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Questões Comentadas de Noções de Economia para Polícia Federal
Profa. Amanda Aires – Aula 00
Aula 00: 1. O Estado e as funções governamentais;
2. As necessidades públicas e as formas de atuação do
governo.
Sumário Página
PARTE 1 – INTRODUÇÃO À ECONOMIA: O QUE É ECONOMIA?
7
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 9
GABARITO PARCIAL – PARTE 1 10
RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS – PARTE 1 11
PARTE 2 – OS MODELOS ECONÔMICOS 21
EXERCÍCIOS PROPOSTOS – PARTE 2 22
GABARITO PARCIAL – PARTE 2 25
RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS – PARTE 2 26
PARTE 3 – MICRO E MACROECONOMIA E AS FUNÇÕES DO GOVERNO
39
EXERCÍCIOS PROPOSTOS – PARTE 3 41
GABARITO PARCIAL – PARTE 3 46
RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS – PARTE 3 47
Antes de mais nada, antes mesmo de me apresentar, compartilho a angústia de vocês: Que susto esse edital nos deu, hein?
Eu fiquei, da mesma forma que vocês, sem chão, quando vi o edital! Completamente surpreendente!
Mas, logo depois de retomar o fôlego, pensei: vamos olhar para frente, porque é assim que se faz! É para isso que estou aqui, para, junto com
vocês, matar esse edital! Masss... antes de mais nada.. gostaria de me apresentar!
Meu nome é Amanda Aires. Sou economista pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com extensão universitária na Universität
Zürich, na Suiça, Mestra em Economia pela UFPE e, agora, estou no terceiro ano do doutorado na mesma área, estudando economia na Université
Laval, em Quebec, no Canadá.
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Além de estudar economia, também sou professora em alguns cursos
preparatórios presenciais para concursos públicos e, assim, já trabalhei na preparação de alunos para as provas do Banco Central do Brasil, Polícia
Federal e Secretarias da Fazenda estaduais. Na parte online, sou professora de Micro, macro, economia brasileira e econometria pelo
www.euvoupassar.com.br.
Atualmente, sou Assessora Técnica da Agência de Fomento do Estado de
Pernambuco – Agefepe, além de ser professora universitária de várias universidades e faculdades no Recife, ministrando aulas nas disciplinas de
teoria econômica, matemática financeira, estatística e econometria em outras universidades e faculdades. O ponto comum dessas disciplinas é que
elas são voltadas para alunos que não são estudantes de economia, ou seja, contadores, administradores, engenheiros, pedagogos, médicos. Acredito
que esse seja um bom diferencial das aulas, pois agora estou acostumada a olhar o mundo como não-economista, o que facilita a comunicação entre
mim e você, aluno.
Por fim, ainda na área de concursos voltados para a área fiscal, escrevo livros de economia para não economistas, em parceria com colegas do
doutorado, voltados para concursos públicos.
Bem, terminada essa minha breve apresentação (acredito que agora você
me conheça um pouco mais), vamos falar sobre o que faremos, juntos, no Estratégia Concursos. Com a publicação do Concurso para Agente da
Polícia Federal, esse curso busca orientar você, concursando, a compreender melhor as questões de economia que têm maior probabilidade
de cair na prova, em se tratando de CESPE como banca avaliadora. A ideia é fazer você fechar as (possíveis) 9 questões que estarão no seu certame!
Mas vamos ao que interessa, não é? Como faremos esse estudo para dissecar as provas da CESPE? Fazendo diversos exercícios semelhantes ao
da banca! Ao estudar grupos de questões análogas, observaremos que a Banca tem um perfil bastante similar entre as questões e, assim, poderemos
verificar o que há de comum entre elas. Observando, por fim, o padrão de
repetição e respostas. Um ponto interessante aqui e que você entenderá melhor posteriormente, é que em economia, pode mudar a “historinha”, mas
a mecânica de solução será sempre a mesma! A medida que o tempo for passando com as aulas, você poderá verificar isso com uma clareza solar!
Espero que, com os nossos encontros, você possa observar que a economia é sim uma matéria interessante e que pode ser vista de uma forma muito
mais descomplicada. Além disso, pode ser um determinante na sua aprovação.
Com o novo edital, esse curso de resolução de exercícios de Economia para a Polícia Federal será dividido em 4 aulas, incluindo essa aula
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demonstrativa. Contudo, diferentemente do que você está acostumado a ver
nos cursos de resolução, não vamos apenas comentar por cima as questões, vamos aprofundar e abranger o máximo o conteúdo para que você detonar
na prova do dia 06.
Por fim, para marcar o diferencial da nossa aula de exercícios, vou colocar
ainda um resumo inicial para cada bloco de questões, assim como um quadro que atua como um mapa mental para te ajudar a segurar melhor o
conteúdo!
Uma pergunta frequente nesse curso é sobre a diferença entre o curso de
exercícios e o curso teórico. Existem diferenças! Sim, existem.
No curso de teoria, temos uma compreensão mais ampla do assunto, já que
teremos que ver toda a teoria, as características de forma mais aprofundada! Contudo, na aula de exercícios, teremos muitos exercícios que
não serão resolvidos no curso teórico. Logo, as duas aulas acabam atuando de forma complementar! Contudo, na aula de hoje, veremos os exercícios
que já foram vistos nas aulas demonstrativa e 01 do curso teórico, ok?
Hoje, nessa aula demonstrativa, começaremos fazendo uma análise da primeira parte do edital, além de trazer questões que pedem um
conhecimento mais introdutório de economia, definições básicas, etc etc etc. (esse conteúdo introdutório também está disponível na aula DEMO do curso
de teoria e exercícios).
A minha idéia é que possamos responder, juntos, cerca de 300 itens, entre V
ou F e questões de múltipla escolha. A ideia de trazer esse último tipo de questões é justificada, pois analisaremos cada alternativa separadamente,
como se fosse um item. Isso ajuda, certamente, a fixar o conteúdo.
Prometo, você verá isso logo logo.
Finalmente, não procurarei fazer você pensar como economista, mas me dedicarei a levar a economia para a sua realidade, para que ela fique
palatável e para que, assim, você tenha um grande êxito na sua prova.
As aulas serão ministradas SEMANALMENTE, sem interrupções.
Abaixo, você verá o cronograma da nossa disciplina:
AULA Conteúdo Previsto
AULA 00
(02/04/2012)
1. O Estado e as funções governamentais; 2. As necessidades públicas e as formas de
atuação do governo.
Aula 01
(09.04.2012)
4. Políticas fiscal e monetária; outras políticas econômicas;
9. Inflação e crescimento.
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AULA 02 (16.04.2012)
3. Estado regulador e produtor;
5. Evolução da participação do setor público na atividade econômica.
AULA 03 (23.04.2012)
6. contabilidade fiscal: NFSP; resultados nominal,
operacional e primário; dívida pública. 7. Sustentabilidade do endividamento público.
8. Financiamento do deficit público a partir dos anos 80 do século XX.
Não adianta mais lamentações sobre o edital, não é? Então vamos em frente porque é assim que se anda!
Para começar, vamos olhar, com calma o novo edital inteiro:
NOÇÕES DE ECONOMIA:
1 O Estado e as funções econômicas governamentais.
2 As necessidades públicas e as formas de atuação dos
governos.
3 Estado regulador e produtor.
4 Políticas fiscal e monetária; outras políticas econômicas.
5 Evolução da participação do setor público na atividade
econômica.
6 contabilidade fiscal: NFSP; resultados nominal,
operacional e primário; dívida pública.
7 Sustentabilidade do endividamento público.
8 Financiamento do deficit público a partir dos anos 80 do
século XX.
9 Inflação e crescimento
É importante que você compreenda o seguinte: para que nós possamos, de
fato, analisar todo o conteúdo previsto no edital, precisaremos, antes de mais nada, de alguns conceitos básicos que serão vistos na aula de hoje
através de exercícios. Na aula de hoje, quero que você compreenda as bases da economia, quero que você tenha uma visão geral para não se perder nas
definições.
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A partir disso, vamos cair em cima do edital da PF. Caso você tenha alguma
dúvida sobre como o curso funcionará, segue aqui uma explicação breve de acordo com o edital, ok?
No ponto 01 do edital temos que O Estado e as funções econômicas
governamentais é pauta do nosso programa, certo? Nesse caso, como
veremos esse assunto? A partir da aula de hoje. Com a ideia do fluxo
circular da riqueza, poderemos compreender que uma das funções do governo é reduzir a diferença de renda entre dos indivíduos.
No segundo ponto do edital, As necessidades públicas e as formas
de atuação dos governos serão vistas também ainda na aula de hoje,
pegando no pesado.
Os pontos 01 e 02 têm como similaridade o caráter introdutório do estudo,
uma forma geral de observar o governo e seu papel na economia. Esse
caráter vai ainda até o ponto 03: Estado regulador e produtor. Nesse
ponto, veremos a atuação do governo na economia, seja via estatais, seja via regulação governamental através das agências reguladoras e dos outros
instrumentos de regulação.
Continuando, veremos no ponto 04: Políticas fiscal e monetária;
outras políticas econômicas. Aqui, para quem estava acostumado com
micro, é que há a grande diferença: esse assunto é pauta de macroeconomia. É uma das formas mais claras de se observar as
intervenções do governo na economia! No nosso curso, o ponto 04 será
estudado em conjunto com o ponto 09 Inflação e crescimento que
também é assunto da macroeconomia e pode ser visto em conjunto sem problemas.
Compreende como o edital foi montado?
Veja, o tempo inteiro nós vamos falar de governo e das suas formas de
intervenção na economia. Contudo, diferentemente do que foi visto no edital
passado, nós veremos as Macroações, não apenas as micro! Essa noção (para quem já estudou) ajudará a clarear a mente do rumo que seguiremos
a partir de agora.
Seguindo o programa, o item 05 analisa Evolução da participação do
setor público na atividade econômica. Eu diria que, de todos os
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pontos do edital, esse é, de longe, o mais vago. Para matar esse item, nós
vamos estudar em união com o ponto 08 Financiamento do deficit
público a partir dos anos 80 do século XX E mostrar como o
governo brasileiro vem fazendo intervenções na economia e como tem
financiado as suas obras. Por fim, para fechar o programa, teremos os pontos 06 e 07
contabilidade fiscal: NFSP; resultados nominal, operacional
e primário; dívida pública. 7 Sustentabilidade do
endividamento público. Sendo ministrados com a ajuda do nosso
querido professor Heber Carvalho. Essa parte será feita por ele por uma razão simples: Ele se garante muito nesse assunto! Como eu não trouxe
material sobre esse assunto do Brasil e importar um livro levaria muito
tempo, para receber o material, fazer tudo, etc etc etc. Assim, na nossa última aula de exercícios, teremos a sua maravilhosa participação!
Por fim, espero que esse curso seja muito útil a você na hora mais importante de toda essa preparação: a hora de resolver a prova para
Agente da Polícia Federal. Estou montando esse curso para que ele possa te dar um apoio definitivo na sua compreensão sobre os fundamentos da
economia. Todas as dúvidas serão esclarecidas no fórum do curso, a que os matriculados terão acesso. Caso você tenha dúvidas sobre outras questões
não abordadas, pode enviar. Farei todo o esforço para esclarecer e inserir no nosso material, ok?
Antes de terminar, gostaria de dizer que todas as nossas aulas possuem a
forte contribuição do nosso querido sapo da vez (http://www.euvoupassar.com.br/lagoa/) na elaboração de esquemas,
de dicas, e na formatação do layout (sem contar os palpites sobre o
conteúdo!)! Então, toda essa aula bonita, tem uma grande participação do nosso querido sapinho!
Críticas e sugestões podem ser enviadas para o e-mail:
amanda@estrategiaconcursos.com.br
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Então, começaremos, fazendo um rápido resumão sobre as questões mais
introdutórias de economia.
E atenção, se liga aí que é hora do resumão!
Ah, esses pontos da revisão podem ser encontrados, sem maiores problemas no livro “Introdução à Economia” do Paul Krugman e do Robin Wells. Tirei
tudo de lá!
PARTE 1 – INTRODUÇÃO À ECONOMIA: O QUE É ECONOMIA?
1. Toda análise econômica está baseada em uma breve lista de princípios
básicos. Esses princípios se aplicam a dois níveis do entendimento econômico. Primeiro, é preciso entender como os indivíduos fazem
suas ESCOLHAS; segundo, devemos entender como as pessoas interagem;
2. Cada pessoa tem de fazer escolhas sobre o que fazer e o que não fazer. A escolha individual é a base da economia; se não envolve
escolha, não é economia;
Toda vez que se falar em economia, você vai sempre lembrar de ESCOLHA! Essa informação nos será útil mais na frente!
3. O motivo de serem necessárias escolhas é que os recursos – qualquer coisa que pode ser usada para produzir outra coisa – são escassos.
Os limites para as escolhas individuais são tempo e dinheiro, as economias são limitadas por suas ofertas de recursos humanos e
naturais.
4. Como você é obrigado a escolher entre as alternativas limitadas, o
verdadeiro custo de qualquer coisa é igual a tudo aquilo de que você tem de abrir mão para obtê-la; todos os custos são custos de
oportunidade;
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Ou
O custo de oportunidade não é a soma dos benefícios das alternativas perdidas, mas
apenas o benefício da melhor das alternativas
abandonadas.
5. O estudo de como as pessoas deveriam tomar decisões econômicas também é uma boa maneira de entender o comportamento de fato. Os
indivíduos normalmente exploram oportunidades para melhorar de
situação. Se a oportunidade muda, o comportamento das pessoas também muda: elas respondem a incentivos;
6. As economias normalmente se movem rumo ao equilíbrio – uma situação em que nenhum indivíduo pode melhorar sua situação
optando por uma ação diferente;
7. Uma economia é dita eficiente se forem aproveitadas todas as
oportunidades de melhorar a situação de alguém sem piorar a de outrem. Os recursos deveriam ser usados de modo mais eficiente
possível para alcançar os objetivos da sociedade. Mas a eficiência não é o único critério para avaliar uma economia: equidade, ou o que é
justo, também é desejável (jájá conheceremos o Sr. e a Sra. Silva) e muitas vezes há uma escolha entre eficiência e equidade;
8. Quando os mercados falham e não resultam em eficiência, a intervenção do governo pode melhorar o bem-estar da sociedade;
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. (Senado Federal, Consultor Legislativo – Economia, Agricultura, 2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma
como as economias estão organizadas, gira em torno do binômio escassez e escolha. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
Em uma economia descentralizada, a preocupação maior dos diferentes agentes econômicos é gerenciar o funcionamento do
sistema de preços para, assim, garantir o bom desempenho das economias de mercado.
2. (CEARÁPORTOS, Analista de Desenvolvimento Logístico – Economia, 2004, CESPE) O binômio referente à escassez e à escolha
sintetiza o problema central da ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
Para um determinado estudante, o custo de oportunidade associado à decisão de realizar um curso de pós-graduação, em tempo integral,
em uma universidade americana, inclui as despesas com
mensalidade e livros e a totalidade dos custos de moradia e alimentação.
3. (Basa, Técnico Científico, 2004, CESPE) Utilizando os conceitos básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
O custo de oportunidade de determinada atividade, por ser independente dos usos alternativos do tempo necessário para
desenvolvê-la, é, usualmente, o mesmo para todas as pessoas nela envolvidas.
4. (Basa, Técnico Científico, 2007) Quando há escassez, a escolha e as diferentes formas de organização das economias são quetões
relevantes para a análise econômica. A esse respeito, julgue os itens subsequentes.
O custo de oportunidade da decisão de assumir um novo emprego, cujo salário é superior àquele que é pago na ocupação anterior,
inclui tanto o valor da remuneração atual como o aumento do tempo
de transporte necessário para se chegar ao novo local de trabalho.
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5. (FUMARC, Prefeitura de Governador Valadares, Economista, 2010
e CEMIG, Analista de Planejamento Econômico Financeiro, 2010) Sabendo-se que os recursos são escassos, o conceito econômico de
custo relevante é o custo:
a) contábil.
b) Oportunidade. c) Ambiental.
d) Histórico.
6. (Economia, STM, 2011, Analista Judiciário, CESPE) A respeito dos
conceitos básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
Quando pessoas altamente qualificadas e bem pagas se dispõem a
pagar mais caro por bens e serviços entregues em domicílio, para evitar filas em lojas e supermercados, observa-se um
comportamento que reflete o fato de que esses indivíduos se confrontam com um custo de oportunidade do tempo mais baixo.
7. (BASA, Economista STM, 2010, CESPE) Considere que o estado do
Pará pode produzir, em um ano, 200 milhões de sacas de castanha-do-pará ou 600 milhões de sacas de açaí, ou uma combinação desses
dois produtos. O estado do Maranhão pode produzir 200 milhões de sacas de castanha-do-pará ou 200 milhões de sacas de açaí , ou uma
combinação desses dois produtos. A partir dessas informações, julgue os itens que se seguem.
Os custos de oportunidade da produção de uma saca de castanha-do-pará para os estados do Pará e Maranhão serão,
respectivamente, iguais a 1/3 de saca de açaí.
GABARITO PARCIAL – PARTE 1
1 F 6 F
2 F 7 F
3 F
4 V
5 B
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RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS – PARTE 1
Exercício 1
(Senado Federal, Consultor Legislativo – Economia, Agricultura,
2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma como as economias estão organizadas, gira em torno do binômio
escassez e escolha. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
Em uma economia descentralizada, a preocupação maior dos
diferentes agentes econômicos é gerenciar o funcionamento do sistema de preços para, assim, garantir o bom desempenho das
economias de mercado.
Vamos a resolução?
Primeiro, depois de ler a questão, você observa que ela pergunta sobre o funcionamento de uma economia descentralizada, não é isso?
Nesse caso, qual a maior preocupação dos agentes econômicos?
Para responder essa pergunta, cito uma afirmação que eu gosto muito do
Adam Smith, que li no livro Introdução à Economia do Wonnacott & Wonnacott quando era primeiro período em economia:
“Não é da bondade do açogueiro ou do padeiro que podemos esperar o nosso jantar, e sim de seu interesse. Nós nos dirigimos não ao seu
espírito humanitáio, mas ao seu interesse e nunca lhes falamos de nossas necessidades, e sim de suas vantagens”
Adam Smith, caso você não o conheça, é o pai da economia clássica, uma
escola do pensamento econômico que desconsidera, por total, a presença do governo na economia. É ele o precursor do sistema econômico que considera
a economia descentralizada!
Analisando esse segmento do texto de Smith, é possível observar que os
interesses dos agentes econômicos, em uma economia descentralizada, não estão associados ao bom desempenho da economia, mas sim, à
satisfação dos seus interesses. Ou seja, famílias desejam maximizar sua satisfação em termos de consumo de bens e serviços e as empresas buscam
maximizar os lucros. Nesse sentido, nós não estamos preocupados em garantir o bom funcionamento da economia, mas em buscar uma forma de
satisfazer nossos objetivos. Dessa forma, segundo Smith, com a busca dos interesses próprios, era possível alcançar o equilíbrio de uma economia.
Considerando todos esses pontos, observa-se que a alternativa está incorreta.
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GABARITO: FALSO
Antes de continuar, contudo, vale aqui um ponto adicional: quem se preocupa com o funcionamento do sistema de preços é a economia
centralizada ou planificada, que são bem retratadas pelos sistemas socialistas ou comunistas. Nesse caso, existe, sim, uma forte
preocupação com o funcionamento da economia em termos de preços e tudo fica controlado pelo Planejador Social, retratado pelo agente econômico
governo. É ele quem controla todos os salários e os demais preços da economia. Dessa forma, se a questão falasse sobre a economia centralizda,
o item estaria correto, ok?
Exercício 2
(CEARÁPORTOS, Analista de Desenvolvimento Logístico – Economia, 2004, CESPE) O binômio referente à escassez e à escolha sintetiza o
problema central da ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
Para um determinado estudante, o custo de oportunidade associado à decisão de realizar um curso de pós-graduação, em tempo integral,
em uma universidade americana, inclui as despesas com mensalidade e livros e a totalidade dos custos de moradia e
alimentação.
Alguma sugestão para resolver esse item? Aqui, já na solução dessa
questão, vale uma dica importante:
As provas de economia se resumem a conceitos! A
historinha vai mudar, mas o conceito envolvido e a mecânica de solução (quando for o caso) serão os mesmos!
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Agora que você já sabe como resolve, vamos ver esse item da prova do
Cearáportos: veja que a questão fala sobre o custo de oportunidade! Mas... no caso da questão, ele analisa o custo financeiro também!
Antes de resolver, contudo, vamos pensar em uma historinha: enquanto você está lendo esse material, eu estou aqui no nada caloroso inverno do
Canadá (hoje está menos 15, eu acho), morando em um dormitório nada atraente para poder estudar (coitada de mim! )!! Qual o custo de
oportunidade de fazer isso? Bem, com o dinheiro que eu gasto no curso de francês (é.. além de estudar economia, tem que estudar francês
também!), por exemplo, eu poderia ir a um restaurante no Brasil e tomar um bom vinho. Logo, como eu tenho uma opção além do que eu estou
fazendo hoje com o dinheiro do curso, o custo de oportunidade dele é, por exemplo, deixar de tomar um vinhozinho (tinto e seco, por favor! ). Logo,
sempre que se falar em custo de oportunidade, pode-se considerar os
benefícios não realizados ou ainda um uso alternativo para determinado recurso financeiro!
Além do gasto com o francês, eu também pago pelo meu dormitório e pela minha alimentação, certo? O que eu poderia fazer com esse dinheiro, além
de pagar essas despesas? Bem, digamos que no Brasil eu poderia morar melhor e pagar menos (será?!), mas, certamente, uma parte do meu
dinheiro iria para o aluguel, não é? Nesse caso, embora exista um custo de oportunidade em pagar o aluguel aqui, eu não posso dizer que toooodoo o
meu gasto com aluguel será o meu custo de oportunidade, tendo em vista que, inevitavelmente, eu pagaria algum dinheiro nessa despesa no Brasil.
Ok, ok, você mora com os seus pais? Não tem problemas! O raciocínio não
vale para o aluguel, mas vale para os seus gastos com alimentação! E não venha me dizer que você não gasta NADA de alimentação fora que eu vou
dizer que é mentira, ok? Todos nós gastamos algum dinheiro com alimentação, mesmo que seja naquele churros delicioso do meio da rua!
Nesse caso, fica a dica:
O custo de oportunidade está associado aos
gastos alternativos que você poderia ter com determinado recurso financeiro. Isso não quer dizer
que a totalidade desses recursos será o seu
custo de oportunidade. Uma parte desses poderá estar ligada ao mesmo gasto (em uma outra
situação), ficando a “sobra” como o seu custo de oportunidade.
Então, só para deixar ainda mais claro, nem todo o gasto financeiro que nós
temos faz parte do nosso custo de oportunidade. Em alguns casos,
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inevitavelmente teremos determinados tipos de gasto (saúde, alimentação,
moradia, etc). Assim, apenas a parte exdente desses gastos é que pode ser incluída como nosso custo de oportunidade, ok?
Depois dessa historinha toda, vamos resolver a questão?
Como é uma questão da CESPE, vale aqui mais uma dica:
Para o caso das provas da CESPE, o ideal, em economia,
é dividir a questão por partes e analisar
separadamente. SE, eu disse SE, as partes estiverem corretas, vale a pena verificar se o todo
tem ligação. Não raro, as partes estarão corretas, mas o todo não possui qualquer ligação! Em breve veremos
como isso é possível.
Agora, sim, vamos a questão:
Para um determinado estudante, o custo de oportunidade associado à decisão de realizar um curso de pós-graduação, em tempo integral,
em uma universidade americana, inclui as despesas com mensalidades e livros e a totalidade dos custos de moradia e
alimentação.
Primeira parte: Para um determinado estudante, o custo de oportunidade
associado à decisão de realizar um curso de pós-graduação, em tempo integral, em uma universidade americana...
Até aqui, nenhum problema, apenas a parte da “historinha”, que eu havia falado.
Segunda parte: inclui as despesas com mensalidades e livros e a totalidade dos custos de moradia e alimentação.
Aqui vamos analisar com mais calma. De fato, as despesas com
mensalidades e livros fazem parte do custo de oportunidade, como o meu curso de francês, ok? Então, por hora, a questão está correta. O erro da
questão está justamente na última parte: a totalidade dos custos de moradia e alimentação. É exatamente o que eu conversei com você
anteriormente! O erro está na palabra TOTALIDADE! Não podemos incluir a totalidade dos gastos com moradia e alimentação por causa dos churros que
eu falei acima! Assim, a questão está falsa!
Veja que todo o resto da questão está correto! Aliás, o único erro está no
fato de se considerar a TOTALIDADE. Se essa palavra fosse suprimida do texto da questão, a questão estaria correta!
GABARITO: FALSO
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Exercício 3
(Basa, Técnico Científico, 2004, CESPE) Utilizando os conceitos básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
O custo de oportunidade de determinada atividade, por ser independente dos usos alternativos do tempo necessário para
desenvolvê-la, é, usualmente, o mesmo para todas as pessoas nela
envolvidas.
Nessa questão, o texto diz que o custo de oportunidade não depende dos usos alternativos. Como assim?
Deixa eu te fazer uma pergunta: O custo de oportunidade de ler esse texto é o mesmo na sexta às 22h50 e na terça, no mesmo horário?
Claro que não, né? Sexta bombando e todo mundo na rua! O custo de oportunidade nesse caso é mais alto porque você está abrindo mão de sair
com o(a) namorado(a), conversar com os amigos, etc. Já na gloriosa terça-feira à noite, o que você poderia estar fazendo? Bem, digamos que não
assistir o paredão BBB não traga um grande custo de oportunidade, ok?
Nesse sentido, a questão está falsa porque dependendo sim do que você
pode fazer o custo de oportunidade é diferente! Assim, ele não será igual não apenas para cada pessoa (cada um de nós tem um custo de
oportunidade diferente), mas também para uma mesma pessoa em momentos diferentes do dia!
GABARITO: FALSO
Exercício 4
(Basa, Técnico Científico, 2007) Quando há escassez, a escolha e as diferentes formas de organização das economias são quetões
relevantes para a análise econômica. A esse respeito, julgue os itens subsequentes.
O custo de oportunidade da decisão de assumir um novo emprego, cujo salário é superior àquele que é pago na ocupação anterior,
inclui tanto o valor da remuneração atual como o aumento do tempo
de transporte necessário para se chegar ao novo local de trabalho.
Veja só, quando nós consideramos a possibilidade de trocar de emprego, pensamos, antes de mais nada, na diferença de remuneração, certo?
Esse é, na maior parte dos casos, o vetor que nos faz querer trocar de emprego. Mas, não é apenas esse fator que nos faz pensar se vale ou não a
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pena trocar de emprego. Imagine o seguinte: Você é convidado a ir para
uma empresa que fica a 200km da sua atual moradia, ganhando, digamos, 50% a mais. Nesse caso, não é apenas o salário que conta, mas também,
toda a parte de deslocamento entre a sua casa e o seu novo trabalho.
No caso acima, por exemplo, pode ser que não seja vantajoso pegar esse
novo emprego uma vez que você terá aumento de salário, mas também terá aumento de despesas como, digamos, um valor maior a ser pago de aluguel,
um gasto adicional com combustível para visitar a família. Todo esse montante financeiro pode ser considerado como seus custos de
oportunidade, certo? já que você poderia utilizar esse dinheiro de outra forma se o novo emprego fosse mais perto de sua casa.
Vamos adiante.... digamos agora que você não quer morar no lugar do novo trabalho. Você prefere ir e vir todos os dias. Digamos ainda que a empresa
onde você trabalha sabe disso e paga para um motorista para levar e trazer você diariamente (que empresa boazinha, hein?). Nesse caso, não teríamos
mais custo de oportunidade? Será?
E o tempo que você passa dentro do carro? Por hipótese, 2 horas e meia para ir e vir. Será que não tem nenhum custo de oportunidade nisso? CLARO
QUE SIM! Nesse caso, você poderia utilizar esse tempo para, por exemplo, ficar com seus filhos ou pais. Ou ainda, você poderia passar esse tempo
assistindo TV ou estudando para um concurso melhor!
Nesse caso, a questão apresentada está correta, uma vez que, na mudança
de emprego, você considera não apenas a diferença salarial, mas também a distância entre a sua residência e o novo local de trabalho.
GABARITO: CERTA!
Exercício 5
(FUMARC, Prefeitura de Governador Valadares, Economista, 2010 e CEMIG, Analista de Planejamento Econômico Financeiro, 2010)
Sabendo-se que os recursos são escassos, o conceito econômico de custo relevante é o custo:
e) contábil. f) Oportunidade.
g) Ambiental.
h) Histórico.
Toda vez que se falar em recursos escassos, nós vamos lembrar de dois pontos, vamos ver:
1. Conceito de economia
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2. Conceito de custo de oportunidade
Dessa forma, toda vez que se falar em escassez ou em recursos escassos, nós vamos fazer uma conexão direta com esses dois conceitos,
ok? Nesse sentido, eu não preciso nem dizer qual a alternativa correta, né?
A alternativa correta é a letra (B), que traz o custo de oportunidade. Na verdade, é custo de oportunidade por uma questão simples. Como há
escassez, eu preciso escolher! E como eu tenho que fazer essa escolha, eu tenho que ver o custo dela. O custo de uma escolha está diretamente ligado
ao custo de oportunidade, já que ele reflete tudo que eu abri mão quando optei por determinada ação!
A alternativa (A) fala sobre o custo contábil. O custo contábil nada mais é
do que a soma de todos os custos envolvidos em um processo produtivo, tanto os fixos (que não variam com a alteração do nível de produção) e os
variáveis (que são alterados à medida que a produção varia). Nesse caso, não existe nenhuma relação com o conceito de escassez! O custo contábil
apenas soma os custos fixo e variável. Dessa forma, a alternativa (A) é
falsa. Apenas salientando, a noção de custos será vista quando analisarmos o agente econômico empresa ou firma, na aula 3.
A letra (C), por sua vez, fala sobre o custo ambiental. Esse, por sua vez, está ligado, como o próprio nome diz, aos prejuízos causados ao meio
ambiente. Ou seja, quando determinada empresa lança desejos nos rios,
temos um caso de custo ambiental. Normalmente, os custos ambientais são vistos na parte de externalidades, que veremos, na aula 05, como uma falha
de mercado. Como o conceito de custo ambiental não tem ligações com escassez, logo, a alternativa é falsa.
Por fim, a assertiva (D) fala sobre o custo histórico. Bem, para ser sincera,
nunca ouvi falar nesse tipo de custo. Procurei também na literatura básica de economia, e até na mais avançada, e ninguém falou sobre esse danado
desse custo histórico. Então, acredito que ele nem exista! A banca colocou na prova apenas para apresentar uma “pegadinha” e deixar você com
dúvidas.
GABARITO: Alternativa (B)
Exercício 6
(Economia, STM, 2011, Analista Judiciário, CESPE) A respeito dos conceitos básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
Quando pessoas altamente qualificadas e bem pagas se dispõem a pagar mais caro por bens e serviços entregues em domicílio, para
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evitar filas em lojas e supermercados, observa-se um
comportamento que reflete o fato de que esses indivíduos se
confrontam com um custo de oportunidade do tempo mais baixo.
Para responder essa pergunta, ou ainda, antes de responder essa questão,
eu te faço uma pergunta: Você acha que a Madonna faz faxina na casa dela? Você possivelmente respondeu: Não, porque ela é rica!
De fato, ela é rica (acredito que ninguém duvida disso), mas não é essa a
justificativa econômica que eu estou procurando.
Veja, o que explica a razão da Madonna não fazer faxina ou quaisquer
serviços do lar não é o fato de ser rica ou não, mas, apenas, o custo de oportunidade! Ora, o tempo que ela gasta fazendo faxina, ela poderia, por
exemplo, estar dando uma entrevista e ganhando muuuiito mais do que ela economizaria não pagando a diarista.
Vamos a um exemplo:
Imagine que, ela pague, por uma hora de limpeza doméstica,
aproximadamente US$ 50,00. Imagine ainda que com essa mesma hora ela possa ela possa dar uma entrevista e faturar US$ 50.000,00. Nesse caso, o
custo de oportunidade da Madonna quando ela decide organizar a casa é de US$ 50.000! Ou seja, ela deixou de ganhar 50.000 pilas (já diriam os
amigos gaúchos), para economizar US$ 50,00! Não parece nada razoável, não é?
Nesse caso, quanto maior for o valor da hora de uma determinada pessoa
quando ela faz aquilo que tem maior conhecimento, maior é o custo de oportunidade dessa pessoa quando ela opta por fazer outras atividades!
Vamos conversar ainda um pouco mais sobre o mundo das celebridades:
Recentemente, fizeram uma pesquisa para saber se caso Bill Gates
encontrasse uma nota de US$ 100,00 no chão, se valeria ou não a pena pegar esse dinheiro! Sabe o que se observou com essa pesquisa? Que se o
Bill Gates se abaixar e pegar essa grana, ele vai deixar de ganhar muito mais do que o que ele acabou de recolher na rua! Ou seja, para o Bill, é
preferível que ele continue caminhando a pegar o dinheiro!
Custo de oportunidade, meus queridos!
Para responder essa questão, é simples: Quanto mais qualificada for a pessoa, maior será o seu custo de oportunidade. Na questão, é afirmado
exatamente o contrário! Então, pode marcar aí, ela é falsa!
GABARITO: FALSO
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Exercício 7
(BASA, Economista STM, 2010, CESPE) Considere que o estado do Pará pode produzir, em um ano, 200 milhões de sacas de castanha-
do-pará ou 600 milhões de sacas de açaí, ou uma combinação desses dois produtos. O estado do Maranhão pode produzir 200 milhões de
sacas de castanha-do-pará ou 200 milhões de sacas de açaí , ou uma combinação desses dois produtos. A partir dessas informações,
julgue os itens que se seguem.
Os custos de oportunidade da produção de uma saca de castanha-
do-pará para os estados do Pará e Maranhão serão,
respectivamente, iguais a 1/3 de saca de açaí.
A nossa última questão é, possivelmente, a mais complicadinha. Vamos por partes, primeiro, vamos compreender os custos de oportunidade marcados
acima através de uma tabela para facilitar as nossas vidas!
Produto Quantidade (milhões de saca)
Pará Maranhão
Castanha-do-Pará 200 200
Açaí 600 200
Compreendidas as informações, vamos à assertiva:
Ela pede os custos de oportunidade para os dois estados quando da
produção da castanha-do-Pará!
Vamos ver, primeiro, para o estado do Pará. Para essa UF, cada vez que se
produz uma saca de castanha-do-Pará, deixam de ser produzidas 3 sacas de açaí. Assim, fazendo uma razão, temos o seguinte:
1 saca de castanha / 3 sacas de açaí.
Nesse caso, de fato, a razão é de 1/3.
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Para o caso do Maranhão, contudo, podemos ver que essa razão não é
válida, já que para cada saca produzida de castanha, deixa-se de produzir 1 saca de açaí. Nesse caso, a razão é de 1!
Ou seja, a alternativa está incorreta! Na verdade, como acabamos de ver, as razões que medem o custo de oportunidade serão de 1/3 e 1 para os
estados do Pará e Maranhão, respectivamente.
GABARITO: FALSA
Com essa questão, finalizamos a parte mais introdutória de economia!
Vamos continuar nossas análises!
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PARTE 2 – OS MODELOS ECONÔMICOS
9. Quase toda a economia é baseada em modelos, que são “experimentos mentais” ou versões simplificadas da realidade, e
muitas vezes usam instrumentos matemáticos tais como gráficos. Um pressuposto importante em modelos econômicos é o pressuposto do
tudo ou mais constante, que permite analisar o efeito de uma mudança em um fator mantendo constantes os demais fatores
relevantes;
10. Um modelo importante é o da fronteira de possibilidade de
produção. Ele ilustra o custo de oportunidade (mostrando que quantidade de um produto é produzida de menos quando é produzida
maior quantidade de outro); eficiência (uma economia é eficiente quando produz na fronteira de possibilidade de produção); e
crescimento econômico (uma expansão da fronteira de possibilidade de produção);
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS – PARTE 2
8. (Analista Judiciário – Economia - STM, 2010) A respeito dos
conceitos básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
No fluxo circular de bens e serviços, as firmas demandam fatores de
produção que são ofertados pelas famílias e, nesse processo, os fluxos monetários vão das empresas para as famílias.
9. (ECONOMIA E ESTATÍSTICA – IJSN/ES, 2010)
O modelo do fluxo circular de renda possibilita mensurar o produto
da economia pelas despesas ou pela renda. Na visão das famílias e considerando o fluxo circular da renda, a despesa para a aquisição
de bens e serviços é equivalente ao valor recebido pela venda dos bens e serviços. Assim, produto = renda = despesa.
10. (Economia, STM, 2011, Analista Judiciário, CESPE) A respeito dos
conceitos básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
A redução dos impostos sobre a cadernetea de poupança e os fundos de investimentos concorre para deslocar, para cima e para a direita,
a fronteira de possibilidades de produção da economia.
11. (CEARÁPORTOS, Analista de Desenvolvimento Logístico -
Economia, 2004) O binômio referente à escassez e à escolha sintetiza o problema central da ciência econômica. A esse respeito,
julgue os itens a seguir.
Políticas de salário mínimo, que levem à fixação das remunerações
substancialmente acima daquelas que prevaleceriam no livre mercado, conduzem a economia para um ponto situado no interior
da curva de possibilidade de produção.
12. (Senado Federal, Consultor Legislativo – Economia, Agricultura,
2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma como as economias estão organizadas, gira em torno do binômio
escassez e escolha. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
C Se a curva de possibilidades de produção for uma linha reta, o custo de oportunidade de se produzir determinado bem será
constante.
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13. (Senado Federal, Consultor Legislativo – Economia, Agricultura,
2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma como as economias estão organizadas, gira em torno do binômio
escassez e escolha. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
D Na guerra contra o terrorismo liderada pelos Estados Unidos da
América (EUA), o custo de oportunidade da produção de material bélico equivale ao valor dos bens e serviços a que se deve renunciar
para produzir esse tipo de material.
14. (Senado Federal, Consultor Legislativo – Economia, Agricultura,
2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma como as economias estão organizadas, gira em torno do binômio
escassez e escolha. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
E Políticas discriminatórias, com base na raça, gênero ou idade, por
exemplo, impedem o uso eficiente dos recursos e fazem que a economia opere em um ponto interno da curva de possibilidade de
produção.
15. (Basa, Técnico Científico, 2004) Utilizando os conceitos básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
O estabelecimento de regras competitivas mediante a eliminação das fontes de monopólio desloca a curva de possibilidades de produção
para cima e para a direita.
16. (Basa, Técnico Científico, 2007) Quando há escassez, a escolha e
as diferentes formas de organização das economias são questões relevantes para a análise econômica. A esse respeito, julgue os itens
a seguir.
Ao provocarem mortes e desabamentos e destruírem parte da infra-
estrutura regional, os temporais que atingiram as regiões Sul e Sudeste no início de 2007 elevaram o custo de oportunidade dos
recursos produtivos, o que aumentou a inclinação da curva de possibilidade de produção das economias dessas regiões.
17. (INMETRO, Técnico em Meteorologia e Qualidade, 2009, CESPE) A respeito dos fundamentos da teoria econômica, julgue os itens a
seguir.
A lei da escassez, definida como a ausência de recursos suficiente para suprir todas as necessidades e desejos da coletividade, só tem
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validade quando não se considera, no modelo econômioc, a variável
de evolução tecnológica.
18. (Sebrae/AC, Analista Geral, 2007, CESPE) Utilizando os conceitos
básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
O uso do biodisel como combustível e outros avanços deslocam a
fronteira de possibilidades de produção, para cima e para a direita.
19. (DPF, Agente da Polícia Federal, 2004, CESPE) A questão da
escolha em situação de escassez, abordada pela microeconomia, as interações entre governo e mercados privados e os problemas
macroeconômicos são temas relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
O binômio escassez/escolha, que permeia o problema econômico correlato, ocorre somente quando, dentro do processo produtivo,
não existe possibilidade de substituição entre insumos.
20. (DPF, Escrivão da Polícia Federal, 2004, CESPE) O problema da
escolha em situação de escassez, abordada pela microeconomia, as
interações entre governo e mercados privados e os problemas macroeconômicos são temas relevantes para a ciência econômica. A
esse respeito, julgue os itens a seguir:
Quando os custos de oportunidade para os recursos produtivos são
crescentes – a curva de possibilidades de produção é uma linha reta – um aumento dos gastos públicos não conduz à redução das
despesas dos agentes privados.
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GABARITO PARCIAL – PARTE 2
8 V 15 F
9 F 16 F
10 V 17 F
11 V 18 V
12 V 19 F
13 V 20 F
14 V
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RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS – PARTE 2
Exercício 8
(Analista Judiciário – Economia - STM, 2010) A respeito dos
conceitos básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
No fluxo circular de bens e serviços, as firmas demandam fatores de
produção que são ofertados pelas famílias e, nesse processo, os
fluxos monetários vão das empresas para as famílias.
Para responder a questão, basta dar uma olhada no fluxo circular da riqueza original.
Agora, vamos analisar ponto a ponto o que a questão afirma: primeiro ela chama de fluxo circular de bens e serviços, o que nós chamamos
previamente de fluxo circular da riqueza Embora a nomeclatura seja
diferente, elas dizem respeito a mesma coisa, ok?
Continuando, a questão afirma que as firmas demandam fatores de
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produção que são ofertados pelas famílias. Pelo gráfico acima, nós
podemos perceber que isso é verdade. Vamos conferir?
Pelo corte feito no fluxo, é possível ver que existem as setinhas vermelhas,
que representam o fluxo real de fatores, saindo das famílias e entrando nas empresas. Ou seja, as famílias estão ofertando esses fatores e as empresas
estão demandando (procurando) esses mesmos fatores. A explicação para isso, como já vimos, é que as empresas precisam desses fatores para que
seja possível realizar a produção dos bens e serviços que serão ofertados às famílias. As famílias, por sua vez, precisam ofertar esses fatores para que
seja possível adquirir os bens e serviços que serão oferecidos pelas empresas.
Um ponto importante aqui é que você não precisará, necessariamente, fornecer o fator para a empresa que
você deseja comprar algo. Por exemplo, não é porque eu vou jantar na pizza hut que eu preciso, depois de jantar,
lavar os pratos! Na verdade, eu presto meu trabalho para outra(s) empresa(s) e, com o fluxo monetário recebido pelo(s)
meu(s) fator(es), posso adquirir bens e serviços em quaisquer outros
lugares! Esse formato de fluxo acabou por facilitar muito o processo de trocas. Ou seja, as pessoas não ficam mais amarradas às empresas
que trabalham!
Concluindo, a questão finalmente afirma que e, nesse processo, os fluxos
monetários vão das empresas para as famílias. Como você pode perceber, a questão está toda correta! Para notar isso, basta ver o sentido
das setinhas azuis, saindo das empresas e entrando nas famílias!
GABARITO: CERTA
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Exercício 9
(ECONOMIA E ESTATÍSTICA – IJSN/ES, 2010)
O modelo do fluxo circular de renda possibilita mensurar o produto
da economia pelas despesas ou pela renda. Na visão das famílias e considerando o fluxo circular da renda, a despesa para a aquisição
de bens e serviços é equivalente ao valor recebido pela venda dos
bens e serviços. Assim, produto = renda = despesa.
A assertiva afirma que O modelo do fluxo circular de renda possibilita mensurar o produto da economia pelas despesas ou pela renda.
Até aqui, é verdade. Só para que você compreenda, eu posso medir o PIB, Produto Interno Bruto de uma economia, utilizando três óticas diferentes:
a produção propriamente dita, a despesa agregada e os rendimentos. Ou
seja, de acordo com essa identidade, tudo que é produzido será comprado pelos agentes econômicos (as famílias realizam consumo, as empresas
fazem investimentos, o governo faz compras ou gastos governamentais e o resto do mundo compra as nossas exportações) e, para que seja possível
existir o processo de compras, é preciso que os agentes econômicos possuam renda, seja ela proveniente de trabalho (salário), do fator terra
(aluguéis) ou ainda do fator capital (juros). Considerando isso, podemos dizer que toda produção será igual ao somatório das despesas que, por sua
vez, será igual aos rendimentos. Então, aqui, tanto faz, por onde você vai medir o PIB, nesse caso, todos os caminhos levam a Roma!
Dessa forma, ATÉ AQUI, nada errado! Mas a questão continua...Na visão das famílias e considerando o fluxo circular da renda, a despesa para
a aquisição de bens e serviços é equivalente ao valor recebido pela venda dos bens e serviços. E eis que achamos o erro!
Veja que a alternativa diz que, para as famílias, a despesa para aquisição de
bens (o consumo das famílias) será equivalente ao valor recebido pela venda de bens e serviços. Mas as famílias não vendem bens e serviços!!! Aliás, é
importante que você note que quem vende bens e serviços é o agente econômico empresas, não família! Nesse caso, a alternativa está falsa, já
que as famílias vendem (ou ofertam, com queiram) fatores produtivos! E aí, por causa desse detalhe que passaria perfeitamente desapercebido, a
questão é incorreta!
Finalmente, para terminar, a assertiva diz que: Assim, produto = renda =
despesa. O que é verdadeiro, conforme vimos anteriormente!
GABARITO: FALSO
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Exercício 10
(Economia, STM, 2011, Analista Judiciário, CESPE) A respeito dos conceitos básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
A redução dos impostos sobre a caderneta de poupança e os fundos de investimentos concorre para deslocar, para cima e para a direita,
a fronteira de possibilidades de produção da economia.
Como assim poupança, professora?
Veja só, imagine que todo mundo consuma, certo? Para a economia, no curto prazo, isso é ótimo: mais consumo, mais emprego, mais renda
para os trabalhadores, que vão efetuar ainda mais consumo... isso é o que se chama de círculo virtuoso.
O problema é o seguinte: consumo gera avanço tecnológico? Não, consumo não gera qualquer tipo de avanço tecnológico. Para que seja possível existir
avanço tecnológico, é preciso que existam investimentos por parte das empresas, ou seja, é preciso que as empresas gastem em pesquisa e
desenvolvimento, por exemplo, para que seja possível produzir mais, com a mesma quantidade de recursos, por exemplo.
Nesse caso, de onde vem o dinheiro para as empresas investirem? Vem das famílias!
Pois é, somos nós, famílias, que financiamos as empresas! Como? Através das nossas poupanças! Nossas ricas poupanças vão seguir, através dos
bancos para as empresas, para que essas possam realizar investimentos! Assim, as empresas podem realizar diversos investimentos e levar nossa
economia para uma curva de possibilidade de produção mais alta.
Dessa forma, voltando à questão, a redução dos impostos sobre a
caderneta de poupança e os fundos de investimentos concorre para deslocar, para cima e para a direita, a fronteira de possibilidades de
produção da economia, já que com a redução dos impostos haverá um aumento no volume de poupanças e esse volume virará investimentos,
levando a curva de possibilidade de produção, de fato, para um nível mais alto, mais para a direita!
GABARITO: CERTA
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A essa altura você deve perguntar: mas apenas avanço tecnológico leva a
um deslocamento da CPP? Não, um aumento no número de trabalhadores, seja por imigração, seja por aumento da taxa de
fecundidade também faria que com existisse esse deslocamento, mas esses
casos são mais complicados e mais lentos para acontecer. Por isso, nós não os consideramos na análise, ok?
Exercício 11
(CEARÁPORTOS, Analista de Desenvolvimento Logístico - Economia, 2004) O binômio referente à escassez e à escolha sintetiza o
problema central da ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
Políticas de salário mínimo, que levem à fixação das remunerações substancialmente acima daquelas que prevaleceriam no livre
mercado, conduzem a economia para um ponto situado no interior
da curva de possibilidade de produção.
Ainda em curva de possibilidade de produção...
Vamos analisar um pouco essa. A princípio, essa será classificada como
difícil! Depois da nossa aula sobre teoria dos preços, ela ficará mais fácil de ser compreendida!
Veja, o que foi que aconteceu agora há pouco no Brasil? Dilma aumentou o
salário mínimo de R$ 545,00 para R$ 622,00, certo? Pois bem, quando isso acontece, qual será o resultado? Com o aumento desses salários, algumas
empresas não poderão manter os funcionários, por exemplo. Lógico, isso
seria um caso mais extremo, mas, ainda assim, possível.
Nesse caso, com esse aumento, existirão demissões, não é? E o que
significam essas demissões? Significam que teremos mais gente procurando emprego, ou, de uma outra forma, teremos mais recursos de mão de obra
ociosos.
E se tem fator produtivo ocioso, onde eu estou dentro da curva de
possibilidade de produção? Eu estou em algum ponto no interior da curva, já que, agora, não todos os recursos estão sendo utilizados! Dessa forma, só
para sintetizar, todas as vezes que o governo realiza intervenções na
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economia no sentido de aumentar salários ou quaisquer outros preços
dos fatores produtivos, isso levará, inevitavelmente, a um ponto situado (mais) no interior da curva de possibilidade de produção.
GABARITO: CERTA
Exercício 12
(Senado Federal, Consultor Legislativo – Economia, Agricultura,
2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma como as economias estão organizadas, gira em torno do binômio
escassez e escolha. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
C Se a curva de possibilidades de produção for uma linha reta, o
custo de oportunidade de se produzir determinado bem será
constante.
Essa é muito boa! Boa porque questiona a você dois conceitos vistos na aula de hoje: O de Curva de Possibilidade de Produção e o de custo de
oportunidade! Vamos lá. Ele argumenta o seguinte: Se a curva de possibilidade de
produção for uma linha reta, logo, o formato não seria como o visto anteriormente, ou seja, um formato côncavo. Seria algo como mostrado pela
linha verde, na figura:
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A CESPE, infelizmente, não coloca os gráficos na prova, mas sempre (é sempre mesmo!) pede análises do
gráfico. Assim, sempre que possível, colocarei o gráfico
para que você visualize a situação para que, a partir daí, possamos resolver a questão juntos, ok?
E aí, a questão continua dizendo que: o custo de oportunidade de se produzir determinado bem será constante. Como eu consigo medir o
custo de oportunidade na curva de possibilidade de produção? Simples! Analisando a TMT! A taxa marginal de Transformação diz o quanto eu abro
mão da produção de um determinado bem para poder produzir mais de outro.
Como visto, a TMT é mostrada pela seguinte fórmula:
No caso de um CPP que possui o formato de linha reta, a TMT será
constante, já que à medida que eu produzo mais do bem X, vou sempre, abrir mão da mesma quantidade do bem Y! Nesse caso, a alternativa está
correta!
É importante que você note que, a TMT também é a inclinação da CPP!
Com essa noção na mente, fica mais simples a compreensão!
GABARITO: CERTA
Exercício 13
(Senado Federal, Consultor Legislativo – Economia, Agricultura,
2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma como as economias estão organizadas, gira em torno do binômio
escassez e escolha. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
D Na guerra contra o terrorismo liderada pelos Estados Unidos da
América (EUA), o custo de oportunidade da produção de material
bélico equivale ao valor dos bens e serviços a que se deve renunciar
para produzir esse tipo de material.
A alternativa, antes de mais nada, está correta! Lembra o seguinte, o ponto,
ao longo da Curva de Possibilidade de Produção em que a economia estará dependerá dos seus objetivos políticos. E cada vez que a economia decide
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produzir mais de qualquer bem, estará decidindo, também,
necessariamente, produzir menor de outros!
É exatamente o que diz a questão acima! Quando os EUA optam por
produzir material bélico, estão deixando de produzir outros bens. Logo, o custo de oportunidade de produzir esse material bélico é justamente o que
ele deixou de produzir em termos de outros bens e serviços!
GABARITO: CERTA
Exercício 14
(Senado Federal, Consultor Legislativo – Economia, Agricultura,
2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma como as economias estão organizadas, gira em torno do binômio
escassez e escolha. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
E Políticas discriminatórias, com base na raça, gênero ou idade, por
exemplo, impedem o uso eficiente dos recursos e fazem que a economia opere em um ponto interno da curva de possibilidade de
produção.
Na verdade, essa questão é exatamente igual a questão que falava sobre o
salário mínimo, que vimos anteriormente.
Veja só, quando o enunciado fala em políticas discriminatórias, está falando,
necessariamente, em deixar alguns recursos (nesse caso, o fator trabalho) ociosos! Dessa forma, o que acontecerá?
De novo, assim como na questão do salário mínimo, haverá uma mudança
para algum ponto no interior da curva de possibilidade de produção (caso a economia estivesse operando em seu nível de eficiência) ou para um ponto
mais interior na curva de possibilidade de produção (caso a economia já não fosse eficiente).
Lembre que para que uma determinada economia opere de forma eficiente, é necessário que ela esteja empregando todos os seus fatores produtivos e
demais recursos disponíveis!
GABARITO: CERTA
Exercício 15
(Basa, Técnico Científico, 2004) Utilizando os conceitos básicos da
teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
O estabelecimento de regras competitivas mediante a eliminação das
fontes de monopólio desloca a curva de possibilidades de produção
para cima e para a direita.
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Veja só, a questão fala de regras competitivas e fontes de monopólio.
Vamos analisar, cada uma dessas afirmações.
Antes, contudo, é preciso que você compreenda o que é um monopólio. Por
simplicidade, o monopólio é uma estrutura de mercado em que apenas uma empresa opera. Mais detalhes sobre essa estrutura serão vistos na
aula pertinente.
Por outro lado, e também, por simplicidade, regras competitivas implicam
na existência de muitas empresas operando na oferta de determinado bem. Logicamente, uma diferença entre essas estruturas diz respeito à
margem de lucro realizada por cada empresa. No caso do monopólio, essa margem é bem alta e, no caso da concorrência, essa margem é, por sua
vez, nula1.
Mas e o que isso afeta a CPP?
Simples! Nós vimos anteriormente que para que seja possível deslocar a curva para a direita e para cima, era preciso que as empresas realizassem
investimentos, digamos, em Pesquisa e Desenvolvimento, certo?
Vimos ainda que, para que esse investimento seja possível, as empresas precisam das poupanças das famílias para poder realizar esses tipos de
investimentos. Contudo, as poupanças das famílias não são as únicas fontes de recursos para investimentos das empresas! Elas também podem utilizar
os lucros acumulados para fazer isso!
Nesse caso, é no monopólio e não na concorrência que podemos deslocar
as curvas para a direita, já que, com o acúmulo dos lucros, teremos investimentos e esses gerarão avanços tecnológicos!
GABARITO: FALSO
Só para que você compreenda melhor: para deslocar a curva de
possibilidade de produção, a economia precisa, entre outras coisas, gerar avanços tecnológicos. Nesse sentido, ela pode utilizar a poupança das
famílias ou ainda os lucros retidos pelas empresas!
Simples assim!
Exercício 16
(Basa, Técnico Científico, 2007) Quando há escassez, a escolha e as
diferentes formas de organização das economias são questões relevantes para a análise econômica. A esse respeito, julgue os itens
a seguir.
1 A explicação para a margem de lucro nula será vista na aula que falará sobre estruturas de mercado, ok?
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Questões Comentadas de Noções de Economia para Polícia Federal
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Ao provocarem mortes e desabamentos e destruírem parte da infra-estrutura regional, os temporais que atingiram as regiões Sul e
Sudeste no início de 2007 elevaram o custo de oportunidade dos recursos produtivos, o que aumentou a inclinação da curva de
possibilidade de produção das economias dessas regiões.
Novamente, uma questão que fala sobre custo de oportunidade e curva de
possibilidade de produção feita pela CESPE!
A questão fala que existiram desabamentos e que parte da infraestrutura
regional foi destruída nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Nesse caso, o que acontecerá? Eu posso dizer, com certeza, que haverá um aumento do custo
de oportunidade? Sim. Toda vez que existe uma redução da quantidade de
fatores produtivos, haverá, também um aumento do seu custo de oportunidade.
O raciocínio é simples:
Quanto mais escasso for um determinado recurso, maior será o
benefício que ele traria caso fosse utilizado. Nesse caso, maior será o seu custo de oportunidade!
Até aí, a alternativa está correta. Ela continua afirmando que haverá um aumento na inclinação da curva de possibilidade de produção das economias
dessa região. Será?
Nesse caso, a alternativa fica incorreta pois eu não posso afirmar nada sobre
a inclinação da curva de possibilidade de produção. A única afirmação que eu posso fazer a esse respeito diz respeito a um deslocamento da curva
para a esquerda e para baixo. Como houve uma destruição de parte dos recursos, eu deixo de ter esses fatores, então a curva sofrerá esse tipo de
deslocamento. É como se houvesse um retrocesso tecnológico, entende?
Assim, considerando esses dois pontos, podemos afirmar que a alternativa acima não é verdadeira.
GABARITO: FALSO
Exercício 17
(INMETRO, Técnico em Meteorologia e Qualidade, 2009, CESPE) A
respeito dos fundamentos da teoria econômica, julgue os itens a seguir.
A lei da escassez, definida como a ausência de recursos suficiente para suprir todas as necessidades e desejos da coletividade, só tem
validade quando não se considera, no modelo econômioc, a variável
de evolução tecnológica.
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Questões Comentadas de Noções de Economia para Polícia Federal
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Essa aqui, diferentemente das anteriores, não considera, já de cara, a
questão da curva de possibilidade de produção, mas leva em conta a questão da escassez, então vamos responder ela nessa parte da aula
também!
Vamos olhar a questão e resolver por partes. Segue a primeira:
A lei da escassez, definida como a ausência de recursos suficientes para suprir todas as necessidades e desejos da coletividade,
Até aqui? Correto, ok? Veja que escassez é isso mesmo! É quando os recursos não são suficientes para atender a todos os anseios da economia!
só tem validade quando não se considera, no modelo econômico, a variável de evolução tecnológica.
Eis, aqui, o erro! Na verdade, o conceito de escassez terá sempre validade! Sempre, eu disse sempre, desejaremos ter mais do que possuímos em
economia! Ou seja,
ECONOMIA = ESCASSEZ!
Ou seja, o estudo da economia não tem sentido se eu considerar que os
agentes, por alguma razão, estão saciados.
O que acontece no caso do avanço ou evolução da tecnologia é que nós
podemos reduzir o processo de escassez, mas não o eliminamos, já que isso
fará com que haja um deslocamento da curva de possibilidade de produção, o que implicará, finalmente, em um, em uma maior produção e, assim,
consumo de bens.
GABARITO: FALSO
Exercício 18
(Sebrae/AC, Analista Geral, 2007, CESPE) Utilizando os conceitos
básicos da teoria econômica, julgue os itens subsequentes.
O uso do biodiesel como combustível e outros avanços deslocam a
fronteira de possibilidades de produção, para cima e para a direita.
Falou em avanço tecnológico eu vou lembrar de deslocamentos da
curva ou fronteira de possibilidade de produção para a direita e para cima!
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Exercício 19
(DPF, Agente da Polícia Federal, 2004, CESPE) A questão da escolha em situação de escassez, abordada pela microeconomia, as interações entre governo e mercados privados e os problemas
macroeconômicos são temas relevantes para a ciência econômica. A
esse respeito, julgue os itens a seguir.
O binômio escassez/escolha, que permeia o problema econômico
correlato, ocorre somente quando, dentro do processo produtivo,
não existe possibilidade de substituição entre insumos.
Veja só o que a questão diz:
Só existe escassez/escolha APENAS quando não há possibilidade de
substituição entre os insumos (fatores produtivos)?
Claro que não, né? Sempre, eu disse sempre, existirá a questão da escolha no problema de escassez e isso não implica APENAS a questão da
substituição ou não de insumos!
GABARITO: FALSO
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Exercício 20
(DPF, Escrivão da Polícia Federal, 2004, CESPE) O problema da escolha em situação de escassez, abordada pela microeconomia, as
interações entre governo e mercados privados e os problemas macroeconômicos são temas relevantes para a ciência econômica. A
esse respeito, julgue os itens a seguir:
Quando os custos de oportunidade para os recursos produtivos são
crescentes – a curva de possibilidades de produção é uma linha reta – um aumento dos gastos públicos não conduz à redução das
despesas dos agentes privados.
Ehhh... mais uma da PF! Essa é um pouco mais complicadinha que a
anterior!
Veja que a questão fala sobre custos de oportunidade crescentes e logo
em seguida ele fala em curva de possibilidade de produção em linha reta!
Veja, em uma das questões que fizemos acima, verificamos que, quando a CPP é uma linha reta, o custo de oportunidade é constante, lembram?
Logo, já a partir daí, vemos que a questão está incorreta! Custos de oportunidade crescentes estarão associados a CPP côncava!
A questão continua... um aumento nos gastos públicos, não conduz à redução das despesas dos agentes privados. O que também está falso!
Ora, dado que os recursos são escassos, se o governo passar a comprar mais, os agentes privados (empresas e famílias) passarão a gastar menos.
GABARITO: FALSO
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PARTE 3 – MICRO E MACROECONOMIA E AS FUNÇÕES DO GOVERNO
11. Enquanto a microeconomia estuda as partes, a macroeconomia estuda o todo, o agregado. A macroeconomia é o estudo do
desempenho da economia em seu conjunto, ou seja, o nível de produto total, o nível geral de preços, o emprego total, e assim
por diante (veremos todos esses pontos na aula que vem em detalhes.);
12. Há quatro maneiras principais em que a macroeconomia difere da microeconomia:
a) Seu foco é sobre como efeitos acumulados de ações individuais podem levar a resultados macroeconômicos não-pretendidos;
a) Permite maior escopo para a intervenção governamental;
b) Estuda o crescimento de longo prazo;
c) Usa agregados econômicos, medidas que resumem dados cobrindo vários mercados de bens, serviços, trabalhadores e ativos;
13. Em uma economia, o governo possuirá quatro funções distintas. Para
exercer cada uma dessas funções, o governo se utilizará de instrumentos distintos.
a) Função distributiva;
b) Função alocativa;
c) Função Estabilizadora;
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d) Função reguladora (que será vista em maiores detalhes na aula que 02)
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS – PARTE 3
Exercício 21
(Agente Técnico Legislativo – Direito (Finanças e Orçamento)
Assembléia Legislativa SP, 2010, FCC) Suponha a imposição de um imposto sobre as vendas de um bem comercializado em um mercado
em concorrência perfeita. A arrecadação tributária gerada por esse imposto será
a) Inferior à soma da perda do excedente do consumidor com a perda do excedente do produtor.
b) Igual à perda de excedente do produtor.
c) Igual à soma da perda do excedente do consumidor com a perda
do excedente do produtor.
d) Superior à soma da perda do excedente do consumidor com a perda do excedente do produtor.
e) Igual à perda de excedente do consumidor.
Exercício 22
(Economia, INVEST RIO, 2010, FunRio) A carga tributária brasileira é considerada elevada "vis-à-vis" os bens e serviços públicos
ofertados e é superior à de outros países de renda média. Assinale a alternativa que apresenta um dos problemas associados ao sistema
tributário brasileiro.
a) Elevada tributação sobre a renda de pessoas físicas.
b) Concentração da arrecadação na produção e circulação de bens.
c) Ampla participação de impostos sobre o valor adicionado.
d) Alta ineficiência no processo de arrecadação.
e) Reduzida autonomia fiscal de estados e municípios.
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Exercício 23
(Auditor Fiscal SEFAZ/RJ, FGV, 2010) 1. A respeito do sistema de tributação, analise as afirmativas a seguir:
I. Um sistema eficiente nem sempre é equitativo.
II. Em termos de eficiência econômica, é mais eficiente em um sistema tributário elevar a cobrança de impostos sobre produtos
com baixa elasticidade do que sobre produtos com elevada elasticidade.
III. A utilização de impostos sobre valor agregado introduz o efeito cascata, que eleva a eficiência.
Assinale
a) se todas as afirmativas forem verdadeiras. b) se nenhuma afirmativa for verdadeira.
c) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras.
d) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras. e) se apenas as afirmativas II e III forem verdadeiras.
Exercício 24
(CEARÁPORTOS, Analista de Desenvolvimento Logístico –
Economia, 2004) O binômio referente à escassez e à escolha sintetiza o problema central da ciência econômica. A esse
respeito, julgue os itens a seguir.
Políticas de salário mínimo, que levem à fixação das remunerações substancialmente acima daquelas que
prevaleceriam no livre mercado, conduzem a economia para um ponto situado no interior da curva de possibilidade de produção.
Exercício 25
(DPF, Escrivão da Polícia Federal, 2009, CESPE) Julgue o próximo
item, relativo ao estabelecimento de quotas e preços máximos e
mínimos.
[64] Quando o governo adota uma política de preços mínimos para determinado produto, com vistas à garantia de renda e ao estímulo
da produção, ao optar pela política de compra, pagará ao produtor a diferença entre o preço pago pelo consumidor no mercado e o preço
mínimo definido.
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Exercício 26
(BNDES, Engenheiro, 2011, Cesgranrio) Uma característica fundamental de um bem ou serviço público é a não rivalidade, isto é,
ser
a) usado ou consumido por todos, a custo social zero. b) usado ou consumido por alguém, sem impossibilitar outro de
fazê-lo também. c) produzido tanto por empresas públicas quanto por empresas
privadas. d) produzido para mercados cooperativos, e não para mercados
competitivos. e) difícil impedir que uma pessoa não o use, se assim o desejar.
Exercício 27
(Economista BADESC, 2010, FGV) 10. As funções do governo são:
X. alocativa;
Y. distributiva; Z. estabilizadora.
Em relação a essas funções são feitas as afirmativas a seguir.
I. Utiliza os instrumentos macroeconômicos para manter adequado o nível de utilização dos recursos produtivos, sem criar problemas
inflacionários II. Deve contrabalançar os princípios da equidade e eficiência de
forma a não criar incentivos perversos para os recipientes ou financiadores de políticas sociais.
III. Estabelece incentivos para resolver problemas de ineficência em determinados mercados microeconômicos.
Assinale a alternativa que apresenta a combinação correta entre as
funções e as afirmativas.
a) X-I, Y-II e Z-III
b) X-III, Y-II e Z-I c) X-I, Y-III e Z-II
d) X-II, Y-I e Z-I e) X-III, Y-I e Z-II
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Exercício 28
(Economia INVEST RIO 2010 FunRio) Utilização de transferências, produção e provisão de bens ou serviços públicos e o uso da política
econômica visando proteger a de flutuações bruscas são conceitos ligados, respectivamente, às seguintes funções básicas da política
fiscal:
a) função alocativa - função produtiva - função estabilizadora.
b) função estabilizadora - função alocativa - função distributiva.
c) função alocativa - função distributiva - função estabilizadora.
d) função distributiva - função alocativa - função estabilizadora.
e) função distributiva - função estabilizadora - função alocativa.
Exercício 29
(Economista, DPU, 2010, CESPE) Acerca do papel do governo na
economia, assinale a opção correta.
a) Se o objetivo da política econômica consiste em aumentar o nível de investimento do país, a autoridade governamental deverá reduzir
a poupança bruta do setor privado, aumentar o saldo do governo em conta-corrente e aumentar o deficit do balanço de pagamentos em
transações correntes.
b) Para uma economia cuja finalidade da política econômica seja fazer a distribuição equitativa da renda, o governo deve adotar
tributos indiretos e taxas proporcionais.
c) A existência de falhas de mercado que levem à desigualdade na
distribuição da riqueza, não está relacionada aos objetivos do Estado, quais sejam eficiência, equidade e estabilidade.
d) Por eficiência, entende-se que os impostos devem ser
progressivos, isto é, os agentes que recebem as maiores rendas devem se enquadrar em uma faixa de tributação mais elevada.
e) As políticas macroeconômicas de estabilização e crescimento
econômico incluem as políticas fiscal e monetária, envolvendo o poder de cobrar impostos e a determinação da oferta de moeda e da
sensibilidade da economia às taxas de juros.
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Exercício 30
(Auditor do Estado, Ciências Econômicas, SECONT ES 2009) 16. A respeito da função de regulação do Estado e da atuação das agências
reguladoras, julgue os itens a seguir.
[111] Com a introdução do conceito de Estado regulador, foi alterada a suposição de que os serviços públicos devem
necessariamente ser prestados diretamente pelos agentes públicos ou órgãos da administração direta.
Exercício 31
(Auditor do Estado, Ciências Econômicas, SECONT ES 2009) 16. A
respeito da função de regulação do Estado e da atuação das agências reguladoras, julgue os itens a seguir.
[112] A CF veda que o Estado brasileiro atue diretamente no domínio
econômico, explorando atividade econômica de natureza lucrativa,
em qualquer situação.
Exercício 32
ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL 2004 - O problema da escolha em situação de escassez, abordado pela macroeconomia, as interações
entre governo e mercados privados, e as questões macroeconômicas são temas relevantes para a ciência econômica. A esse respeito,
julgue os itens a seguir.
14 - A função redistributiva do governo está associada à provisão de bens e serviços que, em virtude da existência de falhas de mercado,
não são ofertados adequadamente pelos mercados privados.
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GABARITO PARCIAL – PARTE 3
21 A 28 D
22 B 29 E
23 C 30 V
24 V 31 F
25 F 32 F
26 B
27 B
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RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS – PARTE 3
Exercício 21
(Agente Técnico Legislativo – Direito (Finanças e Orçamento) Assembléia Legislativa SP, 2010, FCC) Suponha a imposição de um
imposto sobre as vendas de um bem comercializado em um mercado em concorrência perfeita. A arrecadação tributária gerada por esse
imposto será
a) Inferior à soma da perda do excedente do consumidor com a
perda do excedente do produtor.
b) Igual à perda de excedente do produtor.
c) Igual à soma da perda do excedente do consumidor com a perda do excedente do produtor.
d) Superior à soma da perda do excedente do consumidor com a
perda do excedente do produtor.
e) Igual à perda de excedente do consumidor.
Essa aqui dá para responder com o pé nas costas. Para ficar diferente,
vamos responder de baixo para cima,ok? Para começar, veja que o
enunciado da questão fala a respeito da imposição de um imposto sobre as vendas de um determinado bem, logo, não estamos falando sobre imposto
de renda (ou qualquer tipo de imposto que possa incidir na riqueza de um indivíduo), mas sobre o que denominamos de impostos indiretos.
Quando se falar sobre imposto sobre bens, vamos lembrar, diretamente, de
peso morto, ou aquele valor do excedente do consumidor e do excedente do produtor que fica perdido com a imposição de um imposto. Nesse caso, é
possível observar pelos gráficos vistos acima que o ganho com a arrecadação do imposto será menor que a perda gerada por esse.
No caso da letra (E), a questão afirma que a arrecadação tributária será
Igual à perda de excedente do consumidor. Ora, esse item é falso pelo que nós acabamos de dizer acima. Mas, contudo, todavia, ele poderia ser
considerado verdadeiro se estivéssemos falando de curvas de demanda e oferta infinitamente inelásticas (ou verticais)! Nessa situação, o peso morto
seria zero e, de fato, a perda de bem estar seria exatamente igual ao ganho com a arrecadação. Essa situação, por sua vez, é algo MUITO marginal na
teoria econômica, assim, como via de regra, dizemos que a arrecadação de impostos será menor que a perda social provocada, gerando, dessa forma, o
que nós já denominamos como perda de peso morto.
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Questões Comentadas de Noções de Economia para Polícia Federal
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Veja que o triângulo cor-de-rosa diz respeito ao peso morto gerado pela implementação do imposto, enquanto que os quadriláteros A e B mostram
os ganhos com a arrecadação dos tributos.
Continuando, a alternativa (D) afirma que a arrecadação de impostos será Superior à soma da perda do excedente do consumidor com a perda
do excedente do produtor. Nesse caso aqui, não tem jeito de ficar correto. Em nenhuma hipótese há garantias de que os ganhos com a
arrecadação sejam maiores que a soma dos excedentes do consumidor e do produtor. Logo, a alternativa (D) é falsa!
Na letra (C), por sua vez, a questão diz que o ganho com a arrecadação será
Igual à soma da perda do excedente do consumidor com a perda do excedente do produtor. Essa alternativa poderia estar certa em casos
bastante específicos em que a soma dos quariláteros A e B coincidissem, exatamente, com a soma dos triângulos C e D. Como não existe nenhuma
garantia que isso acontecerá em todos os casos, a alternativa (C) também é incorreta.
A letra (B) fala que a arrecação dos tributos será Igual à perda de
excedente do produtor. Esse caso, assim como no que foi visto na alternativa (C), poderia ser verdadeiro, mas sob condições muito
específicas, não valendo para os casos mais gerais.
Finalmente, sobrou a alternativa (A), que diz que o ganho da arrecadação será Inferior à soma da perda do excedente do consumidor com a
perda do excedente do produtor. A diferença entre o ganho do governo e a perda da sociedade é o que nós já denominamos, mais de uma vez, de
PERDA DE PESO MORTO!
GABARITO: Alternativa A
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Questões Comentadas de Noções de Economia para Polícia Federal
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Exercício 22
(Economia, INVEST RIO, 2010, FunRio) A carga tributária brasileira é considerada elevada "vis-à-vis" os bens e serviços públicos
ofertados e é superior à de outros países de renda média. Assinale a alternativa que apresenta um dos problemas associados ao sistema
tributário brasileiro.
a) Elevada tributação sobre a renda de pessoas físicas.
b) Concentração da arrecadação na produção e circulação de bens.
c) Ampla participação de impostos sobre o valor adicionado.
d) Alta ineficiência no processo de arrecadação.
e) Reduzida autonomia fiscal de estados e municípios.
Veja que a questão fala sobre a arrecadação tributária e os bens e serviços ofertados pelo governo brasileiro, ou seja, o poder do governo de
promover uma melhor distribuição de renda!
Na alternativa (E), a questão afirma que esse problema está ligado à Reduzida autonomia fiscal de estados e municípios. Ora, a autonomia
fiscal de estados e municípios não pode ser considerada como o fator de maior relevância na provisão de bens públicos, já que, mesmo que existisse
mais autonomia, não há garantias de que houvesse melhor provisão dos bens e serviços de utilidade pública. Logo, tal situação não está atrelada,
necessariamente, a uma melhora na provisão de desses tipos de bens.
A letra (D), por sua vez, fala sobre a alta ineficiência no processo de arrecadação.
Essa aí, nem precisa saber economia para saber que está falsa, não é
verdade? Pois é, o nosso governo pode não ser muito bom em distribuir, mas em tirar da população, ele é mestre! Logo, não é possível dizer que a
nossa arrecadação tributária é ineficiente, tendo em vista que o Brasil é um dos países que mais arrecada impostos no mundo!
Para responder a assertiva (C), que afirma que é a Ampla participação de
impostos sobre o valor adicionado que gera problemas no sistema
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Questões Comentadas de Noções de Economia para Polícia Federal
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tributário nacional, precisamos compreender, antes de mais nada, o que
vem a ser o valor adicionado. A caixinha abaixo mostra essa definição.
Imagine uma economia bastante simplificada que produza apenas um bem:
o pão.
Como nós sabemos, para produzir o pão, é necessário comprar a farinha de
trigo que, por sua vez, para ser produzida, precisará de de grãos de trigo, que precisarão de sementes, etc.
Agora imagine o seguinte. Para produzir R$ 1.200,00 em pães, eu utilize R$
1.000,00 em farinha de trigo. Agora imagine que eu deseje saber em qual a colaboração do setor “produção de pão” para a economia. Em quanto
aumentou o valor produção da economia aumentou quando decidimos produzir pães ao invés de vender apenas a farinha de trigo.
Com base no exemplo acima, é possível ver que a economia aumentou o seu
valor em R$ 200,00 com a produção de pães! Ou seja, o valor adicionado pelo setor de pães na economia foi de R$ 200,00!
Em termos mais técnicos, o valor adicionado reside na contribuição
de que cada unidade produtiva acrescenta sobre o insumo para repassar o bem ou serviço para a frente.
O valor adicionado pode ser expresso pela seguinte fórmula:
Valor adicionado = consumo final – somatório dos consumos
intermediários
Se o governo desejar implementar impostos sobre o valor adicionado (como é o caso do ICMS, por exemplo), para a empresa que paga impostos, ela
não pagará sobre todo o valor de suas receitas, mas ela tirará o valor dos insumos utilizados para a produção do bem final.
Quando isso acontece, ao invés de termos um problema na arrecadação,
teremos uma maior eficiência na arrecadação dos impostos por uma razão simples: se o proprietário da padaria não pagar os seus impostos devidos, o
dono do moinho de farinha de trigo o fará, logo, o governo não perderá grandes somas de impostos!
Assim, pode-se dizer que haverá maiores problemas no sistema tributário de
um país não quando os impostos são arrecadados em termos de valor adicionado, mas quando há a incidência de impostos em cascata (ou os
impostos sobre impostos). Ou seja, o último produtor (no nosso caso, o dono da padaria) paga todos os impostos, ou ainda quando a empresa paga
impostos sobre as suas receitas totais. Assim, se ele deixar de pagar, o governo perderá todo o ganho que ele teria com aquela determinada cadeia
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Questões Comentadas de Noções de Economia para Polícia Federal
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produtiva, o que gera muitas perdas para o governo. Além disso, os
produtores possuem um grande incentivo a fraudar o sistema, o que gera, em grande parte dos casos, uma forte ineficiência na arrecadação. Logo, a
alternativa (C) é incorreta.
De toda forma, mesmo que a questão falasse sobre impostos em cascata, ao
invés de impostos sobre o valor adicionado, ainda assim a questão não
estaria correta já que a imposição de impostos em cascata não geram, necessariamente, problemas ligados a não consonância entre valores
arrecadados e valores investidos. Compreende? Os impostos em cascata explicam, sim, uma maior ineficiência na arrecadação, mas não
respondem ao que a questão pede!
A letra (B) diz que Concentração da arrecadação na produção e circulação de bens. Eis aí a resposta correta! Por que ela é correta? Porque
é só lembrar do que falamos sobre impostos que incidem sobre os bens! Quanto maior for a incidência dos impostos sobre os bens, maior tende a ser
a participação da população de renda mais baixa na arrecadação de impostos. Logo, ao invés de ser beneficiada com a imposição de um
imposto, a população de menor renda termina por ser prejudicada. Esse fato explica porque o Brasil possui uma forte diferença entre arrecadação
tributária e bens e serviços ofertados.
A alternativa (A) afirma que a elevada tributação sobre a renda de pessoas físicas é um dos problemas associados ao sistema tributário
brasileiro. Ora, note que esse é, na verdade, o método mais eficiente de equalizar a renda (dentre os métodos disponíveis). Quanto maior a renda,
maior a alíquota do imposto. Com isso, o sistema tributário tende a ser mais equalizado! Logo, como a alternativa (A) afirma que esse é um problema,
ela também é incorreta.
GABARITO: Alternativa B
Exercício 23
(Auditor Fiscal SEFAZ/RJ, FGV, 2010) 1. A respeito do sistema de
tributação, analise as afirmativas a seguir:
I. Um sistema eficiente nem sempre é equitativo. II. Em termos de eficiência econômica, é mais eficiente em um
sistema tributário elevar a cobrança de impostos sobre produtos com baixa elasticidade do que sobre produtos com elevada
elasticidade.
III. A utilização de impostos sobre valor agregado introduz o efeito cascata, que eleva a eficiência.
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Assinale
a) se todas as afirmativas forem verdadeiras. b) se nenhuma afirmativa for verdadeira.
c) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras. d) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras.
e) se apenas as afirmativas II e III forem verdadeiras.
Eis aí a nossa última questão sobre impostos e a intervenção do governo na economia através da função distributiva! Para responder o ponto (I), você
precisa conhecer o Sr. e a Sra. Silva!
Alocação eficiente de Pareto!
Eis aí um conceito extremamente importante em economia! Pareto apresentou alguns conceitos importantes no sentido de bem estar. Assim,
algumas noções, antes de responder a questão são necessárias:
1. Uma alocação ou situação é eficiente no sentido de Pareto se não
há uma forma de melhorar a situação de uma pessoa sem piorar a situação de outra. Sobre isso, vamos ver um exemplo:
Digamos que existam apenas duas pessoas na economia, o Sr. e a Sra. Silva.
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Questões Comentadas de Noções de Economia para Polícia Federal
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Digamos ainda que o total de riquezas dessa economia soma R$ 1.000,00
que são distribuídos da seguinte forma: R$ 999,00 para o Sr. Silva e R$ 1,00 para a Sra. Silva.
Nesse caso, nós observamos que a nossa economia está longe de ser justa, certo? Mas, será que ela é eficiente no sentido de Pareto?
Veja, existe alguma forma de melhorar a situação da Sra. Silva sem piorar a
situação do Sr. Silva?
Por exemplo, se a Sra. Silva recebesse R$ 1,00, ela ficaria em uma situação
melhor? Sim, certamente, mas veja que, para que isso acontecesse o Sr. Silva teria que ficar em uma situação “menos boa”, pois, para que a Sra.
Silva recebesse R$ 1,00, ele teria que perder esse valor! Nesse caso, não há como melhorar a situação de um agente econômico sem piorar a situação do
outro. Essa situação é o que Pareto chamou de eficiência.
Mas, existem situações ou alocações ineficientes no sentido de
Pareto?
Sim, para ver isso, vamos fazer um outro exemplo:
Imagine agora que o Sr. Silva possua R$ 900,00 e a Sra. Silva continue com o seu rico R$ 1,00. Continuamos dizendo que existem R$ 1.000,00 nessa
economia, certo?
Nessa situação agora, é possível melhorar o estado da Sra. Silva sem piorar
a do Sr. Silva? Nesse caso, sim! Veja que, por exemplo, o governo pode dar a Sra. Silva R$ 50,00, sem que isso implique em uma retirada do Sr. Silva.
Como essa situação permite a melhora de um agente sem a piora do outro, ela é chamada como uma alocação ineficiente no sentido de
Pareto.
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Quando uma alocação é ineficiente no sentido de Pareto nós dizemos que
existe a possibilidade de uma melhora de Pareto, ou seja, há uma forma de deixar um agente melhor sem deixar outro
necessariamente pior!
O que é que Pareto dizia? Que um sistema é dito eficiente se não há forma de melhorar a situação de um agente econômico sem piorar a de outro.
Lembra disso?? Tem que lembrar, não pode esquecer!
E dentro dessa definição qual a palavra que aparece? EFICIENTE! Assim, no
caso do Sr. e da Sra. Silva, é bem claro que não é um sistema equitativo, mas é, certamente, um sistema eficiente. Logo, o ponto (I) é verdadeiro. A
prova disso é o que vemos através da situação do Sr. e a Sra. Silva.
E o que dizer sobre o ponto (II)? Em termos de eficiência econômica, é mais eficiente em um sistema tributário elevar a cobrança de
impostos sobre produtos com baixa elasticidade do que sobre produtos com elevada elasticidade.
Quanto menor for a elasticidade de um bem com relação aos preços,
menores tendem a ser as perdas de peso morto geradas pela imposição de um imposto (quem tiver dúvidas sobre elasticidades, pode olhar o anexo 2
sobre elasticidades que está disponível no site, ok? Mais umas páginas para você relembrar). Se um bem possui curvas de demanda e de oferta com
elevadas elasticidades-preço, a imposição de um imposto tende a gerar
grandes perdas de peso morto. Logo, a alternativa (II) também é verdadeira.
Com isso, já podemos excluir as letras (B), (D) e (E), sobrando apenas as alternativas (A) e (C).
Para ver qual é a alternativa que gabarita a questão, vamos ver o ponto
(III). Ele diz que A utilização de impostos sobre valor agregado introduz o efeito cascata, que eleva a eficiência. Veja que, nesse caso,
a alternativa é incorreta já que os impostos em cascata tendem a reduzir o nível de eficiência da economia, enquanto que os impostos sobre o valor
adicionado (como vimos acima), tendem a aumentar a efiencia já que os
impostos incidirão apenas sobre o valor de fato produzido pela empresa, não por toda a receita gerada!
Assim, como o ponto (III) é falso, temos que a letra correta é a (C). Apenas as afirmativas (I) e (II) são verdadeiras.
GABARITO: Alternativa C
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Exercício 24
(CEARÁPORTOS, Analista de Desenvolvimento Logístico –
Economia, 2004) O binômio referente à escassez e à escolha sintetiza o problema central da ciência econômica. A esse
respeito, julgue os itens a seguir.
Políticas de salário mínimo, que levem à fixação das remunerações substancialmente acima daquelas que
prevaleceriam no livre mercado, conduzem a economia para um ponto situado no interior da curva de possibilidade de produção.
Analise o seguinte: se o governo aumentar os salários através de um
aumento dos salários mínimos, por exemplo, o que vai acontecer? Mais pessoas desejarão trabalhar por esse salário e menos empresas desejarão
contratar, certo? Nesse caso, haverá um excesso de oferta por parte dos trabalhadores. Com o aumento dos salários, menos vagas de trabalho
estarão disponíveis, logo teremos trabalhadores desempregados.
Se você lembrar da curva de possibilidade de produção, vai recordar que
só é possivel ser eficiente se TODOS os fatores produtivos estiverem empregados. Com o aumento do salário mínimo, isso gerará desemprego e
o desemprego fará com que a economia se mova para um ponto dentro da curva de possibilidades de produção.
GABARITO: VERDADEIRA
Exercício 25
(DPF, Escrivão da Polícia Federal, 2009, CESPE) Julgue o próximo
item, relativo ao estabelecimento de quotas e preços máximos e mínimos.
[64] Quando o governo adota uma política de preços mínimos para
determinado produto, com vistas à garantia de renda e ao estímulo da produção, ao optar pela política de compra, pagará ao produtor a
diferença entre o preço pago pelo consumidor no mercado e o preço mínimo definido.
Veja, na questão acima, o governo implementa uma política de preços
mínimos. A princípio, o que isso gerará? Como vimos, isso gerará um excesso de oferta. Nesse caso, a questão diz que o excesso de oferta será
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comprado pela diferença entre o preço pago pelo consumidor no mercado e
o preço mínimo definido. Veja que isso não pode ser verdade por algumas razões: a primeira delas é que o preço pago pelo consumidor é
exatamente o preço mínimo, então o governo pagaria zero? Absolutamente!
Nesse caso, para que o governo possa manter a renda da economia, ele deverá pagar exatamente o preço mínimo, não a diferença!
GABARITO: FALSO
Exercício 26
(BNDES, Engenheiro, 2011, Cesgranrio) Uma característica
fundamental de um bem ou serviço público é a não rivalidade, isto é, ser
a) usado ou consumido por todos, a custo social zero.
b) usado ou consumido por alguém, sem impossibilitar outro de fazê-lo também.
c) produzido tanto por empresas públicas quanto por empresas
privadas. d) produzido para mercados cooperativos, e não para mercados
competitivos. e) difícil impedir que uma pessoa não o use, se assim o desejar.
Um bem é não-rival se, de acordo com o Krugman, quando mais de uma
pessoa pode consumir a mesma unidade do bem ao mesmo tempo. Com essa definição na mente, vamos ver cada uma das alternativas juntos?
A letra (A) afirma que um bem é não rival se ele pode usado ou consumido por todos, a custo social zero. Aqui vai uma definição
importante: Custo social. Esse custo é dado pela soma do custo privado com o custo externo (o custo gerado ao meio ambiente, por exemplo,
quando há a produção de um bem. A poluição seria um bom exemplo para isso). Logo, se há a produção de um bem, mesmo que não exista o custo
externo, existirá, necessariamente, o custo privado (ou o custo de produção). Dessa forma, a alternativa é errada por duas razões: (i) o custo
social não é zero quando há a utilização do bem; (ii) Essa definição não ligada ao conceito de não rivalidade!
A letra (B) diz que a não rivalidade é quando um bem pode ser usado ou
consumido por alguém, sem impossibilitar outro de fazê-lo também. Ou seja, a alternativa (B) é justamente a letra correta. Ela traz, em sua
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essência, todas as informações necessárias para que você compreenda o
que é a não rivalidade.
A alternativa (C) diz que a característica de não rivalidade de um bem
público é quando esse bem pode ser produzido tanto por empresas públicas quanto por empresas privadas. Veja, a princípio você pode
pensar que essa é a alternativa verdadeira, já que os bens públicos podem,
de fato, ser produzidos tanto por empresas públicas quanto por empresas privas. Mas... a questão fala, especificamente sobre a característica da não
rivalidade e, sobre isso o item não atende o que é solicitado. Logo, a alternativa (C) é falsa.
A alternativa (D), por sua vez, afirma que a característica da não rivalidade
é quando o bem público é produzido para mercados cooperativos, e não para mercados competitivos. Veja que essa definição está extremamente
distante do que nós vimos até então. Na verdade, ela não tem nada com o que nós vimos anteriormente. Os bens públicos são produzidos não para
mercados, mas para agentes econômicos.
Finalmente, a assertiva (E) afirma que a característica da não rivalidade é quando é difícil impedir que uma pessoa não o use, se assim o
desejar. Difícil? Como assim, difícil? Na verdade, é impossível impedir que determinada pessoa utilize o bem! Essa é a definição de não rivalidade.
Não é que seja difícil é que é simplesmente impossível fazer isso!
GABARITO: Alternativa B
Exercício 27
(Economista BADESC, 2010, FGV) 10. As funções do governo são:
X. alocativa; Y. distributiva;
Z. estabilizadora. Em relação a essas funções são feitas as afirmativas a seguir.
I. Utiliza os instrumentos macroeconômicos para manter adequado o
nível de utilização dos recursos produtivos, sem criar problemas inflacionários
II. Deve contrabalançar os princípios da equidade e eficiência de forma a não criar incentivos perversos para os recipientes ou
financiadores de políticas sociais. III. Estabelece incentivos para resolver problemas de ineficência em
determinados mercados microeconômicos.
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Assinale a alternativa que apresenta a combinação correta entre as
funções e as afirmativas.
a) X-I, Y-II e Z-III b) X-III, Y-II e Z-I
c) X-I, Y-III e Z-II
d) X-II, Y-I e Z-I e) X-III, Y-I e Z-II
Essa questão é muito boa porque ela busca as palavras-chave de ligam as funções do governo. Vamos ligar os pontinhos?
O ponto I diz que o governo Utiliza os instrumentos macroeconômicos
para manter adequado o nível de utilização dos recursos produtivos, sem criar problemas inflacionários. Eu vi MACROECONÔMICOS? Se a
questão falou em instrumentos macroeconômicos, não tem nem o que pensar, Função Estabilizadora! Logo, Z-I.
Vamos voltar nas alternativas: apenas sabendo isso, podemos excluir as
alternativas (A), (C) e (E), sobrando apenas as alternativas (B) e (D).
X. alocativa; Y. distributiva;
Z. estabilizadora.
I. Utiliza os instrumentos macroeconômicos para manter
adequado o nível de utilização dos recursos produtivos, sem
criar problemas inflacionários II. Deve contrabalançar os
princípios da equidade e eficiência de forma a não criar
incentivos perversos para os
recipientes ou financiadores de políticas sociais.
III. Estabelece incentivos para resolver problemas de
ineficência em determinados mercados microeconômicos.
O ponto II afirma que o governo Deve contrabalançar os princípios da
equidade e eficiência de forma a não criar incentivos perversos para os recipientes ou financiadores de políticas sociais. Falou-se em
EQUIDADE? Vamos lembrar de quem? Da Função Distributiva! Ora, o governo quer, através de impostos e transferências, reduzir a diferença de
renda entre os ricos e os pobres sem que isso gere grandes problemas sociais (ou sem gerar grandes perdas de peso morto!). Assim, não tem nem
o que pensar, Y-II.
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Apenas com essas duas ligações, nós já podemos ver que a alternativa correta é a letra (B)!
O ponto (III) afirma que o governo Estabelece incentivos para resolver
problemas de ineficência em determinados mercados microeconômicos. Esse será o caso da função alocativa que é utilizada
pelo governo quando esse deseja reduzir as falhas de mercado com a provisão dos bens públicos!
GABARITO: Alternativa B
Exercício 28
(Economia INVEST RIO 2010 FunRio) Utilização de transferências,
produção e provisão de bens ou serviços públicos e o uso da política
econômica visando proteger a de flutuações bruscas são conceitos ligados, respectivamente, às seguintes funções básicas da política
fiscal:
a) função alocativa - função produtiva - função estabilizadora.
b) função estabilizadora - função alocativa - função distributiva.
c) função alocativa - função distributiva - função estabilizadora.
d) função distributiva - função alocativa - função estabilizadora.
e) função distributiva - função estabilizadora - função alocativa.
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Noções de Microeconomia para a Polícia Federal Questões Comentadas da CESPE
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Vejamos no enunciado. Primeiro ele fala sobre: Utilização de transferências. Qual a função do governo que fala de transferências? A
FUNÇÃO DISTRIBUTIVA!
Continuando, o enunciado fala sobre produção e provisão de bens ou serviços públicos. Que função é essa? FUNÇÃO ALOCATIVA!
Por fim, o enunciado fala sobre o uso da política econômica visando
proteger a de flutuações bruscas. Tem o que pensar? FUNÇÃO ESTABILIZADORA!
GABARITO: Alternativa D
Exercício 29
(Economista, DPU, 2010, CESPE) Acerca do papel do governo na
economia, assinale a opção correta.
a) Se o objetivo da política econômica consiste em aumentar o nível
de investimento do país, a autoridade governamental deverá reduzir a poupança bruta do setor privado, aumentar o saldo do governo em
conta-corrente e aumentar o deficit do balanço de pagamentos em transações correntes.
b) Para uma economia cuja finalidade da política econômica seja
fazer a distribuição equitativa da renda, o governo deve adotar tributos indiretos e taxas proporcionais.
c) A existência de falhas de mercado que levem à desigualdade na distribuição da riqueza, não está relacionada aos objetivos do
Estado, quais sejam eficiência, equidade e estabilidade.
d) Por eficiência, entende-se que os impostos devem ser
progressivos, isto é, os agentes que recebem as maiores rendas devem se enquadrar em uma faixa de tributação mais elevada.
e) As políticas macroeconômicas de estabilização e crescimento econômico incluem as políticas fiscal e monetária, envolvendo o
poder de cobrar impostos e a determinação da oferta de moeda e da sensibilidade da economia às taxas de juros.
Não vamos analisar a letra (A) porque ela é muito distante do que
precisaremos na prova, ok? Então, foquemos nas demais alternativas a respeito do papel do governo.
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Noções de Microeconomia para a Polícia Federal Questões Comentadas da CESPE
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A letra (B) diz que Para uma economia cuja finalidade da política econômica seja fazer a distribuição equitativa da renda, o governo
deve adotar tributos indiretos e taxas proporcionais. Impostos
indiretos? Os impostos indiretos é o que nós já conhecemos como impostos sobre os bens. O que acontece quando o governo implementa
impostos que incidem sobre os bens? Os menos favorecidos arcam com a maior parte dos impostos, ou seja, ao invés de melhorar a distribuição de
renda, a existência de impostos indiretos tende a não reduzir a diferença de renda entre os agentes econômicos, podendo ainda
aumentar a diferença de renda, caso a distribuição não seja realizada de forma adequada!
Desa forma, a alternativa (B) é incorreta. Para que ela pudesse ser
considerada correta, deveria afirmar que: Para uma economia cuja finalidade da política econômica seja fazer a distribuição equitativa
da renda, o governo deve adotar tributos DIRETOS e taxas proporcionais.
Só para que você compreenda, a questão das taxas proporcionais estão
corretas (seria como um imposto de renda!).
Continuando, a assertiva (C) diz que A existência de falhas de mercado que levem à desigualdade na distribuição da riqueza, não está
relacionada aos objetivos do Estado, quais sejam eficiência, equidade e estabilidade. Essa aqui é muito boa! Primeira coisa: falhas de
mercado. Elas acontecem quando o mercado, por alguma razão não é capaz de funcionar adequdamente. Um exemplo disso é quando alguma empresa
produz um determinado bem emitindo poluição no meio ambiente. Nesse caso, cabe ao governo atuar no sentido de regular o mercado para que a
empresa geradora de tal falha seja responsabilizada, por exemplo. Logo, já daí podemos ver que a questão é falsa já que esse fato está diretamente
ligado aos objetivos do Estado ou, para simplificar em economia, do governo. Mas esse não é o único erro da alternativa. Ela continua dizendo
que as funções do governo são eficiência, equidade e estabilidade.
Nós já vimos que o governo possui quatro funções bem distintas:
Função Distributiva
Função Alocativa
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Função Estabilizadora
Função Reguladora
Assim, apenas sabendo as funções do governo, nós já podemos ver que a questão está incorreta!
A letra (D) afirma que Por eficiência, entende-se que os impostos
devem ser progressivos, isto é, os agentes que recebem as maiores rendas devem se enquadrar em uma faixa de tributação mais
elevada. Essa aqui é aquela que nós chamamos de casca de banana! E estaria certa, se nós trocássemos apenas uma palavra!
Por EQUIDADE, entende-se que os impostos devem ser progressivos,
isto é, os agentes que recebem as maiores rendas devem se enquadrar em uma faixa de tributação mais elevada.
Pois é, o erro da questão é que ela dá a definição de equidade e troca
apenas o termo eficiência. Nesse caso, não tem nem o que pensar! Quem fala de redução de desigualdade é a equidade, não a eficiência (a
eficiência é amiga do Pareto, lembra?)
Por fim, nos sobrou a letra (E), que será a alternativa correta. Ela diz que As
políticas macroeconômicas de estabilização e crescimento
econômico incluem as políticas fiscal e monetária, envolvendo o poder de cobrar impostos e a determinação da oferta de moeda e da
sensibilidade da economia às taxas de juros, o que é, verdadeiramente correto. Logicamente, por hora parece meio vago, mas como eu tinha dito
antes, precisaremos de uma aula inteira para poder falar sobre as formas de atuação do governo quando ele fizer intervenções no sentido de estabilizar a
economia (pense que nós vamos precisar mexer em muita coisa do Fluxo Circular da Riqueza), logo, não dá para fazer isso em apenas uma aula.
GABARITO: E
Exercício 30
(Auditor do Estado, Ciências Econômicas, SECONT ES 2009) 16. A
respeito da função de regulação do Estado e da atuação das agências
reguladoras, julgue os itens a seguir.
[111] Com a introdução do conceito de Estado regulador, foi alterada a suposição de que os serviços públicos devem
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necessariamente ser prestados diretamente pelos agentes públicos ou órgãos da administração direta.
Veja que no item acima, a questão fala primeiro, do surgimento da função
reguladora do governo. Em seguida, a questão afirma que esse aparecimento desvinculou a provisão de serviços públicos pelos agentes
públicos ou órgãos da administração direta, o que é verdadeiro. Lembre que nessa situação, embora o governo continue a ser o titular do serviço
prestado, ele não é mais o prestador, cabendo à administração privada o
fornecimento do bem ou serviço!
Logo, é apenas a partir da função reguladora é que desvinculamos a
prestação de serviços públicos dos órgãos estritamente públicos.
GABARITO: VERDADEIRA
Exercício 31
(Auditor do Estado, Ciências Econômicas, SECONT ES 2009) 16. A
respeito da função de regulação do Estado e da atuação das agências reguladoras, julgue os itens a seguir.
[112] A CF veda que o Estado brasileiro atue diretamente no domínio
econômico, explorando atividade econômica de natureza lucrativa,
em qualquer situação.
Aqui vale um comentário! Economia não é direito, viu! Ou seja, quando se
diz que o governo está atuando diretamente na economia, isso pode ser feito via empresas estatais (que compõem a administração
indireta). Dessa forma, seja via empresa ou não, diremos que há uma
intervenção direta do governo na economia. As intervenções indiretas seriam via, por exemplo, subsídios. Ficou claro? Caso não tenha ficado,
email-me!
Vemos que a alternativa não pode ser verdadeira. Para verificar isso, basta
lembrar, por exemplo, da Petrobrás. Quer exemplo maior de interferência do
Estado na economia? Não existe, não é?
Logo, o governo pode, sim, atuar dentro do domínio econômico, gerando
lucros para as nossas estatais!
GABARITO: FALSO
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Exercício 32
ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL 2004 - O problema da escolha em situação de escassez, abordado pela macroeconomia, as interações
entre governo e mercados privados, e as questões macroeconômicas
são temas relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue os itens a seguir.
14 - A função redistributiva do governo está associada à provisão de bens e serviços que, em virtude da existência de falhas de mercado,
não são ofertados adequadamente pelos mercados privados.
Veja, questão simples que agora dá para responder sem delongas. O item
fala sobre a função distributiva do governo e diz que ela está associada à provisão de bens e serviços! Ora, se você lembrar do que vimos nos
quadros sobre as funções do governos, você recordará que a função do governo que está associada a provisão de bens públicos é a função
alocativa, não a função distributiva! Dessa forma, a questão é falsa e apenas estaria correta se, e somente se, falasse da função alocativa.
***
Meus queridos, terminamos aqui a nossa aula demonstrativa de exercícios
de economia para a PF.
Espero que vocês tenham aproveitado o máximo e aprendido bastante!
Quem precisar tirar dúvidas pode me mandar email:
amanda@estrategiaconcursos.com.br
A gente se encontra na semana que vem!
Forte abraço do Canadá
Amanda