Ela disse que geralmente chora ao menos uma vez por dia; Não porque esteja triste, mas porque o...

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“Ela disse que geralmente

chora ao menos uma vez

por dia;

Não porque esteja triste, mas porque o mundo é tão

belo,e a vida, tão

curta.”Brian

Andreas

Fôssemos ouvir o que

os velhos têm para nos ensinar,certamente deles

ouviríamos:

“A vida passa depressa”.

Que a vida é um sopro, um minuto,

um instante...

Breve é o intervalo que separa o velho ancião da criança pequenina.

Todo velho ancião, num dia não tão distante, já foi uma criança

pequenina.

E toda criança pequenina, caso o destino lhe sorria,

poderá vir a se tornar um velho ancião

um dia.

Diz a ciência que ao longo do percurso entre

a criança e o ancião todas as células do organismo

são renovadas várias vezes.

A ciência comprova que no velho corpo já não existe nem uma única célula dos tempos

de criança.

Em comum, a criança e o ancião talvez tenham

tão somente a alma e o olhar, – ou seja, o essencial.

O que sabemos sobre a alma e o olhar?O que sabemos sobre o indiferente

avançar do tempo,e as marcas pela sua passagem

provocadas?

Para aqueles dotados da rara capacidade de reparar,

a passagem do tempo pode ser poesia.

Para aqueles dotados da rara capacidade de reparar,

a passagem do tempo pode ser poesia.

Algo dos sonhos, dos anseios, da voz e do olhar

da criança pequena na velha anciã permanecem.

É preciso ter olhos de poeta para enxergar a beleza que repousa em cada fase da

vida terrena.

“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.”

José Saramago

“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome,

essa coisa é o que somos.”José Saramago

“A areia retida nas mãos em concha

vaza, e inicia a ampulheta”

dizem os versos do poeta.

Uns vivem por trinta anos,

outros sessenta,

havendo alguns que chegam aos noventa.Tanto uns quanto outros depressa passam, ligeiro voam.

Ao fim da jornada, a duração da vida – dos dias gastos entre calendários e relógios –será de nula relevância.

Determinante seráa pureza do olhar,

a bondade que um traz na alma.

De que nos vale uma vida mais longa,

se ela for penosa,

pobre em alegria,

alheia ao perdão,à caridade,à ternura,à poesia,à compaixão?

O tempo tão somente adquire significado,sabor e sentido

quando o aproveitamos para cuidar dos nossos quatro corpos:Físico, Mental,

Emocional &Espiritual.

É preciso alma de sábio para fazer do tempo,

em geral tido por inimigo, um aliado precioso.

São tempos duros estes em que nos

coube viver.Tempos onde perigos e ameaças

rondam corações e almas por todos os lados.

A questão central que deve nortear

nossas vidas é:

Num mundo tão doente, como podemos cultivar

um coração puro, um olhar generoso, uma alma sã?

Nestes dias de espiritualidade pálida

e silêncio cinza,como podemos alcançar a plenitude,

proteger a nossa subjetividade, avançar rumo ao melhor que em nós

habita?

É preciso um olhar de poeta para vislumbrar

a eternidade que sob a fria superfície dos

diase das horas se

esconde.

Somos pó que ao pó haverá de retornar,

Somos luz que à Luz haverá de regressar,

nos ensinam as Escrituras.

É preciso coragem para deixar de

lado a segurança e

o conforto da areia e mergulhar no

mar.

É preciso pulmão de mergulhador e

destemor para enfrentar tubarões e o desconhecido,

na ânsia de se alcançar as pérolas e os

tesouros que jazem nas profundezas do nosso ser.

Aquele que permanece

acampado na praia,

como haverá de ter acesso às

pérolas e aos tesouros de

inestimável valor?

Aquele que ignora o desejo de

transcendência da sua alma,

como haverá de saborear a leveza

profunda da bênção de

existir?

Caridade, compaixão e pureza de coração

não são palavras bonitas

tão somente;

Elas representam o porquê

de estarmos aqui agora.

Matéria e espírito, objetividade e

subjetividade são experiências

complementares.

Como podemos usar nossos sentidos para acessar a Pura Luz que habita nossa

finitude?

Como podemos promover a abertura da nossa consciência à Consciência Infinita

que do coração humano fez o seu lar?

“Quando sentimos que não nos resta força nem

poder,é hora de ofertar

a nossa poeira à Luz,de recolocar a nossa

humanidade no coração da divindade.”

Jean-Yves Leloup

“O serviço é o caminho mais direto

para a cura e a plenitude.”

Jean-Yves Leloup

“O serviço é o caminho mais direto

para a cura e a plenitude.”

Tema musical: “N’est-ce pas merveilleus”, AdamoFormatação: um_peregrino@hotmail.com

Jean-Yves Leloup

“O serviço é o caminho mais direto

para a cura e a plenitude.”

Jean-Yves Leloup