Post on 22-Jun-2015
Contextualização da obra
• Realismo PortuguêsRevolução Industrial x Estagnação“Caminho-de-Ferro” (Coimbra 1864)Geração de 1870 Questão Coimbrã (Castilho x Quental)
As fases da obra de Eça • Primeira fase (1865 a 1871)
Fase imatura, sem um estilo bem definido. Destaca-se o folhetim ‘O Mistério da Estrada de Sintra ’.
• Segunda fase (1871 a 1888)Fase Real-Naturalista, em que o autor promove o ‘Inquérito da Sociedade Portuguesa’.
• Terceira fase (1888 a 1900)Marcada por um nacionalismo nostálgico, essa etapa inclui a ‘Ilustre Casa de Ramires’ e ‘A Cidade e as Serras’
‘Inquérito da Sociedade Portuguesa’
• O Crime do Padre Amaro (1875)Romance anticlerical dos mais ferozes. É ambientado em Leiria, onde o padre Amaro Vieira, ingênuo e psicologicamente fraco, assume sua paróquia. Hospedando-se na casa da senhora Joaneira, acaba por se envolver sexualmente com sua filha, Amélia. Amaro conhece, então, o cinismo de seus colegas, que em nada estranham sua relação com a jovem. Grávida, Amélia morre no parto e Amaro entrega a criança a uma "tecedeira de anjos". A criança também morre e Amaro, agora um cínico descarado, prossegue com sua carreira.
• O Primo Basílio (1878) Nessa obra, Eça de Queirós retrata toda a presunção vazia da burguesia lisboeta. Inspirado no romance Madame Bovary, de Flaubert, apresenta a tola Luísa, cujo marido, o medíocre engenheiro Jorge, passa algum tempo, a trabalho, fora de Lisboa. Nesse momento retorna a Portugal o primo pelo qual Luísa fora apaixonada na adolescência, Basílio.
• Os Maias (1888) Considerado por muitos a obra-prima do romance português, Os Maias tem como subtítulo Episódios da Vida Romântica. Por meio da história incestuosa do jovem médico Carlos da Maia e sua irmã, Maria Eduarda, Eça critica as aventuras de amor românticas e traça um painel demolidor da sociedade portuguesa.
O Primo Basílio
• Foco Narrativo: 3ª Pessoa• Caracteres Real-Naturalistas:
ObjetividadeDeterminismoPessimismoIronia
• Crítica à pequena burguesia lisboeta
Personagensa) Jorge – engenheiro, funcionário público, pacato e avesso a loucuras, correto, caseiro e conservador.
b) Luísa – romântica, sonhadora, frágil (não consegue lidar com as chantagens de Juliana), comportamento que a predispõe ao adultério, casamento é sinônimo de segurança.
c) Sebastião – protetor inconsciente, fiel a Jorge e compreende a situação de Luísa.
d) Basílio – alto, ar fidalgo, bigode preto e fino, ex-namorado e amante de Luísa. Enriquece, viaja pelo mundo. Critica a provinciana Lisboa. Estabelece-se em Paris.
e) Juliana – empregada que odiava os patrões. Cheia de rancor e inveja. Para ela, os fins justificam os meios. Chantagista.
f) Julião – não vê nada de mais no adultério. Médico medíocre.
g) Dona Felicidade – representa a figura materna, simpatiza-se com Basílio. Solteirona, afastada da sociedade, procura um casamento e escolhe o Conselheiro.
h) Acácio – sem força moral, simpatiza-se com Basílio. Defende o governo. Apegado aos valores familiares e à tradição, mas tem a criada como amante. Símbolo da mediocridade.
i) Ernestinho – funcionário público, faz teatro e escreve sobre as obras escritas por Eça de Queirós.
j) Leopoldina – representa a parte má que existe na mulher. Prostitui-se por não se sentir engajada na sociedade. Vulgar, tem apelido de Pão e Queijo.