Post on 22-Jan-2018
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EDITOR DE ARTERoberto J. Nakayama
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MARKETINGMaster Consultoria e Serviços deMarketing Ltda.Milson da Silva Pereiramilson.master@ig.com.br
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ADMINISTRAÇÃOHelena Ambrosio Ascencio,Maria Dolores Pons Figuerola
Revista de Medicina Veterinária e Zootecnia
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Flávio R.A. FaroFarmacologiafarovet@yahoo.com.br
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Sempre alertas
Até o momento em que este editorial era es-
crito, não havia a perspectiva de impacto econô-
mico do vírus A (H1N1) na cadeia de carnes. Há
pouco tempo, o temor, associado à denominação
inicial da gripe, era que o setor de carne suína fos-
se afetado. Outras carnes já sofreram forte impac-
to devido a ocorrência de problemas sanitários. Ain-
da estão na memória os efeitos da doença da vaca
louca e da gripe aviária. Com suínos, principal car-
ne consumida no mundo, a preocupação é maior.
A outra face dos graves problemas decorren-
tes da redução da produção global foi o surgimen-
to de espetaculares oportunidades para o Brasil.
Dificilmente seríamos a potência mundial na expor-
tação de carne bovina que somos hoje caso não
tivesse ocorrido focos da doença da vaca louca na
Europa e nos Estados Unidos. Tivemos competên-
cia ao aproveitar a brecha que surgiu no comércio
externo.
Maquiavel em O Príncipe afirma “hoje se vê o
sucesso de um príncipe e amanhã a sua desgraça,
sem que tivesse havido mudança na sua natureza,
nem em alguma de suas qualidades. (...) quando
um príncipe se baseia inteiramente na Fortuna, ar-
ruína-se conforme as variações dela. (...) feliz o que
combina o seu modo de agir com as particularida-
des dos tempos, e infeliz o que faz divergir dos tem-
pos a sua maneira de agir.”
A possibilidade de ocorrer um problema sani-
tário no mundo nunca poderá ser desprezada. Mais
do que isso, não podemos nos acomodar, devemos
estar prontos para agir de acordo com as ameaças
e oportunidades que a Fortuna nos apresentar.
Roberto Arruda de Souza Lima
raslima@esalq.usp.br