E.b.d jovens 4ºtrimestre 2016 lição 12

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MODELO

TEXTO DO DIA• “...Retendo firme a fiel palavra, que e conforme a

doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes...” (Tt 1.9)

SÍNTESE

• “...Deve haver princípios que orientem nossa adoração e louvor, estes, contudo, precisam ser extraídos da Palavra de Deus...”

AGENDA DE LEITURA

• SEGUNDA - Jz 2.12: O modismo espiritual ainda no AT• TERÇA - Ap 2.14: O tortuoso caminho de Balaão• QUARTA - Jd 4: Os falsos profetas e seus falsos ensinos• QUINTA - Ef 4.14: Cuidado com as novidades doutrinárias• SEXTA - Tt 1.16: O comportamento daqueles que introduzem

modismos• SÁBADO - 2 Jo 10: Como lidar com os falsos mestres

OBJETIVOS

• IDENTIFICAR as  características  dos falsos mestres conforme o texto de 2 Pedro.

• ANALISAR as  causas  e  efeitos  dos modismos na adoração.

• IDENTIFICAR as  três  causas  dos modismos no louvor da igreja hoje.

TEXTO BÍBLICO

2 Pedro 2.1,13-19• 1 E TAMBÉM houve entre o povo falsos profetas, como entre vós

haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

• 13 Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;

• 14 Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;

• 15 Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça;

• 16 Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.

• 17 Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva.

• 18 Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro,

• 19 Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.

INTRODUÇÃO• Vivemos  numa  sociedade  fluida.  Prega-se  que  ao  invés  de 

valores  e princípios  -  fixos  e  tradicionais  -  deve-se optar por tendências e modas - efémeras e midiáticas. 

• A  lógica  do  'faça  rápido,  do  'quem  não  aparece  não  é lembrando, do "falem bem ou falem mal, mas falem de mim invadiu o território sagrado da espiritualidade, transformando nossos  adoradores  em  pop-stars  e  os  cultos  em  'agendas comerciais. 

• A  simplicidade  e  discrição,  própria  do  cristianismo,  foi substituída pelo glamour e pela midiaticidade. 

• Todos querem ser notícia, cantar a música do momento, ir ao show de um ídolo. 

• Parece que a mesma máquina de  fazer dinheiro que  impera no  meio  artístico  de  um  modo  geral,  invadiu  o  segmento "gospel  Em nome de Mamom.

• Essa tendência que se instaurou na sociedade contemporânea tem  forte  repercussão  no  campo  religioso,  especialmente quanto ao desenvolvimento do louvor e da adoração. 

I - A DENÚNCIA DE PEDRO COMO ALERTA PARA NOSSOS DIAS

1. Os falsos profetas.

• A preocupação de Pedro, que em grande parte é a preocupação de  vários  profetas  ainda  no  Antigo  Testamento,  era  a  de  que uma  falsa  liderança  se  levantasse  sobre  o  povo  de  Deus distorcendo os ensinamentos de Cristo (Dt 131-18: Jr 23.9-15;Ez 12.21-28). As pessoas que Pedro denunciava  já naquela época possuem,  ainda  hoje,  uma  série  de  características  perigosas  e identificadoras  de  suas  más  intenções:  São  avarentos  e gananciosos  (2  Pe  2.3).  Desejam  fazer  do  povo  de  Deus mercadoria para negócio: são rebeldes e incapazes de obedecer às  autoridades  (v.10);  são  irracionalmente  pragmáticos (v.12.13), só pensam nos resultados  imediatos, ainda que para isso acabem com princípios espirituais;  são  cheios de pecados sexuais a mente, o coração e os olhos deles são dominados por adultérios (v.14.15).

2. O culto defendido pelos falsos doutores em 2 Pedro. 

•  Acautelai-vos dos  falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados  em  ovelhas,  mas  por  dentro  são  lobos roubadores.

• Segundo os falsos mestres que Pedro denuncia, a vida do cristão não precisa  ter  grandes mudanças  libertação de pecados. Basta que  ele  permaneça  como  está,  pois  isso  é  ser  livre. Mas  como Pedro  denuncia,  esse  discurso  de  falsa  liberdade  é  a  fonte  de escravidão e dissolução daqueles que deveriam afastar-se do mal (vv.18.19).  Seguindo  a  retórica  falaciosa  do  principio  de  que  é “Proibido  proibir,  aquilo  que  deveria  ser  adoração  torna-se profanação, e o que deveria ser louvor constitui-se escândalo.

• A  promiscuidade  é  travestida  de  liberdade,  e  assim  permite-se tudo  para manter  um  grupo  freqüentando  a  igreja  (Gl  5.13).  O Evangelho  é  emudecido  e  só  há  espaço  para  discursos  de  auto justificação  dos  excentrismos,  dos  pecados  e  da  falta  de transformação.

3. Este “evangelho" mudou tanto que não muda ninguém!

• Pedro,  como verdadeiro profeta,  já denunciava há quase dois mil anos  que  em  tempos  de  crise  desenvolver-se-ia  um  tipo  de cristianismo  que,  de  tão  similar  às  práticas  pecaminosas  da sociedade  sem  Deus,  não  faria  diferença  alguma  na  vida  das pessoas. A metáfora que o apóstolo usa no versículo 22 é extraída de Provérbios 26.11, e tem como finalidade demonstra' a ineficácia de uma espiritualidade que não liberta as pessoas. 

• Esse  tipo  de  “evangelho"  é  uma  farsa,  não  transforma  vidas, apenas  as  “embeleza"  exteriormente  para  que  mais  tarde  elas voltem  a  pecar,  e mais  uma  vez  retornem  para  a  farsa  religiosa, sem arrependimentos, apenas com culpas. Essa é a lógica perversa do  “cristianismo  sem  Cristo’,  um  ciclo  de  pecado,  falso  perdão, novo pecado, novo falso perdão... Seguir a Cristo é um processo de escolha, renúncia e perseverança (Mt 16.24).

II- MODISMOS NA ADORAÇÃO

1. Como se formam os modismos no mundo gospel?

• Definimos como “modismo" todo tipo de comportamento ou atitude que as pessoas  simplesmente  reproduzem,  sem uma reflexão prévia. É “moda" porque faz sucesso, porque chama a atenção. 

• Na atualidade, boa parte dos modismos são reproduzidos por meio  dos  mecanismos  de  comunicação  em  massa, especialmente pela internet e por seus sites ou aplicativos de compartilhamento de informações. 

• A  força  dos modismos  está  na  falsa  sensação  de  ineditismo que  eles  causam.  Numa  sociedade  das  coisas  supérfluas,  as pessoas não gostam de repetir experiências, por isso, até em sua vida espiritual procuram vivências novas, diferentes. 

2. As modas na adoração.

• Os  modismos  na  adoração  são  cíclicos,  vão  e  vem,  sempre obedecendo  ao  principio  do  ineditismo  que  alimenta  o narcisismo. 

• Tais modismo, de um modo geral tiram a glória que pertence a  Deus  e  direcionam  a  uma  pessoa  ou  objeto  (Êx  32.4:  Ap 13.4). 

• Daí temos as orações pelos copos com água ou pelas Carteiras de  Trabalho;  os  tapetes  ungidos;  as  vigílias  centradas  no número  sete.  etc  Existe  a  moda  dos  acontecimentos sobrenaturais  no  culto:  todo  culto  alguém  tem  que  cair alguém rodopia; alguém marcha no poder. 

• Acontecimentos  que,  se  fossem  ações  de  fato  espirituais, deveriam ser episódicos e não programados.

3. Os efeitos dos modismos na adoração.

• Os  efeitos  destes  comportamentos  são  terríveis  para  o desenvolvimento  de  uma  igreja:  as  pessoas  não  amadurecem espiritualmente  (Hb  5.12),  há  um  excesso  de  meninices  (1  Co 14.20), são facilmente enganadas por falsos obreiros (2 Tm 3.13). É celebrado o culto, mas Cristo não é adorado (Mt 720-23). 

• O que  se  faz  pode-se  chamar  de  adoração  extravagante  -  onde pessoas  gritam,  choram  jogam-se  ao  chão  -,  ou  ainda  de  culto das  primícias,  do  pentecostes  -  cheio  de  símbolos  judaicos: shofar.  candelabro,  palavras  em hebraico  e  ofertas  em dinheiro todavia  não  são momentos  de  adoração,  pois  o  simples  nome não define uma celebração como verdadeira adoração. 

• Pessoas que entram pelo caminho da falsa adoração enveredam por uma trajetória de ilusão, sofrimento e frustração (Cl 24.8.16).

III- MODISMOS NO LOUVOR

1. Muita repetição e pouca música.

• O louvor é algo  intimamente  ligado a construção do povo de Deus. Os judeus possuem uma vasta coletânea de salmos, já a Igreja Primitiva possuía um conjunto de hinos públicos. Para o desenvolvimento  deste  repertório  musical  foi  necessário muita inspiração e dedicação. 

• Infelizmente  hoje,  uma  parte  das  canções  que  cantamos  na Igreja  são  plágios  explícitos  de  músicas  seculares;  outras canções,  apesar  de  inéditas,  são  compostas  de  tão  poucos versos que é necessário repeti-la várias e várias vezes. 

• Há ainda uma grave pobreza de conteúdo, canções que falam apenas de vitória, depois de vitória e no fim de vitória; temas repetitivos, estruturas poético-musicais paupérrimas. 

2. A “indústria do louvor".

• No final da década de 90 e  início dos anos 2000,  concretizou-se a guinada descendente da indústria fonográfica. Com a popularização dos aparelhos de reprodução de CD’s e da internet, os grandes selos musicais  entraram  em  decadência.  Contudo,  os  empresários  do entretenimento  musical  logo  perceberam  que  o  segmento evangélico,  por  seus  princípios  éticos,  continuava  consumindo  os CD’s e DVD’s de seus cantores. 

• A indústria da música passou a contratar e gravar música gospel que antes  era  preterida.  Nossos  irmãos  tornaram-se  artistas,  suas músicas, as capas de seus CD’s e seus shows tornaram-se plágios do mercado  secular.  Não  houve  apenas  uma  profissionalização  do louvor,  desenvolveu-se  uma mercantilização  da  fé.  Hoje  há  artista gospel  em  comícios  de  políticos,  em  programas  de  TV  com  baixa audiência, músicas como trilha sonora de novelas. E não foi para a glória de Deus, e sim., para o enriquecimento de alguém.

CONCLUSÃO

• Só existe oferta porque há mercado. Só existe artista porque há plateia. A adoração e o  louvor obedecerão  tanto mais os modismos do entretenimento secular quanto nós, em nossas igrejas,  aceitarmos,  comprarmos  e  reproduzirmos  esses comportamentos decadentes. Só há um modo de retomarmos a essência da adoração: apresentando nossa adoração como puro louvor, nosso louvor como desinteressada adoração.

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