoa liberada por pelo
menos um ano e meio para encaminhar a transio do servio para a
Equipe Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil, a Comisso
para o Laicato da CNBB no aceitou a proposta deliberada na XV ANPJB
e passou a manter a relao com a Equipe Nacional, a qual composta
pelos/as secretrios/as nacionais das Pastorais da Juventude do
Brasil. Vale ressaltar que a PJ Nacional h algum tempo j vinha
refletindo sobre o espao conjunto das pastorais, por entender que o
mesmo estava desgastando as relaes entre as especficas e no tinha
centralidade na misso e sim na organizao, por essa razo propomos na
XV ANPJB que centrssemos o nosso olhar na juventude empobrecida que
morre todos os dias em nossas comunidades, dessa forma assumimos a
bandeira de luta comum contra a violncia e o extermnio de jovens
que gerou a campanha nacional ousada e criativa que hoje est
rolando em todo o Brasil e se tornou essencial na luta conjunta das
pastorais. E na marcha contra a violncia e o extermnio de jovens
PJ, PJE, PJMP E PJR seguem de mos dadas e entrelaadas nessa ciranda
de comunho e libertao, onde a vida da juventude est no centro da
roda. 24. QUANTOS GRUPOS DE JOVENS DA PJ EXISTEM NO BRASIL? A PJ
carece de um mapeamento que revele um retrato mais atual da nossa
organizao, temos um dado antigo que revela que temos no Brasil 30
mil grupos de base.
- 8. 25. QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES DA PJ? A PJ necessita
de pastores, religiosos/as e leigos/as adultos/as apaixonados/as
pela juventude que doem um pouco do seu tempo no servio do
acompanhamento das nossas instncias, em especial o grupo de base.
Temos uma grande dificuldade no aspecto financeiro, as nossas
lideranas custeam o servio pastoral com a pouca grana que sai dos
seus prprios bolsos; Historicamente vivemos tentando provar que no
real a afirmao divulgada na Igreja de que a PJ no tem
espiritualidade, no conhece a Palavra de Deus, no desperta vocaes e
no anima a juventude para o testemunho pessoal de vida; Somos a
maior organizao juvenil do Brasil, mas no temos um sistema eficaz
de informao que nos possibilite uma comunicao direta com as nossas
bases. 26. QUAIS OS PRINCIPAIS AVANOS DA PJ? A PJ Nacional nos
ltimos anos teve vrios avanos: - Projetos em parceria (Ministrio da
Sade, Pastoral da Criana, Secretaria Nacional de Juventude...) -
com essas parcerias foi possvel reunir em Manaus todo o bloco Norte
para um encontro sobre dilogos e sexualidade, foi possvel a
realizao da Aliana Missionria, onde vrios jovens da Pastoral da
Juventude foram fazer misso em algumas reas carentes do Brasil, foi
possvel termos uma jovem da PJ como a Primeira Presidente do
Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) e ainda temos cadeira
neste conselho, foi possvel uma participao considervel nas
conferncias de juventude realizadas em todo o Brasil e ainda a
Conferncia nacional realizada em Brasilia. - Projetos do Plano
Trienal lanados na Ampliada de Salgado e reafirmados na Ampliada de
Palmas (Ajuri, A juventude quer viver, Caminhos da esperana, Mstica
e construo, Teias da comunicao). Nossos projetos ainda precisam
avanar, mas j conseguimos fazer muito. Fruns de discusses em alguns
lugares para conhecer um pouco da realidade das populaes
tradicionais, Campanha contra o extermnio de jovens, lanamentos de
vrios subsdios para os grupos de jovens (a coleo na trilha do grupo
de jovens, Ofcio Divino da Juventude), lanamento de um site para
uma melhor comunicao e um jornal eletrnico, realizao de fruns,
comunidades, encontros de formao, vivncia e discusso para as
lideranas. - Acompanhamento aos Regionais da CNBB - temos uma
secretaria nacional, hoje instalada em Salvador. Nossa secretria
tem feito acompanhamento em todos os regionais do Brasil. 27. O QUE
PROCESSO DE EDUCAO NA F? a proposta pedaggica da Pastoral da
Juventude que visa construo de pessoas comunitrias e cidads,
abraando com deciso uma f que casa com o social, com a justia, com
a participao e com a comunho. Ela fruto da caminhada
latino-americana, acompanhadas de alguns princpios norteadores, que
levam as pessoas a crescerem na f, nas suas opes e projeto de vida;
baseia-se no entendimento do/a jovem como sujeito da ao
evangelizadora, a servio da animao e organizao das comunidades
eclesiais atuantes nos diferentes espaos da sociedade.
- 9. 28. COMO A PJ UTILIZA A INTERNET? Temos um site -
www.pj.org.br e tambm utilizamos outras ferramentas da comunicao
virtual: boletim eletrnico, comunidade e perfil no Orkut, twitter e
e-mail. Uma ao que tem sido comum em nossa organizao utilizar o MSN
ou o Skype para a realizao de reunies virtuais, que nos requer uma
maior ateno com a nossa linguagem, pois a comunicao virtual s vezes
do margem a diversas interpretaes, diferente da conversa olho no
olho. Apesar de compreendermos a facilidade e a praticidade que a
Internet nos proporciona, ainda prezamos pelas cartas manuscritas,
pelas ligaes telefnicas e claro pelo contato fsico (beijos, abraos,
olhares e dilogos presenciais) que nenhuma comunicao virtual poder
substituir. 29. COMO A PJ SE POSICIONA DIANTE DE TEMAS POLMICOS,
COMO O USO DO PRESERVATIVO, O SEXO ANTES DO CASAMENTO, A
HOMOSSEXUALIDADE, O ABORTO, ETC? A PJ faz parte da Igreja que,
seguindo Jesus, defende acima de tudo a vida. Nesse sentido,
preciso superar vises reducionistas de pecados individuais, mas
considerar tambm o pecado social e estrutural, tendo como horizonte
a defesa da vida. Em relao sexualidade, importante perceber a
beleza da criao e, inclusa na criao, a beleza do sexo, quando este
um ato de amor. A tica crist nos ensina a termos responsabilidade
na vivncia com as outras pessoas. O papel da Pastoral da Juventude,
neste sentido, ajudar os/as jovens no processo de reflexo e
discernimento de seu projeto de vida para que, num processo de
livre escolha, possam ter uma vivncia madura de sua sexualidade,
com amor, respeitando a vida e o prximo. Em relao a
homossexualidade, a partir do exemplo de Cristo, devemos acolher e
respeitar o diferente, sem discriminaes. Quanto ao aborto, a PJ,
assim como a Igreja, defende a vida, sendo contra o aborto. 30.
QUAIS AS REFLEXES DA PJ COM RELAO AO TOQUE DE RECOLHER E A REDUO DA
MAIORIDADE PENAL? A PJ manifesta-se contrria a situaes como essas,
at porque entendemos que a juventude precisa de incluso social e no
"exterminando" os/as nossos/as jovens que os ditos problemas se
resolvero. A juventude quer e precisa viver, portanto, vamos luta e
digamos sempre no ao toque de recolher, reduo da maioridade penal e
toda poltica opressora que vier a surgir. 31. QUAIS AS MSICAS DA
PJ? Temos utilizado para animar as nossas atividades uma publicao
do CCJ chamada: JUVENTUDE CANTA E ENCANTA. Neste material constam
diversas msicas e poesias que embalam os nossos encontros, para ns
muito importante que as msicas tenham contedos plausveis e que
despertem para a luta e para a vivncia comunitria e tragam boas
reflexes iluminadas pela Palavra de Deus. Estamos tentando atravs
de festivais e formaes musicais fomentar a criao de bandas
PJoteiras por todo o nosso pas, a exemplo da Flor de Mandacar do
Maranho e da JPEG de So Paulo.
- 10. 32. NAS FESTAS REALIZADAS PELA PJ PODE SER CONSUMIDA BEBIDA
ALCOLICA? Como procuramos vivenciar uma proposta libertadora, o
nosso papel esclarecer e no simplesmente proibir o uso de bebidas
alcolicas, pedindo que cada um utilize seu bom senso. Devemos levar
em considerao, a faixa etria dos participantes do encontro, o
exemplo que o coordenador deve demonstrar diante do grupo que
representa e a dimenso que o uso de bebidas alcolicas em encontros,
toma na comunidade e na sociedade.